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HISTÓRIA A

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1
Renascimento cultural I
Aula 
21 6A
História
O Renascimento consistiu em um importante mo-
vimento de renovação cultural, originado na Península 
Itálica, no final do século XIV, e que teve desdobramentos 
em outros países da Europa nos séculos XV e XVI. Trata-
-se de um processo de transformações na mentalidade e 
no comportamento humanos, cuja origem se encontra 
nas raízes da antiga cultura clássica (greco-romana). 
Daí a utilização do termo renascimento ou renascença, 
indicando um retorno ao passado, um resgate dos 
valores culturais da Antiguidade, que serviram como 
fonte de inspiração para o surgimento de uma nova 
forma de entendimento do mundo e da humanidade e 
que tiveram reflexos nas artes, na literatura e na ciência 
daquela época.
Todo esse movimento de intensa produção artística 
e científica da Idade Moderna teve seu início na Penín-
sula Itálica, região que possuía as melhores condições 
para que uma verdadeira revolução cultural ocorresse. 
A região foi pioneira do Renascimento, entre outros 
motivos, porque era o berço da cultura romana, local 
que abrigava grande parte da produção cultural da An-
tiguidade Clássica.
Contexto histórico 
Depois da crise do 
século XIV, a Europa 
viveu nos séculos XV 
e XVI uma grande ex-
pansão comercial que 
resultou nas “desco-
bertas” ma rítimas e 
num afluxo enorme 
de pro dutos orientais 
e do Novo Mundo. 
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DA VINCI, Leonardo. 
A virgem do Rochedo. 1480. 
1 óleo sobre tela: color.; 
199 cm x 122 cm. 
Museu do Louvre, Paris.
Em termos políticos, ocorria a centralização política 
com a formação dos Estados Nacionais Modernos. Havia 
exceções: a Itália, por exem plo, continuava fragmentada 
em pequenos ducados, principados, ci dades-estados e 
territórios pontifícios (controlados pela Igreja Católica).
No plano religioso, proliferavam as heresias, os 
protestos e as desobediências à Igreja Católica, os quais 
acabaram desembocando na Reforma Protestante. Re-
nascimento cultural e Reforma foram, portanto, dois dos 
principais processos históricos ocorridos na Europa no 
início da Idade Moderna responsáveis por significativas 
mudanças na forma de a humanidade pensar e enten-
der o mundo, sem os quais talvez não tivessem ocorrido 
outros importantes fatos paralelos, como as Grandes 
Navegações e a colonização da América.
Quanto à sociedade, mesmo com as variações regio-
nais, observava-se a ascensão da burguesia, apesar de 
a nobreza permanecer a classe dominante. Na Itália, a 
situação dos camponeses era lastimável. É bom esclare-
cer que, com o Renas cimento, iniciou-se um processo de 
separação entre cultura erudita e cultura popular. A ralé, 
portanto, não participou da cultura restrita à elite e não 
teve acesso a ela.
Os humanistas (eruditos, intelectuais) do período 
exaltavam a cultura clássica, isto é, a cultura greco-
-romana. Para eles, o perío do que foi do século V (queda 
do Império Romano do Ocidente) até a época em que 
viviam tinha sido “uma longa e tenebrosa noite de mil 
anos”, um período que mediou, ou seja, uma “Idade 
Média”. A palavra Renascença vem de renas cer. Renascer 
uma vida nova nas artes e no cotidiano, mas sobre tudo 
renascer dos valores antigos dos gregos e romanos. Não 
como cópia, mas como alicerce, como fonte de inspira-
ção, ou seja, passou a ser feita uma releitura das criações 
dos clássicos, produ zindo-se obras até superiores. Em 
síntese, podemos afirmar que o Renascimento foi um 
mo vimento intelectual – artístico, filosófico, literário e 
científico – que assinalou a transição da cultura medie-
val para a cultu ra moderna.
2 Extensivo Terceirão
Fatores
Graças ao desenvolvimento do comércio e das 
cidades, havia con dições materiais para se investir em 
construções, patrocinar literatura e incentivar as artes 
plásticas.
Nas universidades, havia um maior incentivo às 
pesquisas e à discussão. Os humanistas procu raram 
reformular os métodos de ensino, incentivaram os estu-
dos do grego e do latim e desenvolve ram um criticismo 
consequente, questionando as verdades esta belecidas. 
O mecenato foi largamente difundido. Príncipes, pa-
pas, car deais, bispos, nobres e burgueses encomenda-
vam trabalhos, patro cinavam construções e protegiam 
artistas. As irmandades, as guil das e fiéis agradecidos 
por graças recebidas financiavam a produção de afres-
cos em igrejas, quadros de santos e madonas, além de 
esculturas e peças sacras. 
A invenção da imprensa con tribuiu para o baratea-
mento dos livros e para a expansão do saber. As obras 
de humanistas, dos clássicos antigos e as Sagradas 
Escrituras tornaram-se acessíveis a um número maior de 
pessoas.
Características 
Humanismo – a valorização do ser humano e o inte-
resse pela An tiguidade Clássica. Não se tratava, porém, 
de copiar as realizações de gregos e romanos, mas, sim, 
de renová-las no âmbito do movimento renascentista. 
O Humanismo enriqueceu os estudos do grego e do 
latim, modificou os métodos de ensino e contribuiu para 
a crítica na investi gação científica. 
Individualismo – a burguesia procurava abandonar 
o espírito corporativo que predominara na Idade Média. 
Os artistas passaram a assinar suas obras, e os nobres, 
bem como burgueses, passaram a mandar fazer um 
retrato ou uma estátua de si mesmos. 
Racionalismo – foi um traço marcante do Renasci-
mento. Isso não quer dizer que os renascen tistas fossem 
ateus e pagãos. Na verdade, a temática religiosa era a 
dominante. 
Hedonismo – a busca da autossatisfação e da rea-
lização espiri tual. Não era a busca de prazeres vulgares 
como a gula e luxúria, por exemplo. 
Naturalismo – a integração do homem à natureza e 
a des coberta da íntima ligação com o Universo marcam 
o movimento renascentista. Procura-se colocar de lado o 
fantástico e o sobre natural. 
Antropocentrismo – em oposi ção ao teocentrismo 
medieval, o Renascimento apresenta o homem como 
centro do Universo; o homem é a medida de todas as 
coisas.
Renascimento italiano 
A Itália possuía uma tradição clássica, pela qual 
foram conservadas as lembranças do período glorioso 
do Império Romano. 
A civilização romana e suas glórias perduram na 
lembrança dos italianos, por ter sido a Itália, mais que 
qualquer outra região do Ocidente, que sofreu a pressão 
direta das civilizações bizantina e muçulmana; a primeira 
por meio de sábios que se retiraram de Constantinopla 
ameaçada pelos turcos; a segunda por intermédio do 
intenso comércio que Veneza, Gênova e outras cidades 
peninsula res praticavam com o Oriente. 
Devido a essa série de fatores, a Itália foi o berço do 
Renascimento. 
Já no século XIII viveram poetas como Dante e Pe-
trarca, contistas como Boccaccio, que lançaram as bases 
da moderna língua italiana.
Trecento ou Pré-Renascimento 
É costume dos historiadores dividirem a história 
cultural italiana dos séculos XIV, XV e XVI, em Trecento, 
Quattrocento e Cinque cento, respectivamente. 
No Trecento, também chamado de Pré-Renasci-
mento, destacaram-se Cimabue (1240-1302), Duccio di 
Buoninsegna (1255-1318) e Giotto (1266-1337).
DI BONDONE, Giotto. Majestade. 1306-1310. 
1 têmpera sobre madeira: color.; 325 cm x 204 cm. 
Galeria Uffizi, Florença.
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Aula 21
3História 6A
Giotto rompeu com o hieratis mo e a rigidez dos íco-
nes bizanti nos, dando a ilusão de mobilidade por meio 
do domínio da perspectiva intuitiva. Giotto procurou 
colorir as cenas e dar expressão aos rostos. 
Quattrocento 
No chamado Quattrocento, o grande centro cultural 
foi a cidade de Florença, onde se destacou na prática do 
mecenato a figura de Lorenzo di Medici. 
Na pintura, ocorreram três ino vações importantes: a 
perspectiva científica, a técnica da pintura a óleo, oriun-
da de Flandres, e o uso da tela. Paulatinamente, a arte se 
transformou em mercadoria. 
Um grande artista foi Masaccio (1401-1428) que 
concebeu a pintura como imitação do real. Exerceu 
grande influência sobrea pintura de Quattrocento.
Fra Angélico (1387-1455), buscou em suas obras 
conciliar o terreno e o sobrenatural. Já Sandro Botticelli 
(1445-1510) procurou conciliar o paganismo clássico 
com o cristianismo. “O Nascimento de Vênus” é sua obra 
mais famosa. 
Outros pintores se destacaram, como, por exemplo, 
Paollo Ucello, Piero della Francesca e Filippo Lippi. 
Os arquitetos renascentistas re valorizaram a arquite-
tura clássica, buscando uma ordem e uma dis ciplina que 
superasse os exageros da arquitetura gótica. 
Filippo Brunelleschi (1377-1446) projetou o Hospital 
dos Inocentes, a Capela Pazzi e a cúpula da catedral 
florentina de Santa Maria das Flores. 
Já Bartolomeo di Michellozo (1396-1472) criou 
o tipo equilibrado de palácio com forte referência às 
construções antigas. 
Ainda merecem destaque Leon Battista Alberti 
(1404-1462), que além de arquiteto teorizou sobre a 
arquitetura. 
Os estudos da perspectiva, o naturalismo, o culto 
da Antigui dade e a preocupação com a anatomia 
humana são características importantes da escultura 
renascentis ta. 
Lorenzo Ghiberti (1378-1455) esculpiu em bronze 
a porta do batistério de Florença, obra de grande valor 
estético. 
Donato di Niccolò, chamado Donatello (1386-1466), 
usou o mármore, o bronze e foi um dos pioneiros da 
perspectiva científica. 
Leonardo da Vinci (1452-1519) foi um personagem 
que representou a síntese do Renascimento. Urbanista 
(projetou ruas, praças, jardins, rede de canais, sistema de 
abastecimento de água, etc.), também dissecou cor pos, 
fez estudos de óptica e de perspectiva. Foi escultor, pin-
tor, arquiteto e deixou anotações nas quais se obser vam 
saber enciclopédico e desenhos visionários. 
Principais obras: Última Ceia, Mona Lisa, A Virgem e 
o Menino e A Virgem do Rochedo.
DA VINCI, Leonardo. A última ceia. 1495-1498. 1 têmpera sobre gesso. Convento de Santa Maria delle Grazie, Milão. 
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4 Extensivo Terceirão
Testes
Assimilação
21.01. (IFCE) – No decorrer do século XIV, a sociedade me-
dieval estava em crise e a Europa atravessava um período 
de grandes transformações culturais, econômicas e políti-
cas. Nesse contexto, teve origem nas cidades italianas um 
movimento que ficou conhecido como Renascimento. Dele 
participavam artistas e pensadores que, buscando inspiração 
nos valores da Antiguidade Clássica, passavam a exaltar as 
capacidades humanas e a valorizar a liberdade individual. 
São valores do movimento cultural renascentista 
a) antropocentrismo, naturalismo, hedonismo e raciona-
lismo. 
b) apenas o antropocentrismo e racionalismo. 
c) somente o racionalismo. 
d) desejos pelo pós-modernismo e pelo teocentrismo. 
e) teocentrismo, hedonismo e racionalismo. 
21.02. (UPE – PE) – Quais características do Renascimento 
estão presentes na obra?
 
 “Hércules e Atlas”, (Herkules und Atlas, posterior a 
1537). óleo sobre madeira do pintor alemão Lucas 
Cranach, o Velho. Herzog Anton Ultich-Museum.
a) A filosofia Escolástica e a Patrística 
b) A exaltação a Deus e o Teocentrismo 
c) A misoginia e a exaltação do masculino 
d) O Orientalismo e as influências chinesas 
e) O Humanismo e a retomada de temas clássicos 
21.03. (UECE) – “Houve um tempo em que a imagem re-
ligiosa era da ordem da relação com o sagrado. Depois, 
a partir da Renascença, ela entrou no campo da arte.
Ao mesmo tempo, a laicização crescente insinuava-se 
em todos os domínios. A partir da revolução científica 
do século XVII, uma constatação progressivamente se 
impôs: o céu e a terra pertencem ao mesmo universo 
e estão sujeitos às mesmas leis.”
DELUMEAU, J. O que sobrou do paraíso?. São Paulo: Companhia das Letras, 2003, 
p. 507.
Sobre a Renascença, é correto afirmar-se que foi um(a)
a) período em que ocorreu a intensificação das produções 
artísticas e científicas na Europa.
b) época em que se privilegiava a razão como modo de 
melhorar o conhecimento e a sociedade.
c) movimento cultural em que se privilegiava o romantismo 
e a emoção em detrimento da razão.
d) fase em que se estudavam cientificamente temas como 
a magia, o ocultismo e a religião.
21.04. (UNESP – SP) – Ainda hoje a palavra Renascimen-
to evoca a ideia de uma época dourada e de homens 
libertos dos constrangimentos sociais, religiosos e 
políticos do período precedente. Nessa “época dou-
rada”, o individualismo, o paganismo e os valores da 
Antiguidade Clássica seriam cultuados, dando margem 
ao florescimento das artes e à instalação do homem 
como centro do universo.
(Tereza Aline Pereira de Queiroz. O Renascimento, 1995. Adaptado.)
O texto refere-se a uma concepção acerca do Renascimento 
cultural dos séculos XV e XVI que 
a) projeta uma visão negativa da Idade Média e identifica 
o Renascimento como a origem de valores ainda hoje 
presentes. 
b) estabelece a emergência do teocentrismo e reafirma o 
poder tutelar da Igreja Católica Romana. 
c) caracteriza a história da arte e do pensamento como 
desprovida de rupturas e marcada pela continuidade nas 
propostas estéticas. 
d) valoriza a produção artística anterior a esse período e 
identifica o Renascimento como um momento de declínio 
da criatividade humana. 
e) afirma o vínculo direto das invenções e inovações 
tecnológicas do período com o pensamento mítico da 
Antiguidade. 
Aula 21
5História 6A
Aperfeiçoamento
21.05. (UNICAMP – SP) – Leia o texto a seguir e observe a 
figura do Homem Vitruviano. 
Ao longo da vida, cada vez mais, Leonardo da Vinci 
passou a perceber que a matemática era a chave para 
transformar suas observações em teorias. Não existe 
certeza na ciência em que a matemática não possa ser 
aplicada, declarou. 
(Adaptado de Walter Isaacson, Leonardo da Vinci. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2017, 
p. 52.) 
 “O Homem Vitruviano, Leonardo Da Vinci, 1940.
Assinale a alternativa que expressa adequadamente a corre-
lação entre o texto e a imagem. 
a) Figura emblemática do Renascimento, Leonardo da Vinci 
destaca-se pela sua obra pictórica e por seu desenho do 
Homem Vitruviano. Para ele, arte e ciência se baseavam 
nas relações análogas entre homem e natureza preconi-
zadas pela alquimia. 
b) O Homem Vitruviano de Leonardo da Vinci condensa uma 
série de estudos do artista, e mesmo a leitura de uma 
cópia manuscrita da obra de Vitrúvio. O desenho sintetiza 
uma relação harmônica entre homem e mundo pautada 
pela analogia geométrica. 
c) Na linhagem dos artistas-arquitetos-engenheiros renas-
centistas, Leonardo da Vinci dedicou-se ao estudo da 
perspectiva e especialmente da aritmética, buscando 
harmonizar as relações entre o homem e Deus no Homem 
Vitruviano. 
d) Leitor assíduo da física newtoniana, Leonardo da Vinci 
reconhecia que tanto a aritmética quanto a geometria 
poderiam ser usadas na arte, arquitetura e engenharia. 
Na elaboração do desenho do Homem Vitruviano, ele 
comprovou esta hipótese. 
21.06. (PUC – RS) – A cidade, na época do Renascimento, 
é um ser de razão. Não é só vivida como também é 
pensada. (...) A cidade não deve ser apenas prática. É 
conveniente que seja também bela.
(DELUMEAU, Jean. A Civilização do Renascimento. Lisboa: Editorial Estampa, 1994, 
p. 258-261).
Com base na citação acima, que aponta para o novo contexto 
político, social, econômico e cultural da Europa nos séculos 
XVI e XVII, analise as afirmativas a seguir, preenchendo os 
parênteses com V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) Os arquitetos projetaram tanto a forma urbana, a partir 
de formas geométricas belas ideais, quanto construí-
ram, para a comodidade dos habitantes, os palácios, as 
praças, as fontes e os monumentos.
( ) A centralização do Estado e a ampliação da máquina 
burocrática para a administração dos negócios públi-
cos, o comércio, a aplicação da justiça e a cobrança 
dos impostos exigiram que a nobreza se abrisse para o 
exercício de novas profissões.
( ) Foram criadas editoras, academias e bibliotecas, que 
permitiram a expansão da culturaletrada e a circulação 
de novas ideias nas principais cidades europeias.
( ) A laicização da cultura urbana provocou o abandono 
de práticas religiosas na vida cotidiana e a perda de im-
portância da Igreja Católica na política.
O correto preenchimento dos parênteses, de cima para 
baixo, é 
a) V – F – V – F 
c) F – F – V – V 
b) V – V – F – F 
d) F – V – F – V 
21.07. (PUC – RJ) – Os humanistas e artistas do Renas-
cimento italiano apregoavam a “volta aos Antigos” como 
fundamento de suas ações no presente.
Assinale a alternativa que expressa o que era entendido por 
“volta aos Antigos”. 
a) Dar continuidade ao pensamento medieval, em particular 
aos preceitos da Escolástica que apregoava a conciliação 
da fé cristã com a razão fundada na tradição grega de 
Platão e Aristóteles. 
b) Tomar como fundamento exclusivamente as Escrituras 
Sagradas – o Antigo e o Novo Testamento – na medida 
em que as formas culturais deveriam estar a serviço da 
religião. 
c) Inspirar-se na arte e na cultura da civilização greco-
-romana que teria sido desvalorizada pelo pensamento 
medieval, o qual limitava a liberdade do indivíduo. 
d) Imitar fielmente as atitudes dos homens da antiguidade, 
em seu modo de escrever, falar, esculpir, pintar, construir, 
se vestir, entre outras. Assim, sentiam-se alcançando as 
glórias do passado. 
e) Reagir ao movimento que defendia a autoridade do 
presente em relação ao Antigo e exigia uma ruptura total 
com o passado. 
6 Extensivo Terceirão
21.08. (PUCCAMP – SP) – Para ser admitido na universidade 
[segundo os estatutos da Universidade de Yale, datado de 
1745] era necessário ter capacidade de ler e interpretar 
Virgílio e trechos em grego da Bíblia, escrever em latim, 
saber aritmética e levar uma vida ‘inofensiva’. O candidato 
a pupilo deveria ser piedoso e seguir as regras do Verbo de 
Deus, lendo assiduamente as Sagradas Escrituras, a fonte 
da luz e da verdade, atendendo, constantemente, a todos 
os deveres da religião tanto em público como em segredo’.
(KARNAL, Leandro. (et al). História dos Estados Unidos, das origens ao século XXI. 
São Paulo: Contexto, 2011. p. 48)
Durante o Renascimento, uma concepção de conhecimento, 
distinta dessa sugerida pelos estatutos da Universidade de 
Yale, se desenvolveu dentro de novas instituições de ensino. 
Tal concepção, denominada
a) escolástica, baseava-se no uso da argumentação racional 
para comprovar a autoridade de textos religiosos como 
a Bíblia e a Torá.
b) epicurismo, pregava que o verdadeiro conhecimento era 
empírico e advinha das experiências corpóreas, devendo 
o homem buscar a sabedoria através da curiosidade e 
do prazer.
c) enciclopedismo, defendia que todo o conhecimento 
humano deveria ser científico e democratizado por meio 
de livros fartamente ilustrados, acessíveis aos pobres e 
analfabetos.
d) humanismo, valorizava a lógica dedutiva e a reflexão 
intelectual livre, ainda que não negasse a existência de 
Deus ou dos valores cristãos.
e) paganismo, propunha que o homem se libertasse da fé em 
Deus e do conhecimento imposto pelas religiões, assumindo 
o racionalismo de Descartes como orientação fundamental.
21.09. (UNICAMP – SP) – De uma forma inteiramente iné-
dita, os humanistas, entre os séculos XV e XVI, criaram 
uma nova forma de entender a realidade. Magia e ciên-
cia, poesia e filosofia misturavam-se e auxiliavam-se, 
numa sociedade atravessada por inquietações religiosas 
e por exigências práticas de todo gênero.
Adaptado de Eugenio Garin, Ciência e vida civil no Renascimento italiano. São 
Paulo: Ed. Unesp, 1994, p. 11.
Sobre o tema, é correto afirmar:
a) O pensamento humanista implicava a total recusa da 
existência de Deus nas artes e na ciência, o que libertava 
o homem para conhecer a natureza e a sociedade.
b) A mistura de conhecimentos das mais diferentes origens 
– como a magia e a ciência – levou a uma instabilidade 
imprevisível, que lançou a Europa numa onda de obscu-
rantismo que apenas o Iluminismo pôde reverter.
c) As transformações artísticas e políticas do Renascimento 
incluíram a inspiração nos ideais da Antiguidade Clássica 
na pintura, na arquitetura e na escultura.
d) As inquietações religiosas vividas principalmente ao longo 
do século XVI culminaram nas Reformas Calvinista, Lutera-
na, Anglicana e finalmente no movimento da Contrarrefor-
ma, que defendeu a fé protestante contra seus inimigos.
21.10. (UNITAU – SP) – Sobre o Renascimento, leia com 
atenção as afirmações abaixo:
I. As características do homem no Renascimento são o 
racionalismo, o individualismo, o naturalismo e o teocen-
trismo, em oposição aos valores medievais, baseados no 
antropocentrismo.
II. O Renascimento não foi um processo homogêneo. Seu 
desenvolvimento foi muito desigual, e as suas manifes-
tações mais expressivas se deram nos campos das artes 
e das ciências. No campo artístico, a literatura e as artes 
plásticas ocuparam lugar de destaque.
III. O Renascimento não pode ser considerado apenas como 
um mero retorno à cultura greco-romana, pois nenhuma 
cultura renasce fora de seu tempo.
IV. O Renascimento foi marcado pela ação dos mecenas – 
homens ricos que estimularam e patrocinaram o trabalho 
de artistas renascentistas. Entre os grandes mecenas 
encontravam-se banqueiros, monarcas e papas.
V. O movimento intelectual e cultural que caracterizou a 
transição da mentalidade antiga para a mentalidade 
medieval ficou conhecido como Renascimento.
Assinale a alternativa que indica apenas as afirmativas 
CORRETAS.
a) I, II e III. 
b) II, III e IV.
c) III, IV e V.
d) I, III e IV.
e) II, III e V.
Aprofundamento
21.11. (UFPR) – A seguinte passagem do Discurso sobre a 
dignidade do homem, de Picco della Mirandola (1463-1494), 
expressa o credo humanista disseminado pelos principais 
centros culturais da Europa nos séculos XIV e XV:
“Eu te coloquei [diz o Criador a Adão] no meio do 
mundo para que possas mais facilmente ver e con-
templar tudo o que nele existe. Criei-te como um ser 
nem terreno, nem celestial, nem mortal, nem imortal, 
para que possas ser livre, dar-te forma e superar a ti 
mesmo. (...) Só a ti é dado o poder de crescer e se 
desenvolver dependendo da tua própria vontade. Em 
ti levas os germes da vida universal.”
Picco della Mirandola, apud BURCKHARDT, Jacob. A cultura do Renascimento na 
Itália. Brasília: Editora UnB, 1991. p. 215.
Sobre os valores e as ideias do movimento humanista, é 
correto afirmar:
a) Trata-se de uma reação cultural originada nas univer-
sidades e estimulada pela Igreja, com o objetivo de 
resgatar os primeiros textos produzidos pela tradição 
patrística.
b) Profundamente religiosos, os humanistas condenavam a 
vida desregrada e as formas de expressão popular como o 
carnaval, defendendo um estilo de vida ascético.
Aula 21
7História 6A
c) Apesar de uma atitude crescentemente empírica na 
investigação da Natureza, os humanistas não negavam 
seu caráter divino, procurando conciliar o conhecimento 
com a fé cristã.
d) As ideias religiosas dos humanistas foram expressas 
através da arquitetura gótica, celebração do poder divino, 
pelas mãos dos arquitetos.
e) Apesar de defenderem a dignidade humana, os huma-
nistas foram detratores do sexo feminino, por julgarem 
que as mulheres eram licenciosas e corruptoras dos bons 
costumes.
21.12. (UEL – PR) – O Renascimento, amplo movimento 
artístico, literário e científico, expandiu-se da Península Itálica 
por quase toda a Europa, provocando transformações na 
sociedade.
Sobre o tema, é correto afirmar:
a) O racionalismo renascentista reforçou o princípio da 
autoridade da ciência teológica e da tradição medieval.
b) Houve o resgate, pelos intelectuais renascentistas, dos 
ideais medievais ligados aos dogmas do catolicismo, 
sobretudo da concepção teocêntrica de mundo.
c) Nesse período, reafirmou-se a ideia de homem cidadão, 
que terminou por enfraquecer os sentimentos de iden-
tidade nacional e cultural, os quais contribuíram para o 
fim das monarquias absolutas.
d) O humanismo pregoua determinação das ações humanas 
pelo divino e negou que o homem tivesse a capacidade 
de agir sobre o mundo, transformando-o de acordo com 
sua vontade e interesse.
e) Os estudiosos do período buscaram apoio na observação, 
no método experimental e na reflexão racional, valorizan-
do a natureza e o ser humano.
21.13. (UEPG – PR) – Movimento marcado por grandes 
mudanças culturais ocorrido na Europa Ocidental entre 
os séculos XIV e XVI, o Renascimento se caracteriza pela 
retomada de valores da cultura greco-romana. A respeito 
de Leonardo da Vinci, um dos expoentes do Renascimento, 
assinale o que for correto.
01) “Monalisa” e “A Última Ceia” figuram entre os principais 
quadros pintados por da Vinci.
02) Como cientista e inventor, da Vinci foi um dos primeiros 
a projetar uma máquina voadora e um paraquedas.
04) Florença, na Itália, foi a cidade em que mais Leonardo 
da Vinci realizou seus trabalhos.
08) Crítico do humanismo, da Vinci evitou ao máximo o uso 
de temas humanos em suas telas, optando, predomi-
nantemente, pela exposição e valorização de figuras 
celestiais.
16) O talento de Leonardo da Vinci foi reconhecido apenas 
no século XX. Em vida, nunca gozou de prestígio e re-
conhecimento por parte de artistas e intelectuais.
21.14. (UEM – PR) – Acerca do movimento intelectual e ar-
tístico denominado Renascimento, assinale o que for correto.
01) Com a renovação no campo artístico ocorrida no Re-
nascimento, a riqueza e o poder tornaram-se intima-
mente ligados com a arte, que atraíra a atenção da bur-
guesia, interessada em reconhecimento social.
02) Durante o Renascimento, de cultura essencialmente 
urbana, o trabalho do arquiteto transcende o edifício 
e passa a planejar o espaço da cidade, desenhando as 
praças, os monumentos e as circulações.
04) Durante o Renascimento, o corpo humano, que havia 
deixado de ser objeto de atenção dos artistas medie-
vais, volta a ser cultuado, por meio de obras que exi-
biam a nudez feminina e a masculina.
08) O Renascimento recebeu essa denominação somente 
na época em que o estilo Neoclássico vicejou e quando 
os historiadores reconheceram a retomada das artes e 
das ciências desaparecidas durante a Idade Média.
16) O movimento cultural e artístico renascentista teve sua 
origem na região da Alemanha, com a invenção da im-
prensa por Gutemberg, e disseminou-se para as demais 
regiões da Europa.
21.15. (UEM – PR) – Sobre o movimento cultural, intelectual 
e científico que ocorreu na Europa do século XIV ao século 
XVI, e que ficou conhecido como Renascimento, assinale a(s) 
alternativa(s) correta(s). 
01) A sociedade europeia, durante esse período, experi-
mentou um pequeno crescimento urbano e as poucas 
cidades que existiam não possuíam relevância comer-
cial, uma vez que o comércio estava em declínio e a 
burguesia enfraquecida economicamente. 
02) A mentalidade dos intelectuais ligados ao Renascimen-
to baseou-se na formulação de princípios pautados 
pelo humanismo ou antropocentrismo, segundo o qual 
o homem “era a medida de todas as coisas”; pelo racio-
nalismo, que sustentava que a razão era fundamental 
para a explicação do mundo; e pelo individualismo, 
que reconhecia, valorizava e respeitava as diferenças 
individuais dos homens livres. 
04) Dentre os expoentes renascentistas, destacaram-se 
James Watt, criador da Teoria da Relatividade; Isaac 
Newton, criador da Teoria Heliocêntrica; e Albert Eins-
tein, considerado o pai da Física, o que lhe garantiu 
destaque e reconhecimento sociais. 
08) Durante essa época, homens ricos conhecidos como 
mecenas patrocinavam o trabalho de artistas e de inte-
lectuais renascentistas. Entre as pessoas que se desta-
cavam como mecenas estavam banqueiros, monarcas 
e papas. 
16) O hedonismo, forma de pensamento renascentista, 
caracterizava-se pela crítica à valorização dos prazeres 
terrenos, o que incluía a valorização do corpo, da beleza 
e da perfeição. 
8 Extensivo Terceirão
21.16. (UEPG – PR) – Movimento de natureza cultural, o 
Renascimento marcou o momento da transição dos valores, 
pensamentos e tradições do mundo medieval em direção 
ao que os historiadores convencionaram chamar de Idade 
Moderna. Inspirado nos valores da cultura greco-romana, o 
Renascimento se expandiu pela Europa atingindo os países 
europeus de forma diferente.
A respeito desse tema, assinale o que for correto. 
01) O processo de centralização política, a solidificação de 
uma economia de âmbito urbano-mercantil e o apare-
cimento de um mecenato (pessoas que patrocinavam 
artistas e intelectuais) foram elementos determinantes 
para a ocorrência do Renascimento. 
02) Um dos principais nomes do Renascimento, Leonardo 
da Vinci ficou conhecido por ter pintado a Monalisa. Po-
rém, além de artista, da Vinci possuía conhecimentos 
em diversas áreas – como a mecânica e a anatomia – e 
produziu inúmeros projetos científicos. 
04) Florença, cidade italiana da região da Toscana, foi um 
dos núcleos iniciais do movimento renascentista na-
quele país. No entanto, em outras cidades italianas 
como Roma, Milão e Siena, o Renascimento pratica-
mente não deixou marcas. 
08) Boa parte das pinturas e das esculturas renascentistas 
tem o homem como objeto principal. Porém, tal pers-
pectiva artística não foi suficientemente forte para que 
as sociedades modernas incorporassem uma noção 
humanista e abandonassem os princípios teocentristas 
medievais. 
16) Entre os princípios combatidos pelos intelectuais re-
nascentistas estava o hedonismo, isto é, a valorização 
dos prazeres sensoriais e materiais. Nesse sentido, o Re-
nascimento se aproximava do pensamento medieval 
que defendia a resignação e o sofrimento como formas 
de aprimoramento humano. 
21.17. (UFSC) – Sobre o Renascimento, é CORRETO afirmar 
que:
01) uma das características mais importantes do Renasci-
mento foi a ruptura com a Antiguidade Clássica.
02) os estudos astronômicos desenvolvidos por Nicolau 
Copérnico durante o Renascimento permitiram a con-
clusão de que os planetas giravam em torno da Terra.
04) os mecenas foram personagens importantes no Renas-
cimento, pois sua oposição aos artistas fez com que es-
tes exercessem com mais afinco sua criatividade.
08) Leonardo da Vinci, artista de grande versatilidade e inú-
meros interesses, é um representante do Humanismo.
16) o período renascentista se beneficiou da preservação 
de textos antigos pelos monges e da criação de uni-
versidades.
32) as cruzadas, que incrementaram o intercâmbio entre 
muçulmanos e cristãos, bem como o domínio mouro na 
Península Ibérica, contribuíram para o Renascimento.
21.18. (UFSC) – 
A imagem acima, conhecida como o Homem vitruviano 
(1492), foi desenhada por Leonardo da Vinci (1452-1519) e 
é acompanhada por diversas notas sobre anatomia. A obra 
pertence aos estudos de da Vinci dedicados à representação 
do corpo humano, uma preocupação essencial dos artistas 
do Renascimento.
As mudanças resultantes do movimento renascentista cau-
saram impactos em diversas áreas da sociedade europeia 
e mundial. As artes, a literatura, as ciências e a medicina 
foram amplamente afetadas pelas mudanças conceituais 
proporcionadas pelos rumos do Renascimento. Muitos 
artistas e estudiosos do período, como Leonardo da Vinci, 
eram italianos e desenvolveram suas obras e pesquisas nas 
cidades italianas.
a) Por que a Península Itálica é reconhecida como o “Berço 
do Renascimento”? Apresente duas razões e justifique-as.
Aula 21
9História 6A
b) No centro dos ideais renascentistas estavam alguns 
conceitos considerados fundamentais, dois dos quais são 
citados abaixo. Defina-os:
 1. Antropocentrismo:
 2. Racionalismo: 
Desafio
21.19. (UEM – PR) – Leia o fragmento a seguir e assinale o 
que for correto sobre a arte renascentista.
“A palavra renascença significa nascer de novo ou 
ressurgir, e a ideia de tal renascimento ganhava ter-
reno na Itália desde a época de Giotto. Quando as 
pessoas desse período queriam elogiar um poeta ou 
um artista, diziam que sua obra era tãoboa quanto a 
dos antigos. Giotto fora assim exaltado como um mes-
tre que liderara um verdadeiro ressurgimento da arte; 
as pessoas queriam significar com isso que a arte de 
Giotto era tão boa quanto a daqueles famosos mestres 
cujas obras eram louvadas pelos antigos da Grécia e 
de Roma.”
(GOMBRICH, E. H. A conquista da realidade: Início do século XV. In: A história da arte. 
Rio de Janeiro: 2008, p. 223).
01) O desenvolvimento mercantil e as transformações so-
ciais nas cidades italianas foram fatores que contribuí-
ram para o renascimento cultural naquele período.
02) O século XV marcou a decadência da arte gótica e o 
início da arte românica inspirada em pintores da Grécia 
e da Roma clássicas.
04) Ao se oporem a uma cultura de inspiração teocêntri-
ca e aos valores cristãos, os artistas do Renascimento 
passaram a valorizar o realismo na criação do homem 
ocidental.
08) Detentores de grandes senhorios, os senhores feudais 
foram os principais patrocinadores do desenvolvimen-
to da arte renascentista.
16) Abordando temáticas religiosas, Giotto figura como um 
dos principais artistas do humanismo renascentista.
21.20. (UNESP – SP) – [...] tudo que os renascentistas 
pretendiam era assumir a condição humana até seus 
limites, até as últimas consequências. Nem Deus e nem 
o demônio; todo o desafio consistia em ser absoluta-
mente, radicalmente humano, apenas humano.
(Nicolau Sevcenko. O Renascimento, 1985.)
Explique a caracterização que o texto faz do Renascimento 
e dê exemplo de uma obra artística em que tal intenção se 
manifeste.
Gabarito
21.01. a
21.02. e
21.03. a
21.04. a
21.05. b
21.06. a
21.07. c
21.08. d
21.09. c
21.10. b
21.11. c
21.12. e
21.13. 07 (01 + 02 + 04)
21.14. 07 (01 + 02 + 04)
21.15. 10 (02 + 08)
21.16. 03 (01 + 02)
21.17. 56 (08 + 16 + 32)
21.18. a) Podemos citar a prática do mecenato, o chamado patrocínio 
artístico, muito praticado na Península e de grande incentivo às 
artes e o constante intercâmbio com o Oriente, em especial 
promovido por genoveses e venezianos, que proporcionou en-
riquecimento cultural.
b) 1. defesa da capacidade do ser humano de possuir habilidades 
múltiplas, inclusive para compreender os fenômenos até en-
tão explicados apenas pela religião;
 2. defesa do uso da razão, e não da fé, para explicar todos os 
fenômenos da vida terrena e humana.
21.19. 17 (01 + 16)
21.20. O texto alude a principal característica do Renascimento, qual seja a 
valorização do ser humano pelos renascentistas – aspecto que pode 
ser denominado “humanismo” ou “antropocentrismo”, considerando-
-se neste último o homem como principal obra de Deus. Exemplo: 
“A Criação do Homem”, afresco de Miguel Ângelo na capela sistina, 
no qual o próprio Deus aparece revestido de humanidade, tanto na 
representação formal como na simbolização da divindade.
10 Extensivo Terceirão
Renascimento cultural II
6AAula 22
História 
 Renascimento italiano 
(continuação) 
Cinquecento
No final do século XV, Florença atravessou graves 
problemas políti cos. Em 1494, a família Medici foi 
apeada do poder. Girolamo Savonarola impôs um 
regime puritano, combatendo os vícios dos florentinos. 
Obras de arte foram queimadas, jogos de azar e canções 
carnavalescas foram proibidos. Entretanto, em conflito 
com o Papa Alexandre VI, o religioso dominicano acabou 
queimado em 1498.
Ainda no século XV, vários papas procuraram fazer 
de Roma uma cidade digna de ser a sede da cris tandade. 
Mas foi no Cinquecento (século XVI) que a “cidade eter-
na” atingiu o apogeu. 
M
us
eu
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te
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SANZIO, Rafael. Ressurreição de Cristo. 1499-1502. 1 óleo 
sobre madeira: color.; 52 cm × 44 cm. Museu de Arte de São 
Paulo, São Paulo.
Na pintura, o grande nome foi Rafael Sanzio 
(1483-1520), que revolu cionou a arte de retrato. Equi-
líbrio, simetria, harmonia e regularidade de formas e 
de cores caracterizaram as obras desse grande artista.
Michelangelo Buonarroti (1475-1564) foi pintor, 
escultor, arquite to e poeta. Trabalhou em Florença 
para os Medici e depois em Roma para vários papas. 
Contratado pelo Papa Júlio II para trabalhar como 
escultor, Michelangelo acabou entre 1508 e 1512 pin-
tando a abóbada da Capela Sistina no Vaticano. Mais 
tarde pintou, na parede do altar, o Juízo Final, obra 
dramática, de uma força e emotividade inigualáveis.
BUONARROTI, Michelangelo. Criação de Adão. 1510. 1 afresco, color. 
Capela Sistina, Vaticano.
Como escultor, deixou obras magníficas como 
“Pietá”, “Davi”, “Moisés”, “O Crepúsculo e a Aurora”, etc. 
Em 1547, Michelangelo foi nomeado arquiteto 
da nova basílica de São Pedro. Sua contribuição mais 
sig nificativa foi o gigan tesco domo. Antes já havia 
projetado em Florença a biblioteca Laurenziana.
Um outro grande arquiteto do período foi Donato 
Bramante (1444-1514), que projetou a Basílica de São 
Pedro, o Palazzo Caprini e o “tem pieto” de São Pedro 
em Montorio. 
Ca
pe
la
 S
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in
a,
 V
at
ic
an
o.
“A desigualdade entre os sexos começava no 
nascimen to, pois a maioria das crianças abando-
nadas eram meninas. Subordinada ao pai, depois 
ao marido, a mulher durante a Renascença devia 
ser submis sa, pura, silenciosa, paciente e, sobre-
tudo, boa mãe, pois ser mãe era seu ideal e pro-
fissão. 
É verdade que nesse período foi dada à mulher, 
pelo menos no escalão superior da socie dade, uma 
participação mais intensa na vida social. Poucas, 
11História 6A
porém, conquistaram o poder político ou se desta-
caram no mecenatismo. Catarina de Médici, Marga-
rida d’Augoulême, Vittoria Colonna e Isabella d’Este 
constituíram exceções. 
As mulheres estavam en volvidas em quase todos 
os tipos de trabalho. Além dos afazeres domésticos, 
empre gavam-se como operárias nas manufaturas têx-
teis, como la vadeiras, parteiras, lojistas, cartomantes, 
atrizes, prostitu tas, religiosas, etc. Algumas (pouquís-
simas) se destacaram como escritoras ou artistas. 
Junto à elite o casamento era um negócio. A mu-
lher tinha di reito a um dote e o pagamento do dote 
liberava o pai da noiva de obrigações posteriores 
em relação à filha. Em síntese, o casamento era um 
mecanis mo de produção, conservação e transmis-
são da propriedade. Nas classes baixas a possibi-
lidade de um casamento por afeição mútua era bem 
maior do que junto às elites.” 
MOCELLIN, Renato. História para o ensino médio: curso completo. 
São Paulo: IBEP, 2006, p. 194.
Aula 22
Na região de Vêneto, destacou-se Andrea Palladio 
(1508-1580), que projetou obras funcionais e belas. 
Tinha o gosto pela teatralidade, em cenários. Não se 
repetia. Suas vilas fascinavam os ricos de então. 
Na rica cidade de Veneza, havia um próspero mer-
cado para obras de arte. Na pintura, destacaram-se os 
irmãos Giovani e Gentile Bellini, Giorgione, Tintoretto, 
Ticiano e Veronese. As obras desses artistas caracteri-
zam-se pelos jogos de luzes e sombras, opulência das 
formas, riqueza dos detalhes e pela variedade de cores.
Filosofia 
A filosofia renascentista caracterizou-se pelo an-
tropocentrismo e pela valorização do conhecimento, 
deixando de ser serva da teologia. 
Questionou-se Aristóteles e valorizou-se Platão, 
tanto que em Florença foi criada a Escola Platônica, que 
teve em Marsílio Ficino e Pico della Mirandola seus 
mais expressivos representantes. 
Por seu temperamento crítico e especulativo, de-
vemos destacar Giordano Bruno, um dominicano que 
por onde passou criou proble mas. Acusado de heresia, 
foi julgado, condenado e queimado vivo pela Inquisição 
romana no ano de 1600. Afirmava que o “Universo é infi-
nito, imenso e povoado por uma infinidade de mundos 
semelhantes ao nosso, cheios de seres como nós”. Não 
acreditava que o nosso mundo estives se no centro do 
Universo. Acreditava na transmigração das almas de um 
corpo para o outro, na magia natural e na superação da 
oposição entre matéria e espírito, por meio da afirmação 
da divina unidade da natureza. 
Já Tommaso Campanella é considerado um precur-
sor do socialismo utópico,na sua obra “A cidade do sol”, 
em que concebeu uma sociedade ideal. 
E o povo? 
O Renascimento foi para uma elite. O povo foi excluí-
do. A cultura popular foi desprezada. Na Itália a situação 
dos camponeses piorou. Na verdade foram as classes 
dominadas que pagaram a conta.
Política 
Durante a Renascença, a Itália estava fragmentada. 
O florentino Nicolau Maquiavel (1469 -1527), em sua obra 
“O Príncipe” escrita em 1513 e publicada depois da 
morte do autor, defendeu um Esta do forte, em que o 
monarca deveria lançar mão de todos os meios para se 
manter no poder. Por separar política de religião e da 
moral, Maquiavel é considerado um dos grandes nomes 
da ciência política moderna. 
Mudanças 
Com o deslocamento do eixo econômico do mar 
Mediterrâneo para o oceano Atlântico, em função das 
grandes navegações, as cidades italianas entraram em 
declínio econômico. Isso teve repercussões nas artes, 
com a diminui ção das construções e das encomendas. 
Os problemas políticos, as guerras e as invasões estran-
geiras agravaram ainda mais a situação. 
Após a Reforma Luterana, o século XVI foi marcado 
por guerras religiosas. A Igreja Cató lica da Contrar-
reforma já não incentivava mais produções no estilo 
renascentista, pois para muitos religiosos era uma arte 
paganizada, travestida de arte cristã. 
Isso não quer dizer que houve uma estagnação ou 
declínio, mas, sim, a busca de novos ideais estéticos, 
mais adequados à época em que se vivia. 
No período de transição entre o Renas cimento e o 
Barroco, os críticos do século XX viram um movimento 
artístico refinado, atormentado e afetado, ao qual cha-
maram de maneirismo.
12 Extensivo Terceirão
Expansão do Renascimento 
O Renascimento teve sua origem na Península Itálica, mas não foi somen-
te naquela região que importantes artistas retrataram em suas obras uma 
nova visão de mundo. Da mesma forma, não podemos limitar nossa análise 
do Renascimento Cultural apenas a um movimento de renovação artística. As 
artes plásticas tiveram destaque na produção artística italiana renascentista, 
mas o Renascimento consistiu em um movimento mais amplo de renovação 
cultural. Ou seja, não somente as artes, mas a literatura, a música e as ciências 
também expressaram os novos valores que estavam se consolidando no 
início da Idade Moderna.
Da Península Itálica, o Renascimento foi se expandindo para outras 
regiões da Europa e consagrou artistas, intelectuais e cientistas também de 
outras nacionalidades. Entretanto, cabe ressaltar que o Renascimento não 
atingiu no resto da Europa o mesmo grau de desenvolvimento alcançado 
na Itália, pois na maioria dos países era baixo o grau de de senvolvimento 
das forças produtivas. Com isso, não havia recursos para serem investidos em 
atividades culturais, sem contar as guerras religiosas e o clima de intolerância 
que grassavam em certos países, tolhendo a criatividade artística. 
Fora da Itália, foi na região de Flandres que o Renascimento foi mais 
marcante, devido ao desen volvimento de uma próspera economia mercantil 
e a um acelerado processo de urbanização. 
No Renascimento Filosófico, devemos destacar Erasmo de Rotterdam 
com o Elogio da Loucura, crítica refinada ao formalismo vazio, à ignorância 
do clero, à corrupção e à imoralidade. 
Foram os artistas flamengos que introduziram a tinta a óleo e iniciaram as 
pesquisas sobre a pers pectiva linear. Desenvolveram os efeitos de cor, luz e 
brilho com grande talento. Devemos destacar Jan van Eyck, Rogier van der 
Weyden e Hieronymus Bosch. 
Na Alemanha, destacaram-se os pintores Hans Holbein e Albrecht Dürer.
DÜRER, Albrecht. Adoração dos Magos. 1504. 1 óleo sobre madeira. 99 cm x 113 cm. Galleria degli 
Uffizi, Florença
VAN EYCK, Jan. O último julgamento. 1430. 
1 óleo sobre madeira. 56,5 cm x 19,5 cm. Museu 
Metropolitano de Arte de Nova Iorque, Nova 
Iorque.
Na França, Luís XI (1461-1483) 
e Francisco I (1515-1547) atuaram 
como mecenas. 
Pierre Lescot e Philibert Delarme 
se destacaram como arquitetos. 
Palácios, como os de Fontainebleau, 
Chambord, Blois e o Louvre são 
desse período. Jean Goujon e Michel 
Colombe (escultores), Jean Fouquet 
e o genial François Rabelais, autor de 
Gargântua e Pantagruel, são desse 
período. Na Filosofia, desta cou-se 
Michel de Montaigne, que escreveu 
Ensaios, obra crítica e de grande 
valor. 
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Aula 22
13História 6A
Um pouco mais tardio que o Renascimento italia no, 
o Renascimento na Inglaterra ocorreu durante a dinastia 
Tudor (1485-1603), época de consoli dação do Estado 
Nacional e de grande progresso material. 
Foi um Renascimento predominantemente literário 
e filosófico. O inglês Thomas Morus, resgatando a 
filosofia grega, inspirou-se em Platão (A República) para 
descrever, em sua obra Utopia, uma sociedade justa e 
ideal. Francis Bacon defendeu o valor da experiência e 
valorizou o método indutivo. William Shakespeare foi 
o autor mais representativo do teatro elisabetano. Suas 
principais obras: Hamlet, Macbeth, Rei Lear, O Merca-
dor de Veneza e Romeu e Julieta.
O Renascimento espanhol foi prejudicado pela atua-
ção da Inquisição. Mesmo assim, algumas figuras se des-
tacaram. Na Literatura, Miguel de Cervantes escreveu 
Dom Quixote, sátira devastadora dos valores medievais. 
Na Pintura, destacou-se Domeniko Theotokopoulos – 
nascido em Creta – chamado El Greco.
O Renascimento português desenvolveu-se graças 
ao absolutismo da dinastia Avis, que também promoveu 
a expansão ultramarina. Luís Vaz de Camões, com sua 
epopeia Os Lusíadas, foi o nome mais expressivo. 
Independentemente dos autores e de suas respecti-
vas nacionalidades, toda essa produção literária expres-
sava novos valores e uma nova concepção do mundo e 
do homem, típicos do Renascimento cultural. Ou seja, a 
literatura e a arte produzidas entre os séculos XV e XVI 
retrataram as transformações ideológicas e culturais 
que marcaram o contexto histórico em que ocorreu o 
movimento renascentista.
Renascimento científico 
Além do processo de renovação artística e da 
importante produção literária que difundiu os novos 
valores renascentistas, todo o conhecimento científico 
produzido naquela época foi fundamental para a afir-
mação do racionalismo e, consequentemente, de uma 
nova visão de mundo que superou as velhas concepções 
medievais, marcadas pela superstição e pelo fanatismo 
religioso. Ou seja, foi na época do Renascimento que o 
homem pro curou estudar e explicar a natureza de forma 
racional, sepultando velhos mitos. 
O polonês Nicolau Copérnico (1473-1543), na obra 
“De Revo lutionibus Orbium Coelestium”, sugeriu que a 
Terra era um planeta como outro qualquer, que girava 
em torno do Sol (heliocentrismo). Johannes Kepler 
(1571-1630) e Ga lileu Galilei (1564-1642) difundiram as 
teses de Copérnico, tendo de enfrentar os defensores do 
geocentrismo (Terra como o centro do Universo), muito 
influentes dentro da Igreja Católica, que endossava essa 
tese. As obras “Epitome astronomiae copernicanae” 
(Compêndio da astronomia copernicana), de Kepler, e 
“Dialogus de systemate mundi” (Diálogo sobre os dois 
sistemas do mundo), de Galileu, modificaram a maneira 
de os homens conceberem o Universo e, por essa razão, 
foram listadas pela Igreja Católica no Index, o índice de 
livros proibidos, relação de obras consideradas ofensivas 
pela Igreja, cuja leitura foi censurada durante o movi-
mento da Contrarreforma.
Com Galileu, surgiu o método científico baseado 
na observação, na experimentação e na busca de leis 
matemáticas que explicavam o que era observado e 
experimentado. 
Na Medicina, destaque a André Vesálio, William 
Harvey e Miguel Servet. Foi nessa época que nasceu 
a anatomia moderna, graças às dissecações de cadá-
veres. 
É bom destacar que o Renascimento forneceu as 
bases para a revolução científica ocorrida no século XVII, 
na qual se destacou IsaacNewton, que demons trou ma-
tematicamente que as leis aplicadas na Terra também se 
aplicavam a todo o Universo.
Testes
Assimilação
22.01. (ESPM – SP) – Compostos nas melhores tradições 
da prosa satírica, conta as aventuras de um cavalheiro 
que ficou meio desequilibrado em virtude da leitura 
constante de romances de cavalaria. Com a mente cheia 
de todas as espécies de aventuras fantásticas, aos 50 
anos parte finalmente pelo caminho incerto das aven-
turas cavaleirosas. Imagina que moinhos de vento são 
gigantes enfurecidos e rebanhos de ovelhas, exércitos 
de infiéis, cabendo-lhe o dever de desbaratá-los com 
a espada. Em sua imaginação enferma toma estalagens 
por castelos e as criadas por damas galantes perdidas de 
amor por ele. Os galanteios que elas não tinham a in-
tenção de fazer, ele os repelia muito polidamente a fim 
de provar a devoção que consagrava a sua Dulcineia.
(Edward Mcnall Burns. História da Civilização Ocidental) 
O texto em questão deve ser relacionado a importante autor 
renascentista e à obra considerada a maior sátira já produzida 
em todos os tempos. A alternativa correta é: 
a) Miguel de Cervantes – Dom Quixote; 
b) Lope de Veja – O Cavaleiro de Olmedo; 
c) Tirso de Molina – Dom Juan; 
d) Rabelais – Gargântua e Pantagruel; 
e) Molière – O Tartufo. 
14 Extensivo Terceirão
As telas apresentadas, do pintor alemão Hans Holbein, são: 
a) exemplares da pintura românica e expressam estilização 
e severidade, grande esquematismo e distância da rea-
lidade natural; 
b) exemplares da pintura gótica e se caracterizam pelo natu-
ralismo, dramatismo na representação da figura humana; 
c) obras do estilo barroco de pintura em que sobressai o 
contraste do claro-escuro como recurso que intensifica 
a noção de profundidade; 
d) trabalhos de um dos mais famosos pintores do Renas-
cimento, que retratou pensadores e políticos europeus 
de sua época; 
e) trabalhos do Neoclassicismo em que a temática política 
e historicista foram marcantes, bem como a naturalidade 
na representação. 
22.06. (UFRGS) – Sobre o desenvolvimento do pensamento 
moderno no Ocidente, entre os séculos XIV e XVIII, é correto 
afirmar que 
a) os estudos empíricos sobre a natureza, realizados no 
Renascimento, contribuíram para o desenvolvimento da 
ciência europeia. 
b) o abandono do dogma cristão pelo pensamento huma-
nista motivou a criação dos tribunais do Santo Ofício para 
combater as heresias. 
c) a filosofia foi marcada por uma completa ruptura em rela-
ção à visão de mundo, elaborada durante a Antiguidade. 
d) a Reforma Protestante caracterizou-se pela reafirmação 
dos valores institucionais da Igreja e pela defesa do 
papado. 
e) a rígida separação social entre a elite letrada e a popula-
ção camponesa impedia o desenvolvimento de práticas 
culturais populares. 
22.07. (UNESP – SP) – Deveis saber, portanto, que existem 
duas formas de se combater: uma, pelas leis, outra, pela 
força. A primeira é própria do homem; a segunda, dos 
animais. Como, porém, muitas vezes a primeira não 
seja suficiente, é preciso recorrer à segunda. Ao príncipe 
torna-se necessário, porém, saber empregar convenien-
temente o animal e o homem. [...] Nas ações de todos 
os homens, máxime dos príncipes, onde não há tribunal 
para que recorrer, o que importa é o êxito bom ou mau. 
Procure, pois, um príncipe, vencer e conservar o Estado.
Nicolau Maquiavel. O príncipe, 1983.
O texto, escrito por volta de 1513, em pleno período do 
Renascimento italiano, orienta o governante a 
a) defender a fé e honrar os valores morais e sagrados. 
b) valorizar e priorizar as ações armadas em detrimento do 
respeito às leis. 
c) basear suas decisões na razão e nos princípios éticos. 
d) comportar-se e tomar suas decisões conforme a circuns-
tância política. 
e) agir de forma a sempre proteger e beneficiar os gover-
nados. 
22.02. (UDESC) – Sobre o Renascimento, assinale a alter-
nativa correta:
a) As chamadas Grandes Navegações não mantinham rela-
ção com o mundo renascentista.
b) Foi um movimento que coincidiu com a falência do 
Estado Absolutista.
c) Houve o envolvimento de todas as camadas, principal-
mente dos segmentos mais populares.
d) A fé era a medida de todas as coisas.
e) Inspirados nos valores greco-romanos, os artistas criaram 
uma arte inovadora.
22.03. (ESPCEX – SP) – No período do Renascimento, ocor-
reram mudanças significativas na produção cultural europeia. 
Considerando:
I. o desenvolvimento da Teoria do Heliocentrismo
II. o desenvolvimento da imprensa
III. a estratificação da sociedade
IV. a ação dos mecenas
Assinale abaixo o item que apresenta os aspectos que in-
fluenciaram o aumento da produção cultural renascentista, 
assim como da sua qualidade. 
a) I e II 
d) II e IV 
b) I e III 
e) III e IV 
c) II e III 
22.04. (UEL – PR) – O Humanismo renascentista que se 
destacou pelas suas inovações nas expressões artísticas e 
literárias representou:
a) O movimento cultural que valorizou o homem ativo e 
criativo.
b) O desenvolvimento técnico voltado para o mecenato na 
cultura renascentista.
c) A defesa das virtudes do homem contra os vícios intrín-
secos à mulher.
d) O homem contemplativo, centro do universo, sujeito às 
leis divinas.
e) O movimento social com vistas à conquista de direitos.
Aperfeiçoamento
22.05. (ESPM – SP) – 
Aula 22
15História 6A
22.08. (UNESP – SP) – A pintura representa no martírio de 
Cristo os seguintes princípios culturais do Renascimento 
italiano: 
(Andrea Mantegna. Lamentação sobre o Cristo morto. 1480. Pinacoteca de 
Brera, Milão)
a) a imitação das formas artísticas medievais e a ênfase na 
natureza espiritual de Cristo. 
b) a preocupação intensa com a forma artística e a ausência 
de significado religioso do quadro. 
c) a disposição da figura de Cristo em perspectiva geomé-
trica e o conteúdo realista da composição. 
d) a gama variada de cores luminosas e a concepção otimista 
de uma humanidade sem pecado. 
e) a idealização do corpo do Salvador e a noção de uma 
divindade desvinculada dos dramas humanos. 
22.09. (PUC – RS) – As teorias políticas e religiosas, bem 
como a nova mentalidade da Europa Moderna, podem ser 
melhor compreendidas através da leitura de algumas obras 
clássicas escritas entre os séculos XIV e XVII. Considerando 
essa premissa, relacione as obras e seus autores (coluna 1) à 
respectiva resenha (coluna 2).
Coluna 1
1. O Príncipe, de Nicolau Maquiavel,
2. Decameron, de Giovanni Bocaccio,
3. A vida de Gargântua e Pantagruel, de François Rabelais,
4. 95 Teses, de Martinho Lutero,
5. O Elogio da Loucura, de Erasmo de Roterdã,
Coluna 2
( ) aborda o abalo causado pela Peste Negra no compor-
tamento e nos valores sociais embasados na moral me-
dieval, bem como o advento do humanismo na Itália 
da passagem da Idade Média para a Idade Moderna.
( ) defende uma política desligada da moral religiosa, 
apresentando orientações sobre como se conduzir nos 
negócios políticos internos e externos, com o objetivo 
de conquistar o poder e nele se manter.
( ) faz uma crítica à filosofia escolástica medieval, à autori-
dade dos frades, ao Papado, aos reis, aos magistrados e 
à justiça, através de uma sátira no estilo grotesco, que 
dialoga com a cultura popular e carnavalesca da virada 
da Idade Média para a Moderna.
( ) é um texto que critica as práticas abusivas de alguns 
clérigos que realizavam a venda de indulgências e os 
desvios morais de certos membros do clero da Igreja 
Católica.
( ) é um livro inspirado em obras clássicas e no exercício 
da retórica que, com um texto satírico e sombrio, critica 
práticas corruptas da Igreja Romana.
O correto preenchimento dos parênteses, de cima para 
baixo, é 
a) 1 – 3 – 5 – 4 – 2 
b) 1 – 2 – 3 – 5 – 4 
c) 2 – 1 – 3 – 4 – 5 
d) 2 – 4 – 1 – 3 – 5 
e) 5 – 1 – 2 – 3 – 4 
22.10. (UFPR) – Considere o excerto abaixo sobre o livro 
Utopia, do escritor inglês Thomas Morus (1478-1535), lan-
çado entre 1516 e 1518: 
[...] Em sua obra Utopia, Morus descreve a vida 
numa ilha em formatode lua crescente, na qual tudo 
é dividido de maneira equânime entre as pessoas, 
onde não existe injustiça e violência e se vive confor-
tavelmente. [...] na ilha de Utopia, o problema da ex-
clusão social, tema candente de seu tempo, [...] seria 
resolvido de uma vez por todas. E de que maneira? 
Pela aplicação de todos ao trabalho [...]”. 
(LOPES, M. A. Uma História da ideia de utopia: o real e o imaginário no pensamento 
político de Thomas Morus. História: Questões & Debates, Curitiba, n. 40, 2004, p. 
141-142.) 
A partir do trecho acima e dos conhecimentos sobre o início 
da Idade Moderna (1453-1789), é correto afirmar que a obra 
de Morus pertenceu ao: 
a) Iluminismo europeu e foi publicada no contexto do 
absolutismo inglês, em que o clero católico possuía pri-
vilégios, terras e metais preciosos, ao contrário da maioria 
da população. 
b) Renascimento europeu e foi publicada no contexto do 
republicanismo inglês, em que os parlamentares possu-
íam terras, títulos de nobreza e isenção de impostos, ao 
contrário da maioria da população. 
c) Arcadismo europeu e foi publicada no contexto do pro-
tecionismo inglês, em que o clero protestante possuía 
terras, privilégios e perdão de dívidas, ao contrário da 
maioria da população. 
d) Humanismo europeu e foi publicada no contexto do ab-
solutismo inglês, em que a aristocracia possuía privilégios, 
terras e rendas, ao contrário da maioria da população. 
e) Romantismo europeu e foi publicada no contexto de 
expansionismo inglês, em que a monarquia possuía manu-
faturas, terras e ouro, ao contrário da maioria da população. 
16 Extensivo Terceirão
Aprofundamento
22.11. (UNICAMP – SP) – Antes de Copérnico, Kepler e 
Galileu, os cosmólogos elaboravam sistemas que repre-
sentavam os corpos celestes por meio de esferas encai-
xadas umas nas outras, propostas e desenvolvidas por 
Eudoxo e Aristóteles, de modo a distinguir os mundos 
celeste e terrestre. É nesse contexto, caracterizado pela 
tese de que o cosmo é composto de dois mundos dis-
tintos (céu e Terra), e pelo axioma platônico, que deve 
ser entendido o conteúdo da carta de Kepler (1604). 
Ele apresenta uma etapa do processo de rompimento 
com essa distinção e com o axioma platônico. Na carta, 
Kepler apresenta os procedimentos para obter as duas 
primeiras leis dos movimentos planetários. A importân-
cia disso é tão grande que a segunda lei aparece antes 
da primeira, e a lei das áreas só se torna operante numa 
órbita elíptica, não podendo ser aplicada às órbitas 
circulares sem produzir discrepâncias com relação aos 
dados observacionais de Tycho Brahe. 
(Adaptado de Claudemir Roque Tossato, Os primórdios da primeira lei dos 
movimentos planetários na carta de 14 de dezembro de 1604 de Kepler a Mästlin. 
Scientiae Studia, São Paulo, v. 1, n. 2, p. 199-201, jun. 2003.) 
Considerando o contexto histórico descrito e as leis físicas 
apresentadas por Kepler, assinale a alternativa correta. 
a) Copérnico, Kepler e Galileu fazem parte da chamada Revo-
lução Científica que rompe com leituras especulativas do 
Universo, baseadas em premissas aristotélicas e tomistas, e 
propõe análises empiristas do mundo natural. O conceito 
de órbitas circulares para o movimento dos planetas em 
torno do Sol, em que a distância entre o planeta e o Sol 
permanece constante durante o movimento, foi aban-
donado por Kepler. 
b) A Revolução Científica da época Moderna propõe a 
ruptura com o ideal divino, sendo, por isso, combatida 
pela Igreja Católica, que defendia a orquestração divina 
sobre o mundo humano e natural. O conceito de órbitas 
circulares para o movimento dos planetas em torno do 
Sol, em que a distância entre o planeta e o Sol é variável 
durante o movimento, foi abandonado por Kepler. 
c) Copérnico, Kepler e Galileu foram perseguidos pela Igreja 
Católica do período Moderno, por representarem o ques-
tionamento dos ideais medievais sobre a organização do 
céu e da Terra e sobre a onipresença divina. O conceito 
de órbitas circulares para o movimento dos planetas em 
torno do Sol, para as quais a distância entre o planeta e 
o Sol é variável durante o movimento, foi abandonado 
por Kepler. 
d) A Revolução Científica da época Moderna, incentivada 
pela Igreja Católica, propõe a manutenção do antropocen-
trismo medieval, associado aos conhecimentos empíricos 
para a leitura e representação do mundo natural. O con-
ceito de órbitas circulares para o movimento dos planetas 
em torno do Sol, para as quais a distância entre o planeta 
e o Sol permanece constante durante o movimento, foi 
abandonado por Kepler. 
22.12. (UFJF – MG) – Leia atentamente os documentos 
abaixo:
Documento 1 
 A última ceia de Leonardo Da Vinci, em seu esquema 
gráfico indicador do ponto de fuga e linhas do horizonte.
Disponível em: <https://goo.gl/2kvRg7>.
Documento 2
 Fotografia de Sebastião Salgado,no Projeto Outras 
Américas ( 1977-1983).
Documento 3
“Foi no Renascimento que se sistematizou uma forma 
de representar o espaço real e tridimensional (realida-
de) partindo de uma abstração matemática que ficou 
conhecida como perspectiva. Na Renascença, quase 
toda pintura obedecia a esse método de representa-
ção. A perspectiva era um expediente geométrico que 
produzia a ilusão da realidade, mostrando os objetos 
no espaço em suas posições e tamanhos corretos. A 
perspectiva capta os fatos visuais e os estabiliza, trans-
formando o ponto fixo de um observador para o qual 
o mundo todo converge.”
Disponível em https://goo.gl/814GFE 
Ao comparar os três documentos apresentados, é CORRETO 
afirmar que: 
a) Os pintores do Renascimento desconheciam as correla-
ções possíveis entre a Geometria e a produção artística. 
Aula 22
17História 6A
b) A busca da tridimensionalidade realista foi a tônica da arte usada na construção 
de Igrejas durante a Idade Média, aspecto perpetuado pela Renascença. 
c) A técnica da perspectiva inventada no Renascimento encontra-se ainda presente 
em recursos atuais de produção de imagens, tais como a fotografia e o cinema. 
d) Durante a Renascença, a fotografia era uma técnica disseminada enquanto 
recurso voltado à representação de lugares, pessoas e paisagens. 
e) As técnicas utilizadas na pintura de tipo renascentista originaram-se na América 
e expandiram-se para a Itália e França após o século XIV. 
22.13. (UFRGS) – Considere as imagens abaixo, em que é representada, de formas 
distintas, a crucificação de Cristo.
 A crucificação (Giotto, c. 1330). Trindade (Masaccio, c. 1427).
A comparação entre as duas pinturas mostra uma transformação fundamental 
na história da arte do Ocidente, que teve no chamado Renascimento italiano do 
século XV um de seus momentos principais.
Assinale a alternativa que apresenta a principal característica do Renascimento italiano. 
a) O desaparecimento das representações de anjos, indicando o advento do 
racionalismo filosófico e o abandono da metafísica religiosa. 
b) O aprimoramento do realismo estético na representação humana, afirmando o 
predomínio do humanismo em detrimento do antropocentrismo. 
c) O desenvolvimento da teoria da perspectiva geométrica, marcada pelo princípio 
do “ponto de fuga”, que favorecia a representação em profundidade dos espaços. 
d) A representação de colunas jônicas, mostrando que o interesse em relação à 
Antiguidade grega ocorreu apenas a partir do Quattrocento. 
e) A interiorização da cena representada, assinalando o desinteresse da arte 
renascentista pelas paisagens da natureza. 
22.14. (FUVEST – SP) – Em uma significativa passagem da tragédia Macbeth, de 
Shakespeare, seu personagem principal declara: “Ouso tudo o que é próprio de 
um homem; quem ousa fazer mais do que isso não o é”. De acordo com muitos 
intérpretes, essa postura revela, com extraordinária clareza, toda a audácia da 
experiência renascentista.
Com relação à cultura humanista, é correto afirmar que 
a) o mecenato de príncipes, de instituições e de famílias ricas e poderosas evitou 
os constrangimentos, prisão e torturade artistas e de cientistas. 
b) a presença majoritária de temáticas religiosas nas artes plásticas demonstrava as 
dificuldades de assimilar as conquistas científicas produzidas naquele momento. 
c) a observação da natureza, os ex-
perimentos e a pesquisa empírica 
contribuíram para o rompimento 
de alguns dos dogmas fundamen-
tais da Igreja. 
d) a reflexão dedutiva e o cálculo ma-
temático limitaram-se à pesquisa 
teórica e somente seriam aplicados 
na chamada Revolução Científica 
do século XVII. 
e) a avidez de conhecimento e de 
poder favoreceu a renovação das 
universidades e a valorização dos 
saberes transmitidos pela cultura 
letrada. 
22.15. (UEPG – PR) – Movimento 
que se originou na Itália por volta do 
século XIV, o Renascimento Cultural se 
estendeu pelo continente europeu e 
projetou o trabalho de escritores, pen-
sadores e artistas que expressaram 
novas concepções sobre a humanida-
de, sobre o mundo e sobre a cultura.
A respeito desse tema, assinale o que 
for correto. 
01) Mecenas é a denominação dada 
às pessoas que financiaram o 
desenvolvimento das artes plás-
ticas, da literatura, da arquitetura 
e outras manifestações renas-
centistas. 
02) O hedonismo (defesa do prazer 
individual), o naturalismo (prin-
cípio do retorno à natureza) e o 
neoplatonismo (ideia da aproxi-
mação com Deus por meio de 
uma interiorização) foram carac-
terísticas do movimento renas-
centista. 
04) Cinquecento foi uma fase na 
qual Roma se configurou como 
um dos principais centros da 
arte renascentista. A basílica de 
São Pedro, no Vaticano, foi cons-
truída nesse período. 
08) Pietá, Moisés e Davi são escultu-
ras referenciais de Michelangelo, 
um dos artistas mais representa-
tivos do Renascimento Cultural. 
16) Escrita por Boccaccio, a obra De-
cameron narra em linguagem 
alegórica a trajetória de seu au-
tor do inferno ao paraíso, pas-
sando pelo purgatório. 
18 Extensivo Terceirão
22.16. (UEM – PR) – Entre o final da Época Medieval e o 
início da Época Moderna, a Itália e, posteriormente, outras 
regiões da Europa, viveram um movimento cultural conhe-
cido como Renascimento. Sobre o Renascimento, assinale 
a(s) alternativa(s) correta(s). 
01) Na literatura, Miguel de Cervantes procurou resgatar 
os valores da cavalaria medieval, enaltecendo a cora-
gem e a lealdade, personificados no nobre cavaleiro 
Dom Quixote de la Mancha, que enfrentou grandes 
perigos para salvar a dama amada. 
02) Nas artes, uma das características do Renascimento foi 
a preocupação com a valorização da figura humana. A 
busca da perfeição ao retratar o homem influenciou, 
entre outros, os estudos de Anatomia, de técnicas de 
cores e de perspectiva. 
04) O antropocentrismo e o teocentrismo, o hedonismo, 
o ascetismo, o misticismo, o racionalismo e, principal-
mente, o apego à tradição foram traços característicos 
do Renascimento. 
08) Embora tenha buscado inspiração e tenha valorizado 
a Antiguidade greco-romana, o Renascimento, ain-
da que estivesse aparentemente ligado ao passado, 
apontava para o futuro. 
16) O Renascimento relacionou-se a transformações so-
cioeconômicas da Europa, tais como: o crescimento 
urbano e comercial e a ascensão dos burgueses, prin-
cipalmente nas cidades italianas. 
22.17. (UEPG – PR) – Acontecimento histórico que teve 
início na Itália e, posteriormente, difundiu-se pela Eu-
ropa entre os séculos XV e XVI, o Renascimento cultural 
caracterizou-se pelas críticas aos princípios medievais e 
pela retomada dos valores da Antiguidade Clássica. 
A respeito do Renascimento, assinale o que for correto.
01) Rafael Sanzio, Sandro Botticelli e Michelangelo são, 
figuramente, os principais artistas do Renascimento 
italiano.
02) A “Mona Lisa”, obra prima de Leonardo da Vinci, pode 
ser compreendida como uma manifestação de con-
trariedade desse importante pintor italiano ao ideário 
renascentista.
04) A visão teocentrista de mundo está presente em boa 
parte da produção cultural renascentista. A valoriza-
ção divina em contraposição ao elemento humano 
foi, sem dúvida, a principal contribuição artística dei-
xada pelo Renascimento.
08) O conhecimento, a inteligência, a capacidade criativa 
e o dom artístico passaram a ser qualidades altamen-
te valorizadas no período do Renascimento.
16) A figura do mecenas (patrocinador/financiador), exer-
cida principalmente pelos burgueses, foi fundamental 
para que os artistas pudessem produzir seus trabalhos 
durante o Renascimento.
22.18. (UFSC) – O sorriso enigmático de Mona Lisa faz 
por merecer a multidão de turistas e a enxurrada de 
flashes que a registram todos os dias no Museu do Lou-
vre, em Paris. Criada por Leonardo da Vinci no início 
do século XVI, a Gioconda é resultado da utilização de 
técnicas apuradíssimas e proporções corporais exatas, 
sem falar no famoso meio sorriso e no olhar enviesado. 
Mais do que uma revolução artística, porém, o que 
aquela criação testemunha é um período de transfor-
mações culturais e sociais que varreriam a Europa e 
dariam luz ao homem moderno.
ASSIS, A. F. A razão brilha para todos. Revista de História, ano 9, n. 98, p. 18, nov. 
2013.
Sobre a Europa, no período conhecido como modernidade, 
é correto afirmar que: 
01) no campo das artes visuais, a preocupação em obser-
var o mundo natural contribuía para que se buscasse 
representá-lo de forma mais realista. Para isso, contava-
-se com as transformações de outros campos do co-
nhecimento como a matemática e a biologia. 
02) a expansão da circulação de ideias com o advento da im-
prensa – graças à invenção dos tipos móveis de Gutenberg 
– tornou-se um poderoso fator de transformação social. 
04) para o movimento humanista, o homem era a mais 
perfeita das criaturas e, por sua capacidade racional, se-
ria o criador, o aventureiro, o sonhador, o dominador da 
natureza, mas tudo isso deveria estar subordinado à fé. 
08) para a expansão dos seus negócios, a burguesia emer-
gente necessitava que fossem desbancados alguns dos 
princípios religiosos que normatizavam a sociedade. 
Por isso, entre outras ações, ela incentivava e financiava 
muitos estudos de investigação científica. 
16) aos poucos, explicações sobrenaturais para as doenças, 
como espíritos malignos ou influência do demônio, 
eram substituídas por tratamentos racionais e científi-
cos incentivados também pela Igreja. 
32) muitos dos valores e manifestações culturais do mun-
do medieval, sobretudo no início dos tempos moder-
nos, continuaram presentes na sociedade, por isso a 
modernidade europeia não deve ser percebida como 
uma ruptura completa com o medievo. 
64) impulsionada pelas novas formas de explicação do mun-
do, a Igreja Católica redefiniu seus dogmas através de um 
grande movimento que ficou conhecido como Reforma. 
Desafio
22.19. (UNICAMP – SP) – Para as artes visuais florescerem 
no Renascimento era preciso um ambiente urbano. Nos 
séculos XV e XVI, as regiões mais altamente urbani-
zadas da Europa Ocidental localizavam-se na Itália e 
nos Países Baixos, e essas foram as regiões de onde veio 
grande parte dos artistas.
Adaptado de Peter Burke, O Renascimento Italiano. São Paulo: Nova Alexandria, 
1999, p. 64.
Aula 22
19História 6A
a) Cite duas características do Renascimento:
b) De que maneiras o ambiente urbano propiciou a emergência desse movimento artístico e cultural?
c) Por que as regiões mencionadas no texto eram as mais urbanizadas da Europa nos séculos XV e XVI?
Gabarito
22.01. a
22.02. e
22.03. d
22.04. a
22.05. d
22.06. a
22.07. d
22.08. c
22.09. c
22.10. d
22.11. a
22.12. c
22.13. c
22.14. c
22.15. 15 (01 + 02 + 04 + 08)
22.16. 26 (02 + 08 + 16)
22.17. 25 (01 + 08 + 16)
22.18. 43 (01 + 02 + 08 + 32)
22.19. a) Humanismo e racionalismo.
b) As cidades facilitam a maior circulação de pessoas e ideias. Nos 
centros urbanos se concentram os setores sociais com maiores 
condições de acesso a formas variadas de conhecimento. Há 
também uma maior afluência de riqueza que favorece o finan-
ciamento de atividades artísticas.
c) Tanto aItália quanto os Países Baixos eram os centros dinâmicos 
do revigorado comércio europeu na Baixa Idade Média, fazendo 
a ligação entre o Mediterrâneo e o mar do Norte, especialmente 
para a distribuição dos artigos de luxo e especiarias do Oriente. 
Esse dinamismo comercial contribuía, por sua própria natureza, 
para o desenvolvimento urbano.
20 Extensivo Terceirão
História
6AAula 23
Reforma Protestante
 Principais causas 
da reforma
Políticas
Muitos monarcas perceberam que poderiam usar a religião para se tornarem 
mais fortes politicamente. Foi o que fez, por exemplo, Henrique VIII da Inglaterra. 
 Antecedentes
Muitos membros da Igreja Católica pensavam em reformá-la. Na Inglaterra, 
por exemplo, John Wycliffe, um professor de Teologia, traduziu a Bíblia para o 
inglês e defendeu a criação de uma igreja nacional, despojada de riquezas. Ele 
e seus seguidores foram perseguidos. Na Boêmia (hoje República Tcheca), um 
outro professor de Teologia, Jan Huss, fez muitas críticas à Igreja. Acabou sendo 
queimado por ordem do Tribunal da Santa Inquisição, em 1415.
 Reforma na Alemanha: o luteranismo
Politicamente, a Alemanha era um amontoado de pequenos Estados 
independentes que faziam parte do Sacro Império Romano-Germânico (este, 
de poder mais simbólico que real). O imperador, nessa época, era Carlos V de 
Habsburgo. A economia alemã era atrasada, agrária e semifeudal. A venda das 
indulgências (o “comércio da salvação”) precipitou a Reforma na Alemanha. 
Os papas da Renascença vulgarizaram a venda de indulgências como um 
caminho para obter a salvação da alma e a remissão dos pecados. Sobre as 
indulgências os pregadores afirmavam: “Toda vez que ouço o tilintar de uma 
moeda caindo no fundo da minha sacola vejo uma alma voando para o Paraí-
so”. Ou ainda: “Assim que a moeda no cofre cai, a alma do purgatório sai”. Em 
1517, Lutero afixou na porta da Catedral de Wittenberg as 95 teses. Príncipes, 
burgueses, camponeses, enfim, amplos setores da sociedade, por razões dife-
rentes, apoiaram Lutero. O papa Leão X exigiu que Lutero se retratasse. Como 
isso não aconteceu, o monge alemão foi excomungado. Em 1521, o imperador 
Carlos V convocou a Dieta de Worms para efetuar o julgamento de Lutero. Ba-
nido do Império, permaneceu na Alemanha, apoiado pelo Duque da Saxônia.
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 Martinho Lutero pregando no Castelo 
Wartburg. Quadro de Hugo Vogel.
Econômicas
Em vários países da Europa, a 
nobreza feudal almejava confiscar 
as propriedades da Igreja. A burgue-
sia protestava contra a drenagem 
de capitais para a Itália. Alexandre 
VI preocupava-se demasiadamente 
com seus filhos, Júlio II preocupava-
-se com a política italiana e Leão X, 
com as construções. Não devemos 
considerar a Reforma apenas como 
um fenômeno religioso, mas um 
aspecto da crise que assolava a 
Europa na segunda metade do sé-
culo XVI, e um sintoma do mal-estar 
geral que a população sentia.
Religiosas
A Reforma pode ser entendida 
como a manifestação das inquieta-
ções religiosas do término da Idade 
Média. Nesse período, em que o 
individualismo ganhava corpo, a 
religião também se individualizava 
para práticas mais pessoais. 
É preciso não esquecer, também, 
que com a invenção da imprensa 
multiplicaram-se as traduções da 
Bíblia em língua vulgar. Muitos 
passaram a desrespeitar a tradição 
católica e a fazer da Bíblia o único 
fundamento de suas crenças. 
Os humanistas não perma-
neceram calados em relação aos 
assuntos religiosos. Erasmo de 
Rotterdam, por exemplo, combatia 
a ignorância, a superstição e o 
obscurantismo que caracterizavam 
boa parte do clero. Os abusos do 
clero eram muitos. Ter amantes, 
filhos e dilapidar os bens da Igreja 
era comum. O papa Alexandre VI foi 
um mau exemplo. 
Aula 23
21História 6A
 Anabatistas e a revolta 
dos camponeses
Inspirado nas ideias de Lutero, o líder dos anabatis-
tas, Thomas Münzer, liderou uma insurreição camponesa 
(1524-1525) contra os nobres e príncipes alemães. 
O anabatismo surgiu na região dos atuais territórios 
da Suíça e da Alemanha e seus adeptos, os anabatistas 
(os rebatizados), foram considerados reformadores radi-
cais; defendiam a necessidade do batismo dos adultos 
para confirmar a conversão do fiel, a restauração do cris-
tianismo primitivo e condenavam as práticas mundanas. 
Além disso, se insurgiram contra os senhores feudais e 
a a revolta camponesa logo se alastrou pelos campos e 
cidades da Alemanha.
A nobreza e os príncipes alemães reagiram contraria-
mente às revoltas camponesas, na medida em que elas 
questionavam a concentração de terras e a exploração 
senhorial. Em 1525 a insurreição foi impiedosamente 
esmagada num banho de sangue e seu principal líder, 
Thomas Münzer, acabou decapitado.
Lutero ficou ao lado da nobreza, pois defendia que 
toda a autoridade vem de Deus e por isso deve ser 
respeitada. Os vencidos permaneceram subordinados 
ao poder dos senhores feudais e mantidos na condição 
de servos, reforçada pelo princípio luterano da passiva 
submissão à autoridade.
 Doutrina luterana
Em 1534, Lutero traduziu a Bíblia do grego para o 
alemão. O latim foi substituído pelo alemão na liturgia, 
dando condições para que o povo pudesse participar 
dos ofícios religiosos.
Entre as novidades introduzidas por Lutero, estão:
 • enquanto a Igreja Católica sustenta sete sacramen-
tos, Lutero reduziu para apenas dois: o batismo e a 
eucaristia;
 • sacerdócio de todos os crentes;
 • justificação da salvação pela fé;
 • livre interpretação da Bíblia;
 • Bíblia como a única fonte da fé;
 • desconsiderou a autoridade do Papa;
 • aboliu o culto aos santos e a veneração das imagens.
 Paz de Augsburgo
Na Dieta de Speyer (1529), o imperador Carlos V ten-
tou reconciliar os príncipes católicos com os príncipes 
luteranos. As manobras do imperador desagradaram 
os luteranos, que “protestaram”, daí serem chamados 
de “protestantes”. Os conflitos se intensificaram. Para 
se oporem a Carlos V, os luteranos organizaram uma 
aliança político-militar-religiosa, a chamada Liga 
Smalkade. A paz só veio em 1555, quando, em Augs-
burgo, católicos e protestantes ratificaram um acordo. 
Os príncipes teriam liberdade religiosa, já os súditos 
não, pois teriam de seguir a religião dos príncipes: 
era o princípio do cujus regio, ejus religio, ou seja, 
“tal príncipe, tal religião”. Da Alemanha o luteranismo 
acabou se expandindo para outros países da Europa, 
como a Dinamarca, a Suécia e a Noruega.
 Reforma na Suíça: 
o calvinismo
Na Suíça, Ulrich Zwingli ultrapassou a doutrina de 
Lutero em seu conteúdo revolucionário. Conseguiu 
implantar o novo credo em quase todos os cantões 
do norte. Envolvido numa guerra civil que durou dois 
anos (1529-1531), Zwingli morreu e seus adeptos foram 
derrotados, mas a Reforma não se deteve: continuou 
progredindo e chegou a Genebra.
Na França, o pensamento reformista também 
se propagava. Jean Calvino (1509-1564), que então 
se preparava para a carreira eclesiástica, aderiu ao 
movimento reformista. Em 1533, quando Francisco 
I começou a perseguir os reformistas, Calvino fugiu 
para Basileia, na Suíça. Lá redigiu uma síntese de sua 
doutrina, Instituição da Religião Cristã, publicada 
pela primeira vez em 1536. 
Chamado a Genebra após uma revolução, Calvino 
quis impor, de acordo com sua doutrina, um regime 
severo para os cidadãos. Isso provocou um conflito e 
Calvino foi expulso em 1538. Pouco mais tarde, porém, 
seus adeptos conseguiram que voltasse (1541). Calvino 
fixou-se definitivamente em Genebra e, desde então 
até sua morte, impôs à cidade uma rígida ditadura 
religiosa e política.
22 Extensivo Terceirão
Doutrina calvinista
Calvino ensinava que a vocação de cada pessoa está 
definida de antemão por Deus e, por isso, o homem, 
qualquer que seja sua profissão, deve mostrar por meio 
dos êxitos alcançados em seu ofício que é um eleito 
do senhor. Ensinava que as pessoas devem, por todos 
os meios, multiplicar as riquezas, já que estas lhes são

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