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01_CURSO_ER21_EXT_LIN_CIEH_POR_7A

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1
Concordância (2)
Português
7A25
Aula 
 Casos 
particulares
São vários os casos particulares 
de concordância verbal na língua 
portuguesa, muitos até mesmo 
questionáveis por uma série de 
razões. Nesta aula, veremos os mais 
significativos, ainda de ocorrência 
nos exames de vestibular.
Sujeito com 
substantivo coletivo
Regra: quando o sujeito for 
substantivo coletivo, com ele con-
corda o verbo em número e pessoa. 
Exemplos:
 (1) O cardume passou perto 
de nós.
 (2) Os cardumes passaram 
perto de nós.
Agora, mesmo estando o cole-
tivo no singular, há possibilidade 
de o verbo concordar no plural, 
quando o coletivo for seguido de 
substantivo “explicativo” no plural 
e anteceder o verbo; nesse caso, 
a concordância será facultativa. 
Exemplo:
 (3) O cardume de peixes 
coloridos passava bem 
pertinho de nós.
OU
 (4) O cardume de peixes 
coloridos passavam bem 
pertinho de nós.
Observação:
Na tabela a seguir, listamos alguns substantivos coletivos:
SUBSTANTIVO COLETIVO REFERENTE A
alcateia lobos
arquipélago ilhas
banca examinadores
banda músicos
bando aves, malfeitores
cacho uvas, bananas
cáfila camelos
cambada caranguejos, malandros, chaves
caravana viajantes, peregrinos 
cardume peixes
choldra criminosos, malandros
constelação estrelas
corja malandros, vadios, desonestos
feixe lenha, capim
frota navios, ônibus, caminhões
legião soldados, demônios
malta desordeiros
manada bois, búfalos, elefantes
matilha cães
molho chaves
multidão pessoas
panapanã(á) borboletas
penca bananas, chaves
plêiade artistas
ramalhete flores
rebanho ovelhas
réstia cebolas, alhos
súcia malandros, desonestos
turma estudantes, médicos, juízes
vara porcos
2 Extensivo Terceirão
O mesmo princípio vale para um sujeito formado por 
uma expressão partitiva, seguida de palavra no plural. 
Eis as expressões partitivas mais comuns:
EXPRESSÕES PARTITIVAS
uma porção 
de... a maioria de...
grande 
número de... parte de...
o grosso de... o resto de... metade de... a maior parte de...
Vejamos alguns exemplos:
 (5) A maioria das emendas foi aprovada de forma 
inquestionável por um Congresso questioná-
vel, de parlamentares questionáveis.
OU
 (6) A maioria das emendas foram aprovadas de 
forma inquestionável por um Congresso ques-
tionável, de parlamentares questionáveis.
Vale aqui salientar o que dizem Celso Cunha e 
Lindley Cintra, na obra Nova gramática do português 
contemporâneo:
A cada uma destas possibilidades corresponde 
um novo matriz da expressão. Deixamos o verbo 
no singular quando queremos destacar o conjun-
to como uma unidade. Levamos o verbo ao plural 
para evidenciarmos os vários elementos que com-
põem o todo.
Sujeito composto, em ordem direta
Em princípio, nenhuma particularidade: o verbo 
deve ficar no plural, concordando com todos os núcleos 
do sujeito. Entretanto, as particularidades podem ocor-
rer em virtude do sentido desses núcleos, admitindo-se 
também o plural, em alguns casos e, em outros, apenas 
o singular. Logo, podemos citar quatro particularidades:
1. Núcleos que apresentam a gradação 
de um mesmo fato
Quando uma única ideia básica está representada 
por palavras que lhe dão uma enumeração gradativa. O 
verbo pode ficar no singular ou plural. Exemplos:
 (7) Um olhar sério, palavras duras, um grito e um soco 
estragaram / estragou o dia daqueles amigos.
 • “olhar”, “palavras”, “grito” e “soco” são os núcleos deste 
sujeito composto, formando uma enumeração gradativa.
 (8) A mesma coisa, o mesmo ato, a mesma palavra 
provocava / provocavam ora risadas, ora 
castigos. (Monteiro Lobato)
 • “coisa”, “ato”, e “palavra” são os núcleos deste sujeito 
composto, formando uma enumeração gradativa.
2. Núcleos sinônimos
Os núcleos apresentam uma significação semelhan-
te. O verbo pode ficar no singular ou plural. Exemplos:
 (9) O amor, o carinho e a ternura sempre acompa-
nharam / acompanhou aquela doce mulher.
 • “amor”, “carinho”, e “ternura” são núcleos sinônimos.
 (10) Tolice e insensatez não combinam / combina 
com a tolerância.
 • “Tolice”, e “insensatez” são núcleos sinônimos.
3. Pronome indefinido como aposto 
resumidor
Quando os núcleos do sujeito forem resumidos por 
pronomes indefinidos, funcionando como aposto resu-
midor, como alguém, nada, ninguém, tudo, ..., o verbo 
deverá ficar apenas no singular. Exemplos:
 (11) Computador, celulares, televisão, nada foi 
levado pelos criminosos.
 • “Computador, celulares, televisão” = sujeito composto.
 • “nada” = aposto resumidor, pois resume o sujeito. Logo, 
o verbo fica no singular, pois concorda, nesse caso, com o 
aposto resumidor “nada”. 
 (12) O pasto, as várzeas, a caatinga, o marmeleiral 
esquelético, era tudo de um cinzento de borra-
lho. (Rachel de Queirós)
 • “pasto”, “várzeas”, “caatinga”, “marmeleiral” = núcleos do 
sujeito composto
 • “tudo” = aposto resumidor, com o qual o verbo concorda, 
ficando no singular.
4. Sujeitos ligados por ou / nem
Quando o sujeito composto possui como núcleo 
substantivos conectados pelas conjunções OU ou NEM, 
as regras estabelecidas são as seguintes:
4.1. Se houver a ideia de mútua exclusão, de apenas uma 
alternativa entre duas ou mais apresentadas, o verbo 
deve ficar necessariamente no singular. Exemplos:
 (13) China ou Austrália sediará a Copa do Mundo 
de 2030.
 (14) Nem o jovem nem o vovô será eleito o funcio-
nário do mês.
Observa-se, na língua contemporânea, que uma 
frase semelhante à (14) apresenta normalmente o verbo 
no singular, pois a conjunção NEM normalmente trans-
mite uma ideia de alternância sem exclusão. Repare: no 
fundo, os dois não serão eleitos; logo, não se sustenta a 
ideia de “mútua exclusão”, e o que se aplica nesta regra 
vale, em essência, muito mais para a conjunção OU.
Aula 25
3Português 7A
4.2. Se não houver a ideia de mútua exclusão, o verbo 
poderá ficar no singular OU no plural. Exemplos:
 (15) Nem o cansaço nem as dores fariam / faria 
Davi não jogar as semifinais.
 (16) Tristeza ou alegria se alternam / se alterna na 
vida de todos.
Sujeito composto, em ordem 
inversa
Regra: quando houver o sujeito composto escrito 
na ordem inversa (escrito após seu respectivo verbo, ou 
seja, posposto), o verbo pode concordar como todos os 
núcleos ou apenas com o mais próximo. Observe:
 (17) Vieram à solenidade o vereador e o deputado.
 sujeito composto
 • Nesse caso, a forma verbal “vieram” concordou com os 
dois núcleos do sujeito composto (“vereador” / “deputa-
do”).
 (18) Veio à solenidade o vereador e o deputado.
 sujeito composto
 • Agora, a forma verbal “veio” concordou apenas com o 
primeiro termo (“o vereador”).
Sujeito como plural aparente
O que seria um “plural aparente”? Ora, trata-se de 
um sujeito que, mesmo escrito no plural, transmite-nos 
a ideia de ser algo singular, unitário. Tal fato ocorre 
sobretudo com nomes próprios como núcleo do sujeito, 
em dois casos: nomes de lugar e títulos de obras (livros, 
discos, publicações, etc.). E como ficaria a concordância 
verbal em tais casos? Da seguinte forma:
Para títulos de obras
Regra: quando o sujeito for título de obra literária 
ou de alguma publicação, precedido de artigo no plural, 
o verbo preferentemente deve aparecer no plural. 
Exemplos:
 (19) Os ratos, romance de Dionélio Machado, 
tematizam os conflitos sociais e psíquicos de 
Naziazeno.
 (20) As quatro estações de Vivaldi demonstram 
como a humanidade atinge o seu ápice quando 
se empenha em fazer arte.
Modernamente, o singular também tem sido aceito 
nesses casos, pois se pressupõe uma concordância com 
uma expressão implícita na frase, como “a obra”, “o livro”, 
“a composição”. Exemplos.
 (21) [A obra] Os ratos, romance de Dionélio Macha-
do, tematiza os conflitos sociais e psíquicos de 
Naziazeno.
 (22) [A peça] As quatro estações de Vivaldi de-
monstra como a humanidade atinge o seu 
ápice quando se empenha em fazer arte.
Para nomes de lugares (topônimos)
Regra: se o nome do lugar estiver precedido de 
artigo, no plural, o verbo ficará no plural. Exemplos:(23) Os Estados Unidos produzem bons vinhos na 
Califórnia.
 (24) Os Emirados Árabes possuem grandes jazidas 
de petróleo.
Agora, se não houver artigo antes do substantivo, o 
verbo deve ficar no singular. Exemplos:
 (25) Estados Unidos produz bons vinhos na Califór-
nia.
 (26) Emirados Árabes possui grandes jazidas de 
petróleo.
 (27) Morretes está rodeada pela floresta atlântica.
 (28) Pelotas fica no Rio Grande do Sul.
Sujeito com percentagem
Regra: quando o sujeito for indicação de uma por-
centagem seguida de um substantivo, o verbo poderá 
concordar...
a) com o numeral:
 (29) Apenas 30% da população brasileira possuem 
esgoto tratado.
 • A forma verbal “possuem” concorda com “30%”.
 (30) Apenas 1% dos brasileiros possui renda supe-
rior a 40 salários mínimos.
 • A forma verbal “possui” concorda com “1%”.
b) ou com o substantivo presente no sujeito:
 (31) Apenas 30% da população brasileira possui 
esgoto tratado.
 • A forma verbal “possui” concorda com “população 
brasileira”.
 (32) Apenas 1% dos brasileiros possuem renda 
superior a 50 salários mínimos.
 • A forma verbal “possuem” concorda com “brasilei-
ros”.
Sujeito expressando quantidade 
aproximada
Regra: quando o sujeito possui um núcleo no plural, 
antecedido por expressões que indicam quantidade 
aproximada – aproximadamente, cerca de, mais de, 
menos de, perto de, ... –, o verbo deverá ir para o plural. 
4 Extensivo Terceirão
Exemplos:
 (33) Cerca de 200 pessoas acompanharam o show da banda no Teatro 
Paiol.
 ` Concordância verbal absolutamente correta na manchete acima.
Concordância com pronomes relativos
Em período composto, os pronomes relativos recuperam o sentido do 
termo antecedente e exercem função sintática na oração a que pertencem. 
Quando exercem a função sintática de sujeito, a concordância verbal deverá 
se dar das seguintes formas:
Pronome relativo QUE
O verbo deverá concordar em número (singular / plural) e pessoa (1ª. / 2ª. / 3ª.) 
com o seu antecedente. Exemplos:
 (34) Sou eu que escrevo os arranjos.
 (35) És tu que escreves os arranjos.
 (36) É ele que escreve os arranjos.
 (37) Somos nós que escrevemos os arranjos.
 (38) Sois vós que escreveis os arranjos.
 (39) São vocês que escrevem os arranjos.
Pronome relativo QUEM
O verbo também pode concordar em número (singular / plural) e pessoa 
(1ª. / 2ª. / 3ª.) com o seu antecedente. Entretanto, uma segunda opção também 
é válida: o verbo fica na 3ª. pessoa do singular. Exemplos:
(40) Sou eu quem escrevo / escreve os arranjos.
(41) És tu quem escreves / escreve os arranjos.
(42) É ele quem escreve / escreve os arranjos.
(43) Somos nós quem escrevemos / escreve os arranjos.
(44) Sois vós quem escreveis / escreve os arranjos.
(45) São vocês quem escrevem / escreve os arranjos.
Pronomes de valor interrogativo
Regra: quando o sujeito é formado por um pronome interrogativo 
(qual, quais, quantos, quantas, ...) ou pronomes indefinidos representando 
a interrogação (alguém, ninguém, alguns, quaisquer, vários, poucos, ...), 
seguidos de expressões como de nós, dentre nós, dentre nós, dentre vós, a 
concordância se dará da seguinte forma:
 • Se o pronome interrogativo ou 
o pronome indefinido estiver 
no singular, o verbo deverá 
ficar na 3ª. pessoa do singular. 
Exemplos:
 (46) Quem de nós recolherá 
os resquícios da cidade 
que grita e transborda? A 
fotografia já não basta. A 
imagem, sim. (Diógenes Moura)
 (47) Ho Yeh Li, infectologista 
da USP que coordenou a 
equipe médica, disse que, 
com o resultado negativo, 
ela e os colegas estariam 
liberados do confinamento. 
“Nenhum de nós foi infec-
tado. O que significa para 
toda a equipe que foi até lá 
é que a gente está liberada 
de quarentena. Não fomos 
infectados. (Podemos) reto-
mar à vida normal”, disse.
g1.globo.com/jornal-nacional/noticia 
(12/02/2020)
 • Se o pronome interrogativo ou 
o pronome indefinido estiver 
no plural, o verbo deverá ficar 
na 3ª. pessoa do plural OU ou 
concordar com o pronomes pes-
soais “nós” ou “vós” Neste caso, o 
plural é obrigatório. Exemplos:
 (48) Quais de nós estão / esta-
mos prontos para morrer 
honradamente?
 (49) Quantos dentre vós 
conhecem / conheceis as 
escrituras sagradas?
Sujeito oracional
Regra: quando o sujeito de uma 
verbo é uma outra oração, tal verbo 
deve ficar empregado na 3ª. pessoa 
do singular. Exemplos:
 (50) Não me parece correto 
que eles estejam come-
morando o fracasso de 
seus adversários.
 • O sujeito do forma verbal pare-
ce é a oração que eles estejam 
comemorando o fracasso 
de seus adversários. Logo, o 
verbo deve ficar no singular.
Aula 25
5Português 7A
 (51) Fazer duzentas abdo-
minais por dia ajuda o 
indivíduo a perder peso.
 • O sujeito do forma verbal 
ajuda é a oração Fazer 
duzentas abdominais por 
dia. Logo, o verbo deve 
ficar no singular.
Concordância com pronomes de tratamento
Conforme vimos em aulas anteriores, os pronomes de tratamento são de 
2a. pessoa, pois se referem ao receptor da mensagem. Agora, quando em-
pregados em função de sujeito, o verbo deve ficar na 3a. pessoa, no mesmo 
número do pronome. Observe:
 (52) Vossa Excelência ficou descontente com as notícias publicadas?
 (53) Vossas Excelências ficaram descontentes com as notícias publicadas?
Testes
Assimilação
25.01. Complete as sentenças a seguir com o verbo entre parênteses, no tempo e modo indicados, de acordo com a moda-
lidade culta. Em seguida, apresente uma breve justificativa para a concordância empregada:
a) Vossa Senhoria às solenidades de hoje? (COMPARECER, futuro do presente do indicativo)
b) A turma da sala antes de o professor divulgar as notas e as premiações. (SAIR, pretérito 
perfeito do indicativo)
c) A turma dos alunos mais dedicados o mestre na cerimônia de colação de grau. (HO-
MENAGEAR, futuro do presente do indicativo)
d) Minas Gerais algumas barragens em situação de perigo iminente. (POSSUIR, presente 
do indicativo)
e) Os Estados Unidos alguns grandes músicos de jazz, como Herbie Hancock e Miles 
Davis. (REVELAR, pretérito perfeito do indicativo)
f ) Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, o ponto máximo da literatura em língua portu-
guesa no século 16. (REPRESENTAR, presente do indicativo)
g) ao evento o diretor da revista e o atleta Gustavo Medina. (COMPARECER, futuro do 
presente do indicativo)
h) ao evento os atletas paralímpicos e o Ministro do Esporte. (COMPARECER, futuro do presente 
do indicativo)
i) Os desastres ecológicos, a escassez de alimentos, as pressões sociais, nada autorizar um prog-
nóstico otimista para os próximos dez anos. (PARECER, presente do indicativo)
j) Descaso e desprezo sempre a gestão daquele controverso cidadão. (CARACTERIZAR, 
pretérito perfeito do indicativo)
6 Extensivo Terceirão
Texto para as três próximas questões:
MORTE DE BANDO DESENCADEIA 
ONDA DE ATAQUES EM SC
De Florianópolis, 12/10/2014. 0h41
De dentro de presídios partiu o “salve” para 
dar início à onda de ataques que assusta Santa 
Catarina há mais de duas semanas. Entre as cau-
sas do levante está uma operação da Polícia Civil 
contra uma tentativa de assalto a um banco que 
terminou com cinco bandidos mortos, há mais 
de um mês. O Estado apurou que a polícia e o 
Ministério Público Estadual (MPE) investigam os 
ataques como uma retaliação ao crescimento do 
número de bandidos abatidos em confrontos.
O caso registrado no dia 30 de agosto na ci-
dade de Governador Celso Ramos seria um dos 
estopins para os atentados ordenados pelo Pri-
meiro Grupo Catarinense (PGC). Na noite de 29 
de agosto, por volta das 23 horas, policiais civis 
estavam a postos para enfrentar o bando, após 
rastrear por intercepções telefônicas e troca de 
mensagens por aplicativo de smartphone, que 
eles planejavam estourar caixas eletrônicos. Os 
policiais conseguiram abortar o crime às 3 horas, 
quando os criminosos foram acuados e mortos.
Disponivel em: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agenciaestado/ 2014/10/12/morte-de-bando-desencadeia-onda-
deataques- em-sc.htm. Acesso em: 16/10/2014. Fragmento adaptado
25.02. (ACAFE – SC) – Em todas as alternativas cita-se uma 
expressão que retoma/significa “onda de ataques” no texto, 
exceto:
a) os ataques
c) retaliação
b) do levante
d) os atentados
25.03. (ACAFE – SC) – Em conformidade com o texto, é 
correto o que se afirma em:
a) De acordo com fontes do governo do Estado de Santa 
Catarina, da polícia e do Ministério Público Estadual, a 
recente onda de ataques é uma retaliação da organização 
criminosa PGC ao crescimento do número de bandidos 
mortos em confrontos com a polícia.
b) A polícia já sabe que os bandidos mortos em Governador 
Celso Ramos eram filiados ao Primeiro Grupo Catarinense 
e tinham como objetivo conseguir dinheiro para pagar 
advogados.
c) O sucesso da ação policial em Governador Celso Ramos 
é creditado ao uso de novas tecnologias na investigação 
policial, o que permite acompanhar, em tempo real, o 
deslocamento dos bandidos e atuar preventivamente na 
repressão de assaltos a bancos.
d) A polícia e o Ministério Público de Santa Catarina têm 
provas de que a ordem para salvar os condenados da 
onda de ataques de 2013 foi dada de dentro dos presídios 
controlados pelo Primeiro Grupo Catarinense (PGC).
25.04. (ACAFE – SC) – Considerando o texto, assinale a 
alternativa correta:
a) Na frase “O Estado apurou que a polícia e o Ministério 
Público Estadual (MPE) investigam os ataques como 
uma retaliação ao crescimento do número de bandidos 
abatidos em confrontos”, o emprego de letras maiúsculas 
não é integralmente coerente com as normas ortográficas.
b) Em “De dentro de presídios partiu o ‘salve’ para dar 
início a onda de ataques que assusta Santa Catarina há 
mais de duas semanas”, o termo destacado em negrito 
é a senha (ou código) utilizado pelos presidiários para 
iniciar os ataques.
c) Na frase “Na noite de 29 de agosto, por volta das 23 
horas, policiais civis estavam a postos para enfrentar o 
bando, após rastrear por intercepções telefônicas e troca 
de mensagens por aplicativo de smartphone, que eles 
planejavam estourar caixas eletrônicos”, o pronome “eles” 
retoma “o bando”, substantivo com o qual concorda em 
gênero e número.
d) Em “O caso registrado no dia 30 de agosto na cidade de 
Governador Celso Ramos seria um dos estopins para os 
atentados ordenados pelo Primeiro Grupo Catarinense 
(PGC)”, o sujeito da oração está posposto ao verbo.
Aperfeiçoamento
25.05. (UNESC – RO) – Em situações comunicativas formais 
de fala e escrita, os interlocutores guiam-se pela norma de 
prestígio da língua, a norma denominada culta. Assinale a 
alternativa que apresenta concordância verbal ou nominal 
de acordo com as regras da norma culta:
a) As professoras da comunidade reformaram elas próprias 
a escola em que trabalham.
b) Todos os candidatos concordaram em que as questões 
da prova foram bastantes complexas.
c) O brasileiro sabe que 40% dos preços constitui impostos 
fixados pelo governo.
d) A cerimonialista afirmou que Vossas Senhorias fostes 
convidados para a colação de grau.
25.06. (AFA – SP) – Assinale a opção correta:
a) De acordo com a norma padrão da língua em “Um grupo 
de soldados teria sido enviado...”, a flexão do verbo “ter” 
pode ser feita no plural, concordando com o substantivo 
“soldados”.
b) No período “Em 4 de abril, o Beagle atracou no Rio de 
Janeiro e aí começaram as descobertas que...”, o sujeito 
do verbo “começar” está indeterminado.
c) Em “Então, ele faz uma das observações que revelam 
sua profunda repulsa à escravidão”, o verbo “revelar” foi 
flexionado de acordo com o núcleo do sujeito.
d) Na oração “A vista e as cores na passagem de Praia Grande 
(atual Niterói) absorvem toda a atenção de Darwin...”, o 
verbo “absorver” pode ficar no singular, concordando com 
o núcleo do sujeito.
Aula 25
7Português 7A
25.07. (UDESC) – Complete convenientemente:
Garantimos a V. Sa. que não ____________________ incomodar- __________ 
com a programação da festa; ____________________ tranquilizar-se, que 
cuidaremos de tudo.
A alternativa que completa corretamente os espaços é:
a) precisas – te – podes;
b) precisa – se – pode;
c) precisa – te – pode;
d) precisais – vos – podeis;
e) precisas – vos – podes.
25.08. (UCS – RS) – Nesta questão, assinale a única alternativa que transgride a 
regra gramatical citada:
De acordo com a regra geral da concordância verbal, o verbo deve concordar com 
o núcleo do sujeito em número e pessoa.
a) Tu já fostes visitar a exposição? 
b) A turma, depois das provas, manifestava confiança na aprovação.
c) Segundo as investigações, desapareceu, durante perseguição aos assaltantes, 
um milhão de reais.
d) Aos investidores sobrou pouca coisa, após a falência da empresa.
e) Um pequeno grupo de fanáticos protestava contra o treinador.
25.09. (ESPM – SP) – Dada uma frase, assinale a continuação cuja concordância 
verbal transgrida o que preceitua a norma culta:
Pesquisa Datafolha mostra que perfil conservador do brasileiro continua forte.
a) 47% do eleitorado diz ter posição política de direita.
b) 47% dos eleitores dizem ter posição política de direita.
c) 47% diz ter posição política de direita.
d) 47% dizem ter posição política de direita.
e) 1% dos eleitores não souberam responder à pesquisa.
25.10. (ESPM – SP) – Assinale o item que contenha transgressão às regras de 
concordância verbal segundo as normas gramaticais:
a) Pesquisa feita por psicólogos mostra que 83% dos alunos de cursinho apresen-
tam sintomas de estresse.
b) Das vestibulandas estudadas, 90% tem estresse.
c) Mais de 1/3 dos eleitores admite mudar de candidato.
d) Ibope informa que 46% dos brasileiros só conseguem resolver problemas com 
apenas uma operação aritmética.
e) Ibope informa que 46% da população só consegue resolver problemas com 
apenas uma operação aritmética.
Aprofundamento
25.11. (IME – RJ) – Assinale a frase em que o verbo não obedece às normas da 
boa concordância:
a) Fomos nós quem primeiramente lecionamos esta matéria.
b) Fomos nós quem primeiramente lecionou esta matéria.
c) Fomos nós os que primeiramente lecionamos esta matéria.
d) Fomos nós que primeiramente lecionamos esta matéria.
e) Fomos nós que primeiramente lecionaram esta matéria.
25.12. (FGV – SP) – Assinale a alter-
nativa em que a concordância é feita 
pelo mesmo motivo em que aparece 
na frase: “Ver é muito complicado.”:
a) O amor próprio do tolo é mais 
escandaloso.
b) Depois de ter errado, sentiu-se 
rebaixado.
c) Não era mais prestativo, por ter sido 
ridicularizado.
d) Não precisava saber que era o mais 
amado.
e) Pôr duas colheres de açúcar é 
suficiente.
25.13. (FEMPAR – PR) – Assinale a 
alternativa que contém erro de con-
cordância:
a) Cada qual de vós receberá a recom-
pensa na medida de seu esforço.
b) Mais de um piloto se atrapalharam 
na largada.
c) Os Lusíadas constituem a mais 
representativa obra literária do 
Renascimento.
d) Um dia, um minuto, um segundo, 
que importa para a eternidade?
e) O governador, com seus secretários, 
elaboraram propostas de sanea-
mento da administração pública.
25.14. (UFSM – RS) – A frase em que 
o verbo somente poderia ficar no 
singular está em:
a) A dor constante, o desgosto con-
tinuado e o fundo pesar aniquila o 
espírito e o corpo. (Pe. Manuel Bernardes)
b) A noz, o burro, o sino e o pregui-
çoso, sem pancadas, nenhum faz o 
seu ofício. (Pe. Manuel Bernardes)
c) Uma palavras, um gesto, um olhar 
bastava. (Eduardo Carlos Pereira)
d) Cantando espalharei por toda a 
parte, se a tanto me ajudar engenho 
e arte. (Camões)
e) Passará a quaresma e a semana san-
ta, e não se celebrarão os mistérios 
de vossa paixão. (Pe. Antônio Vieira)
8 Extensivo Terceirão
Texto para a próxima questão:
NÃO HÁ VAGAS
Ferreira Gullar
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
com seu saláriode fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
– porque o poema, senhores,
está fechado:
“não há vagas”
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira
Gullar, Ferreira in Antologia poética. Disponível em <http://www.citador.
pt/poemas/nao-ha-vagas-ferreira-gullar> Acesso em 08 de ago. 2018
25.15. (UNICENTRO – PR) – Analise, no contexto do poema, 
os dois procedimentos distintos utilizados para a concordân-
cia entre o verbo caber e o sujeito a ele posposto. Em relação 
à concordância feita na quarta estrofe, é correto afirmar que
a) o verbo está corretamente no singular, porque o núcleo 
do sujeito é poema.
b) a forma singular se justifica, porque o sujeito posposto 
é simples e denota uma singularidade em relação ao 
“homem sem estômago”.
c) o desrespeito à regra da concordância ocorre em função 
da licença poética, ou seja, o poeta se desprendeu da nor-
matividade das regras gramaticais para destacar somente 
o sujeito “homem sem estômago”.
d) o verbo está corretamente no singular, porque concorda 
apenas com o núcleo do sujeito mais próximo, como 
que se referindo, implicitamente, a cada um dos demais 
núcleos separadamente, singularizando-os.
e) o verbo está erroneamente no singular, pois ele se refere a um 
sujeito composto, devendo obrigatoriamente estar no plural.
25.16. (ESPCEX – SP) – Leia as frases abaixo e responda a 
questão, fazendo a correspondência com as justificativas, que 
seguem, em relação à concordância do verbo no singular:
1. Uma ânsia, uma aflição, uma angústia repentina come-
çou-me a incomodar-me a alma.
2. Veio-me à lembrança a casa e o fusca do meu avô.
3. O garbo e elegância com que se apresentaram deixou-
-nos boquiabertos.
4. O comerciante e dono da loja trabalha até tarde.
( ) Os núcleos do sujeito são sinônimos.
( ) Os núcleos do sujeito formam uma sequência gradativa.
( ) Os núcleos do sujeito referem-se ao mesmo ser.
( ) Concordância com o núcleo do sujeito mais próximo.
A sequência correta é
a) 4 – 1 – 2 – 3
c) 1 – 4 – 2 – 3
e) 4 – 3 – 2 – 1
b) 2 – 4 – 3 – 1
d) 3 – 1 – 4 – 2
25.17. (UFRGS) – Texto:
Em ambas as cenas, essa análise se desenca-
deia a partir de um sistema cerebral composto de 
informações geográficas representadas interna-
mente na forma de mapas mentais que induzirão 
as três protagonistas a tomar suas decisões.
Adaptado de: FERREIRA, Marcos César. Iniciação à análise 
geoespacial : teoria, técnicas e exemplos para 
geoprocessamento. São Paulo: Editora UNESP, 2014. p. 33-34
Se a palavra informações fosse substituída pela expressão 
um dado, quantas outras palavras seriam alteradas no seg-
mento para fins de concordância?
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5
Texto para a próxima questão:
Tornando da malograda espera do tigre, al-
cançou o capanga um casal de velhinhos1, que 
seguiam diante dele o mesmo caminho2, e con-
versavam acerca de seus negócios particulares. Das 
poucas palavras que apanhara, percebeu Jão Fera 
que destinavam eles uns cinquenta mil-réis3, 
tudo quanto possuíam, à compra de mantimentos, 
a fim de fazer um moquirão*, com que pretendiam 
abrir uma boa roça.
– Mas chegará, homem? perguntou a velha.
– Há de se espichar bem, mulher!
Uma voz os interrompeu:
Aula 25
9Português 7A
– Por este preço dou eu conta da roça!
– Ah! É nhô Jão!
Conheciam os velhinhos o capanga, a quem 
tinham por homem de palavra, e de fazer o que 
prometia. Aceitaram sem mais hesitação; e fo-
ram mostrar o lugar que estava destinado para 
o roçado.
Acompanhou-os Jão Fera; porém, mal seus 
olhos descobriram entre os utensílios a enxada, a 
qual ele esquecera um momento no afã de ganhar 
a soma precisa, que sem mais deu costas ao par 
de velhinhos e foi-se deixando-os embasbacados.
José de Alencar, Til
*moquirão = mutirão (mobilização coletiva para 
auxílio mútuo, de caráter gratuito).
25.18. (FUVEST – SP) – Considere os seguintes comentários 
sobre diferentes elementos linguísticos presentes no texto:
I. Em “alcançou o capanga um casal de velhinhos” (refe-
rência 1), o contexto permite identificar qual é o sujeito, 
mesmo este estando posposto.
II. O verbo sublinhado no trecho “que seguiam diante dele 
o mesmo caminho” (referência 2) poderia estar no singular 
sem prejuízo para a correção gramatical. 
III. No trecho “que destinavam eles uns cinquenta mil réis” 
(referência 3), pode se apontar um uso informal do pro-
nome pessoal reto “eles”, como na frase “Você tem visto 
eles por aí?”.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas;
b) II, apenas;
c) III, apenas;
d) I e II, apenas;
e) I, II e III.
Desafio
25.19. (IFPE) – Acerca da sintaxe de concordância em alguns 
trechos, analise as alternativas e assinale aquela que presta 
informações verdadeiras:
a) No fragmento: “Os resultados apresentados pela especia-
lista em nutrição indicam que [...]”, a concordância está 
adequada, uma vez que o termo destacado concorda com 
“os resultados apresentados”. 
b) Em: “A Pesquisa sobre Condições de Vida na Venezuela (En-
covi) apresentada nesta quarta-feira e realizada com 6.168 
famílias de todo o país, feita pelas principais universidades 
venezuelanas, revelou que [...]”, se pluralizássemos o termo 
em destaque, não haveria desrespeito à norma gramatical 
porque ele concordaria com “universidades venezuelanas”. 
c) No excerto: “A Encovi, realizada a cada ano desde 2014, foi 
elaborada com informações obtidas entre os meses de julho 
e setembro […]”, não haveria infração à norma gramatical 
grafar no plural os termos sublinhados, pois estes poderiam 
concordar em número com o substantivo “informações”. 
d) No trecho: “Cerca de 64% das pessoas afirmam ter sofrido 
uma perda de peso de 11 quilos no último ano [...]”, também 
é correto que o verbo sublinhado seja grafado no singular 
para concordar com a expressão de quantidade “cerca de”. 
e) Em: “[…] esses resultados não refletem o efeito que teve 
sobre os venezuelanos o fenômeno da hiperinflação, que 
começou em outubro.”, há incorreção, pois o termo em 
destaque deveria ser pluralizado, a fim de concordar com 
“resultados”, sujeito ao qual se refere.
25.20. (UFSM – RS) – Observe o trecho:
A maior parte dos eleitores (...) tem entre 25 
e 34 anos, mas seguida de perto pelos que têm 
entre 45 e 59 anos.
O verbo ter aparece duas vezes, uma sem acento gráfico e 
outra com acento. A segunda forma está acentuada
a) porque é uma palavra monossílaba átona.
b) porque é uma oxítona terminada em “-em”.
c) para concordar com “a maior parte”.
d) para concordar com “entre 45 e 59 anos”.
e) para indicar a flexão da terceira pessoa do plural.
10 Extensivo Terceirão
Gabarito
25.01. a) Vossa Senhoria comparecerá às solenidades de hoje?
 Com pronomes de tratamento, o verbo deverá ficar na terceira 
pessoa. No caso, singular, pois “Vossa Senhoria” está no singular.
b) A turma saiu da sala antes de o professor divulgar as notas e as 
premiações.
 Concordância no singular, pois o núcleo “turma” está no singular.
c) A turma dos alunos mais dedicados homenageará / homena-
gearão o mestre na cerimônia de colação de grau.
 Como o substantivo coletivo “turma” possui uma expressão de 
“reforço” no plural, a concordância é, neste caso, facultativa.
d) Minas Gerais possui algumas barragens em situação de perigo 
iminente.
 Como o topônimo não possui artigo, o verbo ficará no singular.
e) Os Estados Unidos revelaram alguns grandes músicos de jazz, 
como Herbie Hancock e Miles Davis.
 Como o topônimo possui artigo, o verbo vai para o plural.
f ) Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, representa / representam o 
ponto máximo da literatura em língua portuguesa no século 16.
 O plural se justifica por se fazer a concordância com o núcleo 
plural. Já o singular se justifica porque se admite a concordância 
com uma palavra implícita no singular, como “a obra”, “o livro”.
g) Comparecerão / Comparecerá ao evento o diretor da revistae 
o atleta Gustavo Medina.
 Sujeito composto, em ordem inversa: ou o verba concorda com 
os dois núcleos e fica, portanto, no plural, ou concorda apenas 
com o mais próximo.
h) Comparecerão ao evento os atletas paralímpicos e o Ministro 
do Esporte.
 Caso semelhante ao da letra g. Entretanto, como o primeiro ter-
mo está no plural, a concordância só poderá ser no plural.
i) Os desastres ecológicos, a escassez de alimentos, as pressões 
sociais, nada parece autorizar um prognóstico otimista para os 
próximos dez anos.
 Concordância com o aposto resumidor “nada”, no singular.
j) Descaso e desprezo sempre caracterizaram / caracterizou a 
gestão daquele controverso cidadão.
 Plural se justifica por haver a concordância com os dois núcleos 
do sujeito composto. Agora, o singular é válido porque ambos 
os núcleos são sinônimos.
25.02. c
25.03. a
25.04. b
25.05. a
25.06. a
25.07. b
25.08. a
25.09. c
25.10. b
25.11. e
25.12. e
25.13. e
A letra B admite também o singular, numa concordância até mais 
elementar. Mas o plural está correto, pois o sentido proposto pode 
ser o da reciprocidade (um piloto atrapalhou o outro, e vice-versa; 
logo, eles se atrapalharam). Já a letra E é errada mesmo.
25.14. b
25.15. d
25.16. d
25.17. d
25.18. b
25.19. a
25.20. e
11Português 7A
 ` três erros muito comuns em nosso cotidiano. A 
concordância de “haver”, “fazer” e em frases em que 
aparece a partícula “se” será estudada nesta aula.
 O verbo haver
O verbo “haver”, em relação às regras de concordân-
cia verbal, é um verbo pessoal, quando, a exemplo da 
maioria dos verbos, concorda com o sujeito em número 
e pessoa. Mas pode ser também um verbo impessoal, 
quando, por não possuir sujeito, fica invariável na 3a. 
pessoa do singular. Vamos observar os dois casos, no 
que diz respeito à concordância verbal.
Haver como verbo pessoal
O verbo “haver”, como verbo pessoal, é usado quando 
possui os seguintes sentidos, expressos nos exemplos a 
seguir:
 (1) Eles haviam entrado numa emboscada.
 • haviam (verbo auxiliar em locução verbal) = tinham 
 (2) Eles hão de conhecer a beleza suprema nas 
obras de Monet.
 • hão (verbo auxiliar em locução verbal) de conhecer = 
conhecerão
 (3) Vocês haverão (= obterão) sucesso com esta 
startup.
 • haverão = obterão
 (4) O juiz houve por bem manter a prisão pre-
ventiva do réu, implicado também em outros 
crimes.
 • houve = julgou, resolveu
 (5) Aquelas meninas se houveram como princesas 
e encantaram os espectadores.
 • houveram = portaram-se
 (6) Ele se haverá com o diretor e terá de explicar 
toda essa situação constrangedora.
 • haverá = prestar contas, ajustar-se
 (7) O golfinho é havido como o animal mais inteli-
gente.
 • é havido = é considerado
 (8) Vitória é muito talentosa, haja vista as músicas 
que compôs, ainda muito jovem.
 • haja vista = repare-se em, tendo em vista, observe-se
A expressão Haja vista
Vamos nos deter um pouco mais no exemplo (8). Na 
expressão “haja vista”, a palavra “vista” é invariável: não 
se flexiona nem em gênero nem em número. Logo:
haja visto → construção ERRADA
Agora, o verbo “haver” pode concordar com o subs-
tantivo seguinte ou ficar invariável. Exemplo:
 (9) Vitória é muito talentosa, hajam vista as músi-
cas que compôs, ainda muito jovem.
“Depois que o carro quebrou e as pessoas 
passaram na frente fica difícil. Tem que apurar 
com calma e saber o que houve. Mas existe o 
quesito desfile e infelizmente houveram alguns 
problemas. Não adianta chegar aqui e ficar pro-
curando culpado. São coisas que acontecem.”
Djalma Falcão, presidente da Escola de Samba União da Ilha do 
Governador, sobre o desfile no Carnaval 2020
“Já fazem anos que os especialistas inves-
tigam os restos da embarcação Mentor, que 
naufragou em 1802 próximo ao porto da ilha 
de Citera, na Grécia. Mas foi só recentemente 
que “tesouros” gregos foram encontrados, como 
joias e itens de cerâmica.”
REDAÇÃO GALILEU, 22 OUT 2019. revistagalileu.globo.com
ALUGA-SE
CASAS
 (21) 9 0000-0000
 (21) 9 0000-0000
Aula 26
Concordância (3)
Português
1B7A
12 Extensivo Terceirão
Haver como verbo 
impessoal
Sendo impessoal – não possui 
sujeito –, o verbo “haver” deve ficar, 
obrigatoriamente, na 3a. pessoa do 
singular. Assim, o verbo “haver” é 
impessoal quando estiver empre-
gado nos seguintes sentidos:
1. Existir, ocorrer, 
acontecer
Vejamos os exemplos:
 (10) Haverá descontentes no 
governo e na oposição.
 • = Existirão descontentes 
no governo e na oposição.
 (11) Se houver manifestações 
violentas, a polícia atuará 
de maneira rígida.
 • = Se acontecerem ma-
nifestações violentas, a 
polícia atuará de maneira 
rígida.
 (12) Ainda haveria pessoas 
dispostas a sacrifícios 
pessoais?
 • = Ainda existiriam pessoas 
dispostas a sacrifícios 
pessoais?
 (13) Houve duas explosões na 
cidade de Damasco.
 • = Ocorreram duas explo-
sões na cidade de Damasco.
Observação:
O verbo “haver” trans-
mite sua impessoalidade 
aos verbos que com ele 
formam locução. Uma 
locução verbal é uma série 
de duas ou mais formas 
verbais. O último verbo 
dessa série é chamado de 
verbo principal; os demais 
são verbos auxiliares. Es-
ses verbos auxiliares, con-
sequentemente, devem 
também ficar invariáveis, 
na 3ª. pessoa do singular. 
Observe:
 (14) Poderá haver descontentes no governo e na oposição.
 • = Poderão existir descontentes no governo e na oposição. 
 (15) Pode haver casos de assassinatos em série.
 • = Podem existir casos de assassinatos em série.
 (16) Ainda poderia haver pessoas dispostas a sacrifícios pessoais?
 • = Ainda poderiam existir pessoas dispostas a sacrifícios pessoais?
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O
fic
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da
 N
et
https://www.oficinadanet.com.br/netflix/29917-chromecast-recebe-atualizacao-do-app-netflix-
-e-tem-mudancas-na-interface-do-usuario
 ` A forma verbal “houveram” foi incorretamente utilizada no texto acima. O correto seria 
“houve”. Também vale relembrar que não se pode utilizar o verbo “ter” no sentido de 
“existir”. O correto seria “há mudanças”.
2. Tempo decorrido, sinônimo de “fazer”
Também, nesse caso, o verbo “haver” será impessoal e ficará, portanto, no 
singular. Observe os exemplos:
(17) É Deputado Federal, mas não vai a Brasília há dois meses.
 • = É Deputado Federal, mas não vai a Brasília faz dois meses.
(18) Ele está há dois anos sem beber.
 • = Ele está faz dois anos sem beber.
O princípio também se aplica a locuções verbais Exemplo:
(19) Já deve haver uns vinte anos que não surfo mais.
 • = Já deve fazer uns vinte anos que não surfo mais.
(20) Já deve haver uns dois anos que ela está sem beber.
 • = Já deve fazer uns dois anos que ela está sem beber.
Aula 26
13Português 7A
 O verbo fazer
Um verbo de comportamento 
muito parecido ao do verbo “haver”. 
O verbo “fazer” pode ser pessoal 
(quando concorda com o sujeito 
em número e pessoa) ou impesso-
al (quando, dada a inexistência do 
sujeito, fica invariável, na 3a. pessoa 
do singular). Vejamos as duas pos-
sibilidades.
Fazer como verbo 
pessoal
Possui diversos sentidos. Eis 
alguns exemplos:
(21) Vocês fariam o serviço 
dentro do prazo estipula-
do?
 • fariam = realizariam
(22) Eles fizeram a casa sozi-
nhos.
 • fizeram = construíram
(23) O ideal é que os pedreiros 
façam a laje ainda hoje.
 • façam = construam
(24) Pedro e Guilherme fazem 
aniversário no mesmo dia.
 • fazem = celebram, come-
moram
Fazer como verbo 
impessoal
Quando aparece no sentido 
de...
1. Tempo decorrido
O verbo indica um tempo que 
já foi vencido, que já ficou para trás. 
Neste caso, é sinônimo do verbo 
haver, como vimos anteriormente. 
Observe os exemplos a seguir:
(25) Fazia quatro anos que não 
ia a Araraquara.
(26) Faz dez anos que meu 
irmão morreu.
2. Clima, temperatura, estado atmosférico
Vejamos os exemplos:
(27) Faz dias frios em Ponta Grossa, inclusive no verão.
(28) A meteorologia indica que fará manhãs frias a partir de maio.
Observação:
O verbo “fazer” transmite sua impessoalidade aos verbos que com 
ele formam locução. Esses verbos auxiliares,consequentemente, 
devem também ficar invariáveis, na 3a. pessoa do singular. Exemplos:
(29) Deve fazer umas cinco semanas que ele esteve aqui.
(30) Vai fazer cinco anos que não tiro férias.
(31) Deve fazer dias quentes e úmidos no verão.
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 ` Uso correto do verbo “fazer”, no primeiro quadrinho
 A palavra “se”
Quando falamos de concordância verbal, dois casos, envolvendo a palavra 
“se”, devem ser levados em consideração. Vamos conhecê-los. 
Se = Partícula apassivadora
Para compreendermos bem este caso, leiamos com atenção cada passo 
a seguir:
 I. Surge a palavra “se” numa oração que apresenta sujeito explícito, que 
deve ter como núcleo um substantivo não modificado por preposição.
 II. Como há concordância com o sujeito, o verbo da oração pode estar no 
singular ou no plural, mas sempre na 3ª. pessoa.
III. A frase está na voz passiva sintética, também chamada de voz passiva 
pronominal, pois apresenta um sujeito paciente da ação verbal. Não há 
locução verbal, como na voz passiva analítica; o que há é a palavra “se”, 
denominada partícula apassivadora ou pronome apassivador.
Vamos observar os exemplos:
(32) Aluga-se casa.
(33) Alugam-se casas.
(34) Vende-se apartamento.
(35) Vendem-se apartamentos.
(36) Negocia-se dívida com o Fisco.
(37) Negociam-se dívidas com o Fisco.
14 Extensivo Terceirão
Vale lembrar que, nos pares de sentenças, o sujeito 
está posposto ao verbo. A palavra “se” não poderia apa-
recer em posição proclítica porque não se pode iniciar 
frase com pronome oblíquo ou partícula apassivadora. 
Mas as construções a seguir são válidas:
(38) Não se alugam casas nesta cidade.
(39) Ainda se vendem apartamentos a bons preços.
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Fo
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Fi
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 d
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Br
as
il
 `O título do filme traz um emprego correto em matéria de 
concordância envolvendo a partícula apassivadora “se.”
Se = Índice de indeterminação do 
sujeito
Neste caso, ocorre a palavra “se” numa oração que 
não apresenta sujeito explícito. Isso ocorre em dois 
casos:
1. A oração não tem substantivo e, portanto, nenhuma 
palavra pode exercer a função sintática de sujeito. 
Exemplos:
(40) Vive-se bem por aqui.
 • “Bem” e “aqui” são advérbios
 • “se” = índice de indeterminação do sujeito
(41) Navegou-se serenamente por duas noites.
 • serenamente: advérbio de modo
 • por duas noites: locução adverbial de tempo
 • se = índice de indeterminação do sujeito
2. A oração só apresenta substantivos modificados 
por preposição, que também não podem exercer a 
função de sujeito. Exemplo:
(42) Fala-se muito de futebol no Brasil.
 preposição
Como não há sujeito explícito, não há concordância. 
Portanto, o verbo se encontra sempre na 3a. pessoa 
do singular e a palavra “se” é chamada de índice de 
indeterminação do sujeito.
Leiamos mais alguns exemplos:
(43) Trata-se de acidentes.
(44) Precisa-se de empregados.
(45) Refere-se a dados desatualizados.
(46) Conta-se com muitos recursos estrangeiros.
Observação:
Vale lembrar, também, que jamais haverá 
sujeito com preposição antecedendo a sua 
palavra-núcleo. Observe algumas construções 
INCORRETAS, que violam tal princípio:
(47) O fato do cachorro estar distante na 
outra cidade dificultava a tarefa, embora 
a saudade o aproximasse da lembrança. 
(Clarice Lispector, conto O crime do professor de matemática)
(48) Após as declarações públicas de Augusto 
Inácio, detonando o staff avaiano, é hora 
do elenco demonstrar comprometimento. 
(NSC Total, 26/02/2020)
 Corrigindo os exemplos (47) e (48), temos:
(49) O fato de o cachorro estar distante na outra 
cidade dificultava a tarefa, embora a saudade 
o aproximasse da lembrança. 
(50) Após as declarações públicas de Augusto 
Inácio, detonando o staff avaiano, é hora de o 
elenco demonstrar comprometimento.
Aula 26
15Português 7A
Testes
Assimilação
26.01. (UP – PR) – Assinale a alternativa cuja frase está de 
acordo com as normas do português padrão:
a) Sempre existiu muitos casos de corrupção no país.
b) Aconteceu muitos casos desde que a nova legislação 
passou a vigorar.
c) Eles havia feito a promessa de não fazer mais uso de 
anfetaminas.
d) Houve muitas reclamações por parte dos atletas.
e) Fazem muitos anos que a lei está em vigor.
26.02. (ACAFE – SC) – Analise as frases a seguir:
I. O chef do restaurante La traviatta não perdoa ao gerente, 
a quem dedicou boa parte de sua vida profissional.
II. No mês de maio passado fizeram vinte e cinco anos 
que Ayrton Senna morreu num acidente no circuito de 
Ímola, na Itália.
III. Encomendou-se os equipamentos necessários a implan-
tação do comitê de fiscalização das ações de governança 
municipal.
IV. Gostem ou não os arquitetos de plantão, haverá riscos se 
as normas técnicas forem ignoradas e se forem repetidos 
os erros do passado.
V. Após meio-dia e meia, terei selecionado textos bas-
tantes para serem envelopados e anexados à carta de 
apresentação.
VI. Não se realizaria a travessia do Atlântico se Colombo não 
fosse um sonhador.
Assinale a alternativa que contém todas as frases corretas:
a) II – IV – V
c) I – IV – V – VI
b) I – II – VI
d) II – III – V – VI
26.03. (ACAFE – SC) – Analise as frases a seguir:
I. Visto que houve poucas inscrições até a presente data, é 
provável que vai sobrar vagas.
II. Juca Jacu é um personagem ilhéu, maravilhoso modelo 
de carne e osso onde se resume todas as características 
da espécie tabajara.
III. De acordo com informações prestadas pelo Ministério da 
Agricultura, 10% dos produtos agrícolas comercializados 
no Brasil não apresenta certificação sanitária.
IV. As divagações metafísicas e a expressão de uma angústia 
existencial compõe o ponto forte da poesia de Augusto 
dos Anjos.
V. Em 1971, no período da Guerra do Vietnã, uma turma de 
pacifistas se reúne no Alasca e organizam uma manifesta-
ção para protestar contra os testes nucleares americanos.
VI. Vai começar amanhã, aqui em Joinville, as obras de recupera-
ção de uma das mais importantes rodovias de Santa Catarina.
Considerando as normas da língua padrão sobre concordân-
cia verbal, é correto o que se afirma em:
a) Somente nas frases IV, V e VI todos os verbos concordam 
com os respectivos sujeitos.
b) Os verbos “resume” e “apresenta”, nas frases II e III, con-
cordam com os respectivos sujeitos, a saber: Juca Jacu e 
Ministério da Agricultura.
c) Todas as frases contêm verbos que não concordam com 
os respectivos sujeitos.
d) Apenas as frases I e IV estão incorretas.
26.04. (CESMAC – AL) – As normas sintáticas da concordân-
cia e da regência verbal foram integralmente respeitadas na 
seguinte alternativa: 
a) Enredo, linguagem e personagens vem à tona na memória 
do leitor, pois destinou-se à ficar na sua experiência de leitor. 
b) Nenhum dos romances que leio passam a ficar indife-
rentes à mim; me expressam à cada situação de leitura. 
c) Na escola haviam situações de leitura em que o nosso 
ímpeto era fazer o livro voltar as estantes da biblioteca. 
d) As escolas mais tradicionais haviam deixado à escolha 
de cada um os romances para leitura e para a elaboração 
de resenhas. 
e) Fazem muitos anos que as escolas passaram à estimular 
a leitura de romances que à todos interessava.
Aperfeiçoamento
26.05. (UNIVESP – SP) – Uma frase que apresenta uso de 
todas as formas verbais em conformidade com a norma-
-padrão da língua está em:
a) As mudanças climáticas provocadas pelo efeito estufa 
devem figurarem mais na pauta dos noticiários.
b) Algum dos veículos de comunicação em massa se propo-
ram a tratar do tema discutido no Congresso.
c) As medidas para mitigar a degradação ambiental ainda 
não satisfizeram os anseios dos ecologistas.
d) Houveram muitas críticas à forma como a agências go-
vernamentais vem tratando da sustentabilidade.
e) Se as pessoas manterem seus hábitos de consumo irrefle-
tidamente, as consequências serão assustadoras.
26.06. (ESPCEX – SP) – Marque a alternativa que mostra a 
voz passiva pronominal:
a) Necessita-se de água potável para 35 milhões debrasileiros.
b) Acredita-se que a coleta de esgoto, em todo o mundo, 
seja um problema grave.
c) Trata-se de apenas 39% de todo o esgoto gerado pela 
população.
d) Identificou-se importante avanço na questão do sanea-
mento.
e) Pode-se caminhar alguns passos em direção à garantia 
do acesso a esses serviços.
16 Extensivo Terceirão
Utilize o texto a seguir para responder à próxima questão:
Já faz três noites que pro norte relampeia,
A asa-branca ouvindo o ronco do trovão
Já bateu asas e voltou pro meu sertão,
Ai, ai, eu vou-me embora, vou cuidar da planta-
ção.
Luiz Gonzaga e Zé Dantas, A volta da asa-branca
26.07. (INSPER – SP) – Assinale a alternativa em que o 
verbo “fazer” está flexionado na terceira pessoa do singular 
pelo mesmo motivo que na primeira oração de A volta da 
asa-branca:
a) Faz anos que não nos víamos.
b) Ele faz anos depois de amanhã.
c) Faz-se necessário deixar o tempo passar.
d) Isso não fará falta a ninguém.
e) Ontem, ela faria três anos de casada.
26.08. (UFPR) – Leia o texto a seguir, observando o uso das 
formas verbais: 
O trágico incêndio na boate Kiss, em Santa 
Maria, região central do Rio Grande do Sul, ocor-
reu na madrugada de domingo, dia 27 de janei-
ro. Houveram 242 mortes. O fogo foi provocado 
por artefatos pirotécnicos, que os participantes da 
banda Gurizada Fandangueira usou no palco. No 
inquérito policial foi indiciado criminalmente 16 
pessoas e outras 12 foram responsabilizadas. Já o 
Ministério Público denunciou oito pessoas, sendo 
quatro por homicídio, duas por fraude processual 
e duas por falso testemunho. A Justiça aceitou a 
denúncia e assim os envolvidos no caso se trans-
forma em réus e serão julgados. 
Quantas formas verbais estão em desacordo com as normas 
do português escrito? 
a) Duas
d) Cinco
b) Três
e) Seis
c) Quatro
26.09. (FPS – PE) – Observe as opções de concordância ver-
bal admitidas nas seguintes alternativas e assinale aquela que 
está conforme a norma-padrão do português escrito culto:
a) Qual das normas sintáticas ainda resistem aos usos infor-
mais da linguagem coloquial?
b) Os gramáticos que haviam elaborado as normas de sin-
taxe na década passada foram mais flexíveis.
c) Quem dos gramáticos mais atuantes preconizam a flexi-
bilidade nas normas da concordância?
d) Nenhuma das regras mais difíceis subsistem às variações 
da língua informal.
e) Houveram gramáticos que se dedicaram exaustivamente 
à descrição da norma-padrão.
26.10. (UEPG – PR) – Na oração “...não há planos...”, o verbo 
“haver” é impessoal; portanto, a oração é sem sujeito. Assinale 
o que for correto em que esse verbo esteja empregado da 
mesma forma:
01) Em quase todos os itens do relatório houve preocupação 
com o acolhimento do imigrante no território francês. 
02) Parece que a população imigrante não se houve muito 
bem com relação às solicitações de mudança no país. 
04) Em se tratando do bem-estar da população, há manei-
ras de se chegar a um consenso. 
08) Haverá de ser analisado o relatório encomendado pelo 
primeiro-ministro. 
16) Há muitas dúvidas quanto ao propósito de incentivar a 
integração dos imigrantes na França.
Aprofundamento
26.11. (UFPE) – Conforme as regras da concordância verbal, a 
alternativa em que o enunciado está corretamente redigido é:
a) Poderiam haver outros sinais de que estamos mais 
conscientes da necessidade de cuidar do meio ambiente. 
b) Outros sinais existe de que estamos mais conscientes da 
necessidade de cuidar do meio ambiente. 
c) Que outros sinais haveriam de que estamos mais cons-
cientes da necessidade de cuidar do meio ambiente? 
d) Que outros sinais haveriam de ter surgido com relação ao 
fato de que estamos mais conscientes da necessidade de 
cuidar do meio ambiente? 
e) Foi mostrado amplamente alguns sinais de que estamos mais 
conscientes da necessidade de cuidar do meio ambiente.
26.12. (UEPG – PR) – Observe:
Adaptado de: http://www.thepicta.com/ 
media/1183498033048395803_1906493655. Acesso em 03/06/2017.
Sobre o texto, assinale o que for correto:
01) Há ambiguidade na primeira oração do período. 
02) Os elementos não linguísticos do gênero discursivo 
contribuem com a construção do sentido proposto 
pela expressão “#naomandanudes”. 
04) A partícula “se”, no início da sentença, indica indetermi-
nação do sujeito. 
08) A expressão “só de calcinha” desempenha função de 
complemento verbal. 
16) O uso da expressão “boy” demonstra a intenção, por 
parte do autor, de se aproximar do público alvo.
Aula 26
17Português 7A
26.13. (UNESP – SP) – Observe:
O acetato de chumbo era adicionado às bebi-
das como adoçante.
Preservando-se a correção gramatical e o seu sentido original, 
essa oração pode ser reescrita na forma:
a) Adicionava-se o acetato de chumbo às bebidas como 
adoçante.
b) Adiciona-se o acetato de chumbo às bebidas como 
adoçantes.
c) Eram adicionadas às bebidas como adoçante o acetato 
de chumbo.
d) Adicionam-se às bebidas como adoçante o acetato de 
chumbo.
e) Adicionavam-se às bebidas como adoçante o acetato 
de chumbo.
26.14. (UNAERP – SP) – Texto:
De cento e tantos, a numeração dos cômodos 
elevou-se a mais de quatrocentos; e tudo caia-
-dinho e pintado de fresco; paredes brancas, por-
tas verdes e goteiras encarnadas. Poucos lugares 
havia desocupados. Alguns moradores puseram 
plantas à porta e à janela, em meias tinas serradas 
ou em vasos de barro. 
Aluísio Azevedo, O cortiço
No trecho “Poucos lugares havia desocupados.”, a flexão do 
verbo haver está 
a) correta, pois o verbo haver é sempre impessoal. 
b) correta, pois trata-se de uma oração sem sujeito. 
c) correta, pois refere-se a um sujeito elíptico no singular. 
d) incorreta, pois deveria concordar com o sujeito, “Poucos 
lugares”. 
e) incorreta, pois, mesmo na ordem inversa dos termos, 
deveria concordar com o sujeito plural.
26.15. (PUCPR) – Leia o texto a seguir:
[...] Ao lidar com a voz passiva sintética (tam-
bém chamada de pronominal, por causa do se, que 
é um pronome apassivador), nosso maior proble-
ma é reconhecer o sujeito da frase. Em estruturas 
do tipo aceitam-se cheques ou compram-se garra-
fas, o elemento que vem posposto ao verbo é con-
siderado o sujeito (o paciente da ação). Ocorre, no 
entanto, que a passiva sintética não é sentida como 
voz passiva pela maioria dos falantes, os quais, ven-
do em cheques e garrafas um simples objeto direto, 
deixam de concordar o verbo com eles. Nasce aqui 
o que um antigo gramático chamava de “erro da 
tabuleta”: *aceita-se cheques, *compra-se garrafas, 
*vende-se terrenos, *aluga-se barcos. 
Para quem tem uma formação mínima em sin-
taxe, não é tão difícil reconhecê-la: verbos transi-
tivos diretos seguidos de se (não reflexivo) consti-
tuem casos inequívocos dessa estrutura. Se ainda 
assim persistirem dúvidas, lembre que a frase na 
passiva sintética tem forma equivalente na passiva 
analítica. 
Aceitam-se cheques. = Cheques são aceitos.
Compram-se garrafas. = Garrafas são compra-
das.
Se o verbo for transitivo indireto, é evidente 
que não pode haver passiva — tanto a sintética 
quanto a analítica. A construção com verbo tran-
sitivo indireto + se é uma das formas do sujei-
to indeterminado no Português, ficando o verbo 
sempre na 3ª. pessoa do singular. 
Precisa-se de serventes.
Falava-se dos últimos acontecimentos.
Disponível em: <http://sualingua.com.br/2010/07/09/concordancia-
com-a-passiva-sintetica/>. Acesso em: 27 jan. 2016
Com base na leitura desse trecho e nos seus conhecimentos 
prévios sobre a estrutura gramatical da nossa língua, assinale 
a alternativa que traz um período escrito em conformidade 
com o que a norma culta prescreve:
a) Tratam-se de problemas cujas soluções são desconhe-
cidas. 
b) Não se discutiu os problemas mais importantes na 
reunião. 
c) Neste bar, assistem-se aos jogos do Campeonato Bra-
sileiro. 
d) Por pressa, tomou-se decisões que não foram previa-
mente discutidas. 
e) Desenvolveram-se novas teorias sobre o acidente. 
26.16. (UFPR) – “É simplista, porém, justificar o queacon-
teceu com o fato de o jovem não se sentir representado.” 
Observe que Jorge Bouer escreveu “de o jovem” e não “do 
jovem”. Diferentemente do que acontece na fala, a escrita 
não aceita a contração da preposição com um artigo em 
certos casos. Em qual das sentenças abaixo a contração é 
VETADA na escrita culta? 
a) O delegado interrogou o agressor por horas para tentar 
entender as razões [de+o] sujeito. 
b) No momento [de+o] invasor entrar no palco, o diretor 
segurou-o e pediu aos seguranças para prendê-lo. 
c) Todos se assustaram com o aparecimento daquele mons-
tro, principalmente com a cara [de+o] bicho. 
d) À maneira [de+o] pai, o filho agiu com absoluta ética. 
e) A atuação [de+o] Daniel no jogo foi impecável.
18 Extensivo Terceirão
26.17. (UEL – PR) – Com base no trecho “Solicitou-se aos 
entrevistados hierarquizar oito afirmações básicas”, assinale 
a alternativa que apresenta a sua correta reescrita:
a) A hierarquia de oito afirmações básicas foi solicitada aos 
entrevistados.
b) Hierarquizar oito afirmações básicas foi a solicitação dos 
entrevistados.
c) Oito afirmações básicas foram solicitadas aos entrevista-
dos hierarquizados.
d) Solicitaram a hierarquia dos entrevistados através de oito 
afirmações básicas.
e) Solicitou-se hierarquizar os entrevistados com oito afir-
mações básicas.
26.18. (UNSINOS – RS) – Considerando as regras de regên-
cia e de concordância, assinale a única alternativa em que 
a substituição proposta está de acordo com as regras da 
variedade linguística culta:
a) “trocar a insatisfação por uma nova necessidade” – tornar 
a insatisfação em uma nova necessidade.
b) “conduz o homem a buscar incessantemente mais do 
que o necessário para viver bem” – leva o homem à busca 
incessante de mais do que o necessário para viver bem.
c) “Mesmo as relações do indivíduo com o outro e consigo 
mesmo são coisificadas” – coisifica-se até mesmo as 
relações do indivíduo com o outro e consigo mesmo.
d) “Mas não há efetividade sem contradições” – Mas não há 
efetividade sem que hajam contradições.
e) “em um local de que muitas vezes não gosta” – em um 
local que muitas vezes não se sente bem.
Desafio
26.19. (IFPE) – As afirmativas a seguir apresentam reflexões 
sobre a sintaxe de concordância da língua portuguesa. 
Analise-as e marque a única que faz uma avaliação correta 
sobre a sintaxe de concordância:
a) Em “Mas a gente não ouve a maioria delas”, o verbo foi 
registrado no singular para concordar com a expressão “a 
gente”, continuaria, portanto, conjugado na terceira pes-
soa do singular se o sujeito da frase fosse o pronome “nós”. 
b) Em “Naquela época, na região de Roma, falava-se o latim”, 
o sujeito do verbo “falar” é indeterminado e o “-se” é índice 
de indeterminação, por isso o verbo foi corretamente 
conjugado na terceira pessoa do singular. 
c) Em “esse idioma foi sendo imposto aos povos domina-
dos”, a locução verbal também poderia estar no plural para 
concordar com o referente “povos dominados”.
d) Em “Foi assim que surgiu o português, o italiano e o fran-
cês, por exemplo”, houve um deslize na concordância, pois 
o sujeito da oração é composto (“o português, o italiano 
e o francês”), e o verbo, deveria, portanto, estar no plural 
para estabelecer concordância. 
e) Em “há milhares de anos era falada na Ásia”, o verbo 
grifado está conjugado de forma adequada, pois o verbo 
“haver” indicando tempo passado é impessoal, não de-
vendo ser pluralizado, portanto.
26.20. (IFPE) – As regras de concordância promovem, em um 
texto, a correspondência harmoniosa entre as palavras e as 
expressões que o compõem; e as regras de regência, por sua 
vez, tratam das relações de dependência entre os termos que 
formam a oração e entre as orações que o constituem. Sobre 
sintaxe de concordância e de regência, analise as proposições 
a seguir e assinale a alternativa correta:
I. Em “há espaços protegidos criados por ato dos proprie-
tários” e em “há os espaços protegidos criados por ato 
do poder público”, o verbo haver é impessoal e, portanto, 
intransitivo, podendo, por essa razão, ser grafado no 
singular. 
II. No trecho “Deve o poder público e a coletividade defen-
dê-lo e preservá-lo”, a forma verbal em destaque, por estar 
anteposta ao seu sujeito, pôde ser grafada no singular, 
concordando, apenas, com o núcleo mais próximo. 
III. Em “Nesse intuito, destaca-se como medida de execução 
desse dever a definição de espaços territoriais especial-
mente protegidos”, o elemento destacado poderia ser 
pluralizado, concordando, dessa forma, com “espaços 
territoriais [...] protegidos”, e não haveria alteração de 
sentido no trecho. 
IV. Em “há espaços protegidos criados por lei” e em “há 
espaços protegidos criados por ato dos proprietários”, 
se substituíssemos as formas do verbo “haver” pelas do 
verbo “existir”, este deveria ser grafado no plural, por não 
manter a impessoalidade daquele. 
V. No trecho “a legislação ambiental brasileira é pródiga em 
estabelecer uma disciplina territorial”, a preposição foi 
utilizada devido à regência do adjetivo que a antecede, 
funcionando como elemento de ligação entre esse nome 
e o complemento que ele rege. 
Estão corretas, apenas, as proposições 
a) I, II e III
b) II, IV e V
c) III, IV e V 
d) I, II e IV
e) I, III e V
Aula 26
19Português 7A
Gabarito
26.01. d
26.02. c
Em I, o verbo “perdoar” exige a preposição “a” quando o comple-
mento é uma pessoa; verbo “dedicar”, por sua vez é transitivo di-
reto e indireto. Em II, o verbo “fazer”, indicando tempo decorrido, 
é impessoal e deve ser empregado na terceira pessoa do singular. 
Em III, o verbo “encomendou”(-se) deve ser empregado na terceira 
pessoa do plural para concordar com o sujeito “os equipamentos”; 
também falta indicar a crase em “a implantação”. Em IV, o verbo 
“haverá” fica no singular porque significa “existir” e, como tal, é im-
pessoal. Em V, na expressão “meio-dia e meia”, o adjetivo “meia” 
concorda com “hora” (meio-dia e meia hora); “bastantes” é adjetivo 
e, no caso, concorda no plural com o substantivo “textos”. Em VI, o 
pronome “se” é proclítico porque o verbo “realizaria” é precedido de 
advérbio de negação.
26.03. c
Alternativa correta: C. Considerando a norma padrão da língua por-
tuguesa, todas as cinco frases contêm erros de concordância ver-
bal: em I, o sujeito “vagas” no plural implica a concordância no plu-
ral (vão sobrar); em II, o sujeito “todas as características da espécie 
tabajara” no plural implica a concordância no plural (se resumem); 
em III, o sujeito “10% dos produtos agrícolas comercializados no 
Brasil”, tendo o numeral substantivo “10” como núcleo, implica a 
concordância do verbo no plural (não apresentam); em IV, o sujeito 
composto e com um dos núcleos no plural implica concordância 
verbal no plural (compõem); em V, o sujeito “uma turma de pacifis-
tas” tem como núcleo o substantivo “turma” (no singular), razão por 
que os dois verbos que seguem devem ser empregados no singu-
lar (reúne; organiza). Nesse caso, embora se admita eventualmente 
o plural, por se tratar de um substantivo coletivo (turma) – um caso 
de silepse de número, caracterizada como sujeito no singular e ver-
bo no plural, isto é, concordância com a ideia de quantidade supe-
rior a um indivíduo –, há falta de paralelismo formal, uma vez que 
um dos verbos (reúne) está no singular e o outro (organizam) está 
no plural. Para o caso, também não cabe a alegação de que o(s) 
verbo(s) estaria(m) concordando com a expressão “de pacifistas”, 
que é adjunto adnominal de “turma”. Em VI, o sujeito da locução 
verbal “vai começar” é ” as obras de recuperação de uma das mais 
importantes rodovias de Santa Catarina”, cujo núcleo é “obras” (no 
plural), razão pela qual a concordância exige o verbo no plural (vão 
começar).
26.04. d
26.05. c
26.06. d
26.07. a
26.08. d
26.09. b
26.10. 21 (01 + 04 + 16)
26.11. d
26.12. 19 (01+02+16)
26.13. a
26.14. b
26.15. e
26.16. b
26.17. a
Correta. A oração está na voz passiva sintética. Assim, o sujeitopaciente é “hierarquizar oito afirmações básicas”; o verbo “solicitou” 
vem acompanhado do pronome “se” apassivador; “aos entrevista-
dos” corresponde aos seres a quem a solicitação foi feita.
Incorreta. Os entrevistados não foram os autores da solicitação.
Incorreta. Os entrevistados não são hierarquizados.
Incorreta. As oito afirmações básicas não foram meio para a en-
trevista.
Incorreta. A solicitação não foi “hierarquizar os entrevistados”.
26.18. b
26.19. e
26.20. b
20 Extensivo Terceirão
Aula 27
 Concordância com o verbo “ser”
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O Estado de S. Paulo, 19/11/2019, página C4
A tirinha nos apresenta, de modo bem-humorado, um caso de concordância com o verbo “ser”. De modo geral, tal 
concordância verbal se mostra um pouco complexa, pois o verbo “ser” pode concordar com o sujeito – que é o mais 
normal –, com adjuntos adverbiais (!) ou com o predicativo do sujeito. Como?
Bem, vamos analisar a seguir tais especificidades de concordância. São quatro casos principais que merecem a 
nossa atenção.
1. A construção “é que”
A expressão de realce “é que” funciona como um termo acessório, que pode ser extraída da frase sem nenhum tipo 
de prejuízo sintático à sentença. Serve apenas, como já dissemos, como um “realce”. Logo, nesse caso, o verbo fica 
sempre no singular. Exemplos:
 (1) Nós é que sabemos viver sabiamente.
 (2) Mas a melhor atuação foi na final de 1993, 5 a 1 contra a Universidad Católica. Muita gente acha que o jogo 
foi fácil, mas não, nós é que fomos muito precisos nas nossas chances. (entrevista do goleiro Zetti à Veja, 05/03/2020) 
2. Indicação de datas, horas ou distâncias
Podemos esquematizar este caso assim:
 • O verbo “ser”, neste caso, é impessoal (sem sujeito).
 • A concordância se dará com o numeral que aparece escrito.
 • O numeral que aparece escrito exerce a função de adjunto adverbial, indicando tempo ou lugar.
Vejamos os exemplos:
 (3) É uma hora da tarde agora.
 (4) São duas horas da tarde agora.
 (5) Abro os olhos sob o mesmo teto, todo dia / Tudo outra vez / Acordo, um tapa no relógio / A mente tá vazia / 
São dez pras seis. (Resgate, in 5:50am)
 (6) Devem ser, agora, umas vinte horas.
 (7) É 1º. de maio.
Concordância (4)
Português
7AAula 27
Aula 27
21Português 7A
 (8) Hoje são 27 de março, dia de aniversário do 
Venícius.
 (9) É um quilômetro até o posto mais próximo.
(10) São cinquenta quilômetros de Goiânia até 
Anápolis.
(11) Devem ser uns cinquenta quilômetros de 
Goiânia até Anápolis.
Observação:
1. Repare que, nos exemplos (6) e (11), o mes-
mo princípio de concordância foi aplicado 
às locuções verbais.
2. Na indicação de datas, o verbo “ser” pode 
ficar no singular, concordando com a ideia 
implícita de “dia”. Observe:
(12) Hoje é [dia] 27 de março, dia de aniver-
sário do Venícius.
(13) Hoje é [dia] 30. O pagamento só sai na 
semana que vem.
3. Indicação de quantidades
Quando o sujeito é constituído por uma expressão 
numérica no plural, o verbo “ser” deverá ficar no singular 
SE for seguido por um adjunto adverbial de intensidade 
(pouco, muito, bastante, uma fábula, etc.) Exemplos:
(14) Cinco mil dólares é pouco para uma viagem de 
dois meses pelos Estados Unidos.
 • Cinco mil dólares: sujeito da forma verbal “é”
 • pouco: adjunto adverbial de intensidade
(15) Trinta anos de separação foi muito, mas não o 
tempo suficiente para cicatrizar as feridas.
 • Trinta anos de separação: sujeito da forma verbal “foi”
 • muito: adjunto adverbial de intensidade
4. Concordância com o predicativo 
do sujeito
O verbo “ser” pode apresentar esta incomum concor-
dância nos seguintes casos:
a) Sujeito com os pronomes demonstrativos “tudo”, 
“isso”, “isto” ou “aquilo” ou com os pronomes inde-
finidos “tudo” ou “nada”. Exemplos:
(16) Nem tudo são más notícias na indústria 
brasileira. Mapa do trabalho indica que o setor 
contratará mais profissionais preparados para a 
indústria 4.0. (istoedinheiro.com.br, 19/08/2019)
 • Sujeito da forma verbal “são”: “nem tudo”
 • “más notícias”: predicativo do sujeito
(17) Ah, isso já são águas passadas.
 • Sujeito da forma verbal “são”: “isso”
 • “águas passadas”: predicativo do sujeito
b) Sujeito expressando nome de “coisa, objeto”, no sin-
gular, e o predicativo com um substantivo no plural. 
Exemplos:
(18) A cama eram dois colchões velhos sobre um 
chão sujo.
(19) Seu carro são quatro rodas velhas presas a 
uma lata de sardinhas.
c) Sujeito expressando “pessoa, gente” no singular, mas 
com o predicativo, no plural, referindo-se a partes 
do corpo desta mesma pessoa nomeada no sujeito. 
Exemplos:
(20) Santinha eram dois olhos míopes, quatro 
incisivos claros à flor da boca. (Manuel Bandeira)
 • “Santinha”: sujeito da forma verbal “eram”
 • “dois olhos míopes, quatro incisivos claros”: predicativo 
do sujeito, referindo-se ao sujeito “Santinha”
(21) Garrincha eram duas pernas tortas. 
 • “Garrincha”: sujeito da forma verbal “eram”
 • “duas pernas tortas”: predicativo do sujeito, referindo-se 
ao sujeito “Garrincha”
Observação:
Se não houver, no predicativo, expressão 
que se refira a partes do corpo da pessoa nome-
ada no sujeito, o verbo então ficará no singular. 
Exemplos:
(22) Laura era as alegrias de avós, tios e 
tias.
(23) Neto sempre foi as preocupações da 
família. 
 Uso do infinitivo
Para início deste estudo, observe as seguintes sen-
tenças, nas quais há um emprego correto dos verbos 
destacados:
(24) Estudar é necessário.
(25) É possível serem 10 horas agora?
(26) É necessário vocês estudarem com vigor.
Agora, façamos as seguintes observações:
 • Na sentença (24), o verbo “estudar” está no infini-
tivo impessoal: não se refere a nenhuma pessoa 
gramatical, é forma nominal (um substantivo), 
funcionando como sujeito da forma verbal “é”, e 
seu sentido é equivalente à construção “O estu-
do é necessário.”
22 Extensivo Terceirão
d) é antecedido por verbos causativos – como deixar, 
mandar, fazer – ou sensitivos – ver, ouvir –, seguidos 
de um pronome oblíquo (os, as, nos, nas, ...). Exemplos:
(37) Deixai-os morder uns aos outros. (Alexandre Herculano)
(38) Ouço-as cantar todos os dias.
(39) Deixou-as passar sem ao menos revistá-las.
(40) De forma abrupta, mandou-nos sair de sua 
propriedade.
e) é antecedido por um adjetivo que rege a preposição 
de, formando construções como difíceis de, fáceis 
de, impossíveis de, raros de, entre outras. Exemplos:
(41) São livros difíceis de achar.
(42) São problemas impossíveis de resolver.
(43) Versos! São bons de ler, mais nada. (Machado de Assis)
(44) Não eram decisões complexas de tomar, mas 
ele hesitava mesmo assim.
2. Infinitivo flexionado, quando...
a) possui um sujeito claramente expresso, escrito no 
período. Exemplos:
(45) Este disco é para vocês ouvirem.
 • Sujeito da forma verbal “ouvirem”: “vocês”
(46) Vivi o melhor que pude, sem me faltarem 
amigos. (Machado de Assis) 
 • O sujeito da forma verbal “faltarem” é “amigos”. A frase 
está na ordem inversa; na ordem direta, sua escrita seria 
assim: “sem amigos faltarem a mim”.
b) apresentar sujeito indeterminado. Exemplos:
(47) Ouvi mexerem na fechadura.
(48) Vi executarem os criminosos de forma sumária.
c) é antecedido por verbos causativos – como deixar, 
mandar, fazer – ou sensitivos – ver, ouvir –, segui-
dos de um sujeito expresso por substantivo. Neste 
caso, na realidade, a concordância será facultativa 
(singular ou plural). Exemplos:
(49) Ouço os pássaros cantar/cantarem todos os dias.
(50) Deixou as mulheres passar/passarem sem ao 
menos revistá-las.
(51) De forma abrupta, mandou os marinheiros 
sair/saírem de sua propriedade.
 Concordância nominal
Observe com atenção a frase a seguir:
(52) Os meus dois grandes amigos chegaram.
Como ficaria a frase se colocássemos a palavra “ami-
gos” no feminino? Vejamos:
(53) As minhas duas grandes amigas chegaram.
E se agora colocássemos a palavra “amigas” no singu-
lar? A fraseficaria assim:
(54) A minha grande amiga chegou.
 • Na sentença (25), a forma verbal “serem” está no 
plural porque concorda com a expressão numé-
rica “10 horas”, conforme vimos anteriormente. 
Logo, é um infinitivo flexionado.
 • Na sentença (26), a forma verbal “estudarem” está 
no plural pois tem como sujeito o termo “vocês”. 
Temos, neste caso, um infinitivo pessoal, ou seja, 
um verbo no infinitivo possuindo um sujeito.
Determinar regras para o uso do infinitivo flexionado 
ou não flexionado é muito difícil. Não foi possível até 
hoje aos gramáticos formular um conjunto de regras 
fixas para o emprego de um ou de outro, pois os escrito-
res muitas vezes infringem algumas normas tidas como 
definitivas. Fatores de ordem estilística ou pessoal, a 
fim de conseguir clareza, ênfase e harmonia, levam os 
falantes a optarem por uma ou outra forma.
De modo geral, dizemos que há três princípios fun-
damentais:
1. Infinitivo não flexionado, quando...
a) Não se refere a nenhum sujeito, sendo, portanto, 
um verbo impessoal, grafado sempre no singular. 
Exemplos:
(27) Viver é lutar. (Gonçalves Dias, in Canção do tamoio)
(28) Infelizmente, estudar é privilégio de poucos.
(29) Viver é muito perigoso. (Guimarães Rosa, in Grande 
sertão: veredas)
(30) Já dizia a canção: é proibido proibir.
b) equivale a um imperativo, afirmativo ou positivo. 
Exemplos:
(31) Direita, volver! Apresentar armas!
(32) Não deixar a mochila sobre a mesa.
PROIBIDO
JOGAR LIXO
 ` Uso do imperativo negativo, com o verbo no infinitivo 
impessoal
c) é o verbo principal de uma locução verbal. Exemplos:
(33) Jefão precisa montar o som na véspera do 
show.
(34) Eles querem levantar tarde aos domingos.
(35) Eles estão a discutir no telefone agora. (= estão 
discutindo)
(36) Vocês hão de conseguir a aprovação no vesti-
bular.
Aula 27
23Português 7A
Bem, pelos exemplos dados, nota-se que o substantivo “amigos” é o 
núcleo de toda a expressão “Os meus dois grandes amigos”. Logo, todas as 
palavras desta expressão estão ligadas ao nome “amigos”, concordando com 
o termo. Chamamos de concordância nominal ao tipo de concordância que 
afeta o substantivo e os termos a ele relacionados.
Como norma geral, dizemos que os artigos, os pronomes, os numerais 
e os adjetivos concordam em gênero (masculino ou feminino) e número 
(singular ou plural) com o substantivo a que se referirem no enunciado. 
Vamos conhecer alguns casos de concordância nominal ainda relevantes em 
vestibular ou, então, de importante uso na produção textual.
 Concordância envolvendo 
adjuntos adnominais
Há algumas possibilidades a serem analisadas:
2 ou mais substantivos + adjetivo – ordem direta
Regra: o adjetivo concorda com todos os núcleos, ficando então no 
plural, OU pode concordar apenas com o mais próximo. Exemplos:
(55) Marcinha colocou no cenário uma cadeira e uma mesa coloridas.
(56) Ao fundo do palco, Pedro pendurou um violão e um pandeiro antigos.
(57) Completando a cenografia, Nino pendurou um caixote e uma 
bicicleta iluminados.
Observação:
1. Nesta “soma” de substantivos, o gênero do adjetivo ficará assim:
 • feminino + feminino = feminino plural, conforme a frase 
(55).
 • masculino + masculino = masculino plural, conforme a 
frase (56).
 • masculino + feminino = masculino plural, conforme a frase 
(57).
2. Quando o adjetivo exprime uma qualidade que, obviamente, só 
cabe ao último elemento, a concordância se dará apenas com 
este último. Exemplos:
(58) Serviram aos convidados cerveja e carne assada.
 • Obviamente, só a carne pode ser “assada”. Logo, a concordância se dá 
apenas com o termo mais próximo.
(59) O professor ganhou de presente um livro e uma maçã 
bichada.
 • O adjetivo “bichada”, no contexto, só pode se aplicar ao substantivo 
“maçã”.
Adjetivo + 2 ou 
mais substantivos – 
ordem inversa
Regra: o adjetivo concorda 
apenas com o substantivo mais 
próximo. Exemplos:
(60) Você escolheu péssima hora 
e lugar para falarmos desse 
assunto.
(61) Você escolheu péssimo local 
e companhia para esta viagem 
de Carnaval.
2 adjetivos 
qualificando um 
único substantivo
Regra: o substantivo vai para o 
plural OU o segundo adjetivo deve 
ser antecedido de artigo, mantendo 
o substantivo no singular. Exem-
plos:
(62) Já estudei as literaturas 
inglesa e portuguesa. OU
(63) Já estudei a literatura 
inglesa e a portuguesa.
(64) Sempre valorizou as cultu-
ras popular e erudita. OU
(65) Sempre valorizou a cultura 
popular e a erudita.
 Concordância 
envolvendo 
predicativo do 
sujeito
Se o sujeito for composto 
(dois ou mais núcleos), teremos as 
seguintes possibilidades quanto à 
concordância nominal:
24 Extensivo Terceirão
Em ordem direta (SUJEITO 
– VERBO DE LIGAÇÃO – 
PREDICATIVO DO SUJEITO)
Regra: o predicativo concordará, necessariamente, 
com todos os núcleos. Exemplos:
(66) Jean Barbudo e Pedro são muito engraçados.
(67) Glaura e Ivane são muito dedicadas.
(68) Rogério e Hevelyn são extremamente talentosos.
Em ordem inversa (VERBO DE 
LIGAÇÃO – PREDICATIVO DO 
SUJEITO – SUJEITO)
Regra: o predicativo concordará, necessariamente, 
com todos os núcleos OU apenas com o núcleo mais 
próximo, sempre em harmonia com a concordância 
verbal. Exemplos:
(69) Era bom o ambiente e a música. OU
(70) Eram bons o ambiente e a música.
(71) Estava atento o policial e o paramédico . OU
(72) Estavam atentos o policial e o paramédico.
Predicado com expressões 
como É BOM, É PROIBIDO, 
É NECESSÁRIO, É CERTO, É 
PERMITIDO, É CERTO, É JUSTO, ...
Regra: tais expressões, no predicado, ficam invari-
áveis (masculino singular) se o sujeito não possuir um 
termo determinante, relacionado ao núcleo substantivo, 
como artigos ou pronomes. Agora, se houver determi-
nante, tais expressões se tornam flexíveis, variáveis. 
Observe os exemplos a seguir:
(73) É necessário paciência.
(74) É necessária muita paciência.
(75) Pimenta em excesso é nocivo para o estômago.
(76) Aquela pimenta em excesso é nociva para o 
estômago.
É PROIBIDA
A ENTRADA DE PESSOAS 
ESTRANHAS AO SETOR
PARE
 Casos particulares de 
concordância nominal
Alguns casos ainda merecem destaque, pois continu-
am a aparecer em alguns vestibulares. Vamos conhecê-los.
Alerta
Palavra sempre invariável, ou seja, sempre no singu-
lar. Exemplos:
(77) O fuzileiro estava alerta. / Os fuzileiros estavam 
alerta.
(78) Fiquem alerta, soldados!
Anexo / Em anexo
O adjetivo anexo e a locução adverbial em anexo 
possuem, basicamente, o mesmo significado. Grama-
ticalmente, entretanto, seus usos são diferentes em 
matéria de concordância. Vale lembrar o fundamental: 
adjetivos são palavras variáveis (sofrem flexão), ao passo 
que advérbios e locuções adverbiais são invariáveis (não 
sofrem flexão). Esquematizando:
 • anexo adjetivo variável (anexo, anexa, 
anexos, anexas)
 • em anexo locução adverbial invariável 
Logo, o adjetivo anexo irá concordar com o subs-
tantivo a quem se liga. Já a locução adverbial em anexo 
ficará sempre invariável, uma vez que se liga à forma 
verbal presente na sentença. Exemplos:
(79) O documento segue anexo. / Os documentos 
seguem anexos. / A proposta segue anexa. / As 
propostas seguem anexas.
(80) O documento segue em anexo. / Os documen-
tos seguem em anexo. / A proposta segue em 
anexo. / As propostas seguem em anexo.
Bastante
Como adjetivo, liga-se a substantivo e é palavra 
variável, que apresenta flexão de número (bastante, 
bastantes). Vale registrar que tal forma plural costuma 
soar estranha aos ouvidos, mesmo sendo aceita pela 
gramática. Na prática, muitas vezes preferimos usar a 
forma muitos, muitas para o plural. Exemplos:
(81) Ele ainda tem bastante (= muita) coisa para fa-
lar. / Ele ainda tem bastantes (= muitas) coisas 
para falar.
(82) Há bastante (= muito) imóvel disponível na 
região. / Há bastantes (= muitos) imóveis dis-
poníveis na região.
Aula 27
25Português 7A
Como advérbio, trata-se de palavra invariável, fican-
do sempre no singular e se ligando mais comumente a 
verbo ou adjetivo. Exemplos:
(83)

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