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08_CURSO_ER21_EXT_LIN_CIEH_GEO_7B

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1
América IV – América 
Latina III
25
Aula Geografia
7B
 América Platina
É constituída por três países situados em grande parte 
na planície Platina e drenados pela bacia Platina, consti-
tuída pelos rios Uruguai, Paraguai e Paraná que têm suas 
nascentes no Brasil. São eles: Argentina, Uruguai e Paraguai.
Grande parte do Centro-Sul do Brasil também 
é drenada pela bacia Platina, porém o Brasil não é 
considerado um país platino, mas sim como unidade 
independente da América do Sul.
Mapa político da América Platina.
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Argentina
É o mais desenvolvido dos países platinos. Sua 
população, predominantemente branca descende de 
espanhóis, italianos, alemães, suíços e eslavos, além de 
indígenas e mestiços.
Mesmo com graves crises econômicas, como a 
forte crise de 2001, considerada a pior da história, 
quando ocorreu congelamento de bilhões de dólares 
no país, conhecido como “corralito“, que gerou revoltas 
populares e mortes, seus indicadores sociais estão 
acima da média dos países sul-americanos, apresen-
tando em 2018 IDH de 0,825 na 48ª. posição mundial, 
considerado pertencente ao grupo dos países com IDH 
muito alto (entre 0,8 e 1,0). Os principais fatores que 
explicam essa posição são os indicadores de educação 
e saúde. Segundo o Banco Mundial, 04% da população 
argentina vivia com menos de US$ 1,90 por dia em 
2017, contra 4,8% no Brasil, por exemplo.
Apesar disso, apresenta condições econômicas 
semelhantes aos demais países sul-americanos como 
dependência de capital estrangeiro, desemprego 
estrutural, falta de tecnologia, endividamento externo 
e indústria com máquinas e equipamentos ultrapassa-
dos e má distribuição de terras.
A política externa argentina apresenta duas questões 
polêmicas que até agora não foram solucionadas definiti-
vamente: a posse das ilhas Falklands e o Canal de Beagle.
ILHAS FALKLANDS (ILHAS MALVINAS)
Considerado um território britânico ultramarino, 
localizado a aproximadamente 480 quilômetros a leste 
da América do Sul (região da Patagônia argentina), as 
Ilhas Malvinas apresentam atividades econômicas como 
a pesca, o turismo e criação de ovinos, principalmente 
para a produção de lã. A exploração de petróleo é 
controversa dentro do arquipélago, já que remete a uma 
questão territorial importante com a Argentina.
Durante a ditadura militar argentina, seus dirigentes 
decidiram ocupar as ilhas Falklands em 02 de abril de 
1982, consideradas como território pertencente ao Rei-
no Unido. Após algumas semanas de ocupação, as forças 
armadas argentinas foram expulsas das ilhas.
2 Extensivo Terceirão
Esta aventura resultou em mortes de jovens argenti-
nos recrutados e foi um dos fatores que contribuiu com 
o fim da ditadura argentina. Além disso, intensificou a 
crise econômica.
Este episódio passou para a história como a 
Guerra das Malvinas e apesar do restabelecimento 
das relações diplomáticas entre os dois países, barcos e 
navios argentinos não podem se aproximar do arquipé-
lago devido à imposição de uma área de exclusão im-
posta pelo Reino Unido que mantém permanentemente 
barcos-patrulhas na área. O Brasil adotou uma postura 
de apoio “moderado“ aos argentinos, defendendo a 
resolução diplomática da questão. 
Em 2013 fora realizado um plebiscito pelo governo 
das Malvinas, indo de encontro com a reivindicação 
histórica argentina de posse do território. Cerca de 99% 
dos votantes disseram sim ao Reino Unido. Essa questão 
ainda é muito forte por parte dos argentinos, sendo 
utilizados em discursos políticos como “tentativas di-
plomáticas de conquistar as ilhas” e enaltecendo ideais 
patrióticos. Uma lei de 2014, aprovada no parlamento, 
determina que os meios de transporte coletivos do país 
devem carregar a mensagem “
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 ` Casualmente, a seleção argentina de futebol estende uma faixa 
com a mensagem : “Las Malvinas son argentinas”
Canal de Beagle
A Terra do Fogo ao sul é separada das ilhas de Hoste 
e Navarino, Lennox, Picton e Nueva, através do Canal 
de Beagle, onde a Argentina e o Chile têm divergências 
sobre seus limites (veja o mapa a seguir).
O Chile entende que a divisa entre os dois países 
deveria ser pelo talvegue (linha mais profunda ao longo 
de um rio ou canal). Desta maneira, o Chile teria acesso 
através de suas águas territoriais ao oceano Atlântico; 
a Argentina entende que a divisa entre os dois países 
deveria ser através do prolongamento da linha divisória 
que separa a Terra do Fogo.
Mapa do canal de Beagle
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Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, 2018. Adaptação.
Após anos de divergências, uma corte internacional 
deu ganho de causa ao Chile, o que, porém, não foi 
aceito pela Argentina. Somente com a intermediação do 
Papa João Paulo II foi acertada uma trégua entre os dois 
países. Até hoje, contudo, não é uma questão resolvida 
de maneira definitiva.
No fim dos anos 70 surge conhecido como as 
“mães da plaza de mayo”, hoje “avós”, que realizam 
protestos silenciosos em frente a casa rosada, que 
é a sede do governo argentino, buscando respos-
tas para a morte ou desaparecimento de seus fi-
lhos durante o período da ditadura argentina e 
culpabilizar o estado e os responsáveis por viola-
ções contra os direitos humanos.
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 `Casa Rosada, sede do Governo Argentino em Buenos Aires
Aula 25
3Geografia 7B
Crise político-econômica 
Durante os anos da “Era K”, (2003 a 2007 com 
Néstor Kirchner e 2007 a 2015 com Cristina Kirchner), 
fora implantado um novo modelo macroeconômico, a 
exemplo da “renacionalização” ou “reestatização” as em-
presa petrolífera YPF (Yacimientos Petrolíferos Fiscales), 
que estava sob controle da espanhola REPSOL. Além 
disso, representava um governo de caráter populista, 
muitas vezes com grande apelo às imagens de Juan 
Domingo Perón e Eva Perón. Levantavam as bandeiras 
de autonomia política (principalmente em relação aos 
EUA), numa política de caráter combativo e nacional 
desenvolvimentista. As políticas de distribuição de 
renda também deram a tônica desse período, além do 
histórico processo de “ rolagem da dívida”.
Em 2015 foi eleito Mauricio Macri, com as promessas 
de “pobreza zero”, reduzir ao máximo a inflação e atrair 
investidores para o país em diversos setores, além do 
estímulo à exportação. Porém, apesar das expectativas 
de parcela da população argentina, Macri implementou 
fortemente uma agenda neoliberal, não conseguindo 
cumprir as promessas de campanha. A pobreza au-
mentou, a inflação atingiu níveis históricos e o estímulo 
ocorreu apenas em alguns setores, não conseguindo 
dinamizar a economia como um todo. Uma série de 
protestos se instalou pelas principais cidades do país. 
Com esse cenário, se abriu a possibilidade para a volta 
dos Kirchenistas ao governo, que ocorreu em outubro de 
2019, trazendo Cristina Kirchner como vice-presidente 
de Alberto Fernández.
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 ` Protestos nas ruas de Buenos Aires durante o governo Macri: “A 
fome é um crime”
A Argentina é uma das principais compradoras de 
produtos brasileiros, superior até mesmo aos EUA, e, 
com essas medidas tomadas durante o governo Macri, 
os exportadores brasileiros estão tendo dificuldades em 
manter as exportações para esse país.
Regionalização
De acordo com os aspectos geográficos relacio-
nados às condições climáticas e de relevo, existem 
6 regiões:
Noroeste: formada pelas províncias de Jujuy, La 
Rioja, Salta, Catamarca, Santiago del Estero e Tucumán.
Chaco: províncias de Formosa, Chaco, parte norte de 
Santa Fé, Santiago del Estero, leste de Salta e norte das 
províncias de Córdoba de San Luis. 
Mesopotâmia: formada pelas províncias de Misiones, 
Corrientes e Entre Ríos.
Cuyo: províncias de San Juan, Mendoza e San Luis.
Pampa: províncias de Córdoba, Santa Fé, La Pampa 
e Buenos Aires.
Patagônia: províncias de Rio Negro, Neuquén,Chubut, 
Santa Cruz e Terra do Fogo.
Mapa político da Argentina
 `Mapa político da Argentina com as províncias e as regiões naturais. 
No extremo sul da Patagônia situa-se a ilha denominada de Terra do 
Fogo, separada do continente pelo estreito de Magalhães. 
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Devido à falta de investimentos no setor energético 
nos últimos anos, a Argentina está passando por uma 
crise, com o racionamento de energia elétrica, apesar de 
apresentar reservas petrolíferas e de gás natural. 
Em 2008, foi assinado um tratado de cooperação 
mútua entre o Brasil e a Argentina para o desenvolvi-
mento de tecnologia nuclear com fins pacíficos, para a 
geração de energia.
4 Extensivo Terceirão
Uruguai
Assim como a Argentina, sua população é predomi-
nantemente branca, descendente de europeus.
Já foi considerado a “Suíça latino-americana” nos 
anos 50, devido a sua excelente situação socioeconômi-
ca. Porém, a partir da década de 60, com o considerável 
aumento da expectativa de vida, e com o consequente 
aumento do número de aposentados, deflagrou-se uma 
crise em sua economia e grupos revolucionários de 
ideologia de esquerda trouxeram muita instabilidade ao 
país. Na época, surgiu um grupo revolucionário armado, 
denominado Tupamaros, que serviu de modelo para 
outros grupos na América Latina. Após um golpe militar 
apoiado pela CIA, os militares uruguaios tomaram o 
poder, reprimindo de maneira violenta os grupos de 
esquerda. Assim como no Brasil, na Argentina, no Chile e 
no Paraguai, nos anos 60 e 70, ocorreram endividamento 
externo, desemprego, censura prévia, desaparecimento 
de pessoas e desmanche da economia. Somente a partir 
dos anos 80 a economia uruguaia voltou a crescer. 
Os indicadores sociais estão acima da média dos 
países sul-americanos e a sua economia é atrelada à 
economia argentina e à brasileira, além de apoiada 
nas exportações de carne, lã, couro e trigo. Também se 
cultivam uva e arroz, sendo que boa parte da rizicultura 
é desenvolvida por empresários brasileiros.
As indústrias mais importantes são as alimentícias e 
as têxteis, situadas na cidade de Montevidéu. O turismo 
também é muito importante para a economia uruguaia, 
com destaque para a cidade de Punta del Este, conside-
rado o balneário mais importante da América Latina.
No período de 2010 a 2015 ganhou notoriedade 
internacional por conta de seu então presidente José 
Alberto Mujica Cordano. O “Pepe”, como ficou conheci-
do, foi considerado o presidente mais pobre do mundo 
por viver com apenas 10% de seu salário e doar o res-
tante para o Fundo Raúl Sendic – uma iniciativa criada 
para realizar empréstimos a projetos cooperativos sem 
cobrar juros. 
Ainda durante o seu governo, algumas ações susci-
taram discussões pelo mundo como o Estado assumir 
a regulação, produção distribuição, venda e consumo 
de maconha, a legalização do aborto (entendido como 
questão de saúde publica e direito da mulher) e do 
casamento homoafetivo, e o acolhimento de presos da 
base de Guantánamo. Nesse período também se atingiu 
a menor taxa de desemprego da história do país e ele-
vação dos salários, chegando a colocar o Uruguai como 
o país do ano em 2013, segundo a revista britânica The 
Economist. Apesar disso, o “Pepe” deixa a presidência em 
2015 (a lei não permite reeleição) e exerce mandato de 
senador até 2018.
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 ` José Alberto Mujica, o “´Pepe”
Paraguai
Mapa político do Paraguai
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 `Mapa político do Paraguai
Apesar de ser país platino, é bem contrastante 
com os dois outros: não tem litoral, sua população é 
composta em sua maioria por indígenas e mestiços, 
com crescimento vegetativo de 3,06%, predomínio de 
população rural e analfabetismo em torno de 18%. 
Juntamente com a Bolívia, constituem os únicos 
países que não têm litoral, o que dificulta suas impor-
tações e exportações. O acesso paraguaio ao Atlântico 
é realizado por meio de um tratado com o Brasil, que 
permite a esse país utilizar um terminal marítimo no 
porto de Paranaguá (PR), e por intermédio do rio Para-
guai – afluente do rio Paraná, que deságua no Atlântico 
pelo estuário do Prata.
Aula 25
5Geografia 7B
O rio Paraguai atravessa o meio do país no sentido 
norte-sul, dividindo-o em duas regiões: a região orien-
tal – situada entre os rios Paraná e Paraguai, e a região 
ocidental. 
A região oriental nada mais é do que a extensão 
do planalto Arenito Basáltico. É a mais populosa, com 
as cidades de Assunção, Concepción e Ciudad del Este, 
na fronteira com o Brasil, a mais importante economi-
camente, com solo de terra-roxa e clima chuvoso, que 
propiciam o cultivo de soja, algodão e menta, além da 
criação extensiva de gado bovino.
A região ocidental compreende o Chaco, onde as 
atividades econômicas mais importantes são a extração 
de madeira, de quebracho e criação de gado.
 O Paraguai também tem como fonte de economia 
a exportação de energia elétrica para o Brasil e para a 
Argentina, através das hidrelétricas de Itaipu (Paraguai/
Brasil) e Corpus (Paraguai/Argentina).
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 ` Vertedouro da hidrelétrica de Itaipu situada no rio Paraná 
A construção de Itaipu foi totalmente bancada pelo 
Brasil, sendo a geração dividida em 50% para cada um. 
Porém, por intermédio do acordo entre os dois países, 
o Paraguai se compromete a vender ao nosso país o 
excedente da energia não utilizada.
Durante a ditadura do general Alfredo Stroessner, 
foi instituído um programa de incentivo à aquisição de 
terras paraguaias por brasileiros. Como consequência, a 
maior parte da produção agropecuária do país é realiza-
da por brasileiros. 
Energia de Itaipu
Assinado em 1973, o Tratado de Itaipu estabelece 
que cada país – Brasil e Paraguai – tem direito à metade 
da energia gerada pela usina. Como usa apenas 5% da 
quantidade a que teria direito, o Paraguai vende grande 
parte para o Brasil. 
Após alguns movimentos que procuravam sensibili-
zar a população e políticos paraguaios a rever o contrato 
de venda da energia ao Brasil e elevar o seu preço, num 
encontro em julho de 2009, dos presidentes Fernando 
Lugo e Luiz Inácio Lula da Silva, foi revisto o acordo. Após 
a aprovação pelo Congresso Nacional Brasileiro, o Brasil 
passou a pagar três vezes mais pela energia, passando 
de 120 milhões de dólares para 360 milhões de dólares 
anuais. 
Questão agrária
Durante o governo do ditador Alfredo Stroessner, 
foram criados incentivos fiscais para os empresários 
brasileiros investirem em atividades agropecuárias no 
Paraguai. Com isso, muitos empresários adquiriram 
terras no país vizinho e passaram a criar gado e cultivar 
soja, milho, trigo, menta, etc. 
Como consequência, ocorreram muitos assentamen-
tos de brasileiros (brasiguaios) que foram trabalhar em 
fazendas de brasileiros.
Porém, com a redemocratização, surgiram alguns 
movimentos sociais de trabalhadores rurais paraguaios 
que passaram a desenvolver ações de invasões de 
propriedades de brasileiros com o objetivo de forçar o 
governo a desapropriar essas terras e promover a refor-
ma agrária. 
Ainda ocorrem essas ações, porém com menor inten-
sidade, após a deposição do presidente Fernando Lugo.
Deposição de Fernando Lugo
Em julho de 2012, o presidente Fernando Lugo sofreu 
o impeachment pelo Congresso Paraguaio, sob várias 
acusações, como aumento da criminalidade no país, uso 
de instalação militar para fins políticos e incentivos a 
invasões de fazendas, entre outras.
Apesar de todas as normas constitucionais terem 
sido observadas, vários países sul-americanos inter-
pretaram o fato como um golpe de estado, por não ter 
sido dado tempo suficiente para que Fernando Lugo 
apresentasse sua defesa, pois teve apenas 48 horas para 
prepará-la. Assumiu o vice-presidente Federico Franco, 
que ficou no poder até julho de 2013, quando assumiu o 
novo presidente eleito, Horácio Cartes. 
Durante o período entre a deposição de Fernando 
Lugo e a possedo presidente eleito Horácio Cartes, o 
Paraguai ficou afastado do MERCOSUL, que interpretou 
o ocorrido como um golpe de Estado, o que é proibido 
pelos estatutos desse megabloco. 
6 Extensivo Terceirão
 MERCOSUL
Por meio do Tratado de Assunção, assinado em 1991, 
surgiu o Mercado Comum do Cone Sul – MERCOSUL, 
inicialmente formado pelo Brasil, pela Argentina, pelo 
Uruguai e pelo Paraguai. Posteriormente, como mem-
bros associados, ingressaram o Chile, o Peru e a Bolívia e, 
como membro efetivo, a Venezuela ingressou em julho 
de 2012 (encontra-se atualmente suspenso em função 
da crise). O México foi convidado, mas até o momento 
não ingressou.
Após a Segunda Guerra Mundial, surgiram duas as-
sociações econômicas: inicialmente a Associação Latino 
Americana de Livre Comércio – ALALC – que visava à 
constituição de uma zona de livre comércio, e mais tarde 
a Associação Latino Americana de Desenvolvimento e In-
tercâmbio – ALADI –, que, com objetivos mais modestos, 
visava à criação progressiva de uma área de preferências 
comerciais. Essas duas organizações, que abrangiam 
praticamente todos os países latino-americanos, não 
conseguiram atingir seus objetivos iniciais, devido ao 
grande número de integrantes e pelas enormes diferen-
ças socioeconômicas de seus integrantes.
O MERCOSUL apresenta diferenças sensíveis em rela-
ção à ALALC e à ALADI. A atual concepção de integração, 
vigente no MERCOSUL, abrange:
 • a criação de acordos voltados para a complementa-
ção entre os países membros, de modo a produzir, 
inclusive, um aumento de sua competitividade em 
nível mundial, através de alianças;
 • quedas de barreiras alfandegárias, com a abolição 
gradativa das tarifas alfandegárias nas relações 
comerciais dentro do bloco, formando uma união 
aduaneira;
 • aplicação de uma tarifa externa comum (TEC) ao 
comércio externo do bloco;
 • livre circulação de mercadorias e capitais.
Para evitar a competitividade desigual entre os 
componentes do MERCOSUL, a abertura de mercado 
deve ter salvaguardas, com a implementação de polí-
ticas internas que assegurem o pleno funcionamento 
das relações econômicas. Por exemplo: a agricultura 
brasileira, no caso, trigo, cevada e frutas, corre o risco 
de ser prejudicada na competição com os mesmos pro-
dutos cultivados no Uruguai e na Argentina, com custos 
mais baixos devido aos subsídios dados pelos governos 
desses países. Com a pecuária brasileira (carne, leite e 
derivados), pode ocorrer a mesma situação.
O MERCOSUL contraria os interesses econômicos 
estadunidenses na América Latina. Por isso, sempre que 
possível, os EUA procuram boicotar o crescimento deste 
megabloco acenando sempre com acordos bilaterais. 
Ou seja, estimulam acordos econômicos entre Estados 
Unidos e Uruguai, Estados Unidos e Argentina, para en-
fraquecer as trocas dentro do MERCOSUL, considerando 
que o mercado estadunidense é maior que o represen-
tado pelos integrantes do bloco.
A tentativa de instalar, conforme a configuração esta-
dunidense, a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), 
foi a maior prova do boicote ao MERCOSUL, pois reforçaria 
os laços de dependência econômica e tecnológica com os 
Estados Unidos, além de trazer mais desemprego aos in-
tegrantes do MERCOSUL, uma vez que poucos setores da 
economia dos países dele integrantes teriam condições 
de competitividade com os produtos estadunidenses ou 
canadenses. Essa foi a razão pela qual o Brasil foi contrário 
à criação deste megabloco. Com a formação da ALCA 
(Área de Livre Comércio das Américas), não haveria razão 
para a existência do MERCOSUL.
Países Guianos
Situadas ao norte do Brasil, as Guianas corres-
pondem à menor região sul-americana, sendo cons-
tituídas pela Guiana, pelo Suriname e pela Guiana 
Francesa.
As maiores concentrações populacionais se verifi-
cam nas capitais, junto ao litoral. As Guianas apresentam 
grande diversidade étnica, devido à variada colonização 
europeia, que estimulou a vinda de negros africanos, 
negros das Antilhas, indianos, indonésios, chineses, 
além da população indígena.
A Guiana exporta açúcar, rum e bauxita.
O Suriname exporta bauxita, e a Guiana Francesa, 
além de extração de madeira, tem uma base aeroespa-
cial (Kourou) e corresponde a uma base de pesca.
Aula 25
7Geografia 7B
Testes
Assimilação
25.01. (FDB – BA) – A situação econômica dos países da 
América Latina é desigual, todavia há traços que são comuns 
a essa região, como 
a) a incipiente participação do setor secundário no PIB. 
b) a grande especialização da mão de obra na produção de 
commodities no México. 
c) o predomínio da população ativa no setor primário, 
principalmente, no Chile e no Brasil. 
d) a conivência simultânea com a DIT clássica e a nova DIT. 
e) a grande evasão de capital que, aliada à dependência 
tecnológica, possibilita a atuação das multinacionais.
25.02. Leia o parágrafo e as afirmações abaixo. 
“É a América Latina, a região das veias abertas. 
Do descobrimento aos nossos dias, tudo sempre se 
transformou em capital europeu ou, mais tarde, norte-
americano, e como tal se acumulou e se acumula nos 
distantes centros do poder. Tudo: a terra, seus frutos 
e suas profundezas ricas em minerais, os homens e 
sua capacidade de trabalho e de consumo, os recursos 
naturais e os recursos humanos”. 
(trecho do livro de Eduardo Galeano. As veias abertas 
da América Latina. Porto Alegre: L&PM, 2010, p.18.) 
I. A mineração, principalmente de ouro e prata, em países 
da América Latina fez parte do processo de exploração 
realizado pelos colonizadores europeus. Hoje, a produção 
mineral ainda ocupa papel de destaque na economia de 
vários países. 
II. O espaço agrário da América Latina é marcado por con-
trastes: de um lado, a existência de pequenos e médios 
estabelecimentos voltados para a produção de gêneros 
para exportação, tais como café, cana-de-açúcar, soja e 
criação de gado de corte. Do outro lado, estão os grandes 
estabelecimentos voltados à alimentação da população, 
responsáveis pela produção de milho, feijão e batata 
dentre outros produtos. 
III. O intenso processo de urbanização nos países da América 
Latina ocorreu devido ao desenvolvimento industrial 
em algumas regiões e também pela modernização do 
campo, que extinguiu postos de trabalho. Esse processo 
deu origem a grandes metrópoles tais como São Paulo, 
Rio de Janeiro, Cidade do México e Buenos Aires. 
IV. A América Latina é formada pelos países pertencentes à 
América do Sul, que tem em comum, além da língua espa-
nhola, o tipo de colonização implantado pelos europeus. 
Quais estão corretas? 
a) Apenas I e III. 
c) Apenas I,II e III. 
e) I,II, III e IV.
b) Apenas II e III. 
d) Apenas I, III e IV. 
25.03. (UniRV – GO) – O populismo surgiu na América Latina 
através de um processo que inaugurou uma nova configuração 
aos campos sociais e econômicos a serem experimentados, 
em diferentes níveis, nos países desta região. De acordo com 
alguns analistas políticos, o populismo ressurgiu na América 
Latina, nos anos 2000, com as eleições de Hugo Chaves, na 
Venezuela, Evo Morales, na Bolívia e de Lula, no Brasil.
Com base no seu conhecimento sobre o tema populismo, 
assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as alternativas.
a) É fundamental para a prática populista clássica resgatar a 
compreensão, no eleitor, de que a sociedade está dividida 
em classes sociais e, portanto, o conflito entre elas inevitável.
b) Dois princípios fundamentais das práticas populistas são 
a ideia de supremacia da vontade do povo e a existência 
de uma relação direta entre este e o líder.
c) A ascensão dos governos populares ao poder, em quase 
toda a América Latina nesta década, pouco contribuiu para 
diminuição da corrupção política, espelho dos procedimen-
tos adotados ou implantados por governos antidemocráti-
cos e/ou oligárquicos do início dessas repúblicas.
d) Diferentemente das práticas nazistas e fascistas, o po-
pulismo encontra no povo um elemento real para a 
efetivação do combate contra os interessesdefendidos 
pelas elites locais.
25.04. (UNESP – SP) – Ao longo dos seus mais de vinte anos 
de existência, o Mercosul sofreu transformações institucionais 
e alterações no conjunto de países que compõem o bloco. 
Além dos países que fundaram o bloco em 1991 (países 
signatários do Tratado de Assunção), foram posteriormente 
incorporados ao bloco outros países, qualificados como as-
sociados. Podem ser mencionados como exemplos de país 
fundador e de país associado, respectivamente,
a) Argentina e Paraguai.
c) Paraguai e Chile.
e) Chile e Bolívia.
b) Bolívia e Brasil.
d) Venezuela e Uruguai.
Aperfeiçoamento
25.05. Os blocos econômicos têm por objetivo a redução e/
ou eliminação das tarifas alfandegárias. Sua formação pro-
porciona maior dinamismo nas relações comerciais entre os 
países integrantes. Nesse sentido, os países da América Plati-
na, juntamente com o Brasil, integram um bloco econômico 
visando maior flexibilidade nas importações e exportações 
de produtos. Esse bloco é: 
a) APEC – Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico.
b) CAN – Comunidade Andina.
c) Mercosul – Mercado Comum do Sul.
d) Nafta – Acordo de Livre Comércio da América do Norte.
e) Caricom – Mercado Comum e Comunidade do Caribe
8 Extensivo Terceirão
25.06. (UCB – DF) – Nas últimas décadas, a América Latina tem 
passado por uma nova onda que já alcançou vários países. Esse 
processo, denominado de esquerdização, obedece aos proces-
sos eleitorais e às dinâmicas políticas rigorosamente nacionais. 
Contudo, a região possui um traço unificador nesse processo, 
que é o fato de que a maioria dos países está passando por 
profundas crises econômicas, sociais e políticas. Considerando 
essas informações, quanto ao processo de esquerdização da 
América Latina, julgue os itens a seguir.
00) Nesse conjunto de países, deve-se excluir o Chile, que 
tem apresentado crescimento sustentado há longos 
anos, baixa inflação, sólida situação econômica e esta-
bilidade política.
01) O Brasil é visto pelos países vizinhos como imperialis-
ta. Diferentemente de seus vizinhos, ainda não passou 
pelo processo de esquerdização.
02) É uma tendência entre os países latino-americanos a 
pouca autonomia em relação às grandes potências do 
mundo e a intensificação das políticas neoliberais nas 
próprias economias.
03) A Argentina, sob o comando de Cristina Kirchner, em 
2014, realizou mudanças profundas na economia: 
aprovação da lei que permite a fixação de limites de 
preços e de lucro de empresas, além do controle de 
cotas de produção e o aumento do poder do Estado 
sobre as atividades empresariais.
04) Na eleição presidencial de dezembro de 2005, Evo Mo-
rales foi eleito pelo partido Movimento ao Socialismo 
(MAS). O grande destaque dessa vitória deve-se ao fato 
de ser o primeiro índio eleito presidente em um país de 
maioria indígena.
25.07. (ESPM – SP) – O governo brasileiro está numa 
situação muito delicada diante do golpe que depôs o 
presidente paraguaio Fernando Lugo.
Fonte: Le Monde Diplomatique, julho de 2012.
A alternativa que dá continuidade ao texto da matéria citada 
e explica a crise política no país vizinho é: 
a) O núcleo do conflito é a propriedade da terra. 
b) O impasse sobre Itaipu e as sucessivas perdas paraguais 
no repasse da energia ao Brasil levaram a oposição a agir. 
c) Os constantes escândalos sexuais envolvendo Lugo mo-
tivaram o pseudogolpe no país. 
d) Os brasiguaios, os “sem-terras” do Paraguai, apoiavam o 
ex-presidente e isso irritou a oposição golpista. 
e) Cansados do bloqueio paraguaio à entrada da Venezuela 
no Mercosul, os deputados oposicionistas resolveram agir.
25.08. (IBMEC – RJ) – A partir da década de 1980, a América 
Latina passou a incorporar o neoliberalismo.
Leia, a seguir, as afirmativas que são feitas sobre este tema:
I. contribuiu de forma decisiva para o desenvolvimento de 
uma sociedade mais justa e mais igualitária, ao reduzir 
o desemprego;
II. atenuou a dependência em relação ao capital internacio-
nal, ao mesmo tempo em que reduzia as diferenças sociais;
III. defendeu um conjunto de ideias políticas e práticas 
econômicas capitalistas, tendo por base a redução da 
ingerência do Estado nas questões econômicas.
Assinale:
a) se apenas a afirmativa I for correta;
b) se apenas a afirmativa II for correta;
c) se apenas a afirmativa III for correta;
d) se as afirmativas I e II forem corretas;
e) se as afirmativas II e III forem corretas.
25.09. (VUNESP – SP) – Mais de 33 milhões de argentinos 
vão às urnas hoje, 11 de agosto, para escolher quem vai 
concorrer à Presidência do país em outubro. As eleições 
primárias – oficialmente chamadas de Paso (Primárias 
Abertas, Simultâneas e Obrigatórias) – trazem dez 
pré-candidatos.
(Disponível em: <https://bit.ly/31DjLln>. Acesso 
em 16 de agosto de 2019. Adaptado)
Com relação ao resultado das eleições primárias argentinas, 
é correto afirmar que 
a) o presidente Mauricio Macri confirmou o seu favoritismo 
e venceu com facilidade.
b) o senador Roberto Lavagna venceu com o apoio do 
presidente Mauricio Macri.
c) a vitória de Daniel Scioli foi determinada pelos votos das 
províncias do interior.
d) o candidato de oposição, Alberto Fernández, venceu com 
larga vantagem.
e) houve surpresa com o fraco desempenho da ex-presi-
dente Cristina Kirchner.
25.10. (UFRGS) – Considere as seguintes afirmações sobre 
as transformações recentes no Mercosul.
I. A integração da Venezuela ao Mercosul contou com 
apoio dos governos do Uruguai, da Argentina e do Brasil.
II. A suspensão provisória do Paraguai do Mercosul ocorreu 
em razão do processo político que levou ao impeachment 
o então presidente paraguaio Fernando Lugo, em junho 
de 2012.
III. O Brasil tem interesse na entrada do Chile como mem-
bro permanente do Mercosul, uma vez que a economia 
daquele país é centralizada em petróleo.
Assinale a alternativa que contém apenas as proposições 
corretas.
a) I
b) II
c) I e II
d) II e III
e) I, II e III
Aula 25
9Geografia 7B
Aprofundamento
25.11. (UEPG – PR) – Sobre o MERCOSUL, assinale o que 
for correto. 
01) Atualmente, o bloco conta com 7 estados parte: Argenti-
na, Bolívia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. 
02) A Venezuela foi o quinto país a ingressar no MERCOSUL 
como estado parte. 
04) A livre circulação de bens dentro do bloco pode se dar 
com a extinção ou diminuição dos impostos entre os 
estados parte. 
08) A assinatura do Tratado de Assunção, na década de 
1990, fixou as metas, prazos e instrumentos para a 
construção do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). 
16) Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai são estados parte 
originais do bloco.
25.12. (CESGRANRIO – RJ) – Ao enfrentar, em 1982, a Ingla-
terra na Guerra das Malvinas, a Argentina tinha por objetivo 
levantar uma questão que pudesse:
I. unir a nação e adiar a crise política e ideológica do 
governo do general Jorge Videla, já que poria momen-
taneamente, num segundo plano, a crise econômica e 
a luta da sociedade civil contra a repressão e a favor da 
democracia.
II. estabelecer a hegemonia argentina sobre a América Lati-
na, fazendo com que os demais países latino-americanos 
aceitassem a sua liderança na condução do problema das 
200 milhas de mar territorial.
III. unir a América Latina contra o domínio imperialista 
europeu e americano e, ao mesmo tempo, denunciar as 
práticas de exploração abusivas quanto ao pagamento 
da dívida externa dos países latino-americanos.
Assinale a opção que contém apenas a(s) afirmativa(s) 
correta(s).
a) I
c) II
e) III
b) I e II
d) II e III
25.13. (ESPCEX – SP) – Com relação ao Mercado Comum do 
Sul (Mercosul), são feitas as seguintes afirmações.
I. A aproximação geopolítica entre Brasil e Argentina, que 
representou uma ruptura com a tradição de rivalidade das 
relações entre esses dois países, foi fator determinante 
para o seu surgimento.
II. O Tratado de Assunção, em 1991, o constituiu formal e 
juridicamente e contou, além do Brasil e da Argentina, 
com a participação do Paraguai e do Chile comopaíses-
-membros do novo bloco.
III. A zona de livre-comércio estabelecida entre os países 
membros implica a adoção de uma tarifa externa comum 
(TEC) pelos seus integrantes.
IV. Não há soberania compartilhada, de modo que cada 
estado conserva a prerrogativa de impedir a adoção de 
decisões com as quais não concorda.
Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas 
corretas.
a) I e II, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) III e IV, apenas.
25.14. (UCB – DF) – O enfraquecimento sistemático da 
esquerda latino-americana deixou estampada a prática 
de velhas políticas usadas pela direita na conquista e na 
perpetuação do poder. Brasil, Bolívia, Equador, Argentina e 
Venezuela são alguns dos países latino-americanos que têm 
enfrentado graves crises políticas e econômicas decorrentes 
dessas práticas.
Com relação ao cenário estabelecido entre a direita e a 
esquerda na América Latina, assinale a alternativa correta.
a) A insubordinação dos países latino-americanos, coman-
dados por governos de esquerda, aos interesses dos 
países centrais favoreceu os investimentos estrangeiros 
e o crescimento econômico da América Latina.
b) A falta de prestação de contas, a cultura da ilegalidade e a 
certeza da impunidade afetaram, na América Latina, tanto 
os partidos de direita quanto os de esquerda, entregues 
à corrupção sistemática.
c) Líderes de esquerda latino-americanos não sucumbiram 
à corrupção endêmica da região e, por isso mesmo, ainda 
desfrutam de grande popularidade e prestígio.
d) Diferentemente de seus vizinhos, a Venezuela, que é 
comandada pela esquerda bolivariana e socialista, segue 
um caminho diferente, de prosperidade econômica, 
sustentada pelos altos preços do petróleo no mercado 
internacional.
e) Os baixos preços das commodities nas últimas décadas 
desfavoreceram os governos de esquerda na América 
Latina. Acumulando sucessivos deficit, a cada ano, não 
foi possível a esses governos ampliar gastos sociais e 
desenvolver a economia.
25.15. (IFBA) – O Brasil é visto pelos países latino-americanos 
como a nação mais influente da América Latina, superando o 
tradicional EUA no nível de influência regional. Isso se deve:
I. a investimentos do país em propaganda política.
II. à evolução da democracia brasileira e otimismo em 
relação ao progresso do Brasil.
III. ao positivo desempenho da economia brasileira durante 
a crise financeira mundial de 2008.
Estão corretas a(as) afirmativa(as):
a) I
b) III
c) I e II
d) II e III
e) I, II e III
10 Extensivo Terceirão
25.16. (ESPM – SP) – O presidente dos EUA, Donald 
Trump, telefonou na tarde desta sexta-feira (1º.) para 
o presidente eleito, Alberto Fernández, para felicitá-lo 
por sua vitória nas eleições do último domingo (27).
 Folha de São Paulo, 01/11/2019. 
Sobre o episódio em questão, é correto afirmar que se trata do 
presidente do (da): 
a) Uruguai que elegeu um dirigente de centro-direita após 
anos de domínio da esquerda com Tabaré Vázquez e 
José Mujica. 
b) Argentina, cujo novo presidente defende o retorno do 
neoliberalismo após anos de peronismo. 
c) Argentina que assistiu ao retorno do peronismo após a 
gestão neoliberal de Maurício Macri. 
d) Uruguai que ratificou a hegemonia de mais de dez anos da 
esquerda no país. 
e) Bolívia, que pôs fim a 14 anos de gestão de Evo Morales.
25.17. (UEPG – PR) – Sobre indicadores sociais no Continen-
te Americano, assinale o que for correto. 
01) Segundo o Relatório de Índice de Desenvolvimento 
Humano da ONU, de 2018, Canadá, EUA e Chile figu-
ram, nessa ordem, nas melhores posições dessa lista 
entre os países da América. 
02) O Brasil possui posição intermediária na lista de IDH publi-
cada em 2018, ficando entre os países classificados com 
status de desenvolvimento “alto” pelas Nações Unidas. 
04) O Haiti é um país que possui baixo desenvolvimento 
humano, inclusive precisou da intervenção dos “Capa-
cetes Azuis” da ONU, para conter a violência endêmica 
nessa ilha centro-americana. 
08) O Uruguai e Argentina são países classificados pela ONU 
com desenvolvimento “médio” nos últimos relatórios. As 
crises econômicas que assolam esses países prejudicam 
suas classificações, fazendo-os perder posições, inclusive, 
para o Brasil. 
16) O México possui um dos melhores índices de qualida-
de de vida da América, pois investindo no controle dos 
cartéis de drogas obteve redução sólida dos índices de 
violência como, por exemplo, os homicídios.
25.18. (UFRGS) – Leia o segmento abaixo.
A União Europeia conseguiu fechar em 28/06/2019 
com os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Uruguai 
e Paraguai) um ambicioso acordo comercial que dará 
acesso às empresas europeias a um mercado de 260 
milhões de consumidores, segundo confirmaram fon-
tes comunitárias. Com o pacto, que levou quase duas 
décadas de negociações, a UE se reivindica como bas-
tião do livre comércio em uma época marcada pelas 
políticas protecionistas dos Estados Unidos e China.
Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2019/06/28/
internacional/1561741765_ 367243.html>. Acesso em: 02 jul. 2019.
Considere as seguintes afirmações a respeito do MERCOSUL.
I. A tendência, a partir do tratado firmado com a União Euro-
peia em junho de 2019, é a alteração no papel tradicional 
dos países do MERCOSUL, conhecidos como exportadores 
de bens primários agrícolas e minerais e importadores de 
produtos industrializados de alto valor agregado.
II. As missões Jesuíticas-Guaranis são um dos eixos da polí-
tica de patrimonialização supranacional do MERCOSUL e 
uma via fundamental para o desenvolvimento econômico 
e social de áreas de fronteira.
III. A previsão de harmonia das normas ambientais dos 
países integrantes do MERCOSUL implica ordenamento 
ambiental único.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
d) Apenas II e III.
b) Apenas II.
e) I, II e III.
c) Apenas I e III.
Desafio
25.19. (FPP – PR) – Nos últimos dois anos, assiste-se a uma 
escalada bélica do discurso do presidente venezuelano 
Nicolás Maduro acerca das fronteiras com a vizinha Guiana. 
Umas das características que marcam a formação dos Estados 
Nacionais modernos é uma clara definição do seu território a 
partir da demarcação precisa das suas fronteiras. Observe o 
mapa a seguir e com base em seus conhecimentos prévios 
sobre o tema das fronteiras, do território e da territorialidade, 
considere as proposições.
Fonte: Folha de S. Paulo online.
I. As fronteiras podem ser demarcadas a partir de acidentes 
naturais, tais como rios e cadeias de montanhas, e mesmo 
tomando uma rua ou uma estrada como delimitador.
II. As fronteiras dos Estados Nacionais têm se mantido 
intactas desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em-
bora ocorram conflitos esporádicos em regiões de difícil 
demarcação.
III. No caso do território da Guiana, caracteristicamente uma 
das regiões com fronteiras sob litígio, temos diversos 
problemas fronteiriços não apenas com a Venezuela, mas 
também com Suriname.
IV. No mapa, podemos perceber que países como o Brasil e 
a Guiana Francesa também possuem querelas fronteiriças 
a serem resolvidas com a Guiana.
Aula 25
11Geografia 7B
V. No caso apresentado, temos um exemplo marcante do 
que se convenciona chamar “fronteira indefinida”, ou seja, 
uma região cuja soberania é compartilhada pacificamen-
te por dois Estados independentes.
Dentre as alternativas propostas, assinale aquela que apre-
senta a(s) proposição(ões) correta(s).
a) Somente a alternativa I.
b) I e III.
c) Somente a alternativa IV.
d) II e IV.
e) I, III e V.
25.20. (UPF – RS) – Considerando os aspectos naturais do 
continente americano, é INCORRETO afirmar que: 
a) A Cordilheira dos Andes é formada por dobramentos 
modernos e se estende de norte a sul, na costa ocidental 
da América do Sul. Constitui-se no maior divisor de águas, 
sendo que os rios da vertente atlântica são mais extensos 
do que os da pacífica. 
b) As duas maiores bacias hidrográficas do continente, a 
Amazônica e a Platina, desaguamno oceano Atlântico. 
c) O istmo centro-americano é marcado por terremotos e 
erupções vulcânicas por estar localizado no limite das 
placas tectônicas do Caribe, do Pacífico e de Cocos. 
d) O Planalto das Guianas se constitui na principal região 
de nascente de rios afluentes da margem direita do rio 
Amazonas. 
e) O Canal do Panamá é uma travessia artificial que usa o 
sistema de comportas e liga os oceanos Atlântico e Pa-
cífico, constituindo-se num caminho chave para o fluxo 
marítimo internacional. 
Gabarito
25.01. e
25.02. a
25.03. V, V, V, F
25.04. c
25.05. c
25.06. 09 (02 + 03 + 04)
25.07. a
25.08. c
25.09. d
25.10. c
25.11. 30 (02+04+08+16)
25.12. a
25.13. e
25.14. b
25.15. d
25.16. c
25.17. 03 (01 + 02)
25.18. b
25.19. b
25.20. d
12 Extensivo Terceirão
7BAula 26
Ásia I – Ásia Ocidental
Geografia
 Caracterização do continente 
asiático
O continente asiático é o mais populoso (só Índia e China juntas somam 
mais de 2 bilhões de habitantes) e o mais extenso territorialmente, com apro-
ximadamente 44 milhões de km2, sendo que boa parcela está localizada no 
hemisfério Norte. Faz fronteira com o continente africano (via canal de Suez), 
europa e américa (via estreito de bering). É composto por 49 países, sendo 
que os territórios da Palestina e Taiwan são considerados “não reconhecidos”, 
e alguns territórios de “dependência” como as Ihas de Cocos e do Natal (per-
tencentes à Austrália), Guam (pertencente aos EUA) e o território do oceano 
índico (pertencente ao Reino Unido).
Pode-se considerar o continente asiático multicutural, pois é o “berço 
das religiões”, pois aí nasceram o judaísmo, o islamismo, o cristianismo, o 
zoroastrismo, o hinduísmo, o budismo, o taoísmo, o confucionismo e o zen-
-budismo. Sua história é marcada por guerras de conquistas,subjugação de 
etnias com a imposição de preceitos religiosos e cobranças de tributos. Com 
este cenário tão adverso é fácil compreender os conflitos até hoje existentes, 
através de guerras, atentados terroristas e movimentos separatistas.
Ásia: Divisão Política
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Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, 2018. Adaptação.
Para melhor estudarmos o continente asiático, utilizamos a seguinte 
regionalização:
 • Ásia Ocidental - Composta por Turquia, Chipre, Oriente Médio (Oriente 
Próximo e Região Arábica);
 • Ásia Monçônica – Composta por 
região Indostânica);
 • Ásia Oriental – Composta pela 
porção Continental (China, 
Península das Coreias) e Insular 
(Japão, Taiwan);
Ásia Ocidental
Historicamente, a Ásia Ociden-
tal recebeu várias denominações 
e subdivisões. A expressão Oriente 
era usada para designar os territó-
rios sob dominação otomana no 
século XIX. Porém, com o avanço 
da civilização europeia na China 
no final do século XIX, surgiu o 
conceito de Extremo Oriente para 
designar a China, o Japão e a Coreia, 
e o então Oriente passou a ser de-
nominado de Oriente Próximo. No 
início do século XX, com a expansão 
do Império Britânico, os ingleses 
passaram a designar Oriente Médio 
toda a região asiática situada entre 
o mar Vermelho ao Vice-Reinado 
das Índias. Após a Primeira Guerra 
Mundial e a queda do império oto-
mano, estendeu-se esse conceito 
de Oriente-Médio ao conjunto dos 
países árabes, esvaziando, assim, o 
termo Oriente-Próximo. Até mes-
mo, publicações da Organização 
das Nações Unidas – ONU e de suas 
agências, trazem como “Oriente 
Médio todos os países árabes for-
mando um vasto território regional 
que se estende do Marrocos (África 
Setentrional) ao Paquistão.” 
Nessa região, a água é funda-
mental. Devido às condições climá-
ticas, a escassez hídrica é uma rea-
lidade, sendo a posse de nascentes 
de rios e seus cursos fundamentais 
e considerados estratégicos.
Aula 26
13Geografia 7B
Turquia
A Turquia é um país que apresenta sua extensão do 
Leste Europeu até o Oeste da Ásia, com aproximada-
mente 82 milhões de habitantes. A capital, Istambul é a 
maior cidade, sendo localizada no estreito de Bósforo. É 
uma cidade cosmopolita, já que abriga muito da história 
da humanidade em seus monumentos ligados a persas, 
romanos e bizantinos. 
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 ` A famosa Basílica de Santa Sofia, construída para ser a Catedral 
de Constantinopla
A Turquia tem se destacado na geopolítica interna-
cional por desejar ingressar na União Europeia (UE). Esse 
fato não se efetiva, por conta de alguns fatores:
 • Instabilidade política (historicamente o país sofre 
com golpes militares, sendo a tentativa mais recente 
em 2016);
 • Maior parcela da população islâmica, o que repre-
sentaria uma série de problemas dentro do Espaço 
de Schengen, pois há uma onda crescente de movi-
mentos de extrema direita na Europa e xenofobia;
 • Instabilidade gerada por conta da Questão Curda;
Quem são os curdos?
O curdos são o maior povo sem pátria do mun-
do, cerca de 30 milhões de pessoas. Ocupam terri-
tórios do Iraque, Síria, Afeganistão; a maior parcela, 
no leste da Turquia. É um movimento separatista de 
destaque, na tentativa de forma o Curdistão. Vem 
ocorrendo, nos últimos anos, uma série de ataques 
contra a população curda, por parte do Estado Islâ-
mico e também do exército turco.
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Apesar de representarem a 4ª. maior etnia do 
Oriente Médio, os curdos não conquistaram a sua 
independência.
Chipre
A ilha de Chipre é dividida por meio da Linha Verde e 
patrulhada pelas tropas das Nações Unidas. A República 
do Chipre compreende a porção meridional e integra a 
União Europeia. A porção norte se constitui na República 
Turca do Norte de Chipre, e não é reconhecida pela ONU.
Turquia e Chipre – político
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Síria
Com 185.180 km2, o território sírio possui litoral 
com o mar Mediterrâneo, clima predominantemente 
desértico e é rico em petróleo – principal fonte de ren-
da (sendo ainda importantes a agricultura e o turismo). 
A história da Síria é complexa, registrando momen-
tos sob influência turco-otomana, inglesa, francesa e da 
URSS. Em 1970 o general Hafiz al-Assad, através de um 
golpe militar, assumiu o poder. Hafiz faleceu em 2000, 
sendo sucedido pelo filho Bashar. 
No sudoeste da Síria, estão as Colinas de Golã, área 
de terras férteis e das nascentes da bacia do rio Jordão. 
A região de Golã está sob domínio do estado israelense 
desde 1967 (Guerra dos Seis Dias). 
A guerra opõe muçulmanos alauitas (que apoiam 
o regime do ditador Bashar al-Assad) e sunitas 
(ligados ao Exército Livre da Síria – ELS e ao Estado 
Islâmico). 
Bashar al-Assad intimida a população com res-
trições político-econômicas, o uso de força militar 
convencional e até de armas químicas. Recebe ajuda 
do Irã, da Rússia e da China (os dois últimos vetam a 
condenação de Bashar al-Assad no Conselho de Segu-
rança da ONU). 
14 Extensivo Terceirão
A Turquia declarou que atacará a Síria se o conflito 
adentrar seu território, temendo o fortalecimento dos 
curdos, e não aceita mais refugiados. Israel (que controla 
parte do território sírio – as Colinas de Golã) atacou a 
Síria para destruir armamentos doados pelo Irã (incluin-
do uma estrutura nuclear).
Após o ataque químico de agosto de 2013, em que 
morreram 1 400 pessoas (mais da metade crianças), os EUA 
(com apoio do Presidente Barack Obama e do Congresso 
Federal) manifestaram o desejo de promover um ataque 
aéreo à Síria. Mas, diante da falta de apoio dos aliados eu-
ropeus, o plano foi adiado. A Rússia então negociou com o 
regime de Assad, que prometeu suspender o uso de armas 
químicas, entregar uma relação do arsenal e destruí-lo. 
Em abril de 2017, outro ataque químico matou mais de 
80 pessoas. 
O uso de armas químicas foi duramente condenado 
pela ONU. Bashar al-Assad alega que o ataque partiu dos 
rebeldes contrários ao seu governo. Novamente a China 
e a Rússia vetaram sanções à Síria e, numa ação unilate-
ral, o presidente Donald Trump ordenou que a base área 
síria de Shayrat fosse atacada com mísseisTomahawk 
estadunidenses.
A proibição do uso de armas químicas foi deter-
minada pelo Protocolo de Genebra, de 1925. 
Na Síria, o principal gás usado nos ataques foi 
o sarin, que afeta o sistema nervoso e respiratório. 
O gás sarin é considerado pela ONU uma arma de 
destruição em massa.
 Israel e a questão palestina
Ao longo de todo o século XX, os conflitos entre pa-
lestinos e israelenses foram ganhando mais importância 
na opinião pública mundial, à medida que os palestinos 
passaram a ser vistos como refugiados dentro de sua 
própria pátria.
Em 1947, a ONU, através da resolução 181, optou por 
fazer uma partilha da Palestina, dividindo-a em um esta-
do judeu e um estado palestino. Porém os países árabes 
não aceitaram a criação do Estado de Israel e tampouco 
os palestinos aceitaram a criação do Estado Palestino, 
que foi repartido entre Israel, Egito e Jordânia.
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Palestina – político
Apesar do apoio dos países árabes à causa palestina, 
justificado pelo islamismo, nenhum dos países árabes 
viu os palestinos como uma nação distinta, merecedora 
de um Estado Soberano.
Desde a partilha da Palestina, várias guerras foram 
travadas entre os israelenses e os países árabes da região 
e todas foram vencidas por Israel, que aproveitou suas 
vitórias para expandir seu território, ocupando áreas da 
Jordânia, como Jerusalém, do Egito, como a península 
do Sinai, e da Síria.
Algumas áreas conquistadas por Israel, como a penín-
sula do Sinai, foram devolvidas ao Egito. Após pressões 
internacionais, Israel cedeu alguns direitos aos palestinos, 
que se concentram na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. 
Em setembro de 1993, em Oslo (Noruega), com a me-
diação do presidente estadunidense Bill Clinton, Israel e a 
Organização para a Libertação da Palestina – OLP – assina-
ram um acordo que preconizava o fim dos conflitos entre as 
duas partes, a abertura das negociações sobre os territórios 
conquistados por Israel em 1967, a retirada de Israel do sul 
do Líbano e a situação de Jerusalém (considerada capital do 
Estado judeu por Israel e cidade internacional pela ONU). 
Com a retirada de Israel da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, 
foi criada a Autoridade Nacional Palestina – ANP, responsá-
vel pelo governo palestino nessas áreas.
Após a morte de Yasser Arafat, a ANP sofreu uma cisão 
entre os membros da Fatah e do Hamas, que é radical, e 
passou a afirmar abertamente que almeja a destruição 
de Israel e não aceita nenhum tipo de diálogo.
Aula 26
15Geografia 7B
Em 2006, o Hamas ganhou as eleições parlamentares 
em Gaza. Alguns meses após, houve uma guerra civil en-
tre as duas dissidências. As duas facções não conseguem 
coordenar suas ações, o que fragiliza suas posições em 
negociações com Israel. Na prática, a Fatah domina a 
Cisjordânia; o Hamas, a Faixa de Gaza.
 Região Arábica
Região arábica – político
Ta
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Ka
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Bo
ra
Abrange a Arábia Saudita, que é um dos maiores 
aliados dos Estados Unidos na região, Iêmen, Omã, 
União dos Emirados Árabes, Qatar, Bahrein e Kuwait.
Na Arábia Saudita, situa-se a cidade de Meca, com 
a mesquita de Al Masjid Al-Haram, considerada pelos 
muçulmanos como o lugar mais sagrado do mundo, que 
tem ao centro a Caaba. 
O Iêmen é acusado de ser um país que abriga mem-
bros da Al Qaeda e de ter centros de treinamento dessa 
organização.
Emirados Árabes Unidos
A União dos Emirados Árabes ou Emirados Árabes 
Unidos se constitui no sexto maior exportador de petró-
leo do mundo. Porém, muitos deles, preocupados com 
o provável esgotamento de suas reservas petrolíferas, 
investem na atualidade na infraestrutura urbana, para se 
constituírem em destinos de turismo de alto luxo, com a 
construção de cassinos, hotéis, condomínios horizontais, 
sistema viário, shoppings, etc.
Os Emirados Árabes Unidos (EAU) são uma junção de 
monarquias islâmicas, nas quais o poder é exercido de for-
ma rígida por um líder religioso islâmico. Contudo, visto 
que aproximadamente 80% da população é imigrante de 
países com referências islâmicas, as práticas religiosas são 
bastante tolerantes. 
São os emirados (emir é um título equivalente ao de 
um príncipe) que formam os EAU: Abu Dhabi, Ajman, Du-
bai, Fujairah, Ras al-Khaimah, Sharjah e Umm al-Quwain. 
A base econômica é dada pelo petróleo, tendo Dubai 
nos últimos anos se destacado pela modernidade 
urbana e pelas atividades financeiras e turísticas. 
 ` Aspecto de Dubai nos Emirados Árabes Unidos
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 Iraque
Em 2003, sob a alegação de que Hussein estava 
desenvolvendo armas químicas, biológicas e até mesmo 
nucleares, novamente, estadunidenses e ingleses ata-
caram o Iraque sem a aprovação da ONU. O regime de 
Saddam Hussein caiu e, após 13 meses de julgamento, 
Saddam Hussein foi enforcado. 
A partir de dezembro de 2011, os Estados Unidos 
retiraram suas forças armadas desse país. Porém, a 
violência permanece constante, em razão de atentados 
terroristas contra a população xiita.
 Irã
O seu projeto de energia nuclear causou muita 
tensão entre países da União Europeia (UE), Estados 
Unidos, Japão e Israel. A maior restrição que os países 
opositores alegavam é que se voltava para a produção 
de armas nucleares. A principal razão para essa acusação 
era o impedimento que o governo iraniano impunha à 
fiscalização de suas instalações nucleares por inspetores 
da Agência Internacional de Energia Atômica.
16 Extensivo Terceirão
Testes
Assimilação
26.01. (ESPM – SP) – Os ataques de drones a duas das 
principais instalações petrolíferas da Arábia Saudita, 
maior exportador de petróleo do mundo, acirraram a 
tensão na região do Oriente Médio. (...) Os rebeldes 
houthis reivindicaram a autoria do atentado, que seria 
uma resposta aos ataques da coalizão liderada pela 
Arábia Saudita contra eles. 
Fonte: BBC Brasil, 16/09/2019. Disponível em: https:// www.bbc.
com/portuguese/internacional-49713067. Acesso: 16/09/2019 
A matéria aborda a conjuntura atual da geopolítica do 
Oriente Médio neste caso em que a Arábia Saudita está 
diretamente envolvida no conflito do (da): 
a) Iraque. 
d) Líbano. 
b) Irã. 
e) Iêmen. 
c) Síria.
26.02. (UFTM – MG) – Observe o mapa.
(Atlas geográfico escolar, 2007. Adaptado.)
Assinale a alternativa que identifica o país, em vermelho no 
mapa, e a causa do conflito atual existente em seu território.
a) República da Turquia, onde a minoria curda pleiteia maior 
liberdade política e a criação de um Estado independente 
na região próxima à Síria e ao Iraque.
b) República da Turquia, onde as forças armadas da ONU com-
batem os soldados do governo ditador de Bashar al-Assad.
c) Síria, onde a população luta por um estado mais demo-
crático e contra o governo do ditador Bashar al-Assad.
Em 2015, finalmente, foi assinado um tratado em que 
o Irã abriu suas instalações para a Agência Internacional 
de Energia Atômica. Com isso, foram liberados depósitos 
iranianos em contas bancárias nos Estados Unidos e o Irã 
voltou a exportar petróleo para a União Europeia.
É um dos países que mais abriga refugiados do mun-
do. Geralmente são islâmicos xiitas oriundos do Iraque 
e do Afeganistão, devido às perseguições por parte dos 
islâmicos sunitas (maioria) nesses países.
 Afeganistão
Com os ataques terroristas de setembro de 2001 às 
torres gêmeas do World Trade Center em Nova Iorque, por 
militantes da Al Qaeda, os Estados Unidos invadiram o Afe-
ganistão, que apoiava totalmente Bin Laden e a Al Qaeda. 
Desta maneira o Talibã foi deposto e até hoje o Afeganistão 
está ocupado por forças militares estadunidenses.
d) Síria, onde o regime democrático não conseguiu ser implan-
tado após a queda do governo ditador de Bashar al-Assad.
e) República da Turquia, onde a luta por poços de petróleo 
vem desencadeando guerras civis por toda a nação.
26.03. (UFRGS) – Observe a ilustração abaixo.
 Fonte: Adaptado de DW. 2019.
Assinale a alternativa correta sobre o local indicado no mapa 
com uma estrela.
a) Trata-se do EstreitoMédio, e as questões geopolíticas 
mundiais são pouco influenciadas pelo que ocorre no 
local, pois ele está localizado longe de nações conside-
radas superpotências.
b) Trata-se do Estreito de Ormuz, e o preço mundial do barril de 
petróleo é influenciado pelas tensões que ocorrem no local.
c) Trata-se do Estreito de Omã, e as tensões na região ocor-
rem principalmente pela influência militar chinesa nos 
países do Golfo Pérsico. 
d) Trata-se do Estreito de Dacar, considerado uma área de-
gradada e estratégica para conservação da biodiversidade, 
de acordo com a convenção de Madrid.
e) Trata-se do Estreito de Gibraltar, reivindicado pelos países 
limítrofes, devido ao controle do Canadá e Estados Unidos 
da América.
Aula 26
17Geografia 7B
26.06. (ESPM – SP) – País persa no Oriente Médio, rico em 
petróleo e com pretensões nucleares. Está representado 
com o número:
a) 1: Síria. 
c) 2: Turquia. 
e) 3: Irã
b) 4: Iraque 
d) 5: Arábia Saudita 
26.07. (FMABC – SP) – Considere o mapa abaixo.
TERRITÓRIO DO CURDISTÃO
(Disponível em: <http://www.fmradiosjuives.com/wp-content/uploads/kurdistan.jpg>.)
Os curdos
a) formam comunidades autônomas na Turquia e no Irã, no 
Iraque e na Síria, porém, são fortemente reprimidos em 
razão da possibilidade de formar um Estado curdo.
b) formam o maior grupo de apátridas do mundo; represen-
tam cerca de 30 milhões que ocupam terras de 4 países 
do Oriente Médio, entre os quais a Turquia, que abriga 
metade desse grupo.
c) constituem um numeroso grupo que vive disperso por sete 
países do Oriente Médio e se destacam por ter sua identida-
de baseada na religião cristã, predominantemente católica.
d) assumiram grande protagonismo durante a ocupação 
do Iraque pelos Estados Unidos, pois eram os principais 
apoiadores políticos e econômicos de Saddam Hussein.
e) ocupam extensa área do território sírio onde estão as 
maiores densidades do grupo no Oriente Médio; no Irã e 
na Turquia apresentam menor peso demográfico.
26.04. (ESPM – SP) – 
A charge faz referência a uma onda de protestos, 
revoltas e revoluções populares contra governos, que 
irrompeu em dezembro de 2010 no norte da África e 
se propagou pelo Oriente Médio. A raiz dos protestos 
foi o agravamento da situação dos países, provocado 
pela crise econômica e pela falta de democracia.
A charge e o enunciado devem ser relacionados com a: 
a) Primavera Árabe. 
b) Revolução Laranja. 
c) Revolução dos Cravos. 
d) Revolução Rosa. 
e) Revolução de Veludo.
Aperfeiçoamento
26.05. (UNESC – RO) – Segurança reforçada em Israel 
hoje, dia em que a embaixada dos Estados Unidos é 
oficialmente transferida de Tel Aviv para Jerusalém. Os 
tumultos começaram poucas horas antes da abertura da 
embaixada americana em Jerusalém, nesta segunda-feira 
(14/05/2019), deixando pelo menos dois mortos e deze-
nas de feridos na Faixa de Gaza. Milhares de palestinos 
se reuniram em diferentes pontos da fronteira com Israel, 
tentando se aproximar da barreira cercada por soldados 
israelenses fortemente armados.
Disponível em: http://radioagencianacional.ebc.com.br/
internacional/audio/2018-05/transferencia-da-embaixada-
americana-para-jerusalem. Acesso em: 26/05/2018.
A transferência da embaixada dos EUA, decidida pelo 
presidente norte-americano Donald Trump, é mais um 
episódio do conflito entre israelenses e palestinos. Sobre 
as divergências que separam os dois adversários, assinale a 
afirmativa INCORRETA.
a) Refugiados israelenses: a existência de cerca de 5 milhões 
de judeus que vivem em países árabes que são impedidos 
de irem para Israel.
b) Jerusalém: Israel reivindica soberania sobre a cidade in-
teira enquanto os palestinos querem Jerusalém Oriental 
como sua capital.
c) Fronteiras: os palestinos exigem que seu Estado seja deli-
mitado segundo as resoluções da ONU, o que Israel rejeita.
d) Assentamentos: foram construídos pelo governo israelen-
se nos territórios ocupados, apesar de ilegais segundo as 
leis internacionais.
18 Extensivo Terceirão
26.08. (UFSJ – MG) – Observe o mapa abaixo.
Disponível em: http://www.infoescola.com/wp-content/
uploads/2010/07/mapa-siria.gif>. (Adaptado).
Assinale a alternativa que apresenta fatos sobre a região em des-
taque que ocuparam os noticiários dos jornais ao longo de 2012.
a) O governo de Israel apoia a formação de um governo xiita 
na Síria como alternativa à radicalização do terrorismo.
b) Desde o começo da revolta contra o presidente Sírio 
Bashar al Assad, milhares de sírios se refugiaram em 
países vizinhos.
c) China e Rússia encaminharam ao Conselho de Segurança da 
ONU pedido de apoio para uma intervenção militar na Síria.
d) Síria, Israel, Líbano, Jordânia e Iraque faz em parte da 
“Primavera Árabe”, que se caracteriza por manifestações 
populares contra governos ditatoriais.
26.09. (FGV – SP) – Observe a imagem.
“Eu vou construir para você um irmão”, diz uma bolha 
de pensamento ao lado do retrato de Trump, enquanto ele 
coloca sua mão em uma imagem de uma parede, com-
posta por placas de concreto de 26 pés de altura. Devido 
às ambições do presidente Trump de construir um muro 
ao longo da fronteira entre os EUA e o México, o artista, 
então, considerou apropriado que Trump esteja presente 
no muro mais controverso do mundo – um exemplo para 
ele do tipo de muro fronteiriço que quer construir.
(Disponível em: < http: //www.washingtonpost.com>. Adaptado)
A partir da imagem, do excerto e de conhecimentos sobre 
a geopolítica mundial, é correto afirmar que o “muro mais 
controverso do mundo” em que Trump foi retratado separa
a) Israel da Síria.
b) Egito de Gaza.
c) Israel da Cisjordânia.
d) Cisjordânia de Gaza.
e) Líbano da Síria.
26.10. (UEPG – PR) – Sobre os conflitos entre Israel e Pales-
tina, assinale o que for correto. 
01) Yasser Arafat, importante liderança do lado palestino, 
fez atuações utilizando a guerrilha contra Israel. 
02) Os dois lados do conflito já possuíram, em alguma 
medida, fundamentalistas religiosos que tentaram 
boicotar acordos de paz duradouros para a questão 
israelense-palestina. 
04) Tanto Israel como Palestina são países com grande ca-
pacidade de produção tecnológica e bélica, o que faz o 
conflito ser equilibrado e duradouro. 
08) Desde 1948, quando foi criado o estado de Israel, os 
países vizinhos da região sempre apoiaram a criação de 
um estado judeu, lutando politicamente ao lado dos 
israelenses, na ONU, para concretizar este objetivo.
Aprofundamento
26.11. (FEI – SP) – Sobre a situação política da Síria, assinale 
a alternativa INCORRETA: 
a) Após a queda do Império Otomano, a região que com-
preende a atual Síria foi dominada pela França até sua 
independência, em 1946. 
b) Em 1948, juntamente com outros estados árabes que 
rejeitaram o plano da ONU de Partilha da Palestina, a Síria 
envolveu-se em confronto com Israel, sendo derrotada. 
c) Após a independência, prevaleceu um grande período de 
instabilidade política, quando ocorreram várias tentativas 
e golpes de estado. Em 1962, foi decretado estado de 
sítio no país, com a suspensão da maioria das proteções 
constitucionais aos cidadãos. 
d) Hoje o país pode ser considerado a única democracia do 
mundo árabe, mas o poder está concentrado nas mãos de 
um pequeno grupo de políticos e militares ligados ao presi-
dente Bashar al-Assad, eleito democraticamente em 2001. 
e) O país sempre teve uma grande participação na política 
regional, particularmente através do seu papel central no 
conflito árabe-israelense, com envolvimento direto nos 
assuntos libaneses e palestinos.
Aula 26
19Geografia 7B
26.12. (IMEPAC – MG) – Analise este quadro que mostra alguns protestos ocorridos em diferentes regiões do mundo entre 
o final de 2010 e o início de 2011.
PAÍS DATA DE INÍCIO TIPO DE PROTESTO CONSEQUÊNCIAS
Tunísia 18/12/2010
Autoimolação de Mohamed Bouazizi e grandes 
manifestações
Deposição de Ben Ali
Argélia 28/12/2010 Grandes manifestações públicas
O presidente Abdelaziz Bouteflika promete o 
fim do estado de emergência
Líbia 13/01/2011Protestos por habitação e grandes manifestações 
públicas, segundo ONG, mais de 200 pessoas já foram 
mortas nesses protestos.
Guerra Civil, intervenção internacional e 
deposição do regime. Morte do ditador 
Muammar al-Gaddafi
Jordânia 14/01/2011 Pequenos protestos
Mudança de Governo e apelo do rei Abdullah II 
a rápidas e eficazes reformas democráticas
Mauritânia 17/01/2011 Autoimolação
Omã 17/01/2011 Pequenos protestos
O sultão Qaboos bin Said Al Said anuncia 
aumento mínimo aos empregafos do setor 
privado
lêmen 18/01/2011 Grandes manifestações públicas
O presidente Saleh anuncia que não concorrerá 
nas próximas eleições
Arábia Saudita 21/01/2011 Autoimolação
Líbano 24/01/2011 Pequenos protestos
Egito 25/01/2011 Grandes manifestações públicas Renúncia de Hosni Mubarak
Síria 26/01/2011 Autoimolação, pequenos protestos
O presidente Bahar al- Assad prometeu 
reformas no governo
Disponível em: <http://pt.wikipedia.org> Acesso em: 19 dez. 2011. (Adaptado) 
A partir dessa análise e de outros conhecimentos sobre o assunto, é INCORRETO afirmar que esses protestos 
a) apoiaram-se em novas tecnologias da informação, ao aliar sistemas imateriais de engenharia à mobilização presencial. 
b) compartilharam técnicas de resistência civil em campanhas sustentadas envolvendo greves, manifestações, passeatas e 
comícios, bem como o uso de mídias sociais. 
c) contaram, em sua maioria, com a ação decisiva de idosos que, ao contrário das gerações antecessoras, têm estudos básicos 
e, até mesmo, graduação superior. 
d) visaram defender princípios mais democráticos e de equidade social em países árabes localizados no norte da África e 
no Oriente Médio. 
26.13. (UEM – PR) – O Oriente Médio é uma região que possui situação estratégica do ponto de vista geopolítico e econômico, 
de importância mundial, e, por tais razões, está envolvido constantemente em conflitos religiosos e em disputas territoriais. A 
respeito dessa região, assinale o que for correto.
01) O Canal da Mancha perfaz o limite fronteiriço de vários países, por isso sua utilização é motivo frequente de conflitos.
02) Fazem parte do grupo de países conhecidos como “países do petróleo”, o Bahrein (formado por ilhas do Golfo Pérsico) e 
os países localizados na Península Arábica.
04) A criação do Estado de Israel, em território palestino, trouxe instabilidade a parte da costa banhada pelo mar Mediter-
râneo.
08) Por estar localizada no que se conhece como “Chifre da África”, no encontro do mar Vermelho com o oceano Índico, a 
Turquia é o país mais instável do Oriente Médio.
16) A fértil planície da Mesopotâmia garante o suprimento necessário de água a todos os países do Oriente Médio.
20 Extensivo Terceirão
26.14. (UDESC) – “O presidente do Irã, Hassan Rohani, 
disse nesta terça-feira (27) que só aceitará conversar 
com Donald Trump se o governo dos Estados Unidos 
retirarem as sanções impostas ao regime iraniano. A 
declaração de Rohani desfaz, em parte, a expectativa 
criada após o presidente da França, Emmanuel Macron, 
dizer que tentava criar condições para que o iraniano 
se reunisse com Trump. Nesta segunda-feira, inclusive, 
Rohani indicou que estaria disposto a se encontrar com 
alguém “disposto a ajudar o desenvolvimento do meu 
país”. “Mesmo se as chances de sucesso forem de 20% 
ou 10%, não podemos perder oportunidades”, disse o 
presidente iraniano. Entretanto, Rohani voltou atrás 
nesta terça-feira e condicionou qualquer conversa com 
a Casa Branca ao fim das sanções impostas ao Irã”.
Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/08/27/
presidente-do-ira-diz-que-so-conversara-com-donaldtrump-se-
eua-retirarem-sancoes.ghtml, acesso em setembro/2019.
Acerca da questão geopolítica, apresentada no excerto 
acima, assinale a alternativa correta.
a) Os Estados Unidos retiraram-se do acordo nuclear iraniano 
e passaram a aplicar sanções ao setor petrolífero do Irã, 
gerando grave crise econômica neste país. 
b) A França, grande potência nuclear da Europa, não aceitou 
a forte concorrência representada pelo Irã, e aceitou o 
auxílio dos Estados Unidos para intermediar o debate.
c) O Irã retirou-se do próprio acordo nuclear em 2015, 
provocando a ira dos Estados Unidos, que dependem 
do urânio enriquecido do Irã para gerar energia nuclear.
d) O Irã é fortemente dependente do petróleo exportado pe-
los Estados Unidos, e entrou em grave crise econômica após 
Donald Trump interromper o fornecimento deste produto
e) A França intermedia a crise entre Estados Unidos e Irã, pois 
tem interesse na amenização da crise iraniana, passo im-
portante para que o Irã volte a importar o petróleo francês.
26.15. (MACK – SP) – Leia o fragmento de reportagem e 
observe o mapa. 
EUA DERRUBAM DRONE IRANIANO NO 
ESTREITO DE ORMUZ
Os Estados Unidos derrubaram [...] um avião não 
tripulado iraniano no Estreito de Ormuz, no momen-
to em que ele se aproximava de um navio americano, 
informou o presidente Donald Trump. 
[...] A derrubada da aeronave ocorre em um mo-
mento de tensões crescentes na região do Golfo entre 
os Estados Unidos e o Irã. 
[...] A tensão entre Teerã e Washington tem cres-
cido desde que Trump se retirou unilateralmente do 
acordo nuclear de 2015 com o Irã e voltou a aplicar 
sanções à República Islâmica. 
As hostilidades aumentaram após o Irã derrubar, 
no dia 20 de junho, um drone americano nas sensí-
veis águas do Golfo, em meio a uma série de ataques 
contra petroleiros que Washington atribuiu a Teerã. 
Isto é. 18 jul. 2019. 
Disponível em: <https://istoe.com.br/eua-derrubam-drone-
iraniano-no-estreito-de-ormuz/> Acesso em 19 ago. 2019.
Fonte: https://www.tnpetroleo.com.br/media/filebrowser/ 
ESTREITO-DE-ORMUZ.jpg. Acesso em 19 ago. 2019. 
A respeito do Estreito de Ormuz e dos conflitos relacionados 
a ele, considere as seguintes proposições: 
I. O Estreito de Ormuz faz parte de uma das principais rotas 
mundiais de comércio de petróleo; por isso, qualquer 
instabilidade político-militar na área onde ele se encontra 
pode influenciar no preço da gasolina e, consequente-
mente, na economia de grande parte do mundo.
II. Os Estados Unidos defendem a existência de uma co-
alizão militar internacional para proteger as águas do 
Estreito de Ormuz, garantindo a liberdade de navegação 
na região onde ele se encontra. 
III. Apesar das constantes ameaças do Irã, que reivindica 
o controle do Estreito de Ormuz, em parceria com os 
Emirados Árabes Unidos, nenhum navio petroleiro foi 
atacado em suas proximidades (nem mesmo em águas 
internacionais do Golfo de Omã), o que contribuiu 
para a estabilidade do preço do petróleo nos últimos 
cinco anos. 
É correto o que se afirma em 
a) I, apenas. 
b) II, apenas. 
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
26.16. (UCS – RS) – O conflito de Israel com o Grupo Hamas, 
na Faixa de Gaza, interfere na política dos países do Oriente 
Médio e nas potências mundiais. Observe, abaixo, o mapa 
do Oriente Médio.
 (Fonte: Época, n. 556, p. 81, 12 jan. 2009.)
Aula 26
21Geografia 7B
Relacione a numeração correspondente aos países indicados 
no mapa, na Coluna A, à interferência política desses países, 
listados na Coluna B
COLUNA A COLUNA B
1 – País 1
2 – País 2
3 – País 3
( ) É o principal inimigo de Israel e possível alvo 
de um ataque após a ofensiva em Gaza. Dá 
treinamento e fornece armas ao Hamas.
( ) Governado por Sunitas, nunca aceitou Is-
rael, mas também é contra o radicalismo 
do xiita Hamas. Aliado dos Estados Unidos, 
criticou com cautela os ataques.
( ) É visto como mediador crucial. Enfrenta 
internamente o grupo radical Irmandade 
Muçulmana; daí seu interesse em ver o vi-
zinho Hamas enfraquecido.
Assinale a alternativa que completa, correta e respectiva-
mente, os parênteses de cima para baixo.
a) 3, 1, 2
d) 2, 3, 1
b) 1, 2, 3
e) 1, 3, 2
c) 3, 2, 1
26.17. (URCA – CE) – A República Árabe Síria é um país do 
Oriente Médio com mais de 22 milhões de habitantes e de 
185 mil quilômetros quadrados de extensão, grande partecoberta por desertos. Banhada pelo mar Mediterrâneo tem 
fronteiras com Turquia, Iraque, Jordânia, Israel e Líbano. 
Recentemente tem estado na mídia por questões de ordem 
geopolítica. Sobre essas “questões” é correto afirmar:
a) Com cerca de 90% da população muçulmana, a Síria foi 
colonizada pela França, ganhando a independência em 
1946. Apoiadora da política de Israel se envolveu como 
aliada na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
b) Localizada no coração do Oriente Médio, a Síria está em 
guerra civil há mais de cinco anos. Sua origem está no 
descontentamento do povo com o regime de Bashar 
al-Assad, devido o mesmo ter uma forte aliança com o 
governo de Barack Obama.
c) Sobre a Síria recaem acusações dos Estados Unidos de 
ajudar grupos terroristas, com destaque para o palestino 
Hamas e o libanês Hezbollah.
d) Diferentemente dos demais países do Oriente Médio, 
a Síria tem sua economia baseada principalmente na 
indústria e na agricultura. A exploração de petróleo é 
quase inexistente.
e) A oposição Síria é formada por todos os grupos que de-
safiam o regime do presidente Bashar al-Assad na guerra 
civil Síria, onde esses grupos têm apoio de diversos países 
ocidentais, destacando-se como principal aliado a França.
26.18. (IFBA) – Leia o trecho da reportagem que segue.
UNIÃO EUROPEIA E GRÉCIA VIRAM AS 
COSTAS PARA REFUGIADOS QUE CHEGAM 
ÀS ILHAS GREGAS
Milhares de refugiados chegando às ilhas de Aegean, 
na Grécia, estão sendo recepcionados por um sistema dis-
funcional e condições de vida desumanas, de acordo com 
a organização humanitária internacional Médicos Sem 
Fronteiras (MSF). A Grécia e a União Europeia (EU) pre-
cisam melhorar urgentemente as condições de vida para 
os refugiados, imigrantes e requerentes de asilo, e ofere-
cer assistência médica adequada e proteção. De acordo 
com autoridades, mais de 14 mil pessoas, das quais mais 
de 90% fugiram da guerra na Síria, submeteram-se a jor-
nadas perigosas em pequenas embarcações no mar Aege-
an, da Turquia às ilhas Dodecanese, em busca de prote-
ção. Com poucas instalações adequadas para recebê-los, 
muitos refugiados viram-se forçados a dormir no frio, na 
chuva e ao relento ou em postos policiais superlotados, 
por vezes por dias seguidos, enquanto aguardavam para 
serem transferidos para a principal ilha da Grécia.
Médicos Sem Fronteiras. Disponível em: <http://www.msf.org.
br/noticias/uniao-europeia-e-grecia-viram-costas-para-refugiados-
que-hegam-ilhas-gregas>. Acessado em 31/07/2017.
A questão da imigração síria tornou-se um dos temas mais 
fortes e polêmicos dentro e fora da União Europeia, expondo 
não somente a devastadora crise humanitária no pequeno 
país do Oriente Médio, mas também a crise de humanidade 
que vive a própria Europa em meio ao crescimento da xeno-
fobia. Sobre esse quadro internacional e suas repercussões, 
analise as afirmações que seguem:
I. A crise na Síria, desencadeada a partir da desestabiliza-
ção do governo do ditador Bashar Al Assad por grupos 
rebeldes, agravou-se ainda mais com o surgimento do 
grupo extremista Estado Islâmico.
II. Enquanto alguns países europeus veem nos sírios a 
possibilidade de ampliar a sua força de trabalho, outros 
temem o aumento da vulnerabilidade do continente à 
ataques de extremistas islâmicos.
III. A maioria dos países-membros da União Europeia é fa-
vorável à ampliação do abrigo aos imigrantes, desde que 
os mesmos aceitem algumas condições, como continuar 
os estudos e se converter ao cristianismo.
IV. Interesses conflitantes de outros países fora da União 
Europeia, como Estados Unidos e Rússia, dificultam o 
combate ao Estado Islâmico e a estabilização política e 
social da Síria.
Com base em seus conhecimentos e interpretação das 
questões levantadas, marque a alternativa que aponta para 
as afirmações corretas:
a) I e II, apenas
c) I, III e IV
e) I, II e IV
b) II e III apenas
d) I, II e III
22 Extensivo Terceirão
Desafio
26.19. (MACK – SP) – Leia o fragmento de reportagem e 
observe o mapa.
O Iêmen é o país mais pobre do Oriente Médio e 
está em guerra civil desde 2015. O conflito agravou 
as já precárias condições de extrema pobreza e fome 
da população. Desde 2017, a Organização das Nações 
Unidas classifica a situação como “a pior crise huma-
nitária do mundo”. Diálogos de paz entre os dois la-
dos da guerra civil [...] levaram à promessa mútua de 
libertar prisioneiros de guerra e um cessar-fogo em 
uma das cidades mais críticas do conflito. Mas os efei-
tos do pacto, mediado pela ONU, ainda são incertos.
PIMENTEL, Matheus. Qual a causa e o tamanho da crise humanitária 
no Iêmen. Nexo. 14 dez. 2018. Disponível em: <https://www.nexojornal.
com.br/expresso/2018/12/14/Quala-causa-e-o-tamanho-da-crise-
humanit%C3%A1ria-no-I%C3%AAmen>. Acesso em: 17 mar. 2019.
A respeito da guerra civil no Iêmen, avalie as proposições.
I. O apoio da Arábia Saudita, país de maioria xiita, permitiu 
aos insurgentes houthis derrubarem o governo do pre-
sidente Abd Rabbuh Mansur Al-Hadi, que conta com a 
ajuda do Hezbollah para tentar voltar ao poder.
II. O Irã, forte aliado de Al-Hadi, tem apoiado militarmente 
o governo iemenita a fim de manter sua influência sobre 
as reservas petrolíferas do Iêmen.
III. A ONG Save the Children, que lida com direitos da in-
fância, estima que cerca de 85 mil crianças morreram 
de fome ou doença grave no Iêmen desde o começo 
da guerra.
É correto o que se afirma em
a) I, apenas.
c) III, apenas.
e) I, II e III.
b) II, apenas.
d) I e II, apenas.
26.20. (UEM – PR) – Sobre tensões e áreas de conflito exis-
tentes no mundo, assinale o que for correto.
01) Do ponto de vista militar, o Oriente Médio designa uma 
região estrategicamente localizada no oceano Pacífico, 
próxima da península coreana.
02) O Curdistão, que conquistou sua independência nos 
anos de 1960, é um país africano constantemente en-
volvido em conflitos regionais devido à disputa por re-
cursos minerais.
04) Elementos de natureza socioambiental, diretamente 
relacionados à escassez hídrica regional, influenciam o 
conflito árabe-israelense, inclusa a Questão Palestina.
08) Palco de um dos maiores conflitos civis da atualidade, 
o Estado Islâmico corresponde a uma ex-colônia alemã 
localizada na África, que se tornou independente com 
o fim da Segunda Guerra Mundial.
16) A Primavera Árabe, ocorrida em 2011, motivou o início 
do conflito civil na Síria, resultando em consequências 
nos níveis regional e global.
Gabarito
26.01. e
26.02. c
26.03. b
26.04. a
26.05. a
26.06. e
26.07. b
26.08. b
26.09. c
26.10. 03 (01 + 02)
26.11. d
26.12. c
26.13. 06 (02 + 04)
26.14. a
26.15. c
26.16. a
26.17. c
26.18. e
26.19. c
26.20. 20 (04 + 16)
23Geografia 7B
1B
Ásia II – Ásia Monçônica
Aula 27 7B
Geografia
 Introdução
A Ásia Monçônica abrange desde o sul do continente 
até o litoral do Pacífico, onde sopram de maneira regular 
os ventos das monções, que determinam todo o ciclo 
das atividades agropecuárias e consequentemente as 
demais atividades econômicas.
São considerados os seguintes países como inte-
grantes da Ásia Monçônica: Paquistão, Ilhas Maldivas, 
Índia, Nepal, Butão, Bangladesh, Sry Lanka, Mianmar, 
Tailândia, Singapura, Malásia, Indonésia, Laos, Campu-
chea, Vietnam, Brunei e Filipinas. 
Os demais países situados no leste asiático, apesar 
de serem atingidos pelas monções, são classificados de 
maneira à parte.
 Região indostânica
Compreende as Maldivas, o Paquistão, a Índia, o 
Nepal, o Butão, Bangladesh e Sry Lanka.
É uma região marcada por conflitos relacionados 
com intolerância religiosa entre os próprios islâmicos, 
como no Paquistão; entre islâmicos e hinduístas, como 
na Índia; separatismo religioso, como em Sry Lanka, e 
muita pobreza praticamente em todos os países.
Região indostânica – político
Ta
lit
a 
Ka
th
y 
Bo
ra
Até 1947 integrava o Vice-Reinado da Índia, que per-
tencia ao Reino Unido. Lord Mountbatten, que orientou 
o processo de independência desta região, tinha como 
projeto a instalação de uma república

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