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1 América IV – América Latina III 25 Aula Geografia 7B América Platina É constituída por três países situados em grande parte na planície Platina e drenados pela bacia Platina, consti- tuída pelos rios Uruguai, Paraguai e Paraná que têm suas nascentes no Brasil. São eles: Argentina, Uruguai e Paraguai. Grande parte do Centro-Sul do Brasil também é drenada pela bacia Platina, porém o Brasil não é considerado um país platino, mas sim como unidade independente da América do Sul. Mapa político da América Platina. Ta lit a Ka th y Bo ra Argentina É o mais desenvolvido dos países platinos. Sua população, predominantemente branca descende de espanhóis, italianos, alemães, suíços e eslavos, além de indígenas e mestiços. Mesmo com graves crises econômicas, como a forte crise de 2001, considerada a pior da história, quando ocorreu congelamento de bilhões de dólares no país, conhecido como “corralito“, que gerou revoltas populares e mortes, seus indicadores sociais estão acima da média dos países sul-americanos, apresen- tando em 2018 IDH de 0,825 na 48ª. posição mundial, considerado pertencente ao grupo dos países com IDH muito alto (entre 0,8 e 1,0). Os principais fatores que explicam essa posição são os indicadores de educação e saúde. Segundo o Banco Mundial, 04% da população argentina vivia com menos de US$ 1,90 por dia em 2017, contra 4,8% no Brasil, por exemplo. Apesar disso, apresenta condições econômicas semelhantes aos demais países sul-americanos como dependência de capital estrangeiro, desemprego estrutural, falta de tecnologia, endividamento externo e indústria com máquinas e equipamentos ultrapassa- dos e má distribuição de terras. A política externa argentina apresenta duas questões polêmicas que até agora não foram solucionadas definiti- vamente: a posse das ilhas Falklands e o Canal de Beagle. ILHAS FALKLANDS (ILHAS MALVINAS) Considerado um território britânico ultramarino, localizado a aproximadamente 480 quilômetros a leste da América do Sul (região da Patagônia argentina), as Ilhas Malvinas apresentam atividades econômicas como a pesca, o turismo e criação de ovinos, principalmente para a produção de lã. A exploração de petróleo é controversa dentro do arquipélago, já que remete a uma questão territorial importante com a Argentina. Durante a ditadura militar argentina, seus dirigentes decidiram ocupar as ilhas Falklands em 02 de abril de 1982, consideradas como território pertencente ao Rei- no Unido. Após algumas semanas de ocupação, as forças armadas argentinas foram expulsas das ilhas. 2 Extensivo Terceirão Esta aventura resultou em mortes de jovens argenti- nos recrutados e foi um dos fatores que contribuiu com o fim da ditadura argentina. Além disso, intensificou a crise econômica. Este episódio passou para a história como a Guerra das Malvinas e apesar do restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, barcos e navios argentinos não podem se aproximar do arquipé- lago devido à imposição de uma área de exclusão im- posta pelo Reino Unido que mantém permanentemente barcos-patrulhas na área. O Brasil adotou uma postura de apoio “moderado“ aos argentinos, defendendo a resolução diplomática da questão. Em 2013 fora realizado um plebiscito pelo governo das Malvinas, indo de encontro com a reivindicação histórica argentina de posse do território. Cerca de 99% dos votantes disseram sim ao Reino Unido. Essa questão ainda é muito forte por parte dos argentinos, sendo utilizados em discursos políticos como “tentativas di- plomáticas de conquistar as ilhas” e enaltecendo ideais patrióticos. Uma lei de 2014, aprovada no parlamento, determina que os meios de transporte coletivos do país devem carregar a mensagem “ © Gl ow im ag es /A P Ph ot o/ Ra ul F er ra ri- Te la m ` Casualmente, a seleção argentina de futebol estende uma faixa com a mensagem : “Las Malvinas son argentinas” Canal de Beagle A Terra do Fogo ao sul é separada das ilhas de Hoste e Navarino, Lennox, Picton e Nueva, através do Canal de Beagle, onde a Argentina e o Chile têm divergências sobre seus limites (veja o mapa a seguir). O Chile entende que a divisa entre os dois países deveria ser pelo talvegue (linha mais profunda ao longo de um rio ou canal). Desta maneira, o Chile teria acesso através de suas águas territoriais ao oceano Atlântico; a Argentina entende que a divisa entre os dois países deveria ser através do prolongamento da linha divisória que separa a Terra do Fogo. Mapa do canal de Beagle Ta lit a Ka th y Bo ra Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, 2018. Adaptação. Após anos de divergências, uma corte internacional deu ganho de causa ao Chile, o que, porém, não foi aceito pela Argentina. Somente com a intermediação do Papa João Paulo II foi acertada uma trégua entre os dois países. Até hoje, contudo, não é uma questão resolvida de maneira definitiva. No fim dos anos 70 surge conhecido como as “mães da plaza de mayo”, hoje “avós”, que realizam protestos silenciosos em frente a casa rosada, que é a sede do governo argentino, buscando respos- tas para a morte ou desaparecimento de seus fi- lhos durante o período da ditadura argentina e culpabilizar o estado e os responsáveis por viola- ções contra os direitos humanos. © Sh ut te rs to ck /G al in a sa vi na `Casa Rosada, sede do Governo Argentino em Buenos Aires Aula 25 3Geografia 7B Crise político-econômica Durante os anos da “Era K”, (2003 a 2007 com Néstor Kirchner e 2007 a 2015 com Cristina Kirchner), fora implantado um novo modelo macroeconômico, a exemplo da “renacionalização” ou “reestatização” as em- presa petrolífera YPF (Yacimientos Petrolíferos Fiscales), que estava sob controle da espanhola REPSOL. Além disso, representava um governo de caráter populista, muitas vezes com grande apelo às imagens de Juan Domingo Perón e Eva Perón. Levantavam as bandeiras de autonomia política (principalmente em relação aos EUA), numa política de caráter combativo e nacional desenvolvimentista. As políticas de distribuição de renda também deram a tônica desse período, além do histórico processo de “ rolagem da dívida”. Em 2015 foi eleito Mauricio Macri, com as promessas de “pobreza zero”, reduzir ao máximo a inflação e atrair investidores para o país em diversos setores, além do estímulo à exportação. Porém, apesar das expectativas de parcela da população argentina, Macri implementou fortemente uma agenda neoliberal, não conseguindo cumprir as promessas de campanha. A pobreza au- mentou, a inflação atingiu níveis históricos e o estímulo ocorreu apenas em alguns setores, não conseguindo dinamizar a economia como um todo. Uma série de protestos se instalou pelas principais cidades do país. Com esse cenário, se abriu a possibilidade para a volta dos Kirchenistas ao governo, que ocorreu em outubro de 2019, trazendo Cristina Kirchner como vice-presidente de Alberto Fernández. © Sh ut te rs to ck /A le xa nd r v or ob ev ` Protestos nas ruas de Buenos Aires durante o governo Macri: “A fome é um crime” A Argentina é uma das principais compradoras de produtos brasileiros, superior até mesmo aos EUA, e, com essas medidas tomadas durante o governo Macri, os exportadores brasileiros estão tendo dificuldades em manter as exportações para esse país. Regionalização De acordo com os aspectos geográficos relacio- nados às condições climáticas e de relevo, existem 6 regiões: Noroeste: formada pelas províncias de Jujuy, La Rioja, Salta, Catamarca, Santiago del Estero e Tucumán. Chaco: províncias de Formosa, Chaco, parte norte de Santa Fé, Santiago del Estero, leste de Salta e norte das províncias de Córdoba de San Luis. Mesopotâmia: formada pelas províncias de Misiones, Corrientes e Entre Ríos. Cuyo: províncias de San Juan, Mendoza e San Luis. Pampa: províncias de Córdoba, Santa Fé, La Pampa e Buenos Aires. Patagônia: províncias de Rio Negro, Neuquén,Chubut, Santa Cruz e Terra do Fogo. Mapa político da Argentina `Mapa político da Argentina com as províncias e as regiões naturais. No extremo sul da Patagônia situa-se a ilha denominada de Terra do Fogo, separada do continente pelo estreito de Magalhães. Ta lit a Ka th y Bo ra Devido à falta de investimentos no setor energético nos últimos anos, a Argentina está passando por uma crise, com o racionamento de energia elétrica, apesar de apresentar reservas petrolíferas e de gás natural. Em 2008, foi assinado um tratado de cooperação mútua entre o Brasil e a Argentina para o desenvolvi- mento de tecnologia nuclear com fins pacíficos, para a geração de energia. 4 Extensivo Terceirão Uruguai Assim como a Argentina, sua população é predomi- nantemente branca, descendente de europeus. Já foi considerado a “Suíça latino-americana” nos anos 50, devido a sua excelente situação socioeconômi- ca. Porém, a partir da década de 60, com o considerável aumento da expectativa de vida, e com o consequente aumento do número de aposentados, deflagrou-se uma crise em sua economia e grupos revolucionários de ideologia de esquerda trouxeram muita instabilidade ao país. Na época, surgiu um grupo revolucionário armado, denominado Tupamaros, que serviu de modelo para outros grupos na América Latina. Após um golpe militar apoiado pela CIA, os militares uruguaios tomaram o poder, reprimindo de maneira violenta os grupos de esquerda. Assim como no Brasil, na Argentina, no Chile e no Paraguai, nos anos 60 e 70, ocorreram endividamento externo, desemprego, censura prévia, desaparecimento de pessoas e desmanche da economia. Somente a partir dos anos 80 a economia uruguaia voltou a crescer. Os indicadores sociais estão acima da média dos países sul-americanos e a sua economia é atrelada à economia argentina e à brasileira, além de apoiada nas exportações de carne, lã, couro e trigo. Também se cultivam uva e arroz, sendo que boa parte da rizicultura é desenvolvida por empresários brasileiros. As indústrias mais importantes são as alimentícias e as têxteis, situadas na cidade de Montevidéu. O turismo também é muito importante para a economia uruguaia, com destaque para a cidade de Punta del Este, conside- rado o balneário mais importante da América Latina. No período de 2010 a 2015 ganhou notoriedade internacional por conta de seu então presidente José Alberto Mujica Cordano. O “Pepe”, como ficou conheci- do, foi considerado o presidente mais pobre do mundo por viver com apenas 10% de seu salário e doar o res- tante para o Fundo Raúl Sendic – uma iniciativa criada para realizar empréstimos a projetos cooperativos sem cobrar juros. Ainda durante o seu governo, algumas ações susci- taram discussões pelo mundo como o Estado assumir a regulação, produção distribuição, venda e consumo de maconha, a legalização do aborto (entendido como questão de saúde publica e direito da mulher) e do casamento homoafetivo, e o acolhimento de presos da base de Guantánamo. Nesse período também se atingiu a menor taxa de desemprego da história do país e ele- vação dos salários, chegando a colocar o Uruguai como o país do ano em 2013, segundo a revista britânica The Economist. Apesar disso, o “Pepe” deixa a presidência em 2015 (a lei não permite reeleição) e exerce mandato de senador até 2018. © Sh ut te rs to ck /A va ra nd ` José Alberto Mujica, o “´Pepe” Paraguai Mapa político do Paraguai Ta lit a Ka th y Bo ra `Mapa político do Paraguai Apesar de ser país platino, é bem contrastante com os dois outros: não tem litoral, sua população é composta em sua maioria por indígenas e mestiços, com crescimento vegetativo de 3,06%, predomínio de população rural e analfabetismo em torno de 18%. Juntamente com a Bolívia, constituem os únicos países que não têm litoral, o que dificulta suas impor- tações e exportações. O acesso paraguaio ao Atlântico é realizado por meio de um tratado com o Brasil, que permite a esse país utilizar um terminal marítimo no porto de Paranaguá (PR), e por intermédio do rio Para- guai – afluente do rio Paraná, que deságua no Atlântico pelo estuário do Prata. Aula 25 5Geografia 7B O rio Paraguai atravessa o meio do país no sentido norte-sul, dividindo-o em duas regiões: a região orien- tal – situada entre os rios Paraná e Paraguai, e a região ocidental. A região oriental nada mais é do que a extensão do planalto Arenito Basáltico. É a mais populosa, com as cidades de Assunção, Concepción e Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil, a mais importante economi- camente, com solo de terra-roxa e clima chuvoso, que propiciam o cultivo de soja, algodão e menta, além da criação extensiva de gado bovino. A região ocidental compreende o Chaco, onde as atividades econômicas mais importantes são a extração de madeira, de quebracho e criação de gado. O Paraguai também tem como fonte de economia a exportação de energia elétrica para o Brasil e para a Argentina, através das hidrelétricas de Itaipu (Paraguai/ Brasil) e Corpus (Paraguai/Argentina). Al ex an dr e M ar ch et ti/ Ita ip uB in ac io na l ` Vertedouro da hidrelétrica de Itaipu situada no rio Paraná A construção de Itaipu foi totalmente bancada pelo Brasil, sendo a geração dividida em 50% para cada um. Porém, por intermédio do acordo entre os dois países, o Paraguai se compromete a vender ao nosso país o excedente da energia não utilizada. Durante a ditadura do general Alfredo Stroessner, foi instituído um programa de incentivo à aquisição de terras paraguaias por brasileiros. Como consequência, a maior parte da produção agropecuária do país é realiza- da por brasileiros. Energia de Itaipu Assinado em 1973, o Tratado de Itaipu estabelece que cada país – Brasil e Paraguai – tem direito à metade da energia gerada pela usina. Como usa apenas 5% da quantidade a que teria direito, o Paraguai vende grande parte para o Brasil. Após alguns movimentos que procuravam sensibili- zar a população e políticos paraguaios a rever o contrato de venda da energia ao Brasil e elevar o seu preço, num encontro em julho de 2009, dos presidentes Fernando Lugo e Luiz Inácio Lula da Silva, foi revisto o acordo. Após a aprovação pelo Congresso Nacional Brasileiro, o Brasil passou a pagar três vezes mais pela energia, passando de 120 milhões de dólares para 360 milhões de dólares anuais. Questão agrária Durante o governo do ditador Alfredo Stroessner, foram criados incentivos fiscais para os empresários brasileiros investirem em atividades agropecuárias no Paraguai. Com isso, muitos empresários adquiriram terras no país vizinho e passaram a criar gado e cultivar soja, milho, trigo, menta, etc. Como consequência, ocorreram muitos assentamen- tos de brasileiros (brasiguaios) que foram trabalhar em fazendas de brasileiros. Porém, com a redemocratização, surgiram alguns movimentos sociais de trabalhadores rurais paraguaios que passaram a desenvolver ações de invasões de propriedades de brasileiros com o objetivo de forçar o governo a desapropriar essas terras e promover a refor- ma agrária. Ainda ocorrem essas ações, porém com menor inten- sidade, após a deposição do presidente Fernando Lugo. Deposição de Fernando Lugo Em julho de 2012, o presidente Fernando Lugo sofreu o impeachment pelo Congresso Paraguaio, sob várias acusações, como aumento da criminalidade no país, uso de instalação militar para fins políticos e incentivos a invasões de fazendas, entre outras. Apesar de todas as normas constitucionais terem sido observadas, vários países sul-americanos inter- pretaram o fato como um golpe de estado, por não ter sido dado tempo suficiente para que Fernando Lugo apresentasse sua defesa, pois teve apenas 48 horas para prepará-la. Assumiu o vice-presidente Federico Franco, que ficou no poder até julho de 2013, quando assumiu o novo presidente eleito, Horácio Cartes. Durante o período entre a deposição de Fernando Lugo e a possedo presidente eleito Horácio Cartes, o Paraguai ficou afastado do MERCOSUL, que interpretou o ocorrido como um golpe de Estado, o que é proibido pelos estatutos desse megabloco. 6 Extensivo Terceirão MERCOSUL Por meio do Tratado de Assunção, assinado em 1991, surgiu o Mercado Comum do Cone Sul – MERCOSUL, inicialmente formado pelo Brasil, pela Argentina, pelo Uruguai e pelo Paraguai. Posteriormente, como mem- bros associados, ingressaram o Chile, o Peru e a Bolívia e, como membro efetivo, a Venezuela ingressou em julho de 2012 (encontra-se atualmente suspenso em função da crise). O México foi convidado, mas até o momento não ingressou. Após a Segunda Guerra Mundial, surgiram duas as- sociações econômicas: inicialmente a Associação Latino Americana de Livre Comércio – ALALC – que visava à constituição de uma zona de livre comércio, e mais tarde a Associação Latino Americana de Desenvolvimento e In- tercâmbio – ALADI –, que, com objetivos mais modestos, visava à criação progressiva de uma área de preferências comerciais. Essas duas organizações, que abrangiam praticamente todos os países latino-americanos, não conseguiram atingir seus objetivos iniciais, devido ao grande número de integrantes e pelas enormes diferen- ças socioeconômicas de seus integrantes. O MERCOSUL apresenta diferenças sensíveis em rela- ção à ALALC e à ALADI. A atual concepção de integração, vigente no MERCOSUL, abrange: • a criação de acordos voltados para a complementa- ção entre os países membros, de modo a produzir, inclusive, um aumento de sua competitividade em nível mundial, através de alianças; • quedas de barreiras alfandegárias, com a abolição gradativa das tarifas alfandegárias nas relações comerciais dentro do bloco, formando uma união aduaneira; • aplicação de uma tarifa externa comum (TEC) ao comércio externo do bloco; • livre circulação de mercadorias e capitais. Para evitar a competitividade desigual entre os componentes do MERCOSUL, a abertura de mercado deve ter salvaguardas, com a implementação de polí- ticas internas que assegurem o pleno funcionamento das relações econômicas. Por exemplo: a agricultura brasileira, no caso, trigo, cevada e frutas, corre o risco de ser prejudicada na competição com os mesmos pro- dutos cultivados no Uruguai e na Argentina, com custos mais baixos devido aos subsídios dados pelos governos desses países. Com a pecuária brasileira (carne, leite e derivados), pode ocorrer a mesma situação. O MERCOSUL contraria os interesses econômicos estadunidenses na América Latina. Por isso, sempre que possível, os EUA procuram boicotar o crescimento deste megabloco acenando sempre com acordos bilaterais. Ou seja, estimulam acordos econômicos entre Estados Unidos e Uruguai, Estados Unidos e Argentina, para en- fraquecer as trocas dentro do MERCOSUL, considerando que o mercado estadunidense é maior que o represen- tado pelos integrantes do bloco. A tentativa de instalar, conforme a configuração esta- dunidense, a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), foi a maior prova do boicote ao MERCOSUL, pois reforçaria os laços de dependência econômica e tecnológica com os Estados Unidos, além de trazer mais desemprego aos in- tegrantes do MERCOSUL, uma vez que poucos setores da economia dos países dele integrantes teriam condições de competitividade com os produtos estadunidenses ou canadenses. Essa foi a razão pela qual o Brasil foi contrário à criação deste megabloco. Com a formação da ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), não haveria razão para a existência do MERCOSUL. Países Guianos Situadas ao norte do Brasil, as Guianas corres- pondem à menor região sul-americana, sendo cons- tituídas pela Guiana, pelo Suriname e pela Guiana Francesa. As maiores concentrações populacionais se verifi- cam nas capitais, junto ao litoral. As Guianas apresentam grande diversidade étnica, devido à variada colonização europeia, que estimulou a vinda de negros africanos, negros das Antilhas, indianos, indonésios, chineses, além da população indígena. A Guiana exporta açúcar, rum e bauxita. O Suriname exporta bauxita, e a Guiana Francesa, além de extração de madeira, tem uma base aeroespa- cial (Kourou) e corresponde a uma base de pesca. Aula 25 7Geografia 7B Testes Assimilação 25.01. (FDB – BA) – A situação econômica dos países da América Latina é desigual, todavia há traços que são comuns a essa região, como a) a incipiente participação do setor secundário no PIB. b) a grande especialização da mão de obra na produção de commodities no México. c) o predomínio da população ativa no setor primário, principalmente, no Chile e no Brasil. d) a conivência simultânea com a DIT clássica e a nova DIT. e) a grande evasão de capital que, aliada à dependência tecnológica, possibilita a atuação das multinacionais. 25.02. Leia o parágrafo e as afirmações abaixo. “É a América Latina, a região das veias abertas. Do descobrimento aos nossos dias, tudo sempre se transformou em capital europeu ou, mais tarde, norte- americano, e como tal se acumulou e se acumula nos distantes centros do poder. Tudo: a terra, seus frutos e suas profundezas ricas em minerais, os homens e sua capacidade de trabalho e de consumo, os recursos naturais e os recursos humanos”. (trecho do livro de Eduardo Galeano. As veias abertas da América Latina. Porto Alegre: L&PM, 2010, p.18.) I. A mineração, principalmente de ouro e prata, em países da América Latina fez parte do processo de exploração realizado pelos colonizadores europeus. Hoje, a produção mineral ainda ocupa papel de destaque na economia de vários países. II. O espaço agrário da América Latina é marcado por con- trastes: de um lado, a existência de pequenos e médios estabelecimentos voltados para a produção de gêneros para exportação, tais como café, cana-de-açúcar, soja e criação de gado de corte. Do outro lado, estão os grandes estabelecimentos voltados à alimentação da população, responsáveis pela produção de milho, feijão e batata dentre outros produtos. III. O intenso processo de urbanização nos países da América Latina ocorreu devido ao desenvolvimento industrial em algumas regiões e também pela modernização do campo, que extinguiu postos de trabalho. Esse processo deu origem a grandes metrópoles tais como São Paulo, Rio de Janeiro, Cidade do México e Buenos Aires. IV. A América Latina é formada pelos países pertencentes à América do Sul, que tem em comum, além da língua espa- nhola, o tipo de colonização implantado pelos europeus. Quais estão corretas? a) Apenas I e III. c) Apenas I,II e III. e) I,II, III e IV. b) Apenas II e III. d) Apenas I, III e IV. 25.03. (UniRV – GO) – O populismo surgiu na América Latina através de um processo que inaugurou uma nova configuração aos campos sociais e econômicos a serem experimentados, em diferentes níveis, nos países desta região. De acordo com alguns analistas políticos, o populismo ressurgiu na América Latina, nos anos 2000, com as eleições de Hugo Chaves, na Venezuela, Evo Morales, na Bolívia e de Lula, no Brasil. Com base no seu conhecimento sobre o tema populismo, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as alternativas. a) É fundamental para a prática populista clássica resgatar a compreensão, no eleitor, de que a sociedade está dividida em classes sociais e, portanto, o conflito entre elas inevitável. b) Dois princípios fundamentais das práticas populistas são a ideia de supremacia da vontade do povo e a existência de uma relação direta entre este e o líder. c) A ascensão dos governos populares ao poder, em quase toda a América Latina nesta década, pouco contribuiu para diminuição da corrupção política, espelho dos procedimen- tos adotados ou implantados por governos antidemocráti- cos e/ou oligárquicos do início dessas repúblicas. d) Diferentemente das práticas nazistas e fascistas, o po- pulismo encontra no povo um elemento real para a efetivação do combate contra os interessesdefendidos pelas elites locais. 25.04. (UNESP – SP) – Ao longo dos seus mais de vinte anos de existência, o Mercosul sofreu transformações institucionais e alterações no conjunto de países que compõem o bloco. Além dos países que fundaram o bloco em 1991 (países signatários do Tratado de Assunção), foram posteriormente incorporados ao bloco outros países, qualificados como as- sociados. Podem ser mencionados como exemplos de país fundador e de país associado, respectivamente, a) Argentina e Paraguai. c) Paraguai e Chile. e) Chile e Bolívia. b) Bolívia e Brasil. d) Venezuela e Uruguai. Aperfeiçoamento 25.05. Os blocos econômicos têm por objetivo a redução e/ ou eliminação das tarifas alfandegárias. Sua formação pro- porciona maior dinamismo nas relações comerciais entre os países integrantes. Nesse sentido, os países da América Plati- na, juntamente com o Brasil, integram um bloco econômico visando maior flexibilidade nas importações e exportações de produtos. Esse bloco é: a) APEC – Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico. b) CAN – Comunidade Andina. c) Mercosul – Mercado Comum do Sul. d) Nafta – Acordo de Livre Comércio da América do Norte. e) Caricom – Mercado Comum e Comunidade do Caribe 8 Extensivo Terceirão 25.06. (UCB – DF) – Nas últimas décadas, a América Latina tem passado por uma nova onda que já alcançou vários países. Esse processo, denominado de esquerdização, obedece aos proces- sos eleitorais e às dinâmicas políticas rigorosamente nacionais. Contudo, a região possui um traço unificador nesse processo, que é o fato de que a maioria dos países está passando por profundas crises econômicas, sociais e políticas. Considerando essas informações, quanto ao processo de esquerdização da América Latina, julgue os itens a seguir. 00) Nesse conjunto de países, deve-se excluir o Chile, que tem apresentado crescimento sustentado há longos anos, baixa inflação, sólida situação econômica e esta- bilidade política. 01) O Brasil é visto pelos países vizinhos como imperialis- ta. Diferentemente de seus vizinhos, ainda não passou pelo processo de esquerdização. 02) É uma tendência entre os países latino-americanos a pouca autonomia em relação às grandes potências do mundo e a intensificação das políticas neoliberais nas próprias economias. 03) A Argentina, sob o comando de Cristina Kirchner, em 2014, realizou mudanças profundas na economia: aprovação da lei que permite a fixação de limites de preços e de lucro de empresas, além do controle de cotas de produção e o aumento do poder do Estado sobre as atividades empresariais. 04) Na eleição presidencial de dezembro de 2005, Evo Mo- rales foi eleito pelo partido Movimento ao Socialismo (MAS). O grande destaque dessa vitória deve-se ao fato de ser o primeiro índio eleito presidente em um país de maioria indígena. 25.07. (ESPM – SP) – O governo brasileiro está numa situação muito delicada diante do golpe que depôs o presidente paraguaio Fernando Lugo. Fonte: Le Monde Diplomatique, julho de 2012. A alternativa que dá continuidade ao texto da matéria citada e explica a crise política no país vizinho é: a) O núcleo do conflito é a propriedade da terra. b) O impasse sobre Itaipu e as sucessivas perdas paraguais no repasse da energia ao Brasil levaram a oposição a agir. c) Os constantes escândalos sexuais envolvendo Lugo mo- tivaram o pseudogolpe no país. d) Os brasiguaios, os “sem-terras” do Paraguai, apoiavam o ex-presidente e isso irritou a oposição golpista. e) Cansados do bloqueio paraguaio à entrada da Venezuela no Mercosul, os deputados oposicionistas resolveram agir. 25.08. (IBMEC – RJ) – A partir da década de 1980, a América Latina passou a incorporar o neoliberalismo. Leia, a seguir, as afirmativas que são feitas sobre este tema: I. contribuiu de forma decisiva para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e mais igualitária, ao reduzir o desemprego; II. atenuou a dependência em relação ao capital internacio- nal, ao mesmo tempo em que reduzia as diferenças sociais; III. defendeu um conjunto de ideias políticas e práticas econômicas capitalistas, tendo por base a redução da ingerência do Estado nas questões econômicas. Assinale: a) se apenas a afirmativa I for correta; b) se apenas a afirmativa II for correta; c) se apenas a afirmativa III for correta; d) se as afirmativas I e II forem corretas; e) se as afirmativas II e III forem corretas. 25.09. (VUNESP – SP) – Mais de 33 milhões de argentinos vão às urnas hoje, 11 de agosto, para escolher quem vai concorrer à Presidência do país em outubro. As eleições primárias – oficialmente chamadas de Paso (Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias) – trazem dez pré-candidatos. (Disponível em: <https://bit.ly/31DjLln>. Acesso em 16 de agosto de 2019. Adaptado) Com relação ao resultado das eleições primárias argentinas, é correto afirmar que a) o presidente Mauricio Macri confirmou o seu favoritismo e venceu com facilidade. b) o senador Roberto Lavagna venceu com o apoio do presidente Mauricio Macri. c) a vitória de Daniel Scioli foi determinada pelos votos das províncias do interior. d) o candidato de oposição, Alberto Fernández, venceu com larga vantagem. e) houve surpresa com o fraco desempenho da ex-presi- dente Cristina Kirchner. 25.10. (UFRGS) – Considere as seguintes afirmações sobre as transformações recentes no Mercosul. I. A integração da Venezuela ao Mercosul contou com apoio dos governos do Uruguai, da Argentina e do Brasil. II. A suspensão provisória do Paraguai do Mercosul ocorreu em razão do processo político que levou ao impeachment o então presidente paraguaio Fernando Lugo, em junho de 2012. III. O Brasil tem interesse na entrada do Chile como mem- bro permanente do Mercosul, uma vez que a economia daquele país é centralizada em petróleo. Assinale a alternativa que contém apenas as proposições corretas. a) I b) II c) I e II d) II e III e) I, II e III Aula 25 9Geografia 7B Aprofundamento 25.11. (UEPG – PR) – Sobre o MERCOSUL, assinale o que for correto. 01) Atualmente, o bloco conta com 7 estados parte: Argenti- na, Bolívia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. 02) A Venezuela foi o quinto país a ingressar no MERCOSUL como estado parte. 04) A livre circulação de bens dentro do bloco pode se dar com a extinção ou diminuição dos impostos entre os estados parte. 08) A assinatura do Tratado de Assunção, na década de 1990, fixou as metas, prazos e instrumentos para a construção do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). 16) Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai são estados parte originais do bloco. 25.12. (CESGRANRIO – RJ) – Ao enfrentar, em 1982, a Ingla- terra na Guerra das Malvinas, a Argentina tinha por objetivo levantar uma questão que pudesse: I. unir a nação e adiar a crise política e ideológica do governo do general Jorge Videla, já que poria momen- taneamente, num segundo plano, a crise econômica e a luta da sociedade civil contra a repressão e a favor da democracia. II. estabelecer a hegemonia argentina sobre a América Lati- na, fazendo com que os demais países latino-americanos aceitassem a sua liderança na condução do problema das 200 milhas de mar territorial. III. unir a América Latina contra o domínio imperialista europeu e americano e, ao mesmo tempo, denunciar as práticas de exploração abusivas quanto ao pagamento da dívida externa dos países latino-americanos. Assinale a opção que contém apenas a(s) afirmativa(s) correta(s). a) I c) II e) III b) I e II d) II e III 25.13. (ESPCEX – SP) – Com relação ao Mercado Comum do Sul (Mercosul), são feitas as seguintes afirmações. I. A aproximação geopolítica entre Brasil e Argentina, que representou uma ruptura com a tradição de rivalidade das relações entre esses dois países, foi fator determinante para o seu surgimento. II. O Tratado de Assunção, em 1991, o constituiu formal e juridicamente e contou, além do Brasil e da Argentina, com a participação do Paraguai e do Chile comopaíses- -membros do novo bloco. III. A zona de livre-comércio estabelecida entre os países membros implica a adoção de uma tarifa externa comum (TEC) pelos seus integrantes. IV. Não há soberania compartilhada, de modo que cada estado conserva a prerrogativa de impedir a adoção de decisões com as quais não concorda. Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas. a) I e II, apenas. b) I, II e III, apenas. c) I e IV, apenas. d) II, III e IV, apenas. e) III e IV, apenas. 25.14. (UCB – DF) – O enfraquecimento sistemático da esquerda latino-americana deixou estampada a prática de velhas políticas usadas pela direita na conquista e na perpetuação do poder. Brasil, Bolívia, Equador, Argentina e Venezuela são alguns dos países latino-americanos que têm enfrentado graves crises políticas e econômicas decorrentes dessas práticas. Com relação ao cenário estabelecido entre a direita e a esquerda na América Latina, assinale a alternativa correta. a) A insubordinação dos países latino-americanos, coman- dados por governos de esquerda, aos interesses dos países centrais favoreceu os investimentos estrangeiros e o crescimento econômico da América Latina. b) A falta de prestação de contas, a cultura da ilegalidade e a certeza da impunidade afetaram, na América Latina, tanto os partidos de direita quanto os de esquerda, entregues à corrupção sistemática. c) Líderes de esquerda latino-americanos não sucumbiram à corrupção endêmica da região e, por isso mesmo, ainda desfrutam de grande popularidade e prestígio. d) Diferentemente de seus vizinhos, a Venezuela, que é comandada pela esquerda bolivariana e socialista, segue um caminho diferente, de prosperidade econômica, sustentada pelos altos preços do petróleo no mercado internacional. e) Os baixos preços das commodities nas últimas décadas desfavoreceram os governos de esquerda na América Latina. Acumulando sucessivos deficit, a cada ano, não foi possível a esses governos ampliar gastos sociais e desenvolver a economia. 25.15. (IFBA) – O Brasil é visto pelos países latino-americanos como a nação mais influente da América Latina, superando o tradicional EUA no nível de influência regional. Isso se deve: I. a investimentos do país em propaganda política. II. à evolução da democracia brasileira e otimismo em relação ao progresso do Brasil. III. ao positivo desempenho da economia brasileira durante a crise financeira mundial de 2008. Estão corretas a(as) afirmativa(as): a) I b) III c) I e II d) II e III e) I, II e III 10 Extensivo Terceirão 25.16. (ESPM – SP) – O presidente dos EUA, Donald Trump, telefonou na tarde desta sexta-feira (1º.) para o presidente eleito, Alberto Fernández, para felicitá-lo por sua vitória nas eleições do último domingo (27). Folha de São Paulo, 01/11/2019. Sobre o episódio em questão, é correto afirmar que se trata do presidente do (da): a) Uruguai que elegeu um dirigente de centro-direita após anos de domínio da esquerda com Tabaré Vázquez e José Mujica. b) Argentina, cujo novo presidente defende o retorno do neoliberalismo após anos de peronismo. c) Argentina que assistiu ao retorno do peronismo após a gestão neoliberal de Maurício Macri. d) Uruguai que ratificou a hegemonia de mais de dez anos da esquerda no país. e) Bolívia, que pôs fim a 14 anos de gestão de Evo Morales. 25.17. (UEPG – PR) – Sobre indicadores sociais no Continen- te Americano, assinale o que for correto. 01) Segundo o Relatório de Índice de Desenvolvimento Humano da ONU, de 2018, Canadá, EUA e Chile figu- ram, nessa ordem, nas melhores posições dessa lista entre os países da América. 02) O Brasil possui posição intermediária na lista de IDH publi- cada em 2018, ficando entre os países classificados com status de desenvolvimento “alto” pelas Nações Unidas. 04) O Haiti é um país que possui baixo desenvolvimento humano, inclusive precisou da intervenção dos “Capa- cetes Azuis” da ONU, para conter a violência endêmica nessa ilha centro-americana. 08) O Uruguai e Argentina são países classificados pela ONU com desenvolvimento “médio” nos últimos relatórios. As crises econômicas que assolam esses países prejudicam suas classificações, fazendo-os perder posições, inclusive, para o Brasil. 16) O México possui um dos melhores índices de qualida- de de vida da América, pois investindo no controle dos cartéis de drogas obteve redução sólida dos índices de violência como, por exemplo, os homicídios. 25.18. (UFRGS) – Leia o segmento abaixo. A União Europeia conseguiu fechar em 28/06/2019 com os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai) um ambicioso acordo comercial que dará acesso às empresas europeias a um mercado de 260 milhões de consumidores, segundo confirmaram fon- tes comunitárias. Com o pacto, que levou quase duas décadas de negociações, a UE se reivindica como bas- tião do livre comércio em uma época marcada pelas políticas protecionistas dos Estados Unidos e China. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2019/06/28/ internacional/1561741765_ 367243.html>. Acesso em: 02 jul. 2019. Considere as seguintes afirmações a respeito do MERCOSUL. I. A tendência, a partir do tratado firmado com a União Euro- peia em junho de 2019, é a alteração no papel tradicional dos países do MERCOSUL, conhecidos como exportadores de bens primários agrícolas e minerais e importadores de produtos industrializados de alto valor agregado. II. As missões Jesuíticas-Guaranis são um dos eixos da polí- tica de patrimonialização supranacional do MERCOSUL e uma via fundamental para o desenvolvimento econômico e social de áreas de fronteira. III. A previsão de harmonia das normas ambientais dos países integrantes do MERCOSUL implica ordenamento ambiental único. Quais estão corretas? a) Apenas I. d) Apenas II e III. b) Apenas II. e) I, II e III. c) Apenas I e III. Desafio 25.19. (FPP – PR) – Nos últimos dois anos, assiste-se a uma escalada bélica do discurso do presidente venezuelano Nicolás Maduro acerca das fronteiras com a vizinha Guiana. Umas das características que marcam a formação dos Estados Nacionais modernos é uma clara definição do seu território a partir da demarcação precisa das suas fronteiras. Observe o mapa a seguir e com base em seus conhecimentos prévios sobre o tema das fronteiras, do território e da territorialidade, considere as proposições. Fonte: Folha de S. Paulo online. I. As fronteiras podem ser demarcadas a partir de acidentes naturais, tais como rios e cadeias de montanhas, e mesmo tomando uma rua ou uma estrada como delimitador. II. As fronteiras dos Estados Nacionais têm se mantido intactas desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em- bora ocorram conflitos esporádicos em regiões de difícil demarcação. III. No caso do território da Guiana, caracteristicamente uma das regiões com fronteiras sob litígio, temos diversos problemas fronteiriços não apenas com a Venezuela, mas também com Suriname. IV. No mapa, podemos perceber que países como o Brasil e a Guiana Francesa também possuem querelas fronteiriças a serem resolvidas com a Guiana. Aula 25 11Geografia 7B V. No caso apresentado, temos um exemplo marcante do que se convenciona chamar “fronteira indefinida”, ou seja, uma região cuja soberania é compartilhada pacificamen- te por dois Estados independentes. Dentre as alternativas propostas, assinale aquela que apre- senta a(s) proposição(ões) correta(s). a) Somente a alternativa I. b) I e III. c) Somente a alternativa IV. d) II e IV. e) I, III e V. 25.20. (UPF – RS) – Considerando os aspectos naturais do continente americano, é INCORRETO afirmar que: a) A Cordilheira dos Andes é formada por dobramentos modernos e se estende de norte a sul, na costa ocidental da América do Sul. Constitui-se no maior divisor de águas, sendo que os rios da vertente atlântica são mais extensos do que os da pacífica. b) As duas maiores bacias hidrográficas do continente, a Amazônica e a Platina, desaguamno oceano Atlântico. c) O istmo centro-americano é marcado por terremotos e erupções vulcânicas por estar localizado no limite das placas tectônicas do Caribe, do Pacífico e de Cocos. d) O Planalto das Guianas se constitui na principal região de nascente de rios afluentes da margem direita do rio Amazonas. e) O Canal do Panamá é uma travessia artificial que usa o sistema de comportas e liga os oceanos Atlântico e Pa- cífico, constituindo-se num caminho chave para o fluxo marítimo internacional. Gabarito 25.01. e 25.02. a 25.03. V, V, V, F 25.04. c 25.05. c 25.06. 09 (02 + 03 + 04) 25.07. a 25.08. c 25.09. d 25.10. c 25.11. 30 (02+04+08+16) 25.12. a 25.13. e 25.14. b 25.15. d 25.16. c 25.17. 03 (01 + 02) 25.18. b 25.19. b 25.20. d 12 Extensivo Terceirão 7BAula 26 Ásia I – Ásia Ocidental Geografia Caracterização do continente asiático O continente asiático é o mais populoso (só Índia e China juntas somam mais de 2 bilhões de habitantes) e o mais extenso territorialmente, com apro- ximadamente 44 milhões de km2, sendo que boa parcela está localizada no hemisfério Norte. Faz fronteira com o continente africano (via canal de Suez), europa e américa (via estreito de bering). É composto por 49 países, sendo que os territórios da Palestina e Taiwan são considerados “não reconhecidos”, e alguns territórios de “dependência” como as Ihas de Cocos e do Natal (per- tencentes à Austrália), Guam (pertencente aos EUA) e o território do oceano índico (pertencente ao Reino Unido). Pode-se considerar o continente asiático multicutural, pois é o “berço das religiões”, pois aí nasceram o judaísmo, o islamismo, o cristianismo, o zoroastrismo, o hinduísmo, o budismo, o taoísmo, o confucionismo e o zen- -budismo. Sua história é marcada por guerras de conquistas,subjugação de etnias com a imposição de preceitos religiosos e cobranças de tributos. Com este cenário tão adverso é fácil compreender os conflitos até hoje existentes, através de guerras, atentados terroristas e movimentos separatistas. Ásia: Divisão Política Ta lit a Ka th y Bo ra Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, 2018. Adaptação. Para melhor estudarmos o continente asiático, utilizamos a seguinte regionalização: • Ásia Ocidental - Composta por Turquia, Chipre, Oriente Médio (Oriente Próximo e Região Arábica); • Ásia Monçônica – Composta por região Indostânica); • Ásia Oriental – Composta pela porção Continental (China, Península das Coreias) e Insular (Japão, Taiwan); Ásia Ocidental Historicamente, a Ásia Ociden- tal recebeu várias denominações e subdivisões. A expressão Oriente era usada para designar os territó- rios sob dominação otomana no século XIX. Porém, com o avanço da civilização europeia na China no final do século XIX, surgiu o conceito de Extremo Oriente para designar a China, o Japão e a Coreia, e o então Oriente passou a ser de- nominado de Oriente Próximo. No início do século XX, com a expansão do Império Britânico, os ingleses passaram a designar Oriente Médio toda a região asiática situada entre o mar Vermelho ao Vice-Reinado das Índias. Após a Primeira Guerra Mundial e a queda do império oto- mano, estendeu-se esse conceito de Oriente-Médio ao conjunto dos países árabes, esvaziando, assim, o termo Oriente-Próximo. Até mes- mo, publicações da Organização das Nações Unidas – ONU e de suas agências, trazem como “Oriente Médio todos os países árabes for- mando um vasto território regional que se estende do Marrocos (África Setentrional) ao Paquistão.” Nessa região, a água é funda- mental. Devido às condições climá- ticas, a escassez hídrica é uma rea- lidade, sendo a posse de nascentes de rios e seus cursos fundamentais e considerados estratégicos. Aula 26 13Geografia 7B Turquia A Turquia é um país que apresenta sua extensão do Leste Europeu até o Oeste da Ásia, com aproximada- mente 82 milhões de habitantes. A capital, Istambul é a maior cidade, sendo localizada no estreito de Bósforo. É uma cidade cosmopolita, já que abriga muito da história da humanidade em seus monumentos ligados a persas, romanos e bizantinos. © Sh ut te rs to ck /M ur at ar t ` A famosa Basílica de Santa Sofia, construída para ser a Catedral de Constantinopla A Turquia tem se destacado na geopolítica interna- cional por desejar ingressar na União Europeia (UE). Esse fato não se efetiva, por conta de alguns fatores: • Instabilidade política (historicamente o país sofre com golpes militares, sendo a tentativa mais recente em 2016); • Maior parcela da população islâmica, o que repre- sentaria uma série de problemas dentro do Espaço de Schengen, pois há uma onda crescente de movi- mentos de extrema direita na Europa e xenofobia; • Instabilidade gerada por conta da Questão Curda; Quem são os curdos? O curdos são o maior povo sem pátria do mun- do, cerca de 30 milhões de pessoas. Ocupam terri- tórios do Iraque, Síria, Afeganistão; a maior parcela, no leste da Turquia. É um movimento separatista de destaque, na tentativa de forma o Curdistão. Vem ocorrendo, nos últimos anos, uma série de ataques contra a população curda, por parte do Estado Islâ- mico e também do exército turco. © Sh ut te rs to ck /F el ix fr ie be Apesar de representarem a 4ª. maior etnia do Oriente Médio, os curdos não conquistaram a sua independência. Chipre A ilha de Chipre é dividida por meio da Linha Verde e patrulhada pelas tropas das Nações Unidas. A República do Chipre compreende a porção meridional e integra a União Europeia. A porção norte se constitui na República Turca do Norte de Chipre, e não é reconhecida pela ONU. Turquia e Chipre – político Ta lit a Ka th y Bo ra Síria Com 185.180 km2, o território sírio possui litoral com o mar Mediterrâneo, clima predominantemente desértico e é rico em petróleo – principal fonte de ren- da (sendo ainda importantes a agricultura e o turismo). A história da Síria é complexa, registrando momen- tos sob influência turco-otomana, inglesa, francesa e da URSS. Em 1970 o general Hafiz al-Assad, através de um golpe militar, assumiu o poder. Hafiz faleceu em 2000, sendo sucedido pelo filho Bashar. No sudoeste da Síria, estão as Colinas de Golã, área de terras férteis e das nascentes da bacia do rio Jordão. A região de Golã está sob domínio do estado israelense desde 1967 (Guerra dos Seis Dias). A guerra opõe muçulmanos alauitas (que apoiam o regime do ditador Bashar al-Assad) e sunitas (ligados ao Exército Livre da Síria – ELS e ao Estado Islâmico). Bashar al-Assad intimida a população com res- trições político-econômicas, o uso de força militar convencional e até de armas químicas. Recebe ajuda do Irã, da Rússia e da China (os dois últimos vetam a condenação de Bashar al-Assad no Conselho de Segu- rança da ONU). 14 Extensivo Terceirão A Turquia declarou que atacará a Síria se o conflito adentrar seu território, temendo o fortalecimento dos curdos, e não aceita mais refugiados. Israel (que controla parte do território sírio – as Colinas de Golã) atacou a Síria para destruir armamentos doados pelo Irã (incluin- do uma estrutura nuclear). Após o ataque químico de agosto de 2013, em que morreram 1 400 pessoas (mais da metade crianças), os EUA (com apoio do Presidente Barack Obama e do Congresso Federal) manifestaram o desejo de promover um ataque aéreo à Síria. Mas, diante da falta de apoio dos aliados eu- ropeus, o plano foi adiado. A Rússia então negociou com o regime de Assad, que prometeu suspender o uso de armas químicas, entregar uma relação do arsenal e destruí-lo. Em abril de 2017, outro ataque químico matou mais de 80 pessoas. O uso de armas químicas foi duramente condenado pela ONU. Bashar al-Assad alega que o ataque partiu dos rebeldes contrários ao seu governo. Novamente a China e a Rússia vetaram sanções à Síria e, numa ação unilate- ral, o presidente Donald Trump ordenou que a base área síria de Shayrat fosse atacada com mísseisTomahawk estadunidenses. A proibição do uso de armas químicas foi deter- minada pelo Protocolo de Genebra, de 1925. Na Síria, o principal gás usado nos ataques foi o sarin, que afeta o sistema nervoso e respiratório. O gás sarin é considerado pela ONU uma arma de destruição em massa. Israel e a questão palestina Ao longo de todo o século XX, os conflitos entre pa- lestinos e israelenses foram ganhando mais importância na opinião pública mundial, à medida que os palestinos passaram a ser vistos como refugiados dentro de sua própria pátria. Em 1947, a ONU, através da resolução 181, optou por fazer uma partilha da Palestina, dividindo-a em um esta- do judeu e um estado palestino. Porém os países árabes não aceitaram a criação do Estado de Israel e tampouco os palestinos aceitaram a criação do Estado Palestino, que foi repartido entre Israel, Egito e Jordânia. Ta lit a Ka th y Bo ra Palestina – político Apesar do apoio dos países árabes à causa palestina, justificado pelo islamismo, nenhum dos países árabes viu os palestinos como uma nação distinta, merecedora de um Estado Soberano. Desde a partilha da Palestina, várias guerras foram travadas entre os israelenses e os países árabes da região e todas foram vencidas por Israel, que aproveitou suas vitórias para expandir seu território, ocupando áreas da Jordânia, como Jerusalém, do Egito, como a península do Sinai, e da Síria. Algumas áreas conquistadas por Israel, como a penín- sula do Sinai, foram devolvidas ao Egito. Após pressões internacionais, Israel cedeu alguns direitos aos palestinos, que se concentram na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Em setembro de 1993, em Oslo (Noruega), com a me- diação do presidente estadunidense Bill Clinton, Israel e a Organização para a Libertação da Palestina – OLP – assina- ram um acordo que preconizava o fim dos conflitos entre as duas partes, a abertura das negociações sobre os territórios conquistados por Israel em 1967, a retirada de Israel do sul do Líbano e a situação de Jerusalém (considerada capital do Estado judeu por Israel e cidade internacional pela ONU). Com a retirada de Israel da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, foi criada a Autoridade Nacional Palestina – ANP, responsá- vel pelo governo palestino nessas áreas. Após a morte de Yasser Arafat, a ANP sofreu uma cisão entre os membros da Fatah e do Hamas, que é radical, e passou a afirmar abertamente que almeja a destruição de Israel e não aceita nenhum tipo de diálogo. Aula 26 15Geografia 7B Em 2006, o Hamas ganhou as eleições parlamentares em Gaza. Alguns meses após, houve uma guerra civil en- tre as duas dissidências. As duas facções não conseguem coordenar suas ações, o que fragiliza suas posições em negociações com Israel. Na prática, a Fatah domina a Cisjordânia; o Hamas, a Faixa de Gaza. Região Arábica Região arábica – político Ta lit a Ka th y Bo ra Abrange a Arábia Saudita, que é um dos maiores aliados dos Estados Unidos na região, Iêmen, Omã, União dos Emirados Árabes, Qatar, Bahrein e Kuwait. Na Arábia Saudita, situa-se a cidade de Meca, com a mesquita de Al Masjid Al-Haram, considerada pelos muçulmanos como o lugar mais sagrado do mundo, que tem ao centro a Caaba. O Iêmen é acusado de ser um país que abriga mem- bros da Al Qaeda e de ter centros de treinamento dessa organização. Emirados Árabes Unidos A União dos Emirados Árabes ou Emirados Árabes Unidos se constitui no sexto maior exportador de petró- leo do mundo. Porém, muitos deles, preocupados com o provável esgotamento de suas reservas petrolíferas, investem na atualidade na infraestrutura urbana, para se constituírem em destinos de turismo de alto luxo, com a construção de cassinos, hotéis, condomínios horizontais, sistema viário, shoppings, etc. Os Emirados Árabes Unidos (EAU) são uma junção de monarquias islâmicas, nas quais o poder é exercido de for- ma rígida por um líder religioso islâmico. Contudo, visto que aproximadamente 80% da população é imigrante de países com referências islâmicas, as práticas religiosas são bastante tolerantes. São os emirados (emir é um título equivalente ao de um príncipe) que formam os EAU: Abu Dhabi, Ajman, Du- bai, Fujairah, Ras al-Khaimah, Sharjah e Umm al-Quwain. A base econômica é dada pelo petróleo, tendo Dubai nos últimos anos se destacado pela modernidade urbana e pelas atividades financeiras e turísticas. ` Aspecto de Dubai nos Emirados Árabes Unidos © Sh ut te rs to ck /O liv er F oe rs tn er Iraque Em 2003, sob a alegação de que Hussein estava desenvolvendo armas químicas, biológicas e até mesmo nucleares, novamente, estadunidenses e ingleses ata- caram o Iraque sem a aprovação da ONU. O regime de Saddam Hussein caiu e, após 13 meses de julgamento, Saddam Hussein foi enforcado. A partir de dezembro de 2011, os Estados Unidos retiraram suas forças armadas desse país. Porém, a violência permanece constante, em razão de atentados terroristas contra a população xiita. Irã O seu projeto de energia nuclear causou muita tensão entre países da União Europeia (UE), Estados Unidos, Japão e Israel. A maior restrição que os países opositores alegavam é que se voltava para a produção de armas nucleares. A principal razão para essa acusação era o impedimento que o governo iraniano impunha à fiscalização de suas instalações nucleares por inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica. 16 Extensivo Terceirão Testes Assimilação 26.01. (ESPM – SP) – Os ataques de drones a duas das principais instalações petrolíferas da Arábia Saudita, maior exportador de petróleo do mundo, acirraram a tensão na região do Oriente Médio. (...) Os rebeldes houthis reivindicaram a autoria do atentado, que seria uma resposta aos ataques da coalizão liderada pela Arábia Saudita contra eles. Fonte: BBC Brasil, 16/09/2019. Disponível em: https:// www.bbc. com/portuguese/internacional-49713067. Acesso: 16/09/2019 A matéria aborda a conjuntura atual da geopolítica do Oriente Médio neste caso em que a Arábia Saudita está diretamente envolvida no conflito do (da): a) Iraque. d) Líbano. b) Irã. e) Iêmen. c) Síria. 26.02. (UFTM – MG) – Observe o mapa. (Atlas geográfico escolar, 2007. Adaptado.) Assinale a alternativa que identifica o país, em vermelho no mapa, e a causa do conflito atual existente em seu território. a) República da Turquia, onde a minoria curda pleiteia maior liberdade política e a criação de um Estado independente na região próxima à Síria e ao Iraque. b) República da Turquia, onde as forças armadas da ONU com- batem os soldados do governo ditador de Bashar al-Assad. c) Síria, onde a população luta por um estado mais demo- crático e contra o governo do ditador Bashar al-Assad. Em 2015, finalmente, foi assinado um tratado em que o Irã abriu suas instalações para a Agência Internacional de Energia Atômica. Com isso, foram liberados depósitos iranianos em contas bancárias nos Estados Unidos e o Irã voltou a exportar petróleo para a União Europeia. É um dos países que mais abriga refugiados do mun- do. Geralmente são islâmicos xiitas oriundos do Iraque e do Afeganistão, devido às perseguições por parte dos islâmicos sunitas (maioria) nesses países. Afeganistão Com os ataques terroristas de setembro de 2001 às torres gêmeas do World Trade Center em Nova Iorque, por militantes da Al Qaeda, os Estados Unidos invadiram o Afe- ganistão, que apoiava totalmente Bin Laden e a Al Qaeda. Desta maneira o Talibã foi deposto e até hoje o Afeganistão está ocupado por forças militares estadunidenses. d) Síria, onde o regime democrático não conseguiu ser implan- tado após a queda do governo ditador de Bashar al-Assad. e) República da Turquia, onde a luta por poços de petróleo vem desencadeando guerras civis por toda a nação. 26.03. (UFRGS) – Observe a ilustração abaixo. Fonte: Adaptado de DW. 2019. Assinale a alternativa correta sobre o local indicado no mapa com uma estrela. a) Trata-se do EstreitoMédio, e as questões geopolíticas mundiais são pouco influenciadas pelo que ocorre no local, pois ele está localizado longe de nações conside- radas superpotências. b) Trata-se do Estreito de Ormuz, e o preço mundial do barril de petróleo é influenciado pelas tensões que ocorrem no local. c) Trata-se do Estreito de Omã, e as tensões na região ocor- rem principalmente pela influência militar chinesa nos países do Golfo Pérsico. d) Trata-se do Estreito de Dacar, considerado uma área de- gradada e estratégica para conservação da biodiversidade, de acordo com a convenção de Madrid. e) Trata-se do Estreito de Gibraltar, reivindicado pelos países limítrofes, devido ao controle do Canadá e Estados Unidos da América. Aula 26 17Geografia 7B 26.06. (ESPM – SP) – País persa no Oriente Médio, rico em petróleo e com pretensões nucleares. Está representado com o número: a) 1: Síria. c) 2: Turquia. e) 3: Irã b) 4: Iraque d) 5: Arábia Saudita 26.07. (FMABC – SP) – Considere o mapa abaixo. TERRITÓRIO DO CURDISTÃO (Disponível em: <http://www.fmradiosjuives.com/wp-content/uploads/kurdistan.jpg>.) Os curdos a) formam comunidades autônomas na Turquia e no Irã, no Iraque e na Síria, porém, são fortemente reprimidos em razão da possibilidade de formar um Estado curdo. b) formam o maior grupo de apátridas do mundo; represen- tam cerca de 30 milhões que ocupam terras de 4 países do Oriente Médio, entre os quais a Turquia, que abriga metade desse grupo. c) constituem um numeroso grupo que vive disperso por sete países do Oriente Médio e se destacam por ter sua identida- de baseada na religião cristã, predominantemente católica. d) assumiram grande protagonismo durante a ocupação do Iraque pelos Estados Unidos, pois eram os principais apoiadores políticos e econômicos de Saddam Hussein. e) ocupam extensa área do território sírio onde estão as maiores densidades do grupo no Oriente Médio; no Irã e na Turquia apresentam menor peso demográfico. 26.04. (ESPM – SP) – A charge faz referência a uma onda de protestos, revoltas e revoluções populares contra governos, que irrompeu em dezembro de 2010 no norte da África e se propagou pelo Oriente Médio. A raiz dos protestos foi o agravamento da situação dos países, provocado pela crise econômica e pela falta de democracia. A charge e o enunciado devem ser relacionados com a: a) Primavera Árabe. b) Revolução Laranja. c) Revolução dos Cravos. d) Revolução Rosa. e) Revolução de Veludo. Aperfeiçoamento 26.05. (UNESC – RO) – Segurança reforçada em Israel hoje, dia em que a embaixada dos Estados Unidos é oficialmente transferida de Tel Aviv para Jerusalém. Os tumultos começaram poucas horas antes da abertura da embaixada americana em Jerusalém, nesta segunda-feira (14/05/2019), deixando pelo menos dois mortos e deze- nas de feridos na Faixa de Gaza. Milhares de palestinos se reuniram em diferentes pontos da fronteira com Israel, tentando se aproximar da barreira cercada por soldados israelenses fortemente armados. Disponível em: http://radioagencianacional.ebc.com.br/ internacional/audio/2018-05/transferencia-da-embaixada- americana-para-jerusalem. Acesso em: 26/05/2018. A transferência da embaixada dos EUA, decidida pelo presidente norte-americano Donald Trump, é mais um episódio do conflito entre israelenses e palestinos. Sobre as divergências que separam os dois adversários, assinale a afirmativa INCORRETA. a) Refugiados israelenses: a existência de cerca de 5 milhões de judeus que vivem em países árabes que são impedidos de irem para Israel. b) Jerusalém: Israel reivindica soberania sobre a cidade in- teira enquanto os palestinos querem Jerusalém Oriental como sua capital. c) Fronteiras: os palestinos exigem que seu Estado seja deli- mitado segundo as resoluções da ONU, o que Israel rejeita. d) Assentamentos: foram construídos pelo governo israelen- se nos territórios ocupados, apesar de ilegais segundo as leis internacionais. 18 Extensivo Terceirão 26.08. (UFSJ – MG) – Observe o mapa abaixo. Disponível em: http://www.infoescola.com/wp-content/ uploads/2010/07/mapa-siria.gif>. (Adaptado). Assinale a alternativa que apresenta fatos sobre a região em des- taque que ocuparam os noticiários dos jornais ao longo de 2012. a) O governo de Israel apoia a formação de um governo xiita na Síria como alternativa à radicalização do terrorismo. b) Desde o começo da revolta contra o presidente Sírio Bashar al Assad, milhares de sírios se refugiaram em países vizinhos. c) China e Rússia encaminharam ao Conselho de Segurança da ONU pedido de apoio para uma intervenção militar na Síria. d) Síria, Israel, Líbano, Jordânia e Iraque faz em parte da “Primavera Árabe”, que se caracteriza por manifestações populares contra governos ditatoriais. 26.09. (FGV – SP) – Observe a imagem. “Eu vou construir para você um irmão”, diz uma bolha de pensamento ao lado do retrato de Trump, enquanto ele coloca sua mão em uma imagem de uma parede, com- posta por placas de concreto de 26 pés de altura. Devido às ambições do presidente Trump de construir um muro ao longo da fronteira entre os EUA e o México, o artista, então, considerou apropriado que Trump esteja presente no muro mais controverso do mundo – um exemplo para ele do tipo de muro fronteiriço que quer construir. (Disponível em: < http: //www.washingtonpost.com>. Adaptado) A partir da imagem, do excerto e de conhecimentos sobre a geopolítica mundial, é correto afirmar que o “muro mais controverso do mundo” em que Trump foi retratado separa a) Israel da Síria. b) Egito de Gaza. c) Israel da Cisjordânia. d) Cisjordânia de Gaza. e) Líbano da Síria. 26.10. (UEPG – PR) – Sobre os conflitos entre Israel e Pales- tina, assinale o que for correto. 01) Yasser Arafat, importante liderança do lado palestino, fez atuações utilizando a guerrilha contra Israel. 02) Os dois lados do conflito já possuíram, em alguma medida, fundamentalistas religiosos que tentaram boicotar acordos de paz duradouros para a questão israelense-palestina. 04) Tanto Israel como Palestina são países com grande ca- pacidade de produção tecnológica e bélica, o que faz o conflito ser equilibrado e duradouro. 08) Desde 1948, quando foi criado o estado de Israel, os países vizinhos da região sempre apoiaram a criação de um estado judeu, lutando politicamente ao lado dos israelenses, na ONU, para concretizar este objetivo. Aprofundamento 26.11. (FEI – SP) – Sobre a situação política da Síria, assinale a alternativa INCORRETA: a) Após a queda do Império Otomano, a região que com- preende a atual Síria foi dominada pela França até sua independência, em 1946. b) Em 1948, juntamente com outros estados árabes que rejeitaram o plano da ONU de Partilha da Palestina, a Síria envolveu-se em confronto com Israel, sendo derrotada. c) Após a independência, prevaleceu um grande período de instabilidade política, quando ocorreram várias tentativas e golpes de estado. Em 1962, foi decretado estado de sítio no país, com a suspensão da maioria das proteções constitucionais aos cidadãos. d) Hoje o país pode ser considerado a única democracia do mundo árabe, mas o poder está concentrado nas mãos de um pequeno grupo de políticos e militares ligados ao presi- dente Bashar al-Assad, eleito democraticamente em 2001. e) O país sempre teve uma grande participação na política regional, particularmente através do seu papel central no conflito árabe-israelense, com envolvimento direto nos assuntos libaneses e palestinos. Aula 26 19Geografia 7B 26.12. (IMEPAC – MG) – Analise este quadro que mostra alguns protestos ocorridos em diferentes regiões do mundo entre o final de 2010 e o início de 2011. PAÍS DATA DE INÍCIO TIPO DE PROTESTO CONSEQUÊNCIAS Tunísia 18/12/2010 Autoimolação de Mohamed Bouazizi e grandes manifestações Deposição de Ben Ali Argélia 28/12/2010 Grandes manifestações públicas O presidente Abdelaziz Bouteflika promete o fim do estado de emergência Líbia 13/01/2011Protestos por habitação e grandes manifestações públicas, segundo ONG, mais de 200 pessoas já foram mortas nesses protestos. Guerra Civil, intervenção internacional e deposição do regime. Morte do ditador Muammar al-Gaddafi Jordânia 14/01/2011 Pequenos protestos Mudança de Governo e apelo do rei Abdullah II a rápidas e eficazes reformas democráticas Mauritânia 17/01/2011 Autoimolação Omã 17/01/2011 Pequenos protestos O sultão Qaboos bin Said Al Said anuncia aumento mínimo aos empregafos do setor privado lêmen 18/01/2011 Grandes manifestações públicas O presidente Saleh anuncia que não concorrerá nas próximas eleições Arábia Saudita 21/01/2011 Autoimolação Líbano 24/01/2011 Pequenos protestos Egito 25/01/2011 Grandes manifestações públicas Renúncia de Hosni Mubarak Síria 26/01/2011 Autoimolação, pequenos protestos O presidente Bahar al- Assad prometeu reformas no governo Disponível em: <http://pt.wikipedia.org> Acesso em: 19 dez. 2011. (Adaptado) A partir dessa análise e de outros conhecimentos sobre o assunto, é INCORRETO afirmar que esses protestos a) apoiaram-se em novas tecnologias da informação, ao aliar sistemas imateriais de engenharia à mobilização presencial. b) compartilharam técnicas de resistência civil em campanhas sustentadas envolvendo greves, manifestações, passeatas e comícios, bem como o uso de mídias sociais. c) contaram, em sua maioria, com a ação decisiva de idosos que, ao contrário das gerações antecessoras, têm estudos básicos e, até mesmo, graduação superior. d) visaram defender princípios mais democráticos e de equidade social em países árabes localizados no norte da África e no Oriente Médio. 26.13. (UEM – PR) – O Oriente Médio é uma região que possui situação estratégica do ponto de vista geopolítico e econômico, de importância mundial, e, por tais razões, está envolvido constantemente em conflitos religiosos e em disputas territoriais. A respeito dessa região, assinale o que for correto. 01) O Canal da Mancha perfaz o limite fronteiriço de vários países, por isso sua utilização é motivo frequente de conflitos. 02) Fazem parte do grupo de países conhecidos como “países do petróleo”, o Bahrein (formado por ilhas do Golfo Pérsico) e os países localizados na Península Arábica. 04) A criação do Estado de Israel, em território palestino, trouxe instabilidade a parte da costa banhada pelo mar Mediter- râneo. 08) Por estar localizada no que se conhece como “Chifre da África”, no encontro do mar Vermelho com o oceano Índico, a Turquia é o país mais instável do Oriente Médio. 16) A fértil planície da Mesopotâmia garante o suprimento necessário de água a todos os países do Oriente Médio. 20 Extensivo Terceirão 26.14. (UDESC) – “O presidente do Irã, Hassan Rohani, disse nesta terça-feira (27) que só aceitará conversar com Donald Trump se o governo dos Estados Unidos retirarem as sanções impostas ao regime iraniano. A declaração de Rohani desfaz, em parte, a expectativa criada após o presidente da França, Emmanuel Macron, dizer que tentava criar condições para que o iraniano se reunisse com Trump. Nesta segunda-feira, inclusive, Rohani indicou que estaria disposto a se encontrar com alguém “disposto a ajudar o desenvolvimento do meu país”. “Mesmo se as chances de sucesso forem de 20% ou 10%, não podemos perder oportunidades”, disse o presidente iraniano. Entretanto, Rohani voltou atrás nesta terça-feira e condicionou qualquer conversa com a Casa Branca ao fim das sanções impostas ao Irã”. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/08/27/ presidente-do-ira-diz-que-so-conversara-com-donaldtrump-se- eua-retirarem-sancoes.ghtml, acesso em setembro/2019. Acerca da questão geopolítica, apresentada no excerto acima, assinale a alternativa correta. a) Os Estados Unidos retiraram-se do acordo nuclear iraniano e passaram a aplicar sanções ao setor petrolífero do Irã, gerando grave crise econômica neste país. b) A França, grande potência nuclear da Europa, não aceitou a forte concorrência representada pelo Irã, e aceitou o auxílio dos Estados Unidos para intermediar o debate. c) O Irã retirou-se do próprio acordo nuclear em 2015, provocando a ira dos Estados Unidos, que dependem do urânio enriquecido do Irã para gerar energia nuclear. d) O Irã é fortemente dependente do petróleo exportado pe- los Estados Unidos, e entrou em grave crise econômica após Donald Trump interromper o fornecimento deste produto e) A França intermedia a crise entre Estados Unidos e Irã, pois tem interesse na amenização da crise iraniana, passo im- portante para que o Irã volte a importar o petróleo francês. 26.15. (MACK – SP) – Leia o fragmento de reportagem e observe o mapa. EUA DERRUBAM DRONE IRANIANO NO ESTREITO DE ORMUZ Os Estados Unidos derrubaram [...] um avião não tripulado iraniano no Estreito de Ormuz, no momen- to em que ele se aproximava de um navio americano, informou o presidente Donald Trump. [...] A derrubada da aeronave ocorre em um mo- mento de tensões crescentes na região do Golfo entre os Estados Unidos e o Irã. [...] A tensão entre Teerã e Washington tem cres- cido desde que Trump se retirou unilateralmente do acordo nuclear de 2015 com o Irã e voltou a aplicar sanções à República Islâmica. As hostilidades aumentaram após o Irã derrubar, no dia 20 de junho, um drone americano nas sensí- veis águas do Golfo, em meio a uma série de ataques contra petroleiros que Washington atribuiu a Teerã. Isto é. 18 jul. 2019. Disponível em: <https://istoe.com.br/eua-derrubam-drone- iraniano-no-estreito-de-ormuz/> Acesso em 19 ago. 2019. Fonte: https://www.tnpetroleo.com.br/media/filebrowser/ ESTREITO-DE-ORMUZ.jpg. Acesso em 19 ago. 2019. A respeito do Estreito de Ormuz e dos conflitos relacionados a ele, considere as seguintes proposições: I. O Estreito de Ormuz faz parte de uma das principais rotas mundiais de comércio de petróleo; por isso, qualquer instabilidade político-militar na área onde ele se encontra pode influenciar no preço da gasolina e, consequente- mente, na economia de grande parte do mundo. II. Os Estados Unidos defendem a existência de uma co- alizão militar internacional para proteger as águas do Estreito de Ormuz, garantindo a liberdade de navegação na região onde ele se encontra. III. Apesar das constantes ameaças do Irã, que reivindica o controle do Estreito de Ormuz, em parceria com os Emirados Árabes Unidos, nenhum navio petroleiro foi atacado em suas proximidades (nem mesmo em águas internacionais do Golfo de Omã), o que contribuiu para a estabilidade do preço do petróleo nos últimos cinco anos. É correto o que se afirma em a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. 26.16. (UCS – RS) – O conflito de Israel com o Grupo Hamas, na Faixa de Gaza, interfere na política dos países do Oriente Médio e nas potências mundiais. Observe, abaixo, o mapa do Oriente Médio. (Fonte: Época, n. 556, p. 81, 12 jan. 2009.) Aula 26 21Geografia 7B Relacione a numeração correspondente aos países indicados no mapa, na Coluna A, à interferência política desses países, listados na Coluna B COLUNA A COLUNA B 1 – País 1 2 – País 2 3 – País 3 ( ) É o principal inimigo de Israel e possível alvo de um ataque após a ofensiva em Gaza. Dá treinamento e fornece armas ao Hamas. ( ) Governado por Sunitas, nunca aceitou Is- rael, mas também é contra o radicalismo do xiita Hamas. Aliado dos Estados Unidos, criticou com cautela os ataques. ( ) É visto como mediador crucial. Enfrenta internamente o grupo radical Irmandade Muçulmana; daí seu interesse em ver o vi- zinho Hamas enfraquecido. Assinale a alternativa que completa, correta e respectiva- mente, os parênteses de cima para baixo. a) 3, 1, 2 d) 2, 3, 1 b) 1, 2, 3 e) 1, 3, 2 c) 3, 2, 1 26.17. (URCA – CE) – A República Árabe Síria é um país do Oriente Médio com mais de 22 milhões de habitantes e de 185 mil quilômetros quadrados de extensão, grande partecoberta por desertos. Banhada pelo mar Mediterrâneo tem fronteiras com Turquia, Iraque, Jordânia, Israel e Líbano. Recentemente tem estado na mídia por questões de ordem geopolítica. Sobre essas “questões” é correto afirmar: a) Com cerca de 90% da população muçulmana, a Síria foi colonizada pela França, ganhando a independência em 1946. Apoiadora da política de Israel se envolveu como aliada na Guerra dos Seis Dias, em 1967. b) Localizada no coração do Oriente Médio, a Síria está em guerra civil há mais de cinco anos. Sua origem está no descontentamento do povo com o regime de Bashar al-Assad, devido o mesmo ter uma forte aliança com o governo de Barack Obama. c) Sobre a Síria recaem acusações dos Estados Unidos de ajudar grupos terroristas, com destaque para o palestino Hamas e o libanês Hezbollah. d) Diferentemente dos demais países do Oriente Médio, a Síria tem sua economia baseada principalmente na indústria e na agricultura. A exploração de petróleo é quase inexistente. e) A oposição Síria é formada por todos os grupos que de- safiam o regime do presidente Bashar al-Assad na guerra civil Síria, onde esses grupos têm apoio de diversos países ocidentais, destacando-se como principal aliado a França. 26.18. (IFBA) – Leia o trecho da reportagem que segue. UNIÃO EUROPEIA E GRÉCIA VIRAM AS COSTAS PARA REFUGIADOS QUE CHEGAM ÀS ILHAS GREGAS Milhares de refugiados chegando às ilhas de Aegean, na Grécia, estão sendo recepcionados por um sistema dis- funcional e condições de vida desumanas, de acordo com a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF). A Grécia e a União Europeia (EU) pre- cisam melhorar urgentemente as condições de vida para os refugiados, imigrantes e requerentes de asilo, e ofere- cer assistência médica adequada e proteção. De acordo com autoridades, mais de 14 mil pessoas, das quais mais de 90% fugiram da guerra na Síria, submeteram-se a jor- nadas perigosas em pequenas embarcações no mar Aege- an, da Turquia às ilhas Dodecanese, em busca de prote- ção. Com poucas instalações adequadas para recebê-los, muitos refugiados viram-se forçados a dormir no frio, na chuva e ao relento ou em postos policiais superlotados, por vezes por dias seguidos, enquanto aguardavam para serem transferidos para a principal ilha da Grécia. Médicos Sem Fronteiras. Disponível em: <http://www.msf.org. br/noticias/uniao-europeia-e-grecia-viram-costas-para-refugiados- que-hegam-ilhas-gregas>. Acessado em 31/07/2017. A questão da imigração síria tornou-se um dos temas mais fortes e polêmicos dentro e fora da União Europeia, expondo não somente a devastadora crise humanitária no pequeno país do Oriente Médio, mas também a crise de humanidade que vive a própria Europa em meio ao crescimento da xeno- fobia. Sobre esse quadro internacional e suas repercussões, analise as afirmações que seguem: I. A crise na Síria, desencadeada a partir da desestabiliza- ção do governo do ditador Bashar Al Assad por grupos rebeldes, agravou-se ainda mais com o surgimento do grupo extremista Estado Islâmico. II. Enquanto alguns países europeus veem nos sírios a possibilidade de ampliar a sua força de trabalho, outros temem o aumento da vulnerabilidade do continente à ataques de extremistas islâmicos. III. A maioria dos países-membros da União Europeia é fa- vorável à ampliação do abrigo aos imigrantes, desde que os mesmos aceitem algumas condições, como continuar os estudos e se converter ao cristianismo. IV. Interesses conflitantes de outros países fora da União Europeia, como Estados Unidos e Rússia, dificultam o combate ao Estado Islâmico e a estabilização política e social da Síria. Com base em seus conhecimentos e interpretação das questões levantadas, marque a alternativa que aponta para as afirmações corretas: a) I e II, apenas c) I, III e IV e) I, II e IV b) II e III apenas d) I, II e III 22 Extensivo Terceirão Desafio 26.19. (MACK – SP) – Leia o fragmento de reportagem e observe o mapa. O Iêmen é o país mais pobre do Oriente Médio e está em guerra civil desde 2015. O conflito agravou as já precárias condições de extrema pobreza e fome da população. Desde 2017, a Organização das Nações Unidas classifica a situação como “a pior crise huma- nitária do mundo”. Diálogos de paz entre os dois la- dos da guerra civil [...] levaram à promessa mútua de libertar prisioneiros de guerra e um cessar-fogo em uma das cidades mais críticas do conflito. Mas os efei- tos do pacto, mediado pela ONU, ainda são incertos. PIMENTEL, Matheus. Qual a causa e o tamanho da crise humanitária no Iêmen. Nexo. 14 dez. 2018. Disponível em: <https://www.nexojornal. com.br/expresso/2018/12/14/Quala-causa-e-o-tamanho-da-crise- humanit%C3%A1ria-no-I%C3%AAmen>. Acesso em: 17 mar. 2019. A respeito da guerra civil no Iêmen, avalie as proposições. I. O apoio da Arábia Saudita, país de maioria xiita, permitiu aos insurgentes houthis derrubarem o governo do pre- sidente Abd Rabbuh Mansur Al-Hadi, que conta com a ajuda do Hezbollah para tentar voltar ao poder. II. O Irã, forte aliado de Al-Hadi, tem apoiado militarmente o governo iemenita a fim de manter sua influência sobre as reservas petrolíferas do Iêmen. III. A ONG Save the Children, que lida com direitos da in- fância, estima que cerca de 85 mil crianças morreram de fome ou doença grave no Iêmen desde o começo da guerra. É correto o que se afirma em a) I, apenas. c) III, apenas. e) I, II e III. b) II, apenas. d) I e II, apenas. 26.20. (UEM – PR) – Sobre tensões e áreas de conflito exis- tentes no mundo, assinale o que for correto. 01) Do ponto de vista militar, o Oriente Médio designa uma região estrategicamente localizada no oceano Pacífico, próxima da península coreana. 02) O Curdistão, que conquistou sua independência nos anos de 1960, é um país africano constantemente en- volvido em conflitos regionais devido à disputa por re- cursos minerais. 04) Elementos de natureza socioambiental, diretamente relacionados à escassez hídrica regional, influenciam o conflito árabe-israelense, inclusa a Questão Palestina. 08) Palco de um dos maiores conflitos civis da atualidade, o Estado Islâmico corresponde a uma ex-colônia alemã localizada na África, que se tornou independente com o fim da Segunda Guerra Mundial. 16) A Primavera Árabe, ocorrida em 2011, motivou o início do conflito civil na Síria, resultando em consequências nos níveis regional e global. Gabarito 26.01. e 26.02. c 26.03. b 26.04. a 26.05. a 26.06. e 26.07. b 26.08. b 26.09. c 26.10. 03 (01 + 02) 26.11. d 26.12. c 26.13. 06 (02 + 04) 26.14. a 26.15. c 26.16. a 26.17. c 26.18. e 26.19. c 26.20. 20 (04 + 16) 23Geografia 7B 1B Ásia II – Ásia Monçônica Aula 27 7B Geografia Introdução A Ásia Monçônica abrange desde o sul do continente até o litoral do Pacífico, onde sopram de maneira regular os ventos das monções, que determinam todo o ciclo das atividades agropecuárias e consequentemente as demais atividades econômicas. São considerados os seguintes países como inte- grantes da Ásia Monçônica: Paquistão, Ilhas Maldivas, Índia, Nepal, Butão, Bangladesh, Sry Lanka, Mianmar, Tailândia, Singapura, Malásia, Indonésia, Laos, Campu- chea, Vietnam, Brunei e Filipinas. Os demais países situados no leste asiático, apesar de serem atingidos pelas monções, são classificados de maneira à parte. Região indostânica Compreende as Maldivas, o Paquistão, a Índia, o Nepal, o Butão, Bangladesh e Sry Lanka. É uma região marcada por conflitos relacionados com intolerância religiosa entre os próprios islâmicos, como no Paquistão; entre islâmicos e hinduístas, como na Índia; separatismo religioso, como em Sry Lanka, e muita pobreza praticamente em todos os países. Região indostânica – político Ta lit a Ka th y Bo ra Até 1947 integrava o Vice-Reinado da Índia, que per- tencia ao Reino Unido. Lord Mountbatten, que orientou o processo de independência desta região, tinha como projeto a instalação de uma república
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