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ESTUDO DIRIGIDO BIOTECNICAS DA REPRODUCAO

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ESTUDO DIRIGIDO 
BIOTÉCNICAS DA REPRODUÇÃO
ALUNO: DANIEL BUARQUE DE GUSMÃO
 
QUAL O EFEITO DA APLICAÇÃO DA PGF2alfa E EM QUAL MOMENTO DO CICLO DEVE SER APLICADA? 
Primeiro para podermos responder a essa pergunta, devemos entender, o que é uma Prostaglandina, como ela atua e assim compreender todo o processo. 
As prostaglandinas (PG) pertencem a uma família diversificada de moléculas de sinalização celular conhecidas como eicosanóides. Outros membros desta família incluem prostaciclinas (PGI), tromboxanos (TXs) e leucotrienos (LT). Todos os eicosanóides são sintetizados pela oxigenação de ácidos graxos essenciais (AGE) de 20 carbonos. Existem três vias paralelas pelas quais os eicosanóides são produzidos, dependendo do AGE inicial. Essas moléculas quase sempre atuam nas células que as produzem ou nas células vizinhas, ou seja, em curtas distâncias e períodos de tempo, podendo ser classificadas como hormônios autócrinos/parácrinos.Eles são amplamente distribuídos nas células e tecidos do corpo e possuem amplas ações biológicas. As PGs são fundamentais para eventos reprodutivos, incluindo implantação, decidualização, parto, ovulação e luteólise. 
A biossíntese das prostaglandinas, ocorre a hidrólise dos ácidos graxos dos fosfolipídios de membrana celular por meio da fosfolipase A2(tromboxano). O ácido araquidônico é o precursor mais importante dos eicosanóides, sendo que a transformação deste composto pode ocorrer através de três diferentes vias, que implicam cada uma delas nas seguintes enzimas: ciclooxigenase, lipooxigenase e epoxigenase. 
A Liberação de prostaglandinas das células, ocorre pois as prostaglandinas são de natureza lipofílica, mas predominam como ânions carregados, consequentemente, difundem-se mal através das membranas. O transportador de prostaglandina (PGT), medeia tanto o efluxo quanto o influxo de PG. Este PGT absorverá PGE2 e PGF2α mais prontamente do que outros PG e ácido araquidônico. Em ruminantes, o transporte de PGF2α é crítico para a regulação do ciclo estral e estabelecimento da prenhez. 
As prostaglandinas apresentam uma ampla importância na reprodução, principalmente em bovinos. O uso da prostaglandina é devido a capacidade de algumas da série F provocar a luteóliseA prostaglandina F2α é liberada das células epiteliais do endométrio, efluída para os vasos venosos e, em seguida, transportada para a artéria ovariana através do plexo útero-ovárico. A expressão de PGT no endométrio bovino e ovino durante o ciclo estral e a gravidez. A PGF2alfa também causa contração da musculatura lisa uterina. Como as concentrações sanguíneas de PG aumentam durante o trabalho do parto, a PGF2alfa liberada é considerada importante para a lise pré-parto do corpo lúteo, visto que remove o bloqueio da progesterona, como para provocar contrações uterinas durante o parto. O seu aumento também está associado a aborto e trabalho de parto prematuro. A luteólise é bastante complexa e envolve vários processos desencadeados a partir do não reconhecimento da gestação e do aumento na liberação pulsátil de prostaglandina F2α (PGF2α). O aumento na pulsatilidade está envolvido com o aumento de receptores endometriais para ocitocina e estrógeno. Quando altas concentrações de PGF2α se ligam aos receptores no CL, desencadeiam uma série de alterações nas expressões gênicas dos fatores angiogênicos e vasoativos, que influenciam direta ou indiretamente no CL. As alterações nas expressões gênicas são necessárias para aumentar ainda mais as concentrações de PGF2α intraluteal, consequentemente diminuir as concentrações de P4 e regredir o tecido luteínico.
Papel das Prostaglandinas na Luteólise é se a fertilização falhar, a secreção de progesterona lútea diminui em poucas horas (luteólise funcional). Subsequentemente, em 12 horas, ocorre um aumento dramático na remodelação do tecido lúteo e no número de células lúteas em apoptose (luteólise estrutural) que culmina com a morte do CL e permite o início de um novo ciclo ovariano. Todo o processo de morte luteal é conhecido como luteólise, mas como mencionado acima, os componentes funcionais e estruturais são agora reconhecidos nele. A regulação do tempo de vida do CL de mamífero exibe variação interespécies pronunciada. Em ruminantes, embora a fonte inicial de PGF2α seja o útero, as evidências para a ideia de que o CL contribui para a síntese de PGF2α que influencia ou determina sua própria vida estão se expandindo atualmente. 
Embora o PGF2α esteja bem estabelecido como o hormônio luteolítico mais importante há mais de 30 anos, os mecanismos celulares pelos quais o PGF2α exerce seus efeitos luteolíticos permanecem incompletamente compreendidos. Por exemplo, os mecanismos de controle para luteólise funcional e estrutural podem ser regulados separadamente com a participação de interações endo-, para- e autócrinas. Nesse contexto, se o PGF2α induz seus efeitos inibitórios na produção de progesterona por efeitos diretos nas células esteroidogênicas luteais, ou por ações indiretas via outras células luteais, continua a ser debatido. Uma variedade de fatores parácrinos tem sido estudados como mediadores da regressão luteal induzida por PGF2α, dentre estes, o sistema luteal endotelina tem recebido muita atenção. 
RESUMO
As prostaglandinas pertencem a uma família de moléculas de sinalização celular, denominadas prostanóides, envolvidas em eventos reprodutivos importantes, como ovulação, função do corpo lúteo e luteólise. Em animais onde o útero controla a duração do ciclo estral, a PGF2α de origem uterina demonstrou ser a luteolisina fisiológica que causa a regressão do CL. No entanto, em espécies em que o útero não exerce controle sobre a vida lútea, a PGF2α luteolítica é sintetizada dentro do próprio CL. Postulou-se que um gerador de pulso de ocitocina hipotalâmico central funciona como um marca-passo para a luteólise e que o útero transduz esses sinais em pulsos luteolíticos PGF2α. A PGF2α endometrial atua sobre grandes células esteroidogênicas luteais e células endoteliais luteais para induzir uma diminuição na secreção de progesterona, encerrando a vida funcional do corpo lúteo. Esse declínio inicial da progesterona pode ser crítico, pois modifica a resposta do SLC à ocitocina. Especificamente, um declínio na progesterona aumenta as respostas de cálcio iniciadas pela ocitocina em pequenas células lúteas em apoptose. O EDN1A (endotelina-1 produzido pelas células endoteliais) atua como um regulador parácrino em pequenas células luteais e é responsável pelo declínio adicional da progesterona observado durante o início da regressão luteal estrutural. A sincronização de cio com prostaglandinas é uma alternativa viável que pode apresentar ótimos índices de sincronização. E a sensibilidade dos animais ao cloprostenol (Ciosin) é praticamente constante e elevada a partir do 7º dia do ciclo estral, para vacas de baixa produção ou vacas de corte, utilizando BE no D0, a PGF é utilizada no 8º dia junto com CE e ECG.
O QUE SE DEVE ASSEGURAR ANTES DE INICIAR QUALQUER TRATAMENTO HORMONAL DE SINCRONIZAÇÃO?
Animais mal nutridos e com problemas de saúde não respondem satisfatoriamente ao tratamento. Outros fatores que devem também ser considerados são a disponibilidade de instalações adequadas, a utilização de sêmen de qualidade comprovada, os cuidados no manuseio de sêmen e a experiência do inseminador.
MONTE UM PROTOCOLO DE SINCRONIZAÇÃO UTILIZANDO:  CIDR, BE2, PGF2alfa, GnRH EXPLICANDO OS DIAS E EFEITOS DE CADA HORMÔNIO
No caso se fosse utilizar o benzoato de estradiol, eu não utilizaria o GnRH, não vejo muito sentido, pois como o GnRH vai dar a liberação de forma gradual do LH e P4, e o estradiol , vai dar essa liberação de forma mais abrupta , somado com o DIV de P4 , vai formar essa curva de libração hormonal da mesma forma, pois uma vez q esses dois picos são estimulados , as proteínas Gq e Gi , que fazem parte da liberação do GnRH I e GnRH II , juntamente com o IP3 , atuará, na resposta no eixo hipotálamo-hipofisario , librando assim o GnRH e consequentemente o LH e FSH,etc. No protocolo que vejo mais praticidade e custo benefício seria:
Iniciar com a aplicação de uma fonte intravaginal de progesterona (P4) e a aplicação do Benzoato de Estradiol (BE) no dia zero (D0), esse procedimento tem por finalidade a regressão folicular, pois altas concentrações de estradiol na presença de progesterona, promovem a regressão folicular e a emergência de uma nova onda de crescimento dos mesmos. Após oito dias (D8), é removida a fonte de progesterona (P4) e aplicado a prostaglandina (PGF2α), isso vai simular a luteolise, ou seja, a quebra do corpo lúteo (P4) pela prostaglandina (PGF2α). No dia nove (D9) é aplicado novamente uma fonte de estradiol (BE) para agora dar aporte ao desenvolvimento e maturação do folículo dominante. No dia dez (D10), ou seja, trinta e seis horas após a aplicação do estradiol, é feita a inseminação artificial (IA). Esse período de 36 horas é o tempo que o folículo dominante leva para acabar sua maturação e ocorre a ovulação.
 PAPEL DA P4 EM UM PROTOCOLO DE SINCRONIZAÇÃO? 
A progesterona é também um esteróide ovariano, produzido pelo corpo lúteo por ação do LH (em algumas espécies também é produzido pela placenta). A nível de hipotálamo exerce um efeito feedback negativo sobre o controle da atividade tônica da secreção de GnRH. As glândulas são ativamente secretoras, produzindo um líquido formado por proteínas séricas e específicas do útero, glicoproteínas, minerais, dos quais são essenciais para nutrição do zigoto durante a fase de fixação.
EXPLIQUE O PROTOCOLO OVSYNCH (DIAS DE APLICAÇÃO E OS  EFEITO DE CADA HORMÔNIO). 
Esse protocolo é indicado basicamente para vacas leiteiras e envolve duas injeções de um análogo de GnRH intercaladas por uma única administração de PGF2α. Sabendo-se que as vacas podem se apresentar em qualquer estágio do ciclo estral, a combinação de GnRH com prostaglandina promove grande homogeneidade entre os estágios foliculares do ovário das vacas no momento da indução da luteólise. Assim, o momento de ocorrência do estro após a indução da luteólise pela prostaglandina torna-se bastante previsível, com alto sincronismo dos picos de LH, e verifi ca-se a sincronização tanto do desenvolvimento folicular quanto da regressão do corpo lúteo.
 Este protocolo inicia com a aplicação do GnRH (Hormônio Liberador de Gonadotrofina) no dia zero (D0), esse procedimento tem por finalidade a emergência de uma nova onda de crescimento folicular. No protocolo Ovsynch não utiliza uma fonte de progesterona, pois o animal deve ter um corpo lúteo, ou seja, estar ciclando. Após sete dias (D7), é aplicado a prostaglandina (PGF2α), isso vai resultar na luteolise, ou seja, a quebra do corpo lúteo (P4) pela prostaglandina (PGF2α). No dia nove (D9) é aplicado uma fonte de GnRH para estimular a secreção do FSH e do LH e dar aporte ao desenvolvimento, maturação e ovulação do folículo dominante. Após 12 a 16 horas é feita a inseminação artificial (IA).
*GnRH –(RESUMO) hormônio liberador de gonadotrofinas. É produzido no hipotálamo, uma estrutura presente no sistema nervoso central (SNC), e é estimulado pelo aumento do estradiol, atingindo a hipófise pelo sistema porta hipotalomo-hipofisario. Sua função básica é estimular a liberação de 9 gonadotrofinas, o FSH de forma constitutiva e o LH de forma pulsátil, pela hipófise, hormônios estes responsáveis pelo crescimento, maturação, ovulação e luteinização folicular

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