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Anne Karolyne Morato – P3 Piesf III A organização do cuidado à criança e o adolescente no SUS: → Qualquer local do sistema de saúde tem responsabilidade no acolhimento e no cuidado integral à criança e deve viabilizar a continuidade da atenção. → “As crianças precisam de um ambiente favorável ao seu crescimento e amadurecimento, que permita, junto ao seu potencial genético, o desenvolvimento pleno de suas capacidades e habilidades motoras, cognitivas e socioafetivas.” → As ações e os serviços para a Atenção Integral à Saúde da Criança são coordenados pela Atenção Básica, a partir da avaliação do risco individual e coletivo, observadas as especificidades previstas para crianças que necessitam de proteção especial. → As redes de atenção à saúde [...] se concretizam por meio de um conjunto de serviços de saúde, vinculados entre si por uma missão única, por objetivos comuns e por uma ação cooperativa e interdependente, que permite ofertar uma atenção contínua e integral à criança e a população (BRASIL, 2010d, p. 77). Definições – MS e OMS: → Criança: 0 a 9 anos. → Primeira infância: 0 a 5 anos. → Atendimento em serviços de pediatria no SUS: 0 a 15 anos. → Adolescente e Jovem: 10 a 24 anos. Situação de saúde da criança brasileira: → Afecções perinatais são as principais causas de óbito. Prematuridade Malformações congênitas Infecções perinatais Asfixia intraparto e durante o parto 70% prematuros e com baixo peso ao nascer 30% evitáveis Prevenção das infecções e da prematuridade Prematuridade iatrogênica Maioria dos partos (e óbitos) ocorre em serviços de saúde → Crianças de 1 a 9 anos: Desde 2008 -> obtido por causas externas (acidentes de transporte Modulo 1 Anne Karolyne Morato – P3 terrestre, afogamento, submersão acidental) → Prematuridade – 11,5% → Metas: “até 2030, acabar com as mortes evitáveis de RN e < 5 anos, com todos os países objetivando reduzir a mortalidade neonatal para, pelo menos, 12/mil NV e a mortalidade de < 5 anos para, pelo menos, 25/mil NV”. Políticas e programas de saúde voltados à criança e aos adolescentes brasileiros: PNAISC – Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança – 2018. → Objetivo: “promover e proteger a saúde da criança e o aleitamento materno, mediante a atenção e cuidados integrais e integrados, da gestação aos 9 anos de vida, com especial atenção à primeira infância e as populações de maior vulnerabilidade, visando à redução da morbimortalidade e um ambiente facilitador à vida com condições dignas de existência e pleno desenvolvimento”. → A PNAISC foi instituída por meio da Portaria nº 1.130, em 05 de agosto de 2015 (BRASIL, 2015) e é considerada um marco para a atenção integral à criança, que articula as ações em todos os níveis de atenção. → Princípios: Direito a vida e à saúde; Prioridade absoluta da criança; Acesso universal à saúde; Integralidade do cuidado; Equidade em saúde; Ambiente facilitador à vida; Humanização da atenção; Gestão participativa e controle social; → Diretrizes: Gestão interfederativa das ações de saúde da criança; Organização das ações e dos serviços na rede de atenção; Promoção da Saúde; Fomento à autonomia do cuidado e da corresponsabilidade da família; Qualificação da força de trabalho do SUS; Planejamento e desenvolvimento de ações; Incentivo à pesquisa e à produção de conhecimento; Monitoramento e avaliação; Intersetorialidade. → Eixos estratégicos: Atenção humanizada e qualificada à gestação, ao parto, ao nascimento e ao recém-nascido; Aleitamento materno e alimentação complementar saudável; Promoção e acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento integral; Anne Karolyne Morato – P3 Atenção integral a crianças com agravos prevalentes na infância e com doenças crônicas; Atenção integral à criança em situação de violências, prevenção de acidentes e promoção da cultura de paz; Atenção à saúde de crianças com deficiência ou em situações específicas e de vulnerabilidade; Vigilância e prevenção do óbito infantil, fetal e materno. PNI: → As ações de vacinação são coordenadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), com o objetivo de erradicar, eliminar e controlar as doenças imunopreveníveis no território brasileiro. → A vacinação é a maneira mais eficiente de evitar diversas doenças imunopreveníveis, como a varíola (declarada mundialmente erradicada em 1980), a poliomielite/paralisia infantil (eliminada das Américas em 1994), sarampo, tuberculose, rubéola, gripe, hepatite A e B, febre amarela, entre outras. → Os registros, na Caderneta de Saúde da Criança, das vacinas do Calendário Nacional de Vacinação recebidas pela criança, devem ser sempre observados pelos profissionais da Atenção Básica e mesmo de outros serviços de saúde que venham a ter contato com ela, com objetivo de que esteja sempre com a vacinação atualizada (BRASIL, 2014i). → Para reduzir as taxas de morbimortalidade das doenças imunopreveníveis é importante conhecer a situação dessas doenças, que devem ser notificadas imediatamente pela equipe de saúde, para se traçar as medidas de prevenção e controle. → A continuidade do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança necessariamente deve incorporar as ações de imunoprevenção para o cuidado integral nos serviços de saúde. → As equipes de saúde devem organizar- se para acompanhar a cobertura vacinal das crianças de sua área, realizar o controle e a busca ativa de crianças com vacinas atrasadas. O atraso vacinal pode ser um indicativo de dificuldades de acesso ou outras situações de vulnerabilidade enfrentadas pela família. Anne Karolyne Morato – P3 Essas ações de vigilância são essenciais para a prevenção de doenças e agravos, além de ampliar a cobertura vacinal, principalmente a partir dos 5 anos de vida, que não tem sido atingida. PSE: → A nova concepção em saúde na escola foi incorporada nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) em 1997, consagrando o tema da saúde como transversal às disciplinas e às ações no contexto escolar, nas dimensões da promoção da saúde, de prevenção de doenças e agravos e de atenção e cuidados à saúde de crianças e adolescentes. → As Políticas de Saúde e de Educação investiram no Programa Saúde na Escola (PSE), instituído pelo Decreto Presidencial n.º 6.286, de 5 de dezembro de 2007 (BRASIL, 2007c), tendo como principais desafios o uso de estratégias pedagógicas coerentes com a produção de educação e saúde integral, fundamental para produzir autocuidado, autonomia e participação dos escolares de acordo com a idade que se encontram. → São inúmeras as possibilidades de atuação do PSE no território, no desenvolvimento de atividades lúdicas de promoção da saúde, na identificação precoce e oportuna de problemas de saúde, no desenvolvimento e aprendizagem, na construção de estratégias articuladas que evitem a medicalização das dificuldades escolares, na qualificação dos profissionais, familiares e responsáveis, ampliando a capacidade de produzir diálogo e vínculos entre as partes envolvidas. → A organização das ações do PSE, por meio das equipes das Unidades Básicas de Saúde e das escolas, está estruturada de forma intersetorial, segundo os seguintes componentes: Avaliação das condições de saúde; Promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos; Formação de profissionais de saúde e educação. → A avaliação das condições de saúde tem por objetivo avaliar a saúde bucal, ocular, auditiva, situação vacinal, vigilância alimentar e nutricional e o desenvolvimento, com encaminhamento para a redede saúde, quando necessário. → A avaliação conjunta das equipes de Saúde e da Educação, com a participação da família e/ou responsáveis, promove o desenvolvimento integral da criança e permite trocas de saberes, de informações e corresponsabilidades. Atenção à Saúde Bucal: → A Política Nacional de Saúde Bucal, intitulada Brasil Sorridente, pauta-se nos princípios e nas diretrizes do SUS. Na Atenção Integral à Saúde da Criança Anne Karolyne Morato – P3 essa política se insere de forma transversal, integral e intersetorial nas linhas de cuidado direcionadas à mulher e à criança, com o objetivo de promover a qualidade de vida desse público, por meio das ações de promoção, prevenção, cuidado, qualificação e vigilância em saúde (BRASIL, 2004a). → O acesso à saúde bucal deve ter início no pré-natal e será incorporado no acompanhamento do crescimento e no desenvolvimento da criança. → A equipe de saúde deve trabalhar de forma articulada, encaminhando a gestante para a consulta odontológica ao iniciar o pré-natal. → Deve-se garantir ao menos uma consulta odontológica durante o pré-natal, com agendamento das demais consultas, conforme as necessidades individuais da gestante. → A equipe de Saúde Bucal deverá efetuar os registros das ações realizadas nas Cadernetas de Saúde da Criança e da Gestante (BRASIL, 2004a, 2008b). → Nas ações de saúde direcionadas à criança, recomenda-se que todos os profissionais da equipe de saúde incorporem, em sua rotina, o exame da cavidade bucal das crianças e orientações aos pais e responsáveis sobre prevenção de doenças e agravos e de promoção da saúde bucal, enfatizando a importância do acompanhamento da saúde bucal e direcionando a criança para as consultas odontológicas periódicas, evitando assim que o acesso ocorra tardiamente devido à doença já instalada (COMISSÃO NACIONAL SOBRE DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE, 2008). Adolescente: Violência: → É um fenômeno de casualidade complexa: múltipla. → O Brasil: 4º lugar no ranking da violência na América Latina; 2ª causa de morte no geral; 1ª causa em ampla faixa etária de 5 à 49 anos Escola: → O PSE visa a integração e articulação permanente da educação e da saúde proporcionando melhoria da qualidade de vida da população brasileira. → O PSE tem como objetivo contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, com vistas ao enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública de ensino. → O público beneficiário do PSE são os estudantes da Educação Básica, gestores e profissionais de educação e saúde, comunidade escolar e, de forma mais amplificada, estudantes da Rede Federal de Educação Profissional e Anne Karolyne Morato – P3 Tecnologia e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) → As atividades de educação e saúde do PSE ocorrerão nos territórios definidos segundo a área de abrangência da Estratégia Saúde da Família (Ministério da Saúde), tornando possível o exercício de criação de núcleos e ligações entre os equipamentos públicos da saúde e da educação (escolas, centros de saúde, áreas de lazer como praças e ginásios esportivos, etc). → No PSE a criação dos Territórios locais é elaborada a partir das estratégias firmadas entre a escola, a partir de seu projeto político-pedagógico e a unidade básica de saúde. O planejamento destas ações do PSE considera: o contexto escolar e social, o diagnóstico local em saúde do escolar e a capacidade operativa em saúde do escolar. → A Escola é a área institucional privilegiada deste encontro da educação e da saúde: espaço para a convivência social e para o estabelecimento de relações favoráveis à promoção da saúde pelo viés de uma Educação Integral. → Para o alcance dos objetivos e sucesso do PSE é de fundamental importância compreender a Educação Integral como um conceito que engloba a proteção, a atenção e o pleno desenvolvimento da comunidade escolar. → Para alcançar estes propósitos o PSE foi constituído por 5 componentes: 1. Avaliação das Condições de Saúde das crianças, adolescentes e jovens que estão na escola pública; 2. Promoção da Saúde e de atividades de Prevenção; 3. Educação Permanente e Capacitação dos Profissionais da Educação e da Saúde e de Jovens; 4. Monitoramento e Avaliação da Saúde dos Estudantes; 5. Monitoramento e Avaliação do Programa. Links: 1. PNAISC: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/w p- content/uploads/2018/07/Pol%C3%ADtica -Nacional-de-Aten%C3%A7%C3%A3o- Integral-%C3%A0-Sa%C3%BAde-da- Crian%C3%A7a-PNAISC- Vers%C3%A3o-Eletr%C3%B4nica.pdf 2. Caderneta de Saúde da Criança (MENINO): https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoe s/caderneta_saude_crianca_menino.pdf 3. Caderneta de Saúde da Criança (MENINA): https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoe s/caderneta_saude_crianca_menina.pdf Referencias: 1. Slides da professora. 2. PNAISC. https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2018/07/Pol%C3%ADtica-Nacional-de-Aten%C3%A7%C3%A3o-Integral-%C3%A0-Sa%C3%BAde-da-Crian%C3%A7a-PNAISC-Vers%C3%A3o-Eletr%C3%B4nica.pdf https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2018/07/Pol%C3%ADtica-Nacional-de-Aten%C3%A7%C3%A3o-Integral-%C3%A0-Sa%C3%BAde-da-Crian%C3%A7a-PNAISC-Vers%C3%A3o-Eletr%C3%B4nica.pdf https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2018/07/Pol%C3%ADtica-Nacional-de-Aten%C3%A7%C3%A3o-Integral-%C3%A0-Sa%C3%BAde-da-Crian%C3%A7a-PNAISC-Vers%C3%A3o-Eletr%C3%B4nica.pdf https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2018/07/Pol%C3%ADtica-Nacional-de-Aten%C3%A7%C3%A3o-Integral-%C3%A0-Sa%C3%BAde-da-Crian%C3%A7a-PNAISC-Vers%C3%A3o-Eletr%C3%B4nica.pdf https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2018/07/Pol%C3%ADtica-Nacional-de-Aten%C3%A7%C3%A3o-Integral-%C3%A0-Sa%C3%BAde-da-Crian%C3%A7a-PNAISC-Vers%C3%A3o-Eletr%C3%B4nica.pdf https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2018/07/Pol%C3%ADtica-Nacional-de-Aten%C3%A7%C3%A3o-Integral-%C3%A0-Sa%C3%BAde-da-Crian%C3%A7a-PNAISC-Vers%C3%A3o-Eletr%C3%B4nica.pdf https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2018/07/Pol%C3%ADtica-Nacional-de-Aten%C3%A7%C3%A3o-Integral-%C3%A0-Sa%C3%BAde-da-Crian%C3%A7a-PNAISC-Vers%C3%A3o-Eletr%C3%B4nica.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_crianca_menino.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_crianca_menino.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_crianca_menina.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_crianca_menina.pdf
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