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História 10

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PATRIMÔNIO HISTÓRICO CULTURAL 
BRASILEIRO
PATRIMÔNIO CULTURAL E ARTÍSTICO 
BRASILEIRO: REGIÃO SUDESTE E SUL
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Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Analisar as características patrimoniais das regiões Sudeste (formada por São Paulo, Rio de Janeiro, Minas
Gerais e Espírito Santo) e Sul (formada por Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
2. Observar grande parte do que essas duas regiões podem oferecer em termos de Turismo.
A diversidade cultural tem despertado grande interesse na área do Turismo. À guisa de introdução, nada mais
justo do que verificarmos a noção romana de patrimônio (patrimonium), a abordagem publicista religiosa do
patrimônio na Idade Média e os conceitos desenvolvidos posteriormente pelo modelo britânico e pelo francês,
chegando aos gabinetes de coleções no século XIX. Dessa forma, apoderando-se do conceito de patrimônio, o
caminho estará livre para que o conteúdo das próximas aulas seja descortinado.
1 Região Sudeste
A região Sudeste localiza-se entre as regiões Nordeste e Sul do Brasil. É composta pelos estados do Espírito
Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. A Mata Atlântica predominava na região, porém restaram poucas
áreas de vegetação nativa. Muito foi destruído pelas olarias, pela agropecuária e pelo desenvolvimento dos
centros urbanos.
O Sudeste é rico em recursos naturais. Os estados do Espírito Santo, de Minas Gerais e de São Paulo possuem
reservas reconhecidas como patrimônio mundial pela UNESCO. A população da região Sudeste é formada por
descendentes de europeus, africanos, indígenas e pela miscigenação dessas etnias. Ela recebeu um grande
número de nordestinos, que migraram fugindo do flagelo das secas, o que criou um ambiente multicultural
bastante acentuado.
A produção local contribui com mais de 50% da riqueza do país. Destacam-se o café, a cana-de-açúcar, a laranja e
os recursos minerais, entre eles, ferro, manganês e petróleo. As águas profundas dos litorais de São Paulo e do
Rio de Janeiro produzem 80% do petróleo consumido no país. O Sudeste tem indústrias de alta tecnologia, com
destaque para eletrônica, telecomunicações, informática e aeronáutica, localizadas, em sua maioria, no estado de
São Paulo.
2 Espírito Santo
Sobre o Espírito Santo (cuja capital é Vitória), destaca-se, primeiramente, a cidade de Guarapari, cidade que
possui muitas belezas naturais, tais como as areias monazíticas (são radioativas e terapêuticas) da praia de Areia
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Branca, frequentada por pessoas com problemas reumáticos. Essa localidade é responsável pela difusão do prato
típico do estado, preparado com frutos do mar em panelas de barro e chamado moqueca capixaba.
Houve, na região, grande presença de imigrantes da Itália, da Alemanha e da Áustria para trabalhar no plantio do
café. Essa nova força de trabalho contribuiu com o desenvolvimento do estado, ajudando a enriquecer algumas
cidades, dentre elas, a de Cachoeiro do Itapemirim.
O Espírito Santo possui treze bens tombados pelo IPHAN. Dentre eles, destaca-se o Santuário Nacional de
Anchieta, que é um conjunto arquitetônico, tombado em 1943, e construído entre os séculos XVI e XVII. O
monumento foi restaurado em 1994 para recuperar características originais de sua fundação.
O Convento da Penha, construído na cidade de Vila Velha, em 1558, é um dos bens mais antigos do Espírito
Santo. Ele comemorou, em 2008, seus 450 anos. Em 1943, seu conjunto formado pela Capela de São Francisco,
pela gruta do Frei Palácios, pela ladeira das Sete Voltas e pelo seu entorno natural foi inscrito nos Livros do
Tombo Histórico e das Belas-Artes do IPHAN. Destacam-se também o Museu do Colono, na cidade de Santa
Leopoldina e o Palácio Anchieta, atual sede administrativa do governo e residência oficial do governador do
Espírito Santo.
O estado tem vários recantos naturais, muitos tombados pelo patrimônio estadual. Dentre elas, as Dunas de
Itaúnas e as formações rochosas conhecidas como Pedra do Elefante, que possui 600 metros de altitude. Além
disso, o IPHAN registrou no Livro dos Saberes, em 2002, a produção artesanal de panelas de barro da cidade de
Goiabeiras Velhas. Elas são utilizadas no preparo do prato típico moqueca capixaba.
3 Minas Gerais
Sobre Minas Gerais, ao longo do século XIX, após ter se findado o ciclo aurífero, a economia de mineira se voltou
para as atividades agropecuárias, formando novos polos regionais importantes, entre os quais se destaca a
produção de leite, que se transformou em uma produção mantida no estado até hoje. Minas Gerais tem a maior
produção leiteira do país, atualmente.
As cidades mineiras coloniais apresentam raízes na arte portuguesa. No entanto, o uso de materiais locais
imprime um caráter deveras peculiar que pode ser apreciado nas obras de Aleijadinho e Mestre Ataíde. Entre as
cidades que se destacam por essa arte, podemos citar: Ouro Preto, Mariana, Congonhas, Tiradentes, Diamantina,
São João del Rei e Sabará.
O estilo barroco mineiro se apresenta na arquitetura, na escultura e na pintura, destacando a produção artística
dessa região no cenário nacional. Podemos exemplificar o barroco mineiro no prédio da Casa da Câmara e Cadeia
da antiga Vila Rica, de 1780. Atualmente, está localizado na Praça Tiradentes, na cidade de Ouro Preto, onde
passou a funcionar, desde 1942, o Museu da Inconfidência. Lá, encontramos o Panteão dos Inconfidentes, no qual
repousam os restos mortais de alguns conjurados.
- -4
Segundo dados do MOPEC (Movimento Popular Ecológico), o último ecossistema de manguezal remanescente da
Mata Atlântica, em Sergipe, não ultrapassa 1% de área no estado. Dos manguezais existentes na década de 1980,
há só 50% restante do original. A mata do Crasto é uma das que estão em bom estado de preservação.
A linguagem dos sinos, por sua vez, é um dos patrimônios imateriais do estado. Desde os tempos medievais, o
soar dos sinos regulava a vida coletiva das vilas e cidades, assim como a vida particular dos indivíduos, que
poderiam estar ligados à fé católica ou não. A Linguagem dos Sinos teve seu tombamento concedido pelo IPHAN
em 2009 como bem imaterial brasileiro.
A fabricação artesanal dos queijos recebeu do Iphan, em 2008, o registro de patrimônio cultural imaterial do
Brasil. Os produtores artesanais não aceitaram a obrigatoriedade de pasteurização dos queijos, porque alteraria
a tradição de produzir queijo a partir do leite cru.
4 Rio de Janeiro
Sobre o Rio de Janeiro, com a descoberta de minas de ouro e de pedras preciosas na região de Minas Gerais, a
cidade do Rio de Janeiro foi qualificada como nova capital, devido à proximidade daquela região e pela boa
localização de seus portos, o que facilitava o controle da produção e do escoamento dessa riqueza para a Europa.
Cabe ressaltar, no entanto, que a três primeiras décadas do século XX testemunharam grande transformação nos
processos econômicos da região. A lavoura tradicional fluminense de café entrou em processo de desaceleração
e decadência, sendo substituída na economia do país pelo desenvolvimento industrial, com destaque para a
construção da Companhia Siderúrgica Nacional, na cidade de Volta Redonda.
5 São Paulo
Sobre São Paulo, em decorrência da abolição da escravatura, abriu-se espaço para os imigrantes estrangeiros
virem trabalhar nas plantações de café. Em virtude disso, novos aspectos culturais se somaram às características
paulistas. A necessidade de mão de obra para a crescente demanda nas lavouras de café atraiu para a província
grande número de imigrantes, em sua maioria italianos.
Para abrigar a sede da São Paulo Railway Company Ltd., criada, em 1867, com capital inglês, foi construída uma
estação ferroviária no bairro da Luz, na capital paulista. Em 1901, a construção original foi substituída pela atual,
com estrutura eclética em ferro fundido, importado da Inglaterra em peças pré-moldadas e alvenaria. A Estação
da Luz é ponto turístico imperdível para quem visita a cidade de São Paulo.
6 Rio Grandedo Sul
Agora, para darmos início à análise do potencial turístico e patrimonial da região Sul, abordaremos o Rio Grande
do Sul, cuja capital é Porto Alegre. De todos os estados brasileiros, o Rio Grande do Sul é o mais meridional do
país. Isso já representa um dos vários atrativos para turistas nacionais e estrangeiros, pois o clima do referido
estado se aproxima muito do clima europeu.
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Além do clima ameno, as paisagens são semelhantes às europeias e, somando-se a isso, ainda conta com um
patrimônio cultural, natural, material e imaterial bem característico. As influências europeias contribuíram para
as manifestações culturais, em forma de música, de danças, de culinária e de folclore.
Como representantes do patrimônio material do estado gaúcho, destacam-se a Ponte do Imperador (na cidade
de Ivoti), a casa onde viveu Bento Gonçalves (um dos líderes da Revolução Farroupilha e natural de Triunfo) e o
Conjunto Arquitetônico da Praça da Matriz (no centro histórico de Porto Alegre). Um passeio de barco pelo
Guaíba é uma atividade que possibilita a visão panorâmica do centro de Porto Alegre. Em seguida, os turistas
ainda podem apreciar o pôr-do-sol às margens do Guaíba, ao lado da Usina do Gasômetro.
A respeito do patrimônio cultural imaterial do estado, destaca-se o hábito de se beber chimarrão. Trata-se de
uma herança das culturas autóctones da América do Sul e que agrega valores como o sentimento de
hospitalidade e de identidade do gaúcho. Dentre as danças tradicionais gaúchas, destacam-se o Anu, o Balaio, a
Cana Verde, o Caranguejo e o Chote de Duas Damas.
Paralelamente a esses patrimônios, importa informar que o Rio Grande do Sul possui vários museus,
incentivados e apoiados pelo Sistema Estadual de Museus (SEM/RS). No centro de Porto Alegre, por exemplo,
encontra-se o Museu do Trabalho, anexo ao qual fica uma escola de teatro.
7 Santa Catarina
O próximo estado sulista a ser apresentado é Santa Catarina, cujo gentílico é catarinense (ou barriga-verde) e
cuja capital é Florianópolis. No início, o nome da capital era Nossa Senhora do Desterro (nome dado em
homenagem à padroeira da região), mas, em 1894, foi alterado para Florianópolis, em homenagem ao então
presidente da República, Floriano Peixoto.
Atualmente, o estado barriga-verde contém 33 bens de patrimônio material tombados pelo Iphan. Dezesseis
deles se encontram em Florianópolis, sendo diversas fortalezas erguidas pelos portugueses ao longo do litoral,
para o fito de proteção contra as investidas espanholas.
8 Paraná
O próximo estado sulista a ser analisado é o Paraná, cuja capital é Curitiba. O estado paranaense começou a
desenvolver medidas oficiais de proteção de seu patrimônio material em 1953. Ao todo, o Iphan conseguiu
tombar 24 bens no estado. O primeiro a ser tombado, no ano de 1962, foi a Igreja da Ordem Terceira de São
Francisco de Chagas, em Paranaguá.
Já em 1986, o próprio estado realizou o tombamento da Serra do Mar (uma grande área que contém natureza e
diversos povoamentos). Assim como em outros estados, o Paraná também protege muitos sítios arqueológicos
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desde 1961. Dentre eles, podemos citar os seguintes: o Sítio Arqueológico Morro das Tocas e o das Ruínas de
Reduções Jesuíticas de Ciudad de Guairá e de Santo Ignácio, que foram erguidas quando a maior parte do
território paranaense estava sob domínio dos espanhóis.
Sobre o patrimônio arquitetônico paranaense, destaca-se o centro histórico da cidade de Lapa, com mais de
duzentas construções tombadas. A respeito do patrimônio natural do Paraná, importa dizer que o Salto de Sete
Quedas (uma cachoeira) foi completamente submersa para que a Usina Hidrelétrica de Itaipu pudesse funcionar.
No entanto, ainda há o Parque Nacional do Iguaçu e as APAS (Áreas de Proteção Ambiental), como a APA e
Guaraqueçaba e a APA de Guaratuba. É nesse estado que se encontra um patrimônio histórico e cultural da
humanidade, o Parque Nacional do Iguaçu. Há, também o Parque Histórico do Mate, localizado no município de
Campo Largo.
Em Curitiba, destacam-se o antigo Paço Municipal que abriga atualmente o Museu Paranaense e a Estrada de
Ferro Curitiba-Paranaguá, cujos trens percorrem cerca de 110 quilômetros em meio à Mata Atlântica da Serra do
Mar numa viagem de quatro horas. Sobre o patrimônio imaterial do estado, destacam-se as Cavalhadas de
Guarapuava (manifestação religiosa que ocorre durante a Festa do Divino) e o Fandango (festa típica dos
caboclos e pescadores do litoral). Por fim, destaca-se a culinária paranaense, com o barreado (prato típico do
litoral).
Saiba mais
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-71832003000200012&script=sci_arttext
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-70122011000200004
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252012000200024&script=sci_arttext
http://www.anpad.org.br/admin/pdf/2013_EnANPAD_MKT2292.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-40602013000300020&script=sci_arttext
• Religião, patrimônio histórico e turismo na Semana Santa em Tiradentes (MG).•
• Políticas públicas para o desenvolvimento do turismo cultural na Praça XV de 
Novembro – Rio de Janeiro.
•
• Desafios para se preservar o patrimônio rural.•
• “TOMAS UM MATE?”: Uma Análise da Cultura de Consumo do Chimarrão em 
um Contexto Urbano
•
• Paranaense•
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-71832003000200012&script=sci_arttext
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-70122011000200004
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252012000200024&script=sci_arttext
http://www.anpad.org.br/admin/pdf/2013_EnANPAD_MKT2292.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-40602013000300020&script=sci_arttext
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CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Analisou as características patrimoniais das regiões Sudeste (formada por São Paulo, Rio de Janeiro, 
Minas Gerais e Espírito Santo) e Sul (formada por Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
• Observou grande parte do que essas duas regiões podem oferecer em termos de Turismo.
•
•
	Olá!
	
	CONCLUSÃO

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