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REGRAS DE POLIDEZ, IMPLICATURA, PRESSUPORTO, PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO

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REGRAS DE POLIDEZ, IMPLICATURA, PRESSUPORTO, PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO
1- As regras de polidez articulam-se sobre a teoria das faces, desenvolvida por Brown e Levinson, na sequência dos trabalhos de Goffman, em que “face” é o amor-próprio do sujeito. Há uma face positiva e outra negativa. A face positiva deriva da necessidade de ser apreciado e reconhecido pelo outro, é a boa imagem que o sujeito tem de si mesmo. Na interação social, o indivíduo procura salvar sua face. A polidez linguística tem por efeito diminuir os efeitos negativos dos atos ameaçadores da face. Para tanto, recorre-se aos atos de fala indiretos. Ex: não dar uma ordem brutalmente, mas expressar um desejo. Essa é uma estratégia de polidez linguística. Há também atos de valorização da face, como cumprimentos e elogios.
Há uma polidez positiva, em que se busca produzir e reforçar atos valorizadores da face, em que se busca produzir e reforçar atos valorizadores da face, e uma polidez negativa, em que se procura evitar e minimizar os atos ameaçadores da face. Essas ações são culturais.
2- As implicaturas convencionais são desencadeadas por uma expressão linguística. As implicaturas conversacionais são provocadas por princípios gerais ligados à comunicação, ou seja, suscitada pelo contexto.
3- Estão relacionadas ao princípio de cooperação que regem a comunicação. Para Grice, o falante leva em conta sempre, em suas intervenções, o desenrolar da conversa e a direção que ela toma. O princípio da cooperação é explicitado por 4 categorias gerais: a da quantidade das informações dadas (máxima da quantidade), a de sua verdade (máxima da qualidade), a de sua pertinência (máxima da relação) e a da maneira como são formuladas (máximas de maneira). A ironia, por exemplo, é uma exploração da máxima de qualidade, de acordo com essa teoria. 
4- Pressuposto é veiculado pelo enunciado no qual se acha inscrito. Devem ser verdadeiros ou tomados como tal. Esse mecanismo linguístico é um recurso argumentativo. Ex: Pedro parou de fumar. Subentendido depende de um contexto particular. São informações veiculadas por um dado enunciado, cuja atualização depende da situação de comunicação. Ex: “É só uma gripezinha”, frase do presidente do Brasil sobre o corona vírus. O subentendido é a tolice do presidente em, não sendo autoridade da saúde, contrariar as recomendações da OMS. A mesma frase, em outro contexto, teria outro sentido, como uma mão dizendo isso para um adolescente que espirrou e ficou muito preocupado, em tempos pré pandemia. 
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