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Prof. Marcus dos Reis UNIDADE I Mecânica dos Solos e Fundações Mecânica dos solos e fundações 1. Trataremos aqui da estrutura da Terra: a crosta terrestre e de seu elemento formador, que são as rochas. 2. Posteriormente, serão estudados os solos, os quais são formados pela decomposição das rochas. 3. Serão estudados os principais elementos de interesse relativos às rochas e aos solos voltados à engenharia civil. Por fim, veremos as fundações, que são os elementos de interface entre as edificações e o solo. Introdução Superfície terrestre, onde se encontram os solos e as rochas. A crosta terrestre Figura: ilustração esquemática da crosta terrestre Fonte: acervo próprio 120 Km MANTO NÚCLEO CROSTA TERRESTRE CENTRO DA TERRA Núcleo: parte da Terra onde se concentram os maiores níveis de pressão e temperatura, sendo a camada mais profunda. Dividida em duas partes, núcleo externo e núcleo interno, em que o externo, provavelmente, é composto por ferro metálico e outros elementos e o interno é constituído de ferro e níquel. Manto: é a maior camada da Terra, apresentando maior volume, massa e extensão, composto por rochas em estado pastoso ou fluido. Crosta: é possível considerá-la como a camada sólida do planeta, que se manifesta externamente e que é composta por rochas e minerais. Estrutura da rocha, que é constituída por minerais. Um mineral é um corpo sólido, cristalino, que resulta da interação de diversos processos físico-químicos em ambientes geológicos. Os minerais mais comuns são: Anfibólios: extremamente complexos, são constituídos por, pelo menos, 86 silicatos diversos de dupla cadeia de SiO4. Feldspatos: constituintes de rochas que compõem, aproximadamente, 60% de toda a crosta terrestre. Minerais Hematita: é bastante comum na natureza e principal constituinte do minério de ferro, apresentando cor cinza ou preta. Magnetita: é um mineral magnético formado pelo óxido de ferro (II,III), dado pela fórmula Fe3O4. Piroxênios: são cristais que se cristalizaram antes ou durante a erupção, ficando embebidos na rocha derretida resultante do resfriamento do magma. Quartzo: formado, principalmente, por cristais trigonais compostos por tetraedros de sílica (SiO2), nos quais cada oxigênio fica dividido entre dois tetraedros. Minerais As rochas são agregados naturais de um ou mais minerais e que constituem unidades mais ou menos definidas, mas distintas entre si na crosta terrestre. Quanto à quantidade de minerais formantes de uma rocha, temos: Rocha simples: formada apenas por um mineral. Por exemplo: quartzito – mineral único: quartzo. Rocha composta: formada por mais de uma espécie de mineral. Por exemplo: granito – minerais presentes: quartzo, feldspato e mica. Quanto à origem, as rochas podem ser divididas em: magmáticas ou ígneas, sedimentares e metamórficas. Rochas Formas intrusivas mais comuns Figura: ilustração esquemática de rochas magmáticas e ígneas Fonte: acervo próprio. Derrame Derrame Grande massa de magma (Batólito) Vulcão Dique Dique Dique Sill Sill Basalto: rocha extrusiva mais abundante da crosta terrestre, originária de extensos derrames de lava. Diabásio: rocha intrusiva de composição idêntica ao basalto, mas apresentando granulação mais grossa, visível a olho nu. Ocorre, geralmente, nas formas de diques e sills. Granito: rocha intrusiva, ocorrendo, geralmente, na forma de batólitos. Apresenta coloração clara e textura uniforme, granular. Principais rochas magmáticas A camada sólida do planeta que se manifesta externamente e que é composta por rochas e minerais é possível considerá-la como sendo: a) Núcleo. b) Manto. c) Crosta. d) Granito. e) Basalto. Interatividade 120 Km MANTO NÚCLEO CROSTA TERRESTRE CENTRO DA TERRA Figura: ilustração esquemática da crosta terrestre Fonte: acervo próprio A camada sólida do planeta que se manifesta externamente e que é composta por rochas e minerais é possível considerá-la como sendo: a) Núcleo. b) Manto. c) Crosta. d) Granito. e) Basalto. Resposta 120 Km MANTO NÚCLEO CROSTA TERRESTRE CENTRO DA TERRA Figura: ilustração esquemática da crosta terrestre Fonte: acervo próprio Conjunto de processos que ocasionam a desintegração e a decomposição das rochas, pela ação de agentes atmosféricos e biológicos. Podem se distinguir dois tipos de intemperismo, o físico e o químico. O intemperismo físico (desintegração) é ação de esforços mecânicos sobre a rocha, cujos agentes são: Variação da temperatura: expansões e contrações da rocha produzida por variações de temperatura. Congelamento: a água, ao se congelar, aumenta 10% em volume. Cristalizações de sais: a água que circula pelas fendas da rocha pode conter sais dissolvidos. Intemperismo O intemperismo químico (decomposição) é ação química de substâncias presentes na água sobre a rocha: Classificação das rochas sedimentares quanto à origem Todo solo tem sua origem imediata ou remota na ação do intemperismo sobre as rochas. Quando permanece no próprio local (residual). Quando é carregado pela água das enxurradas ou rios, vento ou gravidade, ele é denominado transportado. Origem e natureza dos solos São ensaios para a determinação de índices e parâmetros do solo a fim de se identificar, classificar e prever o comportamento mecânico dos solos. A primeira característica para a diferenciação dos solos é o tamanho das partículas constituintes. Ensaios de caracterização Granulometria dos agregados (solos) Figura: exemplo de curva Granulométrica. Fonte: acervo próprio. Escala granulométrica Figura: escala granulométrica (tamanho de partículas) Fonte: ABNT NBR 6502/95 e MIT ABNT: Argilas Argilas Siltes Siltes Fina Fina Areias média Areias média Grossa Pedegrulhos Pedegrulhos 0,005 0,05 0,42 2 4,8 2 Grossa 0,002 0,06 0,2 0,6 D (mm) D (mm) D (mm) Na granulometria dos agregados (solos), para o reconhecimento do tamanho dos grãos de um solo realiza-se a análise granulométrica, em geral, em duas fases: peneiramento e sedimentação, produzindo-se a curva granulométrica. A análise por peneiramento tem como limitação a abertura da malha das peneiras, logo, qual a menor peneira empregada para o ensaio e a sua respectiva abertura da malha em milímetro (mm)? a) Peneira n. 100 de abertura da malha 0,150 mm. b) Peneira n. 80 de abertura da malha 0,180 mm. c) Peneira n. 200 de abertura da malha 0,068 mm. d) Peneira n. 200 de abertura da malha 0,075 mm. e) Peneira n. 270 de abertura da malha 0,053 mm. Interatividade Na granulometria dos agregados (solos), para o reconhecimento do tamanho dos grãos de um solo realiza-se a análise granulométrica, em geral, em duas fases: peneiramento e sedimentação, produzindo-se a curva granulométrica. A análise por peneiramento tem como limitação a abertura da malha das peneiras, logo, qual a menor peneira empregada para o ensaio e a sua respectiva abertura da malha em milímetro (mm)? a) Peneira n. 100 de abertura da malha 0,150 mm. b) Peneira n. 80 de abertura da malha 0,180 mm. c) Peneira n. 200 de abertura da malha 0,068 mm. d) Peneira n. 200 de abertura da malha 0,075 mm. e) Peneira n. 270 de abertura da malha 0,053 mm. Resposta O solo é constituído de partículas sólidas, mas podem ser encontrados vazios que podem estar preenchidos por água, ar ou ambos. Compõe-se, portanto, de três fases, como apresentado na figura a seguir. Solo = sólidos + vazios = sólidos + vazios + ar Índices físicos Figura: vista esquemática ampliada de um solo hipotético Fonte: acervo próprio Os índices físicos a seguir se referem às relações entre peso e volume das três fases, como mostra a figura na sequência, servindo para identificar o estado em que os solos se encontram. Índices físicos Figura: as três fases do solo Fonte: acervo próprio Relaçãoentre pesos: teor de umidade, 𝑤, em porcentagem. Relações entre volumes: porosidade, 𝑛, em porcentagem (pouco usado na prática). 0 ≤ n ≤ 100% Índice de vazios, e Índices físicos Índice de vazios, e Grau de saturação, S , em porcentagem. 0 ≤ 𝑆 ≤ 100% Relações entre pesos e volumes: Peso específico natural, Peso específico aparente seco, Peso específico dos grãos, Peso específico da água, Índices físicos Peso específico aparente saturado, Relações entre índices físicos Dos índices físicos anteriormente definidos, três são determinados por ensaios de laboratório: (W, n, s) e um é, normalmente, adotado (w). Os demais são calculados a partir de relações indiretas, indicadas a seguir. Índices físicos A partir deles: relações indiretas (relação não necessária, mas conveniente em certos problemas) Outras: Se S= Portanto: A partir deles: relações indiretas Teor de umidade (w,%) Pesar uma quantidade de solo em seu estado natural (Pt). Secar o solo em estufa a 105 ºC até estabilizar o peso. Pesar novamente (Ps). Determinação de índice físico em laboratório Uma amostra de solo foi deixada secar ao ar até a sua umidade higroscópica. Foi tomada a porção do solo para determinação da umidade, obtendo-se os seguintes valores durante o ensaio: (amostra 01: massa do solo + cápsula = 117,52 g; massa da cápsula = 50,02 g; massa do solo seco + cápsula = 103,43 g). a) 25,18%. b) 26,38%. c) 26,28%. d) 25,30%. e) 28,55%. Interatividade Uma amostra de solo foi deixada secar ao ar até a sua umidade higroscópica. Foi tomada a porção do solo para determinação da umidade, obtendo-se os seguintes valores durante o ensaio: (amostra 01: massa do solo + cápsula = 117,52 g; massa da cápsula = 50,02 g; massa do solo seco + cápsula = 103,43 g). b) 26,38%. Desenvolvimento (resolução): Massa do solo úmido + cápsula = 117,52 g; Massa da cápsula = 50,02 g; massa do solo seco + cápsula = 103,43 g. w = ((117,52 – 103,43) / (103,43 – 50,02)*100) = 26,38%. Resposta Na expressão s = Ps/Vs, a dificuldade está na determinação de Vs. No ensaio, utiliza-se um picnômetro, o qual é visto na figura a seguir, que é um frasco apropriado, com uma marca de referência em seu gargalo, correspondente a um volume de 500 ou 1.000 cm³. Determina-se o peso do picnômetro cheio de água até a marca de referência, igual a (Pp+w). Peso específico dos grãos Coloca-se um certo peso seco conhecido do solo (Ps) no picnômetro, que é completado com água até a marca de referência e então pesado (Pp+w+s). Então: Peso específico dos grãos Figura: esquema do Picnômetro Fonte: arquivo próprio P1 = Peso do picnômetro seco e vazio P2 = Peso do picnômetro + amostra P3 = Peso do picnômetro + amostra + água P4 = Peso do picnômetro + água Peso específico dos grãos Dadas as características técnicas determinadas por meio do ensaio realizado na amostra de solos apresentadas a seguir, pede-se para determinar a densidade real (Dt = s). Sendo: P1 = Peso do picnômetro seco e vazio 148,9(g); P2 = Peso do picnômetro + amostra 162,4(g); P3 = Peso do picnômetro + amostra + água (654,0)g; P4 = Peso do picnômetro + água 646,1(g). a) 2,411. b) 2,327. c) 1,873. d) 3,182. e) 1,976. Interatividade Dadas as características técnicas determinadas por meio do ensaio realizado na amostra de solos apresentadas a seguir, pede-se para determinar a densidade real (Dt = s). Sendo: P1 = Peso do picnômetro seco e vazio 148,9(g); P2 = Peso do picnômetro + amostra 162,4(g); P3 = Peso do picnômetro + amostra + água (654,0)g; P4 = Peso do picnômetro + água 646,1(g). = 2,411 g/cm³. a) 2,411. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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