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EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
PCR
DEFINIÇÃO
A parada cardiopulmonar ou parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como a ausência de atividade mecânica cardíaca, que é confirmada por ausência de pulso detectável, ausência de responsividade e apneia ou respiração agônica, ofegante. O termo “parada cardíaca” é mais comumente utilizado quando se refere a um paciente que não está respirando e não tem pulso palpável.
Epidemiologia da Parada Cardiorrespiratória
Os dados na literatura quanto à incidência de PCR no Brasil são escassos. O principal ritmo de PCR em ambiente extra-hospitalar é a Fibrilação Ventricular (FV) e a Taquicardia Ventricular (TV), chegando a quase 80% dos eventos, com bom índice de sucesso na reversão, se prontamente tratados. Quando a desfibrilação é realizada precocemente, em até 3 a 5 minutos do início da PCR, a taxa de sobrevida é em torno de 50% a 70%. Em contrapartida, em ambiente intra-hospitalar, o ritmo de PCR mais frequente é Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP) ou assistolia, com pior prognóstico e baixas taxas de sobrevida, inferiores a 17%.
200.000 Parada Cardiorrespiratória (PCR) anualmente 
100.000 Ambiente hospitalar
100.000 Ambiente externo
Causas
	5H’s	5T’s
	Hipovolemia 	Tensão no tórax (Pneumotórax) 
	Hipóxia	Tamponamento cardíaco
	Hipo/hipercalemia	Tóxicos (drogas)
	Hidrogênio (acidose)	Trombose pulmonar (embolia pulmonar) 
	Hipotermia	Trombose coronária (infarto agudo do miocárdio)
		
Sinais/ sintomas da PCR
Perda da Consciência 
Ausência de Ventilação 
Ausência de Pulso Central
Sinais de PCR
- Taquicardia Ventricular sem pulso (TVSP); 
- Fibrilação Ventricular sem pulso (FVSP); 
- Assistolia; 
- Atividade Elétrica sem Pulso (AESP).
Atividade Elétrica sem Pulso (AESP)
Existe estímulos elétricos regulares no ECG, porém está ausente a resposta mecânica do miocárdio, com ausência de pulso;
Acomete: politraumatizados, intoxicação exógenas, etc
Ressuscitação cardiopulmonar (RCP)
Atendimento Hospitalar e pré-hospitalar;
 Suporte básico de vida e suporte avançado de vida;
Profissionais e leigos
Ressuscitação cardiopulmonar (RCP)
Sequência de procedimentos sistematizados no conceito de corrente de sobrevivência com a finalidade de retorno da circulação espontânea e da sobrevivência com boa função neurológica
Suporte de Vida 
Ações realizadas nos minutos iniciais de atendimento a uma emergência que são crítica para a sobrevivência da vítima; É a sequência primária de ações para salvar vidas. Materiais e equipamentos e recursos humanos: avançado e básico
Avalie a segurança do local 
C - Checar a responsividade, respiração e pulso*, concomitantemente, da vítima 
Chamar por ajuda Compressões
A - Abertura das vias aéreas
B - Boa ventilação
D - Desfibrilação
C Avalie a responsividade da vítima chamando-a e tocando-a pelos ombros; 
A Se não responder, avalie sua respiração observando se há elevação do tórax em menos de 10 segundos. Poderá não apresentar respirações ou apresentar “gasping”.
Se apresentar pulsações: ventilar a cada 6 segundos, FR=10mpm;
B Caso contrário: iniciar as compressões e ventilações;
D 
Leigos: não necessário checar pulso; Profissionais: respiração e pulso juntos (AHA, 2015) 
Pontos essenciais no sucesso do atendimento da
parada cardiorrespiratória (PCR)
Reconhecimento de PCR: o sucesso depende do atendimento imediato e pronto reconhecimento, ressaltando o novo conceito de PCR como a ausência de pulso carotídeo ou presença de gasping. Ainda, deve-se sempre suspeitar de uma PCR em pacientes durante uma crise convulsiva.
Pontos essenciais no sucesso do atendimento da
parada cardiorrespiratória (PCR)
Treinamento e implementação: a capacitação e o exercício do algoritmo de RCP é fundamental para o êxito do retorno da circulação espontânea. O uso de manequins e materiais auxilia de forma satisfatória no aprendizado e na fixação do conteúdo, não se devendo esquecer da necessidade dos retreinamentos periódicos, com tempo recomendado de 1 a 2 anos. Não entanto pode ser insuficiente; assim, quanto mais precoce, melhores os resultados
Pontos essenciais no sucesso do atendimento da
parada cardiorrespiratória (PCR)
Feedback durante a PCR: a interação entre os participantes é importante para melhorias no atendimento e fácil reconhecimento de erros na assistência
Ênfase na RCP: mais uma vez, as compressões cardíacas são o destaque, reforçando a necessidade de frequência cardíaca entre 100 e 120 compressões por minuto, com mínimo de interrupções e retorno completo do tórax
Pontos essenciais no sucesso do atendimento da
parada cardiorrespiratória (PCR)
Criação de sistemas de times de resposta rápida e sistemas de times de emergência médica: grupos formados por profissionais de saúde convocados na suspeita de instabilidade clínica ou da deterioração do paciente, prevenindo ou intervindo precocemente na PCR
Melhoria nas estruturas e nos sistemas de saúde: criação de um sistema integrado com treinamento de pessoas, auxílio de materiais e transportes para um atendimento unificado, Além da disponibilidade de DEA em locais públicos com alta movimentação de pessoas
Pontos essenciais no sucesso do atendimento da
parada cardiorrespiratória (PCR)
Cumprimento dos elos da cadeia de sobrevivência: ressaltando as diferenças entre uma PCR intra-hospitalar e extra-hospitalar, com foco na prevenção e na vigilância nos cuidados intra-hospitalares e pós-PCR nos dois âmbitos
Cuidados pós-PCR: ênfase na avaliação neurológica, cumprimento das metas hemodinâmicas e controle térmico, com menor variação de temperatura e prevenção de febre
Compressões Torácicas
Os aspectos principais a serem observados nas compressões são frequência, profundidade, retorno do tórax a cada compressão e interrupção mínima.
Compressões Torácicas
 Posicione-se ao lado da vítima e mantenha seus joelhos com certa distância um do outro, para que tenha melhor estabilidade.
Afaste ou corte a roupa da vítima (se uma tesoura estiver disponível), para deixar o tórax desnudo.
 Coloque a região hipotenar de uma mão sobre a metade inferior do esterno da vítima e a outra mão sobre a primeira, entrelaçando-a.
Compressões Torácicas
- Estenda os braços e os mantenha cerca de 90º acima da
vítima.
- Comprima na frequência de 100 a 120 compressões/
minuto.
- Comprima com profundidade de, no mínimo, 5 cm
(evitando compressões com profundidade maior que 6
cm)
- Permita o retorno completo do tórax após cada compressão, evitando apoiar-se no tórax da vítima.
Compressões Torácicas
- Minimize interrupções das compressões, pause no máximo
10 segundos para realização de duas ventilações. Considere
obter uma fração de compressão torácica maior possível,
tendo como objetivo um mínimo de 60%
- Reveze com outro socorrista a cada 2 minutos, para evitar
o cansaço e compressões de má qualidade
LEIGOS
No atendimento realizado por um leigo, estudos recomendam a realização de compressões torácicas contínuas, aumentando substancialmente a sobrevida de indivíduos que sofreram PCREH, ao se comparar com aqueles que não receberam nenhum atendimento de ressuscitação
Ventilação
As ventilações são aplicadas após 30 compressões
torácicas durante a RCP, seguindo a sequência C-A-B
Ventilação
Abertura das Vias Aéreas
Independentemente da técnica utilizada para aplicar
ventilações, é necessária a abertura de via aérea, que pode ser
realizada com a manobra da inclinação da cabeça e elevação
do queixo e, se houver suspeita de trauma, a
manobra de elevação do ângulo da mandíbula.
Ventilação 
Realização de Ventilações
Devem ser realizadas em uma proporção de 30 compressões para duas ventilações, com duração de apenas 1 segundo cada, fornecendo quantidade de ar suficiente para promovera elevação do tórax.
Ventilação 
Ventilação com a Máscara de Bolso: a Pocket Mask
Profissionais de saúde e socorristas leigos podem hesitar em realizar ventilações boca a boca. Assim, é indicada a utilização de uma máscara de bolso (pocket mask) para realização das ventilações.Ventilação 
Ventilação com Bolsa-Válvula-Máscara
O uso da BVM requer considerável prática e deve ser feito na presença de dois socorristas: um responsável pelas compressões e outro por aplicar as ventilações com o dispositivo. Se disponível oxigênio complementar, conecte-o na BVM, assim que possível, de modo a oferecer maior porcentagem de oxigênio para a vítima.
Ventilação 
Ventilação com Via Aérea Avançada
Quando uma via aérea avançada (por exemplo,
intubação endotraqueal, Combitube®, Máscara Laríngea)estiver instalada, o primeiro socorrista deve administrar compressões torácicas contínuas e o segundo socorrista, aplicar uma ventilação a cada 6 segundos − cerca de 10 ventilações por minuto. Não se devem pausar as compressões para aplicar as ventilações, em caso de via aérea avançada instalada.
Ventilação 
Ventilação em Vítima em Parada Respiratória
Vítima que não respira ou respira de forma ineficaz (gasping), porém apresenta pulso palpável, encontra-se em parada respiratória. Nesses casos, realize uma ventilação a cada 5 a 6 segundos (aproximadamente 10 a 12 ventilações por minuto) para vítimas adultas. O pulso deve ser checado a cada 2 minutos, com a finalidade de verificar se a parada respiratória progrediu para uma PCR, necessitando de RCP.
Desfibrilação
Desfibrilação precoce é o tratamento para vítimas em FV e TV sem pulso (TVSP) de curta duração, que apresentaram colapso súbito em ambiente extra-hospitalar sendo este o principal ritmo de PCR nesses locais. A Desfibrilação pode ser realizada com um equipamento manual ou o DEA. Este último pode ser utilizado por qualquer pessoa, assim que possível.
Nos primeiros 3 a 5 minutos de uma PCR em FV, o coração se encontra altamente propício ao choque. Após 5 minutos de PCR, a amplitude da FV diminui devido à depleção do substrato energético miocárdico. Assim, o tempo ideal para a aplicação do primeiro choque compreende os primeiros 3 a 5 minutos da PCR.
Assim que o DEA estiver disponível, o socorrista, se estiver sozinho, deve parar a RCP para conectar o aparelho à vítima. Porém, se houver mais de um socorrista, o segundo socorrista manuseia o DEA e, nesse caso, a RCP só é interrompida quando o DEA emitir um alerta verbal como: “analisando o ritmo cardíaco”, “não toque o paciente” e/ou “choque recomendado, carregando, afaste-se do paciente”.
Os passos para utilização do DEA são:
Ligue o DEA, apertando o botão on-off (alguns dispositivos ligam automaticamente ao abrir a tampa). Isso ativa os alertas verbais que orientam todas as etapas subsequentes.
Conecte as pás (eletrodos) ao tórax desnudo da vítima, observando o desenho contido nas próprias pás do posicionamento correto (selecionar pás do tamanho correto, adulto ou pediátrico, para o tamanho/idade do paciente. Remover o papel adesivo protetor das pás).
 Encaixe o conector das pás (eletrodos) ao aparelho.
 Quando o DEA indicar “analisando o ritmo cardíaco, não toque no paciente”, solicitar para que todos se afastem efetivamente.
5. Se o choque for indicado, o DEA emitirá a frase: “choque recomendado, afaste-se do paciente”. O socorrista que estiver manuseando o DEA deve solicitar para que todos se afastem.
6. Pressionar o botão indicado pelo aparelho para aplicar o choque, o qual produz uma contração repentina dos músculos do paciente.
7. A RCP deve ser iniciada pelas compressões torácicas, imediatamente após o choque. A cada 2 minutos, o DEA analisa o ritmo novamente e pode indicar novo choque, se necessário. Se não indicar choque, deve-se reiniciar a RCP imediatamente, caso a vítima não retome a consciência.
8. Mesmo se a vítima retomar a consciência, o aparelho não deve ser desligado e as pás não devem ser removidas ou desconectadas até que o serviço médico de emergência assuma o caso.
9. Se não houver suspeita de trauma, e a vítima já apresentar respiração normal e pulso, o socorrista pode lateralizar a vítima, porém deve permanecer no local até que o serviço médico de emergência chegue.
ATENÇÃO
• Excesso de pelos no tórax: remover o excesso de pelos, somente da região onde são posicionadas as pás.
• Tórax molhado: se o tórax da vítima estiver molhado, secar por completo; se ela estiver sobre uma poça d’água não há problema, porém se essa poça também envolver o socorrista, remover a vítima para outro local, o mais rápido possível.
• Marca-passo ou Cardioversor Desfibrilador Implantável (CDI): se estiver na região onde é indicado o local para aplicação das pás, afaste-as ou opte por outro posicionamento das pás (anteroposterior, por exemplo).
• Adesivos de medicamentos: remover o adesivo se estiver no local onde são aplicadas as pás do DEA; enxugue, se necessário.
- Crianças com até 25 kg: utilizar o DEA com pás pediátricas e/ou atenuador de carga. Se o kit DEA possuir somente pás de adulto, está autorizada a utilização delas, porém se o tórax for estreito, pode ser necessária a aplicação de uma pá na região anterior do tórax (sobre o esterno) e outra na região posterior do tórax (entre as escápulas), para que não se sobreponham. As pás infantis não devem ser utilizadas em adultos, pois o choque aplicado é insuficiente.
- Lactentes (zero a 1 ano): um desfibrilador manual é preferível, porém, se não estiver disponível, utilize o DEA com pás pediátricas e/ou atenuador de carga. Se este também não estiver disponível, utilize as pás de adulto, uma posicionada anteriormente (sobre o esterno) e a outra posteriormente (entre as escápulas). O prejuízo para o miocárdio é mínimo e há bons benefícios neurológicos.
Massagem Cardíaca Interna
A Massagem Cardíaca Interna (MCI) é superior à RCP padrão, pois promove maior pressão de perfusão coronariana. Esta técnica pode ser utilizada durante cirurgia com tórax ou abdome abertos ), podendo ser indicada em situações de Atendimento Pré-Hospitalar (APH) de ferimento por trauma perfurante com tempo de transporte elevado até serviço avançado.
Compressão Torácica e Abdominal Intercalada
A Compressão Torácica e Abdominal Intercalada (CTAI) é uma técnica que envolve a participação de três socorristas (compressor torácico, abdominal e o responsável pelas ventilações), promovendo o aumento do retorno venoso. Dois estudos randomizados intra-hospitalares mostraram diferença em relação à sobrevida, mas seguimentos de outras cortes não reproduziram estes achados. Dessa forma, recomendasse CTAI em ambiente hospitalar com equipe treinada.
Soco Precordial
Existem relatos de que o soco precordial pode reverter TV com baixa taxa de sucesso, permanecendo inconclusivo em algumas publicações. Esta técnica não tem valor em PCR não presenciada e somente deve ser empregada em PCR presenciada em ritmo de TVSP/FV enquanto se aguarda a chegada do desfibrilador. Eventualmente, o soco precordial pode transformar um ritmo perfundido em um não perfundido.
Suporte Avançado de Vida
- Ênfase na realização das manobras de RCP de boa qualidade; 
- Administração de drogas vasopressoras e antiarrítmicas; 
Obtenção de via aérea definitiva; 
Cuidados pós-parada. 
Obtenção de via aérea definitiva
ATENÇÃO 
Interromper o mínimo possível as compressões para realização desses procedimentos;
Após obtenção: ventilações entre 10 ventilações/ minuto a cada 6 segundos (AHA, 2019).
Administração de oxigênio durante a RCP
Uso de oxigênio: 100%; 
Acoplar a bolsa em uma fonte de oxigênio para ofertar 100%; 
Bolsa-valva-máscara: pode induzir o vômito (aspiração); 
Permitir elevar o tórax
Monitorização
Através de monitor multiparametro ou pelas pás do desfibrilador.
Desfibrilação – Terapia Elétrica
- Oferta terapêutica de corrente elétrica. Há completa despolarização, permitindo ao marcapasso natural, reassumir o comando da contração. 
Desfibriladores
Tipos: Monofásico e Bifásico
Desfibriladores
Carga elétrica:
Monofásico: 360J 
Bifásico: 120 a 200J
Dar 1 choque de 360J mono ou 120-200J bi, a cada 2 minutos (S/N)
 Imediatamente após, reiniciar ciclos;
Após 2 minutos: checagem ritmo. 
Vias de Acesso para Medicações
A sequência deacessos ou vias de administração de medicamentos em ordem de prioridade: 
1 - Cateter venoso periférico;
2 - Acesso intraósseo;
3 - Cateter venoso central;
4 - Via endotraqueal.
Cateter Venoso Periférico
- Locais: 1. Membros superiores (veia anticubital), 
- Administrar em bolus 20ml de solução salina e elevação do membro por 10 a 20 segundos); 
Acesso Intraósseo
Locais: tuberosidade tibial, região superior do esterno, maléolo medial e/ou lateral e espinha ilíaca anterossuperior.
Manter tal acesso por no máximo 24h. 
Cateter Venoso Central
Veias: Jugular Interna, Subclávia, Axilar e Femoral. 
Obs.: procedimento médico.
Acesso endotraqueal
Administrar 2 a 2,5 vezes a MAIS a dose recomendada EV, diluídas em 5-10ml de solução salina ou água destilada; 
Medicações que podem ser administradas pela COT;
V – vasopressina (diurético) 
A – atropina 
N – naloxone (opióide) 
E – epinefrina (adrenalina)
 L – lidocaína 
Medicações - PCR
ADRENALINA
- Vasocontrição sistêmica; 
Melhora fluxo cerebral e coronariano ; 
Aumenta as chances de restauração da circulação espontânea;
1 ampola = 1 mg = 1 ml
Dose na PCR: 
1 mg ( 1 ampola ou 1 ml ) IV/IO em bolus a cada 3 a 5 minutos
É administrada pura, sem diluição 
Medicações - PCR
Amiodarona
Antiarrítmico da classe III que age prolongando a duração do potencial de ação e o período refratário efetivo. Também diminui a frequência sinusal; prolonga o intervalo QT; e inibe os receptores alfa e beta-adrenérgicos não competitivamente.
Recomendações de Tratamento
Em casos de TSV; TV com pulso; PCR sem pulso (FV/TVSP). Dose: TSV e TV com pulso, 5 mg/kg intravenoso como dose de ataque, em 30 a 60 minutos, diluídos; dose máxima de 300 mg. Na PCR sem pulso (FV/TVSP): 5 mg/kg em bólus, com dose máxima de 300 mg, podendo ser repetido até uma dose máxima diária de 15 mg/kg (2,2 g em adolescentes).
Medicações - PCR
Glicose
É o principal substrato metabólico para o miocárdio de neonatos e fonte de energia nos episódios de isquemia. Lactentes e crianças cronicamente enfermas têm reservas limitadas de glicogênio e são rapidamente depletadas em episódios de estresse cardiovascular, gerando hipoglicemia. Os sinais clínicos de hipoglicemia podem simular choque/hipoxemia/PCR.
Recomendações de Tratamento
Checar concentração de glicose sérica durante a RCP e tratar prontamente a hipoglicemia. Não administrar soluções glicosadas durante RCP, se não houver hipoglicemia documentada.
Medicamentos para a Manutenção do Débito
Cardíaco Adequado
Dopamina
É uma catecolamina endógena, que estimula diretamente os receptores alfa 1 e beta 1, e age como pré-requisito para produção de noradrenalina.
Dose: intravenoso/intraóssea 2 a 20 mcg/kg/minuto em infusão, titulados até efeito desejado.
Precauções
Pode causar taquicardia, arritmias, hipertensão, necrose local (se houver infiltração) e vasoconstrição periférica. A função da tireoide pode ser afetada por uso prolongado (adopamina pode inibir liberação do Hormônio Estimulante da Tireoide − TSH).
Outras drogas utilizadas 
Gluconato de cálcio; 
 Sulfato de magnésio; 
Adenosina; 
Bicabornato de cálcio
Situações especiais
Grávidas; 
Trauma; 
Afogamento; 
Choque elétrico
Parada Cardiorrespiratória por Eletrocussão por
Raios e Eletricidade
Em adultos, injúrias elétricas são comuns em locais de trabalho e choques de alta voltagem; enquanto as crianças são mais afetadas no ambiente domiciliar, onde a voltagem é menor (110 a 220V).
Parada Cardiorrespiratória por Eletrocussão por
Raios e Eletricidade
Medidas de Segurança: Ao chegar no local, como em qualquer outro atendimento, a prioridade é a segurança dos socorristas e a segurança pública. Neste sentido, antes de começar o atendimento, garanta que qualquer fonte de eletricidade esteja desligada e o local esteja seguro. Correntes elétricas de alta voltagem podem arquear e serem conduzidas através do solo por até alguns metros.
Parada Cardiorrespiratória por Eletrocussão por
Raios e Eletricidade
Particularidades da Ressuscitação Cardiopulmonar: O manejo da via aérea pode ser difícil se ocorrerem queimaduras elétricas em torno da face e do pescoço. A IOT precoce é necessária nesses casos.
Paralisia muscular, especialmente após choques de alta voltagem, pode persistir por horas, e o suporte ventilatório é necessário durante este período.
A FV é a arritmia inicial mais comum após um choque elétrico em corrente alternada. O tratamento deve ser realizado com tentativa de desfibrilação imediata.
- Intervenção cirúrgica precoce deve ser considerada para pacientes com danos térmicos severos.
Parada Cardiorrespiratória no Trauma
No Brasil, de 1996 a 2013, causas externas ocuparam a terceira colocação dentre as causas de mortalidade geral, com 2.347.798 óbitos no período, ficando atrás apenas das doenças do aparelho circulatório e neoplasias.
Parada Cardiorrespiratória no Trauma
Particularidades dos Suportes Básico e Avançado no Trauma:
O algoritmo de atendimento do Advanced Trauma Life Support (ATLS) preconiza o direcionamento para os seguintes cuidados: estabilização da coluna cervical no politrauma ou naquele com envolvimento da cabeça e pescoço, por meio da manobra da “tração da mandíbula” (jaw thrust), ao invés das habituais “hiperextensão da cabeça” (head tilt) e “elevação do mento” (chin lift); prioridade no tratamento de causas reversíveis, como hipovovelmia (48%), hipoxemia (13%), pneumotórax hipertensivo (13%) e tamponamento cardíaco (10%), uma vez que as compressões torácicas têm menor eficácia em situações como hipovolemia, tamponamento cardíaco e pneumotórax hipertensivo.
Afogamento
O afogamento é uma das principais causas evitáveis de
morte acidental. Acomete sobretudo jovens, sendo o abuso
do álcool um dos seus maiores fatores contribuintes, além da imprudência decorrente do excesso de confiança da vítima em suas habilidades de natação ou negligência dos pais, em casos envolvendo crianças. Também podem ser precipitados por convulsão, traumatismos, doenças cardiopulmonares e acidentes de mergulho.
Afogamento
Particularidades dos Suportes Básico e Avançado no Afogamento: 
• Cuidados com o socorrista: evitar a submersão e usar uma boia ou outro objeto de flutuação intermediária entre ele e as vítimas, sempre que possível.
• Na ocorrência de parada respiratória, mas ainda na presença de pulso, a realização de cinco a dez ventilações ainda dentro d’água aumenta as chances de sucesso do salvamento. Para isto, é necessário que se tenham o treinamento adequado e a segurança para sua execução.
• De modo geral, as compressões torácicas não devem ser realizadas dentro d’água.
• Fora d’agua, a modalidade de “só compressões” cardíacas (hands only), embora possa ser alternativa para o socorrista leigo, tem menor impacto no cenário do afogamento.
• A imobilização da coluna cervical não é recomendada rotineiramente, exceto em casos de afogamento em local pouco profundo, em pacientes politraumatizados, acidentes presenciados ou com mecanismo compatível.
• Evitar tentativas de drenagem da água aspirada.
• A RCP em casos de afogamento deverá continuar utilizando o ABC, pela natureza de sua PCR ser hipóxica. O socorrista deverá abrir as vias aéreas (A), realizar ventilação de resgate (B) e iniciar compressões torácicas (C) na relação de 30 compressões para 2 ventilações.
• O DEA pode ser usado após secar o tórax da vítima, mas lembrar que a PCR por causa respiratória ocorre predominantemente em ritmo não chocável, exceto quando a FV acontece como consequência evolutiva ou quando o afogamento é desencadeado por comorbidade clínica.
• O Suporte Avançado, por sua vez, envolve a intubação traqueal precoce, com restrição do uso de dispositivos supraglóticos, uma vez que pode ser necessária a titulação de Pressão Positiva Expiratória Final (PEEP) alta e ventilação protetora, de acordo com a hipoxemia e a instalação de Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA).
• Antibióticos profiláticos não estão indicados, embora seja comum a ocorrência de pneumonia após afogamento.SBV Pediátrico
- Causas PCR: asfixia ou traumas; 
- Bebês (lactentes): até 1 ano de idade e crianças: até 10 anos. 
- Apesar da maioria das causas por PCR ser por hipoxemia e tendo em vista que na maioria das vezes nenhuma manobra é realizada, recomenda-se iniciar o C - A – B – D o mais prontamente, semelhante ao adulto.
C - Checar a responsividade e respiração da vítima 
 Chamar por ajuda 
 Compressões (30)
A - Abertura das vias aéreas 
B - Boa ventilação (2)
D – Desfibrilação 
Observar a NÃO reação da criança
 Pulso carotídeo Ou femural: <60bpm
Compressões com 1 ou 2 mãos
Crianças de 1-8 anos: pás pediátricas e/ou atenuador de carga. Uma no esterno e outra na escápula; 
Lactentes: desfibrilador manual 
Se não estiver disponível: pás de adulto
Reponsividade: bate na planta dos pés 
Pulso braquial ou femural 
Linha inferior intermamilar com 2 dedos
 
Quando não iniciar a RCP 
Morte óbvia ( trauma ) e PCR acompanhada de livor mortis ( coloração pele ) e/ou rigor mortis ( endurecimento músculos ):
Carbonização ou decomposição do corpo, decapitação, separação do tronco, exposição excessiva de massa encefálica
• Morte encefálica; 
• Paciente com câncer avançado em fase final; 
• Pacientes idosos com falência irreversível pelo menos 3 órgãos( cardíaco, renal, hepático ou pulmonar ). 
Critérios para interrupção da RCP
Sucesso da RCP; 
2. Condições insalubres ou de perigo;
3. Não há consenso definido do tempo de RCP;
Cuidados pós-RCP
- Sobrevida de 10%; 
- Sequela neurológica.
Principais objetivos
- Otimizar função cardiopulmonar e a perfusão de órgãos vitais; 
- Transporte e transferências para UTI; 
- Identificar e tratar SCA e outras causas: angiografia para todos com IAMSST (AHA, 2015);  Controlar a temperatura para otimizar a recuperação neurológica. Temperatura entre 32-36º C, por pelo menos 24 horas. Após esse período, controlar febre (AHA, 2015)
 - Prever, tratar e prevenir a disfunção múltipla dos órgãos.
 - Possíveis doadores de órgãos;
Referências
 1. STEFANINI, E., KASINSKI, N., CARVALHO, A.C. Guia de medicina ambulatorial e hospitalar de cardiologia / UNIFESP – Escola Paulista de Medicina. 1º ed. Barueri: Manole, 2004. 
 2. TIMERMAN, S, GONZALEZ, M.M.C., QUILICI, A.P . Guia prático para o ACLS. Barueri, SP: Manole, 2008.
 3. DALE DUBIN, M.D. Interpretação rápida do ECG. Rio de Janeiro: EPUC, 2001. 3º edição 
 4. http://www.manuaisdecardiologia.med.br/MS/MS.htm 
 5. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e cuidados cardiovasculares de emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 101, n. 2, supl. 3, ago. 2013. 6. AMERICAN HEART ASSOCIATION. AHA. Guidelines 2019. Destaques da American Heart Association 2019: atualização das diretrizes de RCP e ACE.
 Obs.: figuras utilizadas na aula foram retiradas da Internet através de pesquisa no ícone imagens do site www.google.com.br ou digitalizadas das referências acima.