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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE MEDICINA MONITORIA DE ANATOMIA APLICADA MONITORA: KÉSIA SINDY ARTICULAÇÕES DO CRÂNIO CLASSIFICAÇÃO Suturas ou sinartroses: tipo de articulação mais comum, fibrosas, fixas e imóveis. Importantes no crânio fetal (largas e móveis) para facilitar a passagem pelo canal do parto. Elas podem ser serráteis, denteadas, escamosas ou planas. Serrátil: bordas articulares em forma de linhas “denteadas”. Exemplo: sutura coronal. Escamosa: bordas articulares com um grande encurvamento. Exemplo: sutura temporoparietal. Plana: bordas articulares retilíneas. Exemplo: sutura internasal. Esquindilese: borda articular alojada dentro de uma fenda. Exemplo: sutura esfenovomeral Sincondroses cranianas: articulações cartilaginosas, de mobilidade reduzida, nas quais o meio de conexão é a hialina. Caracterizam-se por serem temporárias. São elas: sincondrose esfeno-occipital, sincondrose esfenopetrosa, sincondrose petro- occipital, sincondrose intraoccipital e sincondrose esfenoetmoidal. Diartrose ou articulação sinovial: articulação móvel, formada por cartilagem hialina. Representada pela articulação temporomandibular (ATM), do tipo condilar. Gonfose ou sindesmose dentoalveolar: articulação fibrosa, de mobilidade quase ausente. Fixa os dentes em seus alvéolos dentários. SUTURAS Visão lateral: 1. Sutura lacrimoetmoidal 2. Sutura parietomastoidea 3. Sutura esfenofrontal 4. Sutura esfenoparietal 5. Sutura esfenoescamosa 6. Sutura esfenozigomática 7. Sutura escamosa (parietotemporal) 8. Sutura temporozigomática 9. Sutura frontozigomática 10. Sutura frontoetmoidal 11. Sutura frontolacrimal 12. Sutura lacrimomaxilar Visão superior: 1. Sutura coronal (parietofrontal) 2. Sutura sagital (entre ossos parietais) 3. Bregma (convergência da sutura sagital e coronal) Visão inferior: 1. Sutura palatina mediana 2. Sutura palatina transversal Visão anterior: 1. Sutura frontonasal 2. Sutura zigomáticomaxilar 3. Sutura intermaxilar 4. Sutura internasal 5. Sutura nasomaxilar 6. Sutura frontomaxilar 7. Sutura metópica (linha média do osso frontal de crânio infantil) Visão posterior: 1. Sutura occipitomastoidea 2. Sutura lambdoide 3. Lambda (convergência da sutura lambdoide e sagital) ATM SESSÃO CLÍNICA Craniossinostose ou cranioestenose NOTA CLÍNICA LÍNICA SESSÃO MEDPIPOCA Aos fãs (ou não) de Grey’s Anatomy, a dica de hoje é o Episódio 4 da Temporada 16, o qual relata o caso de uma garotinha com o diagnóstico de craniossinostose, que terá seu crânio remodelado. A ATM é a única interligada entre si (lado direito e esquerdo), sendo responsável pelo movimento de abrir e fechar a boca. A disfunção da ATM tem como principais causas: mordida incorreta, bruxismo, traumas físicos e problemas emocionais. Seus principais sintomas são: dores (na cabeça, no ouvido, durante a mastigação), zumbidos no ouvido, vertigens e dificuldade em fechar/abrir a boca, com a presença de estalos durante o movimento. Malformação congênita, que afeta 1 a cada 2000 nascidos vivos. Ocorre devido à fusão prematura de uma ou mais suturas cranianas, a qual gera deformidades cranianas ou craniofaciais, impedindo a expansão natural do cérebro. Podem ser desencadeadas por alterações genéticas (ex. síndromes), por forças biomecânicas intrauterinas (ex. gestações gemelares), pela utilização de drogas durante a gestação (ex. ácido valproico e fenitoína) ou por distúrbios metabólicos (ex. hipertireoidismo). Os tipos mais comuns de cranioestenoses não sindrômicas são: escafocefalia (fusão da sutura sagital), trigonocefalia (fusão da metópica), plagiocefalia (fusão unilateral da sutura coronal, na PLG anterior, e fusão da lambdoide, na posterior) e braquicefalia (fusão bicoronal). As principais complicações são: hipertensão intracraniana, hidrocefalia, dificuldade respiratória, perda da visão e retardo no desenvolvimento. O diagnóstico se dá por exames físicos e por métodos de imagem (TC do crânio, RM encefálica e Raio-X). O tratamento geralmente é cirúrgico.
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