Buscar

Estudo prova

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

GRÉCIA - CIVILIZAÇOES ANTIGAS 
SOCIEDADE GREGA: NAÇÃO E INDIVÍDUO
Consciência de uma Identidade Nacional (Coletividade)
Consciência do Cidadão Individual (Individualização).
(A articulação do caráter nacional do povo grego teve forte relação com a Expansão da Cidade-Estado enquanto unidade organizativa. A Consciência Individual do Cidadão é o reflexo natural desse processo).

Fatores Determinantes ao Processo de Individualização Pessoal
A) Adoção do Alfabeto
B) Passagem do modelo econômico Redistributivo para Comercial 
C) Mudança do sistema de posse de terra
D) Mobilidade geográfica e crescimento das colônias
E) Crescimento da Cidade-Estado
Monarquia é um sistema de governo em que o monarca (rei) governa um país como chefe de Estado. A transmissão de poder ocorre de forma hereditária (de pai para filho), portanto não há eleições para a escolha de um monarca. Este governa de forma vitalícia, ou seja, até morrer ou abdicar o mandato.

Oligarquias são grupos sociais formados por aqueles que detêm o domínio da cultura, da política e da economia de um país, e que exercem esse domínio no atendimento de seus próprios interesses e em detrimento das necessidades das massas populares.

DEMOCRACIA: Regime de governo em que o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo), direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos - forma mais usual. Uma democracia pode existir num sistema presidencialista ou parlamentarista, republicano ou monárquico.
O megaron (gr. μέγαρον) é uma construção retangular com as paredes mais longas se projetando para formar um pórtico em frente a um dos lados menores, onde há uma entrada; pode haver pilares para sustentação do teto. O mais antigo megaron conhecido é o da fase pré-cerâmica B (-7000/-6000) de Jericó, na Sírio-Palestina (esboço à direita).
A Origem da Polis = Cidades-Estado Gregas
1) Colina onde se refugiavam os camponeses para defender-se dos inimigos 
2) Povoado estende-se pela planície vizinha (fortificado com muros)
• Cidade Alta (Acrópole - Templos)
• Cidade Baixa (a astu - comércio e relações cívicas)
Cidade Alta + Cidade Baixa = único organismo
(comunidade citadina funciona como um todo único, qualquer que seja seu regime político.
Os órgãos necessários ao funcionamento do povoado: 
1) Lar Comum:
• consagrado ao deus protetor da cidade (sacrifícios, banquetes, rituais, etc)
• Inicialmente era o Lar do Palácio do Rei, depois virou um local simbólico, anexo ao
pritaneu (residência dos primeiros dignitários da cidade).
• Compreende um altar com um fosso repleto de brasa (o fogo sempre aceso).
2) Bulé:
• O Conselho dos nobres ou funcionários representantes da assembléia dos cidadãos. Reunem-se um uma sala chamada buleutérion.
3) Ágora:
• A assembléia dos cidadãos que se reúne para ouvir as decisões do chefe ou deliberar .
• (Cidades Pequenas) Ágora = Local de Reunião = acontece na Praça do Mercado.
• (Cidades Maiores) Ágora = local ao ar livre especificamente determinado.
(Cidades Iniciais)
• Núcleo urbano rodeado por campos e aldeias habitadas por comunidades agrícolas.
• Territórios grandes limitados por montanhas e compreende 1 porto longe da costa.
• Possibilidade de expansão do território (conquistas ou acordos entre cidades limítrofes)
• Certa autonomia política (assembléias próprias).
• Cidade capital - concentra o buleutérion e pritaneu.
• População de escravos e estrangeiros reduzida (excluídos alocados em colônias longínquas).
• População das cidades gregas (40.000 - 8.000 hab.). População suficientemente numerosa para formar um exército, mas nem tanto para atrapalhar o funcionamento da assembléia.
• Os gregos (vivem em cidades proporcionadas sem regime escravo + consciência comum de civilização ≠ bárbaros.
• A unificação do território grego depende do conceito de polis = liberdade coletiva do corpo social.
As Cidades-Estado Gregas
§ (Topografia) determinou a organização territorial grega na forma de cidades-estado claramente definidas e separadas (relevo montanhoso com limitadas regiões férteis na forma de vales, planícies e planaltos isolados) = favorecimento de estados pequenos e isolados.
§ (Cidades-Estado) = aliança formada para afrontar o inimigo comum = os Persas.
• Cidades compactas, limites claramente definidos, vida social integrada (Idade de Ouro).
• Sociedade Grega – caracterizada pelas cidades (zonas pacíficas).
• Confederações de Cidades-Estado ligadas culturalmente (cada cidade-membro mantinha suas particularidades quanto aos regimentos internos, assuntos institucionais).
• Estrutura de Classes Rígida + Diferenciação de Castas = reforçada pela sansão de uma religião estatal aceita.
• População aprox. 5.000 hab. (cidades formadas a partir de núcleos aldeãos).
• Atividade e reuniões desenvolvidas ao ar livre (assembléias).
• Mão de obra escrava era usada em pequena escala.
• O cidadão grego era bem remunerado e tinham tempo livre para atividades cívicas.
• Edifícios Cívicos - Disponibilidade de mármore de alta qualidade para construção dos edifícios = objetos de arte tridimensionais (esculturas autônomas) , refinamento dos detalhes construtivos.
• Edifícios Domésticos - Estruturas rudimentares, agrupadas de modo orgânico, casas pobres.
• Representações teatrais ao ar livre na base de auditórios naturais com inclinação adequada.
Atenas (Século V): A cidade de Péricles Os Espaços da Vida Pública (política e social)
PÓLIS = Centro político, comercial, religioso e local de refúgio de uma população bastante esparsa no território.
ÁGORA = Praça Pública rodeada por um conjunto de edifícios (Centro da Vida Civil): • Bouleutérion (Sede da Bulé).
• Tholos+ Pritaneu (Sede da Pritania)
• Metroon (Arquivos)
• Strategeion (Sede do stratega + generais)
• Heliéia (tribunal popular)
• Stoas (lojas, comércio, serviços).
• Templos (Heféstion +Templo de Apolo Patroos).
PNIX: Local de reunião dos eclesiais
ACRÓPOLE = Espaço Sagrado (Templos) + Segurança + Concentração dos 1os habitantes
TEATROS = Local de Lazer, cultura
Atenas (Século V): A cidade de Péricles
ATENAS: A cidade existe para unificar os vários serviços diferenciados
• Cada setor da cidade (função) possui um aparato de monumentos específicos • Destruição de Atenas (479 a.C) – invasão Persa
• Reconstrução de Atenas (Governo de Temístocles) – Construção de cinta de muros mais ampla (250 hectares) + Elevação dos edifícios da Ágora + Organiza o Pireu (município de Atenas) como novo porto comercial e militar.
• Período de Péricles – Acrópole é totalmente refeita: - construção do Pártenon (447- 438 a.C)
- construção do Propileus (437 - 432 a.C)
- construção do templo de Atena Nike (430 - 420 a.C) - construção do Erecteu (421 - 405 a.C)
• Atenas se expande para além dos muros de Temístocles (Período de Péricles) – transforma- se num organismo territorial mais complexo. Cidade organizada pelo arquiteto Hipódamo (plano geométrico racional). A sistematização de Atenas não corresponde a um projeto regular e definitivo, ou seja, conforma-se pela construção de uma série de obras que corrigem gradualmente o quadro geral da cidade, inserindo-se discretamente na paisagem originária. (a lógica da cidade é regida pelo senso de unidade (arquiteturas, esculturas, pinturas, objetos de decoração mantêm-se integrados).
• Os edifícios antigos e arruinados - conservados e incorporados aos novos (preservação da natureza e história).
O Templo do Partenón foi reconstruído sobre estruturas já existentes, no tempo de Péricles, para celebrar a vitória contra os Bárbaros. Pretendia ainda simbolizar a hegemonia de Atenas sobre as restantes cidades gregas no que se refere à cultura, à capacidade naval, ao comércio e à política em que se destacava a sua organização democrática.
O seu nome significa "casa da virgem" e foi dedicado a Athena
Pallas, deusa dos atributos guerreiros e da sabedoria, guardiã e protetora da cidade-estado Atenas.
Esta construção assinala o apogeu da arquitetura grega, sendo o edifício mais carismático e esbelto e o maior templo da Grécia Antiga, e demorou 11 anos (447-436 a.C.).
Arquitetura Helenística (359 - 146 a.C)
Época de expansão das fronteiras gregas = a cultura grega se extende por amplas regiões, porém há a perda da unidade helena a partir da aparição de uma vertente eclética – inserção de elementos originários de regiões afastadas da Grécia (outras culturas).
Características:
• Maiormonumentalidade
• Maior suntuosidade e enriquecimento dos edifícios
• As ordens perdem suas rígidas normativas
(os fustes se estilizam, os entablamentos tornam-se mais finos, as bases são decoradas e mais complexas, utilização expressiva da ordem coríntia, mescla de materiais diversos).
Grécia: As Cidades Planejadas
Não elaboram corpo teórico sobre urbanismo Traçado Regular e Ortogonal
Cidade Modelo: Mileto (Período Clássico)
Mileto = Atual Turquia
Destruída pelos persas, depois reedificada. Projeto atribuído a HIPÓDAMOS DE MILETO. Traçado “HIPODÂMICO”= Regular e Ortogonal
Foi uma cidade bastante ativa comercialmente, mantendo negócios tanto com o oriente como com o Egito, onde estabeleceu um centro comercial em Náucratis, no delta do Nilo. Também mantinha vínculos com a cidade de Síbaris, no sul da atual Itália. Uma atividade econômica importante desenvolvida na cidade era a criação de ovelhas e Mileto produzia a melhor lã do mundo grego. Seu território, no entanto, não era muito extenso e limitava o acesso da emergente classe mercantil às terras. Esta limitação territorial, aliada à forte vocação comercial de seus habitantes, contribuiu para a fundação de colônias milésias na Trácia. Seus colonos e marinheiros se concentravam na região do Mar Negro, onde buscavam cereais e atum.
A política da cidade foi historicamente turbulenta, onde dissidências, conflitos e revoluções eram comuns. O governo milésio era baseado em um conselho chamado Aeinautai (marinheiros perpétuos) que visava extrair todo o lucro possível dos empreendimentos marítimos e coloniais.
Embora a cidade fosse economicamente forte, as agitações políticas sempre a fragilizavam. Uma dessas agitações levou ao poder o tirano Trasíbulo, por volta de 600 a.e.c.O tirano teve sucesso ao impedir os ataques da Lídia mas, internamente, as lutas entre as facções políticas enfraqueciam Mileto e a conquista dos lídios acabou por consumar-se. Mesmo assim, ainda conseguiu alguns privilégios.
Era esta a situação quando Ciro II, o Grande, rei da Pérsia, dominou a Lídia. Os milésios passaram a enfrentar toda sorte de dificuldades e iniciaram a revolução jônica contra a Pérsia, cujo rei era agora Dario I. A luta se extendeu de 499-94 a.e.c. e os persas acabaram por destruir Mileto.
Rapidamente o traçado ortogonal, adotado na reconstrução da cidade de Mileto, se espalha através do mundo grego. Por volta de 475 a.C. ele é introduzido na Grécia continental pelo filósofo e arquiteto Hipódamo de Mileto, o inventor da divisão regular da cidade.
O arquiteto foi também o autor de uma teoria política na qual imaginou uma cidade de 10.000 habitantes, dividida em três classes: (artesões, agricultores, e guerreiros), cujo território deveria também ser dividido em três partes: uma consagrada aos deuses, outra pública, e a terceira reservada a propriedades particulares.
Teatro de Mileto
O teatro era um lugar importante para os gregos em suas manifestações coletivas: religiosas, políticas, culturais e diversão. Os espetáculos coincidiam com as festas em honra ao deus Dionísio, nas quais todos os cidadãos participavam.
O teatro é uma construção simples, funcional e esteticamente harmoniosa.
ARQUITETURA GREGA 
A civilização que antecede a grega é a cretense, que durou de 1800 a 1100 a.C., e construíram cidades e palácios, como o de Cnosso. Suas casas tinham vários andares, tetos planos e piso de pedra. O surgimento da cultura grega dá-se após o período que vai do fim do século XIII e começo do século VIII a.C., período marcado pela obscuridade, também chamado “Idade Média Grega”, quando acontece a dissolução da cultura miceno-cretense, devido a crises internas e invasões, principalmente pelas invasões dóricas, por volta do ano 1200 a.C., que provoca a dispersão do povo pelo mediterrâneo, ocupando as regiões costeiras, que acabam por originar na Jônia cidades como Éfeso e Mileto.
Preocupados em exaltar a beleza e o calor da vida, ao contrário de outros povos que cultuavam o além-túmulo, os gregos construíam com fins públicos, pela realização da coletividade, ou religiosos, onde o homem continua sendo a medida das coisas, até mesmo pela qualidade humana de suas divindades. A conformação cidade-estado confere, aos centros helênicos, autonomia criativa.
Atenas é regida por princípios de liberdade, democracia e individualismo, ao contrário de Esparta, estruturada no militarismo e em regimes totalitários. Por volta do ano 750 a.C. começa a primeira onda migratória em direção ao ocidente, para a Sicília e a costa da Itália, a chamada Magna Grécia. É ainda no período arcaico que se dá o nascimento do templo grego, trata-se agora de uma construção sólida, que utiliza pedra e mármore, e ergue-se sobre uma plataforma com degraus (estilobata), com planta retangular e volume horizontal, tinha uma sala principal chamada cela, onde ficava a estátua de um deus ou uma deusa. A estrutura, externa, é composta por fileiras de colunas.
Marca da arquitetura grega, essas colunas eram cuidadosamente desenhadas, na parte central sua circunferência é maior do que na base e na parte superior ainda menor. Seguiram três tipos de ordens: a dórica, a jônica e a coríntia.
O templo grego conserva uma característica de suas origens. O fato de ser um edifício onde o espaço é mais exterior do que interior, não se destina a abrigar os fiéis, é por assim dizer a casa de um deus, os fiéis o contemplam no conjunto e sobem até ele levando oferendas e sacrifícios, porém não permanecem no seu interior.
O Partenon, de ordem dórica, projetado por Ictino e Calícrates, foi erguido na acrópole de Atenas, eleva-se sobre a cidade num terreno de menos de 300m de comprimento por 130m no ponto mais largo; nele, melhor do que em qualquer outro, verifica-se a composição grega dos cheios e vazios, do ritmo da luz e sombra. Em seu frontão encontrava-se a escultura de Fídias, que retratava o nascimento de Atenéia e a disputa entre Atenéia e Posídon. Fídias também é o autor da obra que ocupou a cela do templo, Athena Parthenos, em ouro e marfim, que não mais existe.
No ano 407, uma estrutura complexa, que reúne um conjunto de lugares sagrados, ergue-se o Erection de ordem jônica, onde se encontra um novo elemento, o balcão aéreo, sustentado por seis estátuas com figuras femininas, as Cariátides, que, com sua graça, suavizam a construção.
No fim do período clássico na século IV, a arquitetura continua a se desenvolver e a inovar, como na realização dos teatros, onde a geometria funcional e estética define de forma definitiva o anfiteatro, com arquibancadas escavadas, íngremes e de forma semicircular e com palco circular ou semicircular, que tem um cenário natural, como o teatro de Dionísio em Atenas, e o de Delfos.
Outra inovação do século IV é o aparecimento da ordem coríntia, derivada da ordem jônica, que será desenvolvida no período helenístico e também na arquitetura romana. O período helenístico inicia-se em 323 a.C. com a morte de Alexandre Magno, e com a dissolução do império macedônio, conquistado por Alexandre, na sua luta contra os persas.
A fundação de Alexandria cria um novo polo da cultura helenística. Na arquitetura, o emprego das ordens é livre, às vezes com combinações, e com amplo desenvolvimento da ordem coríntia, como no templo do Zeus Olímpico ou no monumento votivo de Líscrates de planta circular,
ambos em Atenas. Outras inovações no campo técnico e no conceito de monumentalidade podem ser verificadas no grande templo-altar de Zeus (180 a.C.) em Pérgamo, que foi reconstruído no Museu de Berlim, já que quase tudo se perdeu da magnífica Alexandria.
A arquitetura grega tem no templo sua expressão maior e na coluna sua peculiaridade. A coluna marca a proporção e o estilo dos templos.
Na arquitetura do período geométrico, entre os anos 900 e 725 a. c., as casas são de plano irregular e os templos tem planta ora longa e estreita, ora quase quadrada, com uma coluna central (ou fila central de colunas) como arrimo.
Os materiais de construção preferidos eram o tijolo cru e a madeira, com alguma utilização da pedra no período arcaico (600 e 500 a. c.) a arquitetura se desenvolve graças a influência das culturas micênicas e outras culturas mediterrâneas.
Um sistema de ordens definiu as proporções ideais para todos os componentes dos templos, de acordo com proporções matemáticas preestabelecidas. A ordem era baseada no diâmentro de uma coluna, com outros elementos derivando dessa medida.
Podemos citar como importante fato na arquitetura grega, o aperfeiçoamento da ótica (perspectiva), que já começará a fazer parte do período clássico (500 a 300 a. c.)
 
ORDEM DÓRICA
Se desenvolveu no último período do século VII a.c.
As colunas (frente e fundo do templo eram de 4 à 6 vezes mais altas do que o diâmetro do fuste) circundavam cada lado. Cada coluna tinha vários tambores sobrepostos com 20 caneluras ou entalhes verticais. Estes elementos proporcionavam coerência e unidade visuais, além de fluidez, às colunas segmentadas. Aforma do templo é chamada de “carpintaria petrificada “, pois ao utilizarem a pedra, os gregos adaptaram técnicas usadas em construçôes de madeira. A decoração do templo dórico dá ênfase à estrutuara. Os pilares eram espessos e ligeiramente salientes no meio, como se estivessem comprimidos pelo peso de sua carga.
O formato básico de um templo dórico era uma estrutura retangular de mármore, cercada por uma fileira dupla de colunas, com um pórtico na frente e outro atrás.Eram em geral baixos e maciços.
Parthenon
Obra levantada pelo arquiteto Ictinos e Calícrates sob a supervisão de Fídeas (arquiteto e escultor), cujos frisos estão hoje guardados no British Museum de Londres.
A construção do Parthenon estendeu-se de 447 a 432 a. c. representa o templo dórico mais importante do país. Inicialmente, o projeto tinha por função abrigar a gigantesca estátua da Deusa Atena, mas a obra acabou acumulando a função de representar o local onde se guardavam as reservas monetárias da cidade está localizado no ponto mais alto da acrópole. Essa obra, com 8 colunas de frente e 17 de cada lado, influenciou toda a arte e toda arquitetura da Grécia, fornecendo-lhe um padrão em que se unem a concepção ideal da forma e das proporções humanas e um enfoque emocional sereno e despojado.
ORDEM JÔNICA
Sua marca é a voluta em um capitel iônico. O fuste de cada coluna é 8 a 9 vezes maior do que seu diâmetro . Os templos iônicos parecem geralmente mais delicados do que os robustos templos dóricos. As ordens dórica e iônica lançavam mão de motivos abstratos ou semi-abstratos para simbolizar a vida orgânica.
O erectéion (421- 406 a .c.) é uma obra prima iônica sobre a acrópole. Foi construído em homenagem aos Deuses Atenas e Posêidon. São famosas suas cariátides, as seis estátuas de jovens mulheres esculpidas no mármore que dão sustentação ao teto (pórtico das virgens). Entre os elementos arquitetônicos que mais o caracterizam têm destaque os frisos que adornam a parte superior das fachadas frontal e dos fundos do prédio. Projeto em 2 níveis, com 4 pórticos separados e colunas de diferentes alturas, e não uma colunata contínua. 
ORDEM CORÍNTIA / PERÍODO HELENÍSTICO
Os arquitetos passam a fazer uso de ornamentos inspirados no acanto e outras plantas. Surgiu assim, a última ordem da arquitetura Grega, a Coríntia, anunciada no templo de Apolo Epicuro, em Bassae, e que se fez popular a partir de 334 a.c.
Em seguida, o estilo coríntio combinou-se ao dórico em muitos edifícios: Aquele reservado para o interior, este para a fachada. O fim do período clássico presenciou uma revitalização do estilo iônico, por influência do arquiteto Píteas (túmulo de Mausolo, em Halicarnasso, 349 a.c.), que abandonou a busca do refinamento em troca da monumentalidade.
A marca do estilo coríntio é o capitel característico, moldado como um sino invertido cercado por folhas de acanto.
As edificações associadas ao Helenismo produziram efeitos grandiosos e escala monumental. Eram ricas em ostentação.
O Helenismo deu ao mundo antigo várias de suas 7 maravilhas, o farol de Alexandria (279 a.c.), foi o mais alto jamais construído, uma escultura de mámore de 4 andares gradualmente afunilados (122m).
O espetáculo, a ostentação e as dimensões sobre humanas substituíram a moderação da Grécia clássica.
Até a fase clássica, os arquitetos Gregos encaravam cada construção como uma unidade completa em si mesma e, como tal, desta cada das demais. No período helenístico (entre os anos 300 e 100 a.c.), tal tendência desapareceu e os arquitetos, acostumados a projetar novas cidades, buscaram o complexo arquitetônico, que realizaram em sítios. Foi a época do desenvolvimento do urbanismo: Os pórticos multiplicaram-se e as ruas cruzaram-se em ângulo reto, freqüentemente flanqueadas por colunatas . O plano das ágoras (praças) tornou-se regular, com construções consagradas às reuniões populares. Outras estruturas públicas, como o Bouleuterion (sala de reuniões com acomodação coberta para 1200 pessoas, onde eram decididos assuntos de estado), basílicas, termas públicas, ginásios, estádios.
O anfiteatro em epidauro ainda está em uso. São 55 fileiras semi-circulares e assento de pedra para 14000 expectadores (350 a.c.) 
ACRÓPOLE
A acrópole é o principal ponto turístico da Grécia. Localizada no topo de uma colina, a cerca de 100m de altitude, e coroada pelo Parthenon, pode ser praticamente vista de qualquer ângulo da cidade. Sua área cobre cerca de 40km2 e reúne um considerável número de ruínas remanescentes de obras de grandes artistas da Grécia antiga, como Ictinos, Fídeas e calícrates.
Ocupada desde o segundo milênio a.c. e reconstruída por ordem de Péricles, depois de ter sido destruída pelos persas em meados de 480 a.c. , foi inicialmente consagrada à Deusa Atena na era micênica. Depois, saqueada e desfigurada pelo inimigo, deixou de ser uma fortaleza e transformou em um centro de comemorações cívicas. Hoje representa o apogeu do período clássico da Grécia antiga.
Algumas obras da acrópole foram conduzidas pelo grande arquiteto e escultor Fídeas em meados do séc. IV a.c. deram lugar a um conjunto de monumentos que impressionam pela sua grandiosidade, entre eles: O Parthenon, o Erecteion, o templo de Atenas Nike, o templo de Dionísio, o teatro de Herodes Atiço ou o museu da acrópole. A maioria destes monumentos que formam uma espécie de camarote sobre Atenas é testemunho do “século de Péricles”, época em que os gregos se empenharam em embelezar a cidade.
Na arquitetura, não resta dúvida de que o templo foi um dos legados mais importantes da arte grega ao ocidente.
Assim, a história da arte grega está ligada às épocas da vida desse povo. O pré-helenismo foi um longo período, no qual a arte estava se afirmando. Na época arcaica, a arte tomou formas definidas. A época clássica, foi o momento da plenitude e da perfeição artística e cultural dos gregos. O Helenismo foi o momento em que os gregos. O Helenismo foi o momento em que os gregos já haviam chegado à plenitude e passaram a espelhar sua arte pelo Egito, pela Ásia, pela Síria e por Roma.
ROMA 
ARQUITETURA ROMANA 
A arquitetura romana com sua monumentalidade que comunica a grandiosidade do Estado é o símbolo de seu império. A escala das construções é multiplicada, busca-se uma solidez imponente em detrimento da elegância e da escala humana. Aquedutos, estradas pavimentadas,
pontes em alvenaria dão a dimensão do espaço ocupado e da evolução urbanística alcançada pelos romanos.
Para se entender a estética e a evolução da arte romana deve-se notar que ela é o resultado da somatória de algumas culturas: a primeira forma de urbanização utilizada pelos romanos é a solução Etrusca da cidade cercada por muralhas, com moradias de planta elíptica, sistema de esgoto com canais cobertos, e ruas com traçado ortogonal; a concepção dos templos de Saturno, Bacco e outros no mesmo período de Augusto (43 a.C.- 14 d.C.) são de influência Itálica; já no século I a.C. os templos da praça Argentina, os do Foro Olitório dão mostras da arquitetura grega. Já no ano 13 a.C. a construção do Teatro de Marcelo define uma ordem romana, sua arquibancada não é escavada como no teatro grego e sim sustentada por pilares.
Nos anos seguintes de Tibério, Cláudio e Nero segue-se a estética imperial de Augusto, sendo que o grande avanço artístico se dá com os Flávios (Vespasiano, Tito e Domiciano entre 70 e 96 d.C.) época da construção do Coliseu 80 d.C. cuja arquibancada abriga cinquenta mil pessoas. A parte externa da construção é escalonada na sucessão das ordens: tuscânica, jônica e coríntia. A seguir destaca-se o período de Trajano 90-117 d.C. e Adriano 117-136. É durante o governo de Adriano que se constrói uma das mais soberbas obras da Roma Imperial: o Panteon, que foi construído sobre um templo já existente de influência grega, que passa a ser a estrutura interna do templo, um cilindro externo é construído e ele termina numa cúpula aberta no centro, que determina uma iluminação zenital tocante. Obra que evidência a arte de revestir romana com o uso do mármore. As conquistas de Trajano constituem-se a última expansão do império que entra em decadência. Marco Aurélio, Séptimo Severo e Caracala 161- 217 d.C. preocupam-se em manter o império, pois previam-se invasões bárbaras e a expansão do cristianismo. Séptimo Severo é quem inicia a construção das termas de Caracalas, que já foi chamada de arte barroca romana, suas ruínas são ainda hoje uma das visões mais surpreendentes de Roma.
Vale ressaltar a importância de Vitrúvio, o maior teórico do classicismo romano, que será seguido em todas as épocas até a completa conversão do Império para o cristianismo na era de Constantino, quando a arte romana encerra seu ciclo.
A Origem de Roma
§ O Império nasce da ampliação de 1 Cidade-Estado (cidade cresce, mas não perde seu caráter original – casual e particular)
§ Império Romano composto por: homens do mundo inteiro, mundo unificado, fortificado, cercado por muros e muitas estradas.
Fases de Roma (Ascensão e Queda)
§ Prestígio de Roma (Cidade Mundial) = Era de Augusto § Auge do Império Romano = Século II e III d.C
§ Decadência de Roma (pobre aldeia) = Idade Média
§ Cidade Secundária = Era Moderna
O IMPÉRIO ROMANO
§ Intervenções das construções cada vez mais grandiosas § Nova organização – destruição das antigas construções
Júlio Cesar: amplia o Forum Romano com adição da Basílica Júlia (46 a.C), além da construção do Novo Forum de César (Norte) e demolição do antigo bairro aos pés do Capitólio.
JÚLIO CÉSAR
§ Atuou como General – comandou 8 legiões com 40.000 soldados (55 a.C)
§ Queria ser mais poderoso que Alexandre, o Grande
§ Construiu uma enorme ponte que cruzava o Rio Reno
- ponte de madeira (fundação executada com toras de madeira inclinada para garantir maior
estabilidade estrutural + vigas de madeira)
- execução da ponte = 10 dias
- objetivo – invadir e conquistar o povo germânico
- a ponte é um símbolo de poder de Roma: “Roma vai a qualquer lugar”
§ Júlio César foi o primeiro ditador perpétuo. Devido à sua ambição, motins e conchavos foram tramados visando a eliminação do poder de Júlio César
§ Alterou o cenário político romano, destruindo a Democracia
§ Morre assassinado pelos próprios romanos no Senado em 44 a.C
AUGUSTO
Ocupa o Campo de Marte com uma série de edificações: § Teatro de Marcelo
§ Termas de Agripa
§ Panteão
§ Mausoléu do Imperador
§ Ara Pacis
§ Forum de Augusto
§ Constrói vários Templos
§ Expansão das redes de estradas
§ Organiza aquedutos (margem dos rios) § Organiza a cidade em 14 regiões
§ Desenvolve construções privadas
§ Constrói as insulae (habitação popular)
As Contribuições de Augusto
§ Ampliação da rede de estrada com objetivos de trilhar novos destinos
§ Os romanos conseguiram influenciar outras culturas
§ Desenvolvimento do concreto hidráulico (pozolana)
- Os construtores romanos revolucionaram a Paisagem Artificial
§ Provimento de água corrente a toda população: 11 linhas de aquedutos + fontes - O cidadão comum tinha farto acesso a água (1.200.000 pessoas)
- Roma era uma cidade limpa
CLAUDIUS
Considerado inválido pela aparência desagradável: gago, claudicante e babava. Apesar da aparência, não era um retardado e constituiu um bom governo.
Era subserviente às mulheres. Casou-se 4 vezes, sendo a última a sua sobrinha, Agripina (irmã de Calígula). Agripina assassinou Claudius com um prato de cogumelos venenosos e fez de seu filho bastardo, Nero, o próximo imperador.
§ Conquistou a Britânia – interesse pelos escravos, extração mineral da região
§ Através da anexação de Trácia, Nórico, Ilíria, Panfília, Mauritânia, Lícia e Judeia como províncias do Império Romano, Cláudio fortaleceu as fronteiras com a Germânia.
§ Construiu 2 importantes aquedutos: Aqua Claudia e Anio Novus
- avançados cálculos de engenharia (ângulos precisos para garantir o escoamento de
água)
- garantia de maior fluxo de água (volume) para a cidade - 3 tanques de contenção - uso de arcos = vãos maiores, maior resistência mecânica e eficiência
NERO
Após incêndio (64 a.C), Nero transforma radicalmente a cidade:
§ Construção da Residência Imperial
§ Construção da Domus Aurea – parque e edifícios
§ Reconstrução dos bairros destruídos (método racional) = sentido de ordem § Largura das ruas delimitadas
§ Limite de altura dos edifícios (gabarito prefixado)
§ Abertura de Praças
§ Construção para proteção das fachadas das insulae
§ Edifícios construídos com madeirame (apenas áreas específicas), demais áreas construídas com pedra (refratária ao fogo)
§ Abastecimento de água para população (locais públicos)
§ As edificações possuíam seu próprio muro: extingui-se o modelo de casas
geminadas
§ Alargamento de ruas e abertura de praças = cidade ensolarada e ventilada
A “Casa Dourada” = Domus Aurea:
Construída com dinheiro público e doações dos ricos, mortos após entregarem o dinheiro solicitado.
• Decoração luxuosa
• Lago artificial
• 150 cômodos
• Passaredos cobertos
• Coberturas em abóbada e cúpulas • Imensos jardins
• Vinhedos
VESPASIANO
§ Manda demolir a Domus Aurea
§ Construção do Coliseu no lugar do lago artificial (Domus Aurea) § Construção do Novo Forum da Paz
TITUS
§ Adorado e aceito pela população
§ Reinado livre de conflitos internos
§ Erupção do Monte Vesúvio (79 d.C) e reconstrução de Pompéia e Herculano
§ Conquista da cidade de Jerusalém – arco do triunfo = vitória sobre o povo judeu. § Inauguração do Coliseu (80 d.C), legado de Vespasiano
DOMICIANO
§ Amplia ainda mais o palácio do Palatino, ocupando quase toda colina
§ Planejamento do Campo de Marte, danificado pelo incêndio de 80 d.C = construção de novos edifícios monumentais ao redor do novo estádio, onde agora está localizada a Praça Navona.
TRAJANO
§ Manda aplainar a depressão entre o Quirinal e o Capitólio que separavam as 2 zonas monumentais dos Foros e do Campo de Marte – constrói 1 novo centro cívico = Forum de Trajano com mercado nos declives do Quirinal
§ Termas de Trajano
§ Construção do Aqueduto de Trajano – Aqua Traiano (109 d.C) § Reconstrução da Casa das Vestais nos arredores do Forum
ADRIANO
§ Reconstrói o Panteão de Augusto
§ Constrói uma das maiores obras de engenharia – as muralhas de Adriano § Constrói o Templo de Vênus
e Roma (na frente do Coliseu)
§ Constrói seu Mausoléu (Mausoléu de Adriano)
Panteão de Roma foi dedicado a todos os deuses, especificamente, às divindades planetárias que, em número de sete, justificam os nichos com altares existentes no interior da cella.
O edifício que atualmente se observa no Campo de Marte foi mandado erguer entre 118 e 125 d.C pelo imperador Adriano que, segundo alguns autores, terá participado ativamente na sua concepção. Substitui uma construção menor, consagrada a Júpiter, construída por Marcus Agrippa em 27 a.C que sofrera um devastador incêndio.
Exteriormente, este edifício é formado por um tambor cilíndrico liso de quarenta e quatro metros de diâmetro, sem decoração, que contém a cella do templo, coroada por uma cúpula de curvatura suave, rematada interiormente por uma série de degraus concêntricos. A entrada no templo é marcada por um profundo pórtico, solução tradicional para os templos romanos de planta retangular.
A entrada no templo é marcada por um profundo pórtico, solução tradicional para os templos romanos de planta retangular. Originalmente este pronaus apresentava um embasamento alto ao qual se subia por largos degraus, no entanto, a subida do nível da praça soterrou este elemento arquitetônico. Para além de constituir um átrio que resolve a transição entre exterior e interior, este pórtico de três naves e oito colunas responde a uma vontade genuinamente romana de criação de uma fachada monumental.
A abertura no topo da cúpula, garante iluminação natural ao interior da construção, e faz do Panteão um marco na história da arquitetura ao transpor para o interior das edificações o principal foco de atenção dos construtores. A maioria das estruturas erguidas antes dos romanos eram monumentos para serem apreciados pelo lado externo, internamente eram quase sempre ocupadas por séries de colunas. No Panteon, o efeito conseguido foi justamente o oposto, garantindo um espaço interno de grandes proporções totalmente livre de interferências. Isso só foi possível graças à utilização dos arcos, abóbodas, e principalmente da grande cúpula central.
ROMA: O APOGEU
§ Prosperidade e organização físico-espacial coerente
§ Construção de grandes edifícios públicos
§ Equilíbrio entre estrutura arquitetônica + escultura + pintura (influência Grega)
ATÉ O SÉCULO II D.C
§ Roma = Cidade Aberta – cresce e ocupa uma superfície cada vez maior, sem necessidade de defender-se com cinturões de muros
§ As 14 regiões augustas permanece como a base de seu ordenamento administrativo, mas seus limites internos variam continuamente
§ Os Muros de Aureliano encerram apenas o núcleo principal da cidade = 1386 hectares
§ Os campos vizinhos ocupados por grandes vilas suburbanas: Vila dos Sete Baixos (140 - 160 d.C)
§ As fitas consulares circundadas por sepulcros, templos, instalações militares e desportivas.
ROMA: A QUEDA
§ Século III d.C – atividade de edificações diminui
§ Construção dos Muros de Aureliano (270-275 d.C)
§ Construção das Termas de Diocleciano (283-305 d.C)
§ Termas e Basílica de Constantino I
- Rompido o equilíbrio clássico entre forma geral da construção e os detalhes
- Os grandes ambientes em arco – construído com uma técnica mais segura e avançada
- Ordens arquitetônicas e esculturas executadas de modo sumário. (arco de Constantino) - Esculturas e pinturas se contrapõem à arquitetura (peças de decoração independentes.
(A forma plástica fixada pelos gregos foi descontinuada)
CARACALLA
Filho e Sucessor de Sétimo Severo, Caracalla foi um dos mais cruéis tiranos da história do Império Romano. Ele e o seu irmão mais novo Geta (que matou, após uma conspiração, nos braços de sua mãe), acompanhavam o pai nas campanhas da Bretanha de 208 a 211 d.C.
A instabilidade mental de Caracalla começava a preocupar e, em certa ocasião, teria quase esfaqueado o pai pelas costas em frente de todo o exército. Severo teria reagido convidando-o ironicamente a matá-lo "já que estás no auge das tuas forças e eu sou um velho".
O seu nome ficou ligado ao decreto instituído em 212 d.C que concedia a todos os homens livres do império o título e direitos de cidadania.
-THERMA CARACALA 
-
DIOCLESIANO 
- TERMS ROMANAS 
Termas Romanas
Haviam dois tipos de termas nas cidades romanas. Para a classe plebéia: construções simples e apertadas. Para os Patrícios: verdadeiros monumentos e pequenas cidades dentro da cidade. Dentro das Termas de Caracalla, um dos mais importantes em Roma, existiam teatros, bibliotecas, salas de estudo e até lojas.
CONSTANTINO 
- arco romano 
- Basilicas 
DEPOIS DE CONSTANTINO
§ Transferência da capital para Bizâncio
§ Interrompe-se a construção de grandes obras públicas
§ Últimos imperadores publicam editais para conservar o patrimônio romano
DEPOIS DE CONSTANTINO
§ Transferência da capital para Bizâncio
§ Interrompe-se a construção de grandes obras públicas
§ Últimos imperadores publicam editais para conservar o patrimônio romano
ENGENHARIA ROMANA
Os Etruscos tiveram considerável abilidade em 3 aspectos no campo da construção de edifícios e engenharia civil, cujos romanos souberam desenvolver com excelência:
• Engenharia de Estrada
• Engenharia Hidráulica (aquedutos) – distribuição de água
• Engenharia Sanitária – sistemas de coleta e drenagem água e esgoto • Engenharia Militar - Construção de Linhas Fortificadas
• Pontes - sistema em arco.
Casas Romanas - Domus
A Domus é a residência urbana das famílias abastadas na Roma Antiga, e, portanto, na sua maioria, das patrícias, nome pela qual é denominada a nobreza romana. Há também a domus da plebe, onde habitavam comerciantes e artesãos romanos, ainda que as suas residências não fossem grandes, suntuosas e sofisticadas como as dos patrícios.
Os cidadãos com menos posses, membros da plebe, viviam em casas alugadas, as insulae, apartamentos exíguos e super povoados situados em prédios de vários andares.
No campo, as casas das famílias patrícias tinham o nome de villae (singular: villa). A domus dos patrícios era uma propriedade grande, sofisticada e luxuosa em regiões residenciais em meio a cidade.
O Ambiente da Domus
A domus não tinha vista para a rua. As janelas eram muito pequenas, a fim de proteger a casa de ruídos, do frio (o vidro era uma raridade) e, sobretudo, dos ladrões. Em consequência, as divisões recebiam luz solar essencialmente do complúvio ou do peristilo. Algumas casas tinham não só água canalizada mas também aquecimento central (o hipocausto).
As paredes e por vezes o teto eram decorados com afrescos. O chão era pavimentado com tijolos de terracota, mosaicos ou mármore, dependendo por um lado do tipo de divisão e, por outro, das posses do proprietário.
Na maior parte das casas, a mobília dos cubicula resumia-se a uma simples cama de madeira. O triclínio deve o seu nome aos três leitos, dispostos em torno de uma mesa central, onde os comensais comiam reclinados.
Geralmente a cozinha era uma divisão exígua, com um pequeno fogão de pedra, estando a preparação das refeições a cargo dos escravos.
Não havia espaços próprios para os escravos. Estes circulavam em toda a casa e à noite dormiam à porta do cubiculum do seu senhor. Também as mulheres não estavam confinadas a quaisquer aposentos, dedicando-se às suas atividades no átrio ou noutras divisões, quando os homens saíam para o fórum. Não havia igualmente uma distinção clara entre espaços domésticos privados e públicos.
PLANEJAMENTO URBANO
Decumanus:
Rua ou via, orientada este-oeste nas povoações romanas, castra (acampamento militares), ou colônia.
Quando havia mais que uma via orientada no mesmo sentido, uma delas, a mais importante, passava a ser designada por Decumanus Maximus, que habitualmente ligavam a Porta Praetoria (nos acampamentos militares a porta mais próxima do potencial inimigo) à Porta Decumana (a porta mais afastada do
potencial inimigo).
Cardus:
Denota uma rua com orientação norte-sul em um acampamento militar ou colônia. O cardo principal é o Cardus Maximus, que se cruza perpendicularmente com o Decumanus Maximus, a outra rua principal. Em geral, ali o fórum se situava originalmente, isto é, nas primeiras cidades romanas, e se destinava às atividades mercantis (feiras livres e mercados); com o tempo começou a dedicar-se às atividades políticas e administrativas, por isso as cidades romanas posteriores começaram a criar praças públicas na intersecção do Cardus Maximus com o Decumanus Maximus
IDADE MÉDIA 
A CIDADE (Conceitos Gerais)
A CIDADE
§ Ponto de máxima concentração do vigor e da cultura de uma comunidade.
§ Lugar onde concentram-se os raios emitidos por muitos focos separados de vida, com
proveitos tanto em eficiência como em significado social.
§ Forma e símbolo de um conjunto integrado de relações sociais: sede de templos, mercado, corte de justiça, academia de ensino, etc.
§ Cidade (espaço físico) + experiência humana (relação social) = símbolos + conduta + ordem.
§ A cidade é um produto do tempo – o tempo torna-se visível: edifícios, vias públicas (fato material da preservação).
§ As cidades são produto das necessidades sociais humanas e multiplicam-se tanto os seus costumes como suas formas de expressão.
§ Lugar da experiência, idéias, invenções, divisão de trabalho, cooperação (ação coletiva).
§ O espaço, não menos que o tempo, é engenhosamente reformulado, reorganizado na cidade = cidade é um sítio de registros humanos. A cidade é a maior obra de arte humana.
CIDADE » CRESCE: Especialização das atividades + complexidade social dos propósitos
A cidade acumula e incorpora a herança de uma região (herança cultural) e combina em certa medida e espécie com a herança cultural das unidades maiores, nacionais, sociais, religiosas e humanas.
CRESCIMENTO RÁPIDOS DAS CIDADES = CRISTALIZAÇÃO DO CAOS
§ Desordem: cortiços, favelas e distritos fabris
§ Êxodo para subúrbios dormitórios e distritos operários
A CIDADE MEDIEVAL
1 - Despindo o Mito
A Idade Média foi denegrida, no início da Renascença, por vícios que realmente pertenciam aos seus detratores.
(Séculos X - XVI) = período composto por ignorância, corrupção, brutalidade e superstição (esse caráter não se adapta inteiramente à totalidade da Europa, nem mesmo nos tempos sombrios, referente ao período do monarquismo celta e do governo de Carlos Magno.
A Origem do Mito
§ A noção perturbadora da Idade Média ganha fortes contornos a partir da produção dos Romances Góticos do Século XVIII.
§ O lado sombrio e perverso são elementos que não caracterizam o período como todo, ou seja, as intenções são tratadas como fato e as idéias como se fossem realização. A construção do imaginário sobre a época medieval não corresponde a realidade.
2 - A Idade Média (Contexto e Fatos Reais)
§ Governada por guerreiros valentes e pacientes artesãos.
§ Período da formação da empresa capitalista na forma embrionária.
§ Ousados melhoramentos técnicos e invenções
- invenção do relógio mecânico
- melhorias radicais nas práticas de mineração - aprimoramento das práticas de navegação
- melhorias da arte de guerra
- invenção da prensa móvel - invenção do moinho
- instituição universitária
- moldagem do ferro (criação de utensílios e instrumentos) - manufatura de óculos de vidro
- utilização da energia física
(Idade Média) Melhoramentos Técnicos e Invenções
O fim das invasões bárbaras na Europa, por volta do século X, trouxe certa paz ao continente. No período da Baixa Idade Média, o sistema feudal de exploração de braços humanos entrou em decadência devido aos avanços no setor agrícola, como a invenção do moinho hidráulico, que facilitava a irrigação, e a atrelagem dos bois nas carroças, o que possibilitou viagens com mais carga e, conseqüentemente, aumento na produção.
Com as inovações tecnológicas no setor agrícola, as terras dos feudos passaram a ficar pequenas demais para uma população que só tendia a crescer. Os habitantes dessas áreas rurais queriam expandir o comércio e lucrar mais através da produtividade. A partir daí, os artesãos e comerciantes concentram-se próximos aos castelos, igrejas e mosteiros, desenvolvendo a atividade comercial. Essas pequenas concentrações deram origem aos primeiros burgos.
3 - A Sociedade Medieval: Os Grupos Sociais
A sociedade feudal era formada pela aristocracia proprietária de terras (composta pelo alto clero e pela nobreza) e pela massa de camponeses (servos e vilões não proprietários).
O clero ocupa papel relevante na sociedade feudal. Os sacerdotes destacavam-se como servidores de Deus, detentores da cultura e administradores das grandes propriedades da Igreja, além de sua marcante ação assistencial aos desvalidos. A Igreja procurava legitimar o modo de agir da aristocracia, afirmando que Deus tinha distribuído tarefas específicas a cada homem e que, portanto, uns deviam rezar pela salvação de todos (o clero), outros deviam lutar para proteger o povo de Deus (a nobreza) e os outros deviam alimentar com seu trabalho, aqueles que oravam e guerreavam (os camponeses).
Os nobres (reis, duques, marqueses, viscondes, barões e cavaleiros) habitavam os castelos, que eram, ao mesmo tempo, residência e núcleo de defesa contra os ataques de inimigos. “O castelo é sinal de segurança, de poderio e de prestígio. No século XI erguem-se as torres e vence a preocupação da defesa. Em seguida, precisam-se os encantos da habitação. Continuando bem defendidos, os castelos passam a dar mais lugar aos alojamentos e criam edifícios de habitação dentro das muralhas. Mas a vida ainda se concentra na sala grande. O mobiliário é diminuto. As mesas em geral são desmontáveis e uma vez concluídas as refeições, são retiradas. O móvel normal é a arca ou baú, onde são arrumadas as roupas ou a baixela. Esta é de um supremo luxo, resplandece e é também uma reserva econômica.” (LE GOFF, J., op. cit. v.2, p.125.)
O senhor feudal procurava cercar-se em seu castelo de uma corte numerosa, com dezenas de comensais entre vassalos, parentes, amigos, cavaleiros, além de criados domésticos e artesãos especializados (ferreiros, carpinteiros, tecelões, prateiros, ourives, curtidores, cervejeiros). Sua hospitalidade pressupunha adegas e celeiros sempre cheios, mesmo em épocas de colheitas baixas. Para isso, os grandes senhores possuíam vários domínios, administrados em sua ausência pelos intendentes, encarregados de fiscalizar a produção dos camponeses.
4 - A Necessidade de Proteção
O período que compreende a Queda de Roma (invasão dos bárbaros) até o século XI -
as cidades do ocidente despertam para uma nova vida.
5 séculos de violência, paralisia e incertezas = gerou na Europa um profundo desejo de segurança. A proteção era necessidade maior.
Os piores efeitos da barbárie e desorganização da civilização verifica-se no século IX:
• ampliação do processo de escravidão pelos povos bárbaros
• a população decresce (total penúria)
• terrorismo militar + economia parasitária = involução da cidade • garantia à subsistência era difícil
A Transição
(Império Romano) = organização uniforme → (Idade Média) = economia feudalista de produção
Século IX → Invasão dos nórdicos → pilhagens, incêndios e morticínios (Bretanha e Alba)
O terror gerou 1 nova relação entre o senhor feudal e seu dependente
A formação de aldeias / povoados cercados por muralhas e fossos – a população iniciou um processo de restauração das muralhas romanas postas a baixo.
Imperador Germânico (Henrique I) – ordenou o levante de muralhas, até mesmo ao redor dos mosteiros e conventos de freiras para resguardá-los contra os ataques.
A vida dentro das muralhas tornou-se mais atraente = segurança de vida e da propriedade, regularidade de comércio e trabalho,
paz de pensamento e de culto.
Muralha = transformada em proteção permanente e regular. Era uma barreira portuária (controlar as entradas e saídas de mercadorias, cobranças de impostos, etc.)
5 - O Papel da Igreja
A unidade econômica do Império Romano e a vida urbana que servia de suporte, sobreviveu em grande parte as invasões germânicas porque o Mediterrâneo continuou aberto ao comércio. A partir do início do século VII essa conexão vital foi reduzida e bloqueada devido a rápida expansão Islâmica.
As invasões bárbaras = determinou um processo de empobrecimento, saques e pilhagens das cidades européias até o século IX. (Período de instabilidade econômica)
A economia de caráter internacional (intercâmbio) → economia de consumo (subsistência)
Século X - (a força e influência da Igreja): impulsionou o ressurgimento do comércio
A igreja fomentou o comércio local, a população protegida pelas leis da igreja católica (sedes episcopais) e pelas muralhas e fortificações. Criação de cidades de mercado, maior fluxo comercial (comércio a larga distância) e reestruturação social (a produção deixa de ser predominantemente agrícola = início de uma sociedade fabril e mercantil)
6 - Categorias de Cidades Medievais
1- Cidade de Origem Romana: conservaram seu status de cidade ao longo da Alta Idade Média. Reduzidas em tamanho depois de abandonadas, incendiadas ou pilhadas com a queda do Império Romano. Foram reconstruídas em seus sítios originais. A estrutura reticulada das cidades romanas se perdeu durante as décadas, dando lugar ao crescimento orgânico sem planificação.
2 - Burgos: construídas como bases militares fortificadas (sistema de defesa contra os bárbaros: vikings, magiares, eslavos, sarracenos e dinamarqueses), conversão de monastérios em cidades religiosas, e posteriormente adquiriram funções comerciais.
3 - Cidades de Crescimento Orgânico: desenvolvidas na maioria dos casos a partir da formação de aldeias.
4 - Cidades Bastide: fundadas na França, Inglaterra e Gales (cidades novas, estabelecidas oficialmente em um dado momento, com completo status urbano, baseadas ou não num plano predeterminado). Conforma-se como toda a cidade planejada e construída como uma única unidade, por um único fundador. A maioria dos bastides tem uma disposição de grade de ruas cruzando-se, com passagens largas que dividem a planta de cidade (insulae ou os blocos). O quadrado do mercado fornece freqüentemente o módulo em que o bastide é subdividido
5 - Cidades de Nova Planta: (Cidades novas, fundadas por toda Europa em geral).
O Castelo Medieval
O castelo é, principalmente, um local fortificado, uma fortaleza; na origem, era de madeira; os seus principais elementos eram uma paliçada e uma torre de dois andares, a cave e uma grande sala, em que se entrava por uma escada de mão. Era construída sobre uma elevação do terreno, a “motte”. O castelo passa a ser a base visível e concreta dos poderes do castelão, cuja bandeira ondula na torre de mensagem. (LE GOFF, J., op. cit. v.2,p.275.)
PLANTAS CATEDRAIS GOTICAS 
Nave: espaço central do templo, local destinado aos fiéis. Pode ser única ou conter laterais chamadas colaterais
Transepto: elemento que corta a nave acima da metade dando a planta forma de cruz. O ponto de encontro entre nave principal e Transepto é o cruzeiro.
Abside: parte final da nave principal que se destaca para fora do templo em semi circulo ou geométrico similar.
Deambulatório: Parte que circunda a abside e portanto, também se encontra deslocada da nave principal, serve para circular em volta do altar- mor
Capela Radiante: as capelas radiantes são pequenas absides (absidíolas), dedicadas aos santos menores
Arquitetura Bizantina - Idade média -
Que aspectos que caracteriza a arquitetura bizantina?
R: Marcada pelo processamento das várias influências gregas, romana, persas armenias Arquitetura Bizantina transmitiu a cultura greco romana. 
CARACTERISTICAS:
1. Uso de materiais nobres
2. ênfase no colorido
3. arte de profundo caráter religioso
4. construção de igrejas espaçosas e monumentais planejadas sobre uma base circular, octogonal ou quadrada com imensas cupulas, totalmente decorados
5. destaque para o uso de marfim nas esculturas
6. larga difusão dos mosaicos, com finalidade religiosa
7. Destaque na engenharia e técnicas construtivas arrojadas
8. Responsável pela difusão de novas formas e tipologias de cúpulas. A arquitetura das igrejas foi a que recebeu maior atenção da arte bizantina. A Catedral de Santa Sofia em Istambul, atual Turquia um dos maiores triunfos da nova técnica bizantina projetada por Antêmio de Tralles e Isidoro de Mileto possui cúpula de 55 metros apoiada em 4 arco plenos. Tal método tornou a cúpula extremamente elevada sugerindo por associação á abóbada celeste sentimento de universalidade e poder absoluto. Apresenta pinturas nas paredes destaca- se o uso de mosaico nao so como elemento decorativo mas como forma de instruir os fieis, colunas com capitel ricamente decorado com mosaicos e o chão de mármore polido. Estatuas lembrava o paganismo. O espaço arquitetural era aproveitado em função do jogo de luz e sombra
Renascimento 
Qual o conceito, forma, repertório usado na concepcão do espaço?
R: - Visão Humanista 
 -Retorno às formas e proporções da antiguidade greco-romana.
- Arquitetura palaciana 
- Formas Geométrica bem definidas, simetria 
- Um ponto de fuga 
- Mistura de varias artes mas de forma que cada uma tinha seu espaço diferente do barroco onde as artes se misturavam 
- Entablamento continuo, iluminacao homogenea e uniforme 
- Uso do eixo de nascente e poente do sol como os egipcios 
- Planta Cruz Grega ou planta central: Formas circulares, octogonais e cobertas com cúpulas e meias cúpulas. Em ambos os modelos sobressai a preocupação em destacar as linhas cruciformes (em forma de cruz)
Hospital dos Inocentes, Florença (1419 - 1427)
• Harmonia - esquema matemático proporcional com base nas formas puras: círculo, quadrado e cubo • Galeria porticada aberta para praça
• Colunata coríntia suporta as estruturas arqueadas e entablamento
A loggia (Galeria) compreende grande extensão da fachada do edifício, desenvolvendo oportunamente a transição entre público e privado, de suma importância num edifício deste uso.
- Desenho de linhas claras e racionais
Planta organizada a partir de um eixo longitudinal que parte de um pátio interno – garantindo a funcionalidade dos espaços internos.
A ARQUITETURA RENASCENTISTA
Arquitetura Renascentista: Filippo Brunelleschi Ordenação Racional do Espaço
Hospital dos Inocentes, Florença (1419 - 1427)
• Harmonia - esquema matemático proporcional com base nas formas puras: círculo, quadrado e cubo • Galeria porticada aberta para praça
• Colunata coríntia suporta as estruturas arqueadas e entablamento
A loggia (Galeria) compreende grande extensão da fachada do edifício, desenvolvendo oportunamente a transição entre público e privado, de suma importância num edifício deste uso
Hospital dos Inocentes
Desenho de linhas claras e racionais
Planta organizada a partir de um eixo longitudinal que parte de um pátio interno – garantindo a funcionalidade dos espaços internos.
Arquitetura Renascentista: Giuliano da Sangallo A Forma Ideal – Igreja de Planta Central
Arquitetura Renascentista: Leon Alberti
Sistema de Proporcionalidade – Igreja de Santa Maria Novela, Florença (1458 - 1471)
Arquitetura Renascentista: Leon Alberti A Forma Adaptada – Igreja de Planta em Cruz Latina
O Palazzo Ducale apresenta várias salas que refletem a devoção do Duque Federico da Montefeltro aos estudos humanistas e clássicos, servindo a sua rotina diária, que inclua uma visita ao lararium (altar da família) do palácio e leitura de literatura grega. Estes toques apreendidos e explicitamente pagãos eram atípicos num palácio medieval.
Palazzo Rucellai - Florença, Leon Battista Alberti (1453)
Quando Alberti construiu um palácio para
os Rucellai, família de ricos mercadores florentinos, ele projetou um edifício comum de três andares.
Há pouca semelhança entre essa fachada e qualquer ruína clássica. Entretanto, Alberti manteve-se fiel ao programa de Brunelleschi e usou formas clássicas para a decoração da fachada. Em vez de construir colunas ou meias colunas, cobriu a casa com uma série de pilastras e cornijas planas que sugeriam uma ordem clássica sem alterar a estrutura. É fácil perceber onde Alberti aprendera esse princípio. Recordemos o Coliseu romano, no qual várias "ordens" gregas foram aplicadas aos diversos andares. No palácio Rucellai, o andar inferior é igualmente uma adaptação da ordem dórica, e também aí vemos arcos entre as pilastras. Mas, embora Alberti tenha, assim, dado ao palácio da velha cidade um ar moderno ao reverter às formas romanas, não rompeu inteiramente com as tradições góticas. Basta comparar as janelas do palácio com as da fachada da catedral de Notre Dame de Paris para se descobrir uma inesperada semelhança. Alberti "traduziu" meramente um plano gótico para formas clássicas suavizando o "bárbaro" arco ogival e usando os elementos da ordem clássica num contexto tradicional.
A CIDADE NA RENASCENÇA
Na história do urbanismo, se entende por período renascentista aquele que se estende deste sua origem na Itália (Florença), a princípios do século XV até finais do século XVIII.
O urbanismo renascentista, difundiu-se lentamente da Itália até outros países europeus, tardando 75 anos para penetrar na França e outros 85 anos para se estabelecer na Inglaterra. O urbanismo renascentista se estabelece a partir do declínio do estilo gótico. O gótico nunca esteve arraigado na tradição arquitetônica da Itália, apenas ganhando grande visibilidade e esplendor na Inglaterra e França.
O Renascimento (séculos XV e XVI) Urbanismo
Não existe uma cidade renascentista. Existem cidades medievais (Siena) e cidades barrocas (Roma). O Renascimento é mais do que a simples retomada de valores clássicos. É um amplo e complexo processo de transformação cultural, social e religioso que se dá na Europa na formação de uma cultura humanista nos séculos XV e XVI. As cidades medievais dos séculos XIII e XIV são centros ativos de artesãos e mercadores, densos núcleos de habitações e oficinas. Não tendo papel político importante, seu aparato militar resume-se ao círculo das fortificações.
No fim do século XVI a cidade é um ativo núcleo de forças em contraste, um núcleo de força em um sistema mais amplo e de um jogo de interesses mais complexo. Há um poder real (famílias) acima de um poder municipal. À cisão da burguesia corresponde uma nova hierarquia entre artesãos das atividades mecânicas (manuais) e liberais (princípios filosóficos e conhecimento histórico). Entre estes, os artistas, que passam a ter convívio na corte. Os mais cultos, mais influentes e mais respeitados são os arquitetos. Participam das definições do poder na cidade. Participam de projetos que expressam as determinações do príncipe na concepção a partir do estudo sistemático do artista. Neste período surgem os primeiros tratados de arquitetura. Retomam-se os valores de Vitrúvio e surgem as primeiras concepções do urbanismo.
CAMPO DE SIENA ITÁLIA 
O Eixo Diagonal
A necessidade de unir a Catedral com a Praça do Campo é a causa da única interrupção que ocorre na série de edifícios que rodeiam a Praça. A descontinuidade ocorre no lado oeste, com a aparição do eixo diagonal que atravessa o Campo
FORMA E DESENHO URBANO
Cidade Renascentista
 Entre os séculos XVI e XVIII, busca-se adequar a cidade, às regras de perspectiva
nascidas da cultura do renascimento italiano no século XV.
§ A perspectiva passa a dispor os objetos arquitetônicos na cidade igualitariamente diante da visão do observador segundo a visão da cultura humanista renascentista.
§ Ruas retilíneas são abertas no tecido medieval, e construídas com palácios volumetricamente semelhantes, como na Strada Nuova em Genova, onde se constrói a imagem idealizada de paisagem urbana renascentista.
§ Criação de praças retangulares formadas por uma seqüência de fachadas que repetem o mesmo motivo arquitetônico criando um espaço fechado e simétrico quando visto de qualquer de seus ângulos.
As Ruas Retilíneas e a Perspectiva
1a obra de urbanismo renascentista
Ordenamento consciente dos edifícios ao longo de uma rua retilínea.
Rua Renascentista = percurso funcional + visual
• Ligação entre diferentes bairros da cidade
• Organizador de efeitos cênicos e estéticos
• Grande movimentações, procissões, cortejos e paradas.
As Teorias Urbanas e os Tratadistas
Leon Battisti Alberti e a Cidade
A cidade é como uma casa grande e a casa, por sua vez, é como uma cidade pequena
Para Alberti, a beleza não está em uma parte, mas no conjunto de uma obra íntegra. Assim, o papel dos edifícios na cidade, é conformá-la de maneira a buscar um todo probo. O arquiteto deve procurar soluções que aliem funcionalidade, eficiência, economia, praticidade e que alcancem facilidade construtiva e dignidade estética, aliando todos esses conceitos sem priorizar nenhum deles.
A arte de uma maneira geral deve ser útil, ajudando na construção de uma vida feliz para a humanidade. Ela atinge seu papel na medida em que contribui para a formação do novo homem e promove a abertura nos vários campos da cultura. Dirigi-se contra a tradição superada do século anterior e contra seu próprio tempo. O belo está ligado à satisfação e à utilidade que a obra nos proporciona, aproximando-se de uma utilidade econômica e cívica. A arte não tem um fim em si, ela é uma das manifestações da virtù em seu combate eterno contra a fortuna.
O arquiteto deve desenvolver o edifício ou a cidade segundo exigências diversas que lhe são colocadas e centrar-se na tríade da firmitas, da utilitas e da venustas. Os três elementos da tríade devem caminhar conjuntamente, a construção será insuficiente se menosprezar qualquer um dos três aspectos. O êxito do projeto será atingido pelo fruidor, na medida que a obra beneficie sua vida, fazendo-se útil a uma vida mais feliz. A obra é legitimada pela função que ela exerce socialmente.
A concepção da cidade albertiana propõe o espaço ético, que deve educar, buscando a formação dos homens na vida pública, e civilizar a alma dos cidadãos com o hábito das relações recíprocas, tornando-os mais propensos a contraírem amizades; como os nossos antepassados que, ao instituírem os espetáculos na cidade, tinham em mira a utilidade, não menos que o divertimento e o prazer.
A Urbanística Renascentista
No início do Renascimento, a Europa não necessitava de novos núcleos, dada a armadura territorial urbana que se havia constituído e completado na Idade Média. Só no Renascimento (1500-1600) se criaram novas cidades por razões militares (Palma Nova, Neuf-Brisach, Almeida e Ville-Richelieu).
A urbanística renascentista vai de início se manifestar em alguns campos específicos: § Construção de sistemas de fortificação
§ Modificação de zonas da cidade = criação de espaços públicos, praças e arruamentos retilíneos
§ Reestruturação de cidades pelo rasgamento de nova rede viária
§ Construção de novos bairros e expansões urbanas (quadrícula regular)
Francesco di Giorgio, Cidade Poligonal
Atravessada por um rio. O curso do rio é direcionado para um canal estreito e linear, atravessado por pontes e intervalos regulares matematicamente determinados.
Antonio Filarete – A Cidade Ideal
O conceito de cidade ideal foi amplamente explorado por filósofos, arquitetos, artistas e acadêmicos durante o Renascimento. Uma das discussões mais detalhadas sobre este assunto foi oferecido pelo arquiteto florentino Antonio di Pietro Averlino (1400 - 1469) em seu Trattato di Architettura (Florença, 1465). Mais conhecido como Filarete (do grego "amante
da virtude"), ele usou a imaginária cidade Sforzinda como um instrumento literário nos 25 volumes do tratado sobre arquitetura, escrito sob a forma popular de um diálogo entre um patrão e seu arquiteto. A cidade ideal Filarete era realmente o nome de seu patrono de Milão, Francesco Sforza.
Sforzinda - A cidade que Filarete comparava com um corpo humano ideal, se inscrevia dentro de uma estrela de oito pontas de muros inscritos dentro de um perfeito fosso circular, o primeiro de muitos planos de cidades ideais com forma de estrela que reagiram contra os espaços populosos e irracionais da cidade medieval. Oito torres colocam-se como bastiões nos pontos salientes da estrela, e oito portas eram a saída de avenidas radiais, a cada uma das quais passava por uma praça de mercado, dedicadas a certos gêneros. Outras ruas radiais tinham as igrejas paroquiais e os conventos. Um sistema de Canais (via artificial de água) ligados com o rio e o mundo exterior, proporcionava transporte para as mercadorias. No centro de Sforzinda estava a piazza formalmente composta, um quadrado duplo que era um stadio de longo e médio stadio de largo, com a catedral em sua cabeça e uma torre vigia. O arquiteto teoriza que os seus edifícios não só devem ser concebido para responder aos desejos e necessidades dos seus cidadãos e governo, mas que também deve responder a três valores centrais: a beleza, permanência e utilidade.
Leonardo da Vinci – A Cidade Ideal
Leonardo da Vinci , A cidade ideal - Milão
O conceito do renascimento da cidade ideal é expressa por Leonardo em seu planejamento urbano rigorosamente geométrico. Sua cidade ideal é caracterizada pela perfeita integração de uma rede de canais que são utilizados tanto para fins comerciais, bem como um sistema de esgoto. Leonardo concebeu edifícios e máquinas hidráulicas que distribuem água para todos os cômodos da casa, bem como nas oficinas de artesanato através de um sistema de elevação mecânica.
A cidade ideal, portanto, foi organizada de forma funcional = (cada rua possui 12 metros de largura e a distância entre cada nível é de 3,5 metros).
Leonardo observa que as carruagens e outros meios de transporte irão transitar apenas no nível baixo, pedestres só no nível superior e "coisas fétidas" apenas no nível subterrâneo.
Vicenzo Scamozi – Palma Nova (1593)
Palma Nova apresenta como formato um polígono de nove lados, com traçado regular, tendo suas principais ruas partindo de uma grande praça central, hexagonal em direção a pontos determinados junto às muralhas, sendo três delas a continuação das vias de acesso. Essa configuração resulta em um modelo harmonioso graças a uma complexa disposição de ruas radiais, três anéis concêntricos, doze ruas radiais adicionais e de seis pequenas praças secundárias situadas no interior das quadras.
Barroco - Urbanistica barroca 
1) Traçados de bases renascentistas, guiados pela perspectiva, mas dotados de maior liberdade, movimento e escala, ausencia de simetria 
2) Busca da grandiosidade e criação de verdadeiras “cidades-cenário”, obtido por meio de rasgamento e alargamento de vias, assim como a criação de amplos espaços públicos.

3) Desenho urbano realizado com base na composição arquitetônica, ritmo, dominância de massas compactas e aspecto imponente, sólido das obras, artificialidade dos jardins.

4) Paisagem concebida como construção humana, adquirindo assim um espírito mais arquitetônico artificial e cênico: proliferam eixos, ruas e avenidas radiais, composições geométricas e a retificação de canais, fontes e espelhos d’água. ( Piazza de spagna )

5) Arquitetura urbana exuberante e retórica, de escala monumental composta por igrejas, palácios e monumentos para os quais convergiam alamedas arborizadas e consistiam nos principais temas estéticos ( Piazza de Popolo, igrejas gemeas, detale fonte ) 
O grande traçado barroco une pontos da cidade é delimitado pelas fachadas dos edifícios e integra arborização, sendo pontuado por monumentos.
O DESENHO URBANO
A Praça Barroca
-Lugar especial (principais edifícios e monumentos)
-Valor funcional e político-social, simbólico e artístico
-Elemento básico da energia e criatividade do desenho urbano e arquitetura 
-A praça como cenário, espaço embelezado, espaço de prestígio
-Delimitada por edifícios públicos, edifícios religiosos, filas de habitação ou palácio 
-Lugar de enquadramento de fontes, monumentos e obeliscos
O urbanismo barroco propõe um espaço e de grande dinamismo e movimento
Pizza São Pedro 
-Obelisco Egipcio central
-Entrada triunfal
-Palco para procissoes e outros eventos sagrados
- Formas concavas e convexas 
- Uniao de formas geometricas, formas mais complexas e criativas, sem simetria correspondenco a nova visao de mundo do homem barroco 
- Desgaste do periodo renascentista 
- Estruturas mais livres , organicas 
- Planta: Misturas geometricas, estrela de davo, circulos triangulos sobre-postos 
- Arte total: Arquitetura, pintura e escultura, de forma que se misturavam umas as outras usando o mesmo espaço.
- Contraste de volume 
- Perspectiva criativa e exagerada 
- Iliminação direcional 
Termo de origem portuguesa ‘Barroco’, aplicado para designar pérolas de forma irregular.
A arte barroca originou-se na Itália (séc. XVII) mas não tardou a irradiar-se por outros países da Europa e a chegar também ao continente americano, trazida pelos colonizadores portugueses e espanhóis.
§ O Renascimento recusa os valores religiosos e artísticos da Idade Média, já o Barroco tenta conciliar a visão medieval da vida e da arte com a visão renascentista.
§ O Barroco procura solucionar os dilemas de um homem que perdeu sua confiança ilimitada na razão e na harmonia, através da volta a uma intensa religiosidade medieval e a ponderação sobre os conceitos renascentistas de vida e arte.
O barroco é libertação espacial, é libertação mental das regras dos tratadistas, das convenções, da geometria elementar. É libertação da simetria e da antítese entre espaço interior e exterior. Em termos artísticos, o barroco vai utilizar a escala como valor plástico de primeira grandeza e o jogo com efeitos volumétricos .
Este estilo evoluiu de uma arquitetura sólida e austera derivada da herança quinhentista, com frontões discretos, torres com coroamento piramidal simples e frontispícios pouco elaborados, até chegar a uma fase onde as fachadas recebem ornamentação muito mais movimentada, com grande profusão de detalhes, ganhando um caráter dramático.
BARROCO: CARACTERÍSTICAS GERAIS
§ Emocional sobre o racional; seu propósito é impressionar os sentidos do observador, baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria ser atingida através dos sentidos e da emoção e não apenas pelo raciocínio.
§ Efeitos decorativos e visuais - curvas, contracurvas, colunas retorcidas § Entrelaçamento entre a arquitetura e escultura
§ Violentos contrastes de luz e sombra
§ Privilégio da cor e da mancha sobre a linha
§ Privilégio da profundidade sobre o plano
§ Privilégio das formas abertas sobre as fechadas § Privilégio da imprecisão sobre a clareza
§ Privilégio da multiplicidade sobre a unidade
§ Pintura com efeitos ilusionistas
§ As obras dos artistas barrocos europeus valorizam as cores, as sombras e a luz, e representam os contrates. As imagens não são tão centralizadas quanto as renascentistas e aparecem de forma dinâmica, valorizando o movimento. Os temas principais são: mitologia, passagens da Bíblia e a história da humanidade. As cenas retratadas costumam ser sobre a vida da nobreza, o cotidiano da burguesia, naturezas-mortas entre outros.
§ Muitos artistas barrocos dedicaram-se a decorar igrejas com esculturas e pinturas, utilizando a técnica da perspectiva.
§ As esculturas barrocas mostram faces humanas marcadas pelas emoções, principalmente o sofrimento.
§ Os traços se contorcem, demonstrando um movimento exagerado.
Predominam nas esculturas as curvas, os relevos e a utilização da cor dourada e intensa.
ESCULTURA BARROCA NA EUROPA
Gianlorenzo Bernini
Fonte dos Quatro Rios (1648 - 1651)
Gianlorenzo Bernini foi o intérprete da Contra-Reforma Católica da Igreja triunfante e sua glorificação. Possui fortes influências helenísticas. Sua escultura caracteriza-se pela teatralidade compositiva, que resolve em cenas. É um grande arquiteto que põe a escultura ao serviço da arquitetura. Procura efeitos emotivos a fim de comover, a partir de imagens realistas com posições violentas e desequilibradas. Tem obras mitológicas como Apolo e Dafne, religiosas, baldaquino de São Pedro, o Êxtase de Santa Teresa, Santa Maria da Vitória, as fontes dos Quatro Rios e o busto de Luís XIV
As Ordens Arquitetônicas
Ordem Arquitetônica: no contexto da arquitetura clássica, é um sistema arquitetônico que afeta o projeto de um edifício dotando-o de características próprias e associando-o a uma determinada linguagem (método compositivo e construtivo) e a um determinado estilo histórico. Compreende o conjunto de elementos previamente definidos e padronizados que, relacionando-se entre si e com o todo de um modo coerente, conferem harmonia, unidade e proporção a um edifício segundo os preceitos clássicos de beleza. As diferentes ordens arquitetônicos foram criadas na Antiguidade Clássica, embora elas tenham eventualmente sido alteradas quando de sua reinterpretação em períodos como o do Renascimento.
Compósita: ordem da arquitetura clássica desenvolvida pelos romanos partir dos desenhos das ordens jônica e coríntia. Até o período do Renascimento a ordem foi considerada uma versão tardia do coríntio. Trata-se de um estilo misto em que se inserem no capitel as volutas do jônico e as folhas de acanto do coríntio. A coluna tem dez módulos
de altura.
O DESENHO URBANO
Cidade Renascentista X Cidade Barroca
A partir do século XVII, todas as realizações serão influenciadas pelo Renascimento. A Europa entra em definitivo numa nova era cultural e estética cujos princípios no campo urbanístico e arquitetônico só seriam abandonados no século XX a partir do Movimento Moderno.
Todavia é errado assimilar um tão longo período a uma unidade cultural e estética contínua. Há de notar que apesar das similaridades de idéias compartilhadas ao longo desse longo período, deve-se considerar a existência de diferenças profundas.
O DESENHO URBANO
Cidade Renascentista X Cidade Barroca
“... Em contraste com a arte do Renascimento, que tende à permanência e imobilidade de todas as coisas, o Barroco manifesta, desde seu início, um grande sentido de direção e movimento (...). A arte do Renascimento é a arte da calma e da beleza ... As suas criações são perfeitas; não revelam que nada foi forçado ou inibido, nem inquietação e agitação. Não estamos equivocados se vemos nesta calma e satisfação celestiais a mais alta expressão do espírito artístico desta época. O Barroco propõe operar de outro modo. Recorre ao poder da emoção para comover e subjugar com a força do seu impacte; tende a dar impressão instantânea, enquanto o impacte de uma obra do Renascimento é mais suave e lento, e também mais duradouro – um modo que não se deseja jamais abandonar. O momentâneo impacte que exerce o Barroco é poderoso, mas abandona- nos logo, deixando-nos um sentimento de desolação.”
Heinrich Wolfflin
O URBANISMO BARROCO
Características Principais Europa (XVII – XVIII)
1) Traçados de bases renascentistas, guiados pela perspectiva, mas dotados de maior liberdade, movimento e escala, passando a simetria a ser relativa (em composição, mas não em detalhes.
2) Caráter monumental expresso pela busca da grandiosidade e pela criação de verdadeiras “cidades-cenário”, o que foi obtido por meio de rasgamento e alargamento de vias, assim como a criação de amplos espaços públicos.
3) Desenho urbano realizado com base na composição arquitetônica – simetria, ritmo, dominância de massas compactas e aspecto imponente e sólido das obras –, além da artificialidade dos jardins.
4) Paisagem concebida como construção humana, adquirindo assim um espírito mais arquitetônico artificial e cênico: proliferam eixos, ruas e avenidas radiais, composições geométricas e a retificação de canais, fontes e espelhos d’água.
5) Arquitetura urbana exuberante e retórica, de escala monumental composta por igrejas, palácios e monumentos para os quais convergiam alamedas arborizadas e consistiam nos principais temas estéticos.
O DESENHO URBANO
O Traçado Barroco
O grande traçado barroco que une pontos da cidade é delimitado pelas fachadas dos edifícios e integra arborização, sendo pontuado por monumentos.
O DESENHO URBANO
A Praça Barroca
§ lugar especial (principais edifícios e monumentos)
§ valor funcional e político-social
§ valor simbólico e artístico
§ elemento básico da energia e criatividade do desenho urbano e arquitetura § a praça como cenário, espaço embelezado, espaço de prestígio
§ delimitada por edifícios públicos, edifícios religiosos, filas de habitação ou palácio § lugar de enquadramento de fontes, monumentos e obeliscos
Praça de São Pedro, Vaticano
No centro da praça, há um obelisco egípcio do antigo circo de Nero rodeado por fontes do século XVII.
Gianlorenzo Bernini criou uma entrada triunfal para que os fiéis fossem acolhidos pelos “braços maternais da igreja” à medida que se aproximassem. Uma vez dentro da praça, as colunas dóricas se convertem em um cerco para os fiéis e em um palco para procissões e outros eventos sagrados da igreja católica.
Bernini desenhou sua obra-prima imaginando dois espaços abertos conjuntos. O primeiro, a Piazza Obliqua, tem forma de um elipse rodeada por colunatas (quatro enormes fileiras de altas colunas dóricas) que se abrem como num grande abraço maternal e simbolizam a Igreja Mãe. Há um corredor largo, entre elas, pelas quais passam automóveis, e duas aberturas mais estreitas para pedestres. O pavimento tem pedras brancas que marcam caminho até o obelisco central, montado sobre quatro leões de bronze. Tradicionalmente, o obelisco representa o elo entre a antiguidade e a cristandade, pois se diz que as cinzas de César descansam em sua base e uma relíquia da Santa Cruz está escondida no topo. Dos dois lados, há duas fontes em bronze, com bases de granito.
O segundo espaço, a Piazza Retta, imediatamente a seguir e bem frontal à basílica de São Pedro, é um espaço trapezoidal que aumenta ao encostar na praça, diminuindo assim numa ilusão de ótica a amplidão da fachada. O edifício à direita abriga o Palácio Apostólico, que leva à "Scala Regia", a escadaria cerimonial desenhada por Bernini.
O DESENHO URBANO
A Rua Barroca
A cidade clássica, renascentista e barroca adquire grande unidade estética e visual, pensada como arquitetura em 3 dimensões. A urbanística integra o desenho dos edifícios como instrumento da composição urbana.
HAUSSMANN 
A partir de 1848: Sobe ao poder uma Direita Conservadora = direita autoritária e popular considera necessário um controle direto do Estado sobre diversos setores da vida econômica e social.
As Reformas Urbanísticas desse período transformaram-se num instrumento de poder, especialmente na França (Urbanística Neo Conservadora).
O processo industrial já existia antes da Revolução Industrial, mas a urbanização foi incrementada pelo desenvolvimento fabril → começam à surgir os problemas urbanos, preocupando os governos e levando à criação das primeiras leis urbanísticas.
Com a Revolução Industrial nasce o Urbanismo Moderno a partir das formulações teóricas de Arturo Soria y Mata (1882), Camilo Sitte (1889), Ebenezer Howard (1898), Tony Garnier (1901) e Patrick Geddes (1915).
NAPOLEÃO III NO PODER
MUDANÇAS URBANAS EM LARGA ESCALA
Ø Nesse período foram elaboradas leis urbanísticas avançadas.
Ø Havia um excelente nível

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais