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1 Explique a Tática das Terras Arrasadas, que foi posta em prática pela União Soviética na luta contra o nazismo. Os soviéticos destruíam ou deslocavam tudo o que pudesse ser útil aos exércitos nazistas em seu avanço; em seguida, recuavam, fazendo com que, apesar de sua expansão, os ganhos territoriais não trouxessem nada além de gastos e desgaste às tropas do Eixo. 2 O que foi o Dia D? Foi o desembarque sobre a região do norte da França, em 6 de junho de 1944, dando início à retomada da Europa ocidental empreendida pelos Aliados, fruto de um longo processo de planejamento e preparação das forças capitalistas em união pela luta da desnazificação do continente. 3 Caracterize os campos de concentração nazistas. Eram campos de trabalhos forçados para os quais eram levados aqueles que não se enquadravam nos conceitos culturais, religiosos ou pretensamente biológicos de raça ariana. Enquanto eram capazes, essas pessoas trabalhavam; porém, quando os campos de concentração ficavam superlotados ou simplesmente elas já não tinham mais forças para trabalhar, eram sumariamente executadas. 4 Quais foram as principais frentes de batalha europeias do grande cerco que derrotou o Eixo? Stalingrado, Al-Alamein e Dia D. 1 A borracha, junto com o café, foi, durante parte do século XIX e início do século XX, um dos principais produtos da pauta de exportações brasileiras. Grandes fortunas foram construídas no norte do país e a opulência das elites da borracha foi percebida com a ascensão de Manaus como símbolo de riqueza e prosperidade. No entanto, a con- corrência do látex extraído na Malásia fez com que nossa produção entrasse em decadência e o eixo econômico que se formava como alternativa para o sudeste do café teve ali o fim de sua história. Três décadas depois, porém, a borracha voltaria a movimentar grandes volumes de capital e, por um curto período, alimentou as esperanças de retomada do crescimento daquela atividade. 5 Por que a Segunda Guerra Mundial não chegou ao fim com a derrota alemã em maio de 1945? Porque o Japão não se rendeu de imediato, mas apenas após o lançamento das bombas atômicas. 6 Qual foi o principal argumento utilizado pelos Estados Unidos para utilizar bombas nucleares sobre o Japão em 1945? Poupar vidas, antecipando o fim do conflito. 7 Quais foram os efeitos (de curta e longa duração) do uso da energia atômica como arma de guerra nas po- pulações atingidas por ela? Os efeitos de curta duração foram percebidos com a morte de aproximadamente 200 mil pessoas e a destruição de cidades inteiras. Os de longa duração foram os efeitos da radiação responsáveis pelo aumento do número de casos de câncer no histórico familiar daqueles que sobreviveram aos ataques. 8 Em relação aos crimes cometidos pelos nazistas contra a humanidade durante a guerra, qual foi a importância da Conferência de Potsdã? Foi em Potsdã que se definiu a criação do Tribunal de Nuremberg, responsável pelo julgamento de crimes cometidos pelos oficiais nazistas contra a humanidade. Relacione o advento da Segunda Guerra Mundial com o reaquecimento da extração da borracha na Amazônia brasileira. Durante a Segunda Guerra Mundial, a região da Malásia foi ocupada pelos japoneses. Como aquela era a principal área fornecedora do látex extraído das seringueiras, fundamental para a indústria automobilística na fabricação de pneus e peças diversas, o Brasil se viu, repentinamente, no centro da estratégia da produção bélica industrial do mundo. As antigas trilhas da extração da borracha na Floresta Amazônica foram reativadas e, durante a guerra, as exportações brasileiras tiveram grande crescimento graças à atividade extrativista que manteve as fábricas aliadas trabalhando, enquanto o Brasil experimentava a reativação do que um dia foi chamado de “ciclo da borracha”. PRATICANDO O APRENDIZADO APLICANDO O CONHECIMENTO 237 H IS T Ó R IA » M Ó D U L O 1 2 PH9_EF2_HIST_C2_227a241_M12.indd 237 1/3/18 11:05 AM 2 Observe a primeira página do jornal O Globo, na qual é anunciada, em 1945, o fim da Segunda Guerra Mundial. Explique quais foram os esforços dos países vitoriosos para que a paz estabelecida a partir daquele momento fosse mais duradoura do que a acordada no Tratado de Versalhes (1919). Entre as medidas adotadas foi criada a ONU, a fim de substituir a fracassada Liga das Nações, contando com a participação dos Estados Unidos e assegurando um conjunto de acordos que significariam a superação de práticas revanchistas. 3 Leia o texto sobre a criação do tanque-anfíbio, usado pelos Estados Unidos e seus aliados durante a Segunda Guerra Mundial. Depois, responda ao que se pede. Tanque-anfíbio Sherman DD – Duplex Drive Os Shermans DD que usavam uma espécie de “saia- -de-lona” que teoricamente permitiria que estes tanques deixassem seus transportes e “navegassem” até a praia. Enquanto as “saias” (que eram feitas de lona sanfonada) não se rasgaram ia tudo bem… Mas no Dia-D a operação com a maioria desses tan- ques virou uma tragédia. O interessante é que nos testes feitos a exaustão correu tudo bem. Além da Normandia, foram usados na travessia do Reno e no vale do Pó (Itália). As versões britânicas do Sherman que usaram esse dispo- sitivo foram a III e a V. Armas. Tropas e Armas. Disponível em: <http://tropasearmas3.xpg.uol.com.br/ armas-sherman.htm>. Acesso em: 30 set. 2017. Considerando a longa preparação e os inusitados malabarismos da engenharia de guerra, entre eles a invenção de um tanque-anfíbio para possibilitar o de- sembarque, explique as razões pelas quais os aliados ocidentais – entre eles a Inglaterra e os Estados Uni- dos – dedicaram tantos esforços e homens para que o ataque ao litoral francês, dominado pelos nazistas, fosse bem-sucedido. Era preciso cercar os países do Eixo por todas as frentes possíveis, mas também havia a urgente preocupação em alcançar e derrotar a Alemanha nazista antes que a União Soviética o fizesse. As disputas do pós-guerra pareciam ter iniciado ainda durante o conflito. 4 Muitas vezes, a Conferência de Ialta (1945) é comparada em seus resultados ao Tratado de Tordesilhas (1494). Guardadas as devidas especificidades de cada caso, ex- plique, com base em seus conhecimentos e na imagem a seguir, por que essa aproximação é feita ao se falar do início da Guerra Fria. Essa comparação é feita porque, nos dois casos, as principais potências mundiais estavam em disputa por territórios no globo terrestre e chegaram a consensos que tentavam estabelecer uma divisão prévia das áreas de atuação de cada uma delas. No caso do Tratado de Tordesilhas, houve uma disputa entre Portugal e Espanha durante o processo de expansão marítima europeia. Enquanto isso, Ialta dava conta das discussões entre a União Soviética e os Estados Unidos na disputa pelo mundo durante o que viria a ser conhecido como Guerra Fria. R e p ro d u ç ã o /A c e rv o O G lo b o 238 H IS T Ó R IA » M Ó D U L O 1 2 PH9_EF2_HIST_C2_227a241_M12.indd 238 1/3/18 11:05 AM 5 Muitas vezes, no mundo das relações internacionais, as intenções não podem ser explícitas, e o subtexto, que está por trás do discurso oficial, apresenta as- pectos reveladores. Isso pode ser dito em relação ao uso das bombas nucleares sobre o Japão, que, para além das intenções militares diretas, tinha objetivos políticos e até mesmo científicos. Identifique essas e outras intenções. Politicamente, as bombas representaram uma mensagem de força para sua aliada, a União Soviética, com quem disputaria a influência sobre o mundo nas próximas décadas. Cientificamente, eram necessários outros experimentos para o pleno entendimento dos efeitos daquelas armas em campo de batalha. 6 A imagem a seguir mostra uma cópia da capa do Tratado de Versalhes (1919). Reprodução da capa do Tratado de Versalhes. P o p p e rfo to /G e tt y I m a g e s Relacione esse acordo assinado ao fim da Grande Guerra com a deflagração da Segunda Guerra Mundial. As questões da Segunda Guerra Mundial giravam em torno da disputa por mercados. Os antagonismos que levaram à explosão da Primeira Guerra Mundial não tinham sido resolvidos e os acordos de paz estabelecidos em Versalhes foram agentes catalisadores do conflito seguinte, uma vez que contribuíram para o desenvolvimento de um sentimento revanchista profundo, principalmente entre os alemães. 7 Hitler fala sobre Nacional-Socialismo alemão: A cor vermelha de nossos cartazes foi por nós esco- lhida, após reflexão exata e profunda, com o fito de ex- citar a Esquerda, de revoltá-la e induzi-la a frequentar nossas assembleias; isso tudo nem que fosse só para nos permitir entrar em contato e falar com essa gente. HITLER, Adolf. Minha luta. São Paulo: Centauro, 2001. p. 361. Esse trecho em que Hitler trata da relação dos nazistas com os marxistas na Alemanha nos ajuda a perceber a fragilidade do acordo de não agressão entre a União Soviética e a Alemanha, assinado em 1939. Que fatores motivariam a ruptura dessa delicada relação entre o mundo soviético e o mundo alemão? Pretendendo ter acesso às indústrias e à matéria-prima russa, os alemães romperam o tratado de paz em 1941 com a Operação Barbarossa. A duração deste conflito havia se extendido para além do que havia sido planejado. Sustentar seus exércitos se tornaria inviável, por isso, contrariando as próprias intenções iniciais, Hitler ordenou o ataque à União Soviética. A Guerra começa, então, para as forças vermelhas. 8 Leia o texto. Conhecido sob o nome de código ‘Supercharge’, é efetuado pela 2a divisão de infantaria neozelandesa e pela 1a e 10a divisões blindadas britânicas. À noite des- se dia, somente 35 tanques permanecem disponíveis do lado alemão. A partir de então, a resistência é deses- perada: na madrugada de 4 de novembro, o dispositivo defensivo desenvolvido por Rommel é rompido, e blin- dados ingleses se infiltram nele. AUDOIN-ROUZEAU, Stéphane. As grandes batalhas da história. São Paulo: Larousse do Brasil, 2009. p. 264. A descrição acima diz respeito à Batalha de Al-Alamein. Explique o porquê do desespero nazista diante do avan- ço aliado no norte da África. Representou o início de uma frente de retomada do Mediterrâneo, que serviu de ponte para o avanço sobre o sul da Itália e estabeleceu uma linha de desnazificação do sul em direção ao norte. 239 H IS T Ó R IA » M Ó D U L O 1 2 PH9_EF2_HIST_C2_227a241_M12.indd 239 1/3/18 11:05 AM DESENVOLVENDO HABILIDADES 1 Leia o texto a seguir: O Príncipe Submarino e o Tocha Humana O Tocha Humana e Namor, o Príncipe Submarino, ambos criados em 1939, estão entre os heróis cujas aven- turas mais refletiram o clima político da época. Apesar de água e fogo não se combinarem, esses dois heróis se aliaram várias vezes em aventuras que tinham os nazistas e os japoneses como vilões. Inicialmente, Namor estava mais para vilão do que para herói, pois, por onde passava, espalhava destruição e pânico (para defender seu reino submerso da Atlântida, ele havia declarado guerra a to- dos os povos da superfície) VILELA, Túlio. Quadrinhos e 2ª Guerra Mundial: Capitão América e os roteiristas judeus. Uol Educação, 25 out. 2005. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/ historia/quadrinhos-e-2-guerra-mundial-capitao-america-e-os-roteiristas-judeus.htm>. Acesso em: 17 out. 2017. Durante a Segunda Guerra Mundial, era comum en- contrar nas bancas de jornais capas de revistas com os principais heróis dando pancadas e socos nos líderes do Eixo. Mussolini, Hitler ou Tojo (primeiro-ministro japonês). As alianças improváveis eram também repre- sentadas em histórias como as do Tocha Humana e seu aliado, o príncipe submarino, Namor, como você pode observar na imagem a seguir. Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das questões sinalizadas com asterisco. Reprodução da capa da revista em quadrinhos com o herói Human Torch. C a rl B u rg o s /A la n S im o n /A le x S ch o m b u rg /2 0 1 7 M a rv e l C h a ra c te rs , In c . b) o acordo de não agressão entre a União Soviética e o Japão, contrariando o pacto anti-kominterm assi- nado em 1936. c) o armistício assinado em plena guerra entre a Rússia e a Alemanha, assegurando a paz em troca de territórios. d) a paz assinada entre a Itália e a Inglaterra, que con- venceu Mussolini a voltar suas forças contra o Eixo. e) a luta dos Estados e da União Soviética contra o ini- migo, apesar das diferenças ideológicas entre esses aliados. 2 Sobre os alemães no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial, a historiadora Marli Marlene Hintz relata um episódio descoberto durante suas pesquisas: Com a instauração do Estado Novo, Getúlio Vargas promoveu uma política nacionalista que forçava a inte- gração dos alemães e seus descendentes que viviam em colônias isoladas. Os estrangeiros não podiam organizar, criar ou manter sociedades, fundações, companhias, clu- bes e quaisquer estabelecimentos de caráter político. Em muitos casos, os imigrantes sofriam um tratamento bru- tal, mesmo sem ter ligação com o nazismo. À época, muito se perdeu. A pesquisadora e escrito- ra Marli Marlene Hintz, 57, conta que há relatos de um morador da cidade que escondia sua Bíblia escrita em alemão dentro de uma caixa de abelhas. Ele, muito reli- gioso, não se desfez da sua, contudo vários outros pre- feriram destruir o que hoje constituiria um rico acervo. “Por qualquer motivo você poderia ser preso. As pessoas se fecharam, se calaram, destruíram documentos porque elas foram marginalizadas”, fala Marli. ROEHRS, Douglas. Memórias perdidas. Limiares entre a ficção e o real, 23 set. 2014. Disponível em: <https://limiaresdoreal.wordpress.com/2014/09/23/memorias-perdidas/>. Acesso em: 20 out. 2017. Havia no Brasil, durante a Segunda Guerra Mundial, uma política oficial de “abrasileiramento” das comuni- dades alemãs com a obrigatoriedade de uso da língua portuguesa. Também há relatos de perseguições e es- pionagem sobre a vida cotidiana desses imigrantes. Esse tratamento dispensado aos recém-chegados se deu porque: a) o Brasil, aliado à Alemanha, perseguia aqueles de- sertores dos exércitos nazistas no país, mantendo Hitler informado sobre seus passos na América. No mundo real, alianças improváveis também aconte- ceram durante a guerra, entre elas: a) a aproximação entre a Alemanha e os Estados Uni- dos, que, ao final da guerra, se uniram contra a Itália de Mussolini. 240 H IS T Ó R IA » M Ó D U L O 1 2 PH9_EF2_HIST_C2_227a241_M12.indd 240 1/3/18 11:05 AM b) o Brasil havia declarado seu apoio aos Aliados, tor- nando a Alemanha no país alvo de suas preocupa- ções, e seus emigrantes, motivo de preocupação para os países inimigos do Eixo. c) as investigações realizadas pelo Estado Novo expu- seram uma conspiração nazista em terras brasileiras que exigia do governo pulso firme sobre as comuni- dades germânicas. d) a formação de colônias “arianas” nas Américas fazia parte dos planos expansionistas do nazismo, que, uma vez descobertos, foram desmontados pelo go- verno brasileiro. e) a participação do Brasil na guerra contra o Eixo em aliança com os Estados Unidos exigia de Getúlio uma política de extermínio das populações germânicas presentes em território nacional. 3 Leia o texto a seguir. Coreia do Norte faz teste nuclear: país tem capacidade de lançar ataque? A Coreia do Norte afirma ter conduzido com suces- so seu quinto e mais potente teste nuclear, aumentando a tensão na região e os temores de que o país esteja in- crementando um arsenal nuclear de olho em possíveis conflitos militares. COREIA do Norte faz teste nuclear: país tem capacidade de lançar ataque? BBC Brasil, 9 set. 2016. Disponível em: <www.bbc.com/portuguese/internacional-37316677>.Acesso em: 19 out. 2017. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo con- vive com o constante medo de um conflito nuclear. Em alguns momentos mais tensos e intensos que outros, o temor é em grande parte motivado: a) pelos sucessivos acidentes atômicos que acontecem todos os anos ao redor do planeta em virtude da vulgarização da construção de usinas nucleares. b) pela memória de Hiroxima e Nagasáqui, que remete aos efeitos imediatos e de longo prazo provocados pela radiação. c) pela experiência durante aquela guerra em que os Estados Unidos lançaram a bomba atômica de forma indiscriminada nos países do Eixo, mesmo após o armistício. d) pelos riscos iminentes do uso de uma matriz ener- gética sobre a qual o ser humano pouco sabe, além de ser incapaz de exercer algum controle. e) pela presença de grandes cientistas convertidos a radicalismos religiosos e hoje a serviço de grupos terroristas que pretendem destruir o mundo. 4 Uma das franquias de jogos eletrônicos mais bem-su- cedidas da história até hoje se chama “Call of Duty”. Mesmo abordando versões mais apocalípticas, ao se render à temática de mortos-vivos, suas primeiras edi- ções foram ambientadas na Segunda Guerra Mundial. Com gráficos e mapas realistas, o jogador é confronta- do com situações de guerra bastante realistas, exceto por um detalhe: caso receba um ferimento fatal, ele sempre pode começar tudo de novo. Nesse sentido, nenhum jogo é capaz de transmitir o sentimento mais angustiante com que se depara o ser humano ao ser catapultado para o meio de uma batalha: o provável e o inexorável fim de sua existência, a finitude humana que lhe bate à porta. Sobre jogos que abordam temas de guerra, podemos dizer que: a) não são capazes de provocar reflexões e servem apenas para o passatempo de jovens ociosos. b) são pouco realistas e procuram transmitir uma sen- sação de conforto e segurança aos seus jogadores. c) apesar do detalhismo de suas produções, jamais pro- vocaram o terror de participar de uma batalha real. d) evitam a violência explícita e o uso de sangue em suas cenas, por isso assumem um visual pouco realista. e) a tecnologia atual não permite ainda a construção de jogos fiéis aos conflitos que tentam retratar. ANOTAÇÕES 241 H IS T Ó R IA » M Ó D U L O 1 2 PH9_EF2_HIST_C2_227a241_M12.indd 241 1/3/18 11:05 AM
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