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História_9ano_Módulo8

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A energia nuclear não pode ser resumida apenas a explosões que põem o planeta em perigo, 
mesmo que essa possibilidade exista. É evidente que seus riscos são enormes (comprovados com 
os episódios de Hiroshima e Nagasáqui e o de Chernobyl), mas também é importante refletir o que 
seria do mundo sem ela.
Vamos começar pelas usinas nucleares: há no mundo em torno de 500 usinas nucleares que 
garantem a produção de energia para o abastecimento de casas, indústrias e hospitais. A França 
é o país que mais depende das usinas nucleares, pois 76% da eletricidade do país advém dessa 
matriz de energia.
A Medicina utiliza a energia nuclear em tratamentos e na realização de exames que permitem 
identificar e diagnosticar doenças sem a necessidade de intervenção cirúrgica. Seja no raio X, seja 
na ressonância magnética, a radiação também está a serviço do bem-estar.
Talvez até mesmo o suco de laranja que você bebe dependa desse tipo de energia. A energia nu-
clear é usada na esterilização de moscas que atacam as plantações e os frutos maduros, por exemplo.
E agora, você ainda considera a energia nuclear uma vilã?
Organizados em dois grandes grupos, discutam os riscos e os benefícios do uso da energia nuclear. 
Um dos grupos deve identificar quais são os usos e os benefícios dessa matriz energética, enquanto 
o outro grupo deve investigar seus principais riscos. Por fim, a turma deve decidir, diante dessa 
lista, se é possível fazer uso seguro da energia nuclear e em que condições.
A Segunda Guerra Mundial foi singular em todos os aspectos. Pela primeira vez na História 
contemporânea, o conflito teve desdobramentos no hemisfério ocidental e no oriental. Além dis-
so, provocou alianças improváveis e fez a humanidade ser testemunha de práticas abomináveis.
Tamanha foi a força desse conflito que, mesmo após os armistícios, a memória dos acon-
tecimentos permanece viva. O mundo pós-1945 foi reconstruído tendo como referência essa 
guerra. E mesmo a Guerra Fria é caracterizada, justamente, pelos esforços – mesmo que em 
meio a ameaças e bravatas mútuas – de evitar que algo, como as atrocidades e os atos desu-
manos, voltasse a ocorrer.
ATIVIDADE PRÁTICA
PARA CONCLUIR
PRATICANDO O APRENDIZADO
1 Por que a Guerra Civil Espanhola (1936-1939) é considerada o laboratório de testes da Alemanha para a Segunda 
Guerra Mundial?
Ao se envolver na Guerra Civil Espanhola, Hitler e seus aliados puderam testar, em pequena escala, estratégias e armas que seriam aplicadas no 
conflito mundial que se iniciaria em 1939.
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2 Explique quais características do Pacto de Não Agressão Germano-Soviético (Ribbentrop-Molotov – 1939) represen-
taram a frustração das intenções da Conferência de Munique (1939).
O pacto estabelecia um compromisso de paz entre a União Soviética e a Alemanha, o que, por si só, parecia ser decepcionante para uma Europa 
ocidental que sonhava com o conflito entre os dois grandes inimigos do Ocidente capitalista e o consequente enfraquecimento de ambos. O que 
não ficou claro na época em que o pacto foi assinado, porém comprovaria a frustração definitiva do mundo ocidental, foram as cláusulas secretas do 
acordo, que previam o reconhecimento mútuo do direito de expansão entre os dois países signatários. A União Soviética reconhecia o direito alemão 
de retomar o corredor polonês, e a Alemanha, por sua vez, reconhecia o direito soviético de retomar os territórios perdidos durante a Primeira Guerra 
Mundial.
3 Caracterize os campos de concentração nazistas.
Eram campos de trabalhos forçados para os quais eram levados aqueles que não se enquadravam nos conceitos culturais, religiosos ou 
pretensamente biológicos de raça ariana. Enquanto eram capazes, essas pessoas trabalhavam; porém, quando os campos de concentração ficavam 
superlotados ou simplesmente elas já não tinham mais forças para trabalhar, eram sumariamente executadas.
1 Observe a charge a seguir.
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Charge de 
autoria de 
Belmonte, 1942.
Agora, indique que grupo cultural é representado pelo 
personagem apontado por Hitler. Quais grupos também 
sofreram a perseguição do regime nazista?
A charge explicita o ódio nazista aos judeus, mas é preciso lembrar 
que socialistas, ciganos, eslavos, homossexuais e pessoas com 
deficiências foram alvo das políticas de repressão e extermínio 
daquele governo. 
2 Durante a Segunda Guerra Mundial, decisões relaciona-
das ao conflito foram discutidas nos subterrâneos das 
ruas de Londres. Sob toneladas de concreto, o primeiro-
-ministro inglês Winston Churchill definia os movimentos 
das tropas, trocava telefonemas com os líderes das na-
ções aliadas e passava dias sem ver a luz do Sol em um 
ambiente tomado pela fumaça de cigarros e charutos. 
A Inglaterra bombardeada tinha seu centro muito bem 
protegido, longe dos olhos e das bombas dos inimigos. 
Hoje, esse espaço virou um museu dedicado especial-
mente à história de Churchill, conhecido como a “Sala 
de Guerra de Churchill”.
APLICANDO O CONHECIMENTO
Sala de Guerra de Churchill, em Londres, Inglaterra.
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Apresente um elemento que ajude a explicar a bem-
-sucedida resistência da Inglaterra aos ataques alemães 
enquanto praticamente toda a Europa já havia caído 
sob o jugo nazifascista.
A eficiente atuação dos pilotos de aviões da Força Aérea Real 
(RAF), a qual se tornou reconhecida pela forma como protegeu o 
Reino Unido das insistentes tentativas de ataque alemão.
3 Leia o trecho a seguir.
[...] Durante todo o século XIX, ocorreram apenas 
107 guerras. No século XX elas foram mais de 300 e 
envolveram cerca de 100 países, matando milhões de 
pessoas: somente na Primeira Guerra Mundial (1914-
-1918) morreram cerca de 10 milhões de pessoas e na 
Segunda Guerra Mundial (1939-1945) cerca de 50 mi-
lhões de pessoas.
As guerras estão se tornando mais numerosas. So-
mente entre 1945 e 2005 ocorreram mais de 250 guer-
ras, com a morte de 30 milhões de pessoas, das quais 
a maior parte era de civis, como demonstra o gráfico.
PARCELA DE CIVIS MORTOS NAS GUERRAS
%
100
80
60
40
20
0
1
a
 GM
 
2
a
 GM
 
Década 
de 1980 
Década 
de 1990
Fonte de dados: KEEGAN, John. Uma hist—ria da Guerra. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1985.
Levando em conta o texto e o gráfico, aponte os fatores 
que tornaram a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) 
mais letal, principalmente para a população civil, do que 
a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Os avanços bélicos, representados pelo aperfeiçoamento da aviação 
de guerra, agora instrumento de destruição em massa, ou pelo 
desenvolvimento da bomba atômica. Além disso, a mudança de 
estratégia, inaugurada pelo bombardeio de Guernica, quando alvos 
civis passaram a figurar nos planos de batalha como estratégia de 
guerra, também trouxe uma mudança nos números de mortos civis, 
quando comparados à Primeira Guerra Mundial. 
4 A borracha, junto ao café, foi um dos principais produtos 
de exportações brasileiras durante parte do século XIX e 
início do século XX. Grandes fortunas foram construídas 
no norte do país, e a opulência das elites da borracha foi 
percebida com a ascensão de Manaus como símbolo de 
riqueza e de prosperidade. No entanto, a concorrência do 
látex extraído na Malásia fez nossa produção entrar em 
decadência, e o eixo econômico que se formava como 
alternativa para o sudeste do café teve ali o fim de sua 
história. Três décadas depois, porém, a borracha volta-
ria a movimentar grandes volumes de capital e, por um 
curto período, alimentou as esperanças de retomada do 
crescimento daquela atividade.
Relacione o advento da Segunda Guerra Mundial com 
o reaquecimento da extração da borracha na Amazônia 
brasileira.Durante a Segunda Guerra Mundial, a região da Malásia foi ocupada 
pelos japoneses. Como aquela era a principal área fornecedora do látex 
extraído das seringueiras, fundamental para a indústria automobilística na
fabricação de pneus e peças diversas, o Brasil se viu, repentinamente, 
no centro da estratégia da produção bélica industrial do mundo. As 
antigas trilhas da extração da borracha na Floresta Amazônica foram 
reativadas, e, durante a guerra, as exportações brasileiras tiveram grande 
crescimento graças à atividade extrativista que manteve as fábricas 
aliadas trabalhando, enquanto o Brasil experimentava a reativação do que
um dia foi chamado de “ciclo da borracha”.
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DESENVOLVENDO HABILIDADES
5 Observe a primeira página do jornal O Globo, na qual é 
anunciado, em 1945, o fim da Segunda Guerra Mundial.
Explique quais foram os esforços dos países vitoriosos 
para que a paz estabelecida a partir daquele momento 
fosse mais duradoura do que a acordada no Tratado de 
Versalhes (1919).
Entre as medidas adotadas foi criada a ONU, a fim de substituir 
a fracassada Liga das Nações, contando com a participação dos 
Estados Unidos e assegurando um conjunto de acordos que
significaria a superação de práticas revanchistas.
Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das alternativas 
sinalizadas com asterisco.
1 Leia o trecho a seguir e responda ao que se pede.
É fácil imaginar que a eugenia, tão associada às 
políticas homicidas do regime nazista, tenha perdido 
a popularidade após a guerra. Porém políticas eugêni-
cas negativas, incluindo esterilizações forçadas, dis-
cretamente prosseguiram no mundo desenvolvido até 
a década de 1970. Na liberal e democrática Suécia, por 
exemplo, acredita-se que 70 mil pessoas com deficiên-
cias [...] foram esterilizadas à força até que a prática ces-
sasse em 1975.
CHALINE, Eric. As piores invenções da história. Rio de Janeiro: Sextante, 2015. p. 117.
O texto acima chama a atenção para a eugenia e as-
sinala que ela foi uma prática mais comum do que se 
imagina. Na Suécia esteve associada à esterilização de 
pessoas com doenças mentais. Já durante a Segunda 
Guerra Mundial:
a) foi uma prática comum nos países europeus no período 
entreguerras, que pretendia extinguir a raça ariana, 
responsabilizada pela Grande Guerra (1914-1918).
b) permitiu a formação de um exército de supersolda-
dos russos geneticamente selecionados que possi-
bilitaram a vitória aliada sobre a Alemanha nazista.
c) fez parte dos argumentos de defesa de uma supos-
ta raça superior ariana, que deveria ser preserva-
da com o extermínio dos indivíduos considerados 
“defeituosos”. 
d) representou o ponto consensual entre os países do 
Eixo e os Aliados, que concordavam com a necessi-
dade de depuração dos genes europeus.
e) justificou os campos de concentração como espaços 
dedicados a pesquisas científicas que contribuíram 
para o aperfeiçoamento da raça humana.
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2 Leia o trecho a seguir.
A noviça rebelde
Um dos aspectos mais cativantes de A Noviça Rebelde é 
o fato – que relativamente poucos conhecem, na verdade – 
que a história é baseada no que realmente aconteceu com 
a família von Trapp no início da Segunda Guerra Mundial. 
E não é só a história em si, mas também o fato de a família 
ser, efetivamente, formada de cantores amadores que vi-
riam a compor o grupo The Trapp Family Singers, famoso 
tanto na Europa quanto, depois, nos Estados Unidos.
Evidente que o que vemos nesse clássico é uma versão 
fortemente alterada da verdadeira história da família. [...] 
Mas o conceito, o pano de fundo por trás dessa belíssima 
história familiar está todo lá: uma noviça vai cuidar dos fi-
lhos de um aristocrata austríaco logo antes da guerra, se 
apaixona pelos filhos e pelo patriarca, eles se tornam can-
tores e saem da Áustria juntos, pois o patriarca, um oficial 
da marinha, não concorda com a anexação da Áustria pela 
Alemanha nazista (conhecido como Anschluss e ocorrido 
em 1938). Um conto de fadas que aconteceu de verdade. 
RITTER, Fan. Crítica: a noviça rebelde. Plano Crítico. Disponível em: 
<https://www.planocritico.com/critica-a-novica-rebelde/>. Acesso em: 23 out. 2019.
Seja na ficção, seja na vida real, o capitão Von Trapp 
foi retratado como herói símbolo da resistência austría-
ca à anexação alemã realizada nos anos que antecede-
ram a guerra. Entre os fatores que motivaram esse pro-
cesso de unificação política, podemos destacar:
a) a inquestionável identidade ariana comum a austríacos 
e alemães, que facilitou a aproximação entre os países.
b) o temor austríaco de uma invasão franco-inglesa, 
devido à política expansionista desses países e legi-
timada pela Liga das Nações.
c) a intensa resistência popular austríaca, debelada 
pelo uso da força das autoridades austríacas com o 
apoio alemão.
d) o fracasso da formação de uma grande Alemanha, 
uma vez que a distância cultural representada pelas 
diferentes línguas se mostrou incontornável.
e) a inércia dos países-membros da Liga das Nações, 
que deveria se responsabilizar por conter os movi-
mentos expansionistas da Alemanha.
3 Leia o trecho a seguir. 
O Príncipe Submarino e o Tocha Humana
O Tocha Humana e Namor, o Príncipe Submarino, am-
bos criados em 1939, estão entre os heróis cujas aventuras 
mais refletiram o clima político da época. Apesar de água e 
fogo não se combinarem, esses dois heróis se aliaram várias 
vezes em aventuras que tinham os nazistas e os japoneses 
como vilões. Inicialmente, Namor estava mais para vilão do 
que para herói, pois, por onde passava, espalhava destruição 
e pânico (para defender seu reino submerso da Atlântida, ele 
havia declarado guerra a todos os povos da superfície).
VILELA, Túlio. Quadrinhos e 2a Guerra Mundial: Capitão América e os roteiristas judeus. 
UOL Educação, 25 out. 2005. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/ 
historia/quadrinhos-e-2-guerra-mundial-capitao-america-e-os-roteiristas-judeus.htm>. 
Acesso em: 23 out. 2019.
Durante a Segunda Guerra Mundial, era comum encontrar 
nas bancas de jornais capas de revistas com os principais 
heróis dando pancadas e socos nos líderes do Eixo. Musso-
lini, Hitler ou Tojo (primeiro-ministro japonês). As alianças 
improváveis eram também representadas em histórias 
como as do Tocha Humana e seu aliado, o príncipe subma-
rino, Namor, como você pode observar na imagem a seguir.
Reprodução da 
capa da revista 
em quadrinhos 
com o herói 
Tocha Humana.
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No mundo real, alianças improváveis também aconte-
ceram durante a guerra, entre elas:
a) a aproximação entre a Alemanha e os Estados Uni-
dos, que, ao final da guerra, se uniram contra a Itália 
de Mussolini.
b) o acordo de não agressão entre a União Soviética e 
o Japão, contrariando o Pacto Anti-Kominterm assi-
nado em 1936.
c) o armistício assinado em plena guerra entre a Rússia e 
a Alemanha, assegurando a paz em troca de territórios.
d) a paz assinada entre a Itália e a Inglaterra, que con-
venceu Mussolini a voltar suas forças contra o Eixo.
e) a luta dos Estados Unidos e da União Soviética contra 
o Eixo, apesar das diferenças ideológicas entre esses 
aliados.
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4 Sobre os alemães no Brasil durante a Segunda Guerra 
Mundial, a historiadora Marli Marlene Hintz relata um 
episódio descoberto durante suas pesquisas:
Com a instauração do Estado Novo, Getúlio Vargas 
promoveu uma política nacionalista que forçava a inte-
gração dos alemães e seus descendentes queviviam em 
colônias isoladas. Os estrangeiros não podiam organizar, 
criar ou manter sociedades, fundações, companhias, clu-
bes e quaisquer estabelecimentos de caráter político. Em 
muitos casos, os imigrantes sofriam um tratamento bru-
tal, mesmo sem ter ligação com o nazismo.
À época, muito se perdeu. A pesquisadora e escrito-
ra Marli Marlene Hintz, 57, conta que há relatos de um 
morador da cidade que escondia sua Bíblia escrita em 
alemão dentro de uma caixa de abelhas. Ele, muito reli-
gioso, não se desfez da sua, contudo vários outros pre-
feriram destruir o que hoje constituiria um rico acervo. 
“Por qualquer motivo você poderia ser preso. As pessoas 
se fecharam, se calaram, destruíram documentos porque 
elas foram marginalizadas”, fala Marli.
ROEHRS, Douglas. Memórias perdidas. Limiares entre a ficção e o real, 23 set. 2014. 
Disponível em: <https://limiaresdoreal.wordpress.com/2014/09/23/memorias-perdidas/>. 
Acesso em: 23 out. 2019.
Havia no Brasil, durante a Segunda Guerra Mundial, 
uma política oficial de “abrasileiramento” das comuni-
dades alemãs com a obrigatoriedade de uso da língua 
portuguesa. Também há relatos de perseguições e 
espionagem sobre a vida cotidiana desses imigrantes. 
Esse tratamento dispensado aos recém-chegados se 
deu porque:
a) o Brasil, aliado à Alemanha, perseguia aqueles de-
sertores dos exércitos nazistas no país, mantendo 
Hitler informado sobre seus passos na América.
b) o Brasil havia declarado seu apoio aos Aliados, tor-
nando a Alemanha o alvo de suas preocupações, e 
seus emigrantes, motivo de preocupação para os 
países inimigos do Eixo.
c) as investigações realizadas pelo Estado Novo expu-
seram uma conspiração nazista em terras brasileiras 
que exigia do governo pulso firme sobre as comuni-
dades germânicas.
d) a formação de colônias “arianas” nas Américas fazia 
parte dos planos expansionistas do nazismo, que, 
uma vez descobertos, foram desmontados pelo go-
verno brasileiro.
e) a participação do Brasil na guerra contra o Eixo em 
aliança com os Estados Unidos exigia de Getúlio uma 
política de extermínio das populações germânicas 
presentes em território nacional.
ANOTAÇÕES
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