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Unidade I COMPOSIÇÃO E PROJETO GRÁFICO Prof. Egidio Toda Para começar, vamos decodificar a percepção para compreender a arte a partir da visão de três autores: John Dewey: “Para perceber, o espectador ou observador tem de criar sua experiência”. Humberto Maturana e Francisco Varela: “relaciona-se com o fenômeno do conhecimento sendo um ato cognitivo”. Georges Didi-Huberman: “O contemporâneo, para Agamben, aparece somente ‘na defasagem e no anacronismo’ em relação a tudo o que percebemos como nossa ‘atualidade’ ”. Divisão em 4 partes: como ler a obra de arte, a produção e a pesquisa, a história da arte e suas referências, interpretação nas diferentes áreas da arte. Percepção: entender a arte e a busca de referências nas obras do passado Como ler uma obra de arte por Paulo Freire: “aprendemos a ler a palavra só depois de já estarmos imersos num mundo de sons e significados”. Tipos de leitura por Maria Helena Martins: “leitura como decodificação mecânica e como um processo de compreensão” e Ana Mae Barbosa: “temos que alfabetizar para a leitura da imagem”. Descrição: a materialidade da obra e os aspectos formais, materiais, técnicas, dimensão da obra, elementos da imagem, relação dos elementos, título e ambiente expositivo. Como ler uma obra de arte Aby Warburg: o atlas Mnemosine e a montagem. “Tornar comensurável o conjunto dos materiais visuais empregados (gravura, pintura, desenho, colagem, escultura...) e de distribuí-los no espaço”. Grupo µ e a retórica da imagem: “transformação regulamentada dos elementos de um enunciado, assim o receptor deve sobrepor dialeticamente um grau concebido” e a retórica segundo Lúcia Santaella e Julián Andueza. O contextual por Hal Foster: “diferença entre visão (dinâmica visual em nossas retinas) e visualidade (construção cultural)”. A melhor solução para a leitura da obra é conjugar múltiplos modos de se ler, assim, ampliam-se e tornam-se plurais suas interpretações. Como ler uma obra de arte Exposição: Nordeste reinventado na imagem gravada. Centro Cultural São Paulo Fonte: http://www.centrocultural.sp.gov.br. Fotos: Egidio S. Toda. Exposição: II Mostra do Programa de Exposições, 2014. Centro Cultural São Paulo Fonte: http://www.centrocultural.sp.gov.br. Fotos: Egidio S. Toda. Exposição: II Mostra do Programa de Exposições, 2014. Centro Cultural São Paulo Fonte: http://www.centrocultural.sp.gov.br. Fotos: Egidio S. Toda. Exposição: II Mostra do Programa de Exposições, 2014. Centro Cultural São Paulo. Fonte: http://www.centrocultural.sp.gov.br. Fotos: Egidio S. Toda. Analise as afirmações abaixo e descubra qual é a alternativa que não condiz com a afirmação sobre a leitura da obra de arte. a) Para perceber, o espectador ou observador tem de criar sua experiência e incluir relações vivenciadas pelo autor. b) Não é necessário um estudo prévio, ou alfabetização, para a leitura da imagem. c) O contemporâneo aparece somente na relação a tudo o que percebemos como nossa “atualidade”. d) Entender as relações e as diferenças entre visão e visualidade. e) Conjugar múltiplos modos de se ler, assim, ampliam-se e tornam- se plurais suas interpretações. Interatividade Analise as afirmações abaixo e descubra qual é a alternativa que não condiz com a afirmação sobre a leitura da obra de arte. a) Para perceber, o espectador ou observador tem de criar sua experiência e incluir relações vivenciadas pelo autor. b) Não é necessário um estudo prévio, ou alfabetização, para a leitura da imagem. c) O contemporâneo aparece somente na relação a tudo o que percebemos como nossa “atualidade”. d) Entender as relações e as diferenças entre visão e visualidade. e) Conjugar múltiplos modos de se ler, assim, ampliam-se e tornam- se plurais suas interpretações. Resposta A produção por Analice Dutra Pillar: “ler novamente é reinterpretar, é criar novos significados”. Contextos e pesquisas: leitura da obra e a investigação intertextual para se desenvolver a partir de outros textos. O contexto biográfico: obra pretende conhecer não a obra em si, mas o seu criador; conjugando, por um lado, a leitura da vida do autor. O contexto da história da arte: compreender a história da arte no seu sentido cronológico. O contexto do curador: fornecer a leitura do curador sobre a obra de arte em questão e sua exposição. O contexto histórico, político, cultural ou tecnológico. A produção a partir da pesquisa e na busca de referências A escola de Atenas, de Rafael Sanzio e Juliano de Medici, de Michelangelo Fonte: PRETTE. “Para entender a Arte”. 2009. p. 247-251. http://gallery.euroweb.hu/art/r/raphael/4stanze/1segnatu/1/athens.jpg “Mulher com guarda-sol”, de Claude Monet, e “Almoço sobre a relva”, de Edouard Manet Fonte: PRETTE. “Para entender a Arte”. 2009. p. 286-287. Exposição: documenta (13). Kassel, Alemanha. Parte da obra “Aqui e Ali”, de Anna Maria Maiolino, e “O Reparo”, de Kader Attia Fonte: documenta (13). Fotos: Egidio Toda. Museu de Arte Contemporânea de Lisboa Fonte: MAC Lisboa. Fotos: Egidio S. Toda. A produção da arte é baseada a partir da pesquisa e na busca de referências. É correto afirmar: a) Basta uma boa leitura para interpretar e entender todos os significados de uma obra. b) No contexto biográfico devemos compreender a história da arte no seu sentido cronológico. c) No contexto do curador pretende-se conhecer não a obra em si, mas o seu criador; conjugando, por um lado, a leitura da vida do autor. d) Para entender o contexto e a pesquisa, compreender apenas a história da arte no seu sentido cronológico. e) Para a produção é necessário “ler novamente, reinterpretar e criar novos significados”. Interatividade A produção da arte é baseada a partir da pesquisa e na busca de referências. É correto afirmar: a) Basta uma boa leitura para interpretar e entender todos os significados de uma obra. b) No contexto biográfico devemos compreender a história da arte no seu sentido cronológico. c) No contexto do curador pretende-se conhecer não a obra em si, mas o seu criador; conjugando, por um lado, a leitura da vida do autor. d) Para entender o contexto e a pesquisa, compreender apenas a história da arte no seu sentido cronológico. e) Para a produção é necessário “ler novamente, reinterpretar e criar novos significados”. Resposta Ana Mae Barbosa: fundamenta o seu uso na vertente construtiva e criadora, em que o estudo da história da arte será sempre revisto e atualizado a partir do tempo presente de quem estuda. A evolução da arte visual na história e sua relação com o contemporâneo: extrair as principais características da arte antiga, para a criação do novo baseado no passado. Arte rupestre e a comunicação, sinalética e mídia exterior das Olimpíadas de Pequim. Arte egípcia e a capa do livro “O sinal da sombra”, de Alberto Osório de Castro. Arte grega e a ilustração digital vetorizada. A história da arte e as referências do passado Arte bizantina e o painel em Aparecida, de Cláudio Pastro. Arte gótica e a ilustração moderna e verticalizada, de Garland, da Catedral de Notre Dame. A busca de referências no passado: Ana Mae Barbosa defende que o exercício e a busca pelo conhecimento aumentam nosso potencial criativo. Maria Carla Prette: a arte é um poderoso meio de comunicação. Precisamos decodificar sua mensagem e extrair os elementos de compreensão sobre a arte antiga. Análise das obras antigas por Prette: estudo em nove partes – emissor, mensagem, código, meio, receptores, contexto, comitente, função da obra e estilo do artista. A história da arte e as referências do passado Cena de caça, Lascaux, e Trabalho de comunicação, sinais e mídia exterior da Olimpíada de Pequim Fonte: Fonte: PRETTE. “Para entender a Arte”. 2009. p. 115 e www.comiteolimpico.pt. “O Sinal da Sombra”, deAlberto Osório, e ilustrações vetorizadas atuais com linguagem grega Fonte: www.entre afolhagem.com e www.vectorstock.com Painel da Basílica de Aparecida, de Cláudio Pastro, e Catedral de Notre Dame, de Garland Fonte: Egidio Toda e Arte e GOMBRICH. “Ilusão”. 2007. p. 39. “Santa Ceia”, de Leonardo Da Vinci Fonte: PRETTE. “Para entender a arte”. 2009. p.10. O fotograma moderno e o cubismo analítico como referências na fotografia Fonte: http://crisbierrenbach.com e www.olhares.pt De acordo com as afirmações sobre a história da arte e as referências do passado, qual é a afirmação falsa? a) As pesquisas da arte fundamentam a construção e a criação. b) O estudo da história da arte será sempre revisto e atualizado a partir do tempo presente de quem estuda. c) Para o estudo aprofundado da obra, devemos entender apenas quem é o emissor, a mensagem e o receptor. d) Arte contemporânea é extrair as características da arte antiga, para a criação do novo. e) Precisamos decodificar a mensagem e extrair os elementos de compreensão sobre a arte antiga. Interatividade De acordo com as afirmações sobre a história da arte e as referências do passado, qual é a afirmação falsa? a) As pesquisas da arte fundamentam a construção e a criação. b) O estudo da história da arte será sempre revisto e atualizado a partir do tempo presente de quem estuda. c) Para o estudo aprofundado da obra, devemos entender apenas quem é o emissor, a mensagem e o receptor. d) Arte contemporânea é extrair as características da arte antiga, para a criação do novo. e) Precisamos decodificar a mensagem e extrair os elementos de compreensão sobre a arte antiga. Resposta Modos de descrever, refletir, analisar, ler, entender, interpretar algumas obras atuais e seus artistas contemporâneos e referir-se a elas. Leitura de obra de arte: leituras sob o ponto de vista de três áreas do conhecimento das artes visuais e que abordam a seleção, a significação e a interpretação acerca da arte. A arte pela ótica do próprio artista: o artista português, Rui Chafes, em exposição individual. Elabora o texto press release da sua própria exposição “Tranquila ferida do sim, faca do não”. Tenta empregar o texto com a própria poética que existe em seu trabalho, de maneira a não explicar, mas despertar no leitor a capacidade de imaginar. Leitura das obras e a interpretação nas diferentes áreas da arte A arte pela ótica do curador: Nuno Faria é o curador e diretor artístico do Centro Internacional das Artes José de Guimarães, CIAJG. A exposição inaugural do CIAJG foi intitulada “Para além da história” e reunia numa mesma montagem peças das coleções de José de Guimarães. É uma apresentação da sala e da obra, uma vez que as duas são a mesma coisa. Estava presente na exposição como texto de parede e constitui parte do corpo do catálogo. Sob a perspectiva da retórica da imagem: duas bases bibliográficas: livro “Tratado del Signo Visual”, do Grupo µ (1993) e o texto de Júlian Irujo “Utilización retórica del mito de la Gioconda en la publicidad y en el arte”. Leitura das obras e a interpretação nas diferentes áreas da arte Compreender como se dá o processo retórico da imagem: devemos antes saber qual é o seu uso normal, norma ou nível zero, para então descobrir o desvio sobre o qual o processo retórico irá atuar. A retórica é a transformação formal dos elementos de um enunciado, de tal forma que na mesma intensidade da percepção de um elemento manifesto no enunciado, o receptor deve supor dialeticamente a intensidade da concepção. A retórica atua como metodologia de análise de imagens e busca, desse modo, refletir sobre como as imagens atuam e significam. Leitura das obras e a interpretação nas diferentes áreas da arte Exposição individual: “Tranquila ferida do sim, faca do não”, de Rui Chafes Fonte: http://makingarthappen.com/ Centro Internacional das Artes José de Guimarães, CIAJG, Portugal Fonte: www.guimaraesturismo.com “Alfabeto Africano”, de José de Guimarães, e “Raills”, de Tibor Gyenis Fonte: Centro Internacional das Artes José de Guimarães e http://www.exitmedia.net “Placebo Azul”, de Félix Gonzales-Torres, 1957 – Cuba, 1996 – NY. Para o autor, a arte deveria ser uma expressão colaborativa entre espectador e artista Fonte: www.novoscuradores.com.br Das afirmações abaixo, uma não se enquadra na leitura das obras e na interpretação das diferentes áreas da arte. Qual? a) A leitura da obra está calçada sob o ponto de vista de duas áreas do conhecimento: a seleção e a significação da arte. b) Na visão do artista Rui Chafes, ele tenta não explicar, mas despertar no leitor a capacidade de imaginar a obra. c) O curador Nuno Faria faz uma apresentação da exposição, do espaço e da obra, preocupando-se na explicação da obra. d) A retórica é a transformação dos elementos de um enunciado. e) A retórica atua como método de análise de imagens e busca refletir sobre como as imagens atuam e significam. Interatividade Das afirmações abaixo, uma não se enquadra na leitura das obras e na interpretação das diferentes áreas da arte. Qual? a) A leitura da obra está calçada sob o ponto de vista de duas áreas do conhecimento: a seleção e a significação da arte. b) Na visão do artista Rui Chafes, ele tenta não explicar, mas despertar no leitor a capacidade de imaginar a obra. c) O curador Nuno Faria faz uma apresentação da exposição, do espaço e da obra, preocupando-se na explicação da obra. d) A retórica é a transformação dos elementos de um enunciado. e) A retórica atua como método de análise de imagens e busca refletir sobre como as imagens atuam e significam. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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