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O uso do ácido poli-L-láctico para rejuvenescimento facial

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Brazilian Journal of Health Review 
ISSN: 2595-6825 
4901 
 
 
Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 5, n. 2, p.4901-4911 mar./apr., 2022. 
 
O uso do ácido poli-L-láctico para rejuvenescimento facial 
 
The use of poly-L-lactic acid for facial rejuvenation 
 
DOI:10.34119/bjhrv5n2-077 
 
Recebimento dos originais: 15/02/2022 
Aceitação para publicação: 23/03/2022 
 
Vicente Alberto Lima Bessa 
Especialista em Estudos em Estética Facial – FASUL MG 
Instituição: Centro Universitário Celso Lisboa 
Endereço: Rua Vinte e Quatro de Maio, 797 - Engenho Novo, Rio de Janeiro - RJ 
CEP: 20950-092 
E-mail: vicente.bessa@celsolisboa.edu.br 
 
RESUMO 
O envelhecimento sempre foi uma preocupação da humanidade, seja por questões de saúde e/ou 
estética. Por isso, muitos tratamentos têm sido desenvolvidos e dentre eles, o preenchimento 
com ácido poli-L-láctico (PLLA). O PLLA surgiu como uma alternativa ao tratamento cirúrgico 
para tratar afecções cutâneas típicas do envelhecimento. Com o objetivo de determinar os 
benefícios e riscos da aplicação do PLLA no tratamento do envelhecimento da face, foi 
realizado um estudo de revisão baseado em levantamentos de dados do SciELO, Pubmed e 
Science.gov utilizando os descritores: ácido poli-L-láctico, rejuvenescimento facial, 
preenchimento facial. Foram consultados 56 artigos e selecionados 13, e os critérios de inclusão 
foram: artigos em português e inglês entre os anos de 2013 e 2021 que tratassem do 
envelhecimento, da ação, benefícios e/ou riscos dos bioestimuladores de ácido poli-L-láctico. 
Os critérios de exclusão foram: artigos duplicados, teses, dissertações, monografias e resumos. 
Pode-se inferir que o preenchimento com PLLA pode harmonizar a face, mas não é isento de 
contraindicações ou riscos. 
 
Palavras-chave: ácido poli-L-láctico, rejuvenescimento facial, preenchimento facial. 
 
ABSTRACT 
Aging has always been a concern of humanity, whether for health and/or aesthetic reasons. 
Therefore, many treatments have been developed and among them, the filling with poly-L-
lactic acid (PLLA). PLLA has emerged as an alternative to surgical treatment to treat skin 
conditions typical of aging. To determine the benefits and risks of applying PLLA in the 
treatment of facial aging, a review study was carried out based on data from SciELO, Pubmed 
and Science.gov using the descriptors: poly-L-lactic acid, facial rejuvenation, facial filler. 56 
articles were consulted and 18 were selected, and the inclusion criteria were: articles in 
Portuguese and English between 2013 and 2021 dealing with aging, action, benefits and/or risks 
of poly-L-lactic acid biostimulators. Exclusion criteria were duplicate articles, theses, 
dissertations, monographs and abstracts. It can be inferred that filling with PLLA can harmonize 
the face, but it is not free from contraindications or risks. 
 
Keywords: poly-L-lactic acid, facial rejuvenation, facial filler. 
 
Brazilian Journal of Health Review 
ISSN: 2595-6825 
4902 
 
 
Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 5, n. 2, p.4901-4911 mar./apr., 2022. 
 
1 INTRODUÇÃO 
Todo ser vivo irá envelhecer, pois este é um processo natural, inevitável e irreversível 
que representa o declínio das funções das estruturas do corpo. No entanto, com a evolução 
científica, surgiram procedimentos estéticos que permitem retardar o envelhecimento, 
principalmente quando aliados a uma boa alimentação e exercícios físicos (BESSA, 2021). 
Quando observamos uma pessoa, é a face a área do corpo onde os impactos do 
envelhecimento são mais facilmente percebidos, pois na maioria das sociedades é comum 
deixá-la exposta. Para retardar os sinais de envelhecimento facial, além dos procedimentos 
tradicionais, existem aqueles que surgem como alternativa cirúrgica e que trazem resultados 
complementares, são os preenchimentos faciais. 
É bom destacar que o conceito de rejuvenescimento facial era restringido a uma visão 
bidimensional, porém com o advento do preenchimento facial, o conceito foi expandido para 
abranger uma visão tridimensional. Portanto, a estética passou a analisar o envelhecimento da 
face, não apenas pelas discromias, alterações na textura cutânea e rugas de expressão, mas 
também pelas perdas de volume em consequência da remodelação óssea e da redistribuição da 
gordura facial. 
O interesse por procedimentos cosméticos minimamente invasivos como os 
preenchedores faciais injetáveis cresceu rapidamente e revolucionou o tratamento e 
rejuvenescimento da face envelhecida. Por isso, as pesquisas e o desenvolvimento de produtos 
que permitem o preenchimento de tecidos moles têm aumentado com o objetivo de refinar 
produtos para maximizar a eficácia e minimizar os efeitos adversos (ATTENELLO; MAAS, 
2015). 
O preenchimento com injetável é uma técnica simples e minimamente invasiva utilizado 
na correção de volume, sulcos ou rugas profundas melhorando a forma e o contorno facial. Hoje 
em dia, os preenchimentos de tecido têm sido prescritos tanto na prática médica quanto na 
cosmética, sendo os materiais mais adequados os biocompatíveis, biodegradáveis, facilmente 
injetáveis, estáveis em volume e não migratórios, dentre eles o ácido poli-L-láctico (LIN et al., 
2019). 
O preenchimento à base de ácido poli-L-láctico (PLLA é a abreviação em inglês de 
PolyLactic-L-Acid) para rejuvenescimento facial tem sido uma prática comum entre os 
profissionais de saúde habilitados e uma procura por aqueles que buscam por resultados 
graduais e naturais. Baseado, no exposto, quais são os benefícios e os riscos da aplicação do 
PLLA para tratar o envelhecimento da face? 
 
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Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 5, n. 2, p.4901-4911 mar./apr., 2022. 
 
2 METODOLOGIA 
Este estudo objetivou determinar os benefícios e os riscos da aplicação do PLLA para 
tratar o envelhecimento da face. Para tanto, foi realizado um estudo de revisão com base em 
levantamentos de dados da SciELO, Pubmed e Science.gov por meio dos descritores: ácido 
poli-L-láctico, rejuvenescimento facial, preenchimento facial. Foram consultados 56 artigos e 
selecionados 13. Como critérios de inclusão foram selecionados artigos em português e inglês 
entre os anos de 2013 e 2021 que versem sobre envelhecimento, ação, benefícios e/ou riscos 
dos bioestimuladores ácido poli-L-láctico. Os critérios de exclusão foram: artigos duplicados, 
teses, dissertações, monografias e resumos. 
 
3 DESENVOLVIMENTO E DISCUSSÃO 
A população no mundo envelheceu, pois houve o aumento da expectativa de vida e com 
isso a busca por manter uma pele mais jovem e bonita, livre de manchas e rugas, cresceu. Assim 
como a mudança para um estilo de vida mais saudável é uma tendência, a demanda por 
procedimentos estéticos também é. No entanto, a pele sofre com o envelhecimento intrínseco 
ou cronológico, mas também com o fotoenvelhecimento devido às condições ambientais 
externas, como radiação ultravioleta, além do vento, calor e tabaco (BESSA, 2021). 
A pele envelhecida ou exposta ao sol possui fibroblastos danificados que perdem a 
capacidade de sintetizar colágeno em comparação com a pele jovem e saudável. Com o 
envelhecimento, a pele passa a apresentar diversas alterações, como: redução da quantidade de 
fibroblastos, havendo assim um declínio na produção de colágeno; diminui o metabolismo da 
pele; aumenta o arranjo desordenado da rede de fibras colágenas; aumenta os níveis de 
metaloproteinases da matriz, as principais enzimas que degradam as fibras de colágeno; ocorre 
deposição de fibras anormais de elastina ou elastose maciça; e alterações na microvasculatura. 
Esses fenômenos danificam a pele levando à flacidez e perda de elasticidade da pele, além de 
promover a atrofia da camada dérmica. Mas existe uma alternativa popular para 
rejuvenescimento facial e corporal, agentes injetáveis como o ácidopoli-L-láctico. Ele promove 
uma resposta bioestimuladora para síntese de colágeno que tem efeitos terapêuticos que duram 
quase dois anos. (HADDAD et al, 2019). 
O ácido poli-L-láctico (PLLA) é polímero biocompatível derivado do ácido láctico. Sua 
molécula sintética foi descoberta no Centre National De La Recherche Scientifique em Lyon, 
França, em 1954. O PLLA é um bioestimulador de colágeno injetável, pois induz uma 
neocolagênese através de resposta inflamatória subclínica que propicia a remodelação da pele 
e de tecidos subjacentes e, desta forma, atua contra a perda de elasticidade, tratamento de 
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flacidez e correção de cicatrizes inestéticas. Ele é seguro, reabsorvível, imunologicamente 
inerte e com resultados agradáveis e previsíveis (MACHADO FILHO, 2013). O PLLA 
possibilita uma correção da perda de volume da face com resultados previsíveis, naturais, sutis, 
agradáveis e duradores, além de ser um produto seguro (FITZGERALD et al, 2018). Ele é um 
polímero sintético da família dos alfa-hidroxiácidos que foi aprovado em 1999 na Europa e em 
2009 nos Estados Unidos como preenchedor em caso de perda volumétrica. Na Europa ficou 
conhecido pelo nome comercial New-Fill e nos Estados Unidos como Sculptra (MACHADO 
FILHO, 2013). 
O PLLA tem sido prescrito como preenchedor sintético injetável em diferentes planos 
teciduais, subcutâneo, subdérmico ou supraperiosteal, para corrigir hipotonia cutânea 
decorrente do processo de envelhecimento, correção de volume de áreas deprimidas, como 
cicatrizes atróficas, lipoatrofia, sulcos, rugas ou reabsorção óssea. O produto não é aplicado 
diretamente em rugas, sulcos ou linhas de expressão, mas em regiões da face que apresentam 
flacidez e atrofia, pois, desta forma implicará na correção do volumétrica e da flacidez o que 
proporcionará uma face mais jovem (HADDAD et al., 2017). Contudo, é importante destacar 
que é necessário passar por várias sessões de PLLA, mas a recompensa é a durabilidade e 
longevidade do produto (FITZGERALD et al, 2018). 
O PLLA permite uma melhora dos tecidos da pele, além da correção volumétrica do 
contorno facial e/ou corporal. Como mecanismo de ação, as micropartículas de PLLA induzem 
uma resposta inflamatória subclínica de corpo estranho, em seguida os fibroblastos fazem 
fibroplasia. O colágeno vai aumentando gradualmente após um mês até nove a 12 meses após 
sua aplicação. O produto é biodegradável, anfifílico e biocompatível, pois suas partículas se 
tornam porosas e são circundadas por macrófagos. Após esse período, as partículas de PLLA 
são degradadas por hidrólise não enzimática em monômeros de ácido lático e estes são 
metabolizados em água e dióxido de carbono ou incorporados em glicose. Os resíduos são 
completamente eliminados do corpo por via respiratória, urinária e pelas fezes (FITZGERALD 
et al, 2018; LIMA; SOARES, 2020; MACHADO FILHO, 2013). 
O PLLA não requer testes de alergia ou qualquer tipo de armazenamento especial 
(ZOLLINO; CARINCI, 2014). O produto é apresentado como um pó liofilizado em frasco 
estéril composto por micropartículas de manitol não pirogênicas, croscarmelose e PLLA de 40-
63 micrômetros de diâmetro. O produto é reconstituído com água estéril e após o tempo de 
hidratação adequado é obtida uma suspensão hidrocoloide que pode ser facilmente injetada na 
área apropriada. As partículas possuem dimensões suficientes para serem injetadas por agulhas 
26G, mas grandes demais para passar pelos capilares ou serem fagocitadas por macrófagos. 
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(FITZGERALD et al, 2018; HADDAD et al., 2017; MACHADO FILHO, 2013). Antes de ser 
injetado, 1 mL de lidocaína pode ser adicionado à suspensão para uma diluição total de 6 mL 
por frasco. Em caso de alergia à lidocaína, a diluição é feita apenas com 5 ml de água estéril. A 
suspensão deve ficar repousar durante pelo menos 2 horas. É retirado do franco com seringa 
Luer Lock de 1 mL com agulha 18 G e injetado com agulha 26 G. É importante garantir que a 
suspensão seja a mais uniforme possível e, portanto, a seringa deve ser agitada e virada antes 
da solução a ser injetada. Outro ponto importante é que o material deve ser injetado em 
temperatura ambiente ou na temperatura corporal da pessoa, para melhor distribuição do 
produto no local a ser tratado (ZOLLINO; CARINCI, 2014). 
O PLLA, apesar de eficiente no tratamento, não tem resposta imediata, os resultados são 
graduais, porém naturais e com efeito de cerca de dois anos ou mais, ou seja, de longa duração. 
Tem baixa probabilidade de reações adversas quando aplicado corretamente e o se cliente seguir 
os cuidados após os procedimentos. Em geral, as complicações são raras e a maioria dos efeitos 
adversos são leves e temporários, dentre eles os mais comuns são: edema, eritema e 
aparecimento de nódulos (MARTINS. et al, 2021). 
Recomenda-se ao cliente que nas primeiras 24 horas após a sessão de tratamento, sejam 
aplicadas compressas frias na área tratada na face, pois evitarão edemas ou hematomas. É 
essencial realizar massagens vigorosas durante as injeções e o cliente deve ser guiado pela regra 
dos cinco. A regra determina que se faça massagem na área tratada durante 5 minutos, cinco 
vezes por dia, cinco dias (ZOLLINO; CARINCI, 2014). Esta regra é importante para distribuir 
uniformemente os cristais de ácido polilático para evitar que se condensem e formem pequenos 
grumos. Como em qualquer tratamento estético facial, o cliente deve usar fotoproteção, ou seja, 
usar protetor solar e evitar a exposição ao sol. Quaisquer efeitos inesperados devem ser 
relatados ao profissional que faz o tratamento. 
Algumas áreas do corpo requerem considerações para injetar o PLLA, são elas: lábios, 
cocho lacrimal, regiões periorbitais, glabela e região frontal. Ele não deve ser aplicado na área 
vermelha dos lábios, pois é muito provável que a injeção de PLLA resulte no aparecimento de 
nódulos ou pápulas. Assim como, nas regiões lacrimais e periorbitárias, pode causar pápulas 
perceptíveis. Na glabela e região frontal há risco de necrose (ZOLLINO; CARINCI, 2014). 
Para entender melhor os efeitos, indicações e contraindicações do PLLA, é possível 
analisar alguns estudos científicos. Um dos estudos teve como objetivo avaliar in vitro e in vivo 
a viabilidade, proliferação e expressão do colágeno tipo I, utilizando fibroblastos dérmicos 
humanos após suplementação de ácido hialurônico e PLLA. Foi dividido em duas partes, a 
primeira para o estudo in vitro, que permitiu avaliar os efeitos do ácido hialurônico e do PLLA 
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em culturas de células de fibroblastos de pele humana; e o segundo foi o estudo in vivo para 
avaliar qualitativamente a histologia da pele após o uso de ácido hialurônico e PLLA. No estudo 
in vitro, a proliferação celular, viabilidade celular e secreção de colágeno tipo I podem ser 
avaliadas após suplementação com ácido hialurônico e PLLA em três períodos: após 24, 48 e 
72 h. Diferentes doses foram suplementadas em cada um dos períodos estudados, sendo as doses 
de ácido hialurônico (Juvederm Volbella®, Irvine, CA, Estados Unidos) de 0,5, 1,0, 5,0 e 10 
mg/mL e de PLLA (Sculptra®, Berwyn, PA, Estados Unidos) foram de 0,05, 0,1, 0,5 e 1 mg/mL 
e comparadas com o Grupo Controle. Entre 24 e 48 h não houve diferença na proliferação 
celular e viabilidade celular entre as diferentes concentrações de ácido hialurônico e o Grupo 
Controle. No entanto, após 72 h, foi confirmada a alta proliferação celular em diferentes 
concentrações de ácido hialurônicoquando comparado ao Grupo Controle. No mesmo período, 
os níveis de viabilidade celular entre a cultura de células de fibroblastos dérmicos expostos ao 
ácido hialurônico a 0,5 mg/mL e o Grupo Controle foi semelhante, mas foi maior nas dosagens 
de 1 mg/mL, 5 mg/mL e 10 mg/mL (CABRAL et al, 2020). 
Os resultados com PLLA não foram tão promissores, pois em 24h houve uma baixa taxa 
de proliferação de células fibroblásticas dérmicas expostas ao PLLA em 0,05 mg/mL e 0,5 
mg/mL em comparação com outros grupos experimentais. Houve diminuição significativa da 
proliferação celular em células fibroblásticas dérmicas expostas a diferentes concentrações de 
PLLA quando comparadas ao Grupo Controle em 48 e 72h. Outro achado negativo foi a 
superioridade do Grupo Controle nos níveis de viabilidade celular em relação às diferentes 
concentrações de PLLA e em todos os períodos (24, 48 e 72 h) (CABRAL et al, 2020). 
A cultura de fibroblastos dérmicos expostos ao ácido hialurônico ou PLLA em qualquer 
concentração foi superior ao Grupo Controle independente do período do experimento. Quanto 
ao estudo in vivo, foi realizada a análise histológica da pele de ratos Wistar machos e a 
expressão do colágeno tipo I. Verificou-se que apenas o grupo PLLA apresentou a presença de 
células multinucleadas em todos os períodos do experimento. O teor de colágeno tipo I foi 
maior no grupo ácido hialurônico comparado ao grupo PLLA. Concluiu-se que o 
preenchimento dérmico com PLLA tem um efeito potencialmente desfavorável no fenótipo dos 
fibroblastos em comparação com o ácido hialurônico (CABRAL et al, 2020). 
Para descrever os possíveis efeitos adversos correlacionados aos preenchedores 
dérmicos e fornecer orientações estruturadas e claras sobre seu tratamento e prevenção, foi 
desenvolvido um estudo baseado em revisão de literatura e experiência médica. No estudo 
foram apresentados diferentes tipos de preenchedores, como PLLA, hidroxiapatita de cálcio, 
ácido hialurônico, polimetilmetacrilato, hidrogel de poliacrilamida e silicone. Todos estão 
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associados a um risco de complicações a curto e longo prazo. Embora a maioria dos efeitos 
adversos sejam leves e transitórios, existe a possibilidade de danos permanentes e irreversíveis. 
Entre os efeitos adversos mais frequentes estão: contusão, hematoma, edema, eritema, 
hiperpigmentação, infecção, nódulo, granuloma, parestesia e comprometimento vascular. A 
incidência do efeito adverso também varia de acordo com o tipo de preenchedor. Nos 
preenchedores à base de ácido hialurônico, edema, eritema e nódulos são mais frequentes, 
enquanto PLLA e polimetilmetacrilato são granulomas (FUNT; PAVICIC, 2013). 
Para tratar contusões, compressas frias e creme de vitamina K podem ser aplicados. Para 
tratar hematomas, pode-se usar laser de corante pulsado (PDL) ou laser de fosfato de titânio de 
potássio (KTP). A exposição ao sol enquanto a contusão persiste e exercícios vigorosos que 
aumentam a pressão arterial devem ser evitados. Os hematomas podem ser reduzidos evitando 
medicamentos anticoagulantes e suplementos alimentares uma semana antes do tratamento. A 
adição de lidocaína ou adrenalina aos preenchimentos reduz os hematomas pós-injeção. Manter 
a cabeça elevada durante o tratamento e por 24 horas depois, também reduz o aparecimento de 
hematomas. Os hematomas podem ser ainda mais limitados usando a agulha de menor calibre 
que pode fornecer o preenchedor, ou uma técnica de injeção lenta com cânulas rombas. A 
maioria dos inchaços desaparece espontaneamente, mas para aqueles que persistem ou não 
respondem à medicação anti-histamínica, a prednisona oral é a base do tratamento. O eritema 
após o preenchimento é comum e pode ser tratado se persistir com esteroide tópico, tetraciclina 
oral ou isotretinoína, laser ou creme de vitamina K. A hiperpigmentação pós-inflamatória pode 
ocorrer e é tratada com agentes clareadores. Se persistir, pode ser tratado com peeling químico, 
luz intensa pulsada (IPL), laser de corante pulsado (PDL) ou laser fracionado. Para prevenir a 
infecção, medidas de biossegurança devem ser adotadas. Se forem tomadas medidas, a infecção 
é rara. Caso ocorra, o tratamento será específico de acordo com o tipo de infecção bacteriana, 
fúngica ou viral. Os nódulos que aparecem após o preenchimento com ácido hialurônico são 
tratados com hialuronidase. Aqueles nódulos que surgem com um preenchedor sem ácido 
hialurônico respondem bem à massagem vigorosa ou podem ser desfeitos com lidocaína ou 
soro fisiológico acompanhados de massagem vigorosa. O tratamento inicial dos granulomas é 
com corticosteroides intralesionais (triancinolona, betametasona ou prednisona). O nervo 
infraorbitário é o principal local acometido, podendo resultar em parestesia, que é tratada com 
triancinolona e ruptura do material palpável com lidocaína ou soro fisiológico, havendo também 
bons resultados com Keltican forte® cápsulas. O comprometimento vascular após a injeção de 
preenchimento pode levar a complicações imediatas, como necrose tecidual ou até mesmo 
perda aguda de visão e acidente vascular cerebral. Portanto, o profissional deve ter um profundo 
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conhecimento da anatomia facial para injetar preenchedores de forma segura e correta. Além 
de conhecer as características e especificações técnicas do preenchedor que irá utilizar (FUNT; 
PAVICIC, 2013). 
Outro estudo sobre ácido poli-L-láctico utilizado como restaurador de volume facial foi 
realizado entre 2006 e 2012 e contou com a colaboração de 12 voluntários com idade média de 
58 anos, 1 homem e 11 mulheres. A pesquisa teve como objetivo apresentar a experiência com 
o uso do ácido poli-L-láctico para uso cosmético, visando restabelecer a perda de volume facial 
decorrente do processo de envelhecimento. Para iniciar a pesquisa, foi realizado um exame 
facial de volume, contorno, qualidade tecidual e alterações perceptíveis que pudessem interferir 
na ação do produto injetado. Além de fotografia para a análise antes e depois do procedimento. 
Os participantes foram anestesiados com lidocaína creme a 4% por 20 minutos antes da 
aplicação do PLLA. Em seguida, foi realizada limpeza e assepsia com álcool 70% e crioterapia 
antes do procedimento. O PLLA foi diluído 24 horas antes do procedimento com 5 mL de água 
destilada e, no momento da aplicação, foram adicionados 2 mL de lidocaína a 2% com 
adrenalina 1:200.000. Agulhas de calibre 26 a 30 Gauge foram utilizadas para injetar 0,05 ml a 
0,1 ml nas áreas previamente marcadas na derme profunda, regiões subcutâneas e 
supraperiosteal, através de tunelamento ou ponto a ponto. Ao final, foi realizada uma vigorosa 
massagem facial e os voluntários foram orientados a manter a massagem por 30 dias, utilizando 
a regra “5” como referência. No total, foram realizadas 3 sessões, uma vez por mês, com 
manutenção após 1 ano e meio a 2 anos. Constatou-se que 4 voluntários apresentaram 
equimoses no local da injeção e um apresentou nódulos na região periorbitária, este foi 
submetido a incisão e exérese, 4 meses depois do procedimento. A médio e longo prazo todos 
os voluntários relataram satisfação com os resultados, mesmo aquele que teve nódulos. Conclui-
se que o PLLA é um poderoso recurso para restaurar, corrigir ou amenizar deformidades faciais 
(SILVA; CARDOSO, 2013). 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O PLLA é um bioestimulador que se apresenta como uma promissora ferramenta de 
tratamento para a pele envelhecida. É um excelente preenchedor para reparar a hipotonia, 
aumentar a espessura dérmica e a qualidade da pele. Portanto, permite aumento de volume em 
áreas de depressões cutâneas, como:cicatrizes atróficas, sulcos, rugas, reabsorção óssea, 
lipoatrofia, olheiras e envelhecimento cutâneo. Tem a vantagem de ser uma substância não 
tóxica, biodegradável e biocompatível da família dos alfa-hidroxiácidos. 
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Quando injetado, induz uma inflamação subclínica na pele e no tecido subcutâneo que 
estimula os fibroblastos a sintetizarem colágeno e elastina. Ao longo de meses, essas proteínas 
preenchem o tecido tratado em busca de harmonia. Em média, são necessárias três sessões, com 
intervalo de 4 a 6 semanas, para obter um resultado que pode durar cerca de dois anos. 
No entanto, não existe um tratamento perfeito, existem contraindicações e riscos. Este 
tratamento não é indicado em casos de artrite reumatoide e suas variantes, síndrome de Sjögren, 
esclerodermia, lúpus, polimiosite, dermatomiosite e hipersensibilidade a qualquer um de seus 
componentes. Dentre as reações adversas, destacam-se: contusões, hematomas, infecções, 
pápulas, nódulos não inflamatórios, granulomas e necrose de pele. No entanto, quando 
prescritos e administrados corretamente, os riscos não são significativos e podem ser 
contornados. 
 
 
Brazilian Journal of Health Review 
ISSN: 2595-6825 
4910 
 
 
Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 5, n. 2, p.4901-4911 mar./apr., 2022. 
 
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