Buscar

TCC PÓS GRADUAÇÃO Biomedicina Estetica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
Núcleo de Estudos e Pesquisa Ana Carolina Puga – NEPUGA – Pós 
Graduação em Biomedicina Estética 
 
EMANUELLE SIQUEIRA LEAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÁCIDO HIALURÔNICO NA ESTÉTICA: REVISÃO DA LITERATURA 
 
Monografia apresentada ao NEPUGA para obtenção do título de especialista em 
Biomedicina Estética 
 
 
 
 
 
 
 
 
Londrina 
2018 
 
 
2 
 
 
NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISA ANA CAROLINA PUGA – 
NEPUGA – PÓS GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA ESTÉTICA 
 
EMANUELLE SIQUEIRA LEAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÁCIDO HIALURÔNICO NA ESTÉTICA: REVISÃO DA LITERATURA 
 
Monografia apresentada ao NEPUGA para obtenção do título de especialista em 
Biomedicina Estética 
 
 
 
 
 
 
 
 
Londrina 
2018 
 
3 
 
DEDICATÓRIA 
Dedico este trabalho aos meus pais, Edison e Ana. Aos meus irmãos 
Gabriela e Edison e ao meu parceiro Daniel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
AGRADECIMENTOS 
Agradeço em primeiro lugar a Deus, por me permitir chegar até aqui. A 
minha família pela força, incentivo e motivação. E aos professores por 
passar todo conhecimento possível para minha formação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
SUMÁRIO 
 
DEDICATÓRIA 
AGRADECIMENTOS 
RESUMO 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................... 7 
2. OBJETIVO ........................................................................................... 8 
3. REVISÃO DA LITERATURA ................................................................ 9 
3.1. Surgimento ................................................................................... 11 
3.2. Áreas Usadas ............................................................................... 12 
3.3. Efeitos Adversos .......................................................................... 13 
3.3.1. Hialuronidase ............................................................................ 17 
4. NORMAS E LEIS PARA BIOMÉDICOS ............................................. 18 
5. METODOLOGIA ................................................................................. 20 
CONCLUSÃO ......................................................................................... 21 
BIBLIOGRAFIA ....................................................................................... 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
RESUMO 
O envelhecimento facial é decorrência de vários que contribuem de 
uma forma importante para as alterações na pele ligadas ao 
envelhecimento, como o desaparecimento de elasticidade, manchas 
castanhas, rugas, entre outras. A perda de volume que causa da perda e 
do reposicionamento da gordura facial, desta forma como o 
remodelamento ósseo, agora é considerada componente essencial no 
envelhecimento facial. Com tais alterações, as convexidades típicas de 
um aspecto jovem, tem propensão a se transformarem achatadas e 
côncavas. Para abordar o rejuvenescimento facial moderno, os 
preenchedores subdérmicos são de primordial importância. O objetivo 
desta revisão da literatura é buscar integração do que já foi feito em 
diferentes estudos, encontrando mais segurança sobre a pertinência da 
metodologia que estamos empregando. Na metodologia, foram 
selecionados artigos publicados no período de tempo entre 1989 e 2012, 
nos quais foram avaliados os seguintes aspectos: Surgimento do ácido 
hialurônico; áreas usadas; efeitos adversos; hialuronidase; normas e leis 
para biomédicos. Concluiu-se que a aplicação injetável com ácido 
hialurônico tem sido um dos procedimentos mais realizados e em 
crescente demanda nos consultórios estéticos atualmente, e o 
reconhecimento precoce de alguma complicação é muito importante, 
assim como seu tratamento agressivo e rápido, é fundamental para evitar 
sequelas a longo prazo e aumentar a segurança na realização do 
procedimento. 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
1. INTRODUÇÃO 
Quando jovem, a nossa pele é elástica e lisa. Possui muito ácido 
hialurônico, que é um elemento do nosso organismo que preenche as 
áreas entre as células. Com o passar dos anos da o ácido hialurônico 
diminui, o que ajuda no aparecimento de rugas pois diminui também a 
elasticidade e hidratação da pele. (RASPALDO, 2008) 
O envelhecimento facial é resultado de diversos fatores externos e 
internos que interagem entre si. A exposição solar ou fotoenvelhecimento 
colabora de forma importante para as alterações na pele ligadas ao 
envelhecimento, como as rugas, a diminuição da elasticidade, manchas 
como as melanoses solares, efélides, dentre outras. Outro ponto que 
contribui para o aspecto do desgaste facial é o movimento da contração 
muscular ao longo da vida, que geram as rugas dinâmicas. (RASPALDO, 
2008) 
A perda de volume que advém do reposicionamento da gordura facial e 
da diminuição, assim como o movimento natural dos ossos conforme a 
idade, agora são vistos como elementos importantes no envelhecimento 
facial, com essas alterações, as convexidades comuns de uma aparência 
jovem estão propensas a se tornarem mais côncavas e 
achatadas. (HOFFMANN, 2009) 
O modo que os procedimentos minimamente invasivos são 
empregados foi influenciado de acordo com o importante reconhecimento 
da perda de volume no envelhecimento facial, que resultou numa 
mudança do padrão no rejuvenescimento facial. (LANDAU, 2010) 
A renovação facial mudou da simples eliminação de rugas e 
estiramento cirúrgico para o foco em que se faz o aumento de volume, 
restaurando o contorno facial, e o relaxamento muscular. Neste caso, 
para abordar o rejuvenescimento facial atual, os preenchedores 
subdérmicos são instrumentos fundamentais. (LANDAU, 2010) 
 
 
8 
 
2. OBJETIVO 
O objetivo desta revisão da literatura é buscar integração do que já foi 
feito em diferentes estudos, encontrando mais segurança sobre a 
pertinência da metodologia que estamos empregando. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
3. REVISÃO DA LITERATURA 
O ácido hialurônico é uma substância que existe no corpo dos animais, 
e se encontra em todos os órgãos do nosso corpo, em diferentes escalas, 
sendo que a pele possui 56 % do total. No nosso organismo, este 
elemento é encarregado pela forma dos olhos, volumerização da pele, e 
lubrificação das articulações, sendo naturalmente fabricado e degradado 
pelo organismo. (BAUMAN, MONTEIRO, 2005) 
Como método medicinal, pode ser obtido de animais ou a partir da 
fermentação de bactérias que tem grandes vantagens uma vez que 
possibilita a sua fabricação em escala industrial e, por ser isento de 
proteínas animais, não causa reações alérgicas, sendo então a forma 
mais utilizada. As reações que podem acontecer são uma vermelhidão no 
local, leve inchaço, sensibilidade ou sensação de coceira. No entanto, 
quando ocorrem, tendem a desaparecer em 24-48 horas e normalmente 
são pouco acentuadas. Ele se tornou uma alta evolução da indústria 
química e farmacêutica. Muitas empresas no Brasil trabalham com esta 
substância. O diagnóstico feito em cada paciente e a escolha da marca 
que comercializa deve sempre ser realizada de forma apropriada pelo 
profissional que irá fazer a técnica. (BAUMAN, MONTEIRO, 2005) 
O AH é encarregado por atrair e manter a agua a sua volta, gerando 
mais firmeza e textura homogênea à pele, mas, depois de 25 anos, a 
quantia dele no organismo começa a se acabar e os sinais de 
envelhecimento, como ressecamento e rugas começam a aparecer O gel 
preenchedor é injetável, recomendado para regiões da face, onde se 
formam as rugas mais profundas. O ácido hialurônico da pele é produzido 
especialmente por queratinócitos e fibroblastos. Na derme, o ácido 
hialurônico se apresenta principalmente relacionado com as fibras 
colágenas e elásticas, e microfibrilas de colágeno, quandoproduzido 
pelos queratinócitos, é encaminhado para o estrato córneo e é rodeado 
na estrutura e organização da matriz extracelular, além de simplificar no 
deslocamento de íons e nutrientes e a conservação da hidratação do 
tecido. A existência da água na derme vai para a epiderme por meio dos 
espaços fora das células, e a barreira extracelular rica em gordura impede 
10 
 
o extravasamento da água da camada granular, fazendo um acúmulo 
adequado de água, que garante uma excelente hidratação das camadas 
da epiderme. (TEZEL, 2008) 
O profissional deve sempre considerar os aspectos químicos, a 
compatibilidade biológica, o pouco risco de alergia, a segurança, o tempo 
de reabsorção, a pequena imunogenicidade, a forma de obtenção do 
produto e também analisar o valor final para aplicação no paciente. Boa 
parte dos ácidos vendidos possuem bem estas características, tornando o 
AH o melhor ácido para preenchimento cutâneo do mercado. (TEZEL, 
2008) 
Este ácido é muito vendido em forma de gel injetável, sendo apontado 
como alto padrão quando se refere a estética para correção de rugas, 
para suprir a perda de volume facial e para perda de contorno. Ele pode 
ser aplicado em várias áreas, entre elas os sulcos nasogenianos (bigode 
chinês), os sulcos nasojugais (olheira), das rugas glabelares (rugas do 
nariz e entre as sobrancelhas) e também das rugas ao redor dos olhos 
(pés de galinha). (MONTEIRO, 2005) 
Quando o método de preenchimento cutâneo iniciou era utilizado 
apenas para tratamento de linhas, rugas e sulcos. Tinha grande melhora 
do rosto envelhecido com o preenchimento de rugas e sulcos, mas ainda 
não restaurava o volume facial e o contorno. Com o progresso da 
tecnologia, atualmente temos de produtos com capacidade de preencher 
perdas grandes de volume. Com isso, adicionamos o benefício do 
tratamento de rugas, linhas e sulcos ao do restabelecimento volumétrico e 
dos contornos faciais, tornando possivel o rejuvenescimento 
“tridimensional” à face. (BAUMAN, MONTEIRO, 2005) 
Ao procurar um produto para preenchimento facial, desejamos que ele 
seja não alergênico; aceito pelas autoridades sanitárias; não 
carcinogênico/não teratogênico; sem movimentação; inflamação mínima; 
sem alterações cutâneas visíveis (indetectável); reprodutível; durável; 
estável; bom custo/benefício; fácil de aplicar; fácil armazenamento e 
tempo mínimo de recuperação. (MONTEIRO, 2005) 
11 
 
3.1. SURGIMENTO 
No ano de 1934, o alemão Karl Meyer, farmacêutico, seu colega John 
Palmer e os médicos da Universidade de Columbia, isolaram no 
laboratório de oftalmologia da faculdade de quatro elementos que, até 
então, era desconhecido do corpo dos olhos das vacas. Eles perceberam 
que esta substância continha duas macromoléculas de açúcar, e que um 
deles era ácido úrico. Logo em seguida, eles decidiram dar o nome de 
ácido hialurônico das palavras hyaloid (vítreo) e ácido úrico. A substância, 
era extremamente viscosa, o que tornou-se suspeito Meyer seria capaz 
de ter uma certa utilidade terapêutica. No entanto a sua extração a partir 
dos olhos das vacas não era comercialmente possível. Em 1942, o ácido 
hialurônico foi adotado comercialmente pela primeira vez, quando o 
cientista Endre Balazs Meyer usava técnicas para sintetizar o ácido das 
cristas dos galos, que atualmente continua a ser uma forma de hialurônico 
mais rentável. (GLOGAU, BLITZER, 2008) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
3.2. ÁREAS USADAS 
Existem alguns modelos artificiais de AH que são usadas em medicina 
de recuperação e medicina estética. O uso em reabilitação está 
centralizado no tratamento da artrose. Em estética, o objetivo é preencher 
rugas ou sulcos. As áreas da face que podem ser preenchidas com ácido 
hialurônico são: lábios, bigode chinês, olheiras e rugas glabelares. A 
aplicação pode ser feita com anestesia tópica, com pomada ou por 
bloqueio regional com lidocaína. A forma de injetar o produto pode ser por 
retroinjeção ou pontilhado. Para reduzir o inchaço pode ser feitas 
compressas frias. O resultado surge em duas semanas, quando o inchaço 
já deve ter desaparecido. (PESSA, 2007) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
3.3. EFEITOS ADVERSOS 
Os casos são muito raros mas existe o risco de o organismo rejeitar 
o ácido hialurônico, porém, uma vez que essa substância já é conhecida 
pelo organismo. A pele pode ficar vermelha no local da aplicação, mas 
voltará ao normal em no máximo dois dias, áreas endurecidas, por no 
máximo duas semanas e hematomas. (HOFFMANN, 2009) 
O paciente que não se sentir satisfeito com o resultado pode ter em 
vista que o procedimento é feito com aplicações graduais, permitindo 
também retoque ao longo do tempo. (HOFFMANN, 2009) 
Há também casos em que os preparativos não são devidamente feitos 
e, mesmo sendo um composto natural encontrado no corpo humano, dor 
e vermelhidão são os colaterais mais comuns notados até hoje, seguido 
por inchaço, pressão e coceira. É recomendado parar o uso de vitamina E 
e aspirina, quando estiver sob o tratamento com AH, porque as interações 
entre essas substâncias podem causar hematomas e 
sangramento. Pacientes com câncer ou artrite reumatóide são 
aconselhados a evitar os produtos com ácido hialurônico, porque esses 
produtos podem piorar os sintomas. Geralmente, quando tomado com 
orientação e supervisão de um especialista, o AH é conhecido por ser 
muito seguro, com quase nenhuma reação adversa que tenha sido 
relatada. (TAMURA, 2010) 
As complicações com uso de preenchedores à base de ácido 
hialurônico podem ser resultado de inaptidão, técnica errada ou 
característico ao próprio produto. Os efeitos colaterais podem ser 
divididos em dois tipos: precoces e tardios. (REQUENA, ZIMMERMANN, 
2011) 
Efeitos colaterais precoces: 
Vermelhidão e inchaço normalmente são imediatos e identificados na 
maioria dos casos. Aparecem por causa da inflamação local e pela 
propriedade hidrofílica do produto. Podem se agravar caso ocorra 
múltiplas injeções, material denso e técnica incorreta da aplicação. Deve-
14 
 
se manter a cabeça elevada e colocar gelo durante intervalo de cinco a 
dez minutos. Desaparece em horas ou no máximo um ou dois dias. 
(REQUENA, ZIMMERMANN, 2011) 
O edema pode ser evitado ou suavizado pelo uso de anestésicos com 
epinefrina, compressas frias e menor quantidades de picadas na pele; 
(REQUENA, ZIMMERMANN, 2011) 
Equimose/Hematoma: acontece quando é perfurado pequenos vasos 
no lugar da aplicação ou por compressão e quebra secundária dos vasos. 
Deve-se fazer compressão local imediata. Se houver ruptura de vasos 
mais profundos, ocorre maior risco de sangramento volumoso. É 
recomendado fazer a aplicação em local bem iluminado para evitar a 
perfuração dos vasos. Os preenchedores que possuem lidocaína 
promovem vasodilatação e podem aumentar o risco do sangramento. 
(PARK, CHANG, 2011) 
Tendem a melhorar, geralmente, no intervalo de cinco a dez dias. Não 
interferindo no resultado final. Em casos de muito sangramento pode ser 
preciso fazer a cauterização do vaso; (PARK, CHANG, 2011) 
Necrose: problema raro, ocasionado por compressão local ou injeção 
acidental intra-arterial. Casos relatados ocorreram na área das artérias 
angular, região nasolabial e na glabela. (PARK, CHANG, 2011) 
O paciente relata dor logo após realização do procedimento, e algumas 
horas depois a pele dele se torna pálida por causa da isquemia, ficando 
posteriormente com a cor cinza-azulada. Em dois ou três dias ocorre 
ulceração e necrose local. Não existe assentimento quanto ao melhor 
tratamento nesses casos, mas, cuidados locais de higiene são muito 
importantes e sempre realizar massagem locam para dissolver o êmbolo, 
compressas mornas e pasta de nitroglicerina a 2%; (PARK, CHANG, 
2011) 
Infecção: possivelmente resultante de contaminação do produto ou 
técnica errada de assepsia do paciente. Pode ser de origem bacterianaou 
viral. Existe relato de um caso a respeito de reativação de herpes simples, 
15 
 
porém não é normativo realizar profilaxia para herpes nesse 
procedimento. Existe também um relato de infecção por Mycobacterium 
chelonae depois da aplicação com ácido hialurônico, mas não foi capaz 
de saber se o local da aplicação que estava contaminado ou o produto. 
(REQUENA, ZIMMERMANN, 2011) 
Nódulos: normalmente observados a curto e médio prazos, manifesta-
se como pápulas esbranquiçadas ou normocrômicas, ou nódulos. Na 
maioria das vezes ocorrem por má técnica de aplicação ou pela injeção 
muito superficial do ácido hialurônico. (BOWMAN, NARINS, 2005) 
Efeitos colaterais tardios: 
Granulomas: retratados em porcentagem que varia de 0,01 a 1% dos 
casos, ocorrem entre seis e 24 meses após aplicação dos preenchedores. 
(KANG, PARK, JUNG, 2011) 
Todos os casos relatados comprovaram, por exame 
anatomopatológico, a formação de um corpo estranho (granuloma). 
(KANG, PARK, JUNG, 2011) 
Acredita-se que essas reações aconteçam pela existência de 
impurezas na técnica de fermentação bacteriana da produção do ácido 
hialurônico e não resultantes de hipersensibilidade ao próprio produto. 
(POPE, POTTS, 1989) 
O tratamento é discutível, e pode ser realizada aplicação de 
hialuronidase (com mililitros que podem variar de 50U/mL10 a 150U/mL17 
ou injeção de corticoide (triancinolona com concentração de 5mg/mL); 
(POPE, POTTS, 1989) 
Reações alérgicas: descrito em 0,1% dos casos, entre três e sete dias 
depois da aplicação do produto, prazo, porém, que pode se estender até 
o período de um a seis meses. Clinicamente, ocorre vermelhidão e 
inchaço no trajeto de aplicação do preenchedor. (OKADA, TAGAMI, 2008) 
O melhor tratamento prescrito é com corticoide oral ou injeção de 
corticoide; (OKADA, TAGAMI, 2008); 
16 
 
Cicatriz hipertrófica: existência de cicatriz elevada nos locais de 
puntura da pele. O paciente, no caso, tinha precedente de queloide. O 
tratamento foi efetuado com corticoide oclusivo. (OKADA, 2008) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 3.3.1. HIALURONIDASE 
Caso ocorra alguma complicação é feito o usa da hialuronidase que 
uma é enzima que existe naturalmente na derme e age por 
despolimerização do AH, um mucopolissacarídeo viscoso, componente 
muito importante da matriz extracelular e incumbido por manter a 
aderência celular, atuando como cimento. Por isso, a hialuronidase 
minimiza a viscosidade intercelular e expande temporariamente a 
permeabilidade e sucção dos tecidos. São três indicações aprovadas pelo 
instituto U.S. Food and Drug Administration para o utilização médica da 
hialuronidase: como adjuvante para aumentar a absorção e difusão de 
outras drogas que são injetáveis, na prática clínica normalmente usada no 
bloqueio anestésico atrás dos bulbos nas cirurgias oftálmicas; para 
hipodermóclise, que é a aplicação de fluidos e fármacos subcutâneo, via 
alternativa nos casos de desidratação leve a moderada que normalmente 
acontece com pacientes idosos que recebem cuidados domiciliares; e 
com o intuito de aumentar a absorção de agentes radiopacos na urografia 
subcutânea, principalmente em crianças e jovens adultos, quando a 
aplicação intravenosa não pode ser efetuada. Seu uso na dermatologia 
para dissolver o ácido hialuronico é off-label e apesar de crescente ainda 
é pouco discutido. (TAMURA, 2010) 
As hialuronidases são obtidas a partir de testículos bovinos e ovinos, 
mas existe uma nova formulação com base numa enzima recombinante 
humana que já vem sendo comercialmente distribuída nos EUA. 
(TAMURA, 2010) 
Contudo, na prática, as reações adversos depois do uso da 
hialuronidase são muito raros, passageiros e mais relatados no sítio de 
aplicação. (TAMURA, 2010) 
 
 
 
 
18 
 
4. NORMAS E LEIS PARA BIOMÉDICOS 
De acordo com Cecchi e Machado (2012) 
ATO RESOLUÇÃO Nº. 214, DE 10 DE ABRIL DE 2012. Dispõe 
sobre atos do profissional biomédico e, insere-se no uso de 
substâncias em procedimentos estéticos. O CONSELHO FEDERAL 
DE BIOMEDICINA – CFBM, no uso de suas atribuições que lhe 
confere o inciso II do artigo 10, Lei nº. 6.684/79, e o inciso III e XVIII 
do artigo 12, do Decreto nº. 88.439/83, CONSIDERANDO, a 
necessidade de normatizar a atividade do profissional biomédico 
quanto ao uso de substâncias em estética, visto o reconhecimento 
desta especialidade na área de saúde; CONSIDERANDO, a 
necessidade do uso de substância para a execução de 
procedimentos em estética, pelo qual o Biomédico possuí 
legitimidade; CONSIDERANDO, a efetiva necessidade de dar a 
devida interpretação jurídica à Lei nº. 6.684/79 e Decreto nº. 
88.439/83, mantendo-se atualizada sua regulamentação, bem como 
os termos inseridos na Resolução nº. 197, de 21 de fevereiro de 
2011, resolve: Art. 1º - As substâncias necessárias aos 
procedimentos realizados por profissionais biomédicos devidamente 
habilitados na área de estética, deverão seguir estritamente as 
normas descritas pelo fabricante em conformidade com a sua 
especialidade, e em obediência as normas estabelecidas pela 
sociedade científica. Art. 2º - Em função da habilitação o profissional 
biomédico, é o responsável técnico para compra e utilização das 
substâncias em consonância com a sua capacitação profissional. Art. 
3º - O profissional biomédico, legalmente habilitado em estética 
poderá fazer uso de substancias em conformidade com a tabela 
inserida no texto abaixo. TABELA DE SUBSTÂNCIAS DOS 
PROCEDIMENTOS REALIZADOS POR BIOMÉDICOS: Nutrientes 
(coenzima Q10, vitaminas, etc.), Biológicos (Toxina Botulínica) 
Fitoterápicos (lipossomas de girassóis, etc.). AYSLIM (ext. de 
manga). Acido glicólico Acido alfa lipolico Acido hialuronico 
Aminofilina, Benzopirona Bicabornato de sódio 8,4% Biotina, 
Blufemedil, Cafeína. Castanha da Índia Centella asiática Chá verde 
(Green Tea). Cloreto de magnésio Colágeno, Complexo B Condoitina 
sulfato Dente de leão Desoxicolato de sódio, DMAE DMSO 
19 
 
(dimetillaminoetanol) D pantenol, Elastina GAG (glicosaminaglicanos) 
Gincko Bliloba, L Glutamina Inositol, Ioimbina, L-Carnitina L-
Fenilalanina Finaterida (própria para intradermoterapia capilar) 
Glicina glutation, Hialuronidase L –Taurina, L -Triptofano L-Ornitina, 
Mesocaina (lidocaína) Minoxidil (vaso dilatador) Procaina 
(anestésico) Rutina (enzima fitoterápica) Solução fisiológica, Sinetrol 
Silício Orgânico, Tiratricol Vitamina C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
5. METODOLOGIA 
As buscas foram realizadas em apenas uma base de 
dados bibliográficos: o Google Acadêmico. 
Foram selecionados artigos publicados no período de 
tempo entre 1989 e 2012, nos quais foram avaliados os 
seguintes desfechos: Surgimento do ácido hialurônico; áreas 
usadas; efeitos adversos; hialuronidase; normas e leis para 
biomédicos. 
Foram selecionados artigos escritos em português ou 
inglês. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
CONCLUSÃO 
 
A utilização de preenchedores de ácido hialurônico é um procedimento 
cada vez mais frequente na prática médica, trazendo bons resultados 
estéticos quando bem indicados. 
A aplicação injetável com ácido hialurônico tem sido um dos 
procedimentos mais realizados e a procura nos consultórios atualmente 
vem sendo cada vez maior. O AH é um produto que vem se tornando 
cada vez mais seguro e suas adversidades atualmente são relacionadas 
especialmente à técnica de aplicação e indevida higienização da pele. 
É importante o reconhecimento precoce de alguma complicação, para 
evitar sequelas a longo prazo e aumentar a segurança na realização do 
procedimento. Portanto, é de fundamental importância seu tratamento 
rápido e agressivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
1. Raspaldo H. Volumizing effect of a new hyaluronic acid sub-dermal 
facial filler: a retrospectiveanalysis based on 102 cases. J Cosmet 
Laser Ther. 2008 10:134-142. 
2. Tan SR, Glogau RG. Filler esthetics. In: Carruthers A, Carruthers J, 
editor. Procedures in cosmetic dermatology series: soft tissue 
augmentation. Philadelphia, Pa WB Saunders Company 2005. 
3. Rohrich RJ, Pessa JE. The fat compartments of the face: anatomy 
and clinical implications for cosmetic surgery. Plast Reconstr Surg. 
2007 119:2219-2227. 
4. Carruthers JDA, Glogau RG, Blitzer A. Facial Aesthetics Consensus 
Group Faculty. Advances in facial rejuvenation: botulinum toxin type 
A, hyaluronic acid dermal fillers, and combination therapies – 
consensus recommendations. Plast Reconstr Surg. 2008 121:5S. 
5. Tezel A, Fredrickson GH. The science of hyaluronic acid dermal 
fillers. J Cosmet Laser Ther. 2008 10:35-42. 
6. Bauman LS, Monteiro EO. Can one filler do it all? How to Choose a 
Filler. Skin & Aging, 2005 48-51. 
7. Landau M. Curso prático do Meeting da Academia Americana de 
Dermatologia, AAD-2010. Miami, Fl - EUA. 
8. Hoffmann K e cols. Volumizing effects of a smooth, highly cohesive, 
viscous 20-mg/mL hyaluronic acid volumizing filler: prospective 
European study. BMC Dermatol. 2009 27(9)9. 
9. Tamura BM. "Anatomia da face aplicada aos preenchedores e à 
toxina botulínica - Parte II". Surg Cosmet Dermatol. 2010;2(3):205-14 
10. CECCHI, MACHADO. “ATO RESOLUÇÃO Nº. 214”, 2012 –CRBM1. 
Disponível em < 
http://crbm1.gov.br/RESOLUCOES/Res_214de10abril2012.pdf> Acesso 
em 10 jun. 2018. 
11. Requena L, Requena C, Christensen L, Zimmermann US, Kutzner H, 
Cerroni L. Adverse reactions to injectable soft tissue fillers. J Am Acad 
Dermatol. 2011;64(1):5-7. 
12. Bowman PH, Narins RS. Hialinos e Técnicas de Preenchimento. In: 
Carruthers J, Carruthers A. Técnicas de Preenchimento. New York: 
Elsevier; 2005. p35-56. 
13. Park TH, Seo SW, Kim JK, Chang CH. Clinical experience with Hyaluronic 
acid-filler complications. J Plast Reconstr Aesthet Surg. 2011;64(7): 
892-97. 
14. Kang MS, Park ES, Shin HS, Jung SG, Kim YB, Kim DW. Skin 
necrosis of the nasal ala after injection of dermal fillers. Dermatol 
Surg. 2011;37(3):375-80. 
15. Pope J Jr, Sternberg P Jr, Mclane NJ, Potts DW, Stulting Rd. 
Mycobacterium chelonae sclera abscess after removal of a sclera 
bucle. Am J Ophthalmol. 1989;107(5):557-8. 
16. Okada S, Okuyama R, Tagami H, Aiba S. Eosinophilic 
granulomatous reaction after intradermal injection of hyaluronic acid. 
Acta Derm Venereol. 2008;88(1):69-70. 
 
 
http://crbm1.gov.br/RESOLUCOES/Res_214de10abril2012.pdf
23

Outros materiais