DISPOSIÇÕES GERAIS DO CUMPRIMENTO DA SENTENÇA

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DISPOSIÇÕES GERAIS DO 
CUMPRIMENTO DA SENTENÇA 
Disposições Gerais do 
Cumprimento da Sentença 
DISPOSIÇÕES GERAIS DO CUMPRIMENTO DA SENTENÇA – ARTGS. 513-519 CPC 
 
1- DISPOSIÇÕES GERAIS. PARALELO AOS ARTIGOS 797 E 805. 
Os Artigos 797 e 805 estabelecem disposições gerais referente ao processo de execução, existe 
um paralelo entre esses temas. 
Lembrando→ no cumprimento de sentença já tivemos uma sentença na fase de conhecimento 
em que já foi instaurado um contraditório, onde pelo menos a maioria das questões de defesa 
que o réu teria ele já trouxe, se começa o cumprimento de sentença se ela não for cumprida 
espontaneamente pela parte vencida, também chamado de execução forçada. 
A regra, é que o juiz da fase de conhecimento será o mesmo da fase de cumprimento de 
sentença, mas, a pedido do exequente apenas, o juiz pode mudar. 
 
2- CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. REGRAS ESPECÍFICAS E O PRINCIPIO DA 
RECIPROCIDADE DAS LACUNAS PROCEDIMENTAIS. 
Art 513 CPC, a primeira diferença do processo de execução. Na ação eu necessito de uma 
citação pois está se criando uma nova relação jurídica, uma nova ação, no cumprimento não 
há a criação de uma nova relação jurídico processual, eu só preciso intimar a parte contrária, já 
se tem conhecimento da ação. 
Princípio da reciprocidade das lacunas procedimentais: 
Art. 771. Este Livro regula o procedimento da execução 
fundada em título extrajudicial, e suas disposições aplicam-se, 
também, no que couber, aos procedimentos especiais de 
execução, aos atos executivos realizados no procedimento de 
cumprimento de sentença, bem como aos efeitos de atos ou 
fatos processuais a que a lei atribuir força executiva. 
Parágrafo único. Aplicam-se subsidiariamente à execução as 
disposições do Livro I da Parte Especial. 
Quando se falta algo no cumprimento de sentença aplicam-se subsidiariamente o mesmo 
disposto na parte da fase de conhecimento. 
Ex.: quando o advogado da parte morre – não retrata isso na parte de execução, então se 
aplicam as regras do processo de conhecimento. 
A mesma coisa no conhecimento quando se trata de penhora, se aplicam as regras da 
execução quando se for omissa. 
São 5 grandes atos processuais que montam o processo de execução: 
I- Citação 
II- Penhora 
III- Avaliação 
IV- Alienação 
V- Entrega do dinheiro 
Essa é a estrutura do processo de execução, na fase de cumprimento de sentença, a única 
diferença é que ao invés da citação, se tem a intimação 
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Art. 513. O cumprimento da sentença será feito segundo as 
regras deste Título, observando-se, no que couber e conforme 
a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte 
Especial deste Código. 
§ 1º O cumprimento da sentença que reconhece o dever de 
pagar quantia, provisório ou definitivo, far-se-á a requerimento 
do exequente. 
§ 2º O devedor será intimado para cumprir a sentença: 
I - pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado 
constituído nos autos; 
II - por carta com aviso de recebimento, quando 
representado pela Defensoria Pública ou quando não tiver 
procurador constituído nos autos, ressalvada a hipótese do 
inciso IV; 
III - por meio eletrônico, quando, no caso do § 1º do art. 246, 
não tiver procurador constituído nos autos 
IV - por edital, quando, citado na forma do art. 256, tiver sido 
revel na fase de conhecimento. 
§ 3º Na hipótese do § 2º, incisos II e III, considera-se realizada a 
intimação quando o devedor houver mudado de endereço 
sem prévia comunicação ao juízo, observado o disposto no 
parágrafo único do art. 274. 
§ 4º Se o requerimento a que alude o § 1º for formulado após 1 
(um) ano do trânsito em julgado da sentença, a intimação 
será feita na pessoa do devedor, por meio de carta com aviso 
de recebimento encaminhada ao endereço constante dos 
autos, observado o disposto no parágrafo único do art. 274 e 
no § 3º deste artigo. 
§ 5º O cumprimento da sentença não poderá ser promovido 
em face do fiador, do coobrigado ou do corresponsável que 
não tiver participado da fase de conhecimento. 
§1º- far-se-á a requerimento do exequente, há uma necessidade de provocação da parte 
executiva, precisa que para se disparar o procedimento do cumprimento de sentença eu 
provoque, o juiz por si só não pode de ofício disparar o início do cumprimento de sentença. 
No processo de execução eu posso ter um título e não executar, a mesma coisa ocorre no de 
conhecimento, pode não entrar com fase de execução. 
No §1º ele só fala de quantia certa, pois em uma ação de obrigação de fazer ou de entrega, o 
juiz na sentença de conhecimento já deixa muito claro o que precisa ser feito. Ex.: manda A 
pintar a parede em 30 dias e se passar 31 e não cumprir se aplicará astreinte, juiz normalmente 
aplica o prazo se não estiver no contrato. 
§2º- o devedor será intimado através 
i- Do advogado instituído nos autos, ele não será intimado pessoalmente, pois já tem 
advogado nos autos 
ii- Por carta com AR quando representado pela defensoria ou não tenha advogado 
constituído nos autos, menos quando no processo principal for citado por edital. Aqui 
se da oportunidade a mais para hipossuficientes, tem menos contato com o defensor, 
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para que se facilite o conhecimento da execução contra si, além da defensoria ser 
intimado, ele também será intimado por AR, não pode se esquecer o Art 271 
parágrafo único, que deixa claro que se a parte muda de endereço e não informa o 
juízo, a citação por AR é válida. 
Cai por terra nesse inciso a questão do réu revel, as duas consequências da revelia é que a) 
se darão por verdadeiros todos os fatos e b) os prazos correrão normalmente, sendo assim, é 
necessário que se intime o executado no início da sentença. 
iii- Por meio eletrônico- está sendo instaurado ainda. 
iv- Por edital quando citado na forma do Art. 256. 
§3- retrata sobre o Artigo 271, se mudar de endereço considerar-se-á valida a citação por 
AR. 
§4º Se após um ano da sentença transitar em julgado eu preciso intimar pessoalmente por 
carta com AR, mesmo tendo advogado constituído nos autos, mas não faz sentido, pois se 
ele continua como meu advogado, não tem o porque intimar pessoalmente depois de um 
ano. 
§5º- fiador quando se tratar de responsabilidade patrimonial, não pode ser promovida fase 
de execução em fase de fiador/garantidor que não tenha participado do processo de 
conhecimento, ele não pode ter seus bens mexidos sem a oportunidade de se defender. No 
processo de execução eu posso inclui-lo desde o início, mas na fase de execução não, a 
coisa julgada faz lei entre as partes, não posso exigir que faça lei em face de alguém que 
nem se defendeu. 
3- SENTENÇA QUE SE SUJEITA A CONDIÇÃO OU A TERMO 
Art. 514. Quando o juiz decidir relação jurídica sujeita a 
condição ou termo, o cumprimento da sentença dependerá 
de demonstração de que se realizou a condição ou de que 
ocorreu o termo. 
Condição- evento futuro e incerto. 
Termo- evento futuro e certo. 
Parece que só posso entrar com ação quando já tiver se realizado a condição ou termo, mas, 
eu posso ter uma ação meramente declaratória ainda que não ocorrida a condição ou termo. 
Ex.: A promete por escrito 10 mil quando tiver 25 anos, em uma briga A fala que não vai cumprir 
o prometido a B, pode-se entrar com um processo de mera declaração, porém, o cumprimento 
de sentença apenas será efetuado quando se cumprir o termo, que é fazer 25 anos. 
Posso ter essa ação ainda que não aperfeiçoada a condição ou o termo. 
4- QUESTÕES INCIDENTAIS RELATIVAS AO PROCEDIMENTO E SUA SUBSIDARIEDADE 
QUANTO AS TUTELAS PROVISÓRIAS. 
Art. 518. Todas as questões relativas à validade do 
procedimento de cumprimento da sentença e dos atos 
executivos subsequentes poderão ser arguidas pelo 
executado nos própriosautos e nestes serão decididas pelo 
juiz. 
Todas as questões relativas a validade do procedimento do cumprimento de sentença e atos 
executivos subsequentes podem ser arguidos pelo executado nos próprios autos, de maneira 
mais informal, eu já passei por um processo de conhecimento, não é necessário começar do 0 
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que nem o processo de execução, já tivemos uma sentença de mérito, o título judicial já 
passou por todo um crivo, será desenvolvido a fase de execução com celeridade, 
incidentalmente, ou seja, tudo será decidido através de decisões interlocutórias. 
Ex.: A executa de B uma quantia certa, é penhorado um imóvel, alego em petição que o 
imóvel é bem de família impenhorável, A vai se manifestar e o juiz através de decisão 
interlocutória vai decidir, é mais rápido, mais célere, uma informalidade. 
Art. 519. Aplicam-se as disposições relativas ao cumprimento 
da sentença, provisório ou definitivo, e à liquidação, no que 
couber, às decisões que concederem tutela provisória. 
Tutela provisória as vezes tem atos de execução. Ex.: tutela em que eu exijo que o réu deposite 
em juízo a quantia da obrigação, A não deposita, posso no processo de conhecimento realizar 
o bloqueio desse valor na conta dele, posso aplicar as regras do cumprimento de sentença. 
5- SENTENÇA É TÍTULO EXECUTIVO QUE PODE SER PROTESTADO. REQUISITOS. 
Art. 517. A decisão judicial transitada em julgado poderá ser 
levada a protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o 
prazo para pagamento voluntário previsto no art. 523. 
§ 1º Para efetivar o protesto, incumbe ao exequente 
apresentar certidão de teor da decisão. 
§ 2º A certidão de teor da decisão deverá ser fornecida no 
prazo de 3 (três) dias e indicará o nome e a qualificação do 
exequente e do executado, o número do processo, o valor da 
dívida e a data de decurso do prazo para pagamento 
voluntário. 
§ 3º O executado que tiver proposto ação rescisória para 
impugnar a decisão exequenda pode requerer, a suas 
expensas e sob sua responsabilidade, a anotação da 
propositura da ação à margem do título protestado. 
§ 4º A requerimento do executado, o protesto será cancelado 
por determinação do juiz, mediante ofício a ser expedido ao 
cartório, no prazo de 3 (três) dias, contado da data de 
protocolo do requerimento, desde que comprovada a 
satisfação integral da obrigação. 
Possibilidade de protesto da sentença condenatória a quantia certa, como se fosse um título 
extrajudicial, assim como eu protesto um cheque, vão para SPC, SERASA, protesto sempre foi 
reservado a títulos executivos extrajudiciais, mas hoje a sentença condenatória em QUANTIA 
CERTA, também é permitido o protesto como se tivéssemos um título líquido extrajudicial. 
"Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a 
inadimplência e o descumprimento de obrigação 
originada em títulos e outros documentos de dívida". - 
https://www.migalhas.com.br/depeso/339569/o-protesto-de-decisao-judicial-
transitada-em-julgado 
REQUISITOS PARA O PROTESTO DE TÍTULO JUDICIAL: 
1- Sentença transitada em julgado, tendo já transcorrido o prazo de 15 dias do Art 523 
caput. 
2- Apresentação de certidão com o teor dessa sentença. 
https://www.migalhas.com.br/depeso/339569/o-protesto-de-decisao-judicial-transitada-em-julgado
https://www.migalhas.com.br/depeso/339569/o-protesto-de-decisao-judicial-transitada-em-julgado
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§1º- incumbe ao exequente apresentar certidão do teor dessa decisão, indicando todos os 
detalhes para o protesto, juntamente com a sentença transcorrida o prazo. 
§2º- a certidão do teor tem que ter nome e a qualificação do exequente e do executado, o 
número do processo, o valor da dívida e a data de decurso do prazo para pagamento 
voluntário 
§3º- O processo de execução não fica suspenso quando há ação rescisória (969), a menos que 
tenha pedido de efeito suspensivo, apenas a propositura da ação rescisória não para o máximo 
que se pode fazer é registrar que entrou com ação rescisória 
§4º- Havia uma dúvida se o protesto poderia ser suspenso apenas com a notícia da extinção da 
fase de execução. Ex.: pego a sentença transitada em julgado, a certidão com o teor da 
decisão, protesto no cartório, se após o protesto, B paga A, extingue-se o processo satisfação 
da execução, queria-se que o próprio executado pudesse ir ao cartório com a sentença de 
extinção do processo, mas viu que poderia ocorrer falsidade por parte do executado. 
Por isso ficou decidido que não será suficiente nenhuma das partes extinguirem o protesto, tem 
que ser por determinação do juiz a requerimento do executado, ou seja, para que não tenha a 
possibilidade de fraudar a execução tem que se passar pelo juiz. 
É possível em uma execução provisória, ou seja, uma sentença com apenas o efeito devolutivo, 
que tenha a execução