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Ciclo Cardíaco Isaac Lohan ➯ É preciso compreender que o ciclo cardíaco possui duas fases: a sístole (quando ocorre a contração muscular, responsável por aumentar a pressão) e a diástole (quando ocorre o relaxamento, responsável por diminuir a pressão). ➯ O ciclo cardíaco é o conjunto de eventos que ocorre entre o início de um batimento e o começo do próximo. ➯ Os átrios e ventrículos não contraem simultaneamente, pois é necessário que haja um fluxo do sangue. Se contraíssem ao mesmo tempo, não haveria um fluxo adequado. Logo, primeiro ocorre a contração atrial e depois a contração ventricular. ➯ O sangue sempre vai fluir de uma área de maior pressão para uma área de menor pressão. ➯ O ciclo cardíaco é dividido em 5 partes: 1. O coração em repouso: diástole atrial e ventricular ➙ Os átrios estão se enchendo com o sangue vindo das veias e os ventrículos acabaram de completar uma contração. ➙ À medida que os ventrículos relaxam, o sangue vai fluir por ação da gravidade dos átrios para os ventrículos que estarão expandidos devido ao relaxamento. 2. Término do enchimento ventricular: sístole atrial ➙ 20% do enchimento ventricular acontece quando os átrios se contraem (sístole) e devido ao aumento de pressão empurram sangue para os ventrículos. 3. Contração ventricular isovolumétrica e a primeira bulha cardíaca ➙ A sístole ventricular começa na base do coração e empurra o sangue em direção à base. ➙ Esse sangue faz as valvas atrioventriculares se fecharem a fim de evitar o refluxo cardíaco para os átrios. Obs: o não encurtamento das fibras cardíacas é o que faz o volume não variar. ➙ As vibrações decorrentes do fechamento das valvas compõem o som “tum”, que chamamos de 1ª bulha cardíaca. ➙ Como as valvas atrioventriculares e as semilunares estão fechadas, o sangue não tem para onde ir, mas mesmo assim os ventrículos continuam se contraindo, por isso chamamos de contração isométrica, uma vez que as fibras musculares geram força mas não produzem movimento. 4. A bomba cardíaca: ejeção ventricular ➙ A contração dos ventrículos faz com que as valvas semilunares se abram e o sangue seja empurrado para as artérias. ➙ A pressão gerada será a força motriz para o fluxo sanguíneo. ➙ Durante essa fase, as valvas atrioventriculares permanecem fechadas e os átrios continuam se enchendo. 5. Relaxamento ventricular isovolumétrico e a segunda bulha cardíaca ➙ No fim da ejeção ventricular, os ventrículos começam a relaxar, diminuindo a pressão dentro dele. ➙ Como a pressão ventricular cai abaixo da pressão das artérias, o fluxo sanguíneo começa a retornar para o coração. ➙ Esse fluxo de retorno começa a encher os folhetos das valvas semilunares, forçando-os a se fecharem. ➙ As vibrações geradas pelo fechamento das semilunares dão origem à segunda bulha cardíaca, o som “tá” do “tum-tá”. Obs: Quando o ventrículo esquerdo se contrai, a válvula semilunar aórtica é a que se abre. Resumo em texto: O coração recebe o sangue por meio dos átrios. No átrio direito, o sangue chega pelas veias cavas e no átrio esquerdo chega pelas veias pulmonares. Assim, o sangue escoa passivamente dos átrios para os ventrículos (sem que haja contração). A partir daí, ocorre a contração atrial para enviar para os ventrículos o restante do sangue que sobrou nos átrios (cerca de 20%). Em seguida, o início da contração dos ventrículos faz com que a pressão no interior deles suba rapidamente e provoque o fechamento das válvulas atrioventriculares, isso é importante para impedir o refluxo do sangue dos ventrículos para os átrios. As válvulas se abrem ou se fecham dependendo da pressão dentro das câmaras cardíacas ou das grandes artérias. Na contração ventricular, a pressão dentro do ventrículo precisa subir e ser maior do que a pressão dentro das grandes artérias para que ocorra a abertura das válvulas semilunares e o sangue se desloque dos ventrículos para os grandes vasos. Mas atenção! No início da contração ventricular, quando as válvulas semilunares ainda estão fechadas, não há ejeção do sangue e, por isso, essa fase é chamada de contração isovolumétrica (porque não há variação do volume de sangue dentro dos ventrículos). Quando a pressão intraventricular supera a pressão das grandes artérias, as válvulas semilunares se abrem e permitem então a ejeção do sangue. Conforme o sangue vai sendo ejetado, a pressão dentro dos ventrículos vai diminuindo gradativamente até que as semilunares se fecham. Assim, ocorre o relaxamento isovolumétrico, que é quando os ventrículos estão relaxando mas não está chegando sangue dentro deles. Como a pressão vai diminuir enquanto a diástole ventricular continua, as válvulas atrioventriculares se abrem (pois a pressão nos átrios está maior que nos ventrículos). Por conseguinte, o ciclo recomeça.
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