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Ciclo cardíaco

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Bases morfofuncionais 2 
Ciclo cardíaco 
O que é? 
 É o momento de um batimento cardíaco. (Uma 
sístole e diástole atrial, e uma sístole e diástole 
ventricular). 
Como funciona o ciclo cardíaco? Passo a passo: 
 Tudo começa com o coração em diástole 
(relaxamento), na qual os átrios estão 
recebendo sangue das veias. Conforme o átrio 
vai se enchendo, a pressão no átrio vai ficando 
superior a do ventrículo, dessa forma, as valvas 
atrioventriculares (esq. e dir.) se abrem e o 
sangue começa a fluir para o ventrículo (devido 
a diferença de pressão). Nesse momento, 
somente apenas 80% do sangue flui (por ddp). 
 Devido ao enchimento progressivo do 
ventrículo, sua pressão começa a subir, se 
igualando ou ultrapassando a do átrio, por isso, 
ocorre a sístole atrial (contração), para mandar 
para o ventrículo, os 20% de sangue que ainda 
estão no átrio. 
 Caminho: veia cava  AD  VD / 
 veias pulmonares  AE  VE.. 
 O ciclo cardíaco tem início na sístole atrial (ou 
final da diástole ventricular). 
 
 A onda P do eletrocardiograma representa a 
despolarização atrial, na qual, o sangue está 
fluindo de átrio para ventrículo por ddp. 
Seguido disso, vem a sístole atrial. Durante todo 
esse processo as valvas atrioventriculares estão 
abertas. 
 O sangue flui do átrio para o ventrículo por 
meio do óstio atrioventricular (um buraco que 
permite essa passagem). 
 O ventrículo possui o volume diastólico final, no 
final da diástole atrial. (130/140 ml em cada V). 
 O volume diastólico final causa uma pressão nas 
paredes do ventrículo, causando estiramento e 
tensão nas fibras musculares cardíacas, isso é a 
pré-carga. 
 Antes que ocorra a sístole, é necessário que 
ocorra o estímulo elétrico, que vem do nó 
sinoatrial (marca-passo do coração, que está 
localizado superior ao sulco terminal do átrio 
(aurícula) direito, próximo à abertura da veia 
cava superior. Esse feixe de tecido nervoso 
propaga os impulsos elétricos e portanto 
governa o ritmo sinusal de minuto a minuto.), o 
final do nó sinoatrial está no septo 
atrioventricular membranáceo, onde todo o 
entorno é isolante, fazendo o estímulo ter 
apensa um caminho a ser seguido, o feixe de 
His (um grupo de fibras que conduz os 
impulsos elétricos a partir do nó atrioventricular 
até as câmaras inferiores do coração (os 
ventrículos), ele divide-se em outros dois 
ramos: O ramo esquerdo conduz os impulsos 
ao ventrículo esquerdo, e o ramo direito 
conduz os impulsos ao ventrículo direito). 
 A despolarização ventricular (depois da sístole 
ventricular) é o complexo QRS no 
eletrocardiograma. 
 Trajeto do estimulo elétrico: 
Nó sinoatrial  nó atrioventricular  fascículo 
atrioventricular  ramos direito e esquerdo  
ramos endocárdicos. 
 
 
 
 Depois que o estímulo elétrico percorreu o 
trajeto, as fibras cardíacas começam a fazer 
força de contração (V cheio de sangue, a 
pressão dele fica muito superior à do átrio), as 
fibras ainda não estão encurtando, devido a isso 
ainda não tem força suficiente para ir para as 
artérias, então começam a querer voltar para 
os átrios, empurrando as valvas 
atrioventriculares, que se fecham para impedir 
o retorno sanguíneo. 
1° bulha cardíaca: TUM, no momento que as 
valvas atrioventriculares se fecham. 
 No momento que as valvas atrioventriculares se 
fecham, as valvas aórtica e do tronco pulmonar 
também estão fechadas, não ocorrendo 
entrada e saída de sangue, esse momento é a 
contração isovolumétrica (o volume não muda 
já que não tem acréscimo nem decréscimo). 
 
 Depois começa a ocorrer o encurtamento das 
fibras musculares cardíacas ventriculares, 
ocorrendo um aumento ainda maior da pressão 
dentro do ventrículo, por isso, o sangue 
começa a empurrar muito as valvas, já que 
quer voltar para o átrio. Isso só não ocorre 
graças ás cordas tendíneas, que impedem que 
as valvas se prolapse (abram invertidas, guarda-
chuva no vento). 
 A pressão no ventrículo que já está alta devido 
a contração das fibras, aumenta ainda mais, até 
que a pressão ventricular supera a pressão 
diastólica da artéria. 
A pressão no VE supera a pressão arterial 
diastólica da aorta de 80mmHg. 
A pressão no VD supera a pressão arterial 
diastólica do tronco pulmonar de 8mmHg. 
 Depois disso, as valvas da aorta (VE) e do troco 
pulmonar (VD) se abrem e o sangue é ejetado. 
 O sangue ejetado no momento da sístole 
ventricular é o volume sistólico, de 
aproximadamente 70ml. 
 Depois que o sangue passa, as valvas aórtica e 
do tronco pulmonar se fecham, é a 2° bulha 
cardíaca TÁ. 
 
 Depois que elas se fecham, um pouco de 
sangue retorna, os óstios das coronárias 
estarão abertos (devido ao fechamento da 
valva) e o sangue finalmente consegue irrigar 
os tecidos do coração. 
 Quando ocorre o fechamento das valvas aórtica 
e do tronco pulmonar, as outras duas valvas 
(atrioventricular esq. e dir.) estarão fechadas 
também, ocorrendo novamente o fechamento 
das quarto ao mesmo tempo, na qual o sangue 
não entra e nem sai do coração. Esse 
momento é chamado de relaxamento 
isovolumétrico. 
OBS: contração isovolumétrica: na sístole 
ventricular; 
 Relaxamento isovolumétrico: na diástole 
ventricular; 
 Durante o relaxamento isovolumétrico, a 
pressão vai baixando cada vez mais, 
diferenciando muito da do átrio. Essa diferença 
de pressão vai causar o fluxo sanguíneo do 
átrio para o ventrículo, e o processo se repete. 
 O período final do ciclo cardíaco é o período 
de relaxamento, pois os átrios e os ventrículos 
estão em diástole e o sangue está fluindo de 
átrio para ventrículo por ddp. 
 Todo esse processo ocorre em 0,8 segundo. 
(normalmente, mas pode mudar, depende da 
FC do indivíduo). 
 
Bulhas cardíacas: 
 1° bulha cardíaca: fechamento das valvas 
atrioventriculares. 
 2° bulha cardíaca: fechamento das valvas 
aórticas e do tronco pulmonar. 
 3° bulha cardíaca: produzida ocasionalmente no 
início do terço médio da diástole, o som que se 
escuta é possivelmente a oscilação do sangue 
para frente e para trás entre as paredes dos 
ventrículos, iniciada pelo influxo de sangue dos 
átrios. 
 4° bulha cardíaca: bulha de contração atrial, o 
som é causado quando os átrios se contraem, 
causando o influxo de sangue nos ventrículos. 
Ciclo cardíaco e eletrocardiograma: 
 
Diagrama de Wiggers: 
 
 Incisura no fechamento da valva AV: incisura de 
kocher ou onda de kocher; momento que 
ocorre a queda da pressão na artéria aorta. 
 A onda é formada devido ao fechamento da 
valva aórtica, pois como o sangue está sobre a 
valva aórtica gerando uma pressão, causa um 
aumento súbito da pressão na parede da aorta 
(100mmHg), ou seja, a pressão está caindo, mas 
o sangue começa a voltar e bate na valva 
fechada, aumentando a pressão. Importante 
pois é uma pressão a mais para o sangue se 
obrigado a fluir para as coronárias. 
Detalhamento: 
Pressão nos átrios: 
Na curva atrial se mostra três pequenas elevações da 
pressão, a onda A, C e V da pressão atrial. 
 Onda A: 
 Causada pela contração atrial. 
 Normalmente, a pressão atrial direita aumenta 
por 4 a 6 mmHg durante a contração atrial, e 
a pressão esquerda sobe por 7 a 8mmHg. 
 Onda C: 
 Ocorre quando os ventrículos começam a se 
contrair. 
 Provocada pelo ligeiro refluxo de sangue para 
os átrios, no início da contração ventricular, 
mas principalmente pelo abaulamento para trás 
das valvas AV em direção aos átrios, em 
virtude da pressão crescente nos ventrículos. 
 Onda V: 
 Ocorre perto do final da contração ventricular. 
 Ela resulta do lento fluxo de sangue das veias 
para os átrios, enquanto as valvas AV estão 
fechadas durante a contração dos ventrículos. 
 Quando essa contração termina, as valvas AV 
se abrem, permitindo que esse sangue atrial 
armazenado flua rapidamente para os 
ventrículos, causando o desaparecimento da 
onda v. 
Diástole ventricular: Durante a sístole ventricular, grande quantidade 
de sangue se acumula nos átrios direito e 
esquerdo, uma vez que as valvas AV estão 
fechadas. 
 Dessa maneira, assim que a sístole termina e as 
pressões ventriculares retornam aos baixos 
valores diastólicos, as pressões moderadamente 
altas que se desenvolveram nos átrios durante 
a sístole ventricular forçam de imediato as 
valvas AV a se abrirem  período de 
enchimento rápido ventricular (primeiro terço 
da diástole). 
 Segundo terço da diástole: uma pequena 
quantidade de sangue nas condições normais 
flui para os ventrículos, sendo esse o sangue 
que continua a chegar aos átrios, vindo das 
veias, fluindo diretamente para os ventrículos. 
 Último terço da diástole: os átrios se contraem, 
dando impulso adicional ao fluxo sanguíneo para 
os ventrículos. Esse mecanismo responde por 
mais ou menos 20% do enchimento ventricular 
total em cada ciclo cardíaco. 
Contração isovolumétrica (isométrica): 
 Imediatamente após o início da contração 
ventricular, a pressão ventricular sobe, de 
modo abrupto, fazendo com que as valvas AV 
se fechem. 
 É necessário mais 0,02 a 0,03 segundo para 
que o ventrículo gere pressão suficiente para 
empurrar e abrir as válvulas semilunares 
(aórtica e pulmonar) contra a pressão nas 
artérias aorta e pulmonar. 
 Portanto, durante esse período os ventrículos 
estão se contraindo, mas não ocorre 
esvaziamento (a tensão aumenta nos M. 
cardíaco, mas ocorre pouca ou nenhum 
encurtamento das fibras musculares, além de 
não alterar o volume de sangue no ventrículo). 
Período de ejeção: 
 Quando a pressão no interior do ventrículo 
esquerdo aumenta até pouco acima de 80 
mmHg (e a pressão do ventrículo direito, 
pouco acima de 8 mmHg), a pressão 
ventricular força a abertura das valvas 
semilunares. 
 Imediatamente, o sangue começa a ser lançado 
para diante, para as artérias. 
 Em trono de 60% do sangue do ventrículo no 
final da diástole são ejetados durante a sístole 
(70% é ejetado no primeiro terço do período 
de ejeção – período de ejeção rápida – e 
30% do esvaziamento ocorre nos outros dois 
terços do período – período de ejeção lenta -). 
Período de relaxamento: 
 Dura cerca de 0,4s. 
 Os átrios e os ventrículos estão relaxados. 
 Conforme aumenta a FC, o período de 
relaxamento torna-se cada vez mais curto, 
enquanto a duração da sístole atrial e da sístole 
ventricular se encurta apenas discretamente. 
 Depois do fechamento das valvas do tronco 
pulmonar e da aorta, existe um breve intervalo 
em que o volume de sangue do ventrículo não 
se modifica porque as quatro valvas estão 
fechadas  período de relaxamento 
isovolumétrico. 
Curva da pressão: 
 
 
Pressão x volume do VE: 
 
FEVE: fração de ejeção ventricular: 
 FEVE: é o percentual de sangue que o VE 
ejeta para a aorta na sístole (a cada batimento) 
em relação ao volume de sangue no VE ao 
final da diástole 
 
 O FEVE é um dos melhores indicadores 
prognósticos em portadores de coronariopatias. 
 Depressão importante da FEVE em repouso 
está associada à alta taxa de mortalidade. 
 Queda da FEVE induzida pelo esforço físico 
correlaciona-se, de forma significativa, a uma 
probabilidade maior de eventos cardíacos 
futuros. 
 É um índice de contratilidade, valores: 
 FEVE normal entre 55-70%; 
 
 FEVE entre 40 e 55% indica prejuízo da 
contratilidade; 
 FEVE < 40% indica cardiomiopatia; 
 FEVE > 75% indica cardiomiopatia hipertrófica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Gabriela Domingues Werner

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