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ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR

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ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CAS 2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
AUTORIDADES 
 
Governador do Estado do Rio de Janeiro 
Exmº Sr Cláudio Castro 
 
 
Secretário de Estado de Polícia Militar 
Exmº Sr Coronel PM Luiz Hemrique Marinho Pires 
 
 
Subsecretário de Estado de Polícia Militar 
Ilmº Sr Coronel PM Carlo Eduardo Sarmento da Costa 
 
 
Diretor-Geral de Ensino e Instrução 
Ilmº Sr Coronel PM Marco Aurelio Ciarlini Guarabyra Vollmer 
 
 
Comandante do CFAP 31 de Voluntários 
Ilmº Sr Coronel PM Marcelo André Teixeira da Silva 
 
 
Comandante do Centro de Educação a Distância da Polícia Militar 
Ilmº Sr Tenente-Coronel PM Alexandre Moreira de Soares 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CAS 2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
APRESENTAÇÃO 
 
Atualmente, conhecimento, informação, tecnologia e serviço constituem 
valores de primeira grandeza, capazes de transformar o ambiente interno e 
externo das organizações sociais e das instituições públicas. No intuito de 
instigar a autonomia, permitir a flexibilidade temporal, evitar o deslocamento de 
efetivo e facilitar questões de cunho logístico, o Comando da Corporação, 
através da proposta do Diretor-Geral de Ensino e Instrução, interligando os eixos 
acima supracitados, oferece a você, Sargento da Polícia Militar do Estado do Rio 
de Janeiro, o Curso Especial de Formação de Sargentos EAD/2021 (CEFS – 
EAD/2021). 
Este curso tem por objetivo não só capacitar, mas confirmar as divisas 
dos policiais militares já promovidos à graduação de 3º Sargento. Para tanto, as 
disciplinas do CEFS serão todas no ambiente virtual de aprendizagem, através 
da Escola Virtual, do Centro de Educação a Distância da Polícia Militar (CEADPM). 
Assim, ressaltamos a importância de sua dedicação ao curso, pois um 
policial militar bem formado, bem treinado, capacitado e motivado para o 
cumprimento da missão, conhecedor dos valores institucionais alicerçados sob 
a base do conhecimento, da informação, da tecnologia e do serviço é capaz de 
consolidar e aprimorar a sua consciência democrática; cultivar elevados padrões 
morais para continuar com dignidade no exercício da profissão; garantir o 
respeito às leis e a dedicação ao cumprimento do dever; estimular o senso de 
responsabilidade e o interesse pela comunidade; dentre outros. 
Desta forma, esperamos que com este curso você, policial militar, possa 
estar fortalecendo seu vínculo profissional, repensando o seu papel como 
profissional diante da necessidade de soluções cada vez mais rápidas e dentro 
da legalidade para os mais complexos problemas enfrentados no singular 
cotidiano do Estado do Rio de Janeiro. 
Desejamos a todos bons estudos! 
 
 Marco Aurelio C. Guarabyra Vollmer 
Coronel PM - Diretor-Geral de Ensino e Instrução 
Marcelo André Teixeira da Silva 
Coronel PM - Comandante do CFAP 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
4 
 
 
Desenvolvedores 
 
 CEADPM 
 
Supervisão EAD 
MAJ PM Rodrigo Fernandes Ferreira 
 
Equipe Técnica 
SUBTEN PM Willian Jardim de Souza 
3º SGT PM Edson dos Santos Vasconcelos 
SD PM Lucas Almeida de Oliveira 
SD PM Diogo Ramalho Pereira 
 
Diagramação 
2º SGT PM Alan dos Santos Oliveira 
2º SGT PM Wallace Reis Fernandes 
CB PM Michele Pereira da Silva de Oliveira 
CB PM Vanessa Souza Rino Bahia 
 
Design Instrucional 
1º SGT PM Eloisa Cláudia Clemente de Almeida 
CB PM Michele Pereira da Silva de Oliveira 
 
Filmagem e Edição de Vídeo 
CB PM Renan Campos Barbosa 
SD PM Alessandra Albuquerque da Silva 
 
Designer Gráfico / Diagramação Interativa 
2º SGT PM Wallace Reis Fernandes 
SD PM Leonardo da Silva Ramos 
 
Suporte ao Aluno 
CB PM Vanessa Souza Rino Bahia 
 
 
 CFAP 
 
Supervisão Geral e Coordenação Pedagógica 
CAP PM Ped Patrícia Kalife Paiva 
 
Equipe Técnica 
CB PM Juliana Pereira de Carvalho 
 
Conteudista 
Divisão de Ensino CFAP 31 Vol 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
5 
 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ........................................................................ 6 
CONCEITOS BÁSICOS DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR 7 
A OCORRÊNCIA ................................................................... 11 
EXAME DA CENA .................................................................. 14 
SUPORTE BÁSICO DE VIDA.................................................. 27 
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO DEA ............................ 39 
TÉCNICAS DE DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS ............... 45 
MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS EM 
CRIANÇAS E LACTENTES ..................................................... 50 
CHOQUE .............................................................................. 52 
HEMORRAGIA ...................................................................... 56 
QUEIMADURAS .................................................................... 63 
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS .................................................... 73 
TRAUMATISMO .................................................................... 78 
TRAUMA TORÁCICO ............................................................. 86 
TRAUMA ABDOMINAL .......................................................... 91 
TRAUMA MÚSCULO – ESQUELÉTICO .................................... 96 
TRANSPORTE E MANIPULAÇÃO DE VÍTIMA DE TRAUMATISMO 
.........................................................................................104 
CONCLUSÃO ...................................................................... 114 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................... 115 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
6 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A disciplina de Atendimento Pré-hospitalar tem por objetivo 
abordar situações de urgências e emergências mais comumente 
encontradas pelo Agente de Segurança Pública nas ocorrências diárias, 
bem como as principais condutas a serem tomadas até a chegada de 
equipe especializada para atendimento e transporte do paciente ao 
hospital. 
Estudaremos o Suporte Básico de Vida visando o atendimento 
prestado a uma vítima de mal súbito, queimaduras, traumatismo e 
intoxicações visando à manutenção de seus sinais vitais e à 
preservação da vida, além de evitar o agravamento das lesões 
existentes, até que uma equipe especializada possa transportá-la ao 
hospital e oferecer um tratamento definitivo. 
 
 
 
 
Um bom aproveitamento para todos! 
 
 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
7 
 
 
CONCEITOS BÁSICOS DE ATENDIMENTO PRÉ-
HOSPITALAR 
 
 
Responsabilidades do socorrista 
É da maior importância que o socorrista 
conheça e saiba colocar em prática o 
suporte básico de vida. Saber fazer o certo 
na hora certa pode significar a diferença 
entre a vida e a morte para um acidentado. 
Além disso, os conhecimentos na área 
podem minimizar os resultados 
decorrentes de uma lesão, reduzir o sofrimento da vítima e colocá-la 
em melhores condições para receber o tratamento definitivo. 
 
Atendimento pré-hospitalar (aph) 
É o conjunto de procedimentos 
técnicos realizados no local da 
emergência e durante o transporte da 
vítima, visando mantê-la com vida e 
estável, evitando o agravamento das 
lesões existentes e fornecendo um 
transporte rápido e adequado até um serviço de referência. 
 
 
O socorrista 
É pessoa tecnicamente capacitada 
e habilitada para, com segurança, 
avaliar e identificar problemas que 
comprometam a vida. Cabe ao 
socorrista prestar o adequado 
socorro pré-hospitalar e o 
transporte do paciente sem 
agravar as lesões já existentes. 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
8 
 
 
É uma atividade regulamentada pelo Ministério da Saúde, 
segundo a portaria N° 2048, de 05 de novembro de 2002. O 
socorrista possui umtreinamento mais amplo e detalhado que uma 
pessoa prestadora de socorro. 
 
Atributos do socorrista 
Os principais atributos inerentes à função do socorrista são: 
 
a) Ter conhecimento técnico e capacidade para oferecer o 
atendimento necessário; 
 
b) Aprender a controlar suas emoções, ser paciente com as ações 
anormais ou exageradas daqueles que estão sob situação de 
estresse; 
 
c) Ter capacidade de liderança para dar segurança e conforto ao 
paciente. 
 
Responsabilidades do socorrista 
As responsabilidades do socorrista no local da emergência 
incluem o cumprimento das seguintes atividades: 
 
 Ter conhecimento acerca da necessidade de utilização dos 
equipamentos de proteção individual (EPI’s) e fazer uso dos 
mesmos; 
 
 Controlar o local do acidente, identificando e gerenciando os 
riscos, de modo a proteger a si mesmo, sua equipe, o paciente e 
prevenir outros acidentes; 
 
 Colher o maior número possível de informações junto à base, tais 
como tipo de acidente, nº e situação das vítimas, se já foi 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
9 
 
 
acionado outro órgão para o local (recursos adicionais), pontos 
de referência do local da ocorrência etc... 
 
 Obter acesso seguro ao paciente e utilizar os equipamentos 
necessários para a situação; 
 
 Identificar os problemas utilizando-se das informações obtidas 
no local, através da cinemática do trauma e pela avaliação do 
paciente; 
 
 Fazer o melhor possível para proporcionar uma assistência de 
acordo com seu treinamento, não correndo riscos 
desnecessários. Tentar fazer o que estiver ao seu alcance para 
socorrer uma vítima, desde que a cena esteja segura para si e 
sua equipe primeiramente; 
 
 Decidir quando a situação exige a mobilização ou mudança da 
posição ou local do paciente. O procedimento deve ser realizado 
com técnicas que evitem ou minimizem os riscos de lesões 
adicionais; 
 
 Solicitar, se necessário, auxílio de terceiros presentes no local da 
emergência e coordenar as atividades; 
 
 Fornecer um atendimento humanizado ao paciente, tratando 
com dignidade e respeito à vida humana. 
 
Direitos do paciente 
a) Solicitar e receber atendimento; 
b) Exigir sigilo sobre suas condições; 
c) Denunciar a quem não lhe prestou socorro e/ou não fez sigilo 
de sua condição; 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
10 
 
 
d) Recusar o atendimento conforme o caso. 
 
Termos usuais 
 Primeiros Socorros: São os cuidados imediatos prestados a 
uma pessoa cujo estado físico coloca em perigo a sua vida ou a 
sua saúde, com o fim de manter as suas funções vitais e evitar 
o agravamento de suas condições, até que receba assistência 
médica especializada. 
 
 Urgência: Condição indica gravidade, mas geralmente não 
perigosa. Estado que necessita de encaminhamento rápido ao 
hospital. O tempo gasto entre o momento em que a vítima é 
encontrada e o seu encaminhamento deve ser o mais curto 
possível. Ex.: queimaduras; estado de pânico agudo; dor 
abdominal grave. 
 
 Emergência: Condição potencialmente ameaçadora a vida ou à 
ação normal de um órgão em estado grave, que necessita 
atendimento médico imediato com a mais alta prioridade. Ex.: 
parada cardíaca; choque profundo; traumatismo craniano. 
 
 Acidente: Fato do qual resulta pessoas feridas e/ou mortas que 
necessitam de atendimento. 
 
 Incidente: Fato ou evento desastroso do qual não resulta 
pessoas mortas ou feridas, mas que pode oferecer risco futuro. 
 
 Sinal: É a informação obtida a partir da observação da vítima. 
 
 Sintoma: É informação a partir de um relato da vítima. 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
11 
 
 
 Suporte Básico da Vida: É uma medida de emergência que 
consiste no reconhecimento e correção da falência do sistema 
respiratório e/ou cardiovascular, ou seja, manter a pessoa 
respirando, com pulso e sem hemorragias. 
 
 Trauma: Aplicação de uma força que supera a capacidade de 
resistência do corpo ou parte dele, provocando lesões de 
extensão, intensidade e gravidade variáveis, que podem ser 
produzidas por agentes diversos (físicos ou químicos), sendo de 
forma acidental e ou intencional, agindo instantânea ou 
prolongadamente, provocando perturbação somática e/ou 
psíquica. 
 
A OCORRÊNCIA 
 
Evento causado pelo homem, de forma intencional ou acidental, 
por fenômenos naturais, ou patologias, que podem colocar em risco a 
integridade de pessoas ou bens e requer ação imediata de suporte 
básico de vida, a fim de proporcionar uma melhor qualidade de vida ou 
sobrevida aos pacientes, bem como evitar maiores danos à propriedade 
ou ao meio ambiente. 
 
Acionamento e comunicação protocolar de emergência 
Dados a solicitar ou confirmar durante o deslocamento para a 
cena de emergência ou para acionamento dos serviços públicos ou 
privados de socorro: 
 Local do acidente (ponto de referência); 
 Solicitante; 
 Natureza da ocorrência; 
 N.º de vítimas e idade aproximada; 
 Gravidade das vítimas; 
 Ações já empreendidas. 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
12 
 
 
 
 
 
 
Reconhecimento do local da ocorrência 
Reconhecimento da situação, realizado pelo 
socorrista no momento em que chega ao 
local da emergência. O reconhecimento é 
necessário para que o socorrista possa 
avaliar a situação inicial, decidir o que fazer 
e como fazer. 
 
Avaliação do local 
O socorrista deverá avaliar o local da ocorrência, observando 
principalmente os seguintes aspectos: 
 
 A situação; 
 Potencial de risco; 
 As medidas a serem adotadas; 
 Adoção de medidas de proteção individual (EPI). 
 
Após avaliar o local, o socorrista deverá gerenciar os riscos 
presentes na cena e acionar o serviço de emergência. 
Deve se conhecer os procedimentos para o 
planejamento das ações conforme definido 
previamente no plano de emergência da planta. Ex.: 
Em alguns pontos da planta será viável a retirada do 
trabalhador acidentado por plataforma e em outros 
por corda, por exemplo, bem como medidas 
padronizadas para riscos específicos de acordo com 
cada setor ou ponto de trabalho. 
referência nas proximidades do local de trabalho. 
com 
de hospitais dos localização à 
se ser conhecido deve – transporte, 
antecedência 
Caso a equipe de resgate seja dotada de veículo de 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
13 
 
 
Gerenciamento dos riscos 
Consiste na avaliação minuciosa por parte do socorrista em toda 
a cena de emergência, possibilitando eliminar ou minimizar as 
situações de risco existentes. 
 
Equipamentos de proteção individual (epi) 
 
 
Avaliação geral do paciente 
 
A avaliação é a pedra fundamental para o melhor atendimento 
ao doente. A primeira meta é determinar a situação atual da vítima. 
Desenvolve-se uma impressão geral, estabelecem-se valores basais 
para os estados respiratórios, circulatório e neurológico. Em seguida, 
são rapidamente encontradas e tratadas as condições que ameaçam a 
vida. Se o tempo permitir, mais frequentemente quando o transporte 
está sendo efetuado, é feita uma avaliação detalhada de lesões sem 
risco de vida ou que comprometam membros. 
Todas essas etapas são realizadas com rapidez e eficiência com 
o intuito de minimizar o tempo gasto na cena. Não se pode permitir 
que doentes graves permaneçam no local do trauma para outro cuidado 
que não o de estabilizá-los para transporte, a menos que estejam 
presos ou existam outras complicações que impeçam o transporte 
imediato. 
De acordo com o PHTLS 8ª Edição, o processo de avaliação geral 
do paciente divide-se em quatro fases distintas, a saber: 
 Exame da cena; 
 Exame primário; 
 
EPI’s são equipamentos destinados à 
proteção da integridade física do 
socorrista durante a realização de 
atividades onde possam existir riscos 
potenciais a sua vida. 
 
 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
14 
 
 
 Exame secundário; 
 Monitoramento e reavaliação.EXAME DA CENA 
 
Antes de iniciar o atendimento propriamente dito, a equipe de 
socorro deve garantir sua própria condição de segurança, a das vítimas 
e a dos demais presentes. De nenhuma forma qualquer membro da 
equipe deve se expor a um risco com chance de se transformar em 
vítima, o que levaria a deslocar ou dividir recursos de salvamento 
disponíveis para aquela ocorrência. 
 
Exame primário 
 
Podemos conceituá-lo como sendo um processo ordenado para 
identificar e corrigir, de imediato, problemas que ameacem a vida em 
curto prazo. 
No doente traumatizado multissistêmico grave, a prioridade 
máxima é a identificação e o atendimento rápido de condições que 
ameacem a vida. Mais de 90% dos doentes traumatizados possuem 
ferimentos que envolvem apenas um sistema. Para esses, há tempo 
para fazer tanto o exame primário quanto o secundário completo. 
 
 
Para doentes traumatizados graves, o socorrista não pode fazer mais 
do que o exame primário. A ênfase é na avaliação rápida, utilizando 
cinco etapas (ABCDE do trauma). 
 
O paciente multissistêmico possui lesões que afetam mais 
de um sistema do corpo, incluindo os sistemas pulmonar, 
circulatório, neurológico, gastrointestinal, 
musculoesquelético e tegumentar. 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
15 
 
 
A - (Airway) permeabilidade das vias aéreas e controle da coluna 
cervical. 
B- (Breathing) ventilação. Se a vítima respira e como se processa essa 
respiração. 
C- (Circulation) verificar pulso, hemorragia e risco de estado de 
choque. 
D- (Disability) incapacidade neurológica. 
E- (Exposure) exposição de ferimentos. 
 
Como Realizar o Exame primário 
 
1. Observe visualmente a cena (cinemática do trauma) e forme uma 
impressão geral do paciente; 
2. Apresente-se ao paciente e solicite o seu consentimento. “Eu sou 
o... (nome Agente), Policial Militar, e estou aqui para te ajudar. O que 
aconteceu contigo? ’’. Uma resposta adequada permite esclarecer que 
a vítima está consciente, que as vias aéreas estão permeáveis e que 
respira; 
3. Vias aéreas (A): Avalie a sua permeabilidade e estabilize 
manualmente a coluna cervical, utilizando a manobra do empurre 
mandibular (em caso de trauma). Para casos clínicos, será necessária 
somente a abertura de VA’s, utilizando a manobra de elevação do 
queixo; 
4. Avalie a respiração (B) do paciente (usar a técnica do ver, ouvir e 
sentir – VOS). Observe sinais de respiração difícil (rápida, profunda, 
ruidosa). Caso o paciente não respire, faça a abertura de sua cavidade 
oral e visualize a presença de algum corpo estranho ou excesso de 
secreção na cavidade. Caso exista, faça uma varredura digital ou uma 
aspiração. Posteriormente, deverão ser efetuadas duas ventilações de 
resgate e observar se houve passagem do ar (elevação do tórax e/ou 
abdome). 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
16 
 
 
Em caso negativo, iniciar manobra de desobstrução de vias 
aéreas (OVACE). Em caso positivo, checar pulso carotídeo: paciente 
com pulso iniciar reanimação pulmonar (esses procedimentos serão 
descritos logo adiante); 
Quando a vítima se encontra inconsciente, o tônus muscular é 
insuficiente, posto que a língua e a epiglote pode obstruir a chegada 
de ar até os pulmões. A fim de permitir a respiração ou o acesso fácil 
para aspiração bilateral, é introduzida uma cânula orofaríngea nesses 
pacientes. Caso tenham reflexos de vômito, não deverá ser colocada; 
 
 
FIGURA 1 – AVALIAÇÃO DAS VIAS AÉREAS. 
FONTE: PRÓPRIA (CORTESIA DO 1º TEN PM ENF JAMIL) 
 
FIGURA 2 – AVALIAÇÃO DA RESPIRAÇÃO. 
FONTE: PRÓPRIA (CORTESIA DO 1º TEN PM ENF JAMIL) 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
17 
 
 
5. Verifique a circulação (C) do paciente (avalie o pulso carotídeo em 
adultos e crianças, e braquial em lactentes): paciente sem pulso iniciar 
RCP; verifique a presença de hemorragias e perfusão. A perfusão > 
2s, associada a outros sinais tais como cianose, palidez, pele fria e 
úmida, pode indicar um comprometimento da oxigenação dos tecidos 
ou choque; 
6. Verifique nível de consciência (D) (Escala de coma de Glasgow), 
para a avaliação do grau de comprometimento neurológico e da 
evolução do quadro. Ao verificar a resposta ocular, examine as pupilas. 
Observe a sua reatividade e simetria; 
7. Exposição dos ferimentos (E). Retirar vestimentas pesadas que 
impeçam a correta avaliação da existência de ferimentos; expor 
somente as partes lesionadas para tratamento; prevenir o choque; 
preservar dentro das possibilidades, a intimidade do paciente; 
8. Decida a prioridade para o transporte, através da escala CIPE; 
9. Coloque colar cervical; 
10. Administre oxigênio. 
 
Escala CIPE 
 
Ao término do exame primário, o socorrista deverá classificar o 
paciente de acordo com a gravidade de suas lesões ou doença. Essa 
classificação é baseada na escala CIPE. 
 
 Crítico 
 Parada respiratória ou cardiorrespiratória. 
 
 Instável 
 Paciente inconsciente (Glasgow <13), com choque 
descompensado (choque com perfusão >2s), dificuldade 
respiratória severa, com lesão grave de cabeça e/ou tórax. 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
18 
 
 
 Potencialmente instável 
 
 Paciente vítima de mecanismo agressor importante, em 
choque compensado (perfusão <2s), portador de lesão 
isolada importante ou lesão de extremidade com prejuízo 
circulatório ou neurológico. 
 
 Estável 
 
 Paciente portador de lesões menores e sinais vitais 
normais. Os pacientes críticos e instáveis devem ser 
tratados no máximo em 5 minutos no local da emergência e 
transportados de imediato. Nesses casos, o exame 
secundário deverá ser realizado durante o transporte para o 
hospital, simultaneamente com as medidas de suporte básico 
de vida. Já no caso dos pacientes potencialmente instáveis 
e estáveis, o socorrista deverá continuar a avaliação no local 
da emergência no máximo em 12 minutos e transportá-lo 
após sua estabilização. 
 
 Colar Cervical e Oxigênio 
 
Após decidir sobre a prioridade de transporte, a equipe de 
socorristas deverá realizar um rápido exame físico na região posterior, 
anterior e lateral do pescoço e, em seguida, mensurar e aplicar o colar 
cervical de tamanho apropriado. Depois, os socorristas deverão avaliar 
a necessidade de ofertar oxigênio para o paciente. Para isto, deverão 
examinar o nariz, a boca e a mandíbula e através do emprego de uma 
máscara facial com reservatório de oxigênio. 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
19 
 
 
 
 
 
Exame secundário 
 
Você sabia que o exame secundário é 
avaliação da cabeça aos pés do doente? 
 
O socorrista deve completar o exame primário, identificar e tratar 
as lesões que ameaçam a vida antes de começar o exame secundário. 
Seu objetivo é identificar lesões ou problemas que não foram 
identificados durante o exame primário. 
É dividido em três etapas, que são realizadas simultaneamente 
por três socorristas. 
Caso não haja essa quantidade, pode haver acúmulo de função, 
sendo imprescindível sempre, um treinamento permanente da equipe 
para a harmonia dos trabalhos. 
 
Entrevista: Etapa da avaliação onde o socorrista 1 conversa com 
o paciente buscando obter informações dele próprio, de familiares ou 
de testemunhas, sobre o tipo de lesão ou enfermidade existente e 
outros dados relevantes. 
Sinais Vitais: Etapa da avaliação onde o socorrista 2 realiza a 
aferição da respiração, pulso, pressão arterial e temperatura 
relativa da pele do paciente. 
Exame físico detalhado: Realizado pelo chefe da equipe em todo o 
segmento corporal. 
Para tratar os pacientes de emergência 
clínica, os socorristas poderão utilizar os 
mesmos parâmetros recomendados nos 
casos de trauma, no entanto, não 
necessitam imobilizar a região cervical. 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
20 
 
 
 Fique atento durante todo o processo de avaliação, pois 
algumas vezes a natureza da emergência pode não estarclaramente definida. 
 
Guia Para Realizar Uma Entrevista 
 
Se o paciente estiver consciente e em condições de respondê- 
lo, questione-o utilizando as seguintes perguntas (mnemônica 
AMPLA): 
 
 Alergias: principalmente a remédios. 
 Medicações: drogas prescritas ou não que o paciente toma 
regularmente. 
 Passado médico e antecedente cirúrgico: problemas 
médicos importantes para os quais o paciente recebe 
tratamento. Inclui cirurgias prévias. 
 Líquido e alimentos: muitos traumatizados necessitarão de 
cirurgia, e alimentação recente pode aumentar o risco de vômito 
e aspiração durante a indução da anestesia. 
 Ambiente: Eventos que levaram ao trauma (o que aconteceu?). 
 Pergunte ao paciente sobre sua queixa principal, o (s) local (s) 
que doem mais. 
 
Guia para aferir os sinais vitais 
Sinal 
É tudo aquilo que o socorrista pode observar ou sentir no paciente 
enquanto o examina. 
Exemplos: pulso, palidez, sudorese etc. 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
21 
 
 
Sintoma 
 
É tudo aquilo que o socorrista não consegue identificar sozinho. O 
paciente necessita contar sobre si mesmo. 
Exemplos: dor abdominal, tontura etc. 
 
Aferição de Sinais Vitais 
 
 Pulso - É o reflexo do batimento cardíaco palpável nos locais 
onde as artérias calibrosas 
 Estão posicionadas próximas da pele e sobre um plano duro. 
 
Valores normais 
 
 Adulto: 60-100 batimentos por minuto (bpm); 
 Criança: 80-140 bpm; 
 Lactentes: 85-190 bpm. 
 
 Respiração 
Processo fisiológico de troca de gases entre as artérias e 
o alvéolo. 
 
Valores normais 
 
 Adulto: 12-20 ventilações por minuto (vpm); 
 Criança: 20-40 vpm; 
 Lactentes: 40-60 vpm. 
 
 Temperatura 
É a diferença entre o calor produzido e o calor perdido 
pelo corpo humano. 
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22 
 
 
Valores normais 
 
 36,5 a 37,0 ºC – independente da faixa etária. 
 
Temperatura Relativa da Pele 
 
Em atendimento pré-hospitalar, o socorrista verifica a 
temperatura relativa da pele colocando o dorso da sua mão sobre a 
pele do paciente (na testa, no tórax ou no abdômen). O socorrista 
estima a temperatura relativa da pele pelo tato. 
Convém recordar que a pele é a grande responsável pela 
regulação da temperatura e poderá apresentar-se normal, quente ou 
fria, úmida ou seca. 
Durante o monitoramento, o socorrista deverá utilizar o 
termômetro clínico, para real certificação da temperatura corporal. 
 
 
Com relação à coloração, a pele poderá estar? 
 
 Pálida, 
 Ruborizada ou 
 Cianótica. 
 
 
 
 Pressão arterial (PA) - É definida como a pressão exercida 
pelo sangue circulante contra as paredes internas das 
artérias. A PA é verificada em dois níveis, a PA sistólica e a 
diastólica. 
 
Nas pessoas negras, a cianose poderá ser notada nos 
lábios, ao redor das fossas nasais e nas unhas. 
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23 
 
 
A sistólica é a pressão máxima à qual a artéria está sujeita 
durante a contração do coração (sístole). A diastólica é a pressão 
remanescente no interior do sistema arterial quando o coração fica 
relaxado (diástole). A pressão arterial é diretamente influenciada pela 
força do batimento cardíaco, quanto mais força, mais elevada a PA e o 
volume de sangue circulante. 
 
Valores normais 
Adulto: 
 Sistólica - máxima 150 mmHg e mínima 100 mmHg. 
 Diastólica - máxima 90 mmHg e mínima 60 mmHg. 
 
 
Criança 
 
 Dentro desses valores, consideramos a PA normal; se exceder à 
máxima, denominamos alta (hipertensão) e, ao contrário, se 
não atinge o nível mínimo, denominamos baixa (hipotensão). 
 
 Em geral não se afere PA em crianças com menos de 3 anos de 
idade. Nos casos de hemorragias ou choque, a PA mantém-se 
constante dentro de valores normais para no final desenvolver 
uma queda abrupta. 
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Guia para realizar o exame físico detalhado 
 
O exame físico detalhado da cabeça aos pés deve ser realizado 
pelo socorrista em cerca de 2 a 3 minutos. O exame completo não 
precisa ser realizado em todos os pacientes. Ele pode ser realizado de 
forma limitada em pacientes que sofreram pequenos acidentes ou que 
possuem emergências médicas evidentes. 
 
Ao realizar o exame padronizado da cabeça aos pés, o 
socorrista deverá: 
 
 Verificar a cabeça (couro cabeludo) e a testa; 
 Verificar a face do paciente. Inspecionar os olhos, pálpebras 
e os ouvidos; 
 Inspecionar o ombro bilateralmente proximal / distal; 
 Inspecionar as regiões anterior e lateral do tórax; 
 Inspecionar o abdômen em quatro quadrantes 
separadamente; 
 Inspecionar as regiões anterior e lateral da pelve e a região 
genital; 
 Inspecionar as extremidades inferiores (uma de cada vez). 
 Pesquisar a presença de pulso distal, a capacidade de 
movimentação (motricidade), a perfusão e a sensibilidade 
(PPMS); 
 Inspecionar as extremidades superiores (uma de cada vez). 
Pesquisar PPMS; 
 Realizar o rolamento em monobloco e 
inspecionar a região dorsal. 
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25 
 
 
 
 
 
FIGURA 3 – EXAME FÍSICO DETALHADO. 
FONTE: PRÓPRIA (CORTESIA DO 1º TEN PM ENF JAMIL) 
 
 
 
 
Monitoramento e reavaliação 
 
Você sabia que o monitoramento é 
realizado durante o transporte do 
paciente, devendo o socorrista reavaliar 
constantemente os sinais vitais e o 
aspecto geral do paciente? 
 
A reavaliação deverá ser realizada conforme a escala CIPE: 
 
 CRÍTICO e INSTÁVEL: Reavaliar a cada 5 minutos. 
 POTENCIALMENTE INSTÁVEL e ESTÁVEL: Reavaliar a cada 15 
minutos. 
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Escala de coma de glasgow (ECG) 
 
 
 
 
 
Fluxograma da avaliação geral do paciente 
 
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27 
 
 
SUPORTE BÁSICO DE VIDA 
 
 
 
 
Você já ouviu falar em suporte básico de vida 
(SBV)? Sabe o que é? Vamos aprender? 
 
 
O suporte básico de vida (SBV) é uma sequência de medidas, 
aplicadas inicialmente no atendimento a vítimas em parada 
cardiorrespiratória, consiste em reconhecer a PCR, solicitar ajuda iniciar 
suporte ventilatório e circulação mecânica. 
Considerando que a fibrilação ventricular (FV) e taquicardia 
ventricular (TV) sem pulso são os ritmos mais frequentemente 
observados em adultos durante uma PCR, e que a desfibrilação elétrica 
precoce é a única terapia eficaz na conversão desse ritmo caótico, 
adicionou-se a desfibrilação à sequência da RCP. 
O termo Reanimação Cardiorrespiratória e Cerebral – RCRC vem 
sendo inserido na prática profissional em substituição ao termo RCP - 
Reanimação Cardiopulmonar. 
Busca-se com essa mudança, o entendimento de que as medidas 
iniciais devem objetivar não só o retorno da circulação espontânea, 
mas sim a prevenção ou minimização de lesão cerebral. Entretanto, 
abordaremos nessa apostila o termo RCP, para evitarmos quaisquer 
dúvidas. 
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28 
 
 
Definições 
 
Parada respiratória 
 
 
 
 
Supressão súbita dos movimentos respiratórios, que poderá ou 
não, ser acompanhada de parada cardíaca. 
 
São causas de parada respiratória por ordem de incidência: 
 
 Doenças do pulmão; 
 Trauma; 
 Obstrução de Vias Aéreas; 
 Acidente Cardiovascular (AVC); 
 Overdose por drogas; 
 Afogamento; 
 Inalação de fumaça; 
 Epiglotite e laringite; 
 Choque elétrico. 
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29 
 
 
Parada cardíaca 
 
Segundo Guimarães ET AL 
(2005, p.1) parada cardíaca é “a 
cessação da atividade ventricular 
cardíaca e circulação sistêmica em 
indivíduo com expectativa de 
restauração das funções 
Cardio pulmonar e cerebral, não portador de moléstia crônica 
intratável ou em fase terminal”. 
A relação 30:2 proposta pela AHA é mundialmente aceita 
visto que até o momento é a que melhor apresenta confirmações 
científicas de eficácia. A antiga relação 15:2 caiu emdesuso, pois exigia 
que o socorrista interrompesse as compressões torácicas para realizar 
ventilações desnecessárias visto que o suprimento sanguíneo que 
chega ao coração está diminuído durante uma PCR, portanto não há 
necessidade de grandes quantidades de oxigênio (AHA, 2010). 
 
É o cessar da atividade mecânica do coração. É um diagnóstico clínico 
confirmado pela falta de resposta a estímulos, ausência de pulso 
detectável e apneia (ou respirações agônicas). 
 
Morte clínica e biológica 
 
A reanimação cardiopulmonar (RCP) é também uma aspiração 
médica, porque a morte clínica não é seguida instantaneamente da 
morte biológica. Ou seja, no momento em que um paciente apresenta 
sinais de morte clínica (inconsciência sem resposta a qualquer estímulo 
e ausência de movimentos respiratórios e de pulso), há ainda viabilidade 
biológica dos órgãos internos. 
Outra definição 
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30 
 
 
Dessa forma, se for possível manter a oferta de oxigênio aos 
tecidos e recuperar a respiração e a circulação espontâneas, antes da 
morte biológica dos tecidos, a reanimação é conseguida com sucesso. Para 
alguns pacientes com parada cardiorrespiratória e com funções 
neurológica e cardiorrespiratória previamente preservada, a utilização 
rápida das técnicas de RCP, seguidas de cuidados médicos definitivos, 
pode ser salvadora. O tempo disponível de viabilidade dos tecidos antes 
da morte biológica é curto e o principal determinante do sucesso da RCP. 
 
Delineação da idade 
 
Com o objetivo de aplicar as técnicas conforme a idade da vítima é 
necessária definir tal situação: 
 
 Adultos: vítimas que apresentem caracteres sexuais 
secundários (pré-adolescentes); 
 
 
 Crianças: a partir de 1 (um) ano de idade até a 
presença de caracteres sexuais secundários; 
 
 
 
 
 Bebês ou lactentes: até 1 (um) ano de idade; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Neonatos ou recém-nascidos: das primeiras horas do 
parto até 28 dias. 
 
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31 
 
 
 Diagnóstico 
 
É essencial para um melhor prognóstico, o reconhecimento de 
sinais que indiquem que o paciente está evoluindo para uma parada 
cardiorrespiratória. São eles: 
 
 Alteração da respiração (taqui ou bradipnéia); 
 Alteração do nível de consciência (torpor); 
 Alteração do ritmo cardíaco (taquiarritmias, bradicardia). 
 
Na vigência da evolução desses sinais, teremos uma PCR, 
diagnosticada através de: inconsciência, ausência de movimentos 
respiratórios e ausência de pulso central (carotídeo e femoral). No 
lactente, dá-se preferência ao pulso braquial, palpado contra o úmero 
medialmente ao bíceps. Outros sinais podem ser identificados, como a 
midríase e a cianose. A dilatação pupilar (midríase) surge cerca de 45 
segundos após a PC, completando-se em menos de 3 minutos. 
 
ABCD primário 
 
A reanimação cardiopulmonar requer uma sequência de 
procedimentos parecidos com o ABCD da avaliação inicial com a 
diferença que o “D” da RCP se refere à desfibrilação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A - Vias aéreas: manter as vias aéreas para a passagem do ar 
B - Respiração: ventilar os pulmões da vítima com pressão positiva 
C- Circulação: fazer compressões torácicas 
D - Desfibrilação: aplicação de choque para FV/TV sem pulso 
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32 
 
 
 
 
Estabelecida que a vítima apresenta os sinais característicos de 
parada cardiopulmonar você deve iniciar os procedimentos de RCP. 
Para tanto o primeiro passo é garantir que a vítima esteja em decúbito 
dorsal (costas no chão). 
 
Vias aéreas (A) 
 
1º passo: Na ausência de suspeita de trauma (vítimas clínicas), realize 
a manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo. Ao 
suspeitar de eventos traumáticos realizarem manobra de empurre 
mandibular. 
 
 
 
 
FIGURA 4 – ABERTURA DAS VIAS AÉREAS. 
FONTE: PRÓPRIA (CORTESIA DO 1º TEN PM ENF JAMIL) 
 
 
 
 
2º passo: inspecione a cavidade oral e certifique-se que não há 
nenhuma obstrução por prótese, vômito, sangue e outros. Retirar 
conforme técnicas já descritas. 
 
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33 
 
 
 
Respiração (B) 
 
Fazer o V O S (ver, ouvir e sentir). Se não há nenhuma 
movimentação do tórax e nenhum ar exalado, a vítima está em apneia. 
O ideal é que essa avaliação dure de 3 a 5 segundos. Se constatar que 
não há respiração, a respiração é inadequada (agônica) ou ainda, você 
não tem certeza sobre a situação, inicie as ventilações artificiais. 
 
 Realize 2 (duas) ventilações de resgate- boca-boca, boca- 
máscara, boca-nariz, bolsa-válvula-máscara e observe se houve 
passagem de ar. As ventilações devem ter a duração de 1 
segundo e um intervalo de aprox. 4 segundos entre elas, 
permitindo assim a expiração. Entretanto, o importante é 
observar se o volume de cada ventilação está sendo suficiente 
para produzir uma elevação torácica visível. Devem-se evitar 
ventilações longas ou forçadas, pois pode exceder a pressão de 
abertura do esôfago, provocando distensão gástrica, 
regurgitação e aspiração. Cuidado maior quando se trata de 
crianças e lactentes, onde o volume de ar insuflado deverá ser 
menor. Se possível, a cânula orofaríngea deverá ser usada nesse 
momento; 
 
 Se houve passagem de ar e a vítima não respira, mas possui 
pulso, realizar a reanimação pulmonar, que consiste em ciclos 
de 10 a 12 ventilações por minuto para um adulto (1 ventilação 
a cada 5 segundos) e 12 a 20 ventilações por minuto para 
lactentes ou crianças (aprox. 1 ventilação a cada 3 segundos). 
Após cada ciclo, observar se a vítima ainda apresenta pulso 
central. Continuar com as ventilações até que a vítima 
restabeleça a respiração ou entre em parada cardiorrespiratória. 
 
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34 
 
 
 
FIGURA 5 – CÂNULAS OROFARINGEAS. 
 
 
Circulação (C) 
 
Checar pulso em artérias centrais, como carótida e femoral; em 
lactentes, utiliza-se a palpação da artéria braquial. Se ausente, iniciar 
a compressão torácica externa na metade inferior do osso esterno. 
 
Sequência 
 
 ADULTO: o esterno é comprimido 4- 5 cm, utilizando-se a região 
hipotenar de 2 mãos. As compressões são feitas na frequência 
de 100/min, com 5 ciclos de 30:2 (compressão/ventilação) ou 
aproximadamente 2 minutos. 
 CRIANÇAS: utilizar a região hipotenar de 1 ou 2 mãos na 
compressão esternal, aqui restrita a 2,5- 3,5 cm. A relação 
compressão/ventilação será de 30:2 (5 ciclos ou 2 min.) com um 
socorrista e 15:2 (10 ciclos ou 2 min.) com dois socorristas. 
 LACTENTES: profundidade: 2,5-3,5 cm. Com 1 socorrista: 
utilizar 2 dedos para comprimir o esterno; com 2 socorristas: 
utilizar a técnica dos dois polegares, com as mãos circundando o 
corpo. Da mesma forma em crianças, a frequência das 
compressões em lactentes será de 100/min., guardando a 
relação 30:2 (5 ciclos ou 2 min.) com um socorrista e 15:2 (10 
ciclos ou 2 min.) com dois socorristas. 
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35 
 
 
 
 
 
 
 
Em nenhuma hipótese as mãos devem ser retiradas da posição 
entre as massagens. Entretanto, é importante que seja permitido 
ao tórax retornar ao seu ponto de partida antes da compressão, 
não devendo ser mantido sob pressão; 
Certifique-se de que a vítima esteja em decúbito dorsal sobre 
uma superfície rígida; 
Após 2 (dois) minutos ou 5 (cinco) ciclos de RCP reavalie a 
vítima; não demore mais do que 5 segundos nessa avaliação e 
continue a RCP, a menos que um DEA esteja disponível; 
O tempo de compressão e descompressão deve ser igual; não 
permitir que o tórax retorne de forma abrupta; 
A ótima compressão do esterno normalmente é identificada 
quando existe a palpação de pulso carotídeo ou femoral; 
Na impossibilidade da ventilação (ausência de materiais de 
proteção ou traumas que possibilitem apenas a obtenção de via 
aérea avançada), realizar somente as compressões cardíacasexternas. 
 
Adultos e crianças 
 
Ponto de referência para a compressão: centro do peito, entre os 
mamilos; 
Ajoelhe-se ao lado da vítima na altura dos ombros. Se possível, 
posicione-se do lado direito, deixando livre o esquerdo para a 
aplicação do DEA; 
 
Considerações acerca 
da RCP 
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36 
 
 
A cada 2 min. troque se possível, o socorrista que comprime o 
tórax, para evitar a exaustão e consequente aplicação incorreta 
das compressões; 
Os dedos devem estar estendidos ou 
entrelaçados; eles não tocam o tórax 
durante as compressões. Os braços também 
deverão permanecer eretos e 
perpendiculares ao tórax da vitima durante 
todo o tempo. Para isso, o socorrista deverá 
inclinar-se. 
 
 
 
FIGURA 6 – RESSUCITAÇÃO CARDIO PULMONAR(OBSERVE NA FIGURA ACIMA O 
POSICIONAMENTO DAS MÃOS DO SOCORRISTA)FONTE: PRÓPRIA (CORTESIA DO 1º TEN PM ENF JAMIL) 
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37 
 
 
 
 
 
FIGURA 7 – AULA DE RESSUCITAÇÃO CARDIO PULMONAR MINISTRADA PELO 1º TEN 
PM ENF JAMIL, EM 2019 NO 25º BPM. 
 
 
Lactentes 
 
Ponto de referência para compressão: imediatamente abaixo 
da linha dos mamilos; 
Em lactentes, o socorrista poderá realizar a RCP sentado com 
o bebê em seu braço, apoiado em uma das pernas; 
 
 
 
FIGURA 8 – RCP EM LACTENTES. 
FONTE: PRÓPRIA (CORTESIA DO 1º TEN PM ENF JAMIL) 
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38 
 
 
Desfibrilação (D) 
 
Se após 5 ciclos de RCP o paciente não tiver pulso e se houver 
um desfibrilador disponível, deverá ser lançado mão imediatamente 
para normalizar os batimentos cardíacos que entram em movimentos 
descompassados como a fibrilação ventricular (FV) e a taquicardia 
ventricular sem pulso. 
 
Desfibrilação Externa Automática 
 
O principal fator determinante da sobrevivência de uma parada 
cardíaca é o intervalo desde a perda da consciência até a desfibrilação. 
A desfibrilação rápida é fundamental para as vítimas de parada 
cardíaca súbita pelos seguintes motivos: 
O ritmo inicial mais frequente nas paradas cardíacas súbitas 
testemunhadas é a Fibrilação Ventricular. 
O tratamento mais eficaz para a FV é a desfibrilação elétrica. 
 
A probabilidade de uma desfibrilação bem-sucedida diminui 
rapidamente com o tempo. 
 
A FV tende a transformar-se em assistolia em poucos minutos. 
 
Muitos pacientes adultos em parada por FV podem sobreviver 
sem sequelas neurológicas, mesmo se a desfibrilação é realizada de 6 
a 10 minutos após a parada cardíaca súbita. Quanto mais cedo à 
desfibrilação, mais alta a taxa de sobrevivência. O socorrista tem 
apenas alguns minutos depois da perda da consciência para 
restabelecer um ritmo de perfusão. A RCP pode manter um paciente 
por um período breve, mas não pode restabelecer diretamente um 
ritmo organizado. Restabelecer um ritmo de perfusão requer RCP 
imediata seguida de desfibrilação nos primeiros minutos da parada 
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39 
 
 
inicial e para isso o socorrista deverá dispor de um desfibrilador externo 
automático (DEA). 
 
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO DEA 
 
 
 
Os DEA são desfibriladores externos automáticos. 
Na verdade, a palavra automática significa 
semiautomático, já que a maioria dos DEA 
disponíveis no mercado “avisa” ao operador que o 
choque está indicado, mas não o administram sem uma ação do 
socorrista (isto é, o socorrista deve pressionar o botão de CHOQUE 
[SHOCK]). 
O DEA é conectado ao paciente por meio de pás autoadesivas. O 
aparelho está equipado com um sistema de análise do ritmo baseado 
em microprocessadores. 
Quando é detectada TV ou FV, o sistema “indica” um choque 
por intermédio de mensagens visuais ou sonoras. 
 
Operação Do DEA 
 
Os DEA’s devem ser utilizados somente quando os pacientes 
apresentarem os seguintes 3 sinais clínicos: 
 
1) Ausência de resposta verbal (inconsciente); 
2) Ausência de respiração efetiva depois da liberação das vias 
aéreas; 
3) Ausência de reposta às 2 ventilações de resgate iniciais. 
 
Momento adequado para emprego do DEA 
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40 
 
 
1) Quando a parada cardíaca for TESTEMUNHADA priorize a 
utilização do DEA logo que constatar a parada cardíaca; 
2) Quando a parada cardíaca NÃO FOI TESTEMUNHADA ou ocorreu 
há mais de 4 minutos, execute 5 ciclos (ou 10 ciclos, se lactente 
ou criança, com 2 socorristas) de RCP (2 minutos) para depois 
utilizar o DEA. Nestes casos, será necessário criar condições 
propícias para que o coração receba o choque em uma fibrilação 
ventricular fortalecida pela RCP. 
 
Situações especiais 
 
Antes de aplicar o DEA, o operador deve determinar primeiro, 
se há situações especiais que exijam outras ações antes de usar o 
aparelho ou que contraindiquem absolutamente sua utilização. 
As 4 situações que podem requerer que o operador adote outras 
ações antes de usar um DEA ou durante sua operação são as seguintes: 
 
 A vítima tem menos de 8 anos (ou pesa menos de 25 quilos, 
aproximadamente). Existem desfibriladores com pás apropriadas 
para serem empregadas em crianças. As Diretrizes 2005 da 
American Heart Association aprova o uso do DEA 
programado para vítimas, adultos e crianças, na impossibilidade 
do equipamento apropriado. Diante de uma situação de parada 
cardíaca por fibrilação ventricular a única chance de recuperação 
da vítima é a desfibrilação precoce (choque). Não se 
recomenda a utilização de pás de desfibrilação pediátrica 
em vítimas adultas devido à ineficácia do choque. Priorize 
a RCP e o transporte imediato ao hospital. 
 
A vítima está na água ou próxima dela. A água é boa condutora 
de eletricidade. Um choque elétrico aplicado a uma vítima 
poderia ser conduzido até o socorrista. É mais comum que a 
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41 
 
 
água sobre a superfície da pele da vítima torne-se uma via direta 
de passagem de energia de um eletrodo a outro interferindo na 
transmissão do choque ao músculo cardíaco. A vítima deve ser 
removida, rapidamente, do local em que se encontra. Seque a 
parte anterior e posterior do tórax antes da aplicação das pás 
adesivas. 
 
A vítima tem um marca-passo implantado. Esses aparelhos 
podem ser identificados imediatamente porque cria uma 
protuberância dura sob a pele, coberta por uma cicatriz, na parte 
anterior do tórax. Quando houver coincidência de eletrodos 
adesivos do DEA com o marca-passo implantado no tórax 
poderão ocorrer danos ao aparelho e queimaduras nos pontos 
de inserção metálica no miocárdio durante a aplicação do 
choque. Nesse caso, aplique a pá autoadesiva do DEA à, no 
mínimo, 2,5 cm do marca-passo cardíaco. Depois siga os passos 
normais de operação de um DEA. 
 
Há um adesivo de medicação transcutânea ou outro objeto sobre 
a pele da vítima, onde se colocam as pás autoadesivas do DEA. 
 
Passos universais para operar um DEA 
 
1. LIGUE o DEA, em primeiro lugar (isso ativa as mensagens 
sonoras para guiá-lo em todos os passos subsequentes); 
2. Abra o estojo ou a tampa do DEA; 
3. Ligue o aparelho (alguns começarão a funcionar 
automaticamente, quando se abre a tampa ou o estojo); 
4. FIXE as pás autoadesivas no tórax da vítima. (Interrompa as 
compressões torácicas imediatamente antes de fazê-lo); 
5. Conecte a “caixa” do DEA com os cabos. (Em alguns modelos, os 
cabos estão pré-conectados); 
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42 
 
 
6. Conecte os cabos do DEA com as pás autoadesivas. (Em alguns 
modelos, as pás estão pré-conectadas); 
7. Retire a proteção que está detrás das pás. Interrompa a RCP; 
8. Aplique as pás autoadesivas no tórax despido da vítima; 
9. “Afaste-se” do paciente e ANALISE o ritmo; 
10. Pressione o botão ANALISAR [ANALYZE] para iniciar a análise do 
ritmo (alguns DEA não precisam desse passo); 
11. “Afaste-se” sempre do paciente durante a análise. Assegure-se 
de que ninguém estejaem contato com ela, nem mesmo a pessoa 
encarregada da respiração de resgate; 
12. “Afaste-se” do paciente e PRESSIONE o botão CHOQUE [SHOCK], 
se a descarga estiver indicada; 
13. Afaste-se do paciente antes de aplicar o choque; assegure-se que 
ninguém esteja em contato com ela; 
14. Pressione o botão CHOQUE [SHOCK] para aplicar a descarga 
somente quando o DEA avisar que isto está indicado e ninguém 
estiver em contato com o paciente. 
 
Resultados e ações após a desfibrilação 
 
Mensagem “choque indicado / choque não indicado” e ações 
relacionadas: 
 
 Se o DEA mostrar uma mensagem de “choque indicado”, afaste- 
se do paciente e, depois, pressione o botão CHOQUE [SHOCK]. 
 Se o DEA avisa “choque não indicado”, verifique os sinais de 
circulação. 
 Se não há sinais de circulação, reinicie a RCP por 2 minutos, 
aproximadamente. Depois, verifique novamente os sinais de 
circulação. 
 Se não detectar sinais de circulação, analise o ritmo do paciente 
mais uma vez. 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
 
43 
 
 
 Depois de 3 mensagens de “choque não indicado”, faça mais um 
ciclo de RCP. 
 Repita período de análise a cada 1 ou 2 minutos, enquanto 
continua realizando RCP. 
 
O DEA numa ambulância em movimento 
 
Os DEA podem permanecer conectados enquanto o paciente é 
transportado em um veículo em movimento. No entanto, nunca 
pressione o botão ANALISE [ANALYZE] numa ambulância durante o 
transporte; o movimento do veículo pode interferir na avaliação do 
ritmo e provocar um artefato que simule uma FV. Alguns aparelhos 
analisam continuamente o paciente. Se uma pessoa necessita de uma 
análise do ritmo durante o transporte, e o DEA indica ao socorrista que 
verifique o paciente ou recomenda um choque, pare o veículo 
completamente e faça uma nova análise. 
 
Sequência de ações com o DEA 
 
1. Verifique a ausência de resposta (consciente / inconsciente); 
2. Abra as vias aéreas (clínico / trauma); 
3. Verifique se há respiração eficaz (VOS); 
4. Verifique se há circulação: se não houver circulação realize 
compressões torácicas e prepare-se para aplicar o DEA; 
Tente a desfibrilação com o DEA. 
 
 
 
FIGURA 9 – UTILIZAÇÃO DO DEA. 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
 
44 
 
 
Obstrução das vias aéreas por corpo estranho–OVACE 
 
 
Durante a avaliação do paciente, ao iniciar a manobra de 
ventilação, o socorrista pode se deparar com uma resistência ao tentar 
insuflar. Isso significa que, por qualquer problema, o ar insuflado não 
está conseguindo chegar aos pulmões da vítima. Caso isso aconteça, 
não adianta prosseguir na análise primária, sem antes corrigir e 
eliminar a obstrução. 
 
Causas da OVACE 
 
Há muitos fatores que podem causar obstrução das vias aéreas, 
total ou parcial. Em nível de suporte básico da vida pode-se atuar e 
corrigir as mais comuns, que são: 
 
 Obstrução causada pela língua; 
 Obstrução causada por corpos estranhos. 
 
Sinais da OVACE 
 
O reconhecimento precoce da obstrução de vias aéreas é 
indispensável para o sucesso no atendimento. O socorrista deve estar 
atento, pois as obstruções de vias aéreas e consequente parada 
respiratória evoluem rapidamente para parada cardiopulmonar. A 
obstrução das vias aéreas pode ser parcial (leve) ou total (grave). 
 
Uma vítima está tendo obstrução parcial das vias aéreas 
quando: 
 
 Sua respiração é muito dificultosa, com ruídos incomuns; 
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45 
 
 
 Embora respire, a cor da pele está azulada (cianótica), 
principalmente ao redor dos lábios, leito das unhas, lóbulo da 
orelha e língua; 
 Quando a vítima está tossindo. 
 
Quando a vítima apresentar estes sinais, estará consciente e, 
caso a troca gasosa ainda esteja satisfatória, o socorrista apenas irá 
encorajá-la a tossir, aguardando que o corpo estranho seja expelido. 
A obstrução total das vias aéreas é reconhecida quando, por 
exemplo, a vítima está se alimentando ou acabou de comer e, 
repentinamente, fica incapaz de falar ou tossir. Pode demonstrar sinais 
de asfixia, agarrando o pescoço, apresentando cianose e esforço 
respiratório exagerado. O movimento de ar pode estar ausente ou não 
ser detectável. A pronta ação é urgente, preferencialmente enquanto 
a vítima ainda está consciente. 
Em pouco tempo o oxigênio disponível nos pulmões será 
utilizado e, como a obstrução de vias aéreas impede a renovação de 
ar, ocorrerá à perda de consciência e rapidamente, a morte. 
 
 
TÉCNICAS DE DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS 
 
Remoção manual 
 
Durante a avaliação das vias aéreas, o socorrista pode 
visualizar corpos estranhos, passíveis de remoção digital. Somente 
deve-se remover o material que cause obstrução se o mesmo for 
visível. 
A técnica de remoção manual consiste em abrir a boca da vítima 
utilizando a manobra de tração da mandíbula (em caso de trauma) ou 
a de elevação do mento e introduzir o dedo indicador “em gancho”, do 
canto para o centro, deslocando e retirando o corpo estranho. Estando 
o corpo estranho mais aprofundado, existe a alternativa de utilizar o 
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46 
 
 
dedo indicador e médio “em pinça”. Em recém-nato e lactente, utilizar 
o dedo mínimo ou o pinçamento, em virtude das dimensões reduzidas 
das vias aéreas. Somente tentar a remoção se o corpo estranho estiver 
visível. 
Caso o motivo da obstrução de uma vítima inconsciente seja a 
queda da língua, a introdução a cânula orofaríngea será suficiente para 
restabelecer a passagem do ar. 
 
Aspiração 
 
Tem como finalidade a remoção de sangue, vômito e de outros 
materiais das vias aéreas. O vácuo necessário pode ser produzido com 
gás comprimido (O2 ou ar), motor elétrico ou manualmente. Os 
dispositivos utilizados para aplicar a sucção podem ser rígidos ou 
flexíveis. 
 
Técnica 
 
 Se possível, o paciente deve estar monitorado com o oxímetro 
de pulso; 
 Pré-oxigenar com máscara e bolsa com oxigênio; 
 Efetuar a limpeza manual da orofaringe; 
 Introduzir o dispositivo de sucção sem aspirar; 
 Aspirar na retirada, o procedimento não deve durar mais de 10 
segundos; 
 Retirar com movimentos rotatórios; 
 Não é necessário aspirar às narinas de adultos, pois a 
obstrução de vias aéreas é na boca e orofaringe; 
 Antes de repetir o procedimento, o paciente deve ser 
novamente oxigenado. 
47 
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Complicações 
 
A complicação mais comum é a hipoxemia pela interrupção da 
ventilação, que pode causar arritmias cardíacas ou mesmo parada 
cardiorrespiratória. 
 
Manobras de desobstrução de vias aéreas em adultos 
Vítima consciente 
Para constatar a obstrução o socorrista deverá perguntar a 
vítima: “Você está engasgado? ”Se a vítima confirmar através de 
movimento afirmativo (balançando a cabeça, por exemplo), o 
socorrista deverá avisar-lhe que irá ajudar e iniciar rapidamente a 
manobra de Heimlich, que consiste: 
 
FIGURA 10 – VÍTIMA DE OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS (OVACE). 
FONTE: PRÓPRIA (CORTESIA DO 1º TEN PM ENF JAMIL) 
 
 
 
a) Vítima em pé ou sentada 
 Posicionar-se atrás da vítima, abraçando-a em 
torno do abdome; 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 11 – MANOBRA DE HEIMLICH. 
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Se a vítima da obstrução for à própria pessoa e essa se 
encontrar sozinha, deverá forçar a tosse de maneira 
insistente, ou utilizar-se do espaldar de uma cadeira 
para que seja possível comprimir o abdome. 
FONTE: PRÓPRIA (CORTESIA DO 1º TEN PM ENF JAMIL) 
 
 Colocar a raiz do polegar de uma das mãos entre a cicatriz 
umbilical e o apêndice xifoide; 
 Envolver a mão que se encontra sobre o abdome da vítima com 
a outra mão; 
 Estando a vítima em pé, ampliar sua base de sustentação, 
afastando as pernas e colocando uma delas entre as pernas da 
vítima; 
 Pressionar o abdome da vítima puxando-o para si e para cima, 
por 5 vezes, forçando a saídado corpo estranho; 
 Observar se a vítima expele o corpo estranho e volta a respirar 
normalmente; 
 Continuar as compressões até que a vítima expila o objeto ou 
perca a consciência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FIGURA 12 – UTILIZAÇÃO DO ESPALDAR DE UMA CADEIRA. 
 
Caso a compressão abdominal seja inviável, por tratar-
se de paciente obeso ou gestante, realizar as 
compressões na porção média inferior do osso 
esterno. 
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b) Vítima deitada 
 
 Posicionar a vítima em decúbito dorsal; 
 Ajoelhar-se ao lado da vítima ou a cavaleiro sobre ela no nível 
de suas coxas, com seus joelhos tocando-lhe lateralmente o 
corpo; 
 Posicionar a palma da mão sobre o abdome da vítima, entre o 
apêndice xifoide e a cicatriz umbilical, mantendo as mãos 
sobrepostas; 
 Aplicar cinco compressões abdominais no sentido do tórax; 
 Abrir a cavidade oral e observar se o corpo estranho está visível 
e removê-lo; 
 Repetir o processo de compressão e observação da cavidade oral 
até que o objeto seja visualizado e retirado ou até a vítima 
perder a consciência. 
 
Vítima inconsciente 
 
Para vítimas sem responsividade, deve ser aplicada a RCP, pois as 
compressões torácicas forçam a expelição do corpo estranho e mantém 
a circulação sanguínea, aproveitando o oxigênio ainda presente no ar 
dos pulmões. Vale ressaltar que durante a abertura das vias aéreas para 
a aplicação das ventilações de resgate, o socorrista deverá inspecionar 
a boca e remover quaisquer objetos visíveis (Protocolo 2005 AHA). 
 
 
FIGURA 13 – APÓS A VÍTIMA TER FICADO INCONSCIENTE DURANTE A MANOBRA DE HEIMLICH, 
RAPIDAMENTE O SOCORRISTA A DEPOSITA SOBRE O SOLO PARA, CASO NÃO TENHA OCORRIDO A 
DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS, DAR INÍCIO AS COMPRESSÕES TORÁCICAS. 
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MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS EM 
CRIANÇAS E LACTENTES 
 
Para crianças maiores de um ano, aplicar a manobra de Heimlich, de 
forma semelhante à do adulto, levando-se em consideração a 
intensidade das compressões que será menor; nos lactentes, para 
realizar a manobra de desobstrução, o socorrista deverá tomar os 
seguintes procedimentos, após falhar a segunda tentativa de ventilação 
de resgate: 
 
 Segurar o bebê sobre um dos braços, com o pescoço entre os 
dedos médio e polegar e com o dedo indicador segurar o queixo da 
vítima para manter as vias aéreas abertas, deixando-o com 
as costas voltadas para cima e a cabeça mais baixa que o tronco; 
 
 Dar 5 pancadas com a palma da mão entre as escápulas do 
bebê; Girar o bebê de modo que ele fique de frente, ainda mantendo a 
cabeça mais baixa do que o tronco, e efetuar 5 compressões torácicas 
através dos dedos após a indicador e médio sobre a linha dos 
mamilos (idêntica às compressões realizadas na RCP); Colocar o bebê 
sobre uma superfície plana e tentar retirar o corpo estranho; 
 
 Realizar 1 insuflação e, caso o ar não passe, reposicionar a 
abertura das vias aéreas; 
 
 Abrir as vias aéreas e efetuar outra insuflação. Caso o ar não 
passe, retornar para as pancadas entre as escápulas e as 
compressões torácicas, e repetir os procedimentos até que o objeto 
seja expelido ou a vítima fique inconsciente. 
 
 Nesse caso, proceder a manobras de RCP. 
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OVACE em Lactentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 14: ACIMA TEMOS FORMAS DE DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS EM LACTENTES 
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52 
 
 
CHOQUE 
 
Definição 
 
É o quadro clinico que resulta da incapacidade do sistema 
cardiovascular de prover circulação sanguínea suficiente para os 
órgãos. A chegada de sangue rico em O2 aos órgãos é denominada 
perfusão. 
 
Fisiologia 
 
Todas as células do corpo humano necessitam de oxigênio para 
produzir energia através da queima da glicose – metabolismo aeróbico. 
A queima da glicose produz o gás carbônico. O O2 é extraído da 
atmosfera pelos pulmões e transportado ligado aos glóbulos vermelhos 
pela circulação do sangue aos tecidos onde é utilizado. 
A função do sistema circulatório é transportar as hemácias para 
se abastecerem de oxigênio nos pulmões e depois transportá-las aos 
tecidos. Na ausência de O2 as células do corpo possuem uma fonte 
alternativa de produção de energia que é o metabolismo anaeróbico, 
que produz menos energia e gera o acúmulo de ácido lático. Os órgãos 
mais sensíveis à deficiência de O2 são cérebro, coração e pulmões, 
sobrevivendo poucos minutos em metabolismo anaeróbico. A pele e os 
músculos podem sobreviver de quatro a seis horas em metabolismo 
anaeróbico e os órgãos abdominais podem sobreviver de 45 a 90 
minutos. 
O sistema circulatório é composto pelo coração, vasos sanguíneos 
e pelo sangue, que é o fluido movimentado sob pressão. A pressão 
necessária à movimentação do sangue é gerada pela força de contração 
do coração. 
A pressão arterial (PA) depende da quantidade de sangue ejetada 
pelo coração e do grau de contração das artérias ou resistência 
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vascular periférica que é regulada pelo sistema nervoso. Os vasos 
sanguíneos são capazes de se contrair ou se dilatar de acordo com as 
necessidades do corpo. Por exemplo, no exercício físico ocorre 
dilatação nos músculos utilizados e contração dos vasos do tubo 
digestivo; durante a digestão ocorre o contrário. 
As condições fundamentais para contração eficaz do coração são 
a existência de um volume suficiente de sangue para encher os vasos 
sanguíneos e a manutenção de um grau eficaz de contração dos vasos 
sanguíneos. 
 
Condições causadoras do estado de choque 
 Queimaduras graves; 
 Hemorragias; 
 Acidentes por choque elétrico; 
 Envenenamento por produtos químicos e intoxicações; 
 Ataque cardíaco; 
 Exposição a extremos de calor ou frio; 
 Dor aguda; 
 Infecção grave; 
 Emoções fortes; 
 Lesões graves; 
 Politraumatismos. 
 
Classificação 
 
a) Hipovolêmico: Hemorragias internas e externas, perda de plasmas 
em queimaduras graves e por desidratação intensa (exemplo: diarreia 
e vômitos). 
b) Cardiogênico: Causado pelo Infarto agudo do miocárdio, arritmia 
cardíaca e insuficiência cardíaca congestiva. 
c) Séptico: Ocorre em infecções graves devido à liberação de toxinas 
pelo agente causador com efeito vasodilatador. 
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d) Anafilático: Resulta de reação alérgica grave, que produz 
substância vasodilatadores. Ex.: venenos de insetos, medicamentos, 
alimentos etc. 
e) Neurogênico: Desenvolve-se quando o controle autônomo dos 
vasos sanguíneos falha. Normalmente o sistema nervoso controla a 
contração e dilatação dos vasos sanguíneos, regulando a pressão 
arterial. O traumatismo de coluna cervical com dano para a medula 
espinhal, que interrompe a comunicação entre as fibras do sistema 
nervoso autônomo e o sistema circulatório. Ocorre vaso dilatação e 
incapacidade de responder ao choque com taquicardia. Dores intensas 
são outra causa. 
f) Obstrutivo: É produzido por obstrução ao enchimento e/ou ao 
bombeamento cardíaco. São causas o pneumotórax hipertensivo e 
tamponamento cardíaco. 
 
Fases do estado de choque 
 
Na ausência de tratamento é um quadro com agravamentos 
progressivos que se apresenta em duas fases: 
 
 Choque compensado: é o primeiro estágio, o organismo 
consegue se equilibrar através dos mecanismos compensatórios. 
A perfusão dos órgãos é mantida e os sinais e sintomas são 
mínimos. Não há dano permanente, se o tratamento reverter a 
causa básica. 
 Choque descompensado: nesta fase ocorre redução na 
perfusão, queda na pressão arterial e alterações do estado 
mental. O tratamento ainda pode ser eficaz neste estágio desde 
que realizado rapidamente. 
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55 
 
 
Sinais do estado dechoque 
 
 Pele fria e pegajosa; 
 Suor na testa e na palma das mãos; 
 Face pálida, com expressão de ansiedade e agitação; 
 Frio, chegando às vezes a ter tremores; 
 Náusea e vômito; 
 Fraqueza; 
 Respiração rápida, curta e irregular; 
 Visão nublada, tontura; 
 Pulso fraco e rápido; 
 Sede; 
 Extremidades frias; 
 Queda da pressão arterial; 
 Poderá está total ou parcialmente inconsciente. 
 
Tratamento 
 
 Posicionar a vítima em decúbito dorsal; 
 Observar a vítima, pois em caso de vômito deve-se virar a 
cabeça da vítima para que ela não se asfixie. Caso haja 
suspeita de lesão da coluna cervical a cabeça não deve ser 
virada; 
 Afrouxar as roupas da vítima, para facilitar respiração e 
circulação; 
 Fornecer oxigênio; 
 Não administrar nada via oral; 
 Cobri-lo com cobertores ou sacos plásticos; 
 Reavaliar frequentemente os sinais vitais. 
 
 
 
 
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56 
 
 
HEMORRAGIA 
 
 
HEMORRAGIA 
FIGURA 15 TREINAMENTO DE CURATIVO COMPRESSIVO 
 
 
Introdução 
 
O sangue é o meio onde é realizado o transporte de oxigênio e 
nutrientes para as células e de gás carbônico e outros excretas para os 
órgãos de eliminação, possui um componente líquido chamado plasma que 
representa cerca de 55% a 60% de seu volume total, sendo composto por 
água, sal e proteínas. 
O corpo humano possui normalmente um volume sanguíneo de 
aproximadamente 70 ml/kg de peso corporal para adultos e 80 ml/kg para 
crianças, ou seja, um indivíduo com 70 kg possui aproximadamente 4.900 
ml de sangue. 
 
 
 
Contração da parede dos vasos sanguíneos: Os vasos sanguíneos 
que possuem camada muscular contraem sua parede, 
diminuindo o tamanho da abertura por onde o sangue está 
escapando. 
Os mecanismos normais que o corpo possui para limitar 
as hemorragias são: 
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57 
 
 
Coagulação do sangue: Inicia-se pela aderência das plaquetas, 
corpúsculos que fazem parte da porção sólida do sangue sobre a 
lesão da parede do vaso. Em seguida ocorre uma série de 
reações químicas que formam o trombo ou coágulo, que bloqueia 
o escape de sangue pelo orifício do vaso lesado. 
 
Definições 
Hemorragia 
É o extravasamento de sangue provocado pelo rompimento 
de um vaso sanguíneo: artéria, veia ou capilar. Dependendo da 
gravidade pode provocar a morte em alguns minutos. O controle da 
hemorragia é prioridade. A hemorragia deve ser tratada na análise 
primária, para depois tratar as vias aéreas e a ventilação do paciente. 
Nesta fase deve-se remover a roupa do paciente para examinar as 
hemorragias. 
 
Hemostasia 
 
Significa controle de sangramento, pode ser efetuada através 
dos mecanismos normais de defesa do organismo isoladamente ou em 
associações com técnicas de tratamento médico-básicas e avançadas. 
Os pacientes com distúrbios no mecanismo de coagulação, por 
exemplo, os hemofílicos, podem apresentar hemorragias graves por 
traumas banais. 
 
Classificação das hemorragias 
 
 
 
FIGURA 16 – HEMORRAGIAS. 
FONTE: GRUPAMENTO ESPECIAL DE SALVAMENTO E 
AÇÕES DE RESGATE (CORTESIA ACERVO GESAR PMERJ) 
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58 
 
 
 
 
 
 
 
Tipo de vaso sanguíneo 
 
 Arterial: sangramento em jato acompanhamento a contração 
cardíaca. Geralmente o sangue é de coloração vermelho-viva. É 
mais grave que o sangramento venoso em vasos de mesmo 
calibre, pois a pressão no sistema venoso e a velocidade da perda 
sanguínea são maiores. 
 Venoso: Sangramento contínuo geralmente de coloração 
escura. 
 Capilar: Sangramento contínuo com fluxo lento. 
 
Localização do vaso sanguíneo 
 
 Externa: sangramento de estruturas superficiais com 
exteriorização do sangramento. Podem ser controladas utilizando 
técnicas básicas de primeiros socorros. 
 
 Interna: sangramento de estruturas profundas pode ser oculto 
ou se exteriorizar. As médias básicas de socorro não funcionam. 
O paciente deve ser tratado no hospital. 
 
Primeiros socorros 
 
Estancar imediatamente a hemorragia, fazendo no local um dos 
métodos que veremos mais à frente (nos casos de hemorragia externa, 
pois não existe nenhum método de estancamento para hemorragia 
interna). 
Podem ser classificadas de acordo com: 
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Hemorragia interna 
 
Esse tipo de hemorragia ocorre quando o sangue extravasado do 
vaso sanguíneo permanece dentro do corpo da vítima. É o tipo de 
hemorragia mais perigosa, pois tanto a sua identificação quanto o seu 
controle são mais difíceis de serem feitos fora do ambiente hospitalar. 
 
Sinais e Sintomas de Hemorragia Interna 
 
 Dor local; 
 Pele pálida e fria; 
 Edema em expansão; 
 Sangramento pelo ouvido e nariz (hemorragia cerebral); 
 Sede; 
 Fraqueza, tontura e desmaio; 
 Membro sem pulso, muitas vezes associada à fratura. 
 
Tratamento da Hemorragia Interna 
 
 Mantenha as vias aéreas liberadas; 
 Manter a vítima deitada e o mais imóvel possível; 
 Use talas infláveis em caso de fraturas (exceto fraturas 
expostas); 
 Transporte na posição de prevenção ao estado de choque; 
 Administre oxigênio; 
 Não dê nada para a vítima beber; 
 Eleve o membro, caso não haja suspeita de fratura; 
 Aplicar uma bolsa de gelo sobre o provável local da 
hemorragia; 
 Conduzir a vítima com urgência para um pronto socorro. 
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Alguns Tipos De Hemorragia Interna 
 
Muitos tipos de hemorragia interna podem se apresentar, mas 
neste tópico vamos abordar aqueles que podem ser encontrados com 
mais frequência. 
 
a) Hemorragia na Cabeça (narinas) 
 
 Mantenha a vítima sentada, com a cabeça para cima; 
 Comprima a narina que sangra; 
 Afrouxe-lhe a roupa em torno do pescoço; 
 Se o sangramento não cessar no espaço de 05 minutos, 
tampe a narina que sangra com algodão ou gaze 
enchumaçada; 
 Encaminhe a vítima ao pronto socorro, pois esse tipo de 
hemorragia pode ser a manifestação de determinadas 
doenças. 
 
b) Tórax e Abdome 
 Comprima o ferimento com um pano dobrado, amarrando-o 
com atadura larga; 
 Mantenha o acidentado deitado com a cabeça mais baixa 
que o corpo, exceto em casos de fratura de crânio. 
 
c) Hemorragia dos Pulmões 
 
 Manifesta-se após um acesso de tosse, e o sangue que sai pela 
boca é de cor vermelho rutilante. 
 Deite a vítima mantendo-a em repouso; 
 Tranquilize-a e não a deixe falar; 
 Procure imediato auxílio médico e remova a vítima para um 
pronto socorro. 
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d) Hemorragia Digestiva 
 
 A vítima apresenta náuseas e pode vomitar sangue vivo ou 
digerido, semelhante à borra de café; 
 Mantenha a vítima em repouso e providencie sua remoção para 
o hospital. 
 
Hemorragia externa 
 
É de mais fácil identificação, pois basta visualizar o local onde 
ocorre a perda de sangue. Os sinais e sintomas são praticamente os 
mesmos descritos para as hemorragias externas, e os métodos de 
contensão, veremos a seguir: 
 
a) Compressão Direta 
 
Comprimir diretamente o local de sangramento usando 
compressa estéril, se possível. Nos ferimentos com objetos 
penetrantes, devem-se comprimir ambos os lados do objeto. Pode-se 
fazer um curativo compressivo usando compressas ou faixas elásticas, 
se isso for suficiente para o estancamento da fratura, caso contrário 
mantenha a compressão direta. 
 
 
FIGURA 17 – COMPRESSÃO DIRETA NA LESÃO SANGRANTE(INSTRUÇÃO PARA INTEGRANTES DO GAT E 
PATAMO DO 25º BPM COM O 1º TEN PM ENF JAMIL) 
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62 
 
 
É a técnica mais adequada e mais utilizada, pois além de parar 
o sangramento, não interrompe a circulação sanguínea para o 
membro ferido. Quando se localiza grande hemorragia deve-se 
imediatamente realizar-se a compressão direta para posteriormente 
fazer o tamponamento.b) Elevação do Membro 
 
A compressão direta não sendo suficiente para estancar o 
sangramento, deve-se elevar o membro lesionado. Deve-se ter 
cuidado ao elevar uma extremidade fraturada ou com uma luxação. 
 
c) Pontos de Pressão 
 
Outro método de controlar o sangramento é aplicando pressão 
profunda sobre uma artéria proximal à lesão. Esta é uma tentativa de 
diminuir a chegada de sangue à ferida. Os principais pontos de pressão 
é a artéria braquial, a artéria axilar, a artéria poplítea, a artéria 
femoral. 
 
d) Tamponamento 
 
Consiste em cobrir o local do sangramento com gaze ou pano 
limpo e estéril, se possível, e envolvê-lo firmemente com uma atadura. 
É uma técnica de estancamento adequada e mais utilizada, pois para 
o sangramento e não interrompe a circulação. 
 
e) Torniquete 
Essa técnica praticamente interrompe a circulação. Só deverá 
ser utilizada em duas situações, se necessário: no caso de amputação 
de membro, quando o corte foi muito extenso e romper vasos 
sanguíneos ou quando a compressão direta não estancar a hemorragia. 
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Essa técnica não é aconselhada por provocar o necrosamento do órgão, 
ou membro e, consequentemente sua amputação. Deve-se usá- 
la como último recurso. 
 
Tratamento De Uma Hemorragia Externa 
 
 Nunca toque na ferida; 
 Não toque e nem aplique medicamento ou qualquer produto 
no ferimento; 
 Não tente retirar objeto empalado; 
 Proteger com gazes ou pano limpo, fixando com bandagem, 
sem apertar o ferimento; 
 Fazer compressão local suficiente para cessar o 
sangramento; 
 Se o ferimento for a membros, deve-se elevar o membro 
ferido, caso não haja fratura; 
 Caso não haja controle do sangramento, pressione os pontos 
arteriais; 
 Encaminhar a vítima o mais rápido possível para um pronto 
socorro. 
 
QUEIMADURAS 
 
Introdução 
 
Lesão do tecido de revestimento do corpo, causada por agentes 
térmicos, químicos, radioativos ou elétricos, podendo destruir total ou 
parcialmente a pele e seus anexos, até atingir camadas mais profundas 
(músculos, tendões e ossos). 
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Noções básicas 
 
A pele é o maior órgão do corpo humano e a barreira contra 
perda de água e calor pelo corpo, tendo também um papel importante 
na proteção contra infecções. 
Pacientes com lesões extensas de pele tendem a perder líquido 
corporal e temperatura e se tornam mais propensos a infecções. 
 
Origem das queimaduras 
 
As queimaduras podem ter origem térmica, elétrica, químicas 
ou por radiação. 
 
a) Térmicas 
Causadas pela condução de calor através de líquidos, sólidos, gases 
e do calor de chamas. 
b) Elétricas 
Produzidas pelo contato com eletricidade de alta ou baixa 
voltagem. Na realidade o dano é ocasionado pela produção de calor 
que ocorre à medida que a corrente elétrica atravessa o tecido. São 
difíceis de avaliar e, mesmo as lesões que parecem superficiais, podem 
ter danos profundos a músculos, nervos e vasos. A eletricidade, 
principalmente a corrente alternada, pode causar PCR e lesão do 
sistema nervoso. 
c) Químicas 
Provocadas pelo contato de substâncias corrosivas, liquidas ou 
sólidas, com a pele. 
d) Radiação 
Resulta da exposição à luz solar, fontes nucleares ou qualquer outra 
fonte de energia emitida sob forma de ondas ou partículas. 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
 
65 
 
 
Gravidade da queimadura 
 
 
FIGURA 18 – REPRESENTAÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE QUEIMADURAS. 
 
 
Depende da causa, profundidade, percentual de superfície 
corporal queimada, localização, associação com outras lesões, 
comprometimento de vias aéreas e estado prévio da vítima. 
 
Queimaduras de 1º GRAU 
 
 Lesão superficial da 
epiderme; 
 Vermelhidão; 
 Dor local suportável; 
 Não há formação de 
bolhas; 
 Lavar o local com água 
fria corrente. 
FIGURA 19 – QUEIMADURA DE 1º GRAU. 
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66 
 
 
Queimaduras de 2º GRAU 
 
 Lesão da epiderme e derme; 
 Formação de bolhas; 
 Desprendimento de camadas da pele; 
 Dor e ardência locais de intensidade variável; 
 Lavar o local com água fria corrente 
 
 
FIGURA 20 – QUEIMADURA DE 2º GRAU. 
 
 
Queimaduras de 3º GRAU 
 
 Lesão da epiderme, derme e tecido subcutâneo; 
 Destruição dos nervos, músculos, ossos etc.; 
Retirar anéis, pulseiras, tornozeleiras e congêneres, pois a 
vítima provavelmente sofrerá inchaço. 
 
 
 
FIGURA 21 – QUEIMADURA DE 3º GRAU. 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
 
67 
 
 
Gravidade quanto à extensão 
 
Queimaduras graves são as grandes queimaduras que atingem 
mais de 13% de área corporal queimada. 
O risco de vida está mais relacionado com a extensão (choque, 
infecção) do que com a profundidade. 
 
São consideradas queimaduras graves: 
 
 Em períneo; 
 Queimaduras do 3º Grau, elétricas, por radiação; 
 Com mais de 13% da área corpórea; 
 Com lesão das vias aéreas; 
Queimaduras em pacientes idosos, infantis e pacientes com 
doença pulmonar. 
 
 
 
 
FIGURA 22 – REGRA DOS 9. 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
 
68 
 
 
Primeiros Socorros 
 
 Prevenir o Estado de Choque (cobrir o paciente); 
 Evitar infecções na área queimada, protegendo-o; 
 Controlar a dor; 
 Umedecer o local com soro fisiológico; 
 Administrar oxigênio; 
 Encaminhar a vítima ao pronto socorro o mais rápido 
possível. 
 
Procedimentos 
Queimaduras térmicas 
 Apagar o fogo da vítima com água, rolando-a no chão ou 
cobrindo-a com um cobertor (em direção aos pés); 
 Verifique as vias aéreas, respiração e nível de consciência 
(especial atenção para VAS em queimadas de face); 
 Retirar partes de roupas não queimadas; e as queimadas 
aderidas ao local, recortar em volta; 
 Retirar pulseiras, anéis, relógios etc.; 
 Estabelecer extensão e profundidade das áreas queimadas; 
 Quando de 1º grau banhar o local com bastante água fria 
ou soro fisiológico; 
 Não passar nada no local, não furar bolhas e cuidado com 
infecção; 
 Cobrir regiões queimadas com curativo úmido, frouxo, 
estéril ou limpo, para aliviar a dor e diminuir os riscos de 
contaminação; 
 Transporte o paciente para um hospital, se necessário. 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
 
69 
 
 
Queimaduras químicas 
 
 Afaste o produto da vítima ou a vítima do produto; 
 Verificar VAS, respiração, circulação e nível de consciência e 
evitar choque; 
 Retirar as roupas da vítima; 
 Lavar com água ou soro, sem pressão ou fricção; 
 Identificar o agente químico: 
 Ácido lavar por 05 minutos; 
 Álcali lavar por 10 minutos; 
 Na dúvida lavar por 15 minutos; 
 Se álcali seco não lavar, retirar manualmente (exemplo: soda 
cáustica); 
 Cubra a região com um curativo limpo e seco e previna o 
choque. 
 
Queimadura nos olhos 
 
. 
 Lavar o olho com água em abundância ou, se possível, com 
soro fisiológico por no mínimo 15 minutos; 
 Encaminhar a vítima para um pronto socorro o mais rápido 
possível. 
 
FIGURA 23 – VÍTIMA DE QUEIMADURA NOS OLHOS 
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR – CEFS 2021 
 
70 
 
 
Queimaduras elétricas 
 
 
 
FIGURA 24 – QUEIMADURA ELÉTRICA. 
 
 
 
 
 Desligar a fonte ou afastar a vítima da fonte; 
 Verificar sinais vitais da vítima; 
 Avaliar a queimadura (ponto de entrada e de saída); 
 Aplicar curativo seco; 
 Prevenir o choque. 
 
Intoxicações 
 
As intoxicações são causadas pela ingestão, aspiração ou 
introdução no organismo, acidental ou não, de substâncias tóxicas, 
como entorpecentes, medicamentos, produtos químicos utilizados em 
laboratório e limpeza, alimentos deteriorados, venenos, gases tóxicos. 
As intoxicações podem ser subdivididas de acordo com o tempo 
de ocorrência: aguda (até 24 horas do acidente), subagudas (os 
primeiros dias após) e, seguidamente sub crônicas (até um mês) e 
crônicas, exposição a determinada

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