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IRRIGAÇÃO SANGUÍNEA E DRENAGEM DO ENCÉFALO SUPRIMENTO ARTERIAL DO ENCÉFALO Encéfalo → órgão altamente vascular (rede densamente ramificada de artérias) − Alta taxa metabólica (constante atividade neural) − Recebe cerca de 15% do débito cardíaco - > utiliza cerca de 20% do consumo total de oxigênio do corpo. − Interrupção aguda do suprimento sanguíneo para o encéfalo por mais do que poucos minutos -> danos neurológicos permanentes. − Irrigado pelo chamado círculo arterial do cérebro ou “círculo de Willis” CÍRCULO ARTERIAL DO CÉREBRO (CÍRCULO DE WILLS) O círculo arterial do cérebro (“círculo de Willis”) -> se localiza no espaço subaracnóideo Grande anastomose arterial que une a artéria carótida interna e o sistema vertebro-basilar Anteriormente -> artérias cerebrais anteriores (derivadas da artéria carótida interna) são unidas pela pequena artéria comunicante anterior. Posteriormente -> artérias cerebrais posteriores e artéria carótida interna (cavernosa) são unidas pela artéria comunicante posterior. Existem consideráveis variações individuais no padrão e calibre dos vasos que fazem parte do círculo arterial do cérebro. Artérias cerebrais e comunicantes podem inclusive estar ausentes individualmente, serem duplas ou ainda triplas. Numerosas e pequenas artérias centrais se originam do círculo arterial do cérebro, ou a partir de vasos próximos a ele Estes ramos oriundos do “círculo de Wills” formam quatro grupos principais. 1. O grupo anteromedial -> ramos da artéria cerebral anterior e da artéria comunicante anterior 2. O grupo anterolateral -> ramos da artéria cerebral média 3. O grupo posteromedial -> ramos da artéria comunicante posterior e da porção proximal da artéria cerebral posterior 4. O grupo posterolateral -> ramos da porção distal artéria cerebral posterior POLÍGONO DE WILLS 1 – Artéria Comunicante Anterior 2 – Artéria Cerebral Anterior Artérias cerebrais anteriores direita e esquerda -> são unidas pela artéria comunicantes ANTERIOR (cerca de 4 mm de comprimento) Artéria cerebral anterior -> pode ser dividida em três partes: − Segmento A1: vai da terminação da artéria carótida interna à junção com a artéria comunicante anterior; − Segmento A2: vai da junção com a artéria comunicante anterior à origem da artéria calosomarginal; − Segmento A3: distal à origem da artéria calosomarginal; este segmento é também chamado de artéria pericalosa 3 - Artéria Carótida Interna: direita e esquerda − Artérias carótidas internas e seus ramos - > suprem o prosencéfalo, com exceção do lobo occipital − Artéria carótida interna -> origina-se da bifurcação da artéria carótida comum, ascende 4 – Artéria Cerebral Média Artéria cerebral média -> maior ramo terminal da artéria carótida interna Nomenclatura cirúrgica divide a artéria cerebral média em quatro partes: − Segmento M1 – da terminação da artéria carótida interna até a sua bi/trifurcação, sendo este segmento também chamado de parte esfenoidal; − Segmento M2 – o segmento que segue no sulco lateral, também chamado de parte insular; − Segmento M3 - saindo do sulco lateral (“fissura de Sylvius”), também chamado de parte opercular; − Segmento M4 – porções corticais. 5 – Artéria Comunicante Posterior 6 – Artéria Cerebral Posterior − A artéria cerebral posterior é um ramo terminal da artéria basilar − A artéria cerebral posterior -> segue paralela com a artéria cerebelar superior, e recebe a artéria comunicante posterior 7 – Tronco Basilar − Artéria basilar -> é um vaso mediano formado pela união das artérias vertebrais no nível médio do bulbo − Termina dividindo-se nas duas artérias cerebrais posteriores -> geralmente na cisterna interpeduncular. − A artéria basilar possui dois ramos principais -> artéria cerebelar inferior anterior e artéria cerebelar superior 8 – Artéria Vertebral − Artéria vertebral e seus ramos principais - > às vezes são referidos como Sistema Vértebro-Basilar − Artérias vertebrais e seus ramos -> suprem o lobo occipital, o tronco encefálico e o cerebelo − Artérias vertebrais -> são derivadas das artérias subclávias − Artérias vertebrais -> ascendem através do pescoço nos forames transversos das seis vértebras cervicais superiores e entram na cavidade do crânio através do forame magno − O maior ramo da artéria vertebral -> é a artéria cerebelar inferior posterior ARTÉRIA CEREBELAR INFERIOR ANTERIOR A artéria cerebelar inferior anterior -> surge da parte inferior da artéria basilar e se anastomosa com a artéria cerebelar inferior posterior (ramo da artéria vertebral) ARTÉRIA CEREBELAR SUPERIOR Artéria cerebelar superior -> se origina próxima da porção distal da artéria basilar, imediatamente antes da formação das artérias cerebrais posteriores SUPRIMENTO ARTERIAL DO CEREBELO Cerebelo -> irrigado pelas três artérias cerebelares (inferior posterior, inferior anterior e superior). SUPRIMENTO ARTERIAL DO TRONCO ENCEFÁLICO Mesencéfalo -> irrigado pela artéria cerebral posterior, pela artéria cerebelar superior e pela artéria basilar. Ponte -> irrigada pela artéria basilar e as artérias cerebelar superior e cerebelar inferior anterior. Bulbo -> irrigado pela artéria basilar, artéria cerebelar inferior posterior e ramos das artérias vertebrais. SUPRIMENTO ARTERIAL DO DIENCÉFALO Tálamo -> é irrigado principalmente por ramos das artérias comunicantes posteriores, cerebrais posteriores e a artéria basilar. Hipófise -> é irrigada pelas artérias hipofisárias derivadas da artéria carótida interna e as artérias cerebral anterior e comunicante anterior suprem a lâmina terminal. Plexo corióideo dos ventrículos -> são irrigados por ramos da artéria carótida interna e da artéria cerebral posterior. SUPRIMENTO ARTERIAL DO CÓRTEX CEREBRAL Todo o suprimento sanguíneo do córtex cerebral vem dos ramos corticais das três artérias cerebrais: anterior, média e posterior DRENAGEM VENOSA DO ENCÉFALO Veias cerebrais superiores -> drenam para o seio sagital superior; Veias cerebrais inferiores -> drenam para os seios reto, transverso e petroso superior. Veia cerebral magna (ou Veia de Galeno) -> é uma veia única, na linha mediana, que se forma no encéfalo pela união de duas veias cerebrais internas. Má formação da veia de Galeno -> má formação vascular rara, que pode causar insuficiência cardíaca e hidropsia (“edema”) fetal Veias cerebelares superiores e inferiores -> drenam o cerebelo para os seios transverso e sigmóideo A via final comum de drenagem venosa é a veia jugular interna
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