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1Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA - ELETRÔNICA LUMINOTÉCNICA CONCEITOS GRANDEZAS LUMINOSAS FUNDAMENTAIS FLUXO LUMINOSO EFICIÊNCIA ENERGÉTICA INTENSIDADE LUMINOSA ILUMINÂNCIA - ILUMINAMENTO LUMINÂNCIA 2 Luminotécnica é o estudo da aplicação da iluminação artificial em ambientes internos e externos. O conceito de iluminação envolve a arte de aplicar e distribuir a luz natural ou artificial em um espaço ou ambiente de forma a atender as necessidades humanas de bem estar, visibilidade e realização de tarefas. Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir Introdução Conceitos de Luminotécnica UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA - ELETRÔNICA 3 Introdução Conceitos de Luminotécnica A primeira aplicação da luz artificial ocorreu no final do século XIX, antes do invento de Thomas Edison com um sistema para iluminação pública com lâmpadas denominadas “lâmpadas de arco” Composta por dois eletrodos de carvão muito próximos, por onde passava uma descarga elétrica e produzia uma grande quantidade de luz , (luz intensa), muito branca. Era utilizada, principalmente em faróis de navegação e outras aplicações específicas. Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA - ELETRÔNICA 4Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir Lâmpada de arco voltaico, da década de 80 do século XIX UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA - ELETRÔNICA O maior problema da lâmpada de Arco estava justamente na grande quantidade de luz produzida, causava o ofuscamento da visão, o que impedia sua utilização em ambientes comerciais ou residenciais. 5Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir Lâmpada de arco voltaico, da década de 80 do século XIX UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA - ELETRÔNICA Ofuscamento - condição de visão na qual há desconforto ou redução da capacidade de distinguir detalhes ou objetos, devido a uma distribuição desfavorável das luminâncias com brilhos intensos ou em contrastes excessivos. O ofuscamento pode ser direto, através de luz direcionada diretamente ao campo visual, ou ainda, de forma reflexiva, por intermédio de superfícies claras, transparentes ou brilhosas, considerando que a luminância incômoda está delimitada à partir de 200 cd/m². 6Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA - ELETRÔNICA Primeira lâmpada comercial disponível para uso residencial foi a lâmpada Incandescente. Constituída de um fio de linha carbonizado em um cadinho hermeticamente fechado, produzindo uma luz amarelada e fraca como a de uma vela e apresentando um rendimento de 1,41 lumens/ Watt . Lâmpada Incandescente de Thomas Alva Edison 7 LÂMPADA INCANDESCENTE - Thomas Edison não inventou a lâmpada, mas foi o desenvolvedor do primeiro modelo de lâmpada incandescente comercializável. O protótipo, aceso no dia 21 de outubro de 1879. Fonte:https://super.abril.com.br/galeria/conheca-12-fatos-que-marcaram-a-historia-de-thomas-edison/ Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir Curiosidades sobre Thomas Edison UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA - ELETRÔNICA 8 Comparando a época que a luz artificial começou a ser utilizada com os dias atuais, constata-se que foi grande o passo dado pela indústria da iluminação no século XX. Desde a lâmpada criada por Thomas Edison até os produtos disponíveis hoje, século XXI, houve um avanço espantoso. Nos últimos anos, houve um avanço na utilização de sistemas mais eficientes, eficiência energética, certamente motivado pelo aumento nos custos da energia elétrica principalmente nos países onde a geração elétrica tem uma parcela significativa de insumos não renováveis. O investimento necessário para construir usinas e sistemas de transmissão é tamanho que os governos adotam programas de intensivos para promover a utilização de equipamentos energeticamente mais eficientes. Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir Evolução Sistemas de Iluminação UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA - ELETRÔNICA 9Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir Luminotécnica - Espectro Eletromagnético A luz é uma modalidade da energia radiante verificada pela sensação visual de claridade. A faixa de radiações das ondas eletromagnéticas detectada pelo olho humano situa-se entre 380 nm e 780 nm. O espectro eletromagnético visível esta limitado, em um dos extremos pelas radiações infravermelhas (de maior comprimento de onda) e no outro, pelas radiações ultravioletas (de menor comprimento de onda). Obs.: 1 nanômetro = 10 -9 m UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA - ELETRÔNICA 10Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir Luminotécnica - Espectro Eletromagnético UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA - ELETRÔNICA 11 Luz é, portanto, a radiação eletromagnética capaz de produzir uma sensação visual e está compreendida entre 380 e 780 nm. A sensibilidade visual para a luz varia não só de acordo com o comprimento de onda da radiação, mas também com a luminosidade. Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir Luminotécnica - Espectro Eletromagnético UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA - ELETRÔNICA Luminotécnica - Comprimento de onda Definição - distância entre valores repetidos sucessivos num padrão de onda. É usualmente representado pela letra grega lambda (λ). Em uma onda senoidal, o comprimento de onda é a distância entre picos (ou máximos). Temos que: � O comprimento de onda λ tem uma relação inversa com a frequência f, a velocidade de repetição de qualquer fenômeno periódico. � O comprimento de onda é igual à velocidade da onda dividida pela frequência da onda. Quando se lida com radiação eletromagnética no vácuo, essa velocidade é igual à velocidade da luz 'c', para sinais (ondas) no ar, essa velocidade é a velocidade na qual a onda viaja. Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA - ELETRÔNICA Definição de Comprimento de onda Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA - ELETRÔNICA Essa relação é dada por: em que: λ = comprimento de onda de uma onda sonora ou onda eletromagnética: c = velocidade da luz no vácuo = 299.792,458 Km/s ≅≅≅≅ 300.000 Km/s ≅≅≅≅ 300 000.000 m/s f = frequência da onda 1/s = Hz A velocidade de uma onda pode portanto ser calculad a com a seguinte equação: em que v = velocidade da onda. λ = comprimento de onda de uma onda sonora ou onda eletromagnética T é o período da onda. O inverso do período, 1/T, é chamado de frequência da onda. e mede o número de ciclos (repetições) por segundo executados pela onda. É medida em Hertz (ciclos/segundo). Quando ondas de luz (e outras ondas eletromagnéticas) entram num dado meio, o seu comprimento de onda é reduzido por um fator igual ao índice de refração n do meio, mas a frequência permanece inalterada. O comprimento de onda no meio, é dado por: Definição de Comprimento de onda Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir Para caracterizar uma onda, portanto, é necessário conhecer apenas duas quantidades, a velocidade e o comprimento de onda ou a frequência e a velocidade, já que a terceira quantidadepode ser determinada da equação abaixo: UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA - ELETRÔNICA Em que: é o comprimento de onda no vácuo. 15Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir Luminotécnica – Temperatura da cor UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA Em aspecto visual, admite-se que é bastante difícil a avaliação comparativa entre a sensação de Tonalidade de Cor de diversas lâmpadas. Para estipular um parâmetro, foi definido o critério Temperatura de Cor Correlata, símbolo (TCC), Unidade (Kelvin) para classificar a luz. É a grandeza expressa em Kelvin que indica a aparência de cor da luz: A luz ‘’quente’’, de aparência amarelada , tem baixa temperatura de cor (não superior a 3000K). A luz ‘’fria’’ de aparência azul violeta , tem alta temperatura de cor maior que 6000K. A luz branca natural emitida pelo sol em céu aberto ao meio-dia, tem temperatura de cor perto de 5800K. 16Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir Luminotécnica – Temperatura da cor UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA Assim como um corpo metálico que, em seu aquecimento, passa desde o vermelho até o branco, quanto mais claro o branco (semelhante à luz diurna ao meio-dia), maior é a Temperatura de Cor (aproximadamente 6500K). A luz amarelada , como de uma lâmpada incandescente, está em torno de 2700K. É importante destacar que a cor da luz em nada interfere na Eficiência Energética da lâmpada, não sendo válida a impres são de que quanto mais clara, mais potente é a lâmpada. Convém ressaltar que, do ponto de vista psicológico, quando dizemos que um sistema de iluminação apresenta luz “quente” não significa que a luz apresenta uma maior temperatura de cor, mas sim que a luz apresenta uma tonalidade mais amarelada . Um exemplo deste tipo de iluminação é aquela utilizada em salas de estar, quartos ou locais onde se deseja tornar um ambiente mais aconchegante. 17Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA Da mesma forma, quanto mais alta for a temperatura de cor, mais fria” será a luz . Um exemplo deste tipo de iluminação é a utilizada em escritórios, cozinhas ou locais em que se deseja estimular ou realizar alguma atividade. Esta característica é muito importante de ser observada na escolha de uma lâmpada, pois dependendo do tipo de ambiente há uma temperatura de cor mais adequada para esta aplicação. Luminotécnica – Temperatura da cor 18Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA O IRC é baseado em uma tentativa de mensurar a percepção da cor avaliada pelo cérebro. O IRC é o valor percentual médio relativo à sensação de reprodução de cor, baseado em uma série de cores padrões. Para indicar de forma consistente as propriedades de reprodução de cor de uma fonte de luz, idealizou-se um índice de reprodução de cores padrões sob diferentes iluminantes. O método de avaliação, numa explicação bem simplificada, consiste na avaliação das cores padrões, quando submetidas à luz da fonte a ser analisada e sob a luz de uma fonte de referência que deveria ser um corpo negro (radiador integral), que apresenta um valor de 100%. Luminotécnica – ÍNDICE DE REPRODUÇÃO DE COR – IRC 19Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA O IRC é a medida de correspondência entre a cor real de um objeto ou superfície e sua aparência diante de uma fonte de luz. A luz artificial deve permitir ao olho humano perceber as cores corretamente, ou o mais próximo possível da luz natural do dia. Quanto mais alto o índice, melhor a reprodução das cores. Lâmpadas com IRC de 100% apresentam as cores com total fidelidade e precisão. Luminotécnica – ÍNDICE DE REPRODUÇÃO DE COR – IRC 20 Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir QUADRO RESUMO – GRANDEZAS LUMINOSAS FUNDAMENTAIS UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA 21 FLUXO LUMINOSO, Símbolo ( φ), Unidade lúmen (lm) - é a potência de radiação total emitida por uma fonte luminosa, entre os limites de comprimento de onda de luz visível percebida pelo olho humano (380 e 780nm). O fluxo luminoso é a quantidade de luz emitida por uma fonte, medida em lumens, na tensão nominal de funcionamento. Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA O lúmen pode ser definido como o fluxo luminoso emitido segundo um ângulo sólido de um esterradiano , por uma fonte puntiforme de intensidade invariável em todas as direções e igual a 1 candela. LUMINOTÉCNICA - GRANDEZAS FUNDAMENTAIS 22 As lâmpadas conforme seu tipo e potência apresentam fluxos luminosos diversos: Lâmpada incandescente de 100W: 1000 lm; Lâmpada fluorescente de 40W: 1700 a 3250 lm; Lâmpada vapor de mercúrio 250W: 12.700 lm; Lâmpada multi-vapor metálico de 250W: 17.000 lm Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA LUMINOTÉCNICA - GRANDEZAS FUNDAMENTAIS FLUXO LUMINOSO EFICIÊNCIA LUMINOSA, Símbolo ( ɳ), Unidade lúmen (lm /W) - é a relação entre o fluxo luminoso emitido por uma lâmpada e a potência elétrica desta lâmpada. Lâmpada incandescente de 100W: 10 lm/W; η=(1000lúmens/100watts) Lâmpada fluorescente de 40 W: 42,5 lm/W a 81,5 lm/W; η=(1700lúmens/40watts) e (3250lúmens/40watts) Lâmpada vapor de mercúrio de 250W: 50 lm/W; η=(12700lúmens/250watts) Lâmpada multi-vapor metálico de 250W: 68 lm/W. η=(17000lúmens/250watts) 23 Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA LUMINOTÉCNICA - GRANDEZAS FUNDAMENTAIS 24 Intensidade Luminosa, Símbolo: I, Unidade: candela (cd) - se a fonte luminosa irradiasse a luz uniformemente em todas as direções, o Fluxo Luminoso se distribuiria na forma de uma esfera. Tal fato, porém, é quase impossível de acontecer, razão pela qual é necessário medir o valor dos lumens emitidos em cada direção. Essa direção é representada por vetores, cujo comprimento indica a Intensidade Luminosa. Portanto é o Fluxo Luminoso irradiado na direção de um determinado ponto. Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA 25 CDL: trata-se de um diagrama polar no qual se considera a lâmpada ou luminária reduzida a um ponto no centro do diagrama e se representa a intensidade luminosa nas várias direções por vetores, cujos módulos são proporcionais a velocidades, partindo do centro do diagrama. A curva obtida ligando-se as extremidades desses vetores é a curva de distribuição luminosa. Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA CDL – CURVA DISTRIBUIÇÃO LUMINOSA DE LUMINÁRIAS Costuma-se na representação polar, referir os valores de intensidade luminosa constantes a um fluxo de 1000 lumens. 26 Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA CDL – CURVA DISTRIBUIÇÃO LUMINOSA DE LUMINÁRIAS 27 Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA LUMINOTÉCNICA - CURVA DE DISTRIBUIÇÃO LUMINOSA 28 Iluminância (Iluminamento), Símbolo: E, Unidade: lux (lx) A luz que uma lâmpada irradia, relacionada à superfície a qual incide,define uma nova grandeza luminotécnica, denominada de Iluminamento ou Iluminância. Expressa em lux (lx), indica o fluxo luminoso de uma fonte de luz que incide sobre uma superfície situada a uma certa distância desta fonte. Em outras palavras a equação que expressa esta grandeza é: Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA 29 EXEMPLOS DE ILUMINÂNCIA Dia ensolarado de verão em local aberto » 100.000 lux; Dia encoberto de verão » 20.000 lux; Dia escuro de inverno » 3.000 lux; Boa iluminação de rua » 20 a 40 lux; Noite de lua cheia » 0,25 lux; Luz de estrelas » 0,01 lux. Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA LUMINOTÉCNICA - GRANDEZAS FUNDAMENTAIS 30 Luminância, Símbolo: (L), Unidade: (cd/m 2) - das grandezas mencionadas, nenhuma é visível, isto é, os raios de luz não são vistos, a menos que sejam refletidos em uma superfície e aí transmitam a sensação de claridade aos olhos. Essa sensação de claridade é chamada de Luminância. Em outras palavras, é a Intensidade Luminosa que emana de uma superfície, pela sua superfície aparente. A equação que permite sua determinação é: Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA 31 Por definição luminância é a razão da intensidade luminosa (dI), incidente num elemento de superfície que contém o ponto dado, para a área dA aparente vista pelo observador, quando esta área tende a zero. Área aparente significa que é a área projetada, aquela que é vista pelo observador. Por exemplo, quando a incidência da intensidade luminosa é normal à superfície esta área aparente é a própria área da superfície, caso contrário é proporcional ao cosseno do ângulo a. Em matemática: Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA LUMINOTÉCNICA - GRANDEZAS FUNDAMENTAIS 32 Como é difícil medir-se a Intensidade Luminosa que provém de um corpo não radiante (através de reflexão), pode-se recorrer a outra fórmula, a saber: Em matemática: Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir RESUMO CONCEITOS E GRANDEZAS FUNDAMENTAIS Como os objetos refletem a luz diferentemente uns dos outros, fica explicado porque a mesma Iluminância pode dar origem a luminâncias diferentes. Vale lembrar que o Coeficiente de Reflexão é a relação entre o Fluxo Luminoso refletido e o Fluxo Luminoso incidente em uma superfície. Esse coeficiente é geralmente dado em tabelas, cujos valores são função das cores e dos materiais utilizados 33Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA - ELETRÔNICA RESUMO CONCEITOS E GRANDEZAS FUNDAMENTAIS 34Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA - ELETRÔNICA RESUMO CONCEITOS E GRANDEZAS FUNDAMENTAIS 35Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA - ELETRÔNICA LUMINOTÉCNICA LÂMPADAS REATORES/IGNITORES LUMINÁRIAS 36 Lâmpadas - dispositivos elétricos que transformam energia elétrica em energia luminosa e/ou energia térmica. Luminárias - aparelho que distribui, filtra ou modifica a luz emitida por uma ou mais lâmpadas e que contém todas as partes necessárias para fixar e proteger as lâmpadas, e quando necessário, os circuitos auxiliares e os meios de ligação ao circuito. Reatores - equipamento auxiliar utilizado em conjunto com as lâmpadas de descarga (lâmpadas fluorescentes, vapor mercúrio, vapor de sódio e vapor metálico) que tem como objetivo limitar a corrente na lâmpada e fornecer as características elétricas adequadas. Os tipos de reatores encontrados no mercado são: eletromagnéticos e eletrônicos. Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA Lâmpadas e Luminárias e Reatores 37 Lâmpadas Incandescentes - funcionam através da passagem da corrente elétrica por um filamento de tungstênio, que com o aquecimento, gera a luz. • Eficiência: extremamente baixa • Vida útil: 800 horas • Índice de Reprodução de Cores (IRC): 100% • Uso: geral, residencial, plafons, arandelas, abajures, luminárias de pé. • Tensão de rede: 110 ou 220v • Podem ser dimmerizadas Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir Tipos e características de lâmpadas UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA 38 Lâmpadas Halógenas - funcionam em tensão de rede (110V/220V ou baixa tensão, possuem filamento de tungstênio e trabalham em conjunto com o gás halogênio). Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir • Eficiência: alta eficiência (baixa tensão de rede) • IRC: 100% • Vida útil: 2.500 horas • Tensão de rede: 110/220v e 12v • Uso: residencial decorativo e comercial • Lâmpadas de baixa tensão (12v) tem o controle de abertura de faixo (dicróicas e AR) e potência. • Podem ser dimmerizadas, aumentam a vida útil, reduz o consumo, reduz fluxo luminoso e a luz fica mais amarela. UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA 39 Lâmpadas Fluorescentes - funcionam a base de gases, trifósforos (combinação de fósforos e terras raras) para possibilitar alta eficiência, boa aparência e baixo consumo. Reatores são necessários. Quatro grupos: tubulares (comuns e alta resolução), eletrônicas (reatores integrados), circulares e compactas. Lâmpadas (18W/36W/58). • Eficiência: alta eficiência • IRC: 85% • Vida útil: de 7.500 à 10.000 horas • Tensão de rede: 110/220v • Uso: residencial e comercial • Podem ser dimmerizadas com reatores específicos Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA 40 Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir Lâmpadas Fluorescentes UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA 41 Lâmpadas de Descarga - uma descarga (alta pressão) elétrica entre os eletrodos leva os componentes internos (gases sódio, xenon, mercúrio) do tubo de descarga a produzirem luz, levam reatores e ignitores em sua composição. Necessitam de 2 a 15 min. para seu acendimento completo. Seus tipos são: Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA 42 • Multivapores Metálicos: são lâmpadas que combinam iodetos metálicos, com altíssima eficiência energética, excelente IRC, longa durabilidade e baixa carga térmica. Sua luz é muito branca e brilhante. • Vapor de Sódio: com eficiência energética de até 130 lm/W,de longa durabilidade,é a mais econômica fonte de luz. Com formatos tubulares e elipsoidais, emitem luz branca e dourada, baixo IRC, usadas em portos, estradas, estacionamentos, ferrovias, etc. • Vapor de Sódio Branca: emissão de luz branca, decorrente da combinação dos vapores de sódio e xenon, resultando numa luz brilhante como as halógenas e aparência de cor das incandescentes. Excelente IRC,usadas em hotéis, edifícios históricos, teatros, stands,etc. • Vapor Mercúrio: aparência branca azulada, eficiência de até 55lm/W, usadas em vias públicas e indústrias. • Lâmpadas Mistas: composta por filamento e um tubo de descarga, funcionam em 220v, sem uso de reator. Alternativa para a substituição das lâmpadas incandescentes. Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIAELÉTRICA 43 LED´s - Lighting Emitted Diodes. Led´s são dispositivos semicondutores que convertem energia elétrica diretamente em energia luminosa, através de chips de minúscula dimensão. Aquecidos, estes materiais condutores são constituídos de cristais de silício e é encapsulado por uma resina de epóxi transparente para direcionar a emissão da luz e proteger o elemento semicondutor. Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA 44 A composição para Led´s coloridos (vermelho, azul,verde,laranja e âmbar) se faz dos elementos químicos (gálio, arsênio, fósforo, alumínio e nitrogênio). A cor branca foi a mais recente a ser desenvolvida. De baixo consumo, vida útil extremamente longa, os led´s estão cada vez mais eficientes superando a eficiência das lâmpadas incandescentes. Os led´s são monocromáticos, emitem luz somente numa faixa do espectro da luz, por isso não se aplica IRC, nem temperatura de cor. • Potência: 0,1W à 0,5W • Vida útil: 100.000 horas • Tensão de rede: 10v ou 24v (necessita de fonte alimentadora) • Uso: iluminação de destaque, residencial, comercial e públ ico, sinalizadores de trânsito, fachadas de prédios, balizador es, iluminação de casas noturnas, etc Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir Tipos e características de lâmpadas UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA 45 Fibra Ótica - é um filamento de vidro ou de elementos poliméricos utilizado para transmitir pulsos de luz. Não pode ser dimmerizada. • Eficiência: baixa • Vida útil: 3.000 horas • Tensão de rede: 110/220v • Uso: em iluminação de destaque, comercial e residencial. Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA 46 Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA TIPO TEMPERATURA DE COR (K) "COR" DA TEMPERATURA FLUXO LUMINOSO (lm) 14W 4.000 amarela 1.350 28W 4.000 amarela 2.900 16W 4.100 branca 1.070 16W trifósforo 4.000 amarela 1.200 20W 5.000 branca 1.060 20W trifósforo 4.000 amarela 1.350 32W 4.100 branca 2.350 32W trifósforo 4.000 amarela 2.700 36W 6.100 branca 2.500 36W trifósforo 4.000 amarela 3.350 40W 5.000 branca 2.700 40W trifósforo 4.000 amarela 3.250 110W 5.000 branca 8.300 110W trifósforo 4.000 amarela 9.350 A tabela abaixo mostra as principais característica s das lâmpadas fluorescentes mais usuais: 47 Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir LUMINÁRIAS Definição: Aparelho que distribui, filtra ou modifica a luz emitida por uma ou mais lâmpadas e que contém todas as partes necessárias para fixar e proteger as lâmpadas, e quando necessário, os circuitos auxiliares e os meios de ligação ao circuito. Existe uma infinidade de tipos no mercado que atendem as mais variadas necessidades. O importante é encontrar o modelo mais adequado que englobe: Custo Total viável; Eficiência (Conservação de Energia); Segurança (Grau de proteção IP); Conforto (Reduzir o ofuscamento); Viabilidade Técnica; Qualidade dos Componentes dos Materiais; Tratamentos Químicos; Pintura; Estética; Funcionalidade, adequação ao ambiente, e proporcionar um bom efeito decorativo. UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA 48 Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir No caso de luminárias para edificações, embora se utiliza basicamente lâmpadas fluorescentes, a diversidade de tipos é extensa e variada, variedade esta provocada não só pelo número e potência das lâmpadas utilizadas e pelos modos de instalação e montagem, mas principalmente pela forma de controle de luz. Devido a esta diversidade, a classificação dos tipos de luminárias é bastante problemático, porém será apresentado aqui a classificação feita pela CIE (Comission Internacionale de L’Eclairage) baseada na percentagem do fluxo luminoso total dirigido para cima ou para baixo de um plano horizontal de referência. UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA 49 Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir Para melhor compreender os diversos tipos de luminárias, é importante observar a tabela abaixo: TIPOS DE LUMINÁRIAS UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA 50 Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir TIPOS DE LUMINÁRIAS UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA 51 Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir Reator eletromagnético - constituídos por um núcleo laminado de aço silício (com baixas perdas) e bobinas de fio de cobre esmaltado ou alumínio. Geralmente são impregnados com resina de poliéster adicionado com carga mineral, tendo um grande poder de isolação e dissipação térmica. Reator eletrônico - c onstituídos por capacitores e indutores para alta frequência, resistores, circuitos integrados e outros componentes eletrônicos. Operam em alta freqüência (de 20 kHz a 50 kHz). Essa faixa de operação quando bem projetada proporciona maior fluxo luminoso com menor potência de consumo, transformando assim os reatores eletrônicos em produtos economizadores de energia e com maior eficiência que os reatores eletromagnéticos. � UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA Tipos e características de Reatores 52 Fundamentos de Instalações Elétricas - Profº Ademir UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA Tipos e características de Reatores
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