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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS AMÉRICAS - FAM GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA DAILSON JOSÉ DE QUEIROZ LIMA - RA: 028646 SAMANTHA AMORIM REBOLLEDO - RA: 028638 LÂMPADAS DE LED, A VAPOR DE SÓDIO E A VAPOR DE MERCÚRIO São Paulo 2020 Dailson José de Queiroz Lima - RA: 028646 Samantha Amorim Rebolledo - RA: 028638 LÂMPADAS DE LED, A VAPOR DE SÓDIO E A VAPOR DE MERCÚRIO Trabalho apresentado a disciplina de Instalações Elétricas do curso de Bacharel em Engenharia Química, do Centro Universitário das Américas. Prof. Cesar Augusto Palacio Dantas. São Paulo 2020 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO………………………………………………………………….……… 3 2 OBJETIVO……………………………………………………………………………… 4 3 LÂMPADAS DE LED…………………………..….………………..…………………… 5 3.1 Características técnicas…………………………………………………………….. 5 3.1.1 Rendimento…………………………………………………………………………….. 5 3.1.2 Índice de reprodução de cor (IRC)…………………………………………………… 6 3.1.3 Tempo de vida útil……………………………………………………………………… 6 3.1.4 Potência para iluminar………………………………………………………………… 7 3.1.5 Intervalo de manutenção……………………………………………………………… 7 3.1.6 Utilização de mercúrio………………………………………………………………… 7 3.2 Tecnologia…………………………………………………..………………………… 7 3.3 Aplicação……………………………………………………..…………………..…… 9 4 LÂMPADAS A VAPOR DE SÓDIO…………………………..……………………… 11 4.1 Lâmpadas a vapor de sódio de baixa pressão…………………………………. 11 4.1.1 Características técnicas……………………………………………………………… 11 4.1.2 Tecnologia……………………………………………………………………………… 11 4.1.3 Aplicação………………………………………………………………………………. 12 4.2 Lâmpadas a vapor de sódio de alta pressão…………………………………… 12 4.2.1 Características técnicas……………………………………………………………… 12 4.2.2 Tecnologia……………………………………………………………………………… 13 4.2.3 Aplicação………………………………………………………………………………. 15 5 LÂMPADAS A VAPOR DE MERCÚRIO…………………………………………… 16 5.1 Características técnicas……………………………………………………………… 16 5.2 Tecnologia……………………………………………………………………………… 17 5.3 Aplicação………………………………………………………………………………. 18 6 CONCLUSÃO………………………………………………………………………….. 20 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA……………………………………………………………. 21 �2 1 INTRODUÇÃO Um dos fatores usados para medir o desenvolvimento de uma sociedade é o consumo energético, e a iluminação ocupa uma parte significativa desse indicador. Por isso, ao longo do tempo, diversas tecnologias e soluções vem sendo desenvolvidas referente a área da iluminação, consequentemente, cada vez mais estudos aprofundados surgem como suporte a tal setor. O que proporcionou o surgimento de vários tipos de lâmpadas para qualquer que seja a aplicabilidade. Durante muito tempo, as lâmpadas de descarga como, a vapor de sódio e a vapor de mercúrio, foram as mais utilizadas na iluminação pública e industrial, devido suas característica técnicas que mais se adequavam a ocasião. Porém, essas lâmpadas já alcançaram o auge do seu desenvolvimento tecnológico, e futuramente não conseguirão atender mais a demanda do crescimento tecnológico, abrindo espaço para novas tecnologias como as lâmpadas de LED. A tecnologia LED aparece em um cenário oportuno no setor de iluminação, ainda no inicio de seu desenvolvimento tecnológico, já vem se mostrando uma promissora tecnologia e com um amplo leque de aplicação, tais como: equipamentos elétricos e eletrônicos, semáforos, lanternas, painéis de automóveis, iluminação pública, iluminação industrial, iluminação comercial e residencial. Além, de ser uma ótima alternativa sustentável ao meio ambiente. O principal empecilho dessa tecnologia ainda é o seu custo de aquisição, o que pode ser compensado na utilização a longo prazo. Esse trabalho tem o objetivo não de mostrar qual tecnologia é melhor, mas sim de explicar as características técnicas, tecnologia e aplicação das lâmpadas a vapor de sódio, a vapor de mercúrio e as de LED, através de um estudo aprofundado. �3 2 OBJETIVO Esse trabalho consiste em pesquisar e estudar as lâmpadas de LED, a vapor de sódio e a vapor de mercúrio, bem como suas características técnicas, tecnologia e aplicabilidade. �4 3 LÂMPADAS DE LED 3.1 Características técnicas As luminárias a LED tem como característica a alta eficiência luminosa, baixo consumo de energia e alta durabilidade. O primeiro LED foi desenvolvido por volta dos anos 60 e tinham como características a emissão de luz na cor vermelha e de baixa intensidade luminosa, mas com o desenvolvimento de novos materiais semicondutores nos anos 70, apareceram os LEDs de cor verde e amarelo, que vieram juntamente com uma melhora expressiva na sua intensidade luminosa. No início dos anos 90 surgiram os LEDs azuis e brancos, permitindo a aplicação tecnológicas em várias áreas de iluminação (BAPTISTA, 2016). Na tabela a seguir, é possível observar a diferença de algumas das características técnicas entre as luminárias a LED e as luminárias tradicionais como as que usam lâmpadas de descarga a vapor de sódio de alta pressão (VSAP) e lâmpadas a vapor de mercúrio (VM) (SALES, 2012): Tabela 1 - Comparação entre luminárias tradicionais e luminárias a LED. Fonte: Sales (2012). 3.1.1 Rendimento Na iluminação pública do Brasil, as lâmpadas tradicionais a descarga conseguem atingir 140 lm/W para as lâmpadas a VSAP, enquanto as de LED alcançam um rendimento de 90 lm/W, porém já existem LEDs com rendimento de 160 e 206 lm/W no �5 mercado, vale lembra que os LEDs estão no início de seu desenvolvimento tecnológico (SALES, 2012). Agora se compararmos no período noturno, as lâmpadas VM e LEDs alcançam até 36% mais rendimento do que a VSAP, isso ocorrem por emitirem luz com um comprimento de onda menor. Pois, a visão humana tem a curva de sensibilidade à luz deslocada da região com maior comprimento de onda (escotópica) para a região com menor comprimento de onda (mesópica) durante a noite (SALES, 2012). 3.1.2 Índice de reprodução de cor (IRC) O IRC indica a aparência da cor da luz que é medida numa escala de 0 a 100. Por apresentar o IRC de 100, as lâmpadas incandescentes são referencia de comparação com outras lâmpadas. Os LEDs de alta potência que possuem IRC acima de 70, podem ser comparados as lâmpadas de vapor de mercúrio, esse nível de IRC reproduz de forma mais fidedigna as cores e detalhes de objetos, pois a luz proporciona uma alta qualidade de iluminação. Ao contrario dos LEDs, as lâmpadas VSAP tem um baixo IRC,por volta de 25 e a cor da sua luz amarelada, o que faz os objetos iluminados terem um tom amarelo, além de não reproduzir as cores originais (SALES, 2012). 3.1.3 Tempo de vida útil A tecnologia de uma lâmpada está interligada com sua durabilidade. No caso dos LEDs a vida útil pode variar de 50 mil horas à 100 mil horas, devido a temperatura de junção, ou seja, quanto menor a temperatura de junção maior a vida útil e seu fluxo luminoso, e vice versa (SALES, 2012). Em termos de sustentabilidade, os LEDs são muito vantajosos, pois contribuem significativamente para diminuição do impacto ambiental, pois tem o menor índice de descarte e todos seus componentes podem ser reciclados. Devendo seguir a logística reversa para eletroeletrônicos ao final da vida útil (BAPTISTA, 2016). �6 3.1.4 Potência para iluminar Devido os LEDs conseguirem uma distribuição mais homogênea da luz, eles gastam menos energia para ter a mesma performance de lâmpadas tradicionais. A media da economia energética é de 60% se comparado a VSAP (SALES, 2012). 3.1.5 Intervalo de manutenção Na iluminação pública, são mais usadas as lâmpadas VSAP de 400 W com uma vida útil de 24 mil horas, o que pode alcançar 6 anos de funcionamento, mas geralmente para evitar queimas antecipadas e blackout é efetuado a troca das lâmpadas em um intervalo de 4 em 4 anos. No caso do LED, a vida útil mínima é de 50 mil horas, que equivale aproximadamente 12,5 anos com uma utilização média de 11 horas por dia. Esse intervalo mais alongado de manutenção, permite reduzir custos com mão de obra e equipamentos (SALES,2012). 3.1.6 Utilização de mercúrio As lâmpadas de descarga usam o mercúrio em sua composição. Como o mercúrio é um produto químico tóxico, se for manuseado e descartado de forma incorreta, pode poluir o meio ambiente, além de ser prejudicial a saude humana. Como os LEDs não utilizam o mercúrio, não apresenta tal risco (SALES, 2012). 3.2 Tecnologia As lâmpadas de LED são formadas por diodos emissores de luz (Light Emission Diode), geralmente produzidos em ligações série paralelo, e possuem acoplados conversores de CA para CC. O LED se trata de um dispositivo semicondutor de junção P e N que emitem boa parte da energia na forma de luz, quando polarizados corretamente. A emissão da luz de um LED é monocromática, onde possui uma faixa de frequência bastante definida no espectro eletromagnético (BAPTISTA, 2016). O LED é um componente bipolar, possui um anodo e um catodo, que pode permitir ou não a passagem de corrente elétrica e consequentemente a geração de luz, dependendo de como é polarizado (semelhante a um interruptor) (SCOPACASA, 2004). �7 Figura 1 - Representação simbólica do LED. Fonte: Scopacasa (2004). No LED, a luz é gerada por um chip semicondutor, que é o componentes mais importante e tem medidas muito reduzidas, conforme é mostrado na figura de um LED convencional a seguir (SCOPACASA, 2004): Figura 2 - Componentes de um LED convencional. Fonte: Scopacasa (2004). Por outro lado, um LED de potência exige uma maior complexidade em seus componentes para assegurar um melhor desempenho em aplicações que necessitam de maior confiabilidade, tal complexidade é observada a seguir (SCOPACASA, 2004): �8 Figura 3 - Componentes de um LED de potência. Fonte: Scopacasa (2004). Ao contrário das luminárias tradicionais que estão do ápice de seu desenvolvimento, as luminárias a LED ainda estão no início desenvolvimento tecnológico. Os LEDs vem ganhando espaço no mercado desde na arquitetura para iluminação interior e exterior, até na iluminação pública. Isso vem ocorrendo depois da criação dos LEDs azuis em 1990 e a ampliação da emissão de luz em dezenas de lumens por watt (lm/W) (SALES, 2012). 3.3 Aplicação O LED possui uma leque bem abrangente de aplicação tecnológica, onde é muito aconselhável ser utilizados em locais que demandam grande gasto energético. São classificados conforme a sua aplicação, que representa o avanço dessa tecnologia, mas também pode ser classificado pelos tipos de LED que emitem luz colorida e luz branca (BAPTISTA, 2016): Figura 4 - Classificação dos LEDs. Fonte: Baptista (2016). �9 • LED indicativos – Usados como sinalizadores em equipamentos elétricos e eletrônicos, informando o status de determinadas funções destes equipamentos; • LED de alto brilho – utilizados principalmente em semáforos, lanternas, painéis de automóveis. • LED de potência – são os tipos de LED de alto brilho com maior intensidade luminosa, podendo ser utilizados em iluminação de emergência, iluminação de vias públicas e iluminação decorativa. Os LEDs de luz coloridas são derivados de combinações entre as cores vermelho, verde e azul, que dão origem a 16 milhões de cores distintas. Enquanto que os de luz branca são adquiridos por meio de um LED azul com uma camada de fósforo (BAPTISTA, 2016). Os LEDs vem se mostrando mais eficiente a cada dia, possuindo a tecnologia mais avançada do mercado, pois são totalmente eletrônicos. Esse tipo de lâmpada está se popularizando, devido a isso sua posição no mercado encontra-se em crescimento e os preços em queda, tendendo a substituir os outros tipos de luminárias tradicionais. O consumidor é atraído pela vida útil das lâmpadas de LED, chegando a durar até 50 vezes mais que uma incandescente, oferecendo uma economia na conta de energia de até 80% (BAPTISTA, 2016). Um ponto negativo que pode pesar contra as lâmpadas de LED é o seu IRC, Existem lâmpadas no mercado com o IRC maior que os do LED, sendo menos recomendado para aplicação em projetos que necessitam de uma alta reprodução de cores e maior brilho. Sem contar que o LED não suporta altas temperaturas, se limitando a uma faixa de temperatura de -20°C e 40°C, mesmo usando um dissipador (BAPTISTA, 2016). O diodo emissor de luz do LED, por ser uma tecnologia bem flexível, facilita no desenvolvimento de formatos e modelos inovadores com dimensões variadas para atender a demanda exigente do mercado consumidor (BAPTISTA, 2016). �10 4 LÂMPADAS A VAPOR DE SÓDIO 4.1 Lâmpadas a vapor de sódio de baixa pressão 4.1.1 Características técnicas As lâmpadas a vapor de sódio de baixa pressão consiste em um tubo de descarga em formato de U, cheio de gás argônio e neônio como gases de partida, possuem dois eletrodos sendo um em cada extremidade, contem também sódio metálico que será vaporizado ao longo do funcionamento (SOARES, 2010). O tubo de descarga é coberto por uma proteção de vidro de formato tubular, dentro dessa proteção há um vácuo e um revestimento de oxido de índio nas paredes internas, que executa uma função de uma espécie de refletor infravermelho para manter a parede do tubo de descarga na temperatura de 270ºC, ideal para o funcionamento (SOARES, 2010). Figura 5 - Lâmpadas a vapor de sódio de baixa pressão. Fonte: Soares (2010). A durabilidade da lâmpada a vapor de sódio de baixa pressão pode chegar a ser maior que 15 mil horas com a redução de 30% do fluxo luminoso nesse intervalo de tempo, sendo sua eficiência luminosa de 200 lm/W (SOARES, 2010). 4.1.2 Tecnologia O gás neônio dá inicio a uma descarga elétrica, causando um pequeno fluxo luminoso de colocação rosada e aumento da temperatura, que faz com que o sódio comece a vaporização. A lâmpada de vapor de sódio alcança seu estado ideal do fluxo �11 luminoso em cerca de 15 minutos, obtendo uma cor amarelada que ocasionado pela descarga no vapor de sódio (SOARES, 2010). 4.1.3 Aplicação A aplicabilidade desse tipo de lâmpada é muito limitada, pelo fato da sua luz ser monocromática, sendo somente possível o uso em ambiente que não necessita de um alto índice de reprodução de cores como, auto-estradas, portos, pátios de manobras, entre outras (SOARES, 2010). 4.2 Lâmpadas a vapor de sódio de alta pressão 4.2.1 Características técnicas Diferentemente das lâmpadas a vapor de sódio de baixa pressão, as de alta pressão funcionam com pressões mais altas, como o próprio nome já diz, sendo seu formato é parecido com as lâmpadas de mercúrio, com exceção apenas do tubo de descarga, que é feito de oxido de alumínio sintetizado translúcido e tem dimensões mais reduzidas. Entre o tubo de descarga e o bulbo externo existe um vácuo que tem como objetivo amenizar a perda de calor externa, aumentar a pressão no tubo de descarga e sua eficiência luminosa (SOARES, 2010). Figura 6 - Lâmpadas a vapor de sódio de alta pressão. Fonte: Soares (2010). �12 O tubo de descarga tem apenas o espaço necessário para conter um eletrodo em cada extremidade, sendo seu eletrodo semelhante ao da lâmpada de mercúrio de alta pressão. No interior de um tubo passante de nióbio, há uma haste de tungstênio que tem a como função possibilitar um grau de liberdade o posicionamento do tubo de descarga no interior do bulbo (USP, 2012). Figura 7 - Detalhes do eletrodo de uma lâmpada a vapor de sódio de lata pressão. Fonte: USP (2012). A durabilidade da lâmpada a vapor de sódio de alta pressão pode chegar a ser maior que 24 mil horas com a redução de 25% do fluxo luminoso nesse intervalo de tempo, sendo sua eficiência luminosa de 120 lm/W (SOARES, 2010). Podem ser encontradas em duas versões, a primeira de bulbo oval com uma camada difusora na parede interna e a segunda de bulbo tubular de cor clara. Devendo ser instaladas em ambientes que tenham o pé direito superior a 4 metros (SOARES, 2010). 4.2.2 Tecnologia De modo geral, as lâmpadasa vapor de sódio de alta pressão funcionam semelhantemente às outras lâmpadas de descarga, porém essas precisam de tensões mais elevadas para a partida, sendo necessário o uso de ignitor, devido ao formato do tudo de descarga (SOARES, 2010). �13 A solução mais viável para a estabilização da lâmpada no ponto de vista técnico- econômico foi o uso de reatores indutivos. Para efetuar a ignição na lâmpada, são aplicados pulsos de tensão com amplitude de 1.8 a 5.0 kV e largura de 1 ms a 15 ms entre os eletrodos. As lâmpadas a VSAP convencionais utilizam um ignitor externo, entretanto, existem lâmpadas a VSAP especiais que contem um dispositivo de ignição interno (USP, 2012). As lâmpadas VSAP que utilizam dispositivo de ignição interno são desenvolvidas para usar o mesmo reator e dispensar o ignitor, como as lâmpadas de vapor de mercúrio. O tubo de descarga é parecido com o das lâmpadas VSAP convencionais, a tensão de ignição é reduzida com a ajuda dos gases argônio e neônio e é utilizado uma concentração maior de mercúrio, para que seja obtida uma tensão de arco semelhante à da lâmpada de vapor de mercúrio de alta pressão (USP, 2012). O dispositivo de ignição interna tem uma chave termina que se inicia em curto- circuito e um fio em forma de espiral em torno do tubo de descarga. Há uma distribuição de potencial eletrostática na parte interna do tubo de descarga que é forçada pela circulação de corrente elétrica da espiral. E quando a ignição é efetuada, o tubo de descarga é aquecido fazendo com que a espiral seja eletricamente desconectada do circuito pelo disjuntor térmico (USP, 2012). Figura 8 - Estrutura da lâmpada VSAP com dispositivo de ignição interno. Fonte: USP (2012). Devido a composição dos gases existentes internamente na lâmpada, ocorrem varias mudanças de cores emitidas até chegar a sua cor branca-dourara, que pode demorar por volta de 3 a 4 minutos (SOARES, 2010). �14 4.2.3 Aplicação Como possuem propriedades de reprodução de cor melhores do que as de baixa pressão, o leque de aplicabilidade é maior, podendo ser usadas em vias públicas ferrovias, áreas de estacionamento, e todo tipo de iluminação externa, como também em iluminação interna de indústrias (SOARES, 2010). �15 5 LÂMPADAS A VAPOR DE MERCÚRIO 5.1 Características técnicas A Lâmpada de vapor de mercúrio de alta pressão (HPM – High Pressure Mercury), é formada por um tubo estreito de descarga transparente contendo três eletrodos, colocado em um bulbo de vidro, sendo que o interior do bulbo é revestido com uma camada de fósforo para ajustar índice de reprodução de cor (USP, 2012). Figura 9 - Lâmpadas a vapor de mercúrio de alta pressão. Fonte: USP (2012). A radiação visível emitida pela lâmpada VM de alta pressão tem um aspecto continuo de baixa intensidade, que apresenta as seguintes raias característica do mercúrio: amarela (578 nm), verde (546.7 nm), azul (435.8 nm) e violeta (404.7 nm). As lâmpadas que não contem revestimento de fósforo emitem luz com baixo índice de reprodução de cor (IRC=20), por causa da falta de raias vermelhas (USP, 2012). �16 As lâmpadas que utilizam revestimento de fósforo alcançam um índice de reprodução de cor igual a 50 e apresentam características como (USP, 2012): • Suporta elevadas temperaturas; • Banda de excitação para uma ampla faixa de comprimento de onda na região ultravioleta; • Banda de emissão de 620 nm a 700 nm. Na tabela a seguir, é possível observar as características de alguns modelos de lâmpadas a vapor de mercúrio com revestimento de fósforo (USP, 2012). Tabela 2 - Característica de alguns modelos de lâmpadas a vapor de mercúrio de alta pressão. Fonte: USP (2012). 5.2 Tecnologia O vapor de mercúrio está contido dentro do tubo de descarga, à uma pressão de 2 a 4 atm e argônio a 0,03 atm. O argônio age como um gás de partida, para diminuir a tensão de ignição e gerar o calor necessário para vaporizar o mercúrio. Devido as altas temperaturas, o tubo de descarga é de quartzo, que pode suportar temperaturas acima de 340ºC, evitando a absorção da radiação ultravioleta que é emitida pela descarga (USP, 2012). O bulbo de vidro tem um formato ovulado e contem nitrogênio, que serve para formar uma atmosfera protetora para diminuir a oxidação das partes metálicas, controlar a intensidade da radiação ultravioleta que alcança o revestimento de fosforo e melhora o isolamento térmico (USP, 2012). �17 As lâmpadas VM de alta pressão tem três eletrodos, sendo dois principais, um em cada extremidade do tubo de descarga e um outro auxiliar que fica próximo de um dos eletrodos principais. Os eletrodos principais são feitos de fio de tungstênio, revestido com oxido de bário para emissão de elétrons e enrolado em uma camada dupla sobre uma haste do mesmo metal (USP, 2012). Figura 10 - Estrutura interna da lâmpada a vapor de mercúrio de alta pressão. Fonte: USP (2012). Um reator indutivo faz a estabilização da descarga. Conforme a tensão de ignição aumenta, a pressão de vapor de mercúrio também aumenta. Quando a lâmpada alimentada por um reator indutivo convencional é desligada, é necessário aguardar de 3 a 5 minutos para que seja possível ligá-la novamente, esse é o intervalo de resfriamento da lâmpada (USP, 2012). 5.3 Aplicação As lâmpadas a vapor de mercúrio tem um alto fluxo luminoso e uma longa durabilidade, entretanto, sua eficácia luminosa é baixa. Sua principal aplicação é na iluminação publica (USP, 2012). Mas, pode também ter as seguintes aplicações (Alcelétrica, 2013): • Instalações industriais; • Iluminação pública: ruas e avenidas; • Prédios e praças públicas; • Estacionamentos e oficinas; �18 • Parques e jardins; • Monumentos e pontes. �19 6 CONCLUSÃO Este estudo mostra o quão complexo pode ser as lâmpadas, suas tecnologias e a amplitude de aplicação. Sendo um excelente e oportuno mercado para pesquisadores, especialistas e empreendedores, pois como todos os outro setores tecnológicos, a iluminação também vem buscando soluções inovadoras, afim de atender a grande demanda existente. As lâmpadas a vapor de sódio e a vapor de mercúrio, por mais que estejam no ápice de seu desenvolvimento tecnológico ainda tem espaço no mercado, pois podem se enquadrar nas exigências de determinados consumidores. Enquanto, as lâmpadas que usam tecnologia de LED mostram que a área da iluminação não está estagnada, vem se modernizando e buscando o desenvolvimento do setor. As lâmpadas de LED surgem com o objetivo de ampliar ainda mais a área de aplicação, trazendo soluções inovadores para o mercado e visando uma alternativa sustentável ao meio ambiente. Porém, a tecnologia LED ainda está no inicio do seu desenvolvimento tecnológico. �20 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA SALES, Roberto. Luminárias a Led na iluminação pública: características técnicas e viabilidade econômica. 2012. Disponível em: <https://www.osetoreletrico.com.br/wp- content/uploads/2012/06/Ed76_fasc_iluminacao_cap5.pdf> Acesso em: 12 abr. 2020. BAPTISTA, Thuanne F. Impacto no Sistema de Energia pela Troca das Lâmpadas Tradicionais por Lâmpadas LED. 2016. 129 f. TCC (Bacharel em Engenharia Elétrica). Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016. SCOPACASA, Vicente A. Introdução à Tecnologia de LED. Revista Lume Arquitetura, p. 5-11, 2004. Disponível em: <http://www.lumearquitetura.com.br/pdf/LA_Pro1/02%20- %20pro_leds_Vis%C3%A3o_Geral.pdf>. Acesso em: 14 abr. 2020. SOARES, Gustavo Pereira. Eficiência energética para sistemas de iluminação. 2010. 57 f. TCC (Bacharel em Engenharia Elétrica). Departamento de Engenharia Elétrica, Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, 2010. Lâmpadas Elétricas. Apostila de laboratório de instalações elétricas da Escola Politécnica da USP, São Paulo, 2012. ANDRÉ, Anderson Soares. Sistemas eletrônicos paralâmpadas de vapor de sódio de alta pressão. 2004. 142 f. Tese (Doutorado em Engenharia Elétrica). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004. SÁ, Helbert R. Estudo, projeto e desenvolvimento de um reator eletrônico, pela técnica de injeção de correntes harmônicas, para lâmpadas de vapor de sódio de alta pressão de 70 W. 2009. 149 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica). Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009. ALCELÉTRICA. Catalogo de lâmpadas de descarga de alta pressão. Disponível em: <http://www.alceletrica.com.br/pdf/Osram%20catlogo-geral-2013---lmpadas-de-descarga- de-alta-presso.pdf>. Acesso em: 14 abril 2020. �21 https://www.osetoreletrico.com.br/wp-content/uploads/2012/06/Ed76_fasc_iluminacao_cap5.pdf https://www.osetoreletrico.com.br/wp-content/uploads/2012/06/Ed76_fasc_iluminacao_cap5.pdf https://www.osetoreletrico.com.br/wp-content/uploads/2012/06/Ed76_fasc_iluminacao_cap5.pdf http://www.lumearquitetura.com.br/pdf/LA_Pro1/02%20-%20pro_leds_Vis%C3%A3o_Geral.pdf http://www.lumearquitetura.com.br/pdf/LA_Pro1/02%20-%20pro_leds_Vis%C3%A3o_Geral.pdf http://www.lumearquitetura.com.br/pdf/LA_Pro1/02%20-%20pro_leds_Vis%C3%A3o_Geral.pdf http://www.alceletrica.com.br/pdf/Osram%20catlogo-geral-2013---lmpadas-de-descarga-de-alta-presso.pdf http://www.alceletrica.com.br/pdf/Osram%20catlogo-geral-2013---lmpadas-de-descarga-de-alta-presso.pdf http://www.alceletrica.com.br/pdf/Osram%20catlogo-geral-2013---lmpadas-de-descarga-de-alta-presso.pdf
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