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Equipamentos e instrumentos na segurança do trabalho Aula 5: Agentes Físicos – Ruído Apresentação Vamos tratar, nesta aula, de um importante agente físico que tanto afasta os trabalhadores dos ambientes e lhes causa prejuízos irreversíveis: o ruído. Assim, trataremos tanto do ruído ocupacional, considerando seus aspectos normativos e enquadramentos nos conceitos de limites de tolerância e níveis de ação, já vistos em aulas anteriores, bem como as questões relacionadas ao ruído de impacto. Abordaremos o programa de conservação auditiva (PCA) e as principais doenças relacionadas ao ruído. Apresentaremos ainda os principais equipamentos de medições para este agente ocupacional e as respectivas técnicas de avaliações quantitativas, além dos modelos e�cientes de proteção dos trabalhadores. Objetivos Identi�car as diversas características do ruído, tanto ocupacional quanto de impacto; Conhecer o programa de conservação auditiva, o PCA, abordando as doenças características desta exposição e as formas de proteção dos trabalhadores, medidas de natureza médica e administrativa; Identi�car os mecanismos de avaliações quantitativas para o ruído. Risco físico – o ruído O ruído é, sem dúvida alguma, o agente físico que mais afasta os trabalhadores de suas atividades laborais. E com um sério agravante: depois da doença instalada, ela é irreversível, ou seja, a doença só progride ou, dependendo das medidas, poderá �car estacionada. Assim, é notório que a exposição ao ruído no ambiente de trabalho (lembre-se do termo “meio ambiente do trabalho”) tem gerado grande parte dos problemas dos pro�ssionais das áreas de saúde e administração. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Comentário Veri�camos, então, que o desconforto e a insegurança surgem fortes num contexto perverso, onde o mais fraco acaba por assumir o ônus do prejuízo, que pode se apresentar de várias formas. Esse “ônus” do prejuízo, que é a saúde dos trabalhadores expostos a essas fontes, re�ete de forma decisiva nos indicadores previdenciários. Fonte: Freepik Neste contexto, é fundamental registrar que as equipes de saúde ocupacional das empresas, e especialmente a �gura dos médicos do trabalho, são obrigados a decidir, qual é a melhor conduta a tomar frente a um trabalhador que apresenta alguma perda auditiva. Comentário Trabalhadores com mão de obra extremamente especializada, com reposições difíceis para as organizações, são utilizados mesmo com prejuízo para sua saúde. Em muitos casos, a perda auditiva é constatada no próprio exame admissional, mas, visto esta carência, ainda assim o médico acaba considerando o trabalhador apto para a admissão. É, sem dúvida alguma, uma difícil decisão que tem também uma contextualização social. Vamos nos reportar ao ilustre Prof. Eng. Ricardo Macedo (Portugal/CEE), e com toda a certeza não poderemos discordar de sua a�rmativa: a sociedade moderna tem multiplicado as fontes de ruído e aumentado o seu nível de pressão sonora. O ruído é uma das formas de poluição mais frequentes no meio industrial.” MACEDO, 2009 No Brasil, a surdez é a segunda maior causa de doença pro�ssional, sendo que o ruído afeta o homem, simultaneamente, nos planos físico, psicológico e social. Exemplo Vejamos alguns dos efeitos nocivos da exposição não controlada do ruído ocupacional: lesões nos órgãos auditivos; perturbações da comunicação; irritação; fadigas; e diminuição do rendimento laboral. Assim, podemos a�rmar categoricamente que o risco da lesão auditiva aumenta com o nível de pressão sonora e com a duração da exposição, mas depende também das características do ruído, sem falarmos da suscetibilidade individual. Para entendermos os reais efeitos nocivos do ruído, seja ele de qualquer fonte e natureza, é fundamental compreendermos que muitas vezes confundimos ruído com barulho, ou seja, quando o som ruim torna-se nocivo para o organismo humano, especialmente para o trabalhador. Quando abordamos especi�camente o termo “som”, estamos tratando de variações, também chamadas de oscilações reconhecidas pelo ouvido humano. Quando o som se torna indesejado, seja ele por qualquer meio de propagação, já temos neste caso o conceito de barulho. Os efeitos nocivos do som indesejado podem ser observados nos ambientes de trabalho, por exemplo, onde os mecanismos de produção, juntamente com os demais sons associados, são estabelecidos no conceito de limites de tolerância pela norma regulamentadora NR 15, que trata de insalubridade em seu Quadro I. E, ao ser ultrapassado em seus diversos enquadramentos, dizemos se tratar de ruído ocupacional. Atenção Assim, nem sempre o ruído ocupacional vai gerar uma perda auditiva induzida (PAIRO), mas poderá ser um fator de incomodidade (este é o termo correto) para os trabalhadores. Logo, o ruído não causará apenas a perda auditiva, mas também fadiga, irritação etc. O ruído, assim como o som normal, ou até mesmo o barulho, são medidos em decibéis, por meio de equipamentos especí�cos de medições, como o decibelímetro. Agora que já temos as principais de�nições em relação às questões do ruído ocupacional, vamos abordar seus principais tipos: contínuo, intermitente e de impacto. De�nição ampla dos principais tipos de ruído Clique nos botões para ver as informações. tem a característica de estabilidade, ou seja, não há variações em sua escala de propagação. Esse ruído é o mais característico nos ambientes de trabalho, e o de mais simples avaliação quantitativa;. Ruído contínuo já este agente, como seu próprio nome diz, não é contínuo, mas apresenta variações durante a jornada de 8 horas de trabalho, onde em determinado momento o trabalhador poderá estar exposto acima dos limites permitidos e, em outras faixas, muito abaixo;. Ruído intermitente trata-se das exposições extremamente severas e nocivas, com variações anormais de propagações do ruído, logo, representa o maior risco da perda auditiva para o trabalhador. Ruído de impacto Vamos então, enquadrar corretamente a questão do ruído, conforme segue abaixo: A Norma Regulamentadora NR 15 que trata de insalubridade, assim como a Norma Internacional NIOSH 01, deixa bem de�nido que, sob o ponto de vista ocupacional, se a origem do ruído não for de impacto, será sempre contínuo ou intermitente. Esta diferenciação é muito importante. Pela natureza, ruído contínuo e intermitente, estão muito próximos, logo, vamos diferenciá-los, até para medidas de controle, da seguinte forma: o ruído contínuo apresenta variações de 3 dB(A) em períodos sempre superiores a 15 minutos. Já o ruído intermitente, apresenta as mesmas variações variações de 3 dB(A), mas por períodos inferiores a 15 minutos. O ruído de impacto, seguindo o disposto no Anexo 2 da Norma Regulamentadora NR 15, é aquele que apresenta "picos" (este termo é fundamental), acústicos de um segundo em intervalos superiores a um segundo. Tanto o ruído contínuo quanto intermitente, podem gerar uma doença ocupacional nos trabalhadores, chamada de PAIRO - Perda Auditiva Induzida por Ruído Ocupacional. PAIRO é caracterizada por ser sempre bilateral. Logo, o trabalhador, se exposto a este risco, terá perda simétrica em ambos canais auditivos. O ruído de impacto, poderá gerar tanto a perda unilateral quanto bilateral, conforme a natureza de sua fonte. Assim, podemos a�rmar que trata-se, não de uma doença e sim de um acidente de trabalho (observem bem a diferença das abordagens do ruído). Os agentes químicos Vejamos a seguir os limites de tolerância estabelecidos para os diversos tipos de ruído. Esta informação é fundamental para propormos as medidas preventivas para os trabalhadores, conforme estabelece a norma regulamentadora NR 15 em seu Quadro I. Limites de tolerância Limites de tolerância estabelecidos para os diversos tipos de ruído pela NR 15. Fonte: Norma regulamentadora NR 15 Exemplo Observamos ao longo do tempo que o ruído no ambiente de trabalho tem diversas fontes: mecânica; choques;vibrações; aerodinâmica; ressonâncias (dutos); turbulências (curvas, cotovelos etc.); hidrodinâmica; cavitação; eletromagnética; magnetostrição; explosões etc. É muito importante destacar as seguintes referências normativas: Referências normativas para as fontes de ruído. Fonte: Norma regulamentadora NR 15 Melhores práticas preventivas para os ruídos ocupacionais Vamos agora abordar as melhores formas de proteção dos trabalhadores expostos a este importante agente nocivo que é o ruído ocupacional. Neste sentido, veri�que que sempre tratamos das melhores práticas preventivas adotando a hierarquia de ações preventivas: coletiva, administrativa e individual, nesta ordem. Assim, o objetivo não é simplesmente fornecer os equipamentos de proteção individuais aos trabalhadores, os EPIs, como os abafadores (conchas) ou os plugs de inserção. Na verdade, precisamos eliminar esse agente nocivo com projetos na fonte, como os de tratamento acústicos nas máquinas e equipamentos. Nem sempre esses projetos são de simples soluções, portanto, uma das alternativas é interromper a propagação do ruído no meio da transmissão (lembrando que a via aérea é “elástica” e de excelente propagação), por exemplo, instalando elementos absorvedores do ruído em paredes, tetos e pisos. Dica Uma medida administrativa seria a redução da jornada ou do tempo de exposição dos trabalhadores a este agente por meio dos equipamentos de proteção individuais. Programa de conservação auditiva (PCA) Clique no botão acima. O principal objetivo de um programa de conservação auditiva na indústria é a proteção da saúde do trabalhador, ou seja, prevenir que os trabalhadores expostos a níveis de ruído perigosamente altos desenvolvam perda auditiva induzida pelo ruído ocupacional (PAIR). O ruído é um dos “contaminantes” mais comum, encontrado facilmente tanto no nosso dia a dia como em grande parte dos processos industriais. O controle do ruído é uma questão de considerável importância econômica e social e, essa importância tem crescido progressivamente nos últimos anos. A característica multidisciplinar do PCA faz com que as habilidades, conhecimentos e experiências de cada pro�ssional envolvido no programa sejam aproveitadas ao máximo, integrando os trabalhadores expostos e aumentando consideravelmente as chances de sucesso. É totalmente possível atingir o objetivo de prevenção da perda auditiva induzida pelo ruído ocupacional se os requisitos mínimos forem cumpridos na organização de um PCA. No entanto, simplesmente cumprir com eles não garante que um programa será e�caz na prevenção da perda auditiva ocupacional. Um bom PCA ou um PCA pouco efetivo despenderá praticamente dos mesmos recursos de tempo, dinheiro e pessoal. Todas as etapas (de�nição de estratégias de medição, aquisição dos equipamentos de medição, realização das medições, as tomadas de decisão quanto ao uso de EPI’, sua aquisição, distribuição, armazenamento e cuidados, avaliações audiométricas periódicas, treinamentos dos envolvidos etc.) podem ser realizadas de uma maneira mais e�caz ou menos e�caz. Mas, independentemente disso, os recursos necessários serão basicamente os mesmos. Assim, é plenamente possível conseguir motivação tanto dos empregadores quanto dos empregados para uma implementação e�caz de um PCA em uma empresa, pois muitos benefícios podem ser observados para ambas as partes, como exempli�cado a seguir. Benefícios do programa de conservação auditiva: Prevenção da PAIR ocupacional; Melhoria da qualidade de vida visto que a perda auditiva afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, que é essencial para viver bem em sociedade; Redução dos impactos no organismo reduzindo o nervosismo, o estresse, doenças cardiovasculares e outros males ocasionados pela exposição excessiva ao ruído; Melhoria no trabalho: habilidade em dar e receber orientações, utilizar o telefone, ouvir sinais de alerta e sons de máquinas, aumento das chances de mobilidade de função dentro da empresa; Disponibilidade para o mercado visto que a perda auditiva diminui o potencial do indivíduo em conseguir um novo emprego; Manutenção da saúde: prevenção de problemas auditivos de origem não ocupacional, que podem ser detectados pelos exames anuais que fazem parte do PCA; Aumento da produtividade do empregado devido à redução do estresse e fadiga, relacionados à exposição ao ruído; Diminuição do índice de acidentes na empresa com os ganhos monetários diretos e indiretos; Manutenção da imagem da empresa com as práticas de políticas que dizem respeito à saúde e à segurança dos funcionários; Versatilidade dos empregados com o aumento das possibilidades de mobilidade de função, reduzindo gastos extras devidos a novas contratações e treinamentos; Redução da rotatividade de pessoal: melhoria do relacionamento entre os funcionários; Redução de gastos com a prevenção de perdas de dinheiro por possíveis pagamentos de indenizações. Avaliações quantitativas para o ruído ocupacional Para que as medidas de proteção dos trabalhadores sejam efetivas, é importante que as organizações possibilitem que pro�ssionais especializados realizem as avaliações técnicas nos ambientes de trabalho na avaliação do ruído ocupacional. Atenção Mesmo em ambientes onde, de forma qualitativa, esteja evidente a ausência deste agente nocivo, é importante sua avaliação técnica para a constatação desta ausência e o consequente tratamento direto nos locais onde a faixa quanti�cada esteja próxima dos níveis de ação, neste caso, em 80 dB(A)/8h. Vejam que as medidas devem ser tomadas a partir, ou até mesmo antes, deste indicador, não sendo correto, ou preventivo, as tomadas de decisões somente a partir dos limites de tolerância, até porque não podemos garantir que trabalhadores expostos na faixa entre o nível de ação e o limite de tolerância estejam protegidos. É possível que um trabalhador que atue com exposição a ruído ocupacional, sem proteção, a níveis de 83 dB(A)/8h adquira a perda auditiva induzida por ruído ocupacional (PAIRO)? A resposta é sim! Veja que ele pode estar abaixo dos limites de tolerância, mas não signi�ca que seja um parâmetro para a proteção de 100% dos trabalhadores expostos (talvez, estejamos na faixa “higienista” dos 10% desprotegidos). Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Comentário Logo, para que qualquer decisão ou planejamento sejam efetivamente implementados pelas empresas como gestão estratégica nos ambientes de trabalho é fundamental que sejam realizadas avaliações técnicas e quantitativas para o ruído ocupacional (que é o tema que estamos abordando). Entendemos que, para que essas medidas sejam implementadas, algumas perguntas devem ser respondidas pelas organizações, até para entendermos o seu nível de comprometimento com a saúde e proteção dos trabalhadores: As empresas pretendem apenas cumprir as normas regulamentadoras, especialmente a NR 15, para que não tenha exposições acima do limite máximo estabelecido por essa norma? As avaliações têm o objetivo de implementar os equipamentos individuais nos trabalhadores, como plugs de inserção e abafadores? O objetivo principal é avaliar o risco e, após a real identi�cação de sua fonte, eliminá-los por meio de projetos coletivos? A empresa somente quer cumprir tais ações para não ser multada ou ter sua imagem prejudicada? Ou a empresa necessita implementar medidas preventivas após essas avaliações com vistas a possíveis certi�cações em segurança e saúde ocupacional? Passos fundamentais para as medições ocupacionais do ruído Vamos apresentar agora os passos fundamentais para as medições ocupacionais do ruído. Esta metodologia é necessária para o sucesso das ações preventivas e para o bom resultado nas avaliações técnicas quantitativas deste agente ocupacional. Clique nos botões para ver as informações. Realize uma completa pesquisa de "triagem" para saber onde há problemas de ruído. O objetivo é identi�car onde há a presença de ruído nocivo.Se os níveis de ruído forem de 80 dB (A) ou mais, é necessário realizar uma pesquisa de ruído adicional; Passo 1 Uma pesquisa de nível de ruído é um método sistemático para medir os níveis de pressão sonora de equipamentos ou tarefas especí�cos, em uma área ou perto de uma pessoa. Os tipos de pesquisas de nível de ruído incluem: a) uma pesquisa básica para se quanti�car o ambiente de ruído, produzir mapas de ruído e determinar se é necessária uma pesquisa mais abrangente; b) uma pesquisa abrangente que deve envolver a coleta de informações detalhadas sobre tarefas, áreas ou equipamentos especí�cos. Os resultados são úteis para determinar as exposições a ruídos dos trabalhadores, fazer atribuições de protetores auditivos e identi�car quem está dentro ou fora do programa de conservação auditiva; e c) Uma pesquisa de controle de ruídos que deve concentrar-se na identi�cação e priorização de opções para reduzir o risco de ruídos usando controles de engenharia ou administrativos; Passo 2 Criar um plano de amostragem de ruídos no qual os resultados da pesquisa básica de nível de ruído e suas observações de como o ruído oscila durante o dia do trabalho podem ajudar você a desenvolver um plano sobre quantas medições precisam ser feitas para avaliar com precisão as exposições a ruídos em cada área e para cada tarefa ou descrição de trabalho. Geralmente, são necessárias mais amostras quando os resultados da pesquisa básica estão próximos do limite de exposição ocupacional a ruídos e quando a variabilidade dos resultados da pesquisa de ruídos é alta. Podem ser necessárias menos amostras se os níveis de ruído em suas pesquisas estiverem bem abaixo do limite de exposição ocupacional e os níveis de ruído forem menos variáveis; Passo 3 Monitorar as exposições a ruídos dos funcionários visto que a medição da exposição a ruídos requer uma média dos níveis de ruído ao longo do tempo. O monitoramento da exposição a ruídos é frequentemente incluído como parte de uma extensa pesquisa de ruído. O objetivo do monitoramento da exposição a ruídos é determinar a média ponderada de tempo de 8 horas ou a dose de ruído acumulada de um trabalhador durante o turno de trabalho (dose de ruído pessoal). Também é usado para medir como o ruído varia ao longo do tempo de acordo com a tarefa do trabalho. Passo 4 Instrumentos de medição Falaremos agora sobre os instrumentos de medição de ruído. Acompanhe. Medidores de nível de som avançados Além de medir e exibir os níveis de som, os medidores de nível de som avançados podem calcular a média ou integrar os níveis de som ao longo do tempo. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Comentário Esta é uma função importante porque o risco de perda de audição e os limites de exposição a ruídos são baseados nos níveis de som médios que foram medidos. Esses medidores de nível de som também podem ter �ltros especiais para medir o ruído de impulso/impacto ou �ltros de banda de oitava para dividir o espectro de som em segmentos menores. Dosímetros de ruído pessoal Os dosímetros de ruído pessoal são dispositivos portáteis usados pelos trabalhadores por longos períodos de tempo durante o turno de trabalho. No �nal do período de amostragem, o instrumento calcula automaticamente a média ponderada pelo tempo, a dose de ruído e outras métricas importantes. Os regulamentos exigem que os empregadores usem uma amostragem pessoal representativa quando os trabalhadores se deslocam com frequência e/ou quando os níveis de ruído são variáveis. Calibradores acústicos Todos os instrumentos de medição de ruído precisam ser calibrados frequentemente. Dica Recomenda-se que os instrumentos sejam calibrados anualmente pelo fabricante para garantir a precisão do dispositivo de medição. Cada vez que um instrumento de medição de som é usado, ele deve ser conferido com um calibrador acústico, projetado para esse instrumento. A leitura do nível de ruído deve ser a mesma no início e no �nal de cada período de medição. Microfones Os instrumentos de medição de ruído são categorizados por tipo ou classe de acordo com a precisão dos microfones. Os instrumentos de uso geral Tipo 2 (classe 2) são projetados para ter +/- 2 dB de precisão. Para a maioria das medidas de ruído do programa de conservação auditiva, é considerado adequado um instrumento Tipo 2. Um instrumento mais preciso Tipo 1 pode ser usado por engenheiros para realizar pesquisas detalhadas sobre controle de ruído, mas geralmente ele não é necessário para pesquisas básicas de nível de ruído. Atividade Marque a única alternativa incorreta em relação aos benefícios quanto a implementação do programa de conservação auditiva (PCA): a) Evitar a perda auditiva. b) Redução do nível de estresse no ambiente de trabalho. c) Melhoria da capacidade de comunicação entre os trabalhadores. d) Melhoria da qualidade de vida no trabalho. e) Aumento do absenteísmo. Marque a opção que caracteriza os objetivos dos dosímetros de ruído pessoal: a) O instrumento calcula automaticamente a média ponderada pelo tempo, a dose de ruído e outras métricas importantes. b) O instrumento calcula automaticamente a média aritmética pelo tempo, a dose de ruído e outras métricas importantes. c) O instrumento aponta o valor instantâneo de medição pelo tempo, a dose de ruído e outras métricas importantes. d) O instrumento calcula o valor do ruído ambiental e não por doses no trabalhador. e) O instrumento necessita de cálculos adicionais para a avaliação ambiental dos ruídos de base. Quais são os limites de tolerância para ruído de impacto? a) LT = 100 dB(linear)/dB, ccto linear e resposta de impacto, ou, LT = 160 dB(C) (fast)/dB, ccto FAST, compensação “C”. b) LT = 80 dB(linear)/dB, ccto linear e resposta de impacto, ou, LT = 85 dB(C) (fast)/dB, ccto FAST, compensação “C”. c) LT = 130 dB(linear)/dB, ccto linear e resposta de impacto, ou, LT = 120 dB(C) (fast)/dB, ccto FAST, compensação “C”. d) LT = 30 dB(linear)/dB, ccto linear e resposta de impacto, ou, LT = 20 dB(C) (fast)/dB, ccto FAST, compensação “C”. e) LT = 110 dB(linear)/dB, ccto linear e resposta de impacto, ou, LT = 90 dB(C) (fast)/dB, ccto FAST, compensação “C”. Notas Título modal 1 Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. 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