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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA – UNAMA
CURSO DE ENFERMAGEM
ANA PAULA TRINDADE DE OLIVEIRA
ANDREZA QUEIROZ ASSUNÇÃO
LILIAN IZABELE SODRÉ DA SILVEIRA
A PERCEPÇÃO DE ADOLESCENTES SOBRE A EDUCAÇÃO SEXUAL NA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS 
Ananindeua - Pa
2021
ANA PAULA TRINDADE DE OLIVEIRA
ANDREZA QUEIROZ ASSUNÇÃO
LILIAN IZABELE SODRÉ DA SILVEIRA
A PERCEPÇÃO DE ADOLESCENTES SOBRE A EDUCAÇÃO SEXUAL NA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina TCC II, do curso de Bacharel em Enfermagem, da Universidade da Amazônia, UNAMA, como requisito parcial para obtenção da graduação em Enfermagem.
Orientadora: Profª. Me. Lidiane de Nazaré Noronha Ferreira Baia
Ananindeua -Pa
2021
ANA PAULA TRINDADE DE OLIVEIRA
ANDREZA QUEIROZ ASSUNÇÃO
LILIAN IZABELE SODRÉ DA SILVEIRA
A PERCEPÇÃO DE ADOLESCENTES SOBRE A EDUCAÇÃO SEXUAL NA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina TCC II, do curso de Bacharel em Enfermagem, da Universidade da Amazônia, UNAMA, como requisito parcial para obtenção da graduação em Enfermagem.
Orientadora: Profª.Me. Lidiane de Nazaré Noronha Ferreira Baia
Data da aprovação: 16/12/2021
Banca examinadora: 
______________________________________ - Orientadora - Unama
Profa. Me Lidiane de Nazaré Noronha Ferreira Baia
______________________________________- Examinador Interno - Unama
Prof. Me Yasmin Martins de Sousa
______________________________________- Examinador externo
Enfermeiro Esp. Wilker Silva Alves
Dedicamos este trabalho primeiramente à Deus, porque Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. Dedicamos a nós, que superamos todas as dificuldades que surgiram ao longo de 5 anos de formação; aos nossos familiares que nos apoiaram e incentivaram quando precisamos; e aos amigos que fizemos e que tornaram essa caminhada mais leve.
“Escolhi os plantões, porque sei que o escuro da noite amedronta os enfermos. Escolhi estar presente na dor porque já estive muito perto do sofrimento. Escolhi servir ao próximo porque sei que todos nós um dia precisamos de ajuda. Escolhi o branco porque quero transmitir paz. Escolhi estudar métodos de trabalho porque os livros são fonte saber. Escolhi ser Enfermeira porque Amo e respeito a vida!”
 (Florence Nightingale)
RESUMO
Introdução: Os adolescentes estão iniciando sua vida sexual cada vez mais cedo, e isso os torna despreparados para lidar com sua sexualidade, por ainda não terem recebido informações o suficiente sobre os perigos que ela trás; O fato de não conhecerem as ISTs e como se prevenir acaba os deixando suscetíveis às infecções, e como ainda não é comum que essas informações sejam repassadas dentro de casa ou nas escolas, surge a necessidade da educação sexual com adolescentes. Objetivo: Analisar o conhecimento de adolescentes sobre a educação sexual na prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, tendo como bases de dados a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS); Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); Biblioteca Eletrônica Scientific Eletronic Library Online (SciELO); Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF), foram selecionados artigos do ano de 2017 ao ano de 2021. Como critérios de inclusão foram selecionados artigos originais completos disponíveis online, no idioma português. E como critérios de exclusão, optou-se em não utilizar estudos com tangenciamento do tema, estudos duplicados nas bases de dados, estudos que foram publicados fora da linha temporal, estudos sobre relatos de experiência. Resultados e Discussão: Após a leitura dos resumos/íntegra, selecionaram-se 9 artigos na LILACS, 9 artigos na base SciELO, 5 na BDENF e nenhum na MedLine, com o total de 23 artigos para análise, todavia, dentre estes artigos analisados na íntegra, poucos responderam à questão norteadora, restando apenas 13 artigos. Dentre os 13 artigos encontrados nessa produção, 03 (30%) foram publicados em 2017 (A3, A6, A8), 01 (10%) em 2018 (A5), 04 (25%) em 2019 (A1, A4, A7, A12), 03 (20%) em 2020 (A9, A10, A11) e 02 (15%) em 2021 (A2, A13). Observou-se lacunas durante a análise dos artigos selecionados, e um déficit em relação ao nível de conhecimento dos adolescentes. Porém, a análise dos dados contribuiu no enriquecimento científico do trabalho, através de dados estatísticos e pesquisas pode-se ratificar a importância do tema e os benefícios que sua ideia trará ao público alvo. Além de somar na educação e princípios extracurriculares dos discentes participantes Conclusão: Com o trabalho conseguiu-se identificar essa lacuna que existe na educação dos adolescentes quando se trata da sexualidade, e validou a necessidade de colocar em prática essa ideia. Portanto, os pais ou responsáveis, as escolas e os profissionais de saúde devem estar habilitados para desenvolver a educação sexual de adolescentes. 
Descritores: Educação sexual; Doenças sexualmente transmissíveis; adolescentes; sexualidade.
ABSTRACT
Introduction: Adolescents are starting their sex life at an earlier age and this makes them unprepared to deal with their sexuality as they have not yet received enough information about the dangers it brings. The fact that they do not know about Sexually Transmitted Infections (STIs) and how to prevent it ends up leaving them susceptible to infections, and as it is still not common for this information to be passed on at home or in schools, there is a need for sexual education with adolescents. Objective: To analyze the knowledge of adolescents about sexual education in the prevention of Sexually Transmitted Infections. Methods: This is an integrative literature review, using the Virtual Health Library (VHL) as databases; Latin American and Caribbean Literature on Health Sciences (LILACS); Scientific Electronic Library Online Electronic Library (SciELO); Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) and Nursing Database (BDENF), articles published from 2016 to 2021 were selected. The inclusion criteria defined for the selection of articles were: articles published in newspapers and magazines, full original articles available online, guides and dissertations, in Portuguese. And as exclusion criteria, it was decided not to use studies with a tangent to the theme, duplicated studies in the databases, published outside the stipulated period, studies on experience reports and studies whose objectives, results or conclusions do not answer about sexual education nor about the adolescents' knowledge about STI's. Results and Discussion: After reading the abstracts/full, 9 articles were selected in LILACS, 9 articles in SciELO, 5 in BDENF and none in MedLine, with a total of 23 articles for analysis, however, among these articles analyzed in full, few answered the guiding question, leaving only 13 articles. Among the 13 articles found in this production, 03 (30%) were published in 2017 (A3, A6, A8), 01 (10%) in 2018 (A5), 04 (25%) in 2019 (A1, A4, A7, A12), 03 (20%) in 2020 (A9, A10, A11) and 02 (15%) in 2021 (A2, A13). Gaps were observed during the analysis of the selected articles, and a deficit in relation to the adolescents' level of knowledge. However, data analysis contributed to the scientific enrichment of the work, through statistical data and research, it is possible to confirm the importance of the topic and the benefits that your idea will bring to the target audience. In addition to adding to the education and extracurricular principles of the participating students. Conclusion: This work was able to identify this gap that exists in the education of adolescents when it comes to sexuality, and validated the need to put this idea into practice. Therefore, parents or guardians, schools and health professionals must be able to develop sexual education foradolescents.
Descriptors: Sex education; Sexually Transmitted Infections; Teenagers; Sexuality.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – Corrimento causado pela uretrite gonocócica e conjuntivite gonocócica..................................................................................................................16
FIGURA 2 – Lesões de pele nas mãos e pés causadas pela sífilis............................17
FIGURA 3 – Cervicite por clamídia em uma paciente do sexo feminino caracterizado por corrimento cervical mucopurulenta, eritema e inflamação....................................................................................................................19
FIGURA 4 – Vaginose Bacteriana................................................................................21
FIGURA 5 – HPV..........................................................................................................23
FIGURA 6 – Herpes genital feminino e masculino.......................................................25
FIGURA 7 – Perda de peso associada ao HIV.............................................................26
FIGURA 8 – Fluxograma do processo de busca e seleção dos artigos para análise, 2021.…………………………………………………….....................................................37
FIGURA 9 – Mapa do Brasil com o quantitativo das publicações em suas regiões..........................................................................................................................38
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – Caracterização dos artigos que compõe a amostra final da coleta de dados........................................................................................................................34
TABELA 2 – Metodologia empregada dos artigos selecionados............................36
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	12
1.1 Justificativa	13
1.2 Problematização	13
1.3 Questões norteadoras	14
2 OBJETIVOS	15
2.1 Objetivo geral	15
2.2 Objetivos específicos	15
3 REVISÃO DE LITERATURA	16
3.1 	As principais infecções sexualmente transmissíveis na adolescência	16
3.1.1 Gonorreia	16
3.1.2 Sífilis	17
3.1.3 Clamídia	19
3.1.4 Vaginose Bacteriana								 21
3.1.5 Papilomas Vírus Humano (HPV)	22
3.1.6 Herpes Genital	24
3.1.7 Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)	26
3.2 A importância da educação sexual na adolescência	27
3.3 O papel do enfermeiro na educação sexual de adolescentes	28
4 METODOLOGIA	29
4.1 Delineamento do estudo	29
4.2 Procedimentos metodológicos	30
4.2.1 Etapa 1 - Estabelecimento do tema e questão de pesquisa	30
4.2.2 Etapa 2 - Estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão dos artigos e busca na literatura.	30
4.2.3 Etapa 3 - Definição de informações a serem extraídas dos artigos selecionados.	31
4.2.4 Etapa 4 - Análise crítica dos estudos incluídos	32
4.2.5 Etapa 5 - Discussão e apresentação dos resultados	32
4.2.6 Etapa 6 - Apresentação da Revisão Integrativa	32
4.3 Aspectos éticos	32
5 RESULTADOS	33
6 DISCUSSÃO	39
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS	43
 REFERÊNCIAS	
 ANEXO A	
1 INTRODUÇÃO
	A adolescência e juventude são construções culturais e sociais que tem como base a idade. Segundo Brasil (2018), a adolescência é caracterizada como um período de 10 a 19 anos e compreende como juventude a população de 15 a 24 anos (CIRIACO et al., 2019; BRASIL, 2018). É comum na adolescência surgirem muitas dúvidas em relação a sexualidade, pois é onde o corpo de criança passa a ganhar características de adulto, e junto com as mudanças no corpo acontece as mudanças hormonais, como o aumento na libido, iniciando então o estímulo sexual. E nesse novo universo desconhecido para eles surge a necessidade de orientá-los sobre a educação sexual (CIRIACO et al., 2019).
É importante ressaltar que em 2016, o Ministério da Saúde, por meio do Decreto nº 8.901, modificou a nomenclatura de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) para Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), pois no entendimento clínico o termo “doença” denota o aparecimento de sintomas e sinais visíveis no organismo, enquanto “infecções” tem como objetivo enfatizar a inclusão de períodos sem sintomatologia aparente (BRASIL et al., 2019; CIRIACO et al., 2019).
Educação Sexual é um termo que visa proporcionar conhecimento e esclarecer dúvidas sobre temas relacionado à sexualidade. É extremamente importante que haja essa orientação para promover a prevenção entre os adolescentes. Vale ressaltar que Educação Sexual não é resumida somente a infecções que causam sintomas, mas que deve abranger também as infecções assintomáticas, deixando claro a importância do uso de preservativos, pois nem sempre será perceptível no parceiro a contaminação (BRASIL et al., 2019; CIRIACO et al., 2019). Deve-se ter em mente que informação não é sinônimo de incentivo para uma prática mais precoce, portanto esse tema precisa ser cada vez mais claro para que haja a conscientização, fazendo com que a prevalência de ISTs diminua em adolescentes e que torne a atividade mais segura (CIRIACO et al., 2019).
1.1 Justificativa
O conhecimento e comportamento sobre a educação sexual é importante para esclarecer dúvidas acerca das ISTs e também auxiliar na prevenção da sua ocorrência. Ela torna-se essencial para favorecer a promoção da relação sexual protegida entre adolescentes e jovens (GENZ et al., 2017; LIMA, 2017). Segundo Amorim et al. (2019) uma a cada quatro mulheres adolescentes já se infectou por alguma IST, e a que mais ocorre entre elas é a infecção por clamídia. De acordo com Mendes et al. (2018) houve um aumento gradativo das infecções entre indivíduos muitos jovens, principalmente em sífilis e HIV.
Muitos adolescentes iniciam a vida sexual antes dos 15 anos e quando são do sexo masculino, eles se colocam em situação de risco por que geralmente se associa a uso de álcool e tabaco. Isso tudo confirma a necessidade do diálogo, sendo o ambiente da escola um dos mais adequados para o fornecimento de informações corretas (CASTRO et al., 2020).
De acordo com a OMS metade das infecções por HIV é concentrada na faixa etária entre 10 a 24 anos (LIMA, 2017). Um dos fatores que causa prática sexual insegura é a falta de informações, pela ausência de comunicação com familiares, a falta da educação sexual nas escolas, pela existência de tabus, por medo de assumir uma relação sexual perante a família (LIMA, 2017).
Segundo Pereira et al. (2020) o baixo nível econômico caracteriza-se como um determinante, pois entre os adolescentes afetados com IST, uma grande parcela pertence à indivíduos de baixa renda, provenientes de escolas públicas e com maiores dificuldades no acesso às informações adequadas. 
1.2 Problematização
	A adolescência é para todos uma fase confusa e complicada, pois é onde as mudanças começam a surgir, o corpo que antes era de criança, passa a ganhar novas características. E todas essas mudanças acabam sendo difíceis de lidar, muitos nem às conhece, sendo pegos de surpresa. E além das mudanças físicas aparecem as mudanças fisiológicas, com a produção maior de hormônios, surge também o interesse pela sexualidade (CIRIACO et al., 2019; VIEIRA et al., 2017). 
E em meio a esse turbilhão de novos acontecimentos as informações podem ser escassas, os pais ou responsáveis não tem o costume de conversarem com os filhos sobre sexualidade, pois ainda existe um enorme tabu sobre esse assunto, e esse bloqueio é passado de geração em geração, fazendo com que esse adolescente receba essas informações de forma errônea, seja na televisão, nas ruas ou na escola através de outros adolescentes que sabem tanto quanto ele. E isso se torna uma mazela, pois iniciam sua vida sexual sem saber dos perigos que ela apresenta, sem saber o que são ISTs e como evita-las, tornando-os vulneráveis a esses problemas. (ALMEIDA et al., 2017). 
1.3 Questões Norteadoras
A população adolescente apresenta características que geram risco de contaminação por ISTs, por isso são considerados um grupo prioritário nas campanhas de prevençãodevido a esse alto risco de adquirir uma IST. A falta de percepção da própria vulnerabilidade, com conhecimento escasso e equivocado os tornam despreparados para lidar com a própria sexualidade, tem dificuldades na tomada de decisões, não possuem identidade totalmente definida, passam por conflitos entre razão e sentimento e é regido por uma necessidade de se sentir inserido em algum grupo social. Essas questões tornam a população jovem suscetível às ISTs (CIRIACO et al., 2019; VIEIRA et al., 2017).
De acordo com Maia et al. (2020) ainda existe uma dificuldade de enfrentar questões sobre a educação sexual nas instituições educacionais, o que não deveria ocorrer. Essa ausência de discussão sobre o tema pode ser explicada e relacionada a indivíduos, como alguns educadores e pais de adolescentes, que ainda acreditam que a educação sexual é algo incerto, que essa abordagem pode estimular jovens e adolescentes a praticarem precocemente o sexo e que isso deve ser evitado.
Nos dias atuais, apesar dos adolescentes e jovens já possuírem um certo acesso a informações de prevenção contra IST e prevenção contra a gravidez, ainda são influenciados pelo seu contexto social que está ligado diretamente ao seu nível econômico e de escolaridade, ou seja, as informações podem chegar e ainda sim, serem escassas. Ademais, o diálogo sobre sexualidade ainda é limitado também, pois existem pais e profissionais contra tais informações devido aos seus valores e condutas construídos durante toda sua vida (CIRIACO et al., 2019; MAIA et al., 2020; VIEIRA et al., 2017). 
Ao final teremos as seguintes questões norteadoras:
- Qual o quantitativo de estudos sobre a temática?
- Qual a abordagem metodológica desses estudos?
- Quais as dúvidas e o nível de conhecimento dos adolescentes sobre as principais ISTs? 
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Analisar o conhecimento de adolescentes sobre a educação sexual na prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis.
2.2 Objetivos específicos
Identificar o quantitativo de estudos que abordem a temática; 
Verificar o perfil metodológicos dos estudos detectados; 
Identificar o conhecimento sobre as principais ISTs;
Citar as principais dúvidas citadas pelos adolescentes sobre ISTs.
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 As principais infecções sexualmente transmissíveis na adolescência
3.1.1 Gonorreia
A gonorreia (figura 1), causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, continua sendo uma das IST mais comum no mundo. O problema é frequente em ambos dos sexos, costuma afetar a uretra e o colo do útero, bem como o reto e a garganta, quando se pratica sexo anal e oral, respectivamente (SANTOS, 2020; SOUSA, 2020).
Figura 1 – Corrimento causado pela uretrite gonocócica e conjuntivite gonocócica.
Fonte: slideplayer.
Segundo Sousa e Santos (2020) a gonorreia é altamente contagiosa e se manifesta de maneira diferente no sexo feminino e masculino. Nos homens, causa uretrite aguda altamente sintomática, com secreção uretral purulenta, quase sempre amarelo esverdeado e disúria acentuada. Nas mulheres a infecção gonocócica geralmente é assintomática, mas quando os sinais da gonorreia aparecem no sexo feminino, tendem a envolver secreção vaginal e dor ao transar e ao urinar. É muito mais comum os sintomas serem mais fáceis de diagnosticar nos homens devido a esse exsudato purulento do pênis e dor ao urinar resultante. As manifestações clínicas em mulheres têm maior probabilidade de passar despercebidas, pois a inflamação não ocorre no mesmo nicho que a micção e, portanto, é menos provável que seja dolorosa. Além disso, sintomas de infecção da gonorreia nas mulheres são mais inespecíficos, como o corrimento vaginal que pode ser confundido com vaginose bacteriana, infecção por fungos ou variação hormonal nas secreções vaginais.
Conforme Sedicias (2021), o diagnóstico da gonorreia é feito pelo ginecologista ou urologista a partir de exames físicos e resultado de exames laboratoriais, principalmente microbiológicos, que são feitos a partir da análise de urina, secreção vaginal ou da uretra, no caso dos homens, que são coletadas em laboratório especializado. 
O tratamento é realizado com o uso de azitromicina em comprimidos e ceftriaxona em injeção única para eliminar a bactéria que causa a infecção. O indivíduo infectado deve seguir o tratamento corretamente mesmo que os sintomas não existam mais e deve evitar ter relações sexuais até estar completamente curado. É muito importante realizar o diagnóstico precoce e tratar, mesmo quando não há sintomas, com isso, o risco de transmissão da gonorreia para outras pessoas cai consideravelmente (SANTOS, 2020; SEDICIAIS, 2021).
3.1.2 Sífilis
Figura 2 – Lesões de pele nas mãos e pés causadas pela sífilis.
 Fonte: Hospital Nossa Senhora da Conceição, blog.
Conforme Araújo et al. (2017) a sífilis é uma infecção de caráter sistêmico sendo causada pela espiroqueta Treponema pallidum exclusiva do ser humano, e que, quando não tratada precocemente, pode evoluir para uma enfermidade crônica com sequelas irreversíveis em longo prazo.
Segundo Sousa (2020) a sífilis possui evolução crônica e é altamente contagiosa, dependendo da via de transmissão, a sífilis pode ser classificada em adquirida ou sífilis congênita, podendo, também, acontecer a transmissão por objetos contaminados e transfusão sanguínea. Em geral, passa por três estágios: primário, secundário e terciário.
 A pessoa infectada com a sífilis primária, possui uma ferida ulcerada, indolor e bem delimitada, com as bordas endurecidas no local da penetração do treponema. Esta etapa da infecção é denominada cancro duro. A fase secundária é identificada entre duas a três semanas depois da cicatrização do cancro duro com sintomas de mal-estar, cefaleia, artrite, febre baixa e adenopatia indolor. Nesta etapa pode se desenvolver lesões cutâneas características com as roséolas sifilíticas (figura 2). Já na sífilis terciaria ou tardia pode levar ao comprometimento cardiovascular e neurológico, que pode se manifestar entre 20 a 30 anos depois da infecção inicial (GENZ et al., 2017; SOUSA, 2020). 
As fases primária e secundária da doença são de maior grau de infectividade, muitas vezes sem sintomas “esperados” pois, vai depende do estado imunológico de cada indivíduo e grau de exposição ao Treponema pallidum. É relevante destacar também que o período de latência geralmente se inicia entre as fases secundária e terciária, e pode levar vários anos (ARAÚJO et al., 2017; SOUSA, 2020).
A sífilis congênita ocorre quando o T. pallidum, presente na corrente sanguínea da gestante infectada, passam as barreiras transplacentárias e invadem a corrente sanguínea do feto. É importante destacar que a transmissão pode ocorrer em qualquer momento da gestação, sendo a infecção mais grave quando ocorre nos primeiros trimestres da gravidez e comprometem a saúde materna e fetal (MACHADO et al., 2018; SOUSA, 2020).
Segundo Araújo et al. (2017) e Machado et al. (2018) a penicilina é o tratamento de primeira escolha para esse agravo e é amplamente utilizada na prática clínica, onde o tratamento já acontece de imediato com rigoroso seguimento para o binômio. No tratamento dos pacientes com sífilis precoce, recomenda-se penicilina G benzatina por via intramuscular (IM). Os doentes com sífilis latente tardia devem ser tratados com três doses de penicilina benzatina, a intervalos semanais. Porém, o tratamento e a adesão dos parceiros sexuais de gestantes com resultado positivo para sífilis são um desafio constante no cotidiano de trabalho dos profissionais que atendem ao pré-natal nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). 
Ainda conforme Araújo et al. (2017) e Machado et al. (2018) a resistência ao tratamento contribui negativamente para o controle da doença, o que pode ser justificado, principalmente, pela baixa adesão ao serviço de saúde pela população masculina, motivos empregatícios ou falta de conhecimento acerca da importância de cuidar da saúde e das consequências que a doença pode trazer para o indivíduo, o concepto eo casal.
3.1.3 Clamídia
Figura 3 - Cervicite por clamídia em uma paciente do sexo feminino caracterizada por corrimento cervical mucopurulenta, eritema e inflamação.
Fonte: A. C. Camargo, Cancer Center.
	A clamídia é causa pela bactéria Chlamydia trachomatis, e é transmitida pelo ato sexual, tanto pela penetração vaginal e anal como pelo sexo oral. Essa infecção pode ser denominada também como doença inflamatória pélvica (figura 3), que é uma síndrome clínica inflamatória e infecciosa decorrente da ascensão de microrganismos do trato genital inferior (vagina e colo do útero) para o trato genital superior, podendo comprometer endométrio, tubas, ovários, peritônio pélvico e estruturas adjacentes (MENEZES et al., 2020).
	Segundo Menezes et al. (2020) a clamídia pode causar a doença inflamatória pélvica, uma alteração patológica no corpo, sendo uma das principais causadoras das cervicites, uma IST que causa inflamação, ardência ou dor ao urinar e irritação do colo de útero (na mulher), vale lembrar que a infecção acomete igualmente homens e mulheres, mas é mais evidente no homem, uma vez que a mulher pode ser assintomática.
	Ainda conforme Menezes et al. 2020 o diagnóstico é fundamentalmente clínico, e continua sendo a abordagem mais importante na doença inflamatória pélvica, apesar do amplo espectro de apresentações clínicas. Os exames laboratoriais e de imagem auxiliam no diagnóstico e na avaliação de gravidade. Porém a falta de rápido diagnóstico e tratamento, ou o tratamento inadequado dos casos da doença, aumentam o risco de severas complicações, com consequências extremamente negativas para a saúde da mulher, além dos custos econômicos e sociais. As principais sequelas implicam infertilidade, gravidez ectópica e dor pélvica crônica. Ademais, os dados de prevalência existentes são subestimados, já que a doença inflamatória pélvica não é de notificação compulsória e, portanto, o número de mulheres acometidas é desconhecido. Além disso, muitos casos apresentam-se com sintomas clínicos leves ou escassos e passam despercebidos.
	O tratamento deve ser iniciado imediatamente, visando evitar complicações tardias como infertilidade, gravidez ectópica e dor pélvica crônica. Além de antibióticos, podem ser utilizados analgésicos e anti-inflamatórios para diminuir a sintomatologia. A doxiciclina é o agente de escolha para tratar C. trachomatis na maioria dos estudos. A combinação de clindamicina e gentamicina tem atividade moderada contra. A melhora clínica deverá acontecer em até três dias após o início do tratamento antimicrobiano. E a cura é baseada no desaparecimento dos sinais e sintomas e normalização dos exames laboratoriais de marcadores inflamatórios (MENEZES et al., 2020).
3.1.4 Vaginose Bacteriana
Figura 4 – Vaginose Bacteriana.
Fonte: educar saúde.
	A microbiota vaginal classificada em normal e anormal é formada por um ecossistema complexo de mais de 200 espécies bacterianas influenciadas por genes, origem étnica, fatores ambientais e comportamentais. Em mulheres saudáveis em idade reprodutiva, existem os Lactobacillus spp. que são predominantes e promovem a manutenção da homeostase vaginal, ou seja, o equilíbrio do organismo por meio da produção de ácido láctico, peróxido de hidrogênio, bacteriocinas e de outras substâncias que impedem a colonização e o crescimento de microrganismos adversos, incluindo os responsáveis por infecções sexualmente transmissíveis. Quando ocorre um desequilíbrio desse ecossistema vaginal, desencadeia um fenômeno chamado Vaginose Bacteriana (BARBOSA et al., 2021).
	Segundo Carvalho et al., e Barbosa et al. (2021) na vaginose bacteriana, a mulher apresenta corrimento vaginal homogêneo e fluido, frequentemente com odor fétido (figura 4). O desequilíbrio no microbioma vaginal tem sido identificado como uma alteração frequentemente associada com algumas IST, incluindo o HIV, complicações em cirurgias ginecológicas e gravidez. Essa síndrome acomete o trato genital feminino inferior, sendo caracterizada por uma acentuada redução na microbiota vaginal normal e, consequentemente, há um crescimento exacerbado de uma variedade de bactérias anaeróbicas patogênicas, ressaltando que, os agentes causais da vaginose bacteriana podem se apresentar em grande parte da população feminina sem provocar sintomas.
	Conforme Barbosa et al., (2021) já está bem estabelecido que o papilomavírus humano (HPV) é o agente etiológico para o desenvolvimento do câncer do colo do útero. A presença da vaginose bactériana pode ser um fator de risco, seja para infecção por HPV ou para progressão em direção a um carcinoma invasivo. Ela acaba facilitando a infecção pelo o HPV persistente e, causando anormalidades citológicas e, consequentemente, o câncer do colo do útero.
	As opções de tratamento da vaginose bacteriana são o metronidazol 250mg, 2 comprimidos via oral, 2x/dia, por 7 dias ou Metronidazol creme, uso vaginal 100mg/g, um aplicador cheio via vaginal, à noite ao deitar-se, por 5 dias. É importante suspender as relações sexuais para evitar novas contaminações durante o tratamento, o qual deve ser mantido no período menstrual (CARVALHO et al., 2021). É importante ressaltar também que o exame citopatológico tem valor como teste de rastreamento e é amplamente difundido no Brasil por estar inserido no Programa Nacional de Prevenção do Câncer do Colo do Útero. Embora o exame citopatológico não seja o teste de escolha para detecção de infecções cervicovaginais, esse método apresentou especificidade entre 93% e 98% para detecção da vaginose bacteriana (BARBOSA et al., 2021).
3.1.5 Papilomas Vírus Humano (HPV)
Figura 5 – HPV.
Fonte: Planeta Biologia
Conforme o protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para atenção integral às pessoas com ISTs, o HPV é um DNA-vírus membro da família Papovaviridae, com mais de 200 tipos de HPV, sendo que, desses, aproximadamente 40 tipos acometem o trato anogenital (BRASIL, 2020).
A infecção pelo HPV afeta epitélios escamosos e pode induzir uma grande variedade de lesões cutaneomucosas (figura 5). É uma das mais frequentes no mundo, comum e significativa no grupo de mulheres que já tiveram relações sexuais, sendo detectada em aproximadamente 10 a 40% da população feminina sexualmente ativa entre 15 e 49 anos de idade (BRASIL, 2020; SOUSA, 2020). Para Ferreira et al. (2017) o HPV também é associado ao câncer cervical, outro grande problema de saúde pública que é um dos principais responsáveis pelas mortes de mulheres, depois do câncer de mama.
O HPV está dividido em dois grupos de acordo com seu potencial de oncogenicidade, os de baixo risco oncogênico (tipos 6, 11, 40, 42, 43, 44, 54, 61, 70, 72 e 81) e os de alto risco oncogênico (16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56 ,58, 59, 68, 73 e 82), este no qual possui relação com o desenvolvimento das neoplasias intra-epiteliais e do câncer invasor do colo uterino, da vulva, da vagina e da região anal (BRASIL, 2020; NERY et al., 2015). Ainda segundo Brasil e (2020) a infecção por um determinado tipo viral não impede a infecção por outros tipos de HPV, podendo ocorrer infecção múltipla. Os tipos que causam verrugas genitais são quase sempre diferentes daqueles que causam câncer. O tempo médio entre a infecção pelo HPV de alto risco e o desenvolvimento do câncer cervical é de aproximadamente 20 anos, de acordo com o tipo do vírus, sua carga viral, sua capacidade de persistência e o estado imunológico do hospedeiro.
A transmissão do HPV geralmente é por contato direto, ou seja, pelo contato sexual sem proteção, e, excepcionalmente, durante o parto, com a formação de lesões cutaneomucosas em recém-nascidos ou papilomatose recorrente de laringe. O homem é um importante fator propagador deste vírus. A transmissão viral, embora menos frequente, propaga-se por meio de contato com a mão, pele, objetos, toalhas e roupas íntimas também. Como muitas pessoas portadoras do vírus são assintomáticas, elas não sabem que que possuem a infecção mas podem transmiti-los. Nos adolescentes, pode haver peculiaridades clínicas relacionadasà infecção pelo HPV, representadas por evolução e resposta ao tratamento mais rápidos. Entretanto, a malignização pelo HPV é mais frequente do que nos adultos (BRASIL, 2020; NERY et al., 2015).
O vírus normalmente fica adormecido por anos, sem causar nenhuma alteração no organismo, com o tempo e devido a uma baixa resistência do indivíduo, iniciará o aparecimento de verrugas em diversas partes do corpo tais como mãos, boca, pés, órgãos genitais e outros, além de favorecer o desenvolvimento do câncer de colo de útero, cérvix, vulva, vagina, ânus ou pênis. Sobre o tratamento, sabe-se que o exame citopatológico, também conhecido como Papanicolau ou exame preventivo, é aplicado como meio mais adequado, simples e barato para o rastreamento do câncer cervical. É realizado através de um esfregaço ou raspado de células esfoliadas do epitélio cervical e vaginal, tendo seu valor tanto para prevenção secundária quanto para diagnóstico de lesões pré-neoplásicas, influenciando na redução da incidência do câncer e de sua morbimortalidade. Foram desenvolvidas duas vacinas para prevenção contra a infecção por HPV. Uma dessas vacinas é quadrivalente, ou seja, previne contra quatro tipos de HPV: o 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero, e o 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A outra é bivalente, específica para os subtipos de HPV 16 e 18 (BRASIL, 2020; NERY et al., 2015; SOUSA, 2020).
É fundamental esclarecer que a aplicação da vacina não substituirá a realização regular do exame de citologia (preventivo). Mesmo que a vacina seja ofertada gratuitamente para adolescentes de 9 a 13 anos, nas unidades básicas de saúde e em escolas públicas e privadas, sua implantação é gradativa.
3.1.6 Herpes Genital
Figura 6 – Herpes Genital feminino e masculino
. Fonte: slideshare
Segundo Brasil (2020) e Nery et al. (2015), o herpes genital é uma doença infecto-contagiosa crônica, com eventuais recidivas, cujos agentes etiológicos são representados por duas cepas diferentes do vírus herpes simples (HSV), o tipo 1 (HSV-1) e o tipo 2 (HSV-2), que pertencem à família Herpesviridae, entretanto, a grande maioria dos casos tem como etiologia o HSV-2. Os herpes tipo 1 e 2 são uma infecção que acomete grande quantidade de pessoas ao redor do mundo, representando um sério problema de saúde pública, além disso, vírus age de diferentes formas no organismo e afeta diversos sistemas do corpo humano. 
Os herpes genitais (HHV-1 e HHV-2) são transmitidos predominantemente pelo contato sexual (oral, anal ou vaginal) sem camisinha com uma pessoa que possua o vírus, todavia, em muitos casos, a fonte de contaminação não é encontrada. Nas mulheres, durante o parto, o vírus pode ser transmitido para o bebê se a gestante manifestar lesões por herpes. O HSV pode ser assintomático ou apresentar-se com diferentes características clínicas. Pessoas com sintomas podem apresentar bolhas ou feridas dolorosas no local da infecção (figura 6). Os vírus são transmitidos através do contato com a lesão, superfície mucosa ou secreções genitais ou orais de uma pessoa infectada. Desta forma, o vírus do herpes genital não tem cura, mas tem tratamento. O período de incubação da doença varia de 1 a 26 dias após o contágio, tendo uma média de 7 dias (AMORIM, 2019; GENZ, et al., 2017; BRASIL, 2020; NERY, et al., 2015; SOUSA, 2020).
3.1.7 Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)
Figura 7 – Perda de peso associada ao HIV.
Fonte: Hospedado e Monitorado.
A Aids, é provocada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), que promove perda progressiva da imunidade celular e, consequentemente, o favorecimento de infecções oportunistas (figura 7), ou seja, infecta o sistema imunológico e ataca preferencialmente os linfócitos T, no qual são células que estão envolvidas diretamente na defesa do organismo deixando o indivíduo propenso a infecções oportunistas, podendo levar até a morte (SOUSA, 2020). Segundo Pecharki (2018), existem 2 tipos de vírus causadores da infecção, o HIV-1 e o HIV-2. Grande parte dos casos da epidemia global de Aids é causada pelo HIV-1. Ao longo dos anos, a infecção pelo HIV tem apresentado diversas transformações, tanto no que se refere à evolução clínica quanto ao perfil epidemiológico das pessoas infectadas, como por exemplo a elevação do número de casos entre mulheres, jovens e pessoas com menor grau de escolaridade, além de heterossexualização e interiorização da epidemia. A maior parte (mais de 80%) dos portadores contrai o vírus por contato sexual, sendo assim uma IST (SOUSA, 2020). 
A transmissão do HIV é um problema de saúde pública no mundo e no Brasil, sua concepção de crescimento e alastramento em todos os continentes está relacionada a vulnerabilidades individuais, sociais e programáticas. São conhecidos até o momento alguns meios de transmissão do HIV, como: sangue, contato sexual, compartilhamento de seringa ou pela transmissão vertical que corresponde a infecção de mãe para filho, seja através da placenta, durante a gravidez e/ou pelo leite materno (SOUSA, 2020). Os adolescentes constituem uma população vulnerável à infecção pelo HIV, seja nos países subdesenvolvidos ou nos desenvolvidos, o que pode ser percebido por diversos fatores, entre eles: biológicos, psíquicos, sociais e econômicos. Em termos psíquicos, a adolescência é uma fase de busca e definição da identidade sexual, para tal, busca-se experimentação e variabilidade de parceiros. O pensamento abstrato ainda incipiente nos adolescentes faz com que se sintam invulneráveis, se expondo a riscos sem prever suas consequências (LIMA, 2017; SOUSA, 2020).
Os testes para detecção da infecção pelo HIV podem ser divididos basicamente em quatro grupos: detecção de anticorpos; detecção de antígenos; cultura viral; e amplificação do genoma do vírus (SOUSA, 2020). Para Lima (2017) e Sousa (2017; 2020), é importante ressaltar que as técnicas que são utilizadas na rotina laboratorial para o diagnóstico da infecção pelo HIV são fundamentadas na detecção de anticorpos contra o vírus, são técnicas que apresentam bons resultados e são menos caras, sendo de escolha para toda e qualquer triagem inicial. Entretanto, essas técnicas identificam a resposta do hospedeiro contra o vírus, e não o próprio vírus diretamente.
3.2 A importância da educação sexual na adolescência
Segundo Ikegiri (2019), a educação sexual é uma ferramenta de orientação e autoconhecimento, tem como intuito promover o entendimento entre o conhecimento prévio do adolescente sobre questões relacionadas a sexualidade, a vida sexual ativa, fatores de riscos como ISTs e gravidez precoce indesejada, assim como fornecer todas as informações que julgarem necessárias.
Geralmente a prática sexual entre adolescentes ocorre de forma desprotegida, devido a ignorância, a falta de comunicação no meio familiar, a partir de mitos, tabus, religiosidade, cultura que tendem a criar essas barreiras. E com essa falta de orientação e na busca de novas experiências, para saciar suas curiosidades os jovens passam a ser vulneráveis a situações de risco, se expondo a qualquer ISTs (BATISTA et al., 2021).
E essa primeira relação sexual tende a acontecer cada vez mais cedo em todo o mundo, tornando necessário e urgente a normalidade de se falar e educar sobre o sexo, pois a sexualidade já pode ser vista como um problema de saúde pública (BATISTA et al., 2021).
3.3 O papel do enfermeiro na educação sexual de adolescentes
O enfermeiro planeja e programa ações que favoreçam a saúde do adolescente, poderá assistir os adolescentes e os pais, e verificar a dificuldade de ambos em interagir entre si, principalmente quando o assunto for sexo. O enfermeiro poderá desenvolver rodas de aconselhamento, trocando ideias e esclarecimentos sobre sexo, meios de prevenção de ISTs e métodos contraceptivos, todas as ações planejadas são para orientar esses adolescentes sobre uma vida sexual segura, saudável e harmoniosa. (BATISTA et al., 2021).
Segundo Batista et al. (2021) o enfermeiro atua como responsável pela as articulações na efetivaçãodas ações educativas em saúde e que sejam compatíveis com as necessidades que esses adolescentes apresentam, a grande importância abordando não somente temas como sexualidade, mas também assuntos de grande relevância que sejam inseridos no cotidiano ou na mídia como violência e o uso abusivo de drogas, assim como na identificação de sinais físicos e comportamento decorrente do abuso sexual.
Os enfermeiros devem estar preparados para abordar os temas relacionados a sexualidade e a adolescência, para então colocar em prática ações educativas, que são um processo dinâmico e contínuo a ser realizado pelos enfermeiros com a finalidade de ajudar esse grupo a diminuir os riscos desnecessários aos quais eles estão expostos (BATISTA et al., 2021).
O enfermeiro deve conhecer a realidade de cada adolescente com que trabalha, para conseguir atuar de acordo com suas necessidades, e criar uma boa relação com o adolescente para que não haja apenas um repasse de informação, os assuntos abordados precisam fazer parte do cotidiano e parecerem atrativos para que eles sintam vontade de participar. Deve-se oferecer um ambiente com privacidade para que o adolescente se sinta à vontade para manter um diálogo, e deve-se manter uma conversa livre de julgamentos e com respeito recíproco (ROCHA, 2017).
Segundo o COFEN, o enfermeiro Vancelau, especialista em sexualidade humana no Amapá criou uma ferramenta pelo WhatsApp, a fim de esclarecer dúvidas sobre ISTs e orientar jovens e adolescentes, e também ajudar aos pais que tem dúvidas sobre lidar com a sexualidade do filho. Ela foi divulgada em escolas, sociedade e redes sociais, para alcançar o máximo de pessoas possíveis. O atendimento nessa forma não é considerado uma consulta, mas sim uma forma de ajudar anonimamente e obedecendo os critérios éticos.
4 METODOLOGIA
4.1 Delineamento do estudo
A condução deste estudo seguiu os requisitos de uma Revisão Integrativa de Literatura (RIL). A RIL é um método utilizado para sintetizar resultados obtidos em pesquisas de maneira sistemática, ordenada e abrangente. É integrativa, pois fornece informações amplas sobre um assunto/problema. O revisor/pesquisador pode elaborar uma RIL com diferentes finalidades: definição de conceitos, revisão de teorias ou análise metodológica dos estudos incluídos de um tópico particular. Este tipo de revisão permite a inclusão simultânea de pesquisa quase-experimental e experimental, combinando dados teórico-empíricos em conjunção com a multiplicidade de finalidades desse método (ERCOLE; MELO; ALCOFORADO, 2014).
4.2 Procedimentos metodológicos
 Mendes, Silveira e Galvão (2008) dividem estes procedimentos em seis etapas: (1) estabelecimento do tema e questão de pesquisa; (2) estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão dos artigos (busca na literatura); (3) definição de informações a serem extraídas dos artigos selecionados; (4) análise crítica dos estudos incluídos; (5) discussão e apresentação dos resultados; (6) apresentação da revisão integrativa.
4.2.1 Etapa 1 - Estabelecimento do tema e questão de pesquisa
	No processo de definição do tema e questão de pesquisa da revisão integrativa, elaborou-se uma pergunta de pesquisa a qual norteou a condução do estudo: “Qual o nível de conhecimento dos adolescentes em relação às infecções sexualmente transmissíveis e as formas de preveni-las.”
4.2.2 Etapa 2 - Estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão dos artigos e busca na literatura
Para a construção do estudo buscou-se publicações científicas na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), indexadas na base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), ScientificElectronic Library Online (SciELO), Medical Literature Analysisand Retrieval System Online (MEDLINE) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF), dentro do recorte temporal de 2017 ao ano de 2021. A pesquisa ocorreu nos meses de agosto a novembro de 2021.
Utilizou-se para busca dos artigos os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Saúde do adolescente (Adolescent Health); Educação sexual (Sex Education); Saúde sexual (Sexual Health); Doenças sexualmente transmissíveis (Sexually Transmitted Diseases); 
Na possibilidade de cruzamento entre os descritores, utilizou-se entre eles o operador booleano “and” para garantir uma busca ampla. No caso em questão, durante todas as pesquisas, foram utilizadas as seguintes estratégias de busca: educação sexual AND adolescente; doença sexualmente transmissível AND adolescente; doença sexualmente transmissíveis AND enfermagem.
Os critérios de inclusão definidos para a seleção dos artigos foram: artigos originais completos disponíveis online, publicados no período de 2017 a 2021, no idioma português. E como critérios de exclusão, optou-se em não utilizar estudos com tangenciamento do tema, estudos duplicados nas bases de dados, estudos que foram publicados antes do ano de 2017, estudos sobre relatos de experiência e estudos que cujo os objetivos, resultados ou conclusão não respondam sobre a educação sexual e nem sobre o conhecimento dos adolescentes acerca das IST’s.
4.2.3 Etapa 3 - Definição de informações a serem extraídas dos artigos selecionados
Para a definição de informações a serem extraídas dos artigos selecionados, utilizou-se de um instrumento de coleta de dados (Anexo A) validado previamente URSI (2005) e adaptado pelas autoras, incluindo: título do artigo, título do periódico e ano de publicação, nome dos autores, país e estado, idioma, delineamento do estudo, questão de investigação, população de estudo e os resultados. Para a demonstração do procedimento de amostragem nas bases de dados, o que demonstra a representatividade da amostra de artigos, dada a ênfase nos motivos de exclusão e inclusão, empregou-se o fluxo da informação com as diferentes fases, orientado pela recomendação PRISMA (Principais Itens para Relatar Revisões sistemáticas e Meta-análises) e adaptado pelas autoras, a fim de esmiuçar o processo de busca e síntese (GALVÃO; PANSANI; HARRAD, 2015).
4.2.4 Etapa 4 - Análise crítica dos estudos incluídos
	Para garantir a validade da revisão, a análise crítica dos estudos foi iniciada a partir da categorização, ordenação e sumarização dos resultados, esta organização deu-se por intermédio do software Microsoft Office Excel 2016, a fim de propiciar a produção de tabelas, fluxograma e quadros, pontuando as questões relevantes. Esta fase demandou uma abordagem organizada para ponderar o rigor e as características de cada estudo.
4.2.5 Etapa 5 - Discussão e apresentação dos resultados
	Nesta etapa, a partir da interpretação e síntese dos resultados, foram comparados os dados evidenciados na análise dos artigos ao referencial teórico. Além de identificar possíveis lacunas do conhecimento, foi possível delimitar prioridades para estudos futuros. 
4.2.6 Etapa 6 - Apresentação da Revisão Integrativa
A apresentação da revisão aconteceu de forma clara e completa para permitir ao leitor avaliar criticamente os resultados. Na revisão integrativa os estudos foram reunidos em categorias temáticas agrupadas por semelhança de conteúdo, e os resultados interpretados com base na literatura correlata ao tema da pesquisa. Continham, então, informações especificadas e pertinentes, com base em metodologias contextualizadas, sem omitir qualquer evidência relacionada.
4.3 Aspectos éticos
Foram considerados os aspectos éticos, mantendo as ideias e conceitos originais dos autores pesquisados, citando-os e referenciando-os dentro das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Por se tratar de um estudo bibliográfico, não há relação direta com seres humanos ou animais, conforme a Resolução 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde/MS, que dispõe sobre pesquisa envolvendo seres humanos. Deste modo, não houve a necessidade de encaminhar a presente pesquisa ao Comitê de Ensino e Pesquisa.
5 RESULTADOS
A pesquisa nas bases de dados indexadas na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) resultou em 798 estudos na LILACS, 938 na MedLine, 11 na SciELO e 378na BDENF. Após a aplicação do critério de inclusão e exclusão conforme a etapa 2 do método, selecionaram-se na base LILACS 229 artigos; na MedLine 40; da SciELO, 10 artigos; e, na BDENF, 221. Foram descartados pelos critérios de inclusão e exclusão 569 na LILACS; 1 da SciELO, 898 na MedLine e 157 na BDENF, pois não atendiam aos critérios ou descreviam outros assuntos. 
Após a leitura dos resumos foram descartados 220 na LILACS, 1 na base SciELO e 216 na BDENF. Ressaltando que, foram descartados também artigos que se repetiam entre as bases de dados. Portanto, na base da MedLine todos foram descartados, pois todos os artigos detectados integram outras bases de dados. Resultando em 9 artigos selecionados na LILACS, 9 artigos na base SciELO, 5 na BDENF e nenhum na MedLine. Com o total de 23 artigos para análise, como mostra na figura 8.
Figura 8 – Fluxograma do processo de busca e seleção dos artigos para análise, 2021.
Fonte: Autoras, 2021
LILACS: 798 
MEDLINE: 938
LILACS: 229
MEDLINE: 40
SCIELO: 10
BDENF: 221
SCIELO: 11
BDENF: 376
SCIELO: 1
BDENF: 157
LILACS:569
MEDLINE: 40
(DUPLICADOS)
Artigos selecionados apenas pelos DECS
Artigos selecionados após os critérios de inclusão e exclusão
DESCARTADOS
Artigos após a leitura dos resumos/íntegra
23 artigos selecionados
13 artigos
Artigos que atenderam ao objetivo do estudo
DESCARTADOS
Todavia, dentre estes artigos analisados na íntegra, poucos responderam à questão norteadora, restando apenas 13 artigos como mostra na Tabela 1.
Tabela 1 – Caracterização dos artigos que compõe a amostra final da coleta de dados.
	
Ordem
	
Periódico e ano de publicação
	
Autores
	
Título
	A1
	REV ENFERM UFPE, 2019
	BRASIL, M. E.; CARDOSO, F. B.; SILVA, L. M.
	CONHECIMENTO DE ESCOLARES SOBRE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS.
	A2
	REV BAIANA DE ENFERMAGEM, 2021
	VIEIRA, K. J.; BARBOSA, N. G.; MONTEIRO, J. C. S.; DIONÍZIO, L. A.; GOMES-SPONHOL, F. A.
	CONHECIMENTOS DE ADOLESCENTES SOBRE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS E INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
	A3
	TEXTO E CONTEXTO ENFERM, 2017
	GENZ, N.; MEINCKE, S. M. K.; CARRET, M. L. V.; CORRÊA, A. C. L.
	DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: CONHECIMENTO E COMPORTAMENTO SEXUAL DOS ADOLESCENTES
	A4
	EM EXTENSÃO, 2019.
	 CIRIACO, N. L. C.; PEREIRA, L. A. A. C; JÚNIOR, P. H. A. C.; COSTA, R. A..
	A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO SOBRE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST) PELOS ADOLESCENTES E A NECESSIDADE DE UMA ABORDAGEM QUE VÁ ALÉM DAS CONCEPÇÕES BIOLÓGICAS
	A5
	COGITARE ENFERM., 2018.
	FERREIRA, E. A.; ALVES, V. H.; PEREIRA, A. V.; RODRIGUES, D. P.; PAIVA, E. D.; SANTOS, I. M. M.
	ADOLESCENTES NO ESPAÇO ESCOLAR E O CONHECIMENTO A RESPEITO DA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA.
	A6
	SEMINA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE, 2017
	FREIRE, A. K. S; MELO, M. C. P.; VIEIRA, M. P.; GOMES, I. M.; GOMES, J. L.; RIBAMAR, D. S.; COÊLHO, V. S.; NETO, A. J. F.; MARQUES, K. K. ; SILVA, G. E.; SOARES, F. A. A.; COSTA, M. M.
	ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA: DIÁLOGOS E APRENDIZAGEM NA ESCOLA.
	A7
	REV. APS., 2019
	SILVA, R. P.; TÁVORA, R. C. O.; SILVA, J. A; RÊGO, M. S. F.
	AVALIAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM ADOLESCENTES
	A8
	REV BRAS ENFERM. (RABEN), 2017.
	.ALMEIDA, R. A. A. S.; CORRÊA, R. G. C. F.; ROLIM, I. L. T. P.; HORA, J.M.; LINARD, A. G.; COUTINHO, N. P. S.; OLIVEIRA, P. S. 
	 CONHECIMENTO DE ADOLESCENTES RELACIONADOS ÀS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E GRAVIDEZ.
	
Ordem
	
Periódico e ano de publicação
	
Autores
	
Título
(Continuação)
	A9
	 REVISTA ELETRÔNICA ACERVO SAÚDE / ELECTRONIC JOURNAL COLLECTION HEALTH (REAS/EJCH), 2020
	 CASTRO, A. T. V.; MAGALHÃES, I. E. N.; MADEIRA, J. D. S.; CARVALHO, J. G. S.; ASSIS, N. R. G.; RIBEIRO, S. C. S.; HORTA,T. C. G.
	O PAPEL DA ATENÇÃO PRIMARIA Á SAÚDE NO CONTROLE DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM ADOLESCENTES
	A10
	ONLINE BRAZ J NURSING, 2020
	 CHAVES, A. C. S. V.; FARIAS, S. H.; FARIAS, G. M.; CHAVES, T. A. P. V.; ROSA, A. S.; OHARA, C. V. S.
	REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE SEXUALIDADE ENTRE ADOLESCENTES NO CONTEXTO AMAZÔNICO
	A11
	REV NURSING, 2020
	 ALVES, L. S.; AGUIAR, R. S.
	SAUDE SEXUAL E INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS NA ADOLESCÊNCIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
	A12
	AV ENFERM. 2019
	SEHNEM, G. D.; CRESPO, B. T. T.; LIPINSKI, J. M.; RIBEIRO, A. C.; WILHELM, L. A.; ARBOIT, J.
	SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA DOS ADOLESCENTES: PERCEPÇÕES DOS PROFISSIONAIS EM ENFERMAGEM
	A13
	BRAZILIAN JOURNAL OF DEVELOPMENT, 2021
	BATISTA, M. H. J.; PINTO, F. K. S.; SILVA, J. G.L S.; FERREIRA, J. E.; VELOSO, M. Q.; SCHIMIDT, C. P.; BARBOSA, I. C.
	ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EDUCAÇÃO SEXUAL NA ADOLESCÊNCIA NO CONTEXTO ESCOLAR
Fonte: Autoras, 2021.
Dentre os 13 artigos encontrados nessa produção, 03 (30%) foram publicados em 2017 (A3, A6, A8), 01 (10%) em 2018 (A5), 04 (25%) em 2019 (A1, A4, A7, A12), 03 (20%) em 2020 (A9, A10, A11) e 02 (15%) em 2021 (A2, A13). Torna-se evidente, que todos os estudos eram dos últimos cinco anos (considerando que este estudo analisou até 2021).
Em detrimento às revistas onde os artigos foram publicados, identificou-se que não houve um quantitativo em um só periódico, cada um deles foram publicados em revistas diferentes, são elas: Rev Enferm Ufpe, Rev Baiana De Enfermagem, Texto E Contexto Enferm, Em Extensão, Cogitare Enferm, Semina: Ciências Biológicas E Da Saúde, Rev. Aps, Rev Bras Enferm. (Raben), Revista Eletrônica Acervo Saúde / Electronic Journal Collection Health (Reas/Ejch), Online Braz J Nursing, Rev Nursing, Av Enferm., Brazilian Journal Of Development.
As publicações utilizaram os seguintes métodos (metodologia), demonstrados na Tabela 2.
Tabela 2 – Metodologia empregada dos artigos selecionados. 
	ORDEM
	METODOLOGIA
	A1
	TRATA-SE DE UM ESTUDO QUALITATIVO, TIPO PESQUISA-AÇÃO, QUE SE UTILIZA A TÉCNICA DE AVALIAÇÃO DE CONTEXTO, QUE PERMITE DEFINIR E DESCREVER O MEIO AMBIENTE CONCERNENTE A UM FENÔMENO, DIAGNOSTICANDO PROBLEMAS QUE IMPEÇAM O DESENVOLVIMENTO DE OBJETIVOS PREVIAMENTE DETERMINADOS. EM SEGUIDA, EMPREGOU-SE A ANÁLISE ESTATÍSTICA SIMPLES DOS DADOS.
	A2
	ESTUDO EXPLORATÓRIO, TRANSVERSAL, DESCRITIVO E DE CARÁTER QUANTITATIVO EM UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNÍCIPIO DE POUSO ALEGRE, MINAS GERAIS, COM DADOS COLETADOS NO PERÍODO DE FEVEREIRO A ABRIL DE 2017
	A3
	ESTUDO DESCRITIVO, OBSERVACIONAL, DE CARÁTER QUANTITATIVO, COM AMOSTRA POR CONVENIÊNCIA DE 532 ADOLESCENTES ENTRE 10 E 19 ANOS. APLICOU-SE UM QUESTIONÁRIO INDIVIDUAL SOBRE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS. PARA A ANÁLISE DOS DADOS UTILIZOU-SE O PROGRAMA STATA 11.1.
	A4
	ESTUDO DE CAMPO DE PESQUISA DESCRITIVA E EXPLORATÓRIA.
	A5
	ESTUDO DESCRITIVO, EXPLORATÓRIO, DE NATUREZA QUALITATIVA.
	A6
	 ESTUDO QUALITATIVO E DESCRITIVO.
	A7
	PESQUISA DESCRITIVA, QUALITATIVA DO TIPO REVISÃO INTEGRATIVA.
	A8
	ESTUDO QUALITATIVO, CONSTRUTIVO.
	A9
	NÃO APRESENTOU UMA METODOLOGIA
	A10
	ESTUDO DESCRITIVO, DE ABORDAGEM QUALITATIVA.
	A11
	REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
	A12
	QUALITATIVA, DESCRITIVA
	A13
	REVISÃO DESCRITIVA
Fonte: Autoras, 2021
No que se refere aos sujeitos investigados, das 13 publicações, 11 tiveram como população de estudo os adolescentes (A1, A2, A3, A4, A5, A6, A8, A9, A10 e A11), 1 artigo teve como população de estudo os enfermeiros (A12), porém também atingiu o objetivo do estudo. O artigo A13 teve como população de estudo os adolescentes juntamente com os enfermeiros, e o artigo A7 foi uma revisão integrativa na qual analisava 26 artigos dos últimos 5 anos que tratavam sobre educação em saúde e prevenção nas escolas. 
Quanto ao cenário da pesquisa, a maior parcela foi realizada em escolas públicas, tanto do ensino fundamental quanto do ensino médio, e em adolescentes com idade de 10 a 19 anos. 04 cenários também foram em escolas, porém os estudos não demonstraram se foram em uma escola pública ou particular. Já os demais cenários foram em unidade de Atenção Primária de Saúde (APS) ou não possuem um cenário específico, pois são estudos de artigos de pesquisa descritiva,qualitativa do tipo revisão integrativa.
 Quanto à localidade de realização/publicação das pesquisas, observou-se que o quantitativo de estudo publicado foi maior no Nordeste (A1, A6, A7, A8), seguido pelo Sul (A3, A12, A13), Sudeste (A2, A4, A9), Norte (A5, A10) e Centro Oeste (A11) conforme a figura 9.
Figura 9 - Mapa do Brasil com o quantitativo das publicações em suas regiões
A10
PA
MG
PE
RN
RS
AP
BA
MA
DF
PR
A5
A2, A4, A9
A8
A3, A12
A13
A7
A1
A6
A11
Fonte: PrePara Enem, mapa do Brasil: estados, capitais, regiões, biomas. (Adaptado pelas autoras).
Dos artigos pesquisados, portanto, houve maior ênfase para os Estados da região nordeste, sudeste e do sul. Quanto às regiões norte e centro-oeste, foram encontrados artigos referentes à temática em questão também, estes, porém, em um quantitativo muito pequeno.
Em relação ao conhecimento dos adolescentes sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) observamos que a maioria dos estudos selecionados demonstravam que os adolescentes não sabiam definir o que era uma IST ou não sabiam formas de prevenção contra as ISTs, e os estudos que apresentavam adolescentes que possuíam uma certa informação sobre a temática, ainda assim apresentavam concepções prévias e superficiais a respeito do tema. Além disso, estudos também apresentavam o HIV/AIDS como sendo a IST mais conhecida pelos adolescentes.
Quanto as principais dúvidas acerca do tema abordado, o estudo destaca que são:
· A falta de conhecimento sobre o que é uma IST e as formas de preveni-las;
· Desconhecer sobre os sinais, sintomas e a forma que são transmitidas;
· Achar que preservativos inibem o prazer e que anticoncepcionais são eficazes contra as as ISTs;
6 DISCUSSÃO
	Segundo Brasil et al., (2019), existe uma dificuldade que as famílias têm de conversar sobre sexo com seus adolescentes por esse tema ser considerado um tabu pela maioria delas. No artigo A1, A4, A6 e A12, os autores mencionam o medo que esses adolescentes têm de receber represálias por conta do tema e acabam não discutindo isso com seus familiares. No artigo A1, realizou-se o estudo com 153 indivíduos e foi perguntado a esses indivíduos sobre o que são ISTs. Segundo os autores, os adolescentes que não souberam responder foram 24, 10 eram do gênero masculino e 14, do gênero feminino; em relação ao conhecimento do que fazer para se prevenir das ISTs, 35 afirmaram não conhecer nenhum meio de prevenção e, sobre a possibilidade de se imunizar de alguma IST por meio de vacinação, 81 disseram achar isso impossível.
Ainda segundo Brasil et al., (2019), no questionário que os autores disponibilizaram para os adolescentes no artigo A1, foram perguntados aos estudantes quais doenças apresentadas eles reconheciam como sendo ISTs, 135 disseram conhecer a AIDS, e, na segunda posição, ficaram empatadas as hepatites e a sífilis, ambas com 58. Destaca-se que nas próximas questões, foi perguntado se o escolar conhecia possíveis sintomatologias, e depois pedido que assinalasse quais sintomas mostrados julgariam ser de ISTs, sendo que 94 responderam que não e, ao ser solicitado que eles marcassem as opções de quais sintomas julgavam ser de ISTs, 31 não conseguiram opinar em nenhum sintoma, deixando as alternativas em branco. Ressalta-se que a décima primeira questão solicitou que fosse assinalada a opção em que se encontrava a forma como acreditava ser transmitida as ISTs. Dentre as opções dadas, o sexo vaginal foi a principal resposta, marcada por 119 alunos, seguida da opção de compartilhamento de objetos pessoais por 93 alunos, que se atribuiu erroneamente à contaminação por HIV. 
Nos artigos A2 e A3, é mencionado que o preservativo é o método contraceptivo mais conhecido, porém no artigo A2 os adolescentes julgaram desnecessário o uso do preservativo em todas as relações sexuais enquanto no A3, os adolescentes mencionaram que a camisinha era um método eficaz contra prevenção de doenças. Apesar desse ponto positivo observado, nos mesmos artigos esses adolescentes afirmaram que contraceptivos orais protegiam contra infecções sexualmente transmissíveis, o que nos mostra que mesmo que essa população tenha um certo conhecimento sobre o assunto, ainda assim há uma escassez que precisa ser abastecida. Já no artigo A11, os adolescentes acreditavam que os preservativos inibiam o prazer durante a relação sexual (ALVES et al., 2020; GENZ et al., 2017; VIEIRA et al., 2021).
No artigo A6 menciona que a sexualidade na adolescência é movida pela curiosidade, desejo e necessidade de afeto ou independência. Nessa fase, há uma busca por autonomia e reconhecimento social. Já no artigo A4 observou-se que os adolescentes possuem dificuldade na tomada de decisões, eles não estão preparados para lidarem com a sexualidade e não tem percepção da sua própria vulnerabilidade. Nos dias atuais, com a internet e acesso rápido a informações e com os conteúdos erotizados, os adolescentes se tornam meros expectadores alienantes da sua própria sexualidade (CIRIACO et al., 2019; FREIRE et al., 2017). 
Como foi mencionado acima, os pais possuem dificuldades de abordarem o tema e acabam passando essa responsabilidade para as escolas assumirem, entretanto, como discutido no artigo A6, nem sempre as instituições estarão preparadas para assumirem essa demanda, deixando os adolescentes despreparados e vulneráveis às opiniões de amigos e meios de comunicação (FREIRE et al., 2017). No artigo A7, apresentou conteúdos sobre o conhecimento dos adolescentes sobre o tema abordado, mas devemos mencionar um outro ponto importante que os autores evidenciaram no artigo, no qual eles discutem sobre a importância de ser ter profissionais que estejam atualizados e preparados para atuar com os adolescentes e ensiná-los (DA SILVA et al., 2019). 
No artigo A12, o trabalho de prevenção de IST entre adolescentes é uma atividade complexa, que envolve diversos setores, como família, escola e serviços de saúde, e especificidades de cada indivíduo, como sexo, idade, comportamento e condição social (CASTRO et al., 2020).
Através das leituras feitas durante este estudo, pôde-se perceber, a precariedade do nível de informações que os alunos possuem sobre a temática da sexualidade e que ainda há muitas dúvidas em relação a esse tema. Notou-se também que é de extrema importância a orientação contraceptiva já que segundo Genz et al., (2017) e Vieira et al. (2021), a maioria dos adolescentes achavam desnecessário o uso de preservativo e que o anticoncepcional era um método eficaz contra ISTs. Em todos os artigos selecionados para análise e que responderam à pergunta norteadora do estudo observou-se que os adolescentes possuíam um certo nível de conhecimento sobre a temática, alguns sabiam definir o que eram ISTs e quais eram elas, outros conseguiam definir os sintomas, poucos sabiam sobre os métodos contraceptivos ou tinham conhecimento apenas do preservativo masculino, porém demonstrou-se que apenas com essas informações há uma carência sobre a temática e que não são suficientes. 
Observou-se outro ponto importante durante a leitura dos estudos, do qual vale a pena mencionar. A maioria dos artigos analisados apresentavam informações da qual diziam que a AIDS era a infecção mais assimilada pelos adolescentes e correlacionada ao contato sexual, a herpes genital e a sífilis foram outras duas mais facilmente reconhecidas (SOUZA et al., 2017). Portanto, notou-se que geralmente é mencionado só a infecção pelo HIV/AIDS em discussão com esses adolescentes, mais é importante lembrar que o conteúdo sobre ISTs é muito abrangente (BRASIL et al., 2019).
Por isso, confirma-se a necessidade de um projeto de intervenção e realização de ações educativas nas escolas para conscientizar os adolescentes sobre os riscos a que estão expostos ao assumir uma prática sexual sem um preparo adequado e sobre as consequências dessa prática. Além disso, faz se necessário também falar sobre métodos contraceptivos, pois apesar desses adolescentes apresentarem um certo nível de conhecimento sobre a temática, é notório que aindahá uma deficiência sobre o assunto.
Enfatiza-se que a melhor forma de prevenção é o conhecimento, e que não há lugar melhor do que na escola para ser um espaço de intervenção. Claro que não é apenas o papel de educadores abordar esse tema, por isso é necessário melhorar o vínculo desses adolescentes com seus familiares para que eles sintam segurança em começar uma conversa sobre sexo com os seus pais ou responsáveis. No artigo A4, A12 e A13 os autores mencionam a importância de estabelecer canais de comunicação sobre as questões que decorrem da saúde sexual e quanto mais informações os adolescentes possuírem, menos problemas eles terão e irão refletir antes de tomar qualquer decisão. Conhecimento não resulta em prática precoce, mas torna a atividade mais segura, com mais maturidade e diminui a frequência de infecção sexualmente transmissível e gravidez não planejada (BATISTA et al., 2021; CIRIACO et al., 2019; SEHNEM et al., 2019).
Os artigos A1, A2, A3, A4, A5, A6, A7, A9, A10, A11, A12 e A13 se encaixam no objetivo da nossa pesquisa, pois todos eles responderam à nossa questão norteadora. A maioria deles nos apresentou o nível de conhecimento dos adolescentes, suas dúvidas e se sabiam definir o que era infecções sexualmente transmissíveis. Apesar de obter esses resultados, os mesmos artigos nos apresentavam que ainda existe um déficit muito grande em relação ao conhecimento dos adolescentes sobre o que são ISTs, quais seus sintomas e o meio de prevenção e métodos contraceptivos.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por fim, deve-se enfatizar novamente a grande importância da educação, pois é apenas através dela que conseguiremos instruir, desmistificar mitos que muitos tomam como verdade e colocar um fim na ignorância, e somente assim teremos uma realidade diferente da atual, com familiares e escolas habilitados para instruir, e adolescentes preparados para lidar com sua sexualidade.
Como observado durante a pesquisa só foram encontrados apenas 2 artigos que abordam esse tema em toda a região norte, um no estado do Amapá e o outro no Pará, evidenciando o quanto é mínimo o interesse em estudar um tema tão relevante, e quanto são escassas as informações disponíveis. Observamos que mesmo em regiões em que se tem bem mais estudos, como a região Nordeste, ainda há um déficit no conhecimento desses adolescentes, o que nos mostra que, se nessa região onde foram encontradas muito mais artigos sobre a temática, os adolescentes ainda possuem uma dificuldade sobre o assunto, agora imagina em um estado que o quantitativo de artigos foi muito menor, o que acaba tornando essas regiões que possuem menos educação sobre o assunto, menos ações nas escolas, menos informações, muito mais propensas a tais problemas.
A educação em saúde na escola possui grande relevância para a conscientização e prevenção de IST, já que estão em contato direto com os adolescentes. Por isso é muito importante passar conhecimentos para esses jovens para que eles possam desenvolver o autocuidado, responsabilidade de se manter saudável, se prevenir contra as ISTs e, se prevenir contra gravidez precoce. Por isso, o ideal é que tivesse uma matéria específica para abordar esses assuntos com os adolescentes, pois normalmente é visto na matéria de biologia de forma muito superficial, deixando ainda uma lacuna enorme que necessita ser preenchida.
As ações em saúde devem identificar e compreender os contextos de vulnerabilidade que esses adolescentes estão, informar para eles que o uso de apenas anticoncepcionais via orais ou o coito interrompido, não são medidas suficientes para ter uma vida sexual segura. Essas ações podem ser dadas por meio de metodologias participativas, como oficinas temáticas, vídeos de debates, gincanas, rodas de conversas, debates a partir de expressões artísticas e intervenções na comunidade.
A falta de diálogo entre pais e filhos ainda é muito comum, e que pode ser até mesmo pela falta de conhecimento dos pais, ou por isso ter sido passado pelos pais (avós) dos pais desses adolescentes, ou seja, não houve conversa com eles no passado, e esses pais acabam não conversando com os seus próprios filhos no presente/futuro. Então pode-se planejar e programar ações para os pais assistirem juntamente com os seus adolescentes, promover rodas de aconselhamentos, trocar ideais, esclarecer dúvidas sobre sexo, e os meios de prevenção das ISTs, métodos contraceptivos, para esse adolescente ter uma vida sexual segura, responsável, saudável e harmoniosa.
Vivemos na era da informação, isso possui o seu lado positivo e negativo. Positivo porque a rede de comunicação é imensa, a facilidade de se ter conhecimento através da internet é gigantesca, e negativo porque muitas informações falsas são espalhadas através de Fake News. Por isso é importante estar sempre alerta e procurar medidas para saber se determinadas notícias são verdadeiras ou falsas. No estudo foi observado que a maioria dos adolescentes possuíam um certo conhecimento sobre o HIV/AIDS, isso deve-se ao período dos anos 80, durante a epidemia que aconteceu, onde houve muito diálogo sobre esse assunto, uma chuva torrencial de informações, portanto os pais que eram adolescentes naquela época e hoje adultos, conversaram com seus filhos, sem contar sobre as notícias e informações geradas na mídia, jornais etc., então, a informação, os debates, os diálogos são imprescindíveis e extremamente importantes para que não só o HIV/AIDS seja conhecido, e sim toda a abrangência que esse assunto possui.
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