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Valorização da pluralidade étnico-cultural indígena na escola

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FONTEIRA SUL
CAMPUS CHAPECÓ
CURSO LETRAS PORTUGUÊS E ESPANHOL
DIREITO E CIDADANIA
PROFESSORA: CLAUDETE GOMES SOARES
Jandir Francisco1 Graduando curso de Letras: Português e Espanhol, pela Universidade Federal da Fronteira Sul (2019). 
RESENHA
KAYAPÓ, E.; BRITO, T. Pluralidade étnico – cultural no Brasil: o que a escola tem a ver com isso? Desmontado preconectios e generalizações sobre os povos indígenas na escola. Mneme – Revista de Humanidades, v.15, n.35, p.50-62, jul/dez. 2014.
O artigo de revista, publicado em São Paulo no ano de 2014 como um capítulo de seu livro A pluralidade étnico – cultural indígena no Brasil: o que a escola tem a ver com isso? E o subtítulo desmontando preconectios e generalizações sobre os povos indígenas na escola.
O objetivo dos autores “é discutir, no cenário atual, a necessidade de valorizarmos os povos indígenas no Brasil, seja na dimensão do conhecimento acerca dos mesmos, propiciado pela pesquisa, seja no reconhecimento de que é premente a inclusão de conteúdos voltados para história dos índios nos conteúdos curriculares, da Educação Básica ao Ensino Superior”.
O artigo divide-se em duas partes. Na introdução, os autores descrevem sobre a pluralidade étnico – cultural indígena no Brasil: o que a escola tem a ver com isso? escrito pelo Doutor (Instituto Federal da Bahia) Edson Kayapó e pela Mestranda (Universidade de Campinas Grande – UFCG) Tamires Brito, é um artigo em que na primeira parte e segunda parte da sua estrutura conta com dez citações diretas dos escritores Cunha, Coelho, Gomes, Bittencout, Daniel Munduruku, Vilmar Guarani, Seattle, Carvalho, Edson Silva e Tamires Brito.
De acordo com o Edson Kayapó e Tamires Brito, fazem uma breve reflexão a cultura dos povos indígenas nos currículos escolares. Recentemente houve mobilizações sociais pelo direito à igualdade e à diferença, onde a pauta é sobre as questões étnico-raciais na escola, principalmente à temática indígena. Pois, nos livros didáticos distribuídas em escolas brasileiras podemos encontrar “história branca”.
A Lei 11.645/08 estabelece que as escolas brasileiras obrigatoriamente deve discutir sobre a temática indígena. Dessa forma, os alunos vão compreender quem são os povos indígenas que existem no Brasil, como é a sua organização sócio – política. Porque muitas vezes os alunos são ensinados de forma equivocada a repeito desses povos originários.
Antes da criação dessa lei, o que era ensinada nas escolas é o desaparecimento dos povos indígenas, e perda de identidade étnica. Essa ideia faz com que o aluno não saiba a verdadeira história que está por trás dessa visão colonial. Sabemos que os povos indígenas vem crescendo, isso fortalecem na conquista de direito. 
É importante que os livros didáticos trazem informações verdadeiras sobre os povos indígenas, porque os alunos precisam saber quem são os povos indígenas, quantos são, onde vivem. Pois, muitas vezes as crianças acham que os indígenas vivem em ocas nas florestas como antigamente. Lógico que podemos encontrar alguns povos indígenas vivendo em ocas e floresta ainda. Mas isso não faz com que eles sejam indiferentes.
Segundo o escritor indígena Daniel Munduruku, ele faz uma colocação para refletirmos a respeito dos povos indígenas, a palavra “índio” foi inventada pelos europeus, com essa definição: como selvagem, atrasado, preguiço. Mas isso é uma visão totalmente equivocada por partes dos europeus. Porque cada povo tem o seu modo de viver, a maneira de organização social.
De acordo com a Lei 11. 645/08:
Deve abarcar debate de ordens diversas buscando prover a revisão de tudo o que a sociedade e as escolas sabem e ensinam sobre a temática indígena, eliminando preconceitos e equívocos produzidos historicamente nas salas de aula, nos livros didáticos e nos meios de comunicação. Tal iniciativa busca romper o silêncio, dando audibilidade e visibilidades aos povos indígenas, demonstrando que suas histórias e culturas são contemporâneas, vivas e se relacionam com o presente e passado, num movimento de tensão social dinâmico, que pressupõe e perda, manutenção e ressignificação dos modos de vida desses povos em contato com a cultura não-indígenas. (KAYAPÓ; BRITO, 2014, p. 54)
Atualmente vimos nas escolas os professores colocando na cabeça dos alunos sobre a história da grande massacre dos povos originários no Brasil. Os alunos têm que ser ensinada sobre a resistência e manutenção das tradições desses povos. Porque os livros didáticos trazem uma visão contraditório. 
“[…] os indígenas são representados como grupos condenados, não apenas no passado, mas também à pobreza, à preguiça, ao isolamento e a uma pretensa inferioridade biológica e cultural. Os povos indígenas são vistos como inimigos do progresso nacional, entre outros motivos por estarem situados em territórios que guardam grandes riquezas naturais, muito cobiçadas pelos empreendimentos empresariais”. (KAYAPÓ; BRITO, 2014, p 54).
Os livros didáticos devem ser bem elaborado sobre o estudo da história e cultura indígenas nas escolas, dessa forma, mostraremos a resistências desses povos indígenas que vem lutando desde 1500. Segundo Kayapó e Brito, afirmam que inserir os povos indígenas na história/ciência e nos currículos escolares será um desafio, porque é preciso repensar e rever as histórias escritas sobre povos indígenas.
Atualmente a gente vê raramente um professor discutir sobre a contribuição dos povos indígenas a sociedade brasileira. Porque os “índios” tiveram contribuição fundamental, como: andar descalço; descansar em redes, tomar banho; e também a culinária brasileira: farinha de mandioca, beiju, polvilho; peixes, carne socada no pilão de madeira, picadinho de jacaré, pato dentre outros.
“[…] os povos indígenas têm conseguido conviver de forma simples, sem ser contaminados pelo consumismo desenfreada com a natureza e todos os elementos que a compõe, o que significa ser portador de um saber que envolvem conhecimentos experimentos e milenarmente construídos”. (KAYAPÓ; BRITO, 2014, p. 58).
 Os autores retomam sobre a importância da cultura indígena nos currículos escolares. O tema me fez debruçar sobre este artigo e refletir, já que esse tipo de assunto muitas vezes não é muito discutido nas escolas brasileiras, mas deixou-me curioso para buscar mais informações a respeitos a cultura dos povos originários, e por isso afirmo que vale muito a pena a sua leitura.
Nos currículos escolares é importante que seja discutida sobre a cultura, história indígena, direito à igualdade, diferença e à diversidade. Essa temática indígena é fundamental para que a escola faz uma reflexão profunda com os seus alunos, assim eles terão respeito sobre a cultura de outro povo. 
É importante que o Estado e a sociedade começa a respeitar as liberdades de cada indivíduos. O direito é fundamental para qualquer ser humano. Não podemos confundir a exclusão das diferenças e das diversidades. Todas as escolas brasileiras têm que ter discussão sobre a temática indígena, assim os alunos compreenderão melhor sobre os povos originários.
Segundo Edson Kayapó e Tamires Brito, a escola tem obrigação de discutir a respeito de defesas das diferenças e também da diversidade étnico – cultural indígena, porque a temática indígena é muito importante para que os alunos compreendem sobre esses povos que vem lutando a muitos anos.
De acordo com Edson Kayapó e Tamires Brito, a diversidade sociocultural dos povos indígenas vem sofrendo grande discriminação e violências sem limite. A discussão sobre esse assunto nas escolas é fundamental. Porque a temática indígena fica vago demais nos currículos escolares.
Com a criação da Lei 11.645/08, afirma que a temática indígena tem que estar incluído nos currículos escolares, assim, os alunos compreenderão a respeito à diversidade sociocultural. Pois, o estudante se pergunta, o que é sociocultura?, para responder está pergunta, o professor tem que aprofundar mais sobre esse assunto que é tão importante.
A discussão sobre a temática indígena em sala de aula devemser claras, mas não basta só proibir a discriminação contra os povos originários. É preciso fazer com que a sociedade brasileira tenha mais respeito aos “índios”. Porque o Brasil é o único país que tem mais diversidade étnica do mundo. Nos outros países da Europa, os indígenas foram exterminados. 
O Estado brasileiro, a muito tempo vem recusando a reconhecer os direitos dos povos indígenas, como territórios tradicionais. Por causa de não reconhecimento, pelo governo federal, a discriminação contra povos originários, a violência só vem aumentando, onde muitos líderes indígenas importante foram mortos.
Os livros didáticos que são distribuídas nas escolas indígenas, deveria trazer mais informações a respeito desses povos. Dificilmente, a gente vê o livro didático apresentando sobre os direitos indígenas adquiridos, a contribuição com a sociedade nacional, as conquistas etc., ao longo da história do Brasil. Mas não é isso que encontramos nos livros didáticos. O que mais aparece é a derrota, o extermínio desse povos originários. Nenhum momento é mostrado as conquistas importante dos indígenas até aqui. Seria fundamental que os livros didáticos seja revisada.
Recomendo – para que leitor de qualquer nível de estudo, ou seja, conhecimento mais avançado pode ter contato com esse tipo de leitura, porque ele não terá grande dificuldade em compreender alguns termos que são citados pelos autores do artigo.
Os autores concluem exemplificando como as atividades pedagógica nas escolas não-indígenas como deve ser feitas, enquanto a escola indígena é preciso trabalhar com os alunos a literatura infanto – juvenil e lógico sobre a história do seu povo indígenas. É importante que o leitor compreende o que os autores querem dizer com esse assunto que está sendo abordado no artigo.

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