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Marcha Humana Locomoção · Substantivo feminino · ato ou efeito de locomover-se · Toda ação que move o corpo de um animal através do espaço aéreo, aquático ou terrestre Marcha · substantivo feminino · ato ou efeito de marchar · 1. modo de andadura do homem e dos animais; passo · 2. Rubrica: neurologia. estilo ou modo de caminhar, tomado especialmente como sinal para o diagnóstico de certas afecções do sistema nervoso e musculoesquelético · 3. caminhada, jornada a pé Caminhar · pode ser definido como uma série de perdas e recuperação de equilíbrio. · A deambulação se inicia com o deslocamento anterior do CoM e as recuperações momentâneas do equilíbrio são conseguidas pelo movimento do pé para frente (e sucessivamente) História do estudo da marcha Antiguidade · Hipócrates (460-370 BC) - Descrição da marcha normal de adultos e crianças e mudanças relacionadas a distúrbios do membro inferior Século das Luzes · Wilhelm Weber (1806-1871) · Estudo da marcha humana a partir de leis mecânicas · comparações com pêndulo estudos com cronofotografia · Tensão passiva · Alavancas Ósseas · Movimentos do Centro de Gravidade · Parâmetros para Segmentos Corporais · Encurtamento do Membro · Postura · Étienne-Jules Marey (1830-1904) · Do átomo invisível ao corpo celestial perdido no espaço, tudo está em movimento... Esta é a característica mais aparente da vida, se manifestando em todas as funções vitais, ainda que na essência · Todo movimento é produzido por dois fatores: tempo e espaço; para conhecer o movimento de um corpo é preciso saber a série de posições que ele ocupada em movimentos sucessivos · quantificou o estudo da locomoção através de seus inventos · pioneiro da cinematografia (cronociclo) · Eadweard Muybridge (1830-1904) · Estudos fotográficos sobre padrões de movimento · Attitudes of Animals in Motion (1881) · Animal Locomotion (1887) · The Human Figure in Motion (1901) 2021 · Sistema fotoelétrico- QUALISYS Movimentos da marcha · A estrutura do movimento humano pode ser avaliada de acordo com parâmetros qualitativos e quantitativos Cinemática da Marcha · Descrição da marcha ou passada Variáveis de distância · Ângulo de inclinação do segundo artelho: linha do centro do calcanhar ao segundo artelho e outra do centro do calcanhar a frente e horizontal · Comprimento do passo: mediar ambos para verificar simetria · Comprimento da passada: varia com o sexo, altura e idade · Largura da base de apoio: distância linear entre a parte média do calcanhar de duas pegadas consecutivas Variáveis de tempo · Duração da passada: tempo para ocorrer a passada ou tempo do ciclo de marcha · Duração do passo: tempo para ocorrer um só passo (passos por segundo) · Cadência: número de passos dados por unidade de tempo (por minuto) · Velocidade da marcha: medida com a distância linear percorrida por unidade de tempo · Aceleração da marcha: variação das mudanças de velocidade por unidade de tempo · Valores normativos Eventos da marcha Ciclo da marcha Fase de Apoio/Suporte · Quando o pé está no solo · Contato do calcanhar: quando o calcanhar contata o solo · Pé plano ou aplanado: quando o restante do pé entra em contato com o solo · Médio apoio: quando o pé contralateral em balanço passa à fase de apoio · Retirada do calcanhar: o peso é suportado pelo antepé · Retirada dos dedos ou do hálux: quando o restante do pé sai do contato com o solo Fase de Oscilação/Balanço · Quando o pé não está no solo · Aceleração ou impulso: correspondente a 40 a 60% do ciclo da marcha, culmina com a máxima flexão plantar · Oscilação inicial: de quando os dedos deixam o solo até que as pernas estão paralelas · Oscilação média: correspondente ao apoio médio, quando as pernas estão lado a lado · Oscilação terminal: de quando as pernas deixam de estar paralelas até o calcanhar voltar a tocar no chão Determinantes da marcha · Determinantes da marcha são ajustes feitos pelo corpo que ajudam a deslocar o movimento do centro de gravidade (COM) minimamente · Ponto inferior: no ponto médio do duplo apoio (5 e 55% e 100%) · Ponto superior: apoio sobre um só membro, estação média (30% e 80%) · São eles: · Rotação pélvica no plano transverso (horizontal) · Interações quadril, joelho e tornozelo · Inclinação pélvica no plano frontal · Flexão do joelho · Adução-abdução do quadril / Valgo fisiológico Deslocamento do centro de massa · Economia de energia na marcha Cinemática Articular · Levar em consideração os movimentos osteocinemáticos · Movimentos angulares · Plano sagital- principais movimentos · Menores movimentos- Plano frontal e horizontal Cinemática do Quadril · Plano Sagital · Plano Frontal · Plano Transverso Cinemática do Joelho · Plano Sagital · Plano frontal · Plano horizontal Cinemática do tornozelo · Plano sagital · Plano frontal Interações articulares no plano sagital Cinemáticas da Articulação talocalcânea- Plano Frontal Músculos na Marcha · A maior parte dos músculos tem de uma a duas ativações de curta duração (100 a 400ms) · Eretores da Espinha (região lombar): Ação dos eretores da coluna (bilateral) com a função de controlar o movimento do tronco em relação ao quadril. · Reto Abdominal: atividade pequena e bastante variável. Função de estabilizar a pelve e a lombar, e com isso fornece um ponto de fixação estável para os músculos flexores do quadril (iliopsoas e reto femoral) · Extensores do quadril: Excêntrica (terminal da oscilação) para frear a flexão do quadril e concêntrica (toque do calcanhar) para preparar a recepção do peso e extensão do quadril. Além disso a ativação do GMax no apoio médio contribui indiretamente para a extensão do joelho · Iliopsoas: Excêntrica (antes dos dedos fora) para frear a extensão do quadril e concêntrica para realizar a flexão do quadril (oscilação) · Extensores do joelho: Excêntrica (antes do contado do calcanhar) para frear a flexão do joelho e amortecer a taxa de recepção do peso e concêntrica (apoio médio) para estender o joelho e suportar o peso sobre o membro. · Isquiotibiais: Excêntrica (antes e durante o choque do calcanhar) para frear a extensão do joelho e Concêntrica de baixa intensidade (10% iniciais da fase estação) em co-contração para auxiliar na extensão do quadril e na fase de oscilação, para ajudar na flexão do joelho · Tibial Anterior: Excêntrica (contato do calcanhar) para frear a flexão plantar e concêntrica (oscilação) para produzir dorsiflexão do pé · Tríceps Sural: Excêntrica (fase de apoio 10 a 40% do ciclo) controlam a flexão da tíbia sobre o tornozelo (dorsiflexão) e Concêntrica (na saída do calcanhar e reduz a zero até que os dedos fora) para criar flexão plantar e impulso para marcha Cinética da Marcha · Terceira Lei de Newton Força de Reação do Solo (Força Z) · As forças aplicadas pelo pé na superfície- forças do pé · Forças aplicadas pelo solo no pé Forças de reação do solo (F=m*a) · CURVA M – força de reação vertical · Primeiro pico: Recepção de carga, toque de calcanhar Vale: Desaceleração do centro de gravidade, pé plano · Segundo pico: Aceleração, saída dos dedos do solo- impulso · Força de reação antero-posterior · Primeiro pico negativo: toque de calcanhar, força para anterior do pé no solo · Segundo pico positivo: saída dos dedos do solo, força para posterior do pé no solo · Força de reação médio-lateral · Primeiro pico positivo: toque de calcanhar, centro de massa passa centro-lateral ao calcanhar · Segundo pico negativo: progressão do centro de gravidade para o sentido medial do pé Disfunções da Marcha · Causas mais frequentes de padrão patológico da marcha · Dor- marcha antálgica · Distúrbios do SNC- alteração de tônus, paresias, etc · Processo de envelhecimento Deficiências do sistema musculoesquelético · Principalmente em Membros Inferiores · Excesso ou limitação de ADM · Amputações · Redução de força muscular Marcha Ceifante (paciente Hemiparético) · Contato inicial: região de antepé · Médio pé- contato do pé irá causar hiperextensão de joelhos · Inclinação anterior de tronco para continuar a progressão a frente ·Ex. AVE, artrodese em flexão plantar, pé equino Marcha Escarvante · Contato inicial: rápido (ação excêntrica dos dorsiflexores não ocorre corretamente · Contato inicial- pé plano · Balanço- flexão plantar, exigindo uma flexão do quadril e joelho aumentados · Ex.: dorsiflexores fracos, paralisia do n. fibular · Marcha · Dedos fora: flexão plantar aumentada para retirar o membro inferior do solo · Ex. Andar saltitando: redução da flexão de joelho ou quadril; encurtamento de tendão triceps sural · Marcha · Apoio: joelho sempre fletido · Balanço terminar: redução da extensão · Ex. Contratura em flexão do joelho (maior que 10 graus), espasticidade em isquiotibiais · Traumas, osteoartrites, lesão do motoneurônio superior · Déficit no final da ADM de Extensão de Joelho · Marcha · Contato inicial: extensão do joelho durante a absorção da carga · Apoio: joelho hiperestendido · Inicial do Apoio: Tronco anterior · Ocasiona frouxidão da porção posterior da cápsula · Redução do passo e do tempo de apoio · Ex. Fraqueza de quadríceps, lesão no n. femoral Marcha Circundação Parética · Balanço- realizado abdução do quadril (ou elevação pélvica) · Ex. Redução em flexão de tornozelo e joelho · Marcha Simiesca (doença de Parkinson) · Marcha com queda pélvica (miopatias)- Fraqueza de Glúteo Médio · Marcha com queda pélvica (Trendelemburg) · Marcha Antálgica
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