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Fisioterapia-MARCHA

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Prévia do material em texto

M​ARCHA​ H​UMANA​: T​UDO​ ​QUE​ ​VOCÊ​ ​PRECISA 
SABER​ !!! 
APRESENTAÇÃO 
Oi !!! Tudo bem ? 
Sou Mara Ribeiro, professora do Curso de Fisioterapia do Estratégia Concursos. 
Para você que se prepara para concursos públicos na área de Fisioterapia, preparei um material                             
bem completo, com dicas e resumos sobre Marcha Humana. 
As questões de Marcha sempre aparecem em provas de concurso de Fisioterapia, e sempre que                             
tem no edital, teremos pelo menos 2 questões. Então, é um assunto que não pode passar em                                 
branco nos seus estudos. Traremos aqui, definições, movimentos articulares, ações articulares e                       
as principais alterações da Marcha. 
Tenho certeza que este material irá te ajuda ... Aproveite, revise e amplie seus conhecimentos. 
Abraço, 
Profa. Mara Ribeiro 
E-mail ​: mara.ribeiro01@gmail.com
Instagram ​: @profmararibeiro 
Facebook​: @profmararibeiro 
YouTube​: @profmararibeiro 
Telegram ​: https://t.me/profmararibeiro 
1. MARCHA
Entende-se por ​MARCHA o ato do indivíduo ​deambular​. Este ato incorpora vários                       
princípios, termos e conceitos que são utilizados para reconhecer o que é considerada a “marcha                             
normal”.  
CICLO DA MARCHA 
Um ciclo da marcha normal pode ser definido como os eventos que ocorrem ​desde o                             
primeiro toque do pé de um dos membros inferiores no solo até o próximo toque do mesmo pé                                   
mais adiante. 
O ciclo da marcha é dividido em 2 FASES: ​FASE DE APOIO e FASE DE BALANÇO (OSCILAÇÃO). 
 
 
 
FASE DE APOIO 
 
Período de tempo que ​o membro permanece em contato com o solo e sustenta o peso. 
  
 
Corresponde a ​60% ​do ciclo da marcha. 
 
  
Permite que o membro inferior suporte o peso e possibilita o avanço do corpo sobre o                               
membro que está sustentando. 
 
 
 
A fase de apoio é dividida em cinco subfases 
 
1 – Fase de toque do calcanhar (Contato Inicial); 
2 – Fase de contato (Resposta a carga); 
3 – Fase de apoio médio (Deslocamento anterior da tíbia); 
4 – Fase de saída do calcanhar (Apoio terminal); 
5 – Fase de propulsão (pré-balanço); 
 
 
 
 
 
 
FASE DE BALANÇO 
 
Período de tempo em que ​o membro permanece no ar. 
 
  
Corresponde a ​40% ​ do ciclo da marcha. 
 
 
A Fase de Balanço pode ser dividida em 3 subfases 
1 – Fase de balanço inicial (Aceleração); 
2 – Fase de balanço médio; 
3 – Fase de balanço final (Desaceleração). 
 
 
 
 
 
Vamos descrever os eventos que ocorrem cada uma das subfases: 
 
 
 
ETAPAS DA FASE DE APOIO 
 
1 – Fase de toque do calcanhar (Contato Inicial): com o toque do calcanhar, ocorre o                               
contato inicial do pé com o solo. Tipicamente, isto envolve todo o calcanhar ou apenas o                               
calcâneo. 
2 – Fase de contato (Aplainamento do pé): como a região plantar entra em maior contato                               
com a superfície do solo, o indivíduo assume a posição de pé chato (ou pé plano). Durante o                                   
achatamento do pé, o corpo da pessoa começa a se desviar para frente com o ​momentum. 
 
3 – Fase de apoio médio (Deslocamento anterior da tíbia): ponto no qual o peso corporal                               
se move centralmente sobre o pé. 
 
4 – Fase de saída do calcanhar (Retirada do calcanhar): à medida em que o corpo                               
continua em seu ​momentum para frente, o calcanhar acaba sendo elevado do solo em                           
preparação para o próximo passo, que é o componente da saída do calcanhar. Durante a saída                               
do calcanhar, a maior parte do peso do corpo está apoiada sobre a porção anterior do pé                                 
(antepé). 
 
5 – Fase de propulsão (pré-balanço): componente final da fase de apoio. O hálux é o                               
último segmento a deixar o solo. 
 
ETAPAS DA FASE DE BALANÇO 
 
1 – Fase de balanço inicial (Aceleração): durante a aceleração, o pé deixa o chão e se                                 
move anteriormente de uma posição ligeiramente posterior ao corpo para uma posição abaixo                         
do corpo. Ocorre a flexão do joelho e a dorsiflexão do tornozelo, permitindo que o membro                               
acelere para frente. 
 
2 – Fase de balanço médio: ​ é quando o membro está sob o corpo. 
 
3 – Fase de balanço final (Desaceleração): à medida que o membro inferior continua a se                               
mover anteriormente e reduz sua velocidade ao se preparar para outro toque do calcanhar,                           
dizemos que está na fase de desaceleração.  
 
A marcha humana normal pode apresentar, portanto, períodos de apoio simples (apenas                       
um dos pés está em contato com o solo) e períodos de duplo apoio (ambos os pés estão em                                     
contato com o solo. 
 
 
APOIO SIMPLES / DUPLO APOIO 
 
Teremos momentos na fase de apoio em que os dois pés tocam o solo (duplo apoio) e                                 
momentos nos quais apenas um pé está em contato com o solo (apoio simples). 
 
 
 
 
Também é importante que você esteja atento as porcentagens do ciclo, no qual cada                           
subfase acontece: 
 
 
 
 
 
MEDIDAS IMPORTANTES 
 
PASSO X PASSADA 
 
PASSO: Do toque do calcanhar de um dos pés até o toque do calcanhar do outro pé. 
 
PASSADA: Do toque do calcanhar de um dos pés até o toque de calcanhar do mesmo pé. 
 
 
 
 
 
 
2. CINEMÁTICA ANGULAR 
 
Descreve o movimento angular que ocorre em torno de um eixo de rotação que é uma                               
linha perpendicular ao plano em que uma rotação ocorre. 
 
Movimentos angulares no PLANO SAGITAL: FLEXÃO / EXTENSÃO; 
Movimentos angulares no PLANO FRONTAL: ABDUÇÃO / ADUÇÃO; 
Movimentos angulares no PLANO TRANSVERSO: rotação. 
 
Vamos analisar os movimentos que ocorrem nas articulações dos membros inferiores: 
TORNOZELO 
 
No contato inicial o tornozelo encontra-se em posição neutra; 
 
         Na resposta à carga o tornozelo faz uma flexão plantar de 7º, daí em diante ele começa a                                   
fazer uma dorsiflexão que chega a 15º. 
  
         Na fase de apoio terminal e pré-oscilação, o tornozelo faz flexão plantar de 15º. 
         Imediatamente após dedos-fora, o tornozelo faz rapidamente a dorsiflexão até a posição                       
neutra. 
 
 
 
 
JOELHO 
O joelho inicialmente está estendido, flexionando-se gradualmente, em seguida, até sua                     
flexão máxima da fase de sustentação em 20º na fase de médio apoio, quando volta a se                                 
estender, e então volta a flexionar-se agora em 40º durante a pré-oscilação. 
 
Ao iniciar o balanço, o joelho continua a se flexionar até 60º a 70º, no balanço médio,                                 
voltando a se estender na preparação do próximo apoio. 
  
         Em relação a abdução e adução o movimento que ocorre é automático; o joelho é bastante                               
estável na fase de apoio pela própria morfologia. 
 
Na maioria dos indivíduos, o joelho aduz de 2º a 3º em toda a fase de apoio. Já na                                     
oscilação o joelho abduz até 10º, mas na sequência recupera a posição aduzida na fase terminal                               
do balanço. 
 
 
 
QUADRIL 
 
No contato inicial, o quadril é flexionado em aproximadamente 30º, durante                     
toda a fase terminal do apoio, o quadril estende-se até alcançar 10º de extensão. 
  
         Na pré-oscilação, o quadril flexiona-se 35º e, em seguida, começa a                     
estender-se exatamente antes do próximo contato inicial. 
 
 
* Na figura, acompanheo que ocorre na linha contínua (quadril) 
 
 
 
 
Postura articular durante a marcha: uma análise do plano sagital 
 
Segmento 
do Corpo 
Toque do 
Calcanhar 
até o 
contato 
Contato 
até o 
apoio 
médio 
Apoio 
médio até 
a 
elevação 
do 
calcanhar 
Elevação 
do 
calcanhar 
até a 
propulsão 
Aceleração 
até o 
balanço 
médio 
Balanço 
médio até a 
desaceleraç
ão 
 
Tornozelo 
 
 
Neutra 
 
Neutra a 
15º DF 
 
15º DF a 
10º PF 
 
15º PF 
 
15º a 20º 
DF 
 
Neutra 
 
Joelho 
 
 
Extensão 
Completa 
 
 
0º a 15º. 
De flexão 
 
Extensão 
a 10º 
 
5º de 
flexão 
 
0º a 30º. De 
flexão 
 
60º a 0º de 
flexão 
 
Quadril 
 
 
30​O de 
flexão 
 
 
30º de 
flexão 
 
30º a 0º 
de flexão 
 
10º de 
extensão 
 
30º de 
flexão 
 
30º de 
flexão a 
neutra. 
 
 
 
3. AÇÃO MUSCULAR DURANTE A MARCHA 
 
Diferentes músculos e grupos musculares desempenham funções significativas na marcha.                   
A compreensão da função de cada músculo durante cada momento das diferentes fases da                           
marcha ajuda a reconhecer as diferenças entre a mecânica normal e a anormal da marcha. 
 
MÚSCULOS DA ARTICULAÇÃO DO QUADRIL 
 
Diferentes grupos musculares atuam no movimento e na estabilidade do quadril durante o                         
ciclo da marcha. Os músculos extensores do quadril, especialmente o músculo glúteo máximo,                         
contraem isometricamente no toque do calcanhar, preparando o membro para atuar como um                         
membro rígido (apoio firme). 
 
À medida que o indivíduo se move na fase de apoio, a atividade dos extensores do quadril                                 
diminui significativamente. Os músculos flexores do quadril também se contraem                   
isometricamente no toque do calcanhar e, em seguida, trabalham excentricamente à medida que                         
o indivíduo se move para elevar o calcanhar, tornando mais lenta a extensão do quadril. Durante                               
o início da fase de balanço, os flexores do quadril contraem concentricamente para acelerar o                             
membro e então mais uma vez para desacelerá-lo, se preparando para o contato do calcanhar. 
 
Além disso, no quadril, os estabilizadores medial e lateral ajudam a manter o equilíbrio                           
durante o apoio sobre uma única perna. Isto é reforçado pela ação reversa do músculo glúteo                               
médio, ajudando a manter a pelve do indivíduo em posição neutra à medida que ele se move na                                   
fase de apoio. A fraqueza do músculo glúteo médio resultará em assimetria pélvica no plano                             
frontal (Marcha de Trendelemburg). 
 
MÚSCULOS DA ARTICULAÇÃO DO JOELHO 
 
Os principais grupos musculares que atuam no joelho são os músculos quadríceps e                         
isquiotibiais. O músculo quadríceps atua como extensor do joelho, ao passo que os isquiotibiais                           
atuam como flexores. 
  
No toque do calcanhar, o músculo quadríceps contrai isometricamente quando o joelho se                         
prepara para suportar as forças de reação do solo. À medida que o membro se aproxima da fase                                   
de apoio médio, este músculo trabalha excentricamente, enquanto o joelho entra em flexão. Da                           
fase de apoio médio até a saída do calcanhar, ocorre pouca atividade. Em seguida, novamente                             
na fase de propulsão, o quadríceps inicia um trabalho excêntrico, enquanto o joelho se flexiona,                             
preparando-se para a fase de balanço. 
 
Durante a fase de balanço, as atividades do músculo quadríceps continuam a ser                         
observadas excentricamente durante a aceleração até a flexão máxima ser alcançada pelo joelho.                         
Neste ponto, o quadríceps dispara brevemente de modo concêntrico para iniciar o movimento                         
anterógrado da tíbia. 
  
Durante a desaceleração, os músculos isquiotibiais contraem-se excentricamente para                 
controlar o movimento do membro na direção anterógrada. Mais uma vez, quando o joelho se                             
prepara para o toque do calcanhar, o quadríceps femoral se contrai isometricamente para                         
estabilizar a articulação do joelho. 
 
MÚSCULOS DA ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO 
 
Quando o pé se aproxima do toque do calcanhar, os músculos tibial anterior, extensor                           
longo dos dedos e extensor longo do hálux contraem-se excentricamente à medida que o pé se                               
move em flexão plantar. A fraqueza dos músculos citados fará com que o tornozelo realize uma                               
flexão plantar mais ampla ao toque do calcanhar, diminuindo assim a capacidade de o pé tocar o                                 
solo com o calcanhar. Este controle excêntrico continua a ser observado nos músculos da flexão                             
dorsal do tornozelo durante as fases de contato e de apoio médio. Esta mudança é muito rápida                                 
e envolve a contração concêntrica dos músculos flexores plantares, como gastrocnêmios, fibular                       
longo, flexor longo do hálux e flexor longo dos dedos. Este movimento serve como o impulso                               
para o início da elevação, antes da entrada na fase e balanço. 
 
A principal ação observada durante a fase de balanço, no tornozelo, é uma contração                           
suficientemente forte dos músculos extensores para manter o tornozelo em posição neutra, o que                           
permitirá que o pé toque no solo com o calcanhar em posição ideal. Os músculos plantares não                                 
realizam qualquer contração significativa durante esta fase. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE MUSCULAR DURANTE A MARCHA 
FASE DE APOIO 
 
 
Toque do 
Calcanhar 
Contato 
Apoio 
médio 
Elevação do 
calcanhar 
Propulsão 
QUADRIL 
Movimento 
Flexão 30​o 
a 25​o 
Flexão 
30​o​ a 25​o Extensão Extensão Flexão 
Grupo 
muscular 
Gl Max, 
IT, Adutor 
Magno 
Gl Max, 
IT 
Repouso 
Adutor 
Longo / 
Magno no 
final da fase 
Flexores 
Contração 
Isométric
a 
Isométric
a 
Repouso Excêntrica Concêntrica 
JOELHO 
Movimento Flexão 5​o Flexão Extensão Extensão ​ 
Flexão Flexão 
Grupo 
Muscular 
Quadrícep
s, IT, 
Poplíteo 
Quadríce
ps 
Quadrícep
s até 0​o 
Gastrocnêmi
os e 
poplíteos 
Gastrocnêmi
os e 
poplíteos 
Contração 
Excêntrica 
– 
Quadrícep
s 
 
Concêntri
ca - IT 
Excêntric
a 
Concêntri
ca até 0​o 
Excêntrica 
para 
concêntrica 
Concêntrica 
TORNOZELO 
Movimento 
Flexão 
Plantar 0​o 
Flexão 
Plantar 
Flexão 
Dorsal 
Flexão 
Dorsal para 
Flexão 
Plantar 
Flexão 
Plantar 
Grupo 
muscular 
Flexores 
dorsais 
Flexores 
dorsais 
Flexores 
Plantares 
Flexores 
Plantares 
Flexores 
Plantares 
Contração Excêntrica 
Excêntric
a 
Excêntric
a 
Excêntrica 
para 
concêntrica 
concêntrica 
 
 
 
 
FASE DE BALANÇO 
 
 Aceleração Balanço Médio Desaceleração 
QUADRIL 
Movimento Flexão Flexão 
Flexão, 
Extensão no 
final 
Grupo 
muscular 
Flexores 
Adutor longo, 
grácil 
Extensores 
Contração 
Concêntric
a 
Concêntrica Excêntrica 
JOELHO 
Movimento Flexão Extensão 
Extensão para 
flexão 
Grupo 
Muscular 
IT, Sartório 
e Grácil 
IT 
IT, Quadríceps e 
Poplíteo 
Contração 
Concêntric
a 
Excêntrica 
Excêntrica para 
Concêntrica 
TORNOZELO 
Movimento 
Flexão 
Dorsal 
Flexão Dorsal Flexão Dorsal 
Grupo 
muscular 
Flexores 
dorsais 
Flexores 
dorsais 
Flexores dorsais 
Contração 
Concêntric
a 
Concêntrica 
Isométrica / 
Concêntrica4. ALTERÇÕES NO CICLO DA MARCHA NORMAL – 
MARCHA PATOLÓGICA 
 
DISFUNÇÃO PRIMÁRIA 
 
Nos pacientes com ​patologia musculoesquelética a ​disfunção primária pode ser atribuída                     
principalmente a fraqueza muscular, mobilidade articular restringida e/ou dor. Com o controle                       
seletivo e a sensibilidade normal, esses pacientes fazem adaptações posturais automáticas,                     
necessárias para a substituição ideal.  
 
Em contraste, os pacientes com ​patologias de neurônio motor superior (lesões do sistema                         
nervoso central) apresentam um conjunto mais complexo de problemas. ​Além da fraqueza                       
muscular, as contraturas e a dor, a espasticidade, os erros nos mecanismos de controle e os                               
distúrbios sensoriais interferem com a função e com as possibilidades de adaptação. Portanto,                         
deve-se identificar o desvio primário e deduzir a provável causa, com base nas características                           
clínicas exclusivas da patologia subjacente. 
 
A marcha que não apresenta um padrão com fases e subfases bem definidas, constitui-se                           
em uma disfunção ou padrão patológico da marcha humana. 
 
Algumas alterações são bem características e estão relacionadas a doenças específicas,                     
como veremos a seguir. 
 
MARCHA ESCARVANTE - MARCHA COM PÉ CAÍDO (PÉ EM                 
GOTA) 
 
Trata-se de qualquer alteração que produza uma incapacidade de controlar a flexão dorsal                         
adequada do tornozelo para a liberação durante os componentes de toque do calcanhar e                           
balanço na marcha. 
 
EXEMPLOS: ​Paralisia ou Lesão do Nervo Fibular (também chamada de MARCHA                     
ESCARVANTE)​, fraqueza dos músculos flexores dorsal (TIBIAL ANTERIOR), Diminuição da ADM                     
na posição de flexão dorsal ou Contratura em flexão plantar. 
 
Alterações:  
- fase de apoio da marcha com o contato inicial ocorrendo na porção anterior do pé, ou                               
poderá fazer contato com o calcanhar, seguido de uma rápida desaceleração do restante                         
do pé.  
- Fase de balanço ocorre com o indivíduo arrastando o pé no solo, para compensar esta                             
dificuldade a pessoa aumenta a ADM de flexão de joelho e/ou quadril. 
 
Tratamento: 
Além de fortalecer os músculos extensores e alongar os músculos plantiflexores, este tipo                         
de disfunção pode demandar uma órtese tornozelo-pé de modo a manter o posicionamento do                           
tornozelo. 
 
FRAQUEZA DOS FLEXORES PLANTARES 
 
A diminuição da força dos flexores plantares resulta na perda da capacidade de empurrar                           
o solo. Isto é observado durante a fase de propulsão. 
 
Este padrão de marcha é denominada padrão de marcha calcâneo. E é caracterizado por                           
flexão do tornozelo e do joelho além da amplitude durante a fase de apoio e por um tempo mais                                     
curto durante o apoio unipodal. 
 
 
 
FRAQUEZA DE GLÚTEO MÉDIO – MARCHA DE             
TRENDELEMBURG 
 
O músculo glúteo médio age como estabilizador lateral do quadril e da pelve. A fraqueza                             
ou lesão deste músculo resulta no padrão conhecido como marcha de Trendelemburg. 
 
 
Com a fraqueza do Glúteo médio o indivíduo pode exibir uma queda da pelve                           
contralateral durante o apoio unipodal. Isto é, se o Glúteo médio esquerdo estiver fraco, então                             
durante o apoio sobre o membro esquerdo, a pelve direita parecerá mais baixa. Esta fraqueza                             
não apenas produz um desvio visível, mas também trás ao indivíduo uma sensação de                           
instabilidade no plano frontal. 
 
Para compensar esta sensação, ele inclinará o tronco lateralmente na direção do lado da                           
fraqueza durante a fase de apoio.  
MARCHA ATÁXICA 
 
Paciente apresenta perda de equilíbrio e de coordenação com a tendência a ampliação                         
da base de sustentação. 
 
Este tipo de marcha geralmente é decorrente de lesões no cerebelo ou perda de                           
sensibilidade proprioceptiva (lesão no funículo posterior). 
 
MARCHA HEMIPLÉGICA OU HEMIPARÉTICA 
 
Também conhecida como marcha ceifante, neste tipo de alteração o paciente                     
apresentara um padrão de circundução do membro inferior plégico para fora e para frente. O                             
membro superior afetado permanece flexionado ao lado do tronco. 
 
Este tipo de padrão patológico de marcha surge como consequência de lesões                       
encefálicas unilaterais, especialmente AVE e TCE.  
 
 
MARCHA PARKINSONIANA 
 
Marcha caracterizada pelos pés arrastado no chão e por vezes, passos curtos e rápidos. O                             
paciente ainda apresenta um padrão de flexão de tronco, joelhos e membros superiores. 
 
Pode ocorrer o fenômeno de festinação, quando o paciente demora para iniciar o ciclo                           
da marcha, mas depois que inicia acelera rapidamente como se “corresse” atrás do centro de                             
gravidade. 
 
 
 
MARCHA ANSERINA 
 
O paciente caminha com rotação exagerada da pelve, arremessando ou rolando os                       
quadris de um lado para o outro a cada passo, para deslocar o peso do corpo, assemelhando ao                                   
pato quando anda. É frequente nas miopatias com fraqueza da musculatura da cintura pélvica,                           
principalmente dos músculos glúteos médios. 
Pertence ao grupo da marcha nas miopatias, onde estão presentes as afecções                       
musculares, com déficit muscular principalmente nas cinturas pélvicas e escapular. 
Durante a marcha, observa-se, Anteroversão pélvica, membros inferiores em abdução,                   
rotação externa, apoio em antepé, aumento da lordose lombar, abdome protuso, ombros                       
elevados, escápulas aladas, cabeça anteriorizada e movimentos oscilatórios dos quadris. 
 
 
MARCHA EM TESOURA 
 
Ocorre um encurtamento dos músculos adutores do quadril, provocando uma adução                     
das coxas, de modo que os joelhos podem cruzar-se um na frente do outro, com a passada                                 
assemelhando-se a uma tesoura. Bastante comum nos pacientes com espasticidade grave dos                       
membros inferiores, principalmente os que tem diplegia espástica congênita (paralisia cerebral,                     
doença de little). 
 
 
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/1747651/ 
 
MARCHA PATOLÓGICA 
 
TIPO DE MARCHA  LESÃO / DOENÇA  CARACTERÍSTICA 
ESCARVANTE 
- NERVO FIBULAR 
- FRAQUEZA DE TIBIAL 
ANTERIOR 
PÉ CAÍDO 
ARRASTA PONTA DO PÉ NO 
CHÃO 
FLEXÃO AUMENTADA DE 
QUADRIL E JOELHO 
STEPAGGE  - SEQUELA DE POLIOMIELITE 
PÉ CAÍDO 
ARRASTA PONTA DO PÉ NO 
CHÃO 
FLEXÃO AUMENTADA DE 
QUADRIL E JOELHO 
HEMIPLÉGICA / CEIFANTE 
AVE 
TCE 
FLEXÃO DE MMSS 
CIRCUNDUÇÃO DE QUADRIL 
EXTENSÃO DE MMII 
PLNATIFLEXÃO 
TREDELEMBURG 
FRAQUEZA DE GLÚTEO MÉDIO 
DO PÉ DE APOIO 
FRAQUEZA DE GLÚTEO 
MÍNIMO DO PÉ DE APOIO 
LESÃO DO NERVO GLÚTEO 
SUPERIOR 
DESNIVELAMENTO DA PELVE 
CONT5RALATERAL AO PÉ DE 
APOIO 
INCLINAÇÃO DO TRONCO 
PARA O LADO DA LESÃO 
ATÁXICA 
 
CEREBELO 
FUNÍCULO POSTERIOR – 
FASCICULO GRÁCIL E 
CUNEIFORME (PERDA DA 
PROPIOCEOPÇÃO 
CONSCIENTE) 
BASE DE SUSTENTAÇÃO 
AUMENTADA 
OSCILAÇÃO DO CORPO 
OLHAR PARA O CHÃO 
ANSERINA 
FRAQUEZA DE MUSCULATURA 
PROXIMAL DA PELVE 
MIOPATIAS 
DISTROFIA MUSCULAR DE 
DUCHENNE 
DESLOCAMENTOS LATERAIS 
DA PELVE 
HIPERLORDOSE LOMBAR 
PARKINSONIANA  PARKINSON 
PASSOS CURTOS 
FESTINAÇÃOFLEXÃO ANTERIORDO CORPO 
TESOURA 
DIPLEGIA ESPÁSTICA 
HIPERTONIA DE MÚSCULOS 
ADUTORES 
PLANTIFLEXÃO 
PERNAS SE CRUZAM DURANTE 
OS PASSOS 
 
 
 
 
 
RESUMÃO 
 
 
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