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TRANSFORMADA DE LAPLACE Prof. Dr. Walterley A. Moura 1 Oliver Heaviside, quando estudava processos simples para obter soluções de Equações Diferenciais, vislumbrou um método de Cálculo Operacional que leva ao conceito matemático da Transformada de Laplace, que é um método simples para transformar um Problema com Valores Iniciais(PVI), em uma equação algébrica de uma variável complexa, de modo a obter um asolução deste PVI de uma forma indireta, sem o cálculo de Integrais e Derivadas para obter a solução geral da Equação Diferencial. Pela utilidade deste método em Matemática, na Computação, nas Engenharias, na Física e outras ciências aplicadas, o método representa algo importante neste contexto. As transformadas de Laplace são muito usadas em diversas situações, porém, aqui trataremos de suas aplicações na resolução de Equações Diferenciais Ordinárias Lineares. Oliver Heaviside (Londres, 1850-1925): Foi auto-didata, engenheiro, físico e matemático. Adaptou os números complexos ao estudo de circuitos elétricos. 2 Solução de Equação Diferencial com Transformada de Laplace 3 0 0, 0 , 0 , , ,ay by cy f t y y y y a b c A transformada de Laplace pode ser usada para resolver problemas de valor inicial da forma Transformada de Laplace F(s) de uma função é definida por: 0 , : 0, 0 stL f t F s f t e dt f para s 4 5 A transformada de Laplace de uma função f(t) existe se a integral de Laplace convergir. 1 - Uma função seccionalmente contínua é uma função que pode ter um número finito de pontos de descontinuidade, existindo no entanto limites laterais finitos da função. 3.1 Definição 2 – Uma função f(t) será de ordem exponencial se: 0 0 0, tal que lim lim 0 st st Kt Kt t t F s f t e dt F s f t e dt K f t e e f t 6 3.2 Integral Imprópria Seja f uma função real de variável real definida no intervalo [a, +∞ [ e integrável em qualquer intervalo [a,x], x>a. Nestas condições podemos definir a função: x a g x f t dt Esta integral é denominada de indefinida com a origem em "a". Se calcularmos o limite lim x x a f t dt e, se este limite der um valor finito, L, então f é integrável em sentido impróprio em [a, +∞ [ e tem-se a L f t dt Nestas condições: i) a integral imprópria existe e é convergente, com valor L; ii) se o limite não existir, então f não é integrável em [a, +∞ [ e diz-se que a integral diverge. 3.3 Condição suficiente para a existência da transformada de Laplace A integral de laplace vai convergir se f(t) é seccionalment contínua em [a, +∞ [ e se ela for de ordem exponencial quando t tender ao infinito . 7 4.1) Função Degrau 0, 0 1, 0 t u t t A transformada de Laplace de f (t) é dada por: 0 1 1 stL u t e dt s 4.2) Função Rampa: f t tu t A transformada de Laplace de f (t) é dada por: 0 0 2 0 00 1 1 st st st st st L f t tu t e dt te dt e e t dt e dt s s s s Obs.: Integração por partes: udv uv vdu 8 4.3) Função Senoidal e Cossenoidal : 0, , jath definida por h t e *0 0 0 0 lim 1 1 0 , 0 s ja t s ja T s ja s ja tst jat T e e e H s e e dt e dt s ja s ja s ja para s s ja s ja A transformada de Laplace de h (t) é dada por: Por outro lado, sabemos que: 0 0 0 cos sen cos sen st st st st H s L h t e at je at dt e at dt j e at dt L f t jL g t F s jG s cos senjate at j at f t jg t 9 Assim tomando a parte real e a parte imaginária, temos: Re ImF s H s e G s H s 2 2 2 2 2 2 1 1 s ja s ja s a H s j s ja s ja s ja s a s a s a Calculando a parte Real e a parte Imaginária de H(s), temos: 4.4) Transformada de Laplace de cosf t at 2 2 1 Re , 0 s F s para s s ja s a 4.5) Transformada de Laplace de seng t at 2 2 1 Im , 0 a G s para s s ja s a Seja n um inteiro positivo. Calcular a Transformada de Laplace da função : 0, , , 0,1,2,...nnf definida por f t t para n 1 1 1 1 00 0 0 integração por partes n n st st n st st n st n st n n n udv uv vdu u t du nt dt e dv e dt v s t e n n n F s e t dt e t dt e t dt F s s s s s Aplicando a fórmula de recorrência, temos: 1 0 01 2 1 0 0 02 2 3 2 0 0 02 3 3 1 1! 2 2 1 1 2 2! 3 3 2! 3 2! 3! F s F s F s s s F s F s F s F s F s s s s s s F s F s F s F s F s s s s s s 10 4.6) Função Potência: 0 1 F s s Mas, Assim, temos: Logo: 0 ! n n n F s F s s 1 ! , 0n n n F s s s é a Tranformada de Laplace de 1f t OBS.: Para calcular a Tranformada de Laplace de outras funções vamos usar as propriedades que apresentamos a seguir. 11 Se a Tranformada de Laplace de f(t) é F(s), para s > a1, e a Tranformada de Laplace de g(t) é G(s), para s > a2, então para constantes e , tem-se 1 2, max ,L f g t L f t L g t para s a a 0 0 0 st st st L f g s e f t g t dt e f t dt e g t dt L f t L g t F s G s OBS.: Desenvolver exemplos. 12 4.7) Teorema da Linearidade Seja "a" uma constante. Se a Transformada de Laplace da função f(t) é F(s), para s>c, então a Transformada de Laplace da função atg t e f t é ,G s F s a para s a c 0 0 sa st at s a t L e f t e e f t dt e f t dt F s a OBS.: Desenvolver exemplos. 13 4.8) 1º Teorema do Deslocamento a sg t f t a u t a L g t e F s 14 4.9) 2º Teorema do Deslocamento 0 0 0 0 , st st a s a s sa a s s a s L f t a u t a f t a u t a e dt f t a e dt t a f e d f e d e f e d e F s (a) Suponha que f (t) seja derivável com f '(t) seccionalmente contínua. Então: 0L f s sF s f 2 0 0L f t s F s sf f (b) Suponha que f (t) seja derivável duas vezes com f ''(t) seccionalmente contínua. Então: 0 0 0 0 st st stL f t e f t dt e f t s e f t dt f sF s (a) Vamos provar para o caso em que f '(t) é contínua. F(s) é a Transformada de Laplace de f (t) . 15 4.10) Teorema da Derivação (b) Vamos provar para o caso em que f ''(t) é contínua. Usando o item anterior: 2 0 0 0 0 0 0 0 L f t sF s f L f t sL f t f L f t sL f t f s sF s f f s F s sf f 16 17 4.11) Função Pulso 1, 0 0, caso contrário t a f t A função f (t) pode ser escrita da seguinte maneira: f t u t u t a L f t L u t L u t a 0 t f t a Aplicando-se o teorema do deslocamento, temos: 1 1 1 sa s aeL f t e s s s 18 4.12) Função Impulso unitário: A função impulso é o caso limite de uma função pulso. Considere a função impulso 1 , 0 0, caso contrário t d t Podemos construir a seguinte função:isto é, um retâgulo centrado no ponto, com largura "ε" e altura "1 ", conforme mostra a figura abaixo. d t 0 , 0 lim 0, 0 t d t t t 19 A função impulso pode ser considerado como uma função pulso, ou seja: , 1 1 ad t u t u t Então a transformada de Laplace é obtida com segue: , , 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 lim lim 1 lim 1 , Aplicando-se a regra de L'Hospital, temos: 1 lim lim a s s a s s L d t L u t L u t e s s L d t e s s L t e s d e sd d s d se s 1 1L t A função impulso cuja cuja área é igual a 1 é chada de função impulso unitário ou função delta de Dirac. Esta função ocorrendo em é usualmente denotada por , que satisfaz as seguintes relações: 0t t 0t t 0 0 0 0 0 0, para , para 1 t t t t t t t t t t dt OBS.: Um pulso que tem amplitude infinita e duração nula é uma ficção matemática e não ocorre em sistemas físicos reais. Se, entretanto, a amplitude de um pulso de entrada em um sistema físico é muito grande e sua duração muito pequena comparada com as constantes de tempo do sistema, podemos aproximar a entrada em pulso por uma entrada em impulso. 20 1 s L f t F 0 0 0 Fazendo Fazend 1 o 1 1 st s u u L f t f t e dt L f t f u e du f u du t u d e du s F F t s 21 4.13) Homotetia (escala) na transformada de Laplace Seja a transformada de Laplace dada por 0 stF s f t e dt Derivaremos ambos os membros da igualdade em relação à variável s, obteremos: 0 0 0 0 0 st st st st st dF s d f t e dt ds ds d f t e dt f t e dt s ds f t t e dt t f t e dt L t f t dF s L tf t ds 22 4.14) Derivada da Transformada de Laplace 4.15) Transformada de Laplace da integral de uma função 0 0 t t F s g t f u du L f u du s 0 00 0 0 0 0 1 lim , 0 1 lim 0 se 0 0 st st st Ast st A sA st A F s t t G s e g t dt udv uv vdu u g t du g t dt e dv e dt v s g t e G s g t e dt g t f t s s g A e g G s f t e dt s s s F s g L f u du s s F s g L f u du s Demonstração: 23 24 Teoremas 5 Integral de Convolução Determinar a transformada de Lapalce de: 0 t f t g t f t g d a integral acima é denominada integral de convolução. A transformada de Lapalce da integral de convolução: 0 t L f g L f t g d F s G s 25 26 Demonstração: 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0, , t st st s v sv s sv s f t u t para t L f t g d L f t u t g d e f t u t g d dt f t u t e dt g d v t f v u t e dv g d f v e dv g d f v e e dv g d f 0 0 sv sv e dv g e d F s G s 6 Teorema do Valor Final 27 Relaciona o comportamento em regime estacionário de f(t), ou seja: lim t f t Temos a seguinte regra: 0 lim lim t s f t sF s Demonstração: 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 lim lim lim 0 lim lim 0 lim 0 lim 0 lim 0 lim lim 0 lim 0 lim 0 lim st s s s st s s s t t s s t s t L f t f t e dt sF s f f t dt e sF s f df t dt sF s f dt df t f t f f t f sF s f f t f sF s f 0 lim s f t sF s 7 Teorema do Valor Inicial 28 Este teorema é a contraparte do teorema do valor inicial, ou seja: 0 lim s f sF s Demonstração: Para demonstrar este teorema será utilizado a transformada de Laplace de f t 0 0 0 lim lim lim 0 0 0 lim st st s s s s L f t sF s f f t e dt f t dt e sF s f f sF s 8 Equacões Diferenciais Lineares com Coeficientes Não-Constantes Quando os coeficientes de uma equação diferencial linear são polinômios, a transformada de Laplace pode ser calculada usando os seguintes resultados: 2 1 1 1 1 0 1 1 0 0 n n n nn n n n n n nn n n n n n nn n n dF s tf t ds d f t d F s t f t ds ds d d t f t f t sF s f ds ds d d t f t f t s F s sf y' ds ds L L L L L L L 29 Tomando-se a derivada sucessiva de F(s), teremos a regra geral: 1 1 1 , 1,2,3..... fazendo 1, temos: 1 n nn n d t f t F s n ds t dF s tf t ds dF s tf t ds dF s f t t ds L L L L 30 9 Transformada Inversa de Laplace 1f t F s L Teorema de Lerch: Se f(t) é seccionalmente contínua e ordem exponencial então a transformada inversa de Laplace existe e é única. 31 32 10 Solução de equações lineares invariantes no tempo Na solução de equações lineares invariantes no tempo pelo método das Transformada de Laplace são necessárias duas etapas: 1. Aplica-se a transformada de Laplace a cada um dos membros da equação diferencial, converter em uma equação algébrica em “s” e obter a expressão da transformada de Laplace da variável dependente, rearranjando a equação algébrica; 2. A solução da equação diferencial é obtida achando-se a transformada de Lapalce inversa da variável dependente. 33 Exemplos: Obter a solução x(t) da equação diferencial abaixo: 1 3 2 0 0 1, 0 2 2 2 5 3 0 0, 0 0 x t x x x x x t x x x x 11 frações parciais de funções racionais 34 a) Expansão em Frações Parciais para polos distintos 1 1 2 1 , .... m i i i n n i i b s P s P s F s m n Q s s p s p s p s p 1 2 11 2 n n i in i A AA A F s .... s p s p s p s p 1 21 2 1 n i n p t p tp t p t n i i f t A e A e ...... A e Ae Polos: zeros do denominador Raízes: zeros do numerador ou da função F(s) 35 1 2 1 2 .... ... k k k k s p k n k k k k k k n s p k k s p P s s p Q s A AA A s p s p s p s p A s p s p s p s p P s A s p Q s 36 b) Expansão em Frações Parciais para polos múltiplos 2 3 2 3 1 s s F s s A expansão em frações parciais envolve três termos: 2 3 2 3 2 3 2 3 3 2 3 11 1 1 2 3 1 1 1 11 Fazendo 1, temos: 1 s s A B C ss s s s s s A s B s C s s C s 2 3 2 3 1 s s s 2 1 1 2 1 3 2 s C 37 Derivando a equação (1), temos: 3 1 d s ds 2 3 2 3 1 s s s 2 1 1 1 ` 1 1 1 2 2 2 1 0 0 s s s s d A s B s C ds s A s B B B Derivando novamente a equação (1), temos: 2 3 2 1 d s ds 2 3 2 3 1 s s s 2 1 1 1 ` 1 1 1 2 2 2 1 2 2 1 s s s s d A s B s C ds d d s A s B A A ds ds 38 1 1 1 1 2 3 2 2 1 0 2 1 1 1 0 1 0 t t t f t L F s L L L s s s e t e t e t 39 b) Expansão em Frações Parciais para polos complexos 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 2 2 2 12 2 5 2 12 6 1 5 2 2 1 4 1 4 1 4 1 5 2 1 4 1 4 1 5 2 2 21 4 1 4 1 5 2 2 21 4 1 4 5 2 cos 2 2 sen 2 2 t t s F s s s s s s s s s s s s s s s s f t L F s L L s s f t e t e t Exemplos 40 1) Decompor em frações parciais a função racional abaixo Solução: Inicialmente devemos escrever 22 1 1 2 3 1 2 3 s s A B C s s s s s s 22 1 1 2 3 s s F s s s s b) Expansão em Frações Parciais com polos múltiplos 2 3 5 15 11 1 2 s s F s s s 2 3 2 3 5 15 11 1 21 2 2 2 s s A B C D s ss s s s 41 2) Decompor em frações parciais a função racional abaixo 3 25 9 7 1 2 s s s G s s s 3) Decompor em frações parciais a função racional abaixo Observe que o grau do polinômio do numerador é maior que o grau do polinômio do denominador. 42 12 Solução de equações diferenciais lineares e invariante no tempo 43 2 0 1 2 2 1 2 ... onde , ,..., são constantes n n n n dy d y d y a y a a a f t dt dt dt a a a Uma equação diferencial ordinária linear de ordem n com uma incógnita é uma equação que pode ser escrita como: 1) Encontre a solução da equação diferencial abaixo. 2 7 3 0, 0 3, 0 0y y y y y 2 3 0 3 2 2 2 2 2 7 3 0 2 7 3 0 2 0 0 7 0 3 0 2 3 7 3 3 0 2 6 7 21 3 0 2 7 3 6 21 6 21 2 7 3 L y y y L L y L y L y s Y s s y y sY s y Y s s Y s s sY s Y s s Y s s sY s Y s Y s s s s s Y s s s 44 13 Circuitos Elétricos Lineares e Invariantes no Tempo 45 • Circuito elétrico R L C i(t)v(t) 46 Aplicando a lei de Kircchhof no domínio do tempo, temos: onde: Tensão no resistor: Tensão noindutor: 1 Tensão no capacitor: R L C R L t c v t v t v t v t v s Ri t di t v t L dt v t i d C 47 0 Aplicando a lei de Kircchhof no domínio de Laplace, temos: onde: Tensão no resistor: Tensão no indutor: 0 01 Tensão no capacitor: , 0 0 R L C R L C V s V s V s V s V s RI s V s L sI s i qI s V s q i t dt C s s qI s sC sC 01 0 qI s sC s C vI s sC s 48 Tensão no resistor: Tensão no indutor: 0 0 Tensão no capacitor: R L C V s RI s V s sLI s Li vI s V s sC s RESUMINDO 49 Solução de Equações Diferenciais e Integro-Diferenciais 50 A propriedade de diferenciação no tempo da transformada de Laplace possibilita a resolução de equações diferenciais (ou integro-diferenciais) lineares com coeficientes constantes. 51 Considere a EDO linear com coeficientes constantes: 0 0 k kn m k kk k k k d y t d x t a b dt dt Considere a aplicação da transformada de Laplace em ambos os membros da equação: 0 0 k kn m k kk k k k d y t d x t a b dt dt L L 52 0 0 1 1 2 1 0 1 1 2 1 0 2 1 2 1 0 0 0 0 k kn m n k n kk k k k n n n n n m m m m m n n n m m d y t d x t a b dt dt a y a y a y a y a y b x b x b x b x b x a Y s a sY s y a s Y s sy y b X s b sX s y L L L L L L L L L L L L 2 2 2 1 1 2 3 02 1 2 0 2 2 3 0 2 1 1 2 3 02 1 2 0 2 3 0 0 0 0 0 0 m n n n nn n n n n n n m m m mn m m m m m b s X s sy y y a a s a s a s Y s a a s a s a s y a a s a s x b b s b s b s X s b b s b s b s x b b s 20 mb s A partir da propriedade de linearidade, temos: 53 2 1 2 0 2 1 2 0 2 1 1 2 3 0 2 2 3 0 2 1 1 2 3 0 0 Condições iniciais da saída 0 0 Condições iniciais da entrada n n n n m m m m n n n n n n n m m m m A s a a s a s a s B s b b s b s b s y a a s a s a s y a a s a s x b b s b s b s 2 2 3 0 2 1 1 2 3 02 1 2 0 2 2 3 0 2 1 1 2 3 02 1 2 0 2 3 0 0 0 0 0 0 m m m m m m mm m m m m m m n n n nn n n n n n n x b b s b s x b b s b s b s b b s b s b s x b b s b sY s X s y a a s a s a s a a s a s a s y a a s a s 2 54 1 1 2 1 2 0 1 Se o sistema for causal, temos: 0 0 0 0 0 Se o sistema estiver relaxado, estado nulo, temos: 0 0 0 0 0 Desse modo, podemos escrever que: m n m m m m n n x x x x y y y y Y s b b s b s b s X s a a s 2 2 0 estadonulo A relação Função de Transferência do sistema n na s a s Y s H s X s 55 A função de transferência é uma relação de entrada-saída; A relação de entrada-saída de um sistema é uma descrição externa do sistema; A função de transferência é uma função racional, ou seja, é uma 0, temos fração composta por dois polinômios e , onde é o numerador e é o denominad : 0 raízes de são denominados da função de transferência. 0 raízes de são or B s H s A s B s B s zeros B s H s A s A s A s B s A s B s A s denominados da função de transferência. grau ordem da função de transferência. polos A s n CONCLUSÃO 56 Característica da função de transferência: i) A função de transferência de um sistema é um modelo matemático no sentido de que se constitui um método operacional de expressar a equação diferencial que relacionaa variável de saída à variável de entrada; ii) A função de transferência é uma propriedade intrínseca do sistema, independe da magnitude e da natureza do sinal ou da função de excitação; iii) A função de transferência inclui as unidades necessárias para relacionar o sinal de entrada ao sinal de saída; no entanto ela não fornece qualquer informação concernente a estrutura física do sistema; iv) Se a função de transferência for conhecida, a saída ou resposta pode ser estudada para várias formas de entrada com vistas ao entendimento da natureza física do sistema; v) A função de transferência não indica qual é o fenômeno que está sendo analizado. 57 Transformada de Laplace bilateral 58 1) Transformada de Laplace bilateral F(s) de uma função é definida por: stL f t F s f t e dt 59 2) Transformada de Laplace bilateral expressa em termos de duas transformadas unilaterais • Seja a função x(t) mostrada na figura abaixo: t x t 60 • Separação de x(t) em duas componentes x1(t) e x2(t) t 1x t t 2x t t 2x t 61 • Podemos escrever que 1 2 x t x t u t x t x t u t • A transformada bilateral de x(t) é dada por 0 2 1 0 2 1 st st st F s f t e dt x t e dt x t e dt X s X s 0 2 2 2 0 2 2 0 st st st X s x t e dt x t e dt X s x t e dt 62 Obs.: • x2(t) é causal, portanto X2(-s) pode ser determinada da tabela de transformada unilateral, trocando o sinal de s em X2(-s) obtemos X2(s); • A transformada bilateral X2(s) pode ser calculada a partir das transformadas unilaterais em dois passos: 1. Divida x(t) em componentes causal e anticausal; 2. Os sinais x1(t) e x2(t) são causais. Determine a transformada de Laplace de x1(t) e some a ela a transformada de Laplace de x2(-t), com s substituído por –s. 63 Exemplo 1: Encontrar a transformada bilateral de bt atx t e u t e u t 1 2 2 2 Transformada lateral da componente causal: 1 , Re Transformada lateral da componente anticausal causal: 1 , Re Então, 1 1 , Re P bt at at at bt bt x t e u t e u t x t e u t e u t s a s a x t e u t x t e u t s b s b X s s b s b s b ortanto, 1 , Re 1 1 , Re e Re , Re bte u t s b s b X s s a s b s b s a a b a s b s a s b 64 Região de convergência: x t a b jw 65 Exemplo 2: Encontrar a transformada inversa bilateral de 2 Re 1; Re 1; Re 2a s b s s 3 2 1 X s s s 2 Re 1 1 1 2 1 polo em 2 estando a esquerda da região de convergência corresponde ao sinal causal; polo em 1 estando a direita da região de convergência corresponde ao sinal anticausal a s X s s s x t e 2t tu t e u t 3 1 1 2 1 2 1 polos de : 2 e 1 X s s s s s X s 66 2 Re 1 os dois polos estão a esquerda da região de convergência, portanto os dois polos correspondem a sinais causais t t b s x t e e u t 2 Re 2 os dois polos estão a direita da região de convergência, portanto os dois polos correspondem a sinais anticausais t t c s x t e e u t 67 CARACTERIZAÇÃO NA FREQUÊNCIA DOS SINAIS E SISTEMAS 68 A resposta em frequência de um sistema LTI fornece a caracterização intuitiva do comportamento entrada-saída do sistema. Isto ocorre porque a convolução no domínio tempo transforma-se em multiplicação no domínio frequência. Sendo assim, a saída do sistema representada no domínio frequência é obtida multiplicando-se a representação em frequência do sinal de entrada pela resposta em frequência do sistema. 6 Resposta em frequência de sistemas LTI 69 6.1 Resposta ao impulso Conforme visto em capítulos anteriores, a resposta ao impulso em frequência de um sistema contínuo ou discreto constituem o par: TL TZ TFTC TFTD j h t H s h n H z h t H j h n H e w w 70 6.2 Condições de Dirichlet Para que as duas representações sejam possíveis, as condições de Dirichlet devem se satisfeitas: : caracterizando a resposta ao impulso como absolutamente integrável : caracterizando a resposta ao impulso como absolutamente somável n TFTC h t dt TFTD h n 71 Para ambos os caso, constata-se que a obtenção da resposta em frequência somente será possível se o sistema de interesse for ESTÁVEL. Sendo assim, o sistema de tempo contínua tem a seguinte representação: x t h t y t y t x h t d X s H s Y s Y s X s H s 72 Ou ainda, podemos escrever: TL TZ TFTC TFTD j j j y t x t h t Y s X s H s y n x n h n Y z X z H z y t x t h t Y j X j H j y n x n h n Y e X e H ew w w w w w 73 6.3 Propriedades i Y j H j X j ii Y j H j X j w w w w w w 74 6.4 Decibel Ganho e Atenuação: é a relação entre duas grandezas de mesma natureza, tendo uma das grandezas como referência. Exemplo: O liminar da intensidade sonora para o ouvido humano é: 12 0 2 10 W I cm suponha que a intensidade sonora medida seja: 8 2 10 W I cm a relação entre as intensidades, considerando I0 referência será: 8 4 12 0 10 10 10 I I 75 O Decibel é utilizado para medir o nível da intensidade sonora, mas é amplamente utilizado em eletrônica, sinais e comunicações; A intensidade em Decibel (dB) é dado por: 0 dB 10log I I I Para o exemplo, temos: 4dB 10log10 40dBI 76 77 Para o caso de um circuito com impedância Z, temos: 2 2 0 1 0 1 0 1 e potência de referência ou deentrada potência de saída V V P P Z Z P P O ganho, calculada a partir da tensão, será dado por: 2 2 1 1 1 2 2 0 0 0 2 1 1 0 0 10 log 10log 10log 10log 20log P V Z V G P V Z V V V G V V Cálculo da frequência de corte: 0 1 2 2 1 1 1 1 2 2 0 0 0 1 0 A frequencia de corte ocorre quando: 2 1 1 2 2 1 20log 20log 10log 2 3dB 2 P P P V V V P V V V V G V 78 6.5 Gráficos do logaritmo do módulo – Diagrama de Bode. É conveniente o uso da escala logarítmica para os módulos da transformada; Principais motivos podem ser observados nas equações da propriedades dadas acima. A relação de fase é aditiva, enquanto que a relação dos módulos envolvem produto. Podemos escrever: log log logY j H j X jw w w Y j H j X jw w w Diagrama de Bode log e logH j H jw w w w 79 6.5.1. Filtros a) Filtro Passa-Baixas: O sistema atenua as frequências altas do sinal de entrada, deixando passar apenas as componentes de frequências mais baixas. H jw w W W Caso Contínuo 1, 0, frequência de cortec W H j W W w w w w Caso Contínuo 80 b) Filtro Passa-Altas: O sistema atenua as frequências baixas do sinal de entrada, deixando passar apenas as componentes de frequências mais altas. H jw w W W Caso Contínuo 0, 1, frequência de corte c c c H j W w w w w w w 81 c) Filtro Passa-Faixa: O sistema deixa passar sinais dentro de uma faixa de frequências, atenuando as componentes do fora dessa faixa. Caso Contínuo H jw w 2W 1W1W 2W 1 2 1 2 1, 0, ou frequência de cortec W W H j W W W w w w w w 82 CasoDiscreto jH e w w 2 2W W jH e w w 2 2W W 1, 0, frequência de corte c c c H j W w w w w w w 0, 1, frequência de corte c c c H j W w w w w w w 83 6.5.2 Diagrama de BODE – Gráficos Logarítmicos Fatores básicos da função de transferência H jw i. Ganho ii. Fator integrativo iii. Fator derivativo iv. Fator integrativo de primeira ordem v. Fator derivativo de primeira ordem vi. Fator de segunda ordem 84 i) Ganho K: H j Kw Módulo da função de transferência: 20log 20log Ângulo da função de transferência: 0 H j K H j K H j w w w Gráficos: logw logw 20log K dB 85 ii) Fator integral: 1 H j j w w Módulo da função de transferência 1 1 20log 20log 20log 20log dB 20 db/década Ângulo da fução de transferência 1 0 90 90º H j j H j j w w w w w w Gráficos: logw dB 40 20 0 -20 -40 0,01 0,1 1 10 100 20dB década logw 90º 86 iii) Fator derivativo: H j jw w Módulo d função de transferência 20log 20log 20log dB 20 db/década nguloda função de transferência 90º H j j  j w w w w Gráficos: logw 90º logw dB 40 20 0 -20 -40 0,01 0,1 1 10 100 20dB década 87 2 1 2 22 2 2 2 2 2 Módulo da função de transferência 1 1 1 1 1 20log 20log 20log 1 10log 1 1 1 1 1 20log 0 1 1 20log 10log 20log 20log Assim, para H j j H j i H j ii H j w w w w w w w w w w w w w w w w 1, temos que o logaritmo do módulo é aproximadamente uma função linear de log , cuja inclinação é 20 dB década w w iv) Fator integrativo de primeira ordem: 1 1 H j j w w 88 Ângulo da função de transferência 1 1 1 arctan 0 0 1 45º 90º H j j j w w w w w w w Gráficos: 89 v) Fator derivativo de primeira ordem: 1H j jw w 2 1 2 2 22 2 2 2 2 Módulo da função de transferência 1 1 20log 20log 1 20log 1 10log 1 1 1 1 20log 0 1 1 20log 10log 20log 20log Assim, para 1, H j j H j i H j ii H j w w w w w w w w w w w w w w w w w temos que o logaritmo do módulo é aproximadamente uma função linear de log , cuja inclinação é 20 dB década w 90 Ângulo da função de transferência 1 1 arctan 0 0 1 45º 90º H j j j w w w w w w w Gráficos: 91 2 2 2 2 2 Módulo da função de transferência 1 20log 20log 1 2 10log 1 2 20log 10log1 0 dB A assíntota de baixa frequência é uma reta hori n n n n n H j j j i H j w w w w w w w w w w w w 4 4 zontal em 0 dB 20 log 10log 40log 40log 40log A assíntota de alta frequência é uma reta que possui inclinação de 40 dB/década 20log 40log 40log1 0dB n n n n n n ii H j iii H j w w w w w w w w w w w w w w A assíntota de alta frequência cruza a de baixa frequência em nw w vi) Fator de segunda ordem: 2 1 1 2 n n H j j j w w w w w 92 2 2 Ângulo da função de transferência 2 1 1 2 arctan 1 0 0 90º 180º n n n n n H j j i ii iii w ww w w w w w w w w w w 93 Gráficos: 94 Frequência de ressonância e valor de pico de ressonância • Se apresentar um valor de pico em alguma frequência, esta frequência é denominada de frequência de ressonância; • Para calcular a frequência de ressonância, basta fazer rw rM H jw 2 2 2 2 22 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 2 , 1 2 0 2 1 2 8 0 1 2 0, 0 1 2 1 2 Logo, 1 2 n n n r n g u g u u u g u g u u u u u u u u u u w ww w w w w w w 95 Conclusões: • Cálculo da frequência de ressonância • Conforme tende a zero, a frequência de ressonância tende tem a wn; • O fator , ou seja, • A frequência de ressonância é menor que a frequência natural • O pico de ressonância ocorre em • À medida que tende a zero, Mr tende a infinito • Se o sistema não amortecido for excitado por sua frequência natural, o valor de se tornará infinito. 21 2r nw w 21 2 0 0 0,707 2 1 2 1 r rmáx M H j H j w w H jw 96 Procedimento geral para a construção do diagrama de Bode 1) Desenhe o diagrama de Bode da seguinte função de transferência 2 10 3 2 2 j H j j j j j w w w w w w Para evitar possíveis erros na construção da curva. É desejável colocar H(jw) na forma normalizada, onde as assíntotas de baixa frequência dos fatores de primeira ordem e segunda ordem estão na reta 0 dB. Ou seja, 2 2 10 3 1 3 2 1 2 1 2 22 7,5 1 3 1 1 2 2 2 j H j j j j j j jj j j w w w w w w w ww w w 97 A função é composta pelos seguintes fatores: 12 1 1 7,5 1 1 3 2 21 2 1º 2º 3º 4º 5º jj j jj ww w ww As frequências de corte do 3º, 4º e 5º termos são, respectivamente: 3º 4º 5º3, 2 e 2w w w 2 1 1 1 20log 20log 7,5 20log 20log 1 20log 20log 3 11 12 2 2 2 j H j jj j j w w ww w w 98 121 1 7,5 1 1 1 3 2 2 2 1º 2º 3º 4º 5º jj j j j ww w w w 99 2) Desenhe o diagrama de Bode da seguinte função de transferência 100 1 10 100 j H j j j w w w w 100 Diagrama de BODE – Gráficos Logarítmicos Discussão geral. Seja a resposta em frequência dada abaixo 1 2 1 2 ... ... m n G j G j G j H j K D j D j D j w w w w w w w i) Cálculo do argumento (ângulo ou fase) de H jw 2 2 1 2 1 2 1 1 e onde, e Re Im ... ... 1 i i i i i i j m n m n i i i i G j G j G j D j D j D j e G G G H j G j G j G j D j D j D j H j G j D j w w w w w w w w w w w w w w w w 101 ii) Cálculo do módulo em dB de H jw 1 2 1 2 1 1 20 log 20log 20log 20log ... 20 log 1 1 1 20log 20log ... 20 log 1 20log 20log 20log 20 log 2 m n m n i i i i H j K G j G j G j D j D j D j H j K G j D j w w w w w w w w w w A operação acima, dada pela equação (2), deverá ser feita separadamente. Deve-se verificar em qual fator se enquadra cada Gi e Di, ou seja, se é fator é um ganho, ou fator integrativo, ou fator derivativo, ou fator de primeira ordem integrativo, ou fator de primeira ordem derivativo, ou fator de segunda ordem. Após a identificação de cada fator, os mesmos devem ser escritos na forma padrão. Em seguida, deve determinar a frequência de corte, para os fatores de primeira ordem integrativo e derivativo e, finalmente, determinar a frequência natural para o fator de segunda ordem. Neste último caso é aconselhável determinar o fator de amortecimento do sistema, para verificar se curva fica acima ou abaixo das retas assíntotas. O limiar ocorre em = 0,5. Maior que 0,5, a curva está acima e, menor que 0,5 a curva está abaixo.102 Em qual tipo de escala deve-se fazer o diagrama de Bode Para fazer o diagrama deve-se utilizar o papel em escala logarítmica. O eixo X é eixo das frequências que deve se colocada em escala logarítmica. O eixo Y é o eixo do módulo da resposta em frequência, este valor já é calculado como sendo 20log|H(jw)|, assim não há necessidade de colocar este eixo na escala logarítmica. 10-2 10-1 100 101 102 103 104 -40 -20 0 20 40 60 Y ( d B ) X (rad/s) Sistemas Elétricos • Circuitos RLC • Amplificadores Operacionais 103 104 Circuitos RLC 1 - Introdução As leis básicas que governam os circuitos elétricos são as leis de Kirchhoff das correntes e das tensões. • Lei de Kirchhoff das correntes: a soma algébricas das corrente que entram ou saem de um nó é zero. • Lei de Kirchhoff das tensões: as soma algébricas das tensões em uma malha de um circuito elétrico é zero. 105 2 – Impedância no domínio de Laplace INDUTOR : 1 1 CAPACITOR : RESISTOR: L L L C C C R R R di t v t L V s sLI s Z sL dt I s v t i t dt V s Z C sC sC v t Ri t V s RI s Z R 106 Exercícios 1: Calcular 0 i E s E s 107 Amplificadores Operacionais O termo amplificador operacional (ampop) foi introduzido em 1947 por John Ragazzini quando realizava seus trabalhos com computadores analógicos para o Conselho Nacional de Pesquisa e Defesa durante a Segunda Guerra Mundial. 1 - Introdução Ragazzini, John - Engenheiro Eletricista New York, 1912-1988 • Tese: 1941: The Effect of Fluctuation Voltages on Linear Detection • Orientados de Ragazzini: Rudolf E. Kalman (filtros de Kalman); Eliahu I. Jury (transformada z); Lotfi Aliasker Zadeh (logica Fuzzy). 108 O ampop é um circuito ativo desenvolvido para executar operações matemáticas como: • Adição • Subtração • Multiplicação • Divisão • Diferenciação • integração. 2 - Conceito de Amplificador Operacional 109 O ampop é um dispositivo eletrônico consistindo de um complexo arranjo de resistores, transistores, capacitores e diodos. 3 - Composição dos Amplificadores Operacionais 110 4 - Característica Física dos Amplificadores Operacionais Os ampop’s são comercialmente disponíveis em circuitos integrados e de vários formatos e tipicamente são compostos de 8 pinos. 111 5 - Configuração típica dos ampop’s e pinagem Os cinco terminais mais importantes são: • Pino 2: entrada inversora; • Pino 3: entrada não inversora; • Pino 6: saída; • Pino 7: alimentação positiva, V+; • Pino 4: alimentação negativa, V- (a) Configuração da pinagem e (b) símbolo do circuito 112 6 – Características de um AMP OP i. Ganho de Tensão: O ganho de tensão que é obtido através da relação entre a tensão de saída pela tensão de entrada; ii. Tensão de OFFSET : Um AMPOP real tem a saída de um amplificador ideal nula quando suas entradas estão em curto circuito. Nos amplificadores reais acontece um casamento de impedâncias imperfeito dos dispositivos de entrada e a saída do AMP OP pode ser diferente de zero quando ambas as entradas assumem potencial zero. Significa dizer que há uma tensão CC equivalente na entrada, chamada de tensão de OFFSET. Os valores desta tensão normalmente nos amplificadores comerciais estão situados na faixa de 1 a 100mV os componentes comerciais estão dotados de entradas para ajuste da tensão de OFFSET. 113 iv. Slew Rate: é a máxima variação de tensão de saída por unidade de tempo. Normalmente o SR é dado em V/µs. Em termos gerais, podemos dizer que o valor de SR nos dá a “velocidade” de resposta do amplificador. Quanto maior o SR, melhor será o amplificador. O AOP 741 possui o SR = 0,5V/µs, o LF351 possui SR = 13V/µs e o LM318 possui SR=70V/µs. iv. Overshoot: é a “sobrepassagem” ou “sobressinal”. O OVERSHOOT é o valor, dado em porcentagem, que nos indica quanto o nível de tensão de saída foi ultrapassado durante a resposta transitória do circuito, ou seja, antes da saída atingir o estado permanente. Para o 741, o OVERSHOOT é da ordem de 5%. O overshoot é um fenômeno prejudicial, principalmente quando se trabalha com sinais de baixo nível. 114 7 - Alimentação dos Amplificadores Operacionais Como elemento ativo os ampop’s devem ser alimentados como ilustra a figura abaixo: 115 8 - Circuito equivalente do Amplificador Operacional i. A seção de saída consiste de uma fonte de tensão dependente em série com uma resistência de saída Rout; ii. A seção de entra consiste de uma resistência de entrada Rin. 116 9 - Equacionamento do Amplificador Operacional 2 1dv v v • v1 é a tensão no terminal inversor; • v2 é a tensão no terminal não inversor. 0 2 1dv Av A v v 117 10 - Valores típicos dos parâmetros dos Amplificadores Operacionais Parâmetros Valores Típicos Valor Ideal A, ganho de malha aberta 105 a 108 ∞ Ri, resistência de entrada 10 6 a 1013 ∞ R0, resistência de saída 10 a 100 Ω 0 Vcc, tensão de alimentação 5 a 24 V cc out ccV v V 118 11 - Amplificadores Operacionais ideal Para facilitar o entendimento dos circuitos com amplificadores operacionais assumiremos que eles são ideais, ou seja: Parâmetros Valor Ideal A, ganho de malha aberta ∞ Ri, resistência de entrada ∞ R0, resistência de saída 0 119 Exercícios 1: Calcular eo 4,80 mV 4,75 mV 0e 5 3 5 4,75 4,80 0,05 mV fazendo 10 , temos 0,05 10 10 5 V o o e K K K e 120 Exercício 2: Um amop tem um ganho de tensão de malha aberta de 2.105, resistência de entrada igual de 2 MΩ e resistência de saída igual a 50 Ω. Calcule o ganho vo / vi. (a) Circuito original (b) Circuito equivalente 121 Exercício 3: Amplificadores Inversor 1 2 1 1 0 1 1 2 0 0 1 1 0 i f fi f i i i v v v v R R v v Rv v v R R v R 122 Exercício 4: 1 2 0 1 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 2 2 2 2 2 1 1 2 2 1 i a a f a b i f i f f i f f f f i i i v v v v R R v v v v R R v v R R R R v v R R R R R R v v R R
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