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III_teorico avaliacao inicial da vitima

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Assistência 
de Enfermagem 
ao Paciente 
Politraumatizado
Avaliação Inicial da Vítima
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª M.ª Camila Cristina
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Revisão Técnica:
Prof.ª Dr.ª Raquel Josefina Oliveira Lima
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Avaliação Inicial da Vítima de Trauma.
Objetivos
• Identificar a cinemática do trauma;
• Compreender as etapas da avaliação inicial da vítima;
• Assistir à vítima de trauma no ambiente pré-hospitalar.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material 
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você 
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns 
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões 
de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e 
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de 
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de 
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de 
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
Avaliação Inicial da Vítima
Fonte: Getty Im
ages
UNIDADE 
Avaliação Inicial da Vítima
Avaliação Inicial da Vítima de Trauma
Antes de tratarmos propriamente da avaliação primária é fundamental compreender 
como se dá o atendimento no Brasil; neste sentido, a Portaria Ministerial n.º 2.048/2020
caracteriza Atendimento Pré-Hospitalar (APH) fixo do móvel da seguinte maneira:
O atendimento pré-hospitalar fixo é aquela assistência prestada, num pri-
meiro nível de atenção, aos pacientes portadores de quadros agudos, 
de natureza clínica, traumática ou ainda psiquiátrica, que possa levar a 
sofrimento, sequelas ou mesmo à morte, provendo um atendimento e/ou 
transporte adequado a um serviço de saúde hierarquizado, regulado e 
integrante do sistema estadual de urgência e emergência. Este atendi-
mento é prestado por um conjunto de unidades básicas de saúde, uni-
dades do Programa de Saúde da Família (PSF), Programa de Agentes 
Comunitários de Saúde (PACS), ambulatórios especializados, serviços 
de diagnóstico e terapia, unidades não hospitalares de atendimento às 
urgências e emergências e pelos serviços de atendimento pré-hospitalar 
móvel. (TIMERMAN, 2020)
Já o APH móvel de urgência é definido como:
[...] o atendimento que procura chegar precocemente à vítima, após ter 
ocorrido um agravo à sua saúde (de natureza clínica, cirúrgica, traumá-
tica, inclusive as psiquiátricas), que possa levar a sofrimento, sequelas 
ou mesmo à morte, sendo necessário, portanto, prestar-lhe atendimento 
e/ou transporte adequado a um serviço de saúde devidamente hierarqui-
zado e integrado ao sistema único de saúde. (TIMERMAN, 2020)
O APH de urgência no País foi criado e se desenvolveu de forma independente e 
muito anterior às normas do Ministério da Saúde (MS) e Conselho Federal de Medicina 
(CFM), tal como é o caso do atendimento pelo Corpo de Bombeiros, tendo as suas ações 
amparadas pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988; além disso, 
desde a década de 1970 várias cidades e rodovias ofereciam APH.
Após 30 anos da implantação do APH, em 2003 foi criado o Serviço de Atendi-
mento Móvel de Urgência (Samu) no País e por meio da Portaria n.º 1.863/2003 foi 
instituído em todo o Brasil o número telefônico 192 para acionar o Samu e solicitar o 
atendimento, o qual é :
[...] um serviço municipal com regulamentação federal, podendo ser re-
gional quando agrupa várias cidades cobertas por uma só central. A ade-
são ao modelo é voluntária. As cidades que optarem por ter um serviço 
de APH como o Samu devem seguir normas federais e passam a ter o 
direito legal de receber parte do custeio vindo dos governos federal e 
estadual. (TIMERMAN, 2020) 
Desta forma, nem todas as cidades do País disponibilizam o serviço de APH – estando, 
em sua maioria, presente nas grandes metrópoles ou em cidades que se localizam pró-
ximas das maiores e, assim, utilizam-se desse serviço.
6
7
Em rodovias que não possuem concessão do serviço o atendimento é realizado pela Po-
lícia Rodoviária federal, estadual ou pelo Samu de cidades atravessadas por tais estradas. 
Assim, no Brasil os serviços que realizam o atendimento pré-hospitalar são os seguintes: 
• Resgate do Corpo de Bombeiros;
• Samu municipal; 
• Samu regional; 
• Serviços privados nas rodovias; 
• Polícia Rodoviária federal; 
• Polícia Rodoviária estadual; 
• Serviços privados de porte variado, que em sua maioria realiza o transporte inter-
-hospitalar, atendimento a eventos, APH a planos de saúde e atendimento em 
áreas específicas.
O acionamento dos serviços é feito por telefone, de modo que as companhias priva-
das possuem os seus contatos específicos, enquanto o Samu é contatado pelo número 
192 e o Corpo de Bombeiros pelo número 193 (TIMERMAN, 2020).
Leia o artigo intitulado “O processo de implantação do serviço de atendimento móvel 
de urgência no Brasil: estratégia de ação e dimensões estruturais”.
Disponível em: https://bit.ly/3j9G6B3
Avaliação Primária
A avaliação inicial da vítima de trauma é uma ação organizada e sistematizada, afi-
nal, um paciente com múltiplas lesões (politraumatizado) está mais propenso ao óbito 
pela instabilidade do funcionamento dos órgãos e sistemas. Desta forma, o atendimento 
inicial à vítima e identificação das condições de saúde configuram-se como o início do 
atendimento e identificação do tempo necessário.
A avaliação independente da vítima é uma ação global e as suas intervenções são para 
a estabilização da vítima. Para tanto, devemos seguir quatro etapas: i) avaliação primária e 
ressuscitação; ii) avaliação secundária e reavaliação; iii) destino; e iv) tratamento definitivo.
No atendimento inicial a uma vítima devem-se seguir procedimentos que permitirão 
identificar o principal problema. Para esta avaliação o profissional treinado deverá rea-
lizar algumas argumentações iniciais:
• O local da ocorrência e/ou acidente é seguro aos profissionais?
• Será necessário movimentar a vítima?
• Há mais de uma vítima? A equipe tem capacidade para o atendimento de mais vítimas?
• A vítima está consciente, tenta falar algo, ou aponta para qualquer parte?
• As testemunhas estão tentando dar alguma informação?
• Qual é o mecanismo da lesão? Há objetos ao redor da vítima?
• Há presença de sangue?
Fonte: https://bit.ly/2YsD2Gl
7
UNIDADE 
Avaliação Inicial da Vítima
Nesse cenário é importante relembrar que a avaliação da cinemática do trauma é 
fundamental, iniciando-se na fase pré-hospitalar – em que deverão ser coletadas infor-
mações para que seja possível estabelecer a relação entre os fatos e as possíveis lesões 
a serem encontradas na(s) vítima(s). Neste ponto a avaliação da cena é um importante 
passo, pois com base nesta análise inicial ou primária do trauma poderemos seguir para 
uma análise secundária: o da cena do trauma. O grupo que realizará o socorro deverá 
identificar se toda a equipe utiliza Equipamento de Proteção Individual (EPI), além de 
avaliar a segurança da equipe e prestar informações à central de operação. 
Na seguinte Figura temos um método de triagem simples e de rápido tratamento nas 
situações de acidentes com múltiplas vítimas, denominado Simple Triage and Rapid 
Treatment (Start), possibilitando, de forma prática, avaliar e categorizar as vítimas em 
quatro cores indicativas do nível de urgência do atendimento de cada pessoa, vejamos:
Vítimas classi�cadas com a cor verde:
Deambulam, movimentam-se e obedecemaos comandos;
São direcionadas a uma área segura para aguardar atendimento.
•
•
•
•
Requerem avaliação aprofundada dos sistemas respiratório, circulatório e neurológico;
Apesar de poderem aguardar, em decorrência da necessidade da avaliação o atendimento
deverá ser rápido.
Vítimas classi�cadas com a cor amarela:
• Necessitam de atendimento imediato.
Vítimas classi�cadas com a cor vermelha:
•
•
Não respiram mesmo após o reposicionamento das vias aéreas;
Não recebem tratamento, dado que estão em óbito.
Vítimas classi�cadas com a cor preta:
Figura 1 – Protocolo Start para a triagem de múltiplas vítimas
Fonte: Adaptado de canadiem.org
Veja uma simulação de atendimento com múltiplas vítimas em que o sistema Start
foi aplicado:
Avaliação da cinemática do trauma: posicionamento do veículo de sinalização, 
disponível em: https://bit.ly/3pyyH0w
Acesse o curso livre de avaliação primária, disponível em: https://bit.ly/2MvpgjD
A avaliação primária deve ser realizada após a avaliação global aplicada de forma 
céfalo-podálico (da cabeça aos pés). A prioridade de avaliação inicial está nas funções 
vitais – de forma rápida e eficiente.
A avaliação segue o processo denominado XABCDE, mnemônico que possibilita 
padronizar o atendimento inicial da vítima de forma a definir prioridades na abordagem, 
além de possibilitar a padronização do atendimento. Tem como objetivo viabilizar a rá-
pida identificação de lesões potencialmente fatais. Pode ser aplicado a qualquer vítima 
com quadro crítico – independentemente da sua idade –, buscando reduzir os índices de 
morbidade e mortalidade.
8
9
X
A
B
C
D
E
Hemorragia grave
(EXSANGUINANTE)
VIAS AÉREAS
RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO
CIRCULAÇÃO
NEUROLÓGICO
EXPOSIÇÃO
Figura 2 – XABCDE do trauma
Vejamos o que significa cada letra:
• X – hemorragia grave: deve ser contida antes mesmo do manejo das vias aéreas, 
afinal, o que mais mata nos traumas são as hemorragias;
• A – vias aéreas: no mesmo tempo em que o socorrista deverá permitir que as vias 
aéreas estejam livres será necessário manter a coluna cervical estabilizada;
• B – respiração e ventilação: deve-se providenciar suporte ventilatório e oxigenação;
• C – controlar hemorragia interna: investigar perdas sanguíneas não visíveis, mas 
que podem estar presentes quando houver sinais clínicos de hemorragia: tempo de 
enchimento capilar lentificado, pele fria e pegajosa e comprometimento do nível 
e da qualidade de consciência; assim, é necessário avaliar os principais pontos de 
hemorragia interna – que são a pelve, abdome e membros inferiores;
• D – avaliação do estado neurológico: avaliar o nível de consciência utilizando a 
Escala de Coma de Glasgow (ECG), tamanho e reatividade das pupilas;
• E – exposição e controle da hipotermia: as principais medidas nesta etapa cor-
respondem a analisar a extensão das lesões e fazer o controle do ambiente para 
prevenir hipotermia.
Na avaliação relacionada à abertura das vias aéreas e estabilização (proteção) da colu-
na cervical, deve-se examinar se existe permeabilidade das vias aéreas superiores. Para 
tanto, o socorrista deverá realizar a inspeção nas estruturas faciais a fim de verificar a 
presença de corpos estranhos, fraturas faciais, fratura de mandíbula, fratura de traqueia 
e laringe, mantendo a coluna da vítima estável.
Após a estabilização da coluna cervical, precisará evitar hiperflexionar, hiperestender 
ou realizar rotação da cabeça da vítima, pois mesmo um exame neurológico que inicial-
mente tenha a normalidade como resultado não poderá excluir eventual lesão vértebro-
-medular. As manobras para assegurar a permeabilidade das vias aéreas devem sempre 
ser realizadas com a proteção da coluna cervical.
9
UNIDADE 
Avaliação Inicial da Vítima
Assista ao vídeo “Manejo das Vias Aéreas no Trauma (Aula Prática)”, cujo foco é o ma-
nejo da via aérea no trauma. Disponível em: https://youtu.be/8EZz-2bzDt4
Já para realizar a permeabilização das vias aéreas deve-se empregar, simultaneamen-
te, as manobras de levantamento de queixo (chin lift) e de anteriorização da mandíbula 
(jaw thrust).
O colar cervical deve ser posicionado para evitar lesões, sendo selecionado através 
da mensuração do pescoço da vítima – mediando com os dedos da mão para medir a 
distância entre a base do pescoço (músculo trapézio) à base da mandíbula.
Colar cervical de resgate keep neck color do tipo stifneck, disponível em: https://bit.ly/3j8uyOs
Tabela 1 – Dimensões de acordo com o tamanho do colar cervical
Item Tamanho Cor do Velcro Circunferência
Altura 
Anterior
Altura 
Posterior
Abertura 
Frontal
1 BB (Neo) Branca 30 a 45 cm 5,7 cm 12,0 cm 2,5 x 4,5 cm
2 Pediátrico Azul Claro 30 a 45 cm 7,6 cm 12,7 cm 3,5 x 5,5 cm
3 PP Lilás 40 a 56 cm 8,8 cm 13,3 cm 3,5 x 5,5 cm
2 Pequeno Azul Royal 40 a 56 cm 10,1 cm 13,3 cm 4,5 x 8,5 cm
3 Médio Laranja 40 a 56 cm 12,0 cm 14,0 cm 5,0 x 10,0 cm
4 Grande Verde 40 a 56 cm 14,0 cm 14,0 cm 7,5 x 10 cm
Fonte: Adaptado de Marimar Veículos
Para a correta colocação do colar cervical deve-se, inicialmente, verificar se será rea-
lizado por um ou dois socorristas: se a colocação for por um socorrista, deve-se retirar 
qualquer vestimenta e adorno em torno do pescoço da vítima; inspecionar o pescoço; 
fazer lentamente o alinhamento da cabeça, mantendo-a firme com uma leve tração 
para cima. Já no caso de dois socorristas, cabe selecionar o colar; passar a parte pos-
terior do colar por trás do pescoço da vítima; colocar a parte anterior do colar cervical, 
encaixando-o no queixo da vítima; ajustar o colar e prender o velcro, mantendo a folga 
de um dedo, garantindo a mobilização lateral da cabeça (head bloc).
Assista ao vídeo “Colocação do colar cervical”, que mostra a colocação do colar cervical 
de duas e de uma peça. Disponível em: https://youtu.be/-pcwjisla1g
No item B – ventilação e respiração –, deve-se identificar a permeabilidade das vias 
aéreas, de modo que o tórax deve ser exposto e inspecionado quanto à expansão, defor-
midade, ferimento, aberturas, escape anormal de ar; posteriormente deve-se auscultar a 
vítima e verificar a chegada de ar, percutir o tórax para a identificação de ar ou sangue.
Sobre os possíveis traumas torácicos em decorrência de uma lesão, assista ao vídeo “Trau-
ma torácico, saiba o que fazer!”, que ilustra a constituição torácica e os possíveis agravos 
em decorrência de traumas. Disponível em: https://youtu.be/xnWbf1L_8Rw
10
11
Já no item C – circulação e controle da hemorragia –, deve-se realizar rápida ava-
liação contemplando o nível de consciência, a coloração da pele e do pulso – femoral e 
carotídeo – e o sangramento. 
O item D – avaliação neurológica – deve ser realizada a fim de identificar o nível 
de consciência, tamanho e reação pupilar. Nesse sentido, a ECG possibilita mensurar 
o nível de consciência por meio da avaliação de três critérios: abertura ocular, melhor 
resposta verbal e melhor resposta motora. 
Tabela 2 – Escala de coma de Glasgow
Variáveis Escore
Abertura ocular
• Espontânea;
• À voz;
• À dor;
• Nenhuma.
4
3
2
1
Resposta verbal
• Orientada;
• Confusa;
• Palavras inadequadas;
• Palavras incompreensivas;
• Nenhuma.
5
4
3
2
1
Resposta motora
• Obedece comandos;
• Localiza dor;
• Esquiva-se do estímulo;
• Flexão anormal;
• Extensão anormal;
• Nenhuma.
6
5
4
3
2
1
Total Máximo Total Mínimo Intubação
15 3 8
Fonte: Adaptado de Periop
Na avaliação da vítima de trauma é necessário aplicar a ECG modificada, ou seja, associada 
à avaliação pupilar, conforme o vídeo disponível em: https://youtu.be/Q-TKeuwyjck
Já no item E – exposição e controle de hipertermia – é necessário despir a vítima, 
cortando a sua vestimenta com tesoura apropriada (ponta romba) para facilitar o exame.
A hipotermia deve ser evitada, utilizando-se manta térmica – isto porque roupas molha-
das ou mesmo a ingestão de álcool pode dificultar o controle do calor por vasodilatação.
Ademais, o socorrista deverá realizar a monitorização eletrocardiográfica, oximetria 
de pulso, instalarsonda gástrica para a redução da distensão gástrica, evitando bronco-
aspiração e parâmetros vitais. 
Sequência do exame físico, disponível em: https://bit.ly/2YwicWP
Avaliação secundária e reavaliação devem ser iniciadas após a estabilização respi-
ratória e circulatória.
11
UNIDADE 
Avaliação Inicial da Vítima
A avaliação secundária se refere a lesões ou problemas não visualizados na avaliação pri-
mária. Assim, quando a vítima estiver inconsciente busque informações utilizando o sistema 
Ampla – com circundantes e/ou familiares, caso estejam presentes (VOLPATO, 2021).
Ampla é a sigla para:
• A: Alergias – reações alérgicas medicamentosas que a vítima já apresentou;
• M: Medicamentos em uso;
• P: Passado médico;
• L: Líquidos e alimentos ingeridos;
• A: Ambiente onde ocorreu o trauma.
Verificamos a importância da correta avaliação inicial para a assistência adequada à vítima 
de acidente. A Enfermagem faz parte da equipe de socorristas e deve utilizar os protocolos 
disponibilizados para a correta atuação no cenário e organização de suas ações: punção de 
acesso, verificação de sinais vitais, passagem de sondas, curativos, estabilização, monito-
ramento, entre outras atividades.
Como vimos, o atendimento pode ser resumido em etapas como o processo XABCDE e a 
avaliação secundária completa, enquanto o processo de avaliação e encaminhamento da 
vítima pode empregar o método Ampla para a apropriada coleta de dados a fim de com-
plementar o histórico da ocorrência em pacientes conscientes. 
Para tanto, cabe ao futuro profissional realizar treinamentos periódicos nos sistemas de 
capacitação a fim de treinar as suas habilidades práticas de atendimento para que, quando 
necessárias, possam ser realizadas com segurança.
12
13
Referências
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1.018, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid
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BARBIERI, R. L. S.O.S. cuidados emergenciais. São Paulo: Rideel, 2002.
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