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Viroses Profa. Tamara De Carli tamidecarli@gmail.com Cadeia do processo infeccioso • Penetração e multiplicação no hospedeiro • Produzir progênie viável • Progênie deve ser excretada do hospedeiro a tempo, pela via adequada e em quantidade suficiente para permitir a sua transmissão a outros • Resistir no meio ambiente o tempo necessário para encontrar outro hospedeiro suscetível Modos de transmisssão dos vírus • Direta de pessoa a pessoa : Horizontal e vertica - Gotículas: gripe, sarampo, varíola - Aerosois - Via fecal-oral: enterovírus, hepatite A - Contato sexual: hepatite B, HIV - Mão-boca, mão-olho, boca-boca: herpes - Sangue, produtos do sangue: hepatite B, HIV - Trasnovariana e transplacentária - Leite materno • Animal a animal com infecção humana acidental: - Mordedura de animais: raiva - Aerosóis: vírus de roedores (hantavírus) • Vetores artrópodes: a) Ciclo humano-artrópode: febre amarela e dengue b) Ciclo vertebrado artrópode: febre amarela silvestre c) Ciclo artrópode-artrópode, infecção humana ocasional: febre do carrapato do colorado Reservatórios • Habitat natural dos vírus entre as epidemias - Homem: clínico ou portadores - Animais - Artrópodes - também vetores (mecânicos e biológicos) - Helmintos Dengue • Doença viral aguda, transmitida por mosquitos do gênero Aedes sp. - Família:Flaviviridae - Gênero: Flaviviru - Espécie: dengue vírus • Principal arbovirose humana • Um dos principais problemas de Saúde Pública em países tropicais e subtropicais - 2.5 bilhões de pessoas vivem em áreas de risco - 50 a 100 milhões de infecções por ano - 550 mil internações (DH e DHF) - 20 mil óbitos 2011-2012 - DEN 4!!!!!! Características dos vírus • Morfologia esférica com envelope lipoproteíco • Capsídeo: proteína C • Envelope: proteínas E e M • Genoma: RNA de fita simples • Genoma: codifica proteínas estruturais e não-estruturais (NS) • Possui 4 sorotipos (tipos antigênicos): - DEN 1 - DEN 2 Prevalência e distribuição - DEN 3 geográfica diferentes - DEN 4 Transmissão - Picada de mosquitos (arbovírus) (outras formas ?) - Principal vetor: Aedes aegypti • - Hábitos diurnos • - Predominantemente urbano • - Oviposição em água limpa • - Preferencialmente em recipientes artificiais • - Também o Aedes albopictus (1986) Patogênese e características clínicas • Causam doença febril - aguda: forma clássica - Grave: forma hemorrágica • Forma clínicas inaparentes – hemorrágica Dengue clássica – • Período incubação: 2 a 15 dias • Viremia: aparecimento da febre até 3 dias - Febre súbita ou após sintomas característicos ( mal-estar, calafrios e dor de cabeça) - Sintomas respiratórios: geralmente em crianças - Podem aparecer exantemas: manchas na pele - Aumento dos linfonodos - Outros sintomas: náuseas, vômitos e diarreia - Raramente: sangramento na gengiva Dengue hemorrágica • Geralmente na segunda infecção • Manisfestações: mesmas da dengue clássica • Período crítico: transição do período febril para fim da febre - Eritemas na pele, manchas cianóticas - Hemorragias na pele - Sangramento gengival, nasal, gastrointestinal - Trombocitopenia (plaquetas 100.000/mm3). Tratamento Analgésicos Antitérmicos Controle - Combate ao mosquito (inseticidas) - Evitar depósitos de água - Sistema de vigilância efetiva - Identificação precoce do mosquito e vírus - Participação ativa da população - Melhores condições de urbanização, habitação, abastecimento de água, educação. Combate • Substituir água dos vasos por terra • Manter seco o prato coletor de água • Desobstruir calhas do telhado • Não deixar recipientes (latas, pneus) que acumulem água • Tampar cisternas, caixas d’agua, barris, etc. • Acondicionar lixo em sacos plásticos fechados • Controle biológico do Aedes: Peixes em reservatórios de águas/cacimbas Febre Amerela • Mesma família e gênero do vírus da dengue • Características dos vírus: mesmas da dengue • Espécie: Yellow fever virus • Transmitida por mosquitos (ARBOVIROSE) • Ocorrência: Américas Central e do Sul, África • Mantida da natureza em ciclos silvestres • Eventualmente transmitida a humanos Desde 1942 não são registrados casos de febre amarela urbana no Brasil, enquanto a forma silvestre é endêmica nas regiões Norte e Centro-Oeste e no estado do Maranhão. Dez. 2007 – 14 março/2008 – 65 casos suspeitos - 38 casos confirmados - 20 evoluíram para óbito - 23 descartados/4 em investigação - GO (21), MS (8), DF (5) MT (2), PR (2) - Todos adquiriram a infecção em áreas rurais Patogênese e características clínicas • Transmissão: picada do mosquito infectado • Período de incubação: 3 a 6 dias - Doença febril benigna - Não –específica - Doença fulminante Patogênese e características clínicas • Sinais inespecíficos ou subclínica é comum - Febre, cefaléia, mal-estar, náuseas, vômitos - Calafrios, dores musculares - A maioria recupera-se após esses sinais Patogênese e características clínicas - Aprox. 15% desenvolvem sinais graves - Febre, dor abdominal, vômitos, diarréia - Vômito e diarréia hemorrágicos - Icterícia, equimoses, sangramentos - Disfunção renal, hepática, coma e morte • Alta taxa de mortalidade: 20 a 50% Ciclo silvestre - Hospedeiros: primatas - Vetores: mosquitos do gênero Haemagogus - Transmissão transovariana no vetor - Ocasionalmente transmitido a pessoas - Ciclo urbano - Quando pessoas virêmicas voltam à cidade - Hospedeiros: humanos - Transmissão: mosquitos do gênero Aedes sp - Transmissão direta entre pessoas não ocorre - No Brasil está erradicada (1942) Vetores Ciclo Silvestre Ciclo Urbano Tratamento • Apenas de suporte • Não há tratamento específico • Antivirais: ribavarina - impede a multiplicação dos vírus • Antitérmicos, analgésicos, hidratação • Em casos graves: diálise e transfusão Controle • Vacinação (validade 10 anos) • Proteção individual (repelentes, mosquiteiros roupas com mangas compridas, etc.) • Em áreas urbanas: combate ao Aedes
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