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Heva Fernandes (@hevafernandes) TUTORIA 6 ☼ Compreender o que é dengue, zika, chikungunya e febre amarela. (Agente etiológico, morfologia, ciclo, transmissão, sinais e sintomas, diagnostico, profilaxia e epidemiologia) ☼ Elucidar o que são e quais são as doenças emergentes e reemergentes ☼ Entender a tríade epidemiológica bem como a sua correlação com a dengue, zika, chikungunya e febre amarela São vírus transmitidos por arboviroses, tendo grande parte do ciclo replicativo ocorrendo dentro destes Composto por vírus • Diferentes em: propriedades físico-quimicas • Comuns em: características ecológicas + epidemiológicas Arbovírus • Vírus transmitidos em natureza, mediante transmissão biológica entre hospedeiros vertebrados suscetíveis por meio de artrópodes hematófagos ou via transovariana (fêmea infecta seus ovos antes da postura)/venéria • Rodos possuem RNA • Vertebrados > picados por insetos portadores de arbovírus (mosquitos fêmea da família culicidae, gênero aedes, subgênero stegomyia, espécie aedes aegypti) *o aedes albopictus é vetor da dengue na Ásia Morfologia Vetor: • Corpo coberto por escamas • Ovo: aquático, mas com poder de dessecação grande, dificultando o controle, já que esses ovos podem sobreviver em ambientes secos, são fixados nas paredes • Larva: aquático • Pupa: aquático • Adulto: terrestre, fêmeas tem quimiorreceptores tarsais (patas) que detectam e medem níveis de salinidade e poluição das águas, são hematófagos obrigatórios, o sangue é utilizado para maturação dos ovários e nutrição, apesar de se alimentarem tb de açúcar • Ciclo de desenvolvimento pode durar 7 dias com temp de 31ºC e 20 dias com temp de 20º • Não resistem a baixas temperaturas e altas altitudes • Uma vez infectados, transmitem o vírus por toda vida Profilaxia • Manter os sistemas e de informação alimentados, a fim de acompanhar essas arboviroses e planejar ações e atividades efetivas na prevenção e controle • Apoiar estudos e pesquisas voltadas ao aprimoramento da vigilância e controle • Educação da população, evitando a construção de criadouros e possíveis focos do mosquito • Controle químico, físico, proteção pessoal, uso de inseticistas, uso de outros animais que se alimentam de larvas (peixes, helmintos, protozoários, bactérias) • Transgenia: machos transgênicos que fecundam fêmeas que porão ovos que eclodiram e gerarão larvas q morrerão rapidamente • Vacinação antidengue na tetravalente Epidemiologia • As arboviroses pelo Aedes aegypti tem se tornando um dos principais problemas de saúde pública no mundo • Tem aumentado os casos nas últimas 5 décadas devido o processo de urbanização + incapacidade de controlar mosquitos vetores Família Flaviviridae Gênero Flavivirus Agente etiológico: DENV (vírus dengue) Sorotipos: Den 1, Den 2, Den 3, Den 4 = diferentes genótipos e linhagens ☼ Den 2 e 3 são +grave, principalmente quando ocorre em infecção secundária ☼ Imunização à infecção do sorotipo contraído Mosquito vetor: Aedes aegypti (urbano, domiciliar e peridomiciliar) + albopictus (rural e silvestre, mas não provoca dengue no Br, só na Ásia) Reservatório: humano Morfologia DENV: • Esférico, envelopado com projeções na superfície • Capsídeo: proteína C Ciclo 1. Mosquito pica pessoa infectada (reservatório) 2. Mosquito se infecta e dps pica pessoa saudável 3. Vírus inoculado pela fêmea durante o repasto Transmissão autóctone: aquela que ocorre dentro do país, sem necessidade de imigrantes como fonte de circulação viral Viremia (período de transmissibilidade): presença do vírus na circulação sanguínea de um ser vivo. O estudo do plasma é uma forma eficiente de medir o progresso viral 4. Vírus tem proteína E na espícula do envelope que ajuda a entrar em cell por endocitose + ser reconhecido por anticorpos do corpo 5. No citoplasma, próximo ao núcleo, ocorre transcrição do RNA 6. Nos ribossomos, ocorre tradução 7. Nas membranas intracelulares ocorre a maturação dos virions Transmissão Picada do mosquito aedes aegypti Período de transmissibilidade: • Intrínseco: humano • Extrínseco: mosquito Sinais e sintomas Incubação: 3-15dias Doença espectral: aquela que tem formas leves e graves 3 fases: 1. Febril – síndrome febril – forma sintomática clássica ☼ Febre <38ºC, início abrupto, 2-7d ☼ Cefaleia ☼ Astenia ☼ Mialgia ☼ Artralgia ☼ Dor retro-orbitária ☼ Anorexia ☼ Vômitos ☼ Diarreia ☼ Lesão exantemática máculo-papular (ilha branca em mar vermelho) ☼ Com ou sem prurido 2. Fase crítica: sangramento, disfunção de órgão, extravasamento de plasma ☼ -febre (defervescência), entre 3-7dia do início da doença ☼ +permeabilidade vascular, pode evoluir para choque (extravasamento crítico de plasma) = pode levar ao óbito entre 12-24h ☼ Dor abdominal intensa em palpação ☼ Vômitos ☼ Acumulo de liquido (ascite, derrame pleural/pericárdico) ☼ Hipotensão postural ☼ Letargia ☼ Hepatomegalia ☼ Sangramento em mucosa ☼ Aumento no hematócrito PQ HÁ POSSIBILIDADE DE FORMA GRAVE? • Virulência da cepa infectante é maior • Teoria de Hastead: infecções sequenciais por diferentes sorotipos do vírus provoca resposta imune exacerbada • Multicausal: ☼ Fatores virais: sorotipo, cepa, sequência ☼ Fatores do hospedeiro: infecção secundaria, doença de base, sexo, idade, etnia, genética ☼ Fatores ambientais: densidade vetorial e populacional, circulação viral PROVA DO LAÇO: garrotear por 3min (crianças) e 5min (adultos) • <10 petéquias em crianças por polegada • <20 petéquias em adultos por polegada • Indica positivo • Indica fragilidade endotelial • Sinal de alerta para o profissional de saúde 3. Fase de recuperação: 24-48h após fase crítica, com absorção gradual do fluido extravasados ☼ +apetite ☼ -sintomas gastrointestinais ☼ Estabilização do estado hemodinâmico ☼ Melhora do débito urinário ☼ Bradicardia é comum Sinais do choque ➢ Pulso rápido e fraco ➢ Hipotensão arterial ➢ Extremidade frias ➢ Enchimento capilar lento ➢ Pele úmida e pegajosa ➢ Oligúria ➢ Manifestações neurológicas: agitação, convulsão e irritabilidade Dengue grave: disfunção orgânica ampla = altera a ação de qualquer órgão devido a resposta imune desregulada = mais comum é disfunção hematológica e cardiovascular (+citocina, +dilatação dos vasos, +perde liquido pro terceiro espaço = hipotensão = taquicardia = não necessariamente tem choque, mas é algo provável de acontecer > tenta vasoconstrição > pressão arterial convergente (aproximação da pressão sistólica e diastólica >20mmHg = quer dizer que a diastólica aumentou devido a vasoconstrição) Live do @hardworkmedicina Diagnóstico Métodos diretos • Pesquisa de vírus • Pesquisa de genoma do vírus por transcrição reversa (RT PCR) Métodos indiretos • ELISA Pesquisa de anticorpos IgM por testes sorológicos • PRINT Teste de neutralização por redução de placas • IH Inibição da hemaglutinação • IHQ estudo anatomopatológico seguido de pesquisa de antígenos virais por imuno-histoquímica Exames inespecíficos • Hematócrito (+hemácia, -leucócitos, mas com um pouco de neutrofilia e linfocitose) • Contagem de plaquetas (normal ou redução) • Dosagem de albumina (redução) Epidemiologia É a arbovirose de maior relevância nas Américas É uma doença sazonal, preferindo épocas chuvosas e quentes 1ªepidemia: ocorreu em Boa Vista/RR, 1881, pelos sorotipos 1 e 4 1986, ocorreu em RJ e Nordeste Dps disso, se tornou endêmico no país Notificação compulsória, mas há subnotificação Há lentificação no processo do diagnóstico Faltamprogramas de controle de qualidade A vacina tem alguns problemas, o que a torna ineficaz: a dificuldade é criar uma vacina polivalente que abranja os 4 sorotipos da dengue + encontrar animais que apresentem a doença de forma semelhante aos humanos + conhecer a capacidade mutagênica do vírus Família Flaviviridae Gênero Flavivirus Agente etiológico: ZIKV Mosquito vetor: Aedes aegypti (urbano, domiciliar e peridomiciliar) Reservatório: humano Morfologia RNA Tropismo pelo sistema nervoso central • Capsídeo C • Membrana M • Envelope E Transmissão Vetorial *Vertical (transplacentária)* Sexual Pós transfusional Sinais e sintomas Exantema pruriginoso 80% assintomática Febre não mt alta Pouca repercussão no estado geral Exantema maculopapular pruriginoso Mialgia e artralgia Cefalia Curta duração Conjuntivite grave Artralgia leve, sem limitação funcional, sem cronificação, sem erosões ósseas ou outras sequelas Microcefalia (prejudica a embriogênese) Calcificação cerebral Prejudica desenvolvimento neuromotor Coriorretinite Abortamento Diagnóstico PCR ELISA Epidemiologia Introduzida em 2015 no Nordeste do Brasil Muitos estudos ainda em processo. É uma doença sem muitas certezas Família Togaviridae Gênero Alphavirus Agente etiológico: CHIKV 4 genótipos: Br tem ECSA e asiática • Oeste africano • Leste centro sul africano (ECSA) • Asiático • Oceano índico Mosquito vetor: Aedes aegypti + Aedes albopictus (urbano, domiciliar e peridomiciliar) *Na África, há o ciclo silvestre com outros aedes (africanus, furcifer- taylori e dalzeieli), afetando mais os macacos Reservatório: humano Transmissão Vetorial Vertical: rara, ocorre na 22ª semana de gestação Transfusional: rara Sinais e sintomas Fases: • Febril/aguda: febre alta de início súbito contínua, intermitente ou bifásica de curta duração, poliartralgia bilateral e simétrica, dorsalgia, exantema, cefalia, mialgia leve, fadiga • Pós aguda: sem febre, síndrome do túnel do carpo, astenia, prurido generalizado, exantema maculopapular. Se sintomas persistirem por >3meses, começa a fase crônica • Crônica: artralgia, dor muscular e neuropática, 50% dos pcte. Há persistência de RNA e antígenos no tecido sinovial ao longo dos anos, sinal de infecção dos osteoblastos, pode gerar alteração articulares no pct. • fatores de risco: >45anos, doença articular prévia, maior intensidade nos sintomas da fase aguda, sexo feminino A ARTRALGIA PODE SER INTENSA E INCAPACITANTE Há imunidade duradoura + protetora Diagnóstico Fase aguda: leucopenia (as vezes linfocitose ou linfopenia), trombocitopenia, proteína C alta Sorologia com ELISA e RT-PCR O diagnóstico é mais fácil pq ele é de outra familia (togaviridae), ou seja, não confusão sorológica Epidemiologia Introduzida no continente americano em 2013, confirmado casos no Brasil em 2014 Família Flaviviridae Gênero Flavivirus Mosquito vetor: Haemagogus sp. (silvestre, macaco+marsupiais+roedores) + aedes aegypti (urbano, humano) Reservatório: humano e primatas (epizootia: acaba sendo um sinalizador da patologia > +notificações > +imunização) Sinônimos: tifo icteroide, tifo amaril, mal de Sião, vômito negro e febre das Antilhas Morfologia • Esférico, envelopado (com proteína M e E) com projeções na superfície • RNA • Proteína E: importante para ligação vital ao receptor de membrana + detectável por anticorpos Ciclo Sempre silvestre, não há ciclo urbano 1. Mosquito Haemagogus pica macaco infectado 2. Mosquito Haemagogus fica infectado 3. Mosquito Haemagogus pica homem não vacinado que foi na mata 4. Mosquito Aedes pica homem infectado que foi na mata quando ela volta para a cidade (mas não é comum no Brasil) Dengue Chikungunya Zika Dor atrás dos olhos Manchas vermelhas Perda de peso Febre alta Artralgia Sangramento nariz e gengiva Artralgia intensa em extremidades Febre alta Cefaleia Dor muscular Dor nas costas Olhos vermelhos Lesões com pontos brancos e vermelhos na pele Artralgia Febre baixa Dor muscular Cefaleia No homem, há infecção sistêmica Vírus replica > liberação para linfa e sangue (viremia) > infecção de órgãos: coração, timo, rim, fígado > no fígado, células de kupffer são infectados e sofrem apoptose/necrose, levando aos sinais de doença hepática Transmissão Vetorial Sinais e sintomas Tríade: icterícia, hemorragias e insuficiência renal aguda Fases: • Assintomáticas • Leves/moderadas: febre, as vezes c um pouco de icterícia • Icterícia grave • Malignas: icterícia, disfunção de múltiplos órgãos e hemorragias Sinais importantes: Oligossintomática Hepatite fulminantes: alta letalidade Leucopenia Icterícia Insuficiência hepática e renal Sinal de Faget: febre + bradicardia Albuminúria Diagnóstico Isolamento viral Imuno histoquímica Sorologia PCR Epidemiologia Notificação compulsória América do Sul + África Há vacina (ela é super eficaz e dose única, a partir dos 9meses de idade, indicado não tomar: imunossuprimidos, crianças menores de 6meses, <70anos, gestante) MS dividiu brasil em 4 zonas: endêmica (região amazônica + planalto central), de transição, risco potencial, indene Alta mortalidade em macacos (prego e guariba) EM TODAS ESSAS DOENCITAS NÃO HÁ HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO Referências Veronesi – tratado de infectologia Guia de vigilância em saúde 3ªed https://www.researchgate.net/profile/Lucia- Bricks/publication/237797605_Vacinas_para_a_dengue_perspecti vas_Dengue_vaccines_perspectives_Vacunas_para_el_dengue_pe rspectivas/links/56ebddd608aefd0fc1c716cb/Vacinas-para-a- dengue-perspectivas-Dengue-vaccines-perspectives-Vacunas-para- el-dengue-perspectivas.pdf Vacinas para a dengue: perspectivas http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?pid=S2176- 62232011000200008&script=sci_abstract Desenvolvimento de uma vacina tetravalente contra dengue https://www.revistas.ufg.br/iptsp/article/view/4998 pidemiologia e desafios no controle do dengue https://www.researchgate.net/profile/Lucia-Bricks/publication/237797605_Vacinas_para_a_dengue_perspectivas_Dengue_vaccines_perspectives_Vacunas_para_el_dengue_perspectivas/links/56ebddd608aefd0fc1c716cb/Vacinas-para-a-dengue-perspectivas-Dengue-vaccines-perspectives-Vacunas-para-el-dengue-perspectivas.pdf https://www.researchgate.net/profile/Lucia-Bricks/publication/237797605_Vacinas_para_a_dengue_perspectivas_Dengue_vaccines_perspectives_Vacunas_para_el_dengue_perspectivas/links/56ebddd608aefd0fc1c716cb/Vacinas-para-a-dengue-perspectivas-Dengue-vaccines-perspectives-Vacunas-para-el-dengue-perspectivas.pdf https://www.researchgate.net/profile/Lucia-Bricks/publication/237797605_Vacinas_para_a_dengue_perspectivas_Dengue_vaccines_perspectives_Vacunas_para_el_dengue_perspectivas/links/56ebddd608aefd0fc1c716cb/Vacinas-para-a-dengue-perspectivas-Dengue-vaccines-perspectives-Vacunas-para-el-dengue-perspectivas.pdf https://www.researchgate.net/profile/Lucia-Bricks/publication/237797605_Vacinas_para_a_dengue_perspectivas_Dengue_vaccines_perspectives_Vacunas_para_el_dengue_perspectivas/links/56ebddd608aefd0fc1c716cb/Vacinas-para-a-dengue-perspectivas-Dengue-vaccines-perspectives-Vacunas-para-el-dengue-perspectivas.pdf https://www.researchgate.net/profile/Lucia-Bricks/publication/237797605_Vacinas_para_a_dengue_perspectivas_Dengue_vaccines_perspectives_Vacunas_para_el_dengue_perspectivas/links/56ebddd608aefd0fc1c716cb/Vacinas-para-a-dengue-perspectivas-Dengue-vaccines-perspectives-Vacunas-para-el-dengue-perspectivas.pdf https://www.researchgate.net/profile/Lucia-Bricks/publication/237797605_Vacinas_para_a_dengue_perspectivas_Dengue_vaccines_perspectives_Vacunas_para_el_dengue_perspectivas/links/56ebddd608aefd0fc1c716cb/Vacinas-para-a-dengue-perspectivas-Dengue-vaccines-perspectives-Vacunas-para-el-dengue-perspectivas.pdfhttp://scielo.iec.gov.br/scielo.php?pid=S2176-62232011000200008&script=sci_abstract http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?pid=S2176-62232011000200008&script=sci_abstract https://www.revistas.ufg.br/iptsp/article/view/4998
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