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LA RESPONSABILIDAD PROFESIONAL DE LOS ABOGADOS. Revista de Direito do Consumidor, vol.
32/1999 | p. 155 - 173
1. Responsabilidade profissional - 2. Importância da responsabilidade profissional do 
advogado - 3. Responsabilidade contratual ou extracontratual - 5. Serviços judiciais e 
extrajudiciais - 6. Obrigações de meios e resultados - 7. Provas - 8. Culpa - 9. Âmbito de 
reparação ('perda de oportunidade') - 10. Dano imaterial - 11. Conclusões 
 
1. Responsabilidade profissional 
1.1 Quando se fala em 'responsabilidade profissional', muitas pessoas (especialmente médicos) tendem a expressar que agora há quase uma nova caça às bruxas. Tanto que o professor de espanhol Yzquierdo Tolsada explica que nos encontramos com uma febre de responsabilidade profissional. 
1.2 Embora seja verdade que, nos últimos anos, os processos por 'imperícia' profissional tenham aumentado substancialmente, não podemos esquecer que, durante muito tempo, os profissionais tiveram certos privilégios ou imunidades, no sentido de que, por um lado, o comum Gente, não estava claro que os profissionais pudessem ser processados e, por outro lado, havia uma tendência doutrinária e jurisprudencial, que determinava que para haver responsabilidade teria que haver negligência grosseira ou negligência grosseira. 
Isso levou o professor Mosset Iturraspe a dizer que, na realidade, tratava-se de uma 'responsabilidade eufemística', ou seja, quase uma irresponsabilidade profissional.
 1.3 Portanto, o objetivo destas breves linhas é tentar trazer a questão da responsabilidade profissional (neste caso, dos advogados) para uma situação eclética, no sentido de que o profissional (advogado) nem sempre é considerado culpado, 3ni nem que deve haver uma falha especial (ou grave ou grosseira) para que haja responsabilidade. 
 
 
2. Importância da responsabilidade profissional do advogado 
2.1 É óbvio afirmar que a responsabilidade profissional do advogado é mais um capítulo dentro da responsabilidade profissional (em geral); 4 e esta por sua vez faz parte da responsabilidade civil (ou melhor, da 'Teoria Geral da Reparação de Danos '). 
 2.2 Não obstante, existem algumas particularidades, que merecem uma análise detalhada, já dadas de antemão algumas ideias norteadoras, no sentido de que o exercício obviamente da profissão de advogado é uma verdadeira honra e orgulho; face e face a isso, devemos também sublinhar que se a sociedade nos concedeu o privilégio de exercer de forma monopolística o poder de defender e advogar, maiores são as responsabilidades éticas e jurídicas com que o assunto deve ser estudado.
3-Responsabilidade contratual ou extracontratual 
3.1 Embora a doutrina moderna afirme que quase não faz mais sentido continuar a distinguir entre responsabilidade contratual e responsabilidade extracontratual (ou aquiliana), a verdade é que, hoje, continua em vigor nas nossas normas jurídicas. 
3.2 Assim, no caso dos Advogados, pode-se argumentar que, na grande maioria dos casos, estamos perante uma responsabilidade contratual. É assim, tendo em conta que geralmente a relação entre o cliente e o advogado é consequência de um acordo prévio. 
De agora em diante, deixamos claro que não estamos afirmando que a relação contratual é, sim, aquela que Vélez Sarsfield pensava, por meio das Artes. 1.137 e 1.198 do CC, 12 dado que embora possa existir este tipo de vínculo (igual e igual), a realidade indica que na maioria dos casos, nos encontraremos com um contrato de adesão individual. 
 O que precede não significa que possa haver relação contratual, onde ambas as partes tenham efetivamente acordado as condições e diretrizes do contrato (com aplicação do art. 1.197), mas devemos afirmar que este tipo de contrato é cada vez mais individual e consensual, está se tornando uma ave rara.
 3.3 Também existe a possibilidade de existir relação extracontratual entre o advogado e o arguido. Isso ocorre, em geral, quando o advogado é Defensor Oficial, sendo obrigado por sua função a prestação de serviços profissionais. 
 
4. Natureza jurídica da prestação (localização dos serviços; localização do trabalho; mandato; etc.) 
 
4.1 Sobre este tema, os diferentes autores argumentam que pode ser um 'local de prestação de serviços', ou 'local de trabalho', ou 'mandato', chegando mesmo a afirmar que se trata de um 'contrato de trabalho' (especialmente, agora, tendo em conta a existência de 'advogados corporativos'). 
 4.2 De nossa parte, aderimos à doutrina defendida por Trigo Represas16 que sustenta que, estritamente falando, o trabalho profissional do advogado não pode ser classificado em apenas uma das categorias descritas acima, mas sim 'relações jurídicas variáveis', que podem consistir em local de atendimento (na prestação de serviço de assistência profissional, ainda que o advogado trabalhe em escritório próprio); o local de trabalho (quando o profissional assume a obrigação de celebração do contrato); ou mandato (quando o advogado é encarregado de praticar certos atos, por exemplo, em um julgamento).
 4.3 Em um sentido semelhante, a prestigiosa Suprema Corte da Província de Mendoza foi emitida, 19 declarando que em relação ao trabalho profissional de um advogado 'as teorias da figura multiforme devem ser combinadas com a da atipicidade'.
 
5. Benefícios judiciais e extrajudiciais 
5.1 Muitas vezes, ao analisarmos a atuação do advogado, quase inconscientemente, nossa mente se volta para o contencioso judicial.
Embora, uma grande parte dos nossos serviços sejam levado ao tribunal, não devemos perder de vista que, mesmo axiologicamente, o 'julgamento' teria de ser quase a última das alternativas a oferecer ao nosso cliente. Com efeito, compartilhando a afirmação de que justiça que não é rápida não é justiça, acrescentamos que, se for possível chegar a um acordo, sem ter que ir à tribunal, o resultado será ainda mais benéfico para todos. 
 Tanto que, em alguma ocasião, propusemos a aplicação de 'indenização punitiva' às (seguradoras), que não fazem oferta razoável, ao terceiro lesado em acidente de trânsito, obrigando a vítima a ter para percorrer o tortuoso caminho do contencioso legal.
5.2 Benefícios extrajudiciais 
5.2.1 Estimamos que o trabalho dos advogados será cada vez mais direcionado para o aspecto extrajudicial, dado que o caráter vertiginoso de nossa sociedade pós-moderna, faz com que não possamos esperar vários anos para resolver uma bagunça. 
 Além disso, há certas circunstâncias, em que o simples fato de ter que iniciar um julgamento é quase uma sentença para o autor: nos referimos aos casos, em que o lesado é um simples consumidor, em que o valor do litígio pode não ser de muito escopo, mas para ele tem uma grande importância. 
Assim, (mais uma vez) uma oportunidade transcendente foi perdida, quando a (minguada) Lei de Defesa do Consumidor foi promulgada, mas não foram criados os Juizados Especiais ou Juvenis, que se tornam fundamentais, para que a lei entre em vigor em prática.26 
 5.2.2 É óbvio esclarecer que as tarefas profissionais do advogado, no âmbito extrajudicial, não são uma atividade menor (em relação à judicial), mas têm tanta ou mais importância que esta; e, em correlação com isso, as responsabilidades profissionais do advogado são regidas pelas mesmas diretrizes dos benefícios tradicionais. 
5.3 Benefícios judiciais - As responsabilidades do advogado, pelas tarefas judiciais, têm sido mais estudadas pela nossa doutrina, talvez por um lado por serem as atividades mais comuns e por outro porque, em muitos casos, é aí que a culpa do profissional pode saltar a audiência, de forma mais clara (por exemplo, em consequência do incumprimento de prazos processuais imperativos, por exemplo, responder a uma reclamação fora do prazo). 
Nas próximas linhas, serão analisadas as diferentes obrigações e benefícios dos advogados, mas esclarecendo-se doravante que ora as atividades extrajudiciais, ora as judiciais, são regidas pelos mesmos princípios jurídicos de responsabilidade. 
 
6. Obrigações de meios e resultados 
6.1 Muito da doutrinanacional tem criticado a distinção entre obrigações de meios e obrigações de resultados, mas entendemos que tal divisão é extremamente interessante e fundamentalmente prática, para a análise dos diferentes benefícios que devem ser atendidos (principalmente profissionais) 0,27 Assim, a seguir, faremos o estudo da responsabilidade do advogado, seguindo estas orientações; mas esclarecendo, a partir de agora, que esta divisão conceitual é um 'instrumento' de análise, de forma que não é uma distinção rígida e imutável e ao qual a realidade do objeto de estudo deve ser adaptada (por exemplo, os serviços de advogados como se fosse o "leito de Procusto"); mas, pelo contrário, usaremos funcionalmente esta distinção entre obrigações de meios e de resultados.29 
 
6.2 Obrigações de mídia 
 6.2.1 É sabido que os advogados nunca podem garantir a um cliente que o Julgamento será inexoravelmente favorável aos seus interesses, mas apenas, podem comprometer-se a colocar toda a sua diligência profissional, para tentar defender os interesses do cliente , da melhor maneira possível.30 
 Assim, em princípio, uma vez que o advogado não pode garantir um resultado, suas obrigações são de meios31 (ou 'obrigações de prudência e diligência'); 32 sem prejuízo de algumas "obrigações fragmentárias de resultado", segundo Yzquierdo Tolsada.33 
 6.2.2 Porém, antecipamos esclarecer que o fato de não garantir um resultado, tendo que se empenhar no cumprimento das obrigações, não implica de forma alguma tentar reduzir as responsabilidades do advogado. 
 Na verdade, é apaixonantemente avassalador o grande número de obras doutrinárias que se publicam todos os dias em nosso país, analisando novos temas (ou oferecendo uma nova perspectiva sobre os temas tradicionais); ou os novos repertórios de jurisprudência em CD, 34º os serviços prestados pelas Ordens e Associações da Capital Federal, 35º da Província de Buenos Aires, 36º mesmo Supremo Tribunal de Justiça da Província de Buenos Aires, 37º também via Internet. Tudo isso implica que o dever de diligência dos advogados deve ser exigente, especialmente.
No que se refere à atualização legislativa, doutrinária e jurisprudencial, visto que se dá a possibilidade de que todos os advogados estejam perfeitamente informados. 
É assim, visto que a evolução e o desenvolvimento do mundo, tanto no aspecto científico, tecnológico e económico, são tão rápidos, que o advogado tem de estar em formação constante e permanente.39 Por este motivo, a obtenção do título de advogado, não é realmente a parte final de um estágio de estudo, mas apenas o começo 
Desta forma, será merecida a diligência do profissional, tanto do ponto de vista dos trabalhos de contratação, quanto do ponto de vista intelectual. 
6.2.3 Além disso, vale destacar também que a conduta do profissional não será analisada apenas à luz do artigo 512 do CCA, mas também de acordo com as orientações expressamente previstas no artigo 902. 
 É assim, pois se um profissional apresenta (ou anuncia? Artigos 7º e 8º da Lei 24.240), 4.041 como especialista em determinado ramo do conhecimento jurídico, é óbvio que o prisma da análise do conhecimento jurídico será mais rigoroso. sua conduta 6.2.4 E, obviamente, as mesmas orientações, no que diz respeito à atualização, também se aplicam aos serviços profissionais extrajudiciais, tendo em conta que (por exemplo, na elaboração de um contrato comercial), modificações e / ou aditamentos de novos institutos, ocorre no dia a dia, obrigando o profissional a se atualizar constantemente.43 
6.3 Obrigações de resultado 
 
6.3.1 O fato de as obrigações do advogado serem predominantemente de meio não significa que, ao mesmo tempo, não haja certas obrigações de resultado 
 Antes de aprofundar esta questão, é pertinente distinguir se o advogado atua como 'advogado patrocinador' ou se é 'procurador' do cliente. 
A diferenciação é muito importante, em consequência das possibilidades que o advogado tem ou não tem de atuar, sem a participação do seu cliente. 
 6.3.2 Com efeito, nos atos processuais mais transcendentes, quando o advogado atua como 'patrocinador', entendemos que as obrigações de resultado são mais limitadas, tendo em conta que se, por exemplo, o cliente não comparecer para assinar a resposta ao pedido, a responsabilidade do 'default' não pode ser confiada ao advogado. 
Mas, por outro lado, se ocorrer 'rebeldia' da parte, porque depois de assinada a contestação da reclamação o advogado se esquece de apresentá-la ou se equivoca no Tribunal, aí sim temos responsabilidade profissional, por violação de uma obrigação de resultado. 
Da mesma forma, haveria a falta de fornecimento do resultado, se, por exemplo, para a oferta de provas ou a apresentação de recurso, o advogado patrocinador informa o cliente que ele tem que assinar os escritos judiciais, mas depois de já expirados os prazos. procedimentos peremptórios. 
 6.3.3 Quando o advogado atua como 'representante legal', as 'obrigações de resultado' são mais numerosas e podem até mesmo emergir de forma mais clara. 
Na verdade, existem certos benefícios, onde o advogado tem que atingir um resultado objetivo. Por exemplo, a resposta à reclamação em tempo próprio; presença em Audiências; o Apelo da Sentença; etc; São atos processuais, onde o procurador deve praticar, sem depender da presença do cliente, desde que este não deva participar de forma imprescindível, na assinatura dos escritos ou no comparecimento às Audiências. 
 Assim, nestes casos, em que o advogado goza de plena autonomia e independência justamente por se tratar de um 'procurador', os motivos de exoneração de responsabilidade são muito mais limitados, visto que, por ter de cumprir a opus, não pode eximir-se com o fundamento de que não houve culpa de sua parte (pois se trata de responsabilidade objetiva 
7.1 Normalmente, quando escrevemos um tópico referente a responsabilidades, costumamos dedicar um capítulo à 'Prova', pois entendemos que não é uma questão menor. 
Ao contrário, do nosso ponto de vista, o estudo da 'prova' (aspecto da forma), juntamente com a questão da 'responsabilidade' (sujeito substantivo), torna-se fundamental, pois se os assuntos são subexaminados (neste caso: a responsabilidade profissional dos advogados), não podem ser colocados em prática, ou seja, não podem ser utilizados como instrumentos para se fazer justiça ao homem comum, tudo o que está escrito é inútil, por mais erudito que seja 
Para tanto, faremos a seguir uma breve referência à análise das provas, nos casos de 'responsabilidade profissional', em especial de advogados. 
 7.2 Em termos muito amplos, podemos dizer que haveria três (3) sistemas básicos para analisar o teste dos profissionais: 
 a) a tradicional: que estabelece que o ator é quem deve provar a culpa do réu; 
 b) a inversão do ônus da prova: onde estaria e O réu profissional, que deveria provar que não houve culpa de sua parte.
c) a 'Teoria dos Encargos Dinâmicos de Prova': em virtude da qual, a parte que estiver na melhor situação factual, econômica ou jurídica para provar deve provar. 
 
7.3 O sistema tradicional é rígido, o que muitas vezes prejudica a obtenção de justiça. Isso é verdade, uma vez que colocar o ônus da prova exclusivamente sobre o ator (por exemplo, a vítima) pode levar a resultados verdadeiramente injustos. 
Para isso, basta lembrar o infame 'segredo da sala de cirurgia', onde o paciente entrava vivo para uma operação e depois era deixado morto. A prova dos herdeiros para provar a culpa daqueles que participaram da intervenção cirúrgica, foi nada menos que diabólica, visto que as únicas Testemunhas eram justamente aquelas que poderiam ser processadas (por exemplo, médicos), ou pessoas fortemente ligadas a eles (por exemplo enfermeiras, etc.). 
 7.4 Assim, uma das soluções propostas foi a inversão do ônus da prova. Com essa alternativa, pretendia-se equilibrar a situação factual / probatória, aliviando o ator do enorme fardo de ter que ser aquele que deveria provar.
Embora a intenção desta posição seja louvável, visto que visa proporcionarmaior proteção à vítima, após uma nova análise, entendemos que é quase o outro lado da teoria injusta e arbitrária anterior (por exemplo, 'tradicional') 
Na verdade, graças a um efeito de pêndulo, aqueles que são processados (por exemplo, os profissionais em nosso caso: advogados), teriam uma presunção de culpa sobre suas cabeças; de forma que, para não serem condenados, devem demonstrar que fizeram a devida diligência (ou seja, que não houve culpa de sua parte) mas, o que à primeira vista pode parecer simples, assim que se aprofunde, chega-se à conclusão de que resultados injustos podem ser alcançados. 
Pense nisso (ou melhor, vamos relembrar a nossa própria experiência), quantas vezes uma reclamação já foi respondida e o cliente é avisado de que é fundamental que venha assinar, sob pena de ser declarado 'rebelde'. Mas o réu nunca chega e então a advertência é aplicada e a 'rebelião' é decretada. A culpa é do profissional? 
Ou no caso de Audiência de Absolvição de Cargos, onde o cliente é informado de que a presença do 'representante legal' é imprescindível; ou quando eles têm que nos trazer um certo 'Documentário' essencial para responder à reclamação; mas o cliente não cumpre e não atende, ou não nos traz os instrumentos necessários. É lógico que a culpa do profissional seja presumida? 
Acreditamos que esteja carregando excessivamente as tintas no profissional. 
 7.5 A 'Teoria das cargas probatórias dinâmicas': para o exposto, propomos que a responsabilidade profissional seja analisada à luz do que é estabelecido nas cargas probatórias dinâmicas.
Ou seja, não há rigidez e inflexibilidade, no sentido de que uma das partes deve provar sim ou sim (por exemplo, o ator, na 'teoria tradicional'; ou o réu 'profissional', na 'reversão do ônus' da prova '), mas é um sistema extremamente flexível, uma vez que: deve provar o das partes que se encontra na melhor situação factual, económica ou jurídica. 
Esta posição tem a vantagem de que em diferentes questões ambas as partes têm que provar e, portanto, rompe com a situação de desequilíbrio das outras duas teorias (por exemplo, 'tradicional' ou 'reversão do ônus da prova'), onde apenas uma delas, foi quem assumiu todo o ônus da prova. 
 É óbvio esclarecer que não existe uma teoria perfeita, mas acreditamos que a 'teoria das cargas evidenciais dinâmicas' pode ser uma ferramenta extremamente útil, para poder obter a verdade objetiva. 
É importante destacar que os Congressos Nacionais, 55 Projetos de reforma de leis substantivas, leis doutrinárias importantes e mesmo a Jurisprudência da Cidade de Buenos Aires e da Província de Buenos Aires, receberam, em alguns casos, a aplicação da teoria das cargas probatórias dinâmica. 
 7.6 Assim, em relação direta à questão da responsabilidade profissional dos advogados, deve-se lembrar que nos casos em que um advogado é acusado de responsabilidade por ação judicial ilícita, o teste será relativamente simples, no caso de sentido que o próprio Arquivo Judiciário, terá um valor inestimável, para determinar a diligência do profissional. 
Aqui está uma diferença substancial que existe, com os Médicos, tendo em conta que a 'História Clínica' às vezes se perde ou são feitos acréscimos ou alterações; por outro lado, no Arquivo Judicial, a adulteração ou desaparecimento será muito mais difícil. 
7.7 Desta forma, combinando a 'teoria das cargas dinâmicas de evidências', com a primeira Presença do Arquivo, será claro, que será o próprio advogado / réu, quem deverá explicar as alternativas jurídicas adotadas no julgamento; mas em outras questões (por exemplo, por que a parte não compareceu para assinar ou absolver posições; ou as testemunhas não compareceram; etc.); vai ter que provar, a parte que está em melhor situação a culpa da outra. 
 
8. Culpa 
8.1 Em relação à culpa, fazem parte da história aquelas teorias hoje, felizmente superadas, que exigiam que para haver responsabilidade profissional fosse 'negligência grosseira' ou 'negligência grosseira'. 
Com efeito, nesses cargos, a única coisa que conseguiram é que os profissionais tivessem certos privilégios que não correspondiam, uma vez que deveriam se submeter às regras de responsabilidade, como qualquer outro réu.60 
8.2 Portanto, a culpa do profissional (advogado) deve ser analisada sob o prisma expressamente estabelecido no art. 512 do CC; 61 de tal forma que caso o advogado incorra na orientação da omissão das diligências necessárias, obviamente ele deve ser responsabilizado. 
 8.3 Além disso, a única distinção que deve ser feita, em relação à diligência do advogado, não é para o eximir da responsabilidade, mas, pelo contrário, para a agravar. É o caso do Art. 902 do CC.62 De modo que a contratação de advogado especializado em assunto específico tornará mais exigente a análise do atendimento profissional.63 
 
 9. Escopo do reparo ('chance perdida') 
9.1 A questão que devemos analisar agora deve ser merecida com a maior precisão técnica possível, pois se refere ao quantum do dano que o profissional (advogado) responsável deve reparar. 
 9.2 Como uma primeira diretriz, deve-se lembrar que dentro da 'Teoria de Reparo de Danos', o responsável deve indenizar os 'danos' que possuem uma 'relação causal adequada' (os vários' segmentos causais 'também devem ser analisados) 66 com o 'ato humano' (por exemplo, conduta do advogado). 
 9.3 Assim, caso, por exemplo, seja decretada a extinção da ação, em ação de indenização (por acidente automobilístico), o advogado (responsável) da autora não necessariamente tem que responder ao seu cliente, pelo valor reclamado na ação. 
 É assim, para três (3) questões básicas: 
a) A primeira limitação decorre de facto notório, sendo que normalmente em todas as reclamações se reclamam somas generosas; Ou seja, muitas vezes é interposto um pedido superior, que as partes fielmente entendem que podem receber.
b) A segunda limitação é que torna-se imprescindível lembrar que a responsabilidade de todas as pessoas (no nosso caso: advogados), está circunscrita ao nexo causal que seu ato ou omissão, pode causar ao lesado.
De tal forma, que o advogado apenas terá de o ressarcir, de acordo com a perda de oportunidade sofrida pelo seu cliente. 
Assim, quando o juiz deve analisar a responsabilidade do advogado, ele deve fazer uma análise das chances que o ator teria de ter sucesso na bagunça jurídica. 
E, não só isso, mas também os valores estimados, que a demanda poderia ter prosperado, deveriam ser merecidos. 
Essas diretrizes serão os limites da responsabilidade do advogado, pois na ausência de julgamentos onde se possa objetivamente garantir que a ação teria necessariamente sido vencida; é que o réu (o profissional) deve ser condenado, por as chances perdidas por seu cliente.
 c) A terceira limitação é estritamente factual, mas não menos importante: é a possibilidade concreta e efetiva que o autor tinha de cobrar efetivamente os valores da sentença (hipotética) do réu original. 
Com efeito, o fato de haver possibilidade de obtenção de Sentença favorável torna-se imprescindível para o autor, a fim de buscar a cobrança da indenização cabível; mas não é o suficiente. Isso porque há muitos casos, em que mesmo havendo uma decisão que justifique uma das partes, ela não pode ser executada, pois o réu / perdedor não tem dinheiro para pagá-la. 
Assim, o que aconteceria num caso em que se apura a responsabilidade profissional de um advogado (por exemplo, por deixar caducar a ação), e também se demonstre que o réu originário não teria sido capaz de pagar a eventual condenação (por exemplo , porque então a falência é decretada): o advogado teria de pagar ao seu cliente, em consequência da sua responsabilidade profissional? 
 
Entendemos que embora a conduta do advogado seja absolutamente condenável (em decorrência do término da ação), a realidade é que se for comprovado, que se o profissional tivesse diligentemente dado continuidade ao julgamento original (sem decretação de caducidade), nem o seu cliente teria podido efetivamente cobrar a indenização correspondente(pela falência do réu), o concreto é que a chance perdida pelo autor seria quase nula, em decorrência do estado de insolvência do réu.
Desta forma e tendo em conta que o limite da responsabilidade do advogado está circunscrito e limitado a uma dupla alternativa de hipóteses (ou seja, obtenção de sentença favorável e possibilidade de cobrança da soma da sentença), o Se o advogado for condenado, será pela chance perdida; e se, por exemplo, não houvesse possibilidade de cobrança, também não poderia haver condenação do profissional (porque nenhuma chance teria sido perdida) É óbvio afirmar que, no caso em que realmente houvesse chances, ou se fossem mais ou menos concretas, a responsabilidade do advogado continuaria também em termos de sua própria convicção, possibilidade de cobrança do ator do processo originário. 
 
10. Danos imateriais 
10.1 É evidente afirmar que, nos casos de responsabilidade do advogado, a parte lesada também pode pleitear a devida indenização por 'dano moral'. 
10.2 Mas, a análise da questão do 'dano moral' ultrapassa os limites que propomos para este trabalho. 
10.3 Assim, faremos apenas uma breve referência a uma questão específica, que poderia fornecer uma abordagem um pouco diferente sobre este tema: nos referimos à aplicação de 'danos punitivos', 757677 ou 'danos imateriais compensatórios e punitivos'. 
10.4 Em outras ocasiões, quando analisamos a questão da "condenação por dano imaterial, o pai que não paga alimentos aos filhos" 78 e "a responsabilidade por assédio sexual", propusemos a aplicação de 'danos punitivos', 80 81o que focar no 'dano imaterial', em seus dois lados: a indenização e a punitiva. 
10.5 Apressamo-nos a esclarecer que nem todos os casos merecem a aplicação de sanções ao arguido (no nosso caso, o advogado), mas nas situações em que, para além da culpa ou negligência, haja conduta quase maliciosa ou negligência grosseira, o que é realmente incompreensível. 
Como exemplos desses casos, pode ser o do advogado que concorda com a parte contrária (e assim permite a caducidade do processo), ou no caso hipotético85 em que o advogado de uma Seguradora responde à ação proposta. contra o segurado, mas não cita a própria seguradora como garantia, de forma que, ao ser proferida a sentença pertinente, a seguradora não será condenada nem obrigada a pagar qualquer quantia. 
Nestes casos, propomos a aplicação de sanções, através de 'dano imaterial' (abrangente), ou seja, contendo as sanções cabíveis; de forma que seguindo os ensinamentos corretos através da “Teoria Geral da Reparação de Danos”, 87 o dano sofrido pela vítima seja reparado; mas, além disso, a conduta do perpetrador também deve ser merecida, a fim de aplicar as sanções pertinentes ou danos punitivos, para obter o efeito (por exemplo, 'sancionatório' e 'dissuasivo-preventivo'). 
 
10.6 Esta posição já havia sido desenvolvida por professores nacionais clássicos, como Boffi Boggero, Morello, Zanoni, entre outros, que propunham incluir no 'dano moral' o aspecto satisfatório (reparatório) e também o sancionatório (punitivo).
Com essa visão de 'dano imaterial', pretende-se deixar de lado a análise parcial da questão (reparação versus punição), integrando ambas, no âmbito do dano imaterial abrangente. Assim, aceitando que o 'dano imaterial' deve ter base de indenização, acrescenta-se também o aspecto sancionatório como um 'plus', quando a conduta do advogado responsável o justifica. 
 
 
11. Conclusões 
Em consequência de tudo o que foi anteriormente desenvolvido, é que consideramos pertinente, destacar as seguintes conclusões: 
 11.1 O exercício da profissão de advogado implica uma responsabilidade ética e jurídica, tanto para com o cliente como para com a sociedade. 
 11.2 Geralmente, a obrigação do advogado é contratual. 
 11.3 A provisão do advogado, em princípio, é uma obrigação de meio; sem prejuízo das obrigações específicas resultantes que possam existir. 
 11.4 O ónus da prova recai sobre ambas as partes, de acordo com quem se encontra na melhor posição técnica, económica, jurídica e factual (de acordo com a 'Teoria dos Encargos Probatórios Dinâmicos'). 
 11.5 A responsabilidade do advogado (e do profissional em geral) limita-se à perda de oportunidade que corresponderia à parte lesada. 
 11.6 A culpa do profissional rege-se pelas orientações genéricas estabelecidas no Art. 512 do CC (a responsabilidade pode ser agravada nos casos em que corresponda a aplicação do Art. 902 do CC). 
 11.7 A reparação por 'dano imaterial' corresponde à vítima, por um derivado ada de responsabilidade profissional. 
 11.8 Em casos de 'negligência grave' ou conduta maliciosa, penalidades mais altas devem ser aplicadas (por exemplo, 'dano moral punitivo'.

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