Buscar

Dermatopatias em ruminantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

▪ Pele→ “espelho da saúde” 
▪ Maior órgão → barreira anatomofisiológica a 
organismos e ambiente; 
▪ Sensível a frio, calor, dor, prurido, pressão → de 
acordo com a fisiologia do animal 
▪ Funções: 
o Proteção→ lesões externas, químicas, 
físicas, microbiológicas; 
o Produção de estruturas queratinizadas → 
pelos, unhas, camada córnea 
o Flexibilidade; 
o Termorregulação; 
o Reservatórios: água e eletrólitos; 
o Imunorregulação; 
o Secreção: sebácea e sudoríparas; 
o Produção de vitamina D; 
▪ Obs.: a maioria dos problemas acomete todo o 
rebanho. Quando doentes, bovinos tendem a se 
isolar, sabendo disso, devemos avaliar o indivíduo, 
o rebanho e o ambiente. 
▪ Obs.: muitos problemas dermatológicos são 
zoonoses → USAR LUVAS; 
▪ Obs.: cuidado ao avaliar pele: palpar pele 
inflamada pode causar dor no animal e causar 
acidentes 
▪ Sempre avaliar o odor 
PAPILOSE / FIBROPAPILOMA 
▪ Lesão em “cacho de uva” ou “couve-flor” quando 
está em estagio avançado 
▪ Cels basais em excesso que formam tumores 
→”verruga” 
▪ Transmitida por vírus que acelera a multiplicação 
das cels; 
▪ Acomete pele e mucosas; 
▪ Em determinado estágio evolutivo não há secreção 
Agente Tipo Local Evolução 
Fibropapilomas BVP-
1 
Teto, 
pênis, 
vulva 
Regride 
esporadicamente 
em 1 ano 
A 2 Pele Regride 
esporadicamente 
em 1 ano 
A 5 Teto/úbere Ñ regride 
esporadicamente 
Papilomas 
Epiteliais 
3 Pele S/ relato se 
regride ou não 
Papilomas 
Epiteliais 
4 Digestório Ñ regride 
esporadicamente 
Papilomas 
Epiteliais 
6 Tetos S/ relato se 
regride ou não 
 
▪ Normalmente 1 e 5 estão associadas; 
▪ Teto: região de alta contaminação, pois se encontra 
próximo ao solo, o esfíncter fica aberto de 10 a 15 
minutos após a ordenha deixando uma porta de 
entrada. Quanto mais velho o animal, maior a 
carga viral. 
▪ Fisiotatologia: O vírus infecta as cels basais que 
mantêm o vírus em estado latente o induzindo a 
hiperplasia. Nas cels de estrato espinhoso, o gene 
viral expressa as proteínas do capsídeo do agente. 
As partículas virais são liberadas com esfoliação 
das cels basais; 
▪ Epidemiologia: 
o Alta letalidade devido a alta proliferação; 
o Baixa mortalidade; 
o Alta transmissão; 
▪ Ambiente: 
o Bretes; 
o Comedouros; 
o Correias de pescoço; 
o Arame; 
o Pregos; 
o Tesouras; 
o Aglomerações; 
o Transporte; 
o Colocação de brincos sem assepsia. 
▪ Sinais clínicos: 
o Verrugas acinzentadas normalmente de 
base larga, achatada e seca que vai 
aumentando; 
o Localizada ou generalizada pelo corpo; 
▪ Classificação: 
o Arborecente: couve; 
o Filamentosa: formato chato em aumento 
de bolhas 
▪ Diagnóstico: 
o Caracteríscias das alterações 
o Biópsia 
▪ Microscopia eletrônica 
▪ Histopatologia 
▪ Cultura 
▪ DD: Papiloma e CCE (em sinais iniciais) 
 
TRATAMENTO: 
▪ Autocura: 1-8/12 meses → em casos de 
persistência após 18 meses pode levar à 
imunossupressão 
▪ Vacina autógena → inativação de um macerado de 
papilomas coletado de animal afetado; dissecção 
do papiloma interno sem pele. Realizar uma 
incisão na pele sem lesão e inseri-lo lá dentro. 
Finalizar com sutura; 
▪ Os resultados dependem da preparação da vacina, 
do estágio de evolução da enfermidade, do tipo de 
papiloma envolvido e do tamanho 
▪ Obs.: a lesão não chega na musculatura, 
normalmente a carne do local que houver papiloma 
estará mais escura na inspeção. 
▪ vacinas comerciais: 
o são usadas para o tratamento e não para 
profilaxia; 
o ainda não tem comprovação real; 
o mais usada no sul do brasil; 
o não há como provar se a cura foi 
espontânea; 
▪ pomada papilomax (formaldeído) → forma inicial 
do papiloma que faz diminuição e tratamento. 
▪ O vírus pode permanecer no organismo e causa 
recidiva. 
▪ Retirada cirúrgica: 
o Ao retirar o papiloma, ainda resta uma 
ferida para cuidar e vírus no corpo; 
▪ Antinflamatórios 
▪ Analgesia 
▪ Tratamento do ambiente → cal seco para 
desinfecção e retirar o animal do local por uma 
semana 
▪ Aumentar a imunidade do animal: nutrição, 
sombra, água e manter a rotina para evitar estresse. 
▪ Cirurgia 
▪ Clorobutanol – antisséptico 2 doses de 50 mg/kg 
SC (inibidor de cadeia respiratória) 
▪ Levamisol em dias alternados 
▪ Dose inferior a de uso de anti-helmíntico 
▪ Promove diferenciação e proliferação de linfócitos 
T aumentando a imunidade 
 
CCE 
▪ Massa infiltrativa, proliferativa e destrutiva; 
▪ Tumor maligno cutâneo comum em bovinos 
leiteiros; 
▪ Surge a partir de ferimentos cutâneos 
cronicamente irritados através de metaplasia 
tecidual; 
▪ Fatores de ocorrência: ambiente, idade e luz solar; 
▪ Local de ocorrência: 
o Junções mucocutâneas não pigmentadas 
(peles claras) →pálpebras e vulva; 
o A partir de ferimentos cutâneos; 
o Bovino idoso→ubere e ponta de orelhas 
(pele mais flexível e sensível); 
▪ Recomenda-se a retirada cirúrgica; 
▪ Trato reprodutor e olho são os locais mais comuns 
TRATAMENTO 
▪ Criocirurgia → pouco utilizada em grandes 
animais pois leva a morte celular (vantagem ou 
desvantagem?) 
▪ Imunoterapia →injeções intratumorais com BCG 
(moduladora imunológica que aumenta a resposta) 
▪ Obs.: as metástases ocorrem em cerca de 10% dos 
casos de CCE em ruminantes 
▪ Retirar o animal do plantel reprodutivo ou cruzar o 
animal com outro de pele escura (gene CCE 
recessivo). Saber do histórico reprodutivo e 
características dos filhos que já existem; 
ECTIMA CONTAGIOSO 
▪ Parapoxvírus 
▪ Lesão de lábios e gengiva 
▪ Frequente em tetos 
▪ ZOONOSE 
▪ Vacina do vírus vivo é usado no tratamento 
▪ Comum em pequenos ruminantes 
▪ Doença que acomete o rebanho inteiro 
▪ O animal adquire imunidade, porém quanto ocorre 
uma diminuição a doença volta 
▪ Alta letalidade 
▪ Baixa mortalidade 
SINAIS CLÍNICOS: 
▪ O animal não consegue comer → emagrecimento 
▪ Sialorreia 
▪ Crostas vermelhas que sangram → contaminam 
outros animais através do cocho comunitário 
TRATAMENTO: 
▪ Auto-hemoterapia 5 a 10% do peso do animal → 
Pode repetir com 24h não ultrapassando 5 dias 
pois pode levar a um problema secundário uma 
vez que o corpo não responde 
▪ Isolar o animal em baia 
▪ Limpeza das feridas com água + sabão 
neutro/clorexidina/antisséptico até deixar em carne 
viva 
▪ Iodo de 5 a 10% → induz o ressecamento 
▪ Transfaunação em animais caquéticos 
▪ Prebiótico + probiótico 
▪ Completo vitamínico 
▪ Fenilbutazona, maxicam, flunixine (melhor para 
vísceras) 
DERMATOFILOSE 
▪ Bactéria: Dermatophilus 
▪ Dermatite hiperplásica ou exudativa 
▪ Erupção cutânea crostosa e escamosa (lesões 
circunscritas) 
PREDISPONENTES: 
▪ Traumatismo 
▪ Alta umidade 
▪ Saliva de ectoparasitas 
▪ Ambientes sujos, escuros e úmidos 
▪ “queimaduras” por chuva → unidade; pelos longos 
e danos físicos 
▪ Atinge a epiderme 
▪ Pode ser aguda ou crônica 
▪ Se apresenta em forma hiperpláscia ou exsudativa 
▪ Sob condições favoráveis de T° e umidade, a 
bactéria pode proliferar na pele íntegra e produzir 
a doença 
PATOGENIA 
▪ Doença transmissível de ocorrência limitada a 
presença de animais portadores 
▪ Resposta inflamatória aguda mediada por 
neturófilos leva a formação de microabscessos no 
interior da epiderme 
▪ Formação de crostas pustulosas multilaminadas 
que caracterizam clinicamente a enfermidade 
▪ Exusato oleoso e amarelo claro 
SINAIS CLÍNICOS 
▪ Crostas supuradas proliferativas 
▪ Secreção purulenta sob as crostas amarelada e 
oleosa 
▪ AUSÊNCIA DE PRURIDO 
▪ Pelos ressecados 
▪ Alopecia 
▪ Pelos em pincel 
▪ Lesões em chanfro, cabeça e orelhas 
▪ Em pequenos ruminantes, apenas em cabeça 
DIAGNÓSTICO 
▪ Pus+ tufo de pelos ao arrancar 
▪ Sinais clínicos 
▪ Esfregaço com coloração para gram + 
CONTROLE E PROFILAXIA 
▪ Isolamento 
▪ Desinfecção de materiais e instalações 
▪ Banho de imersão 
▪ Controle de umidade 
TRATAMENTO: 
▪ Cura espontânea 3-6meses (não esperar, pois 
quando há baixa de imunidade, a doença volta) 
▪ Tratamento tópico com o que for prático: doençade rebanho 
▪ Solução iodo →lesões focais e pequenas em um 
indivíduo 
▪ Banho de imersão ou aspersão com sulfato de Zn 
ou Cu (0,2 a 0,5%) 
▪ Sistêmico: penicilina (sempre associar devido a 
resistência bacteriana) G Procaína + 
estreptomicina (5 a 7 dias) 
DERMATOFITOSE 
▪ Micose cutânea infecto de curso crônico 
▪ Zoonose importa 
▪ Diagnóstico diferencial de dermatofilose 
PATOGENIA 
▪ O fungo invade o folículo piloso causando 
fragilidade da haste e rompimento do pelo 
desenvolvendo a dermatofitose. O fungo libera 
substâncias tóxica ou alergênicas que causam 
reação inflamatória, proliferação córnea, queda de 
pelo e descamação 
▪ Exsudação das capas epiteliais afetadas, os 
resíduos epiteliais e as hifas do fungo produzem 
crostas secas e alopecia 
▪ Sobrevivem em áreas inflamadas 
▪ Pele e anexos → pelo, unha e casco 
▪ Produzem enzimas proteolíticas → toxicas que 
produzem prurido 
▪ Patogenicidade multifatorial 
EPIDEMIOLOGIA 
▪ Distribuição mundial – regiões quentes e úmidas 
(o Nordeste é quente e úmido ou quente e seco a 
depender da região) 
TRANSMISSÃO 
▪ Animais portadores 
▪ Contato direto com pelo, pele e crostas 
▪ Fômites 
▪ Ambiente 
▪ Animais próximos a árvores e cercas para se coçar 
SINAIS CLÍNICOS: 
▪ Alopecia: bordas irregulares 
▪ Descamação 
▪ Crostas cinzentas 
▪ Crostas generalizadas úmidas e hemorrágicas 
(associadas a bactéria) 
▪ Pelo quebradiço 
▪ Elevação na pene → vermelhidão 
▪ Pele clara →maior sensibilidade a lesões 
▪ Doença de corpo generalizado 
DIAGNÓSTICO 
▪ Histórico 
▪ Sinais clínicos 
▪ Exame de pelo: tricograma 
▪ Cultura 
▪ Raspado 
▪ Biópsia 
▪ DD: filose, furunculose, CCE e demodex 
▪ CONTROLE E PROFILAXIA: 
▪ Isolar o animal 
▪ Desinfecção de materiais e instalações: biocid 
1:250 das instalações (mais potente e mais barato) 
▪ Solução iodada 
▪ Pomadas e cremes antimicóticos 
TRATAMENTO: 
▪ Hipoclorito de sódio 10% 
▪ Iodofosforados 1% (soluções iodadas) 
▪ Pomadas ou cremes a base de antimicóticos 
(avaliar o custo) 
▪ Azois 
▪ Captam: fungicida 
▪ Griseofulvina: medicamento caro 
o 7,5mg a 60 mg/kg VO durante 7 ou mais 
dias 
▪ Solução de iodeto de sódio 20 % - 150mL/250 kg 
IV a 3-4 dias (barato para uso em pequeno 
ruminante e caro para bovinos) 
▪ Para resultados melhores e individualizados, raspar 
ou escovar as lesões para remover as crostas 
infectadas, pois estas impedem que o fármaco 
penetre (descartar a escova após o uso)

Continue navegando