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Apostila de Desdobramentos da Teoria Psicanalítica

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Apostila de Desdobramentos da Teoria Psicanalítica
Sumário
Aula 1- 12/08/2021	3
Melanie Klein- Estilo e pensamento	4
Klein, Melanie- Amor, Culpa e Reparação e Outros Trabalhos- 1921-1945	4
Disciplina on-line-Módulo 1- Melanie Klein- Vida e Obra	8
Aula 2 dia 19/08/2021	9
Aula 3- 26/08/2021	10
Notas sobre alguns mecanismos esquizoides	14
Aula dia 09/09/2021 Teoria das posições	16
Aula dia 16/09/2021 O luto e suas relações com os estados maníaco-depressivos	18
Leitura as origens da transferência	19
Aula dia 23/09/2021	20
Aula dia 30/09/2021	24
Vídeo: transferência em Klein- Conceitos em Klein #07	25
[Entrevista] Estar com Mirmila Musse: setembro amarelo- podcast	25
Aula dia 07/10/2021 – Winnicott	26
Aula dia 14/10	29
Aula dia 21/10	31
Aula dia 28/10/2021	31
04/11/2021	32
REVISÃO 11/11/2021	33
Aula 1- 12/08/2021
Ementa: evolução da teoria nas perspectivas de Melanie Klein e Donald W. Winnicott.
Melanie Klein: nasceu em Viena em 30 de março de 1882
Melanie Klein- Estilo e pensamento
Cap. 2- Melanie Klein, A psicanálise e o movimento psicanalítico internacional: dados históricos
Um resumo das ideias e experiencias de seus dez primeiros anos de trabalho como analista. A primeira parte apresenta de forma sistemática a técnica da análise infantil, e a segunda trata das ansiedades precoces e de seus efeitos no processo de desenvolvimento.
Klein, Melanie- Amor, Culpa e Reparação e Outros Trabalhos- 1921-1945
Cap. 9 Estágios iniciais do conflito edipiano (1928)
Melanie Klein já defendia a opinião de que o complexo de Édipo tinha início antes do que Freud imaginava... no primeiro ano de vida, durante o desmame, apresentando explicitamente esse conceito em “Simpósio sobre a análise de crianças” (1927). Neste artigo relativamente curto, ela apresenta o equivalente de uma nova concepção do complexo de Édipo.
Melanie Klein da exemplos das situações de ansiedade básicas no artigo “Situações de ansiedade infantil, etc.”.
Em seu conceito, a ansiedade mais profunda de ambos os sexos vem de uma imago formada a partir de ataques contra o corpo da mãe: a imagem de uma mãe ameaçadora que possui um pênis hostil, a figura dos pais combinados, como ela viria a chamá-la mais tarde. 
Melanie Klein argumenta que a ansiedade de castração no menino deriva dessa ansiedade mais primária e que, no caso da menina, o medo da perda de amor é secundária ao medo de ter seu interior atacado por uma mãe hostil: também faz uma descrição da ansiedade de castração e da inveja do pênis na menina diferente daquela oferecida por Freud, e apesar de falar da fase fálica num desejo manifesto de não criar divergências com Freud, não deixa de destacar a presença de uma consciência inicial da vagina.
No artigo “os princípios psicológicos da análise de crianças pequenas”, Melanie Klein, chega à conclusão de que as tendências edipianas são liberadas como consequência da frustração sentida pela criança com o desmame, e que se manifestam no final do primeiro e início do segundo ano de vida; elas são reforçadas pelas frustrações anais sofridas durante o treinamento dos hábitos de higiene. O próximo elemento que influencia de forma determinante os processos mentais é a diferença anatômica entre os sexos.
O menino, quando se vê impelido a trocar a posição oral e anal pela genital, passa a ter o objetivo da penetração associado à posse do pênis. Assim ele muda não só sua posição libidinal, mas também seu objetivo, o que permite que mantenha o objeto amoroso original. No caso da menina, por outro lado, o objetivo receptivo passa da posição oral para a genital: ela muda sua posição libidinal, mas mantém o objetivo, que já levou à frustração em relação à mãe. Desse modo, a menina desenvolve a receptividade para o pênis e se volta para o pai como objeto amoroso.
Desde o início, porém, os desejos edipianos ficam associados ao medo da castração e a sentimentos de culpa incipientes.
Ferenczi: supõe que há uma “espécie de precursor fisiológico do superego” associado aos impulsos uretrais e anais, a que dá o nome de “moralidade esfincteriana”
Abraham: a ansiedade aparece pela primeira vez no nível canibalesco, enquanto o sentimento de culpa surge na fase sádico-anal arcaica posterior.
Melanie Klein diz que o sentimento de culpa associado à fixação pré-genital já é efeito direto do conflito edipiano. Isso parece explicar de forma satisfatória a origem desse sentimento, pois sabemos que o sentimento de culpa na verdade é o resultado da introjeção dos objetos amorosos edipianos: isto é, o sentimento de culpa é produto da formação do superego. 
A própria criança deseja destruir o objeto libidinal, mordendo-o, devorando-o e cortando-o em pedaços. Isso dá origem à ansiedade, pois o despertar das tendências edipianas é seguido pela introjeção do objeto, do qual agora se espera punição. A criança passa a temer um castigo que corresponda à ofensa: o superego se torna algo que morde, devora e corta.
A conexão entre a formação do superego e as fases pré-genitais do desenvolvimento é muito importante a partir de dois pontos de vista. Por um lado, o sentimento de culpa se prende às fases sádico-oral e sádico-anal, que ainda são as predominantes; por outro, o superego se forma quando essas fases ainda estão em ascendência, o que explica o seu rigor sádico.
Essas conclusões abrem uma nova perspectiva. Um ego ainda muito fraco só é capaz de se defender de um superego tão ameaçador através de forte repressão. Uma vez que as tendências edipianas de início se expressam sob a forma de impulsos orais e anais, a questão de quais fixações serão predominantes no desenvolvimento edipiano será resolvida, principalmente, pelo grau de repressão que ocorre nesse estágio inicial.
A conexão direta entre a fase pré-genital do desenvolvimento e o sentimento de culpa também é importante porque as frustrações orais e anais, que formam o protótipo de todas as frustrações posteriores para o resto da vida, ao mesmo tempo também significam punição e dão origem à ansiedade.
A própria criança deseja destruir o objeto libidinal, mordendo-o, devorando-o e cortando-o em pedaços. Isso dá origem à ansiedade, pois o despertar das tendências edipianas é seguido pela introjeção do objeto, do qual agora se espera punição. A criança passa a temer um castigo que corresponda à ofensa: o superego se torna algo que morde, devora e corta.
A sensação inicial de não saber está ligada a vários elementos. Ela se une à. sensação de ser incapaz, impotente, que logo resulta da situação edipiana. A criança também sente essa frustração de forma mais aguda porque não possui um conhecimento claro sobre os processos sexuais. Em ambos os sexos, o complexo de castração é acentuado por essa sensação de ignorância.
As fixações sádicas também exercem forte influência sobre a estruturação do superego, que está em processo de formação quando essas fases ainda estão em ascendência. Quanto mais cruel for o superego, mais aterrorizante será a figura do pai castrador e maior será a força com que a criança, tentando fugir de seus impulsos genitais, irá se prender aos níveis sádicos, a partir dos quais as tendências edipianas inicialmente tomam seu aspecto.
No caso da menina, a identificação com a mãe é resultado direto dos impulsos edipianos: todo o conflito provocado no menino pela ansiedade de castração está ausente nela. Nas meninas, assim como nos meninos, essa identificação coincide com as tendências sádico-anais de roubar e destruir a mãe. Se a identificação com a mãe ocorre principalmente num estágio em que as tendências sádico-orais e sádico-anais estão muito acentuadas, o medo do superego materno primitivo leva à repressão e à fixação dessa fase, interferindo no desenvolvimento genital posterior. O medo da mãe também impele a menina a desistir de se identificar com ela. Tem início, então, a identificação com o pai.
A identificação com o pai é menos carregada de ansiedade do que aquela com a mãe; além disso, o sentimento de culpa em relação à mãe provoca a supercompensação,através de uma nova relação de amor com ela. Em oposição a essa nova relação de amor, há ainda o complexo de castração, que torna difícil uma atitude masculina, e o ódio contra a mãe resultante das posições anteriores. O ódio e a rivalidade com mãe, contudo, fazem mais uma vez com que a identificação com o pai seja abandonada e ele volte a ser o objeto para amar e pelo qual ela deseja ser amada.
Disciplina on-line-Módulo 1- Melanie Klein- Vida e Obra
· Para Melanie Klein: O complexo de édipo se inicia quando surge na criança o medo da perda do objeto bom, momento em que a ansiedade persecutória perde força e os impulsos amorosos, ao contrário, tornam-se mais fortes
· Diferentemente de Freud, Klein postulou a existência de um ego arcaico que estabelece relações objetais desde o início da vida
· Klein acabou por se tornar grande opositora de Anna Freud ao traduzir em palavra o universo simbólico que emerge durante a análise de crianças e por haver considerado que as crianças estão aptas a estabelecer relações transferenciais
· Nos primeiros meses de vida do bebê a mãe representa todo o mundo externo
· Quaisquer elementos verbais ou não verbais no brincar fornecem dados sobre ansiedades, fantasias e sentimentos devendo ser compreendidos e interpretados pelo analista.
· Refere-se ao paradigma Kleiniano: A existência de um ego rudimentar exposto a vivências que marcam o psiquismo/ as fantasias inconscientes que acompanham todas as atividades da vida humana e podem determinar ações futuras
· A associação livre do adulto é um equivalente do brincar infantil para Klein, pois traduz ao analista o simbolismo de seu mundo interno
· A teoria kleiniana permite a compreensão de processos transferenciais em idades muito tenras
· Klein sugere interpretar a angústia no preciso momento em que ela aparece no atendimento
· Klein desenvolveu a técnica do brincar e da utilização de jogos como meio de comunicação com as crianças
Aula 2 dia 19/08/2021
Na sociedade britânica de psicanálise após a morte de Freud foram formados três grupos
· Kleiniano
· Freudiano (anna freud)
· Independentes (winnicott, Balint)
Klein valoriza a experiência pessoal e a observação clínica para descrever processos psíquicos inconscientes. Valorizava o contato direto com o paciente.
Sua obra versa a respeito da descrição dos mecanismos da vida mental do bebê e de crianças pequenas (3 a 6 anos de idade)
Sua teoria é essencialmente empirista e clínica
A associação livre das crianças era por meio do brincar- em vez de ser por meio da fala como funciona a associação livre com adultos
O brincar como meio da criança se expressar
Melanie Klein utilizava a exploração do inconsciente e a transferência
O sintoma existe por conta de uma fantasia inconsciente por trás, ao trazer uma interpretação e ela ser bem entendida o sintoma cessa.
Para realizar a psicanálise de uma criança, é necessário compreender e interpretar as fantasias, sentimentos, ansiedades e experiências expressos por meio do brincar
Inibição do brincar: enxergar o brinquedo como um objeto concreto e não um objeto lúdico
Se o brincar as atividades estão inibidas, deve-se buscar as causas da inibição
A situação transferencial só poderia ser estabelecida em um espaço neutro, assim não sendo possível a análise feita em sua própria casa, o próprio espaço trazia uma inibição, o paciente ao sentir que a sala de análise é algo separado de sua vida familiar, poderia superar suas resistências contra vivenciar e expressar pensamentos, sentimentos e desejos que são incompatíveis com as convenções sociais.
Segundo Klein é essencial que os brinquedos sejam pequenos, porque seu número e variedade permitem à criança expressar uma ampla variedade de fantasias e experiências.
Os equipamentos de brincar de cada criança são guardados e trancados em uma gaveta particular e ela assim sabe que seus brinquedos e o seu brincar com eles são apenas conhecidos pelo analista e por ela mesma, assim a caixa faz parte da relação privada e intima entre o analista e o paciente
É essencial permitir a criança trazer à tona a sua agressividade
É importante observar as consequências dos impulsos destrutivos na mente da criança; como por exemplo a culpa de quebrar um brinquedo, a culpa não se refere apenas ao estrago real, mas sim o que o brinquedo representa no inconsciente da criança.
É necessário manter e delimitar o limite desses impulsos, agressões e ataques físicos por parte da criança.
Ansiedade persecutória: algo que começa a ameaçar o ego
A criança tem uma capacidade de insight maior que o adulto, pois as conexões entre consciente e inconsciente são mais próximas e as repressões menos poderosas
Aula 3- 26/08/2021
 conceito de fantasia
As fantasias são expressões mentais dos instintos, uma representação psíquica dos instintos libidinais e destrutivos. A atividade do fantasiar, como observa a própria M. Klein, tem suas raízes nas pulsões
Identificação primária: esforço do bebê para redescobrir em todos os objetos os seus próprios órgãos e seu funcionamento. É o processo de formação de símbolos que em grande de símbolos....
Uma fantasia (mundo interno inconsciente) representa o conteúdo particular das necessidades ou sentimentos (não tem a ver com a questão cognitiva, confundir a realidade, teorias de Piaget) que dominam a mente no momento
As fantasias continuam ao longo de todo o desenvolvimento e acompanham todas as atividades. Elas sempre desempenham um papel importante na vida mental
Fantasias são inconscientes; estão ligadas ao mundo interno e ao processo primário
É a primeira expressão do psiquismo separado do corpo biológico
A fantasia também se modifica com o contato com a realidade (gratificação, frustração)
Uma forte identificação com a mãe torna fácil para a criança identificar-se também com um pai bom e, mais tarde, com outras figuras amistosas
Por mais que sejam bons os sentimentos da criança em relação aos pais, a agressividade e o ódio se mantêm ativos
Tudo que é consciente não é fantasia
ESTÁGIOS INICIAIS DO COMPLEXO EDÍPICO
· Começa no fim do primeiro ano de vida, durante o desmame (por volta desse período supostamente corta a amamentação, e a entrada cada vez mais sucessiva de outras pessoas, não sendo apenas o literal, e sim o símbolo de separação da mãe e do bebê)
· O desmame representa frustração oral, rompe o sistema dual (mãe-bebê) e propõe situação triádica com terceiros
· 
· 
· Persecutório no sentido de que irá perseguir, pois foi ofendido, foi atacado, e irá revidar
Superego- sentimento de culpa
O sentimento de culpa é resultado da introjeção dos objetos amorosos edipianos, produto da formação do superego
Rigor do superego
· A ansiedade no início do conflito edipiano, toma a forma do medo de ser devorada e destruída
· A própria criança deseja destruir o objeto libidinal mordendo, devorando e cortando, o que leva à angústia, visto que o despertar das tendências edípicas é seguido pela introjeção do objeto e do qual então uma punição é esperada
· A criança teme então uma punição correspondente à ofensa: o superego se torna algo que morde, devora e corta
Aula dia 02/09/2021
Os estágios pré-genitais carregam consigo o sentimento de culpa que já são efeito do conflito precoce:
Agressividade> sentimento de culpa> ansiedade persecutória
O sentimento de culpa é resultado da introjeção dos objetos amorosos edipianos, produto da formação do superego
A ansiedade, no início do conflito edipiano, toma a forma do medo de ser devorada e destruída
A criança teme uma punição correspondente à ofensa: o superego se torna algo que morde, devora e corta
O impulso epistemofílico e o desejo de se apossar do objeto estão intimamente ligados, ao mesmo tempo que se associam ao sentimento de culpa gerado pelo conflito edipiano
O INCONSCIENTE KLEINIANO
· Tanto os sonhos como o brincar deslocam processos intrapsíquicos para o exterior
· 
Definição introjeção X projeção
Introjeção: tudo que é fonte de prazer, sempre introjeto o que é bom
Projeção: é tudo que é desprazeroso, forade tudo o que é ocasião de desprazer
Em consequência da interação entre os mecanismos de introjeção e projeção processo que corresponde à interação da formação do superego e das relações objetais:
· A criança encontra uma refutação aos seus temores no mundo exterior
· Através da introjeção de seus o bons objetos reais, encontra alívio para sua angústia
· A presença e o amor de seus objetos reais ajudam a criança a diminuir seu medo aos introjetados e seu sentimento de culpa, seu medo aos perigos internos reforça sua fixação à mãe e sua necessidade de amor e de proteção
· A criança não consegue distinguir entre a perda permanente e a ausência temporária
· A angústia própria do desenvolvimento, estimula ego
Como as primeiras situações ansiogênicas influem na formação do ego:
· O ego é frágil não sendo capaz de estabelecer equilíbrio entre superego e id
· As atividades lúdicas são usadas para vencer perigos internos e externos
Latência:
· No começo da latência, a organização libidinal e a formação do superego chegam a seu termo
· O ego mais forte coloca-se de acordo com o superego para dominar o id e lidar com as exigências do mundo exterior e objetos reais; assim, os brinquedos perdem conteúdo imaginativo e cedem lugar aos trabalhos escolares
· O cuidado escolar permite a aprovação dos mais velhos minimizando as situações de perigo; o ideal do ego é dar satisfação para os pais e professores
Puberdade:
· No início da puberdade o equilíbrio da latência é rompido com o despertar da libido que reforça as exigências do id e, portanto, também as do superego
· Os impulsos instintivos não podem ser refreados e contidos como na latência
· O ego procura livrar-se de seus primeiros objetos de amor. Entra em desavença com seu ambiente em busca de novos objetos
· Desprende-se das pessoas substituindo-as por objetos menos pessoais e abstratos, como ideias e princípios
· O equilíbrio psíquico só se estabiliza definitivamente, quanto à influência das angústias primitivas, após a puberdade, quando ego e superego entram em acordo para criar normas adultas
· O indivíduo adapta-se a um universo mais amplo, reconhece os direitos, mas como expressão de seus próprios valores internos
· A angústia nunca é excluída definitivamente
· Tensões excessivas de origem interna ou externa podem reavivar situações ansiogênicas antes abandonadas
Notas sobre alguns mecanismos esquizoides
· Na primeira infância surgem ansiedades que forçam o ego a desenvolver mecanismos de defesa específicos.
· Neste período se encontram os pontos de fixação de todas as perturbações mentais
· As angústias intensas, os mecanismos e as defesas do ego na infância exercem profunda influência em todos os aspectos do desenvolvimento, incluído desenvolvimento do ego, superego e relações de objeto
· As relações de objeto existem desde o começo da vida, sendo o primeiro objeto o seio da mãe, que é cindido em um seio bom (gratificador) e um seio mau (frustrador), conduzindo esta cisão a uma separação entre amor e ódio
· Desde o início as relações com o objeto são moldadas pela interação entre introjeção e projeção
Ego arcaico- fontes da ansiedade primária
· As funções do ego já estão presentes desde o início e a função mais importante é a de lidar com a ansiedade
· A ansiedade surge a partir da pulsão de morte, e é sentida como medo da morte tomando a forma de medo de perseguição, o medo dessa pulsão destrutiva liga-se a um objeto, que é vivenciado como medo de um objeto controlador, tendo assim a ansiedade de separação
Defesas
· O ego é impelido a desenvolver mecanismos e defesas para se livrar da ansiedade
Resumo Melanie Klein- vídeo youtube
· Teoria das relações objetais: sua teoria da ênfase menos aos impulsos biológicos, e destaca a intimidade e o cuidado da mãe, a uma forte busca por contato e relacionamento, ao invés de uma satisfação sexual ou outros impulsos agressivos e sexuais
· Relações objetais: objetos ligados à satisfação
· O ser humano busca sempre reduzir a tensão dos desejos insatisfeitos
Fantasias e objetos- vida psíquica da criança:
· Para Klein dos 4 aos 6 meses de idade o indivíduo já é impactado com as experiências vividas
· Pulsão de vida- desejo inato de buscar a vida- criação, prazer
· Pulsão de morte- desejo inato de buscar a morte- isolamento, destruição
· Já chegamos ao mundo predispostos a aliviar a ansiedade sentida
· As fantasias dos bebês se baseiam no conteúdo primitivo do inconsciente
Teoria das posições:
Klein entende que os bebês estão em um conflito constante entre as pulsões de vida e de morte
· Posição paranoide-esquizoide
· Seio bom e seio mau: o bebê deseja guardar o seio para dentro de si, devorando-o e guardando-o, desejos de destruição inatos; para lidar com esses sentimentos ambivalentes e simultâneos, o ego se divide em duas partes, sendo assim o bebê lida com 2 fantasias, a do seio perseguidor e a do seio ideal
· Seio ideal: relação de gratificação, amor e conforto que o bebê tem com o seio materno, o bebê tem a intenção de guardar o seio ideal dentro de si, por conta da fantasia de que o seio perseguidor quer destruir o seio ideal. Para lidar com essa perseguição o bebê adota a posição paranoide-esquizoide
· Essa é de organizar suas experiências, e possui duas características; 
· Sentimentos paranoicos de perseguição 
· Clivagem: compreensão de que todos os objetos internos e externos possuem uma opção boa e uma má, não está restrito apenas aos bebês, mas nos acompanha durante toda a nossa vida
· Projeção: mecanismo de defesa, onde os pensamentos, sentimentos ou atributos do “eu” que geram conflitos e sensações desconfortáveis, acabam sendo expelidos para um objeto externo a nós. Também pode se projetar qualidades boas que então em nós, em casos de pessoas que não conseguem se reconhecer, acaba-se projetando em outras pessoas, e julgando-os como modelos ideais
· Posição depressiva: o bom e o mal podem existir dentro de um mesmo objeto, por outro lado essa posição traz ao bebê a ansiedade de a mãe poder ir embora para sempre, tendo medo de perder a mãe, assim o bebê se sente incapaz de proteger a mãe, e provoca sentimentos de culpa dentro de si, por já ter sentido desejos de destruir a mãe em outros momentos
· Essa posição é um misto de ansiedade por medo de perder a mãe, e culpa por já ter quisto destruí-la, segundo Klein surge então desejos de reparação, onde o bebê vê a mãe como ser vulnerável e desenvolve sentimentos de empatia por ela
· A resolução desta posição é reparar estas transgressões do passado e reconhece que a mãe não vai desaparecer de uma vez; caso a solução desta posição não seja completa o indivíduo pode desenvolver falta de confiança, incapacidade de superar o luto e outras desordens psíquicas 
Aula dia 09/09/2021 Teoria das posições
Posição esquizoparanóide: é a divisão do externo (a mãe) em seu seio bom e seio mau
Seio bom: gratifica infinitamente 
Seio mau: lhe provoca frustração
Os principais mecanismos de defesa são: dissociação, idealização, negação, identificação projetiva
Posição depressiva: a partir da elaboração e superação destes sentimentos, emerge a posição depressiva. 
Principais atributos: integração do ego e do objeto externo, sentimentos afetivos e defesas relativas à possível perda do objeto em decorrência dos ataques realizados na posição anterior; inconscientemente o bebê ao se sentir frustrado pelo seio mau, acaba provocando ataques no objeto externo, ao entrar na posição depressiva, ele se sente culpado por estes ataques. Estas posições continuam presentes pelo resto da vida, alternando-se em função do contexto, embora a posição depressiva predomine num desenvolvimento saudável.
À medida que o ego se torna mais organizado, as imagos internalizadas vão se aproximando da realidade e ele se identifica de forma mais completa com objetos bons. A partir desse momento, a preservação do objeto bom é encarado como um equivalente à sobrevivência do ego.
Ao dar esse passo, o ego atinge nova posição, que serve de base para a situação chamada de perda do objeto amado; só quandoo objeto é amado como um todo é que sua perda pode ser sentida como um todo.
Os objetos amados introjetado passam a fazer a exigência sobre o ego de protegê-los e salvá-los dos objetos maus.
Ansiedade paranóica: medo de ser destruído pelos impulsos sádicos
Ansiedade depressiva: medo de perder os objetos bons internos e externos e esforços para salvá-lo e protegê-lo dos próprios ataques
No estado depressivo, a tentativa de restauração do objeto amado se associa ao desespero, pois o ego não confia na sua capacidade de realizar essa restauração; as censuras que o depressivo dirige a si mesmo, derivam do ódio do ego pelo id, e podem explicar os sentimentos de desmerecimento e desespero
CONCEITOS:
· Na idealização, os aspectos bons do seio são exagerados (cria a imagem de um seio inexaurível e generoso, um seio ideal) como uma proteção contra o medo dos aspectos maus do seio perseguidor. Para manter a idealização, o objeto frustrado é NEGADO assim como são negadas todas as situações de frustração e sentimentos que a frustração causa
· A cisão, a introjeção e a projeção são usadas desde o início da vida a serviço da defesa do ego contra a ansiedade
· A projeção, origina-se da pulsão de morte e ajuda o ego a superar a ansiedade e livrando-o do perigo e das coisas más.
· A introjeção do objeto bom é também usada pelo ego como uma defesa contra ansiedade
· Cisão: divisão do seio em um objeto bom e um objeto mau; necessidade de cindir o amor do ódio; a autopreservação do bebê depende da sua confiança em uma mãe boa; por meio da cisão o bebê preserva a sua crença em um objeto bom e em sua capacidade de amá-lo, sendo esta uma condição essencial para manter-se vivo
· Os estados de gratificação os sentimentos amorosos são direcionados para o seio gratificador
· Enquanto nos estado de frustração o ódio e ansiedade persecutória se ligam ao seio frustrador
· Sem esse sentimento, o bebê estaria exposto a um mundo inteiramente hostil, que ele teme e o destruiria
· Os impulsos destrutivos onipotentes, a ansiedade persecutória e a cisão predominam nos primeiros 3 ou 4 meses de vida e é denominada de POSIÇÃO ESQUIZO-PARANÓIDE
VORACIDADE
· Necessidade premente de esvaziar o seio da mãe e explorar todas as fontes de satisfação sem consideração por ninguém
· A voracidade é incrementada pela ansiedade (de ser privado, roubado e de não ser suficientemente bom para ser amado)
· O bebê que é tão voraz por amor e atenção, é também inseguro sobre sua própria capacidade de amar e todas essas ansiedades reforçam sua voracidade
Aula dia 16/09/2021 O luto e suas relações com os estados maníaco-depressivos
· O trabalho de luto envolve um rompimento lento e gradual, no qual o objeto é sobreinvestido antes de ser desinvestido pela libido
· Esta fase de idealização do objeto perdido precede seu desinvestimento
· A criança passa por estados mentais comparáveis ao luto no adulto quando vivencia a posição depressiva infantil
· O objeto que desperta o luto é o seio da mãe, que representa amor, bondade e segurança
· O bebê sente que perdeu tudo devido às suas fantasias destrutivas dirigidas ao seio da mãe; há temor e pesar pela perda dos objetos bons
· O aumento do amor e da confiança, junto com a redução do medo através de experiências felizes, ajudam o bebê a vencer gradualmente sua depressão e o sentimento da perda
· Mas, a vivência de experiências desagradáveis confirma a possibilidade de aniquilação interna e a perseguição externa gerando aumento da ambivalência e diminuição da confiança nos objetos bons
· A cada etapa do desenvolvimento infantil, os objetos internos bons se estabelecem com mais força, sendo utilizados pelo ego como meio de superar a posição depressiva
Elisabeth kubler ross- luto
Mecanismos de defesa:
Onipotência: negar o medo do objeto e realizar a reparação do mesmo. As defesas maníacas são tipicamente onipotentes. Elas protegem o sujeito (ego) de experienciar a dolorosa dependência dos objetos bons e amados
Ao sentir uma impotência o ego cria um mecanismo de onipotência; precisamos trabalhar na potência do nosso ego, que conseguimos ao buscar a nossa própria verdade.
Triunfo: está ligado ao desprezo e à onipotência. O desejo de controlar o objeto, a gratificação sádica de dominá-lo e humilhá-lo, enfim, o triunfo ao objeto, permite negar a sua dependência; nega o medo de perda dos objetos dos quais depende, desprezando-o mantendo-os sob domínio para, contudo, obter a satisfação de suas necessidades.
Triunfo: elemento da posição maníaca que envolve o desejo de reverter a relação de dependência com o objeto, de ter poder para triunfar sobre ele; acaba prejudicando o trabalho de luto
O sadismo e a agressividade interna são introjetados no seio
Melanie Klein entende as defesas maníacas como uma forma de lidar com a perda daquilo que é valorizado pelo sujeito, através de uma tentativa de negar sua importância, desprezar, dominar e controlar o objeto, utilizando um sentimento de onipotência que gera uma sensação de triunfo sobre o sofrimento iminente. Estas defesas ocorrem como forma do ego se proteger do desespero total
Em uma estrutura psíquica mais limítrofe, o ego busca recursos em defesas primitivas
Roosevelt cassorla psicanalista
A incapacidade do ego suportar uma angústia, leva ao indivíduo negligenciar e negar toda a angústia que está presenciando. É uma tentativa que o mecanismo de defesa faz de reverter uma situação que não é revertível; esta defesa não consegue se manter e nem se sustentar, assim acaba levando a uma piora do quadro
Leitura as origens da transferência
Na transferência toda uma série de experiências psicológicas é revivida, não como algo que pertence ao passado, mas que se aplica ao médico no presente momento
Aula dia 23/09/2021
A hipótese de M. Klein é a de que o bebê tem um conhecimento inconsciente inato da existência da mãe
· Esse conhecimento instintivo é a base da relação primordial do ser humano
· Com poucas semanas de vida, o bebê já olha para o rosto de sua mãe, reconhece seus passos, o toque de suas mãos, o cheiro e a sensação de seu seio ou da mamadeira que ela lhe dá
· O bebê não espera apenas o alimento, mas também o amor e a compreensão
· O sentimento que o bebê tem de ser compreendido tem ligação com essas primeiras relações mãe-bebê (os impulsos, ataques, raivas e agressividade foram acolhidos por alguém que soube suportar estes ataques nesse estágio inicial)
· Nestes primeiros meses de vida a mãe representa para o bebê todo o mundo externo
· O bebê experimenta sentimentos de frustração, desconforto e dor sendo vivenciados como perseguição
· Os impulsos destrutivos (frustração, ódio, inveja) despertam ansiedade persecutória no bebê. A agressividade inata é incrementada por circunstâncias externas desfavoráveis
· Deve-se considerar o desenvolvimento da criança e as atitudes dos adultos como resultantes da interação entre influências internas e externas
Projeção e introjeção
· A introjeção e a projeção fazem parte das fantasias inconscientes do bebê, que operam desde o princípio e ajudam a moldar sua impressão do ambiente
· Os processos de introjeção e projeção contribuem para a interação entre os fatores internos e externos
· Essa interação prossegue através de cada estágio da vida e transformam-se ao decorrer da maturação
· Portanto mesmo no adulto, o julgamento da realidade nunca é completamente livre da influência de seu mundo interno
· A mãe com que nos relacionamos é aquela que nos é introjetada, não correspondendo a mãe real, a mãe interna é a imago introjetada, é a mãe que nós nos relacionamos
Identificação projetiva
· Por meio da projeção de si mesmo para dentro de outra pessoa, ocorre uma identificação projetiva com esta
· A identificação se baseia na atribuição a essa outra pessoa de algumas das próprias qualidades
· Identificação projetiva- colocar partes do eu para dentro de um objeto, me identifico com aquilo que eu projeto
· Por meio da atribuição de parte de nossos sentimentos à outra pessoa, compreendemos seus sentimentos, suas necessidades e satisfação
·Se a projeção é predominantemente hostil, ficam prejudicadas a empatia verdadeira e a capacidade de compreender os outros
· Portanto, o caráter da projeção é de grande importância em nossas relações com outras pessoas
· A identificação projetiva é uma situação em que se sente um mal-estar e ele se mantém dentro de você
· A projeção é identifica, percebida, racionalizada e ela passa
Distinção entre inveja, ciúme e voracidade
· Enquanto a voracidade, em sua ânsia pela nutrição, esvazia o objeto, a inveja, que também pode ser insaciável, causa estragos e o danifica. Ambas são expressões da vida mental arcaica, amplamente trabalhada por Melanie Klein
VORACIDADE: visa escavar completamente, sugar até deixar seco e devorar o seio, seu objeto é a introjeção destrutiva
INVEJA: é um sentimento raivoso de que o outro possui algo desejável, sendo o impulso invejoso o de tirar este algo ou estragá-lo. A inveja intensa impede o desenvolvimento da gratidão. Estraga e danifica o objeto bom- que é fonte de vida
CIÚME: baseado na inveja, envolve a relação com pelo menos duas pessoas e diz respeito ao amor que o indivíduo sente que lhe foi tirado em favor de um rival. O bebê que tenha estabelecido com segurança o objeto bom pode igualmente encontrar compensação para perdas e privações na vida adulta
GRATIDÃO: uma criança com uma forte capacidade de amor e gratidão tem uma relação profundamente enraizada como o objeto bom e pode suportar estados temporários de inveja, ódio e ressentimento sem ficar danificada, ou seja, o objeto bom é recuperado. É um dos principais derivados da capacidade de amar. É essencial à construção da relação com o objeto bom. 
Aula dia 30/09/2021
Transferências: é importante observarmos como os objetos são transferidos para o analista
Situações totais: tudo que o paciente traz para a relação, como o paciente transmite aspectos do seu mundo interior, defesas e relações objetais
Vídeo: transferência em Klein- Conceitos em Klein #07
Freud era um analista de adultos, assim pressupondo que o que afetava o sujeito era um evento que havia ocorrido em sua infância.
Klein era uma analista de criança, ela alegava acompanhar o momento em que o trauma ocorria, segundo Freud dizia.
Klein percebia que o brincar era uma forma de comunicação, uma forma de representar o seu inconsciente. 
· A transferência deixa de ser temporal pra ser espacial, sendo aquilo que ela faz dentro do consultório, junto com o analista que informa o inconsciente dela, não se tratando do passado, e sim sobre o aqui e agora.
[Entrevista] Estar com Mirmila Musse: setembro amarelo- podcast
https://open.spotify.com/episode/3CY6zqeg8mAf7ms9Ynn9rE?si=t6OtpHBPRgS3a9ZWzfrv7g&utm_source=whatsapp&dl_branch=1 
não olhar o suicídio como um espetáculo- dar detalhes
90% dos suicídios estão associados a distúrbios mentais, 85% podem ser tratados
Nem todo sofrimento psíquico é patológico
Se trata menos de uma doença do corpo, e mais de uma questão subjetiva
Trata-se de um mal-estar social- Freud
Romanos- casos eles quisessem cometer suicídio, eles deveriam passar por um comitê para então ter o seu pedido ponderado e verem se a pessoa estava autorizada ou não de cometer o suicídio, já os escravos tinham esse pedido negado, pois seus corpos estavam sob poder do estado. 
Livro: a história do suicídio 
O suicídio e a tentativa do mesmo não é um fracasso, e sim um ato humano e solitário, se tratando de termos um corpo e podemos fazer o que quisermos com ele.
Fácil é morrer, difícil é viver; para viver é preciso se dar um sentido à vida, quando morremos não se tem nenhum preocupação e nem é preciso dar sentido.
Quando recebemos uma queixa, ou alguém que diz que irá se matar ou algo similar, precisamos fazer uma intervenção no momento em que o pedido de ajuda é feito, não é possível dizer para ver depois, e nem é possível relativizar tudo ao ponto de dizer que tudo vai ficar bem, pois as questões existenciais existem, senão fica algo raso, pois todos sabemos que viver é difícil, fácil é a morte. 
A saúde mental não pode ser individualizada e sim coletivizada.
É preciso estarmos abertos a realmente ouvir as pessoas, não apenas dizer vai dar tudo certo, pois a pessoa que está pensando em um ato suicida não está pensando que a vida é bela e que vai dar tudo bem, ela está pensando justamente o contrário disso.
 
Aula dia 07/10/2021 – Winnicott
Afinizou-se pelo estudo do desenvolvimento infantil
Foi o primeiro psicanalista pediatra da história 
Enquanto Klein não concentrava sua atenção no ambiente, para Winnicott este era fundamental
Principais conceitos
· De acordo com Winnicott todo ser humano tem potencial para o desenvolvimento, e este é alcançado através da relação com o ambiente
O ser humano traz em si uma tendência inata a se desenvolver e a se unificar (se tornar inteiro, mente e corpo, a união dos dois)
Através do processo de maturação esta tendência se atualiza: desenvolvimento do id, ego e superego
É o ambiente (inicialmente representado pela mãe) que permite ou entrava (dificultar) o livre desenrolar destes processos.
O DESENVOLVIMENTO E A RELAÇÃO MÃE-BEBÊ
 • A criança nasce indefesa, desintegrada e percebe de maneira desorganizada os estímulos do meio;
 • O bebê acha-se num estado de total dependência do meio 
• Em sua mente, ele e o meio são uma coisa só (ele e a mãe são um corpo só)
 • A tarefa da mãe é oferecer um suporte adequado para que as condições inatas alcancem um desenvolvimento ótimo
Ambiente facilitador- é prover a criança um ambiente que facilite a saúde mental individual e o desenvolvimento emocional. Mesmo o cuidado físico é afetado pela capacidade das crianças ou pais de recebê-lo. Para que a criança possa se desenvolver, se faz o necessário o estabelecimento de um ambiente que possibilite o amadurecimento emocional. 
A provisão ambiental suficientemente boa tende a prevenir a doença esquizofrênica ou psicótica mas, apesar do maior cuidado a criança ainda está sujeita aos distúrbios associados com os conflitos originados da vida instintiva que se manifestam como ansiedades ou defesas contra a ansiedade.
A provisão facilita a tendência inata da criança de habitar o corpo e de apreciar as funções dele, de aceitar as limitações que a pele acarreta separando o eu do não eu.
O fornecimento de um ambiente suficientemente bom na fase mais primitiva capacita o bebê a começar a existir, a ter experiências, a construir um ego pessoal, a dominar instintos e a defrontar-se com todas às dificuldades inerentes à vida;
Mãe suficientemente boa
· Para prover tal ambiente o cuidador não necessita de uma compreensão intelectual das necessidades do lactente para satisfazê-los;
· Preocupação materna primária: as mães que se encontram suficientemente bem para se entregarem à maternidade se tornam identificadas com os seus bebês, partindo de uma forte identificação no período que circunda a gravidez, diminuindo gradativamente conforme o bebê vai necessitando menos da mãe; 
· Trata-se de um estado psicológico especial vivido pela mãe de sensibilidade exacerbada. É a exclusão temporária de quaisquer outros interesses; é esta identificação que permite com que a mãe saiba mais ou menos do que seu bebê precisa naquele momento: ser segurado no colo, alimentado, mudado de lado, deitado, levantado, acariciado; desta maneira a mãe cria um ambiente suficientemente bom que possibilita ao bebê alcançar cada etapa.
· As falhas da mãe não são sentidas enquanto falhas próprias, mas sim enquanto ameaças à existência pessoal do eu. Desta maneira, a mãe que falha não é vista como frustrante;
A constituição inicial do ego é silenciosa: A primeira organização do ego deriva da experiência de ameaças de aniquilação que não chegam a se cumprir e das quais o bebê se recupera. A partir destas experiências de recuperação o ego vai desenvolvendo a capacidade de suportar frustrações; A base para o estabelecimento do ego é “continuar a ser” não interrompido por reações de intrusão, o que éfacilitado pelo estabelecimento deste estágio materno;
A importância da mãe após o estado de preocupação materna primária: continua a ser central, mas já não precisa ser tão intenso; 
Para oferecer então este ambiente facilitador é preciso saber que: A continuidade do ambiente humano auxilia na integração da personalidade do indivíduo; 
A confiança se faz necessária, é ela que torna o comportamento da mãe previsível;
A adaptação gradativa às necessidades cambiantes da criança se faz necessária;
A mãe suficientemente boa é aquela que efetua uma adaptação ativa às necessidades do bebê, uma adaptação que diminui gradativamente segundo a crescente capacidade do bebê em tolerar frustrações.
 A rotina é essencial na estruturação do ego do bebê
PROCESSO MATURACIONAL- 
· O primeiro princípio é que saúde é maturidade: o desenvolvimento ocorre na criança se provêm condições suficientemente boas, vindo o impulso para o desenvolvimento de dentro da própria criança;
· As forças no sentido da vida, da integração da personalidade e da independência são tremendamente fortes: com condições suficientemente boas a criança progride; quando as condições não são suficientemente boas essas forças ficam contidas dentro da criança e de uma forma ou de outra tendem a destruí-la;
· A maturidade consiste em uma progressão da dependência para a independência: é preciso examinar as necessidades da criança que vão se modificando da dependência para a independência
· Graus de dependência-
· Dependência absoluta: aqui as condições precisam ser suficientemente boas para que o bebê dê início ao seu desenvolvimento inato – até os 3 meses no máximo; (falha ambiental: deficiência mental não orgânica, esquizofrenia infantil)
· Dependência relativa: falhas posteriores ao nascimento, as falhas traumatizam, mas já existe uma pessoa para ser traumatizada; (predisposições a distúrbios afetivos, tendência anti-social)
· Dependência-independência: a criança faz experiências de independência, mas ainda precisa algumas vezes reexperimentar a dependência
· Segundo Winnicott, a independência nunca é absoluta. O indivíduo sadio não se torna isolado, mas se relaciona com o ambiente de tal modo que ambos se tornam interdependentes
Aula dia 14/10
Objetos e fenômenos transicionais
Objeto transicional: seria o paninho, o objeto que a criança usa para lidar com o afastamento da mãe, o objeto em que os bebês se apegam; representa o estado de união com a mãe para o estado em que se relaciona com ela como uma coisa externa e separada
· A criança descobre aos poucos que ela e sua mãe são separadas e que ela depende da mãe para a satisfação de suas necessidades
· Os objetos ou fenômenos transicionais revestem-se de uma importância vital para a criança no momento em que ela vivencia a angústia por ocasião das separações da mãe, especialmente na hora de dormir
· O próprio espaço também pode ser qualificado de transicional
· O espaço intermediário tem um papel de amortecedor no choque ocasionado pela conscientização de uma realidade externa, povoada de coisas e pessoas
Desenvolvimento do self
· O self da criança recém-nascida é frágil: conjunto desorganizado de pulsões, instintos, capacidades perceptivas e motoras
· A tendência natural é que o bebê progrida em seu desenvolvimento, integrando-se e formando uma imagem unificada de si e do mundo
· O núcleo do self verdadeiro: emana da vida da qual estão dotados todos os tecidos do corpo e da ação das funções corporais e não reage aos estímulos externos (narcisismo primário)
· O verdadeiro self é a pessoa que é eu e apenas eu, e que se constrói a partir do emprego de suas tendências inatas
· O gesto espontâneo é o self verdadeiro em ação. Só o verdadeiro self pode ser criador e só o self pode ser sentido como real
· O self espontâneo é desprovido das máscaras sociais
· Quando o lactente desenvolve uma organização do ego que é adaptada ao ambiente, um aspecto submisso do self passa a existir no viver normal: as boas maneiras sociais
Graus do falso self:
1. Em um extremo: o falso self se implanta como real. Neste extremo o verdadeiro self permanece oculto
2. Menos extremo: o falso self defende o self verdadeiro; o self verdadeiro, contudo, é percebido como potencial e é permitido a ele ter uma vida secreta
3. Mais para o lado da normalidade: o falso self tem como interesse principal a procura de condições que tornem possível ao self verdadeiro emergir
4. Ainda mais para o lado da normalidade: o falso self é construído sobre identificações
5. Na normalidade: o falso self é responsável pela organização integral da atitude social polida e amável
Da dependência à independência no desenvolvimento do indivíduo:
- maturidade implica crescimento pessoal e socialização
· O adulto é capaz de satisfazer suas necessidades pessoais sem ser anti-social
· Assume responsabilidades pela manutenção ou modificação da sociedade
A independência nunca é absoluta, assim o indivíduo normal não se torna isolado; o indivíduo e o ambiente são interdependentes
Aula dia 21/10
AGRESSIVIDADE
· É inerente a condição humana
· Só é desenvolvida se durante seu processo de desenvolvimento a mesma tiver sido experenciada
· Agressividade a favor da vida: manifestada como iniciativa, aproveitamento de oportunidades, vontade de realizar, impulsão de vida
· Timidez excessiva: agressividade reprimida
· Se tem uma tendência inata, mas só se torna pertencente ao indivíduo se for experenciada e aceita, integrada
· Quando reprimida pode gerar vários sintomas, como a baixa-autoestima e até mesmo se tornar uma agressividade extrema em outros contextos
· O retraimento é tão agressivo quanto a agressividade externalizada
· Ser roubado é tão agressivo quanto roubar, por conta do sentimento sentido
· Motilidade: vitalidade, energia motora é uma agressividade sem raiva
https://youtu.be/8Nfm5-vzeY8
winnicott- agressividade é um movimento natural de nosso ser
a agressividade não é algo que deve ser contido e reprimido, ela deve ser integrada e nós devemos nos apropriarmos dela para transformar essa energia e fazer um bom uso, um uso saudável dela.
Se o ambiente entende qualquer manifestação de agressividade como uma coisa ruim, a tendencia é de que o bebê entenda estas movimentações naturais dentro de si como uma coisa ruim, assim tem a tendencia de reprimir aquilo que é próprio de seu ser.
Enxergar a agressividade como perigosa faz com que a todo momento tenhamos que manter a agressividade guardada, porém em algum momento esta agressividade virá a tona, desse jeito quando ela surgir ela virá de forma destruidora.
A agressividade é aquilo que nos permite colocar limites
Para nos proteger desta agressividade reprimida, a mesma é projetada no outro.
Aula dia 28/10/2021
Winnicott não atendia apenas crianças, ele usava suas teorizações para o atendimento
Brincar para Winnicott: qualifica o brincar de uma maneira conceitual, o brincar é um aspecto universal da natureza humana, ainda que nem todos estejam de posse dessa possibilidade.
Para ele o brincar em si é terapêutico, é no brincar que a criança e o adulto fruem sua liberdade de criação.
Transicionalidade: momento em que o bebê começa a se separar da mãe, a confiança que o bebê tem dessa fidedignidade, durante certo período de tempo origina essa confiança e autonomia para essa separação, alcançando essa maturidade.
É no brincar, somente no brincar, que o indivíduo, criança ou adulto, pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral: e é somente sendo criativo que o indivíduo descobre o eu (self).
No entanto, essa capacidade ou possibilidade não é uma conquista definitiva, mas sempre instável.
· Quando o paciente não consegue brincar, o analista deve trabalhar para levá-lo a conquistar essa possibilidade
· Brincar é sinônimo de estar- com
· O brincar e a brincadeira do adulto dizem respeito a uma determinada relação com o mundo, com o trabalho, com as pessoas com quais convive, com suas atividades, etc.
· O objetivo do brincar, em essência não é o riso ou o prazer, isso é secundário em relação ànecessidade de ser e continuar sendo, que se realiza pelo gesto espontâneo próprio ao...
· 
· Digamos que na saúde, que é quase sinônimo de maturidade, o adulto é capaz de se identificar com a sociedade sem sacrifício demasiado da espontaneidade pessoal.
04/11/2021
Winnicott privilegia o ódio como um dos reguladores dessa relação. O analista terá que se haver com o ódio que o paciente lhe causa e com os modos pelos quais essa sensação determinará uma reconfiguração na forma como interpreta e escuta.
Intersubjetividade: (subjetividade que depende do outro) uma comunicação inconsciente entre os psiquismo do analista e do analisando, o que produziria efeitos em ambos no andamento da análise. Essa comunicação ocorreria em outro lugar, em um espaço do psiquismo do analista e uma parte do psiquismo do analisando, não pertencendo nem a um, nem a outro, mas aos dois: um espaço-entre (space in between). A criação se dá no espaço compartilhado e não é de um e nem de outro. 
Espaço potencial: espaço como o lugar privilegiado entre o dentro e o fora, o interno e o externo, entre o mundo dos objetos e o próprio self.
Winnicott afirma que o manejo de um paciente psicótico é irritante e gerador de ódio, tanto para o psicanalista quanto para outros profissionais que estão envolvidos no caso deste paciente. Por isso a importância da analise pessoal do analista, para que seu ódio pelo paciente psicótico possa ser discernível e consciente e para que essa pesada carga emocional não inviabilize o seu trabalho
Contratransferência: é como um sentimento hostil e inevitável que surge no analista, a partir do contato com o paciente, e que precisa ser discernido, reconhecido e tornado consciente, justamente para que a conduta do profissional não seja pautada por uma reação a esse conteúdo.
Manter a postura profissional quer dizer manter uma distância entre si e o paciente
O psicólogo não é obrigado a seguir com todos os casos, mas sim se sentir verdadeiro, caso o contrário deve-se encaminhar o caso para outro profissional
Tripé da psicanálise: análise pessoal- supervisão- teoria
REVISÃO 11/11/2021
Melanie Klein: tem como princípio que a vida psíquica se organiza tanto em sua evolução como em seu funcionamento, em volta de duas posições fundamentais esquizoparanóide e depressiva.
aula 14-10 - 
DESENVOLVIMENTO_DO_SELF (1).pdf
 
 
DESENVOLVIMENTO DO SELF 
 
Professor: Mohamad A. A. Rahim 
Quadro sinóptico baseado na referência bibliográfica sugerida em cada aula 
 
• O self da criança recém-nascida é frágil: conjunto desorganizado de 
pulsões, instintos, capacidades perceptivas e motoras 
 
• A tendência natural é que o bebê progrida em seu desenvolvimento, 
integrando-se e formando uma imagem unificada de si e do mundo 
 
• O papel da mãe é prover o bebê de um ego auxiliar que lhe permita 
integrar suas sensações corporais, os estímulos ambientais e suas 
capacidades nascentes 
 
• A mãe protege, com seu próprio apoio, o débil núcleo do self infantil 
 
• Núcleo do self verdadeiro: emana da vida da qual estão dotados todos os 
tecidos do corpo e da ação das funções corporais e não reage aos estímulos 
externos(narcisismo primário) 
 
• O verdadeiro self é a pessoa que é eu e apenas eu, e que se constrói a partir 
do emprego de suas tendências inatas 
 
• O gesto espontâneo é o self verdadeiro em ação. Só o verdadeiro self pode 
ser criador e só o verdadeiro self pode ser sentido como real 
 
• Quais as consequências para o desenvolvimento do verdadeiro self quando 
a mãe não fornece a proteção necessária ao frágil ego do recém-nascido? 
 
• A criança percebe esta falha ambiental como uma ameaça à sua 
continuidade existencial 
 
• Pouco a pouco, a criança procura substituir a proteção que lhe falta 
por uma “fabricada” por ela 
 
• O indivíduo se desenvolve mais como extensão da casca do que do 
núcleo, como extensão do meio atacante 
 
• O self verdadeiro permanece escondido, ocultado pelo self falso 
 
• A mãe suficientemente boa alimenta a onipotência do lactente, enquanto a 
mãe que não é suficientemente boa não é capaz de complementar esta 
onipotência 
 
• Ao invés de satisfazer o gesto do bebê, a mãe o substitui por seu próprio 
gesto, que deve ser validado pela submissão do mesmo 
 
• Esta submissão do lactente é a fase inicial do falso self 
 
• O protesto contra ser forçado a uma falsa existência pode ser discernido 
desde os estágios iniciais: irritabilidade generalizada, distúrbios da 
alimentação e outros 
 
• A existência do falso self resulta em uma sensação de irrealidade e em um 
sentimento de futilidade 
 
• Quando o lactente desenvolve uma organização do ego que é adaptada ao 
ambiente, um aspecto submisso do self passa a existir no viver normal: as 
boas maneiras sociais 
 
GRAUS DE FALSO SELF 
 
1. Em um extremo: o falso self se implanta como real. Neste extremo o 
verdadeiro self permanece oculto 
 
2. Menos extremo: o falso self defende o self verdadeiro; o self verdadeiro, 
contudo, é percebido como potencial e é permitido a ele ter uma vida 
secreta 
 
3. Mais para o lado da normalidade: o falso self tem como interesse principal 
a procura de condições que tornem possível ao self verdadeiro emergir 
 
4. Ainda mais para o lado da normalidade: o falso self é construído sobre 
identificações 
 
5. Na normalidade: o falso self é responsável pela organização integral da 
atitude social polida e amável 
	DESENVOLVIMENTO DO SELF
	Professor: Mohamad A. A. Rahim
	GRAUS DE FALSO SELF
aula 14-10 - 
DA_DEPENDENCIA_A_INDEPENDENCIA_NO_DESENVOLVIMENTO_DO_INDIVIDUO (1).pdf
DA DEPENDÊNIA À INDEPENDÊNCIA NO 
DESENVOLVIMENTO DO INDIVÍDUO 
Professor responsável: Mohamad A. Abdul Rahim 
Quadro sinóptico baseado na bibliografia sugerida em cada aula 
 
1. Introdução 
 
• Maturidade implica crescimento pessoal e socialização 
 
• O adulto é capaz de satisfazer suas necessidades 
pessoais sem ser anti-social 
 
• Assume responsabilidades pela manutenção ou 
modificação da sociedade 
 
• A independência nunca é absoluta 
 
• O indivíduo normal não se torna isolado 
 
• Indivíduo e ambiente são interdependentes 
 
2. Três Categorias 
 
A- Dependência Absoluta 
 
• No início, o lactente é completamente dependente da 
provisão física 
 
• Mas em termos de psicologia, o lactente é ao mesmo 
tempo dependente e independente 
 
• O ambiente não faz a criança 
 
• Na melhor das hipóteses possibilita à criança 
concretizar seu potencial 
 
• O termo “processo de maturação” se refere: 
 
• À evolução do ego e do self 
 
• Inclui a história completa do id, dos instintos e suas 
vicissitudes 
 
• Às defesas do ego relativas ao instinto 
 
• A mãe e o pai não produzem um bebê como um artista 
produz um quadro 
 
• Precisam se adaptar ao processo de maturação da criança 
 
• Esta adaptação é complexa e traz exigências aos pais 
 
• A “preocupação materna primária” 
 
• A provisão é feita naturalmente para as necessidades da 
criança, o que significa um alto grau de adaptação 
 
• Necessidades instintivas e do ego 
 
• A mãe protege o vir-a-ser do bebê 
 
• Gradativamente, a mãe retoma sua própria independência 
e introduz pequenas “falhas” que levam o bebê a estrilar 
 
• Na dependência absoluta o lactente não tem modo de se 
conscientizar da provisão materna 
 
B- Dependência Relativa 
 
• O lactente pode tomar conhecimento da dependência 
 
• Estágio de adaptação a uma falha gradual dessa mesma 
adaptação 
 
• Há o começo da compreensão intelectual 
 
• O mundo deve ser apresentado continuamente à criança 
 
• Por um ser humano devotado ao lactente 
 
• O lactente começa a saber em sua mente que a mãe é 
necessária 
 
• Experimenta acentuada ansiedade diante da 
separação 
 
• Após os dois anos, iniciam-se novos desenvolvimentos, e 
esses habilitam a criança a lidar com a perda. 
C- Rumo à Independência 
 
• A criança se torna gradativamente capaz de se defrontar 
com o mundo 
 
• Desenvolve-se uma verdadeira independência 
 
• A criança é capazde viver uma existência pessoal 
 
• Este estágio descreve os esforços da criança pré-escolar e 
da criança na adolescência 
	A- Dependência Absoluta
	B- Dependência Relativa
aula-21-10.pdf
AULA PSICANÁLISE 
PROFA CYBELE MORETTO 
21-10-2021 
 
WINNICOTT (1993) Capítulo 16: A agressividade em relação o 
desenvolvimento emocional (1950/55). In: WINNICOTT, D. W. Da Pediatria 
à Psicanálise. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora, 1993. 
 
DIAS, Elsa Oliveira. Winnicott: agressividade e teoria do amadurecimento. Nat. 
hum., São Paulo , v. 2, n. 1, p. 9-48, jun. 2000 . Disponível em 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517- 
 
1. A agressividade é inerente à natureza humana e, portanto, inata. 
 
2. A agressividade que é natural aos seres humanos não tem uma única raiz. 
Ao contrário, tem várias naturezas e diferentes formas de manifestação 
 
3. Embora inerente, a agressividade só se desenvolverá, e se tornará parte do 
indivíduo, se lhe for dada a oportunidade de experienciá-la de acordo com a 
sua necessidade e emergência no processo de amadurecimento. Para 
Winnicott, é a atitude do ambiente com relação à agressividade do bebê que 
influencia de maneira determinante o modo como este irá lidar com a tendência 
agressiva que faz parte da sua natureza humana. 
 
“A principal idéia que este estudo da agressão veicula é que, se a sociedade 
está em perigo, a razão não se encontra na agressividade do homem mas 
na repressão da agressividade pessoal nos indivíduos”. (Winnicott, 1958b, p. 
355) 
4. Se o ambiente fornece cuidados satisfatórios e se mostra capaz de 
reconhecer, aceitar e integrar essa manifestação do humano, a fonte de 
agressividade - que, no início, é motilidade e parte do apetite - torna-se 
integrada à personalidade total do indivíduo e será elemento central em sua 
capacidade de relacionar-se com outros, de defender seu território, de brincar e 
de trabalhar. 
 
5.Se não for integrada, a agressividade terá que ser escondida (timidez, 
autocontrole) ou cindida, ou ainda poderá redundar em comportamento anti-
social, violência ou compulsão à destruição. 
 
6. Pressuposto: Qualquer potencialidade do indivíduo só se torna dele se for 
experienciada. Não há, em Winnicott, uma instância abstrata (e substancial) 
que predetermina os modos de ser do homem. 
 
7. A fraqueza, o retraimento, a omissão são tão agressivos quanto a 
manifestação aberta de agressividade. Ser roubado é tão agressivo quanto 
roubar. Suicídio é fundamentalmente igual a assassinato (1958b, p. 355). 
 
8. Em vez de ser manifestação de forças ou afetos operando 
intrapsiquicamente, a agressividade e a destrutividade, na obra de Winnicott, 
estão relacionadas à questão da constituição da realidade externa. 
 
"a agressão está sempre ligada ao estabelecimento de uma distinção entre o 
que é eu e o que é não-eu" (Winnicott 1964d, p. 98). 
9. W. formula a destrutividade, sem raiva, que se transforma, caso o objeto 
sobreviva, em capacidade para a destruição potencial, isto é, destruição na 
fantasia inconsciente. É através dessa destruição que o indivíduo cria a 
externalidade do mundo e chega à capacidade de usar o objeto. Sem essa 
conquista, pode ocorrer de o indivíduo jamais chegar à realidade do amor e do 
ódio referido a outra pessoa, nem chegar à destrutividade inerente à sua 
natureza e que é a única base verdadeira para a capacidade de amar e de 
construir, também pertencente à natureza humana. 
 
aula-psicanalise-07-1
0.pdf
VIDA E OBRA DE 
WINNICOTT
Profa. Dra. Cybele Moretto
DONALD WOODS WINNICOTT 
Inglaterra (1896 – 1971) 
Nascido em uma família rica e aparentemente feliz
Estudou Biologia, e depois Medicina, especializando-se na área da Pediatria (tendo 
atuado por 40 anos)
Trabalhou em um hospital em Londres, como pediatra, psiquiatra e psicanalista 
infantil; 
Sua obra foi dedicada à construção da teoria do amadurecimento pessoal; 
Foi o primeiro Psicanalista pediatra da história
Inspirações Teóricas 
Procurou por Melanie Klein após indicação de seu analista pessoal James 
Stranchey; 
Afinizou-se pelo estudo do desenvolvimento infantil; 
Com o passar dos anos, Winnicott critica a concepção de sua mestre e desenvolve o 
próprio pensamento teórico e clínico; 
Enquanto Klein não concentrava sua atenção no ambiente, para Winnicott este era 
fundamental; 
Principais Conceitos 
De acordo com Winnicott todo ser humano tem potencial para o desenvolvimento, e 
este é alcançado através da relação com o ambiente 
O ser humano traz em si uma tendência inata a se desenvolver e a se 
unificar;
• Através do processo de maturação esta tendência se atualiza: 
desenvolvimento do id, ego e superego;
• É o ambiente(inicialmente representado pela mãe) que permite ou entrava o
livre desenrolar desses processos;
O DESENVOLVIMENTO E A RELAÇÃO MÃE-BEBÊ 
• A criança nasce indefesa, desintegrada e percebe de maneira 
desorganizada os estímulos do meio; 
• O bebê acha-se num estado de total dependência do meio 
• Em sua mente, ele e o meio são uma coisa só 
• A tarefa da mãe é oferecer um suporte adequado para que as 
condições inatas alcancem um desenvolvimento ótimo
A adaptação da mãe a essas necessidades do bebê concretiza-se 
através de três funções maternas: 
- a apresentação do objeto: do seio ou da mamadeira no momento 
certo, dando ao bebê a ilusão de que é onipotente a ponto de criar 
o objeto; 
- - o holding: a sustentação: a mãe protege o bebê dos perigos 
físicos, através dos cuidados cotidianos e da rotina. A mãe sustenta 
o bebê física e psicologicamente; 
- - o handling : manipulação do bebê enquanto ele é cuidado
A PREOCUPAÇÃO MATERNA PRIMÁRIA 
• Uma sensibilidade exacerbada durante e principalmente ao final da 
gravidez e que dura até algumas semanas após o nascimento; 
• A mãe passa a se preocupar com o bebê a ponto de excluir qualquer 
outro interesse, de maneira normal e temporária; 
• A mãe que desenvolve este estado fornece um contexto em que as 
tendências ao desenvolvimento comecem a desdobrar-se, e para 
que o bebê comece a experimentar movimentos espontâneos; 
• As falhas da mãe não são sentidas como tal, mas como ameaças à 
existência pessoal do eu
“Descobrimos que os indivíduos vivem 
criativamente e sentem que a vida 
merece ser vivida ou, então, que não 
podem viver criativamente e tem 
dúvidas sobre o valor de viver” (1971)

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