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FARMACOLOGIA APLICADA Lucimar Filot da Silva Brum Fármacos que afetam o sistema nervoso central: antipsicóticos e lítio Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Descrever o mecanismo de ação, os usos clínicos e os efeitos adversos dos fármacos antipsicóticos. Reconhecer o mecanismo de ação e os efeitos adversos do lítio e iden- ti� car outros fármacos usados no tratamento do transtorno bipolar. Relacionar os níveis plasmáticos do lítio aos sinais de toxicidade in- duzida por ele. Introdução A esquizofrenia, transtorno psicótico mais comum na psiquiatria, é carac- terizada por ilusões, alucinações e transtornos de fala ou pensamento. Ela afeta indivíduos jovens e é um transtorno crônico e incapacitante, com forte componente genético e alterações bioquímicas, provavelmente, devido à disfunção das vias neuronais dopaminérgicas mesolímbicas ou mesocorticais. Por outro lado, no transtorno bipolar, há uma oscila- ção de humor, em que o paciente pode apresentar episódios de mania (caracterizada por entusiasmo, extrema autoconfiança e diminuição da autocrítica) alternados com episódios depressivos. Os fármacos antipsicóticos (neurolépticos) são usados, principalmente, para tratar esquizofrenia, mas também são eficazes em pacientes em estado de mania com sintomas psicóticos (p.ex., paranoia, delírio e alu- cinações). Os efeitos dos fármacos antipsicóticos (neurolépticos) típicos são resultantes, principalmente, do bloqueio dos receptores dopaminér- gicos (D2), enquanto os efeitos dos fármacos antipsicóticos atípicos estão relacionados ao bloqueio dos receptores serotoninérgicos (5-HT2A). Tais agentes apresentam inúmeros efeitos adversos, o que torna a adesão http://p.ex/ do paciente a uma terapia antipsicótica de longo prazo um problema clínico importante. O lítio, considerado como um estabilizador do humor, é usado profilaticamente para o tratamento do transtorno bipolar (maníaco- -depressivo) e nos episódios de mania. Além de lítio, os fármacos antie- pilépticos (ácido valproico, carbamazepina e lamotrigina) e os agentes antipsicóticos atípicos são fármacos de primeira linha para o tratamento da doença bipolar. Neste capítulo, vamos abordar os mecanismos de ação e os efeitos adversos dos fármacos usados no tratamento da esquizofrenia, do trans- torno bipolar e da mania. Fármacos antipsicóticos Os fármacos antipsicóticos são divididos em dois grandes subgrupos, os quais são denominados de antipsicóticos típicos (primeira geração) e antipsicóticos atípicos (segunda geração). Antipsicóticos de primeira geração, são os fárma- cos mais antigos e são classifi cados em subgrupos de acordo com a estrutura química, onde temos as fenotiazinas (p. ex., clorpromazina, tioridazina, fl u- fenazina), tioxantenos (p. ex., tiotixeno) e butirofenonas (p. ex., haloperidol). Os fármacos antipsicóticos de segunda geração (antipsicóticos atípicos) são de estrutura química variada, mas apresentam eficácia no tratamento da esquizofrenia (p.ex., clozapina, loxapina, olanzapina, risperidona, quetiapina, ziprasidona e aripiprazol). As principais características e vantagens dos an- tipsicóticos atípicos sobre os antipsicóticos típicos estão relacionadas a uma menor afinidade pelos receptores dopaminérgicos do tipo D2 e, consequente, à melhoria da eficácia e à menor incidência de efeitos adversos, como a sedação, a ação hipotensora e os efeitos extrapiramidais (bradicinesia, rigidez e tremor). O Quadro 1 apresenta exemplos dos principais fármacos antipsicó ticos, suas potê ncias clí nicas e o grau de alguns dos efeitos adversos. Com relação à farmacocinética, os fármacos antipsicóticos são bem-ab- sorvidos quando administrados por via oral e, devido à alta lipossolubilidade, penetram rapidamente no sistema nervoso central (SNC) e na maioria dos outros tecidos do corpo. Tais fármacos são metabolizados pelas enzimas hepáticas e possuem grande tempo de meias-vidas plasmáticas que permitem uma única administração ao dia. Muitos são extensivamente ligados a proteínas plasmáticas, que predispõem ao risco de interações medicamentosas quando Fármacos que afetam o sistema nervoso central: antipsicóticos e lítio2 http://p.ex/ administrados concomitantemente a outro fármaco com maior afinidade pelas proteínas plasmáticas. Fonte: Panus et al. (2011). Fármaco Potência clínica Toxicidade extrapiramidal Ação sedativa Ação hipotensora Clorpromazina Baixa Média Alta Alta Flufenazina Alta Alta Baixa Muito baixa Tiotixeno Alta Média Média Média Haloperidol Alta Muito alta Baixa Muito baixa Clozapina Média Muito baixa Baixa Média Risperidona Alta Baixa1 Baixa Baixa Olanzapina Alta Muito baixa Média Baixa Quetiapina Baixa Muito baixa Média Baixa a média Ziprasidona Média Muito baixa Baixa Muito baixa Aripiprazol Alta Muito baixa Muito baixa Baixa ¹ Em doses inferiores a 8 mg/dia. Quadro 1. Fármacos antipsicóticos, suas potências clínicas e a gravidade de alguns dos efeitos adversos. Mecanismo de ação Com relação à fi siopatologia, existe uma hipótese da infl uência da neuro- transmissão dopaminérgica, a qual propõe que o transtorno seja provocado pela excessiva atividade funcional do neurotransmissor dopamina em tratos neurológicos, em especial nas regiões mesolímbica, mesocortical ou nigroes- triatal no cérebro. A hipótese está fundamentada em observações de que muitos antipsicóticos efi cazes no tratamento da esquizofrenia atuam por intermédio do bloqueio dos receptores de dopamina no cérebro (sobretudo os receptores D2) e que fármacos agonistas dopaminérgicos (p.ex., anfetamina, levodopa) exacerbam a esquizofrenia. 3Fármacos que afetam o sistema nervoso central: antipsicóticos e lítio http://p.ex/ Existem cinco receptores dopaminérgicos conhecidos (D1 a D5), sendo cada um deles um membro da classe de receptor acoplado à proteína G. A eficácia terapêutica da maioria dos antipsicóticos de primeira geração tem correlação com sua relativa afinidade pelo receptor D2. Por outro lado, o bloqueio dos receptores D2 também está relacionado com os efeitos adversos extrapiramidais, como, por exemplo, a discinesia tardia, a rigidez e o tremor. A maioria dos fármacos antipsicóticos atípicos possui maior afinidade por outros receptores, como, por exemplo, pelo receptor dopaminérgico D4 ou receptor serotoninérgico 5-HT2A, mas estes também podem atuar em sistemas de neurotransmissão colinérgica (receptores muscarínicos), neurotransmissão noradrenérgica (receptor α1) e neurotransmissão histaminérgica (receptor H1). Com exceção do haloperidol, todos os antipsicóticos bloqueiam, em alguma extensão, os receptores H1 da histamina. O Quadro 2 apresenta a afinidade e a ação dos bloqueios de diferentes receptores por fármacos antipsicóticos. Fonte: Panus et al. (2011). Fármaco Bloqueio D2 Bloqueio D4 Bloqueio α1 Bloqueio 5-HT2 Bloqueio M Bloqueio H1 A maioria das fenotiazinas e tioxantinas ++ - ++ + + + Tioridazina ++ - ++ + +++ + Haloperidol +++ - + - - - Clozapina - ++ ++ ++ ++ + Molindona ++ - + - + + Olanzapina + - + ++ + + Quetiapina + - + ++ + + Risperidona ++ - + ++ + + Ziprasidona ++ - ++ ++ - + Aripiprazol1 + + + ++ - + 1Agonista parcial dos receptores D2 e 5-HT1A, bem como atividade antagonista nos recepto- res 5-HT2A+, bloqueio; -, sem efeito. O número de sinais positivos indica a intensidade do blo- queio do receptor D2 dopamínico; M2 muscarínico; H2 histamínico; 5-HT1 serotoninérgico. Quadro 2. Afinidade e ação de bloqueios de diferentes receptores por fármacos antipsi- cóticos. Fármacos que afetam o sistema nervoso central: antipsicóticos e lítio4 Uso clínico O principal uso clínico dos antipsicóticos é no tratamento da esquizofrenia. Tais fármacos têm se mostrado efi cazes na redução dos sintomas positivos da esquizofrenia (hiperatividade, ideias bizarras, alucinações e ilusões). Fármacos antipsicóticos atípicos também se mostram eficazes na melhora dos sintomas negativos (embotamento e isolamento social). Os antipsicóticos também são frequentemente usados com o lítio no tra- tamento inicial da mania. Por exemplo, a olanzapina tem sido usada como monoterapia na fase maníaca e age com estabilizador do humor no transtorno bipolar. Os antipsicóticos também são usados no controle dos sintomas psicóti- cos dos transtornos esquizoafetivos, na síndrome de Tourette e para o controle das psicoses tóxicas provocadas pela overdose de certos estimulantes do SNC. Os antipsicóticos atípicos são utilizados para aliviar os sintomas psicóticos nos pacientes com doença de Alzheimer ou de Parkinson. Efeitos adversos Os efeitos adversos mais comumente relacionados aos antipsicóticos típicos são as distonias, os sintomas semelhantes à doença de Parkinson, a agitação e a intranquilidade motora e a discinesia tardia (movimentos involuntários de língua, lábios, pescoço, tronco e membros), os efeitos decorrentes do bloqueio de receptores dopaminérgicos na via nigroestriatal e os denominados de efeitos adversos extrapiramidais. A maioria dos efeitos adversos dos fármacos antipsicóticos é decorrente de suas próprias ações farmacológicas devido aos bloqueios de receptores de inúmeros sistemas neurotransmissores. O Quadro 3 apresenta os efeitos adversos induzidos por antipsicóticos nos diversos sistemas fisiológicos, bem como os mecanismos responsáveis por tais efeitos adversos. 5Fármacos que afetam o sistema nervoso central: antipsicóticos e lítio Fonte: Fonte: Panus et al. (2011). Tipo Manifestações Mecanismo Sistema nervoso autônomo Perda da acomodação, boca seca, dificuldade de urinar, prisão de ventre Bloqueio do colinorreceptor muscarínico Hipotensão ortostática, impotência, impossibilidade de ejacular Bloqueio do α-adrenorreceptor Sistema nervoso central Pseudoparkinsonismo, acatisia e distonias Bloqueio do receptor dopaminérgico Discinesia tardia Supersensibilidade dos receptores muscarínicos Estado tóxico de confusão Bloqueio muscarínico Sistema endócrino Amenorreia- -galactorreia, infertilidade e impotência Bloqueio do receptor muscarínico que resulta em hiperprolactinemia Outros Ganho de peso Possível bloqueio combinado de H1 e 5-HT2 Quadro 3. Mecanismos dos efeitos adversos dos fármacos antipsicóticos. Alguns pacientes usuários de antipsicóticos são mais sensíveis aos efeitos extrapirami- dais desencadeados pelos antipsicóticos e podem desenvolver síndrome neuroléptica maligna fatal. Os sintomas incluem: rigidez muscular, comprometimento da transpiração, hiperpirexia e instabilidade autonômica. O tratamento medicamentoso envolve o uso imediato de dantroleno e agonistas dopaminérgicos. Fármacos que afetam o sistema nervoso central: antipsicóticos e lítio6 Lítio e outros fármacos usados no transtorno bipolar O transtorno bipolar (maníaco-depressivo) é uma condição psiquiátrica debili- tante, que é caracterizada por episódios cíclicos de mania e depressão. Alguns pacientes podem também apresentar sintomas de esquizofrenia paranoica. Embora ainda não se conheça exatamente a causa biológica responsável pelo distúrbio, postula-se uma forte infl uência da neurotransmissão das catecolami- nas na fase maníaca. O sistema glutamaté rgico e o sistema colinérgico também parecem estar envolvidos no transtorno. Apesar da gravidade do transtorno bipolar, atualmente ainda são poucas as opç õ es de tratamento farmacológico. O carbonato de lítio tem sido indicado como um fármaco para tratar a mania, porém, a sua maior efi cácia clínica é como agente estabilizador de humor, ou seja, na prevenção da oscilação de humor e da precipitação de episódios de mania. Mais recentemente, têm sido empregados outros fármacos no tratamento do transtorno bipolar, entre eles, pode-se citar a quetiapina, a carbamazepina, o clonazepam, a olanzapina e o ácido valproico. Todos os medicamentos disponíveis, exceto o lítio, foram desenvolvidos com o objetivo de tratar a depressã o unipolar, a esquizofrenia e a epilepsia. Apenas dois fá rmacos apresentam propriedades comprovadas de estabilização do humor, que são o lí tio e a quetiapina, os demais fármacos sã o eficazes no tratamento agudo da mania (á cido valproico, paliperidona, olanzapina, risperidona) e da depressã o (lamotrigina) e na profilaxia da depressã o (olan- zapina e lamotrigina) e da mania (á cido valproico, olanzapina, ziprazidona e risperidona). Mecanismo de ação O mecanismo de ação do lítio não está bem esclarecido, mas existem três possíveis mecanismos: efeito sobre o eletrólito e transporte de íons; efeito sobre os neurotransmissores e sua liberação; um efeito sobre os segundos mensageiros e enzimas intracelulares que medeiam as ações dos transmissores. Entretanto, uma das aç õ es mais bem esclarecidas do mecanismo de ação do lítio é o seu efeito sobre os inositol fosfatos, que inibe a reciclagem dos 7Fármacos que afetam o sistema nervoso central: antipsicóticos e lítio fosfoinosití dios nas membranas neuroló gicas envolvidas na geraç ã o do trifos- fato de inositol (IP3) e do diacilglicerol (DAG). Esses segundos mensageiros sã o importantes na neurotransmissã o das aminas, como as neurotransmissõ es mediadas pelos adrenorreceptores centrais e receptores muscarí nicos (Figura 1). Figura 1. Efeito do lítio sobre o sistema de segundo mensageiro trifosfato de inositol (IP3) e diacilglicerol (DAG). O diagrama mostra a membrana sináptica de um neurônio no cérebro (PLC, fosfolipase C; G, proteína acopladora; R, receptor; Efeitos, ativação da proteinoquinase C, mobilização do Ca+2 intracelular, etc.). Ao interferir na reciclagem dos substratos do inositol, o lítio pode provocar a depleção da fonte do segundo mensageiro IPI2 e reduzir a liberação de IP3 e DAG. O lítio também pode agir por meio de outros mecanismos. Fonte: Panus et al. (2011). Inositol Lítio EFEITOS Lítio IP1 IP2 PIP2PIP PI Externo Receptor R PLC G DAG IP3 Efeitos adversos Em níveis terapêuticos, o lítio pode desencadear efeitos neurológicos adversos (tremores, sedação, ataxia e afasia). No sistema renal, o lítio pode desenca- dear retenção de sódio e causar edema. Alguns pacientes podem apresentar erupções acneiformes no início do tratamento. A leucocitose também é um efeito adverso observado durante o tratamento com lítio. É contraindicado o uso de lítio durante a amamentação e na gestação, pois já foram divulgados casos de anomalias cardíacas congênitas (anomalia de Ebstein). Fármacos que afetam o sistema nervoso central: antipsicóticos e lítio8 Relação dos níveis plasmáticos do lítio com os sinais de toxicidade induzida por lítio O lítio é rápida e completamente absorvido do intestino. Ele se distribui por todo o líquido corporal e não é metabolizado, sendo eliminado pelos rins em uma velocidade lenta, correspondente a um quinto da velocidade de elimina- ção da creatinina. Sua meia-vida é de 20h e os níveis plasmáticos devem ser monitorados, especialmente durante as primeiras semanas de tratamento, para estabelecer um regime de dosagem efi caz e seguro, pois o acúmulo de lítio no corpo é responsável pelos principais problemas relacionados ao seu uso. Nesse contexto, sempre que se prescreve sais de lítio, deve-se ter em mente que seu uso será prolongado, provavelmente para a vida toda, exceto nos casos em que não se obtenha boa adaptação e controle eficaz dos sintomas dos transtornos do humor. Portanto, uma avaliação clínico-laboratorial deve ser realizada, de preferência antes do início do uso do lítio ou tão logo seja possível. Devem ser avaliados: a função renal, principal meio de excreção do lítio, a função tireoidiana, cuja alteração pode estar associada ao uso de lítio, a glicemia de jejum, o hemograma completo, os eletrólitos e o eletrocardiograma em portadores de cardiopatia e em indivíduos acima de 40 anos. Também é importante solicitar β-HCG para mulheres em idade fértil sem usode método contraceptivo. De modo geral, na ausência da necessidade de cuidados mais rigorosos, a realização de exames a cada 3 ou 6 meses é suficiente para um controle adequado. A dose de lítio necessária para manter um nível sérico terapêutico (0,5-1,2mEq/L) depende da idade, do peso, das medicações em uso e das condições clínicas associadas. Crianças e idosos são mais susceptíveis aos efeitos colaterais. O risco de intoxicação aumenta com a presença de fatores que levam à desidratação, ao uso de medicações que alteram o nível sérico do lítio (p.ex., anti-inflamatórios não esteroidais, teofilina, valproato, inibidores da ECA) e ao uso de maior quantidade de lítio que a prescrita. Níveis acima de 1,5mEq/L estão frequentemente relacionados a sinais clínicos de intoxicação, enquanto nos níveis acima de 2,0mEq/l, as alterações podem ser graves, com risco de arritmias cardíacas, estados confusionais, ataxia, convulsão, diminui- ção do nível de consciência e coma. O tratamento pode requerer hemodiálise, se houver insuficiência renal com objetivo de acelerar a eliminação do lítio. 9Fármacos que afetam o sistema nervoso central: antipsicóticos e lítio http://p.ex/ 1. Uma adolescente de 16 anos iniciou, recentemente, um tratamento com pimozida. Ela foi levada à emergência por seus familiares, pois, nos últimos dias, vem apresentando tiques, com contrações prolongadas dos músculos da face. Durante o exame, a paciente apresentou um quadro clínico semelhante ao efeito extrapiramidal. Qual dos seguintes fármacos seria benéfico na redução desses sinais? a) Bromocriptina. b) Lítio. c) Benzatropina. d) Proclorperazina. e) Ziprazidona. 2. Uma mulher de 35 anos foi diagnosticada com esquizofrenia. O tratamento está sendo avaliado entre agentes antipsicóticos atípicos e convencionais. Uma vantagem dos agentes antipsicóticos atípicos, em detrimento dos convencionais, é: a) o custo mais barato. b) a menor probabilidade de induzir discinesia tardia. c) a especificidade para o antagonismo em receptores D2. d) a menor probabilidade de causar diabetes. e) a menor probabilidade de indução de ganho de peso. 3. O efeito terapêutico do haloperidol é mediado, pelo menos em parte, pelo seu bloqueio de qual dos seguintes receptores? a) Receptores adrenérgicos do subtipo α1. b) Receptores dopaminérgicos do subtipo D2. c) Receptores histaminérgicos do subtipo H1. d) Receptores colinérgicos muscarínicos. e) Receptores serotoninérgicos 5-HT1. 4. Com relação ao tratamento do transtorno bipolar, assinale a afirmativa correta. a) O lítio tem uma ampla janela terapêutica, portanto, não é necessário mensurar as concentrações séricas de lítio rotineiramente para monitorar os níveis plasmáticos e a adesão ao tratamento, nem para avaliar a probabilidade de toxicidade. b) O lítio pode ser empregado no tratamento do transtorno bipolar durante a gestação. c) O lítio pode ser utilizado em pacientes hipertensos que fazem uso de diuréticos tiazídicos. d) Além do lítio, os fármacos antiepilépticos, o ácido valproico, a carbamazepina e a lamotrigina são substâncias que podem ser usadas para o tratamento do transtorno bipolar. e) O lítio exerce seu efeito farmacológico por meio do bloqueio dos receptores dopaminérgicos no SNC. 5. Um jovem de 15 anos foi diagnosticado com esquizofrenia. Qual dos seguintes antipsicóticos pode melhorar sua apatia e Fármacos que afetam o sistema nervoso central: antipsicóticos e lítio10 PANUS, P. C. et al. Farmacologia para fisioterapeutas. Porto Alegre: AMGH, 2011. Leituras recomendadas BRUNTON, L. L.; CHABNER, B. A.; KNOLLMANN, B. C. As bases farmacológicas da tera- pêutica de Goodman e Gilman. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012. CLARK, M. A. et al. Farmacologia ilustrada. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. HAMMER, G. D.; MCPHEE, S. J. Fisiopatologia da doença: uma introdução à medicina clínica. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016 KATZUNG, B. G. (Org.). Farmacologia básica e clínica. 13. ed. Porto Alegre: AMGH, 2017. MALLOY-DINIZ, L. F. et al. Neuropsicologia do transtorno bipolar em adultos. In: FUEN- TES, D. et al. Neuropsicologia: teoria e prá tica. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. cap. 14. PEGORARO, L. F. L.; CEARÁ , A. T.; FUENTES, D. Neuropsicologia das psicoses. In: FUENTES, D. et al. Neuropsicologia: teoria e prá tica. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. cap. 16. WHALEN, K.; FINKEL, R.; PANAVELIL, T. A. Farmacologia ilustrada. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. WILLIAMSON, E.; DRIVER, S.; BAXTER, K. Interações medicamentosas de Stockley: plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos. Porto Alegre: Artmed, 2012. Referência sua baixa afetividade, sintomas negativos característicos da esquizofrenia? a) Clorpromazina. b) Flufenazina. c) Risperidona. d) Haloperidol. e) Lítio. 11Fármacos que afetam o sistema nervoso central: antipsicóticos e lítio Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. Conteúdo:
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