Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Partograma Introdução • É uma representação gráfica em um plano cartesiano dos acontecimentos do trabalho de parto, permitindo avaliar a evo- lução, se a dilatação cervical esperada é pre- sente, descida da apresentação em relação ao tempo; • Permite: - Acompanhar e documentar a evolução; - Diagnosticar alterações; - Indicar condutas apropriadas; - Evitar intervenções desnecessárias; • Melhora o prognóstico materno fetal com a rápida detecção do trabalho de parto pro- longado e sua imediata intervenção defi- nindo determinadas condutas mais precoce- mente; • É uma forma de documentação discutível, considerando que, de acordo com a litera- tura, há poucos estudos de qualidade que permitam elaborar uma recomendação de- finitiva sobre o uso do partograma e afir- mar benefícios como redução das taxas de cesariana ou de mortalidade materna e neonatal; • Por ser muito difundido e, geralmente, bem aceito, parece razoável que a reco- mendação de uso seja localmente definida; • Baseada nos estudos de Friedman (1954): 500 mulheres no Hospital for Wo- men in New York; • Zhang (2010): estudo coorte multicên- trico com 60.000 parturientes. → • Eficaz e baixo custo; • Redução tempo trabalho de parto >18h (50%): o trabalho de uma primigesta pode durar em torno de 12-18h. Eventualmente, pode levar mais tempo e o partograma auxi- lia na correção desse tempo, para que o parto aconteça no menor tempo possível e com garantia de bom resultado para a mãe e para feto; • Redução taxa de cesáreas (5,2% para 3,7%); • Redução hemorragia pós-parto: um útero que fica muito tempo em trabalho de parto está em exaustão, podendo ter sangra- mento por dificuldade em fazer o globo de segurança de Pinard; • Redução rotura uterina: os fetos ma- crossômicos não atravessam a bacia mesmo com contração uterina, que tende a aumen- tar até ter rotura, causando danos graves maternos e fetais; • Redução trabalho de parto prolongado de 6,4% para 3,4%; • Redução de cesariana de 29,9% para 8,3%; • Redução de óbitos intraparto de 0,5 para 0,3; • Identificação de distocias, ou seja, ocor- rência de dificuldades na progressão fetal, que depende de: objeto (feto), trajeto (canal de parto) e motor (útero). Sempre que o parto não estiver progredindo, tem-se al- guma alteração em ao menos um dos três as- pectos. → • Avaliação subjetiva e variável; • Somente um instrumento de registro; • Não diz as condutas seguintes (apenas su- gere algo que possivelmente está ocor- rendo); • Baseado em estudos com feto único em apresentação cefálica: a evolução de uma gestação gemelar, por exemplo, pode ser igual ao trabalho de parto de um feto único, podendo também não ser. Marianne Barone (15A) Obstetrícia – Prof. Rafael Davi Botelho Estágios ou períodos do parto • O trabalho de parto é definido em estágios ou períodos. → • Fase latente: é a fase em que a paciente apresenta início de contrações irregulares e não efetivas, com pouca dilatação, desta forma, não tem internação; • Fase ativa: contrações efetivas e regulares que são capazes de modificar o colo; • Dilatação: aumenta devagar, até que evo- lui rapidamente e atinge a dilatação total (= permite expulsão do feto); • Curva de Friedman: durante a evolução do trabalho de parto, a primigesta normal- mente esvaece (afina) o colo e, depois, rea- liza sua dilatação. Enquanto, a multípara re- aliza o esvaecimento e dilatação ao mesmo tempo, apresentando uma mesma curva, com alteração apenas na descida (pode ser progressiva, mais rápida ou mais lenta); - Espera-se que o período de trabalho de parto, nas primigestas, aconteça em média com uma dilatação de 1cm/h; - Geralmente, o início da contração gera uma aceleração da dilatação; Friedman Nulípara Multípara Fase latente 16-20h 2-16h Fase ativa 4,9± 3,4h 1cm/h 2,2± 1,5h 1,5cm/h • Curva descrita por Zhang: a curva é di- ferente para a paciente em multíparas e nu- líparas, geralmente mais regular, ainda que, na multípara seja mais rápido; • Segundo Friedman, espera-se que o perí- odo de trabalho de parto nas primigestas aconteça em média com uma dilatação de 1cm/h, podendo ser um pouco mais retar- dado, de acordo com Zhang. Zhang Friedman Dilata- ção Nulí- para Multí- para Nulí- para Multí- para 4-10cm 5,3h (16,4h) 3,8h (15,7) 4,6h (11,7) 2,4h (5,2) Fase latente: • Tem início com o esvaecimento do colo e início da dilatação; • Durante a evolução do trabalho de parto, a primigesta tem, geralmente, o esvaecimento do colo e, depois, a dilatação. Enquanto isso, a multípara realiza o esvaecimento e dilata- ção ao mesmo tempo; • Apresenta cerca de 1cm de dilatação no exame de toque, sem apresentar contrações efetivas regulares; • As contrações são indolores e irregulares; • Na nulípara, dura em torno de 16 a 20 ho- ras, podendo ter uma maior duração nos ca- sos de fase latente prolongada; • Não deve haver uma interação da paciente caso não tenha certeza da dilatação do colo, apresentando maiores chances de iatrogenia; Fase ativa: • Definida por contrações que se tornam rít- micas e regulares (importante sempre avaliar frequência e intensidade da contra- ção) e são capazes de dilatar o colo; • Tem-se uma frequência de 3 contrações em 10 minutos, estas que devem ser contra- ções rítmicas e regulares para causar altera- ção do colo do útero; • Há uma dilatação e descida de maneira re- gular; • Pode acontecer de ter o início da fase ativa, como sendo na verdade parte de uma fase latente prolongada; • Na nulípara dura em torno de 5 horas (po- dendo ser um pouco mais), com uma média de dilatação em torno de 1cm/h. Via de re- gra, considera-se dilatação com trabalho de parto a partir de 6cm de dilatação (alguns consideram 4); • Não é a dilatação que define o trabalho de parto, é a frequência, a intensidade e a evo- lução da contração, dilatação e esvaeci- mento; • Normalmente, a nulípara esvaece todo o colo e tem sua dilatação depois; • Na multípara é mais rápido, normalmente a dilação ocorre em torno de 1,5cm/h. A multípara esvaece e dilata ao mesmo tempo; • Para Zhang: período de dilatação ocorre de forma que quanto maior a dilatação, me- nor o tempo para se dilatar mais; - 3-6 cm: média de dilatação em torno de 1cm/h; - 4-5cm: até 6h para dilatar; - 5-6cm: em torno de 3h para dilatar; • Iniciando-se o partograma com 4cm (pode ser com 6cm, também), desde que a paci- ente tenha contrações efetivas, a nulípara irá ter uma dilatação, para Zhang, em torno de 5,3h, ou seja, quase 1,5h a mais em relação ao Friedman (4,6h). A multípara terá dila- ção em torno de 3,8h para Zhang, enquanto para Friedman dilata em torno de 2,4h. → • Expulsão: saída da cabeça, rotação ex- terna da cabeça, desprendimento do ovóide córmico; • Normalmente, a multípara é mais rápida do que a nulípara no período expulsivo; • O período expulsivo na nulípara é consi- derado normal até 1h e na multípara até 30 minutos; • A analgesia de parto causa um período de expulsão maior, visto que, a contração da musculatura involuntária (reto do abdome) auxilia na expulsão e, com a analgesia, a pa- ciente não consegue fazer força por não es- tar sentindo dor; ACOG Expulsivo prolongado Nulípara Multípara Sem analgesia 3h 2h Com analgesia 4h 3h • Os períodos expulsivos prolongados au- mentam as chances de anoxia no momento do parto. Nesses casos, deve-se ter interven- ções, como uso de fórceps, vácuo extrator, cesárea, aplicação de ocitocina (se tiver contração efetiva, o uso de ocitocina au- menta o risco de anoxia); - Nas nulíparas é considerada prolongada quando sem anestesia regional dura mais que 2h, e com anestesia dura mais que 3h;- Nas multíparas quando sem anestesia dura mais que 1h ou com anestesia dura mais que 2h; → • Dequitação (saída da placenta). → • Período de Greenberg; • Refere-se à primeira hora após a saída da placenta; • Referente ao risco aumentado de sangra- mento. Princípios do partograma • Considera-se fase ativa do trabalho de parto com 4cm de dilatação, permitindo que se tenha início do partograma; • Lembrar que: trabalho de parto é defi- nido pela presença das contrações rítmicas e regulares. O colo residual (dilatação pre- coce) não indica trabalho de parto; • A duração da fase latente apresenta cerca de 8h, sem ter internação da paciente por não apresentar dilatação efetiva, descida; • Na fase ativa, ocorre dilatação cervical de 1cm/h na nulípara e 1,5cm/h de dilatação para na multípara. A descida da apresenta- ção durante a fase ativa também gira em torno de 1cm/h; • A espinha ciática é o plano 0 de De Lee na altura das espinhas ciáticas), permitindo medir a distância entre o topo da cabeça e ele corresponde ao plano 3 de Hodge (ava- lia a maior circunferência cefálica do feto). Ou seja, quando o feto estiver no plano 0 de De Lee, ele está no plano +4 de Hodge (fase expulsiva); • Utiliza-se plano de De Lee por ser mais fácil de controlar a descida a cada 1cm em relação a esse plano; • O partograma é formado por: - Abscissa: linha horizontal que diz res- peito ao tempo; - Coordenada: linha vertical que se refere a dilatação e a descida da cabeça; • Cada quadradinho representa 1h; • No partograma, paralelamente à primeira marcação, ou seja, no quadrado posterior à ela, faz-se uma linha, chamada de linha de alerta, que é importante para visualizar um trabalho de parto normal, que dilata e evolui a cada hora, não ultrapassando essa linha, com dilatação de 1cm/h; - Essa dilatação pode ser menor do que o esperada, também; - Quando ocorre dilatação fora do previsto, a dilatação atinge a linha de alerta; • Do início da linha de alerta, conta-se 4 quadradinhos (intervalo de 4h), determi- nando a linha de ação, que determina a con- duta, de forma que, se essa linha for atingida deve ter alguma ação realizada. Se 2/3 to- ques consecutivos estejam iguais num tra- balho de parto ativo, com contrações efeti- vas, tem alguma alteração que demanda in- tervenção; • Deve-se ter uma avaliação do útero e suas contrações, observando se estão com fre- quência, duração e intensidade esperada para o trabalho de parto; • A dilatação é marcada com um triângulo. A cada hora, deve-se ter a marcação da di- latação, comparando com a linha de alerta e linha de ação; • Plano de DeLee: é importante para con- trole de tempo, dilatação e descida de ca- beça, representada por um círculo e, no seu interior, desenha a variedade de posição. Ex: paciente com dilatação de 3cm e feto no plano -3 de DeLee. Depois de 3h, tem uma dilatação de 3cm e mantém no plano 0 de DeLee, ou seja, tem dilatação do colo sem descida da cabeça. Após mais 2h, dila- tou 2cm e desceu a cabeça, indicando uma evolução do parto, sem indicar necessidade de conduta, devendo te rum controle do tempo, dilatação e descida da cabeça • Há marcações que variam de partograma para partograma, porém, no geral, há regis- tro do horário e batimento cardíaco (a cada hora), podendo, ainda, haver marcação de bolsa íntegra, líquido amniótico claro, lí- quido amniótico meconial, uso de ocitocina; • Medidas não-medicamentosas: deambu- lação da paciente, paciente na bola suíça, paciente no banco (na intenção de aumentar o ângulo ânteroposterior da bacia e facilitar a descida); • A linha de alerta e a linha de ação variam de posição de acordo com a primeira mar- cação da dilatação; • Recomenda-se a realização de exame de toque a cada 2h de trabalho de parto ativo, juntamente com um controle de altura ute- rina. O toque aumenta o risco infeccioso, principalmente se a paciente tiver bolsa rota. Preenchimento do partograma → • O preenchimento do partograma é iniciado quando a paciente estiver na fase ativa do trabalho de parto, definida como a pre- sença de contrações rítmicas e regulares capazes de modificar o colo (esvaeci- mento), com 4cm de dilatação; • Deve-se ter, a cada hora, a marcação de dilatação e descida, esperando-se cerca de 1cm/h nas primíparas; • Marcar a linha de alerta no quadradinho imediatamente posteriormente a 1ª marca- ção da dilatação cervical (cervicodilata- ção). Quando o trabalho de parto está com progressão normal, a cervicodilatação não ultrapassa a direita da linha de alerta (o tri- ângulo da dilatação sempre estará a es- querda da linha de alerta); • A linha de alerta começa paralela a pri- meira marcação da dilatação. Contando-se 4 quadradinhos para o lado, ou seja, 4 horas de diferença, marca-se a linha de ação. → • É importante marcar a altura da cabeça e o ponto de referência de cada cariedade de posição; Ex: na apresentação cefálica fletida o ponto de referência é o occipício • A apresentação cefálica fletida mais fre- quente é OEA, possuindo uma melhor evo- lução de parto; • Na variedade de posição occipíciosacro (OS) o trabalho de parto é mais longo por ter uma posição de dificuldade crescente; • A posição mais frequente é a OEA, se- guida por ODP, OEP e, por mim, menos fre- quente é a ODA. → • Tem-se a marcação da efetividade das contrações, ou seja, a quantidade de contra- ções, a intensidade e o tempo das contra- ções; - <20 segundos: contração fraca; - 20-40 segundos: contração moderada; - >40 segundos: contração intensa; • No trabalho de parto, espera-se que a con- tração tenha, em média, uma frequência de 3 contrações em 10 minutos, e que cada contração dure em média 60 segundos = contração efetiva. → • No decorrer da evolução do trabalho de parto deve-se avaliar: descida, dilatação, vi- talidade fetal. Vitalidade fetal: • A vitalidade fetal é avaliada baseada no coração (na frequência cardíaca), devendo ter uma ausculta do BCF a cada hora que se realiza a evolução do partograma; • Porém, é também recomendado que, diz no primeiro período do trabalho de parto (início da fase ativa), deve ter uma ausculta de BCF a cada 30 minutos para paciente de baixo risco e 15 minutos para paciente de alto risco, não sendo sempre realizado na prática; • No período expulsivo, realiza-se a aus- culta a cada 15 minutos para baixo risco e 5 minutos para alto risco. • A frequência cardíaca normal é entre 120 e 160 bpm, com ausculta antes, durante e depois da contração. Rotura de bolsa: • Avaliar se houve uma rotura da bolsa; • O rompimento da bolsa não significa nas- cimento; • Algumas pacientes podem ter trabalho de parto ativo com bolsa íntegra, que pode ou não ser rompida durante o parto; • Deve-se anotar se a rotura foi espontânea ou artificial; • A rotura artificial atualmente é evitada ao máximo, porém, é uma das formas de cor- reção de trabalho de parto prolongado, di- minuindo o volume do útero e aumentando as contrações efetivas. Líquido amniótico: • Pode ter uma avaliação realizada pela am- nioscopia; • A coloração e espessura do líquido amnió- tico devem ser observadas; - Líquido verde: presença de mecônio, que pode aparecer antes ou durante o traba- lho de parto; - Líquido verde aquoso: semelhante à uma papa de ervilha, a presença de mecônio pode não ter repercussões; - Líquido verde espesso: sinal de anoxia. → • Ocitocina: anotação cuidadosa da dose utilizada e da progressão do gotejamento. Há uma diluição e um gotejamento certo, que com um aumento gradual até atingir uma contração efetiva. • Anotar qualquer outra medicação utili- zada durante o trabalho de parto. • Dolantina: é um analgésico que costu-mava ser muito utilizado; - A administração de analgesia diminui sua dor, tornando contrações mais regulares; - Quando ela fica nervosa, ela libera cate- colaminas que fazem com que a contração do útero fique mais irregular, ou seja, alivi- ando a dor, a tendência é que a contração melhore; - Porém, é uma medicação que passa a bar- reira placentária, podendo alterar o tônus ao nascimento; - O uso de Dolantina deve ser feito em mé- dia até 20 minutos ou com mais de 4h. → • Sinal fetal: anotação dos batimentos car- díacos fetais; • Sinal da materno: controle de pressão (de hora em hora), pulso e temperatura; - A hipertensão da gestação é uma das pa- tologias mais frequentes, é uma das princi- pais causas de mortalidade materna e ela pode se manifestar ao longo da gravidez, no momento do parto ou no pós-parto imedi- ato. → • São medidas feitas para tentar aliviar a dor da paciente (medidas de analgesia não-me- dicamentosa), fazendo com que o trabalho de parto evolua de maneira mais rápida; • Banho de aspersão (chuveiro): água caindo nas regiões da costas ajuda bastante a aliviar a dor da paciente; • Banho de imersão; • Deambulação: facilita a descida do feto; • Bola: aumenta o ângulo do diâmetro ânte- roposterior da bacia, facilitando a descida do feto; • Massagem do períneo; • Banquinho: funciona como a bola. Parto funcional • Refere-se ao parto que evolui normal, den- tro do esperado); • A curva da dilatação sempre se mantém à esquerda da linha de alerta ou com discreto desvio a direita; • Primíparas: período de dilatação em mé- dia 12 horas (mas pode chegar até 18h); • Multípara: período de dilatação em mé- dia 7 horas. Parto disfuncional • A curva da dilatação se mantém à direita da linha de alerta e ultrapassa a linha de alerta. → • Tem-se uma fase ativa prolongada da di- latação e da descida, com causa a contra- ção uterina insuficiente; • A dilatação é mais devagar, causada pos- sivelmente por uma contração pouco efetiva (é efetiva por causar uma dilatação, porém não tanto por ter uma dilatação mais lentifi- cada); • No partograma acima, tem-se uma dilata- ção de 1cm a cada 2h, atingindo a linha de ação = tem-se a necessidade de intervenção (ocitocina, deambulação, rompimento de bolsa), estimulando a descida e dilatação. A fase ativa prolongada mostra que se tem uma dilatação regular num tempo maior que o esperado. → • Há bloqueio no canal de parto; • A dilatação é dependente do aumento da compressão da cabeça na bacia. Caso tenha início da dilatação e, de repente, esta é in- terrompida, ocorre por uma ausência de progressão da cabeça, por alteração no canal de parto ou macrossomia fetal; • O nascimento, geralmente, ocorre num maior tempo e sem complicações; • No partograma acima, tem-se 3cm inicial- mente, progredindo para 5cm depois de 2h e, passando-se mais 4h mantém 5cm, até que, depois de 2h, ocorre a dilatação para 6cm, mantendo-se por mais 1h. Depois de atingir 6cm, a apresentação se manteve no plano -3 de DeLee, cruzando a linha de ação, numa posição occipitoesquerda ante- rior, devendo ter alguma intervenção = mas- sagear o colo, romper a bolsa, colocar oci- tocina. Não houve descida após a interven- ção, com isso, não terá maiores alterações, provavelmente por alterações pélvicas ou feto macrossômico. → • É chamada de DCP (desproporção cefalo- pélvica), tratando-se de uma definição clás- sica. Nela, clássica o feto não insinua na ba- cia; • Ocorre dilatação sempre à esquerda da li- nha de alerta, atingindo dilatação total com descida até o plano -1 de DeLee, seguida por uma ausência de descida. Deve-se to- mar alguma conduta, porém, se não houver alterações, tem-se um encaminhamento para cesariana. Parto taquitócico • Trata-se de um parto que acontece muito rápido, preocupante pois a paciente apre- sentar tem contrações muito intensas e muito mais frequentes, ou seja, há taquissis- tolia e hipossistolia; • A troca de oxigênio fetal acontece nos mo- mentos de relaxamento do útero, de forma que, contrações uterinas impedem a che- gada de sangue para o feto; • Nesses casos, que ocorrem contrações muito fortes e numa maior frequência, tem- se uma queda do tempo de troca gasos, po- dendo gerar anoxia aguda fetal; • Um trabalho de parto com duração menor do que 3h é chamado de parto taquitócico; • Deve-se ter cuidado no uso de ocitocina para pacientes que estão em parto taquitó- cico e com contrações efetivas, podendo ge- rar anoxia e apresentar sequelas; • Prescrição básica: jejum + ocitocina + enemopaco (lavagem intestinal) + tricoto- mia.
Compartilhar