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Diagnóstico de gravidez Fecundação e desenvolvimento · A fecundação marca o início do processo, mas não o início da gravidez. O blastocisto é a estrutura que se implanta no endométrio (em torno do 6 dia). Laboratorial · Hormônio gonodotrofico humano (hCG) - glicoproteína produzida pelo sinciciotrofoblasto · Beta Hcg · Subunidade mais específica · Detectado 8-11 dias após concepção · Dobra a cada 2-3 dias (caso contrário há um risco de abortamento) · Marcador da atividade trofoblástica · Pico de detecção de hcG: 8-10 semanas / 12 - 14 sem · Obs: testes que pegam o hcG como um todo (fração alfa e beta) podem ser falseados diante de doenças como o hipotireoidismo · Testes para identificação do HcG · Imunológicos (qualitativo): TIG - acs contra hCG · Radio Imunológicos (quantitativo): competição do hormônio com traçador · ELISA (quantitativo): hormônio ligado a enzima, produto colorido Clínico · Sinais/ sintomas de presunção · Sinais de probabilidade · Modificações uterinas, vaginais e vulvares · Sinais de certeza - BCF, percepção de partes fetais (médico) · Sintomas de presunção · Nausea e vomitos · Polaciúria · Sonolência, fadiga · Percepção materna de movimentos fetais · Obs 18 a 20 semanas começa a sentir a movimentação · Sinais de presunção · Atraso menstrual (10-14 dias) · Alterações cutâneas (estrias, cloasma. linha nigra) · Alterações mamárias (tubérculos de montgomery, rede de haller, sinal de hunter) · Sinais de probabilidade · Sinal de Osiander · Sinal de Piskacek · Sinal Nobile - Budin · Sinal Hegar Ultrassonográfico · Transvaginal (1 trimestre) ou abdominal · Saco gestacional · Vesícula vitelínica · BCF + embrião OBS CCN é o melhor parâmetro para IG. Após 6 semanas até 12° tempo a idade ideal para medir IG · Limite discriminatório: 1500 mUI/ml -> valor para identificar SG · Data provável do parto · Somar 7 ao primeiro dia da DUM · Somar 9 ou diminuir 3 ao mês resultante Modificações maternas Osteoarticular · Progesterona relaxa ligamentos e articulações Respiratórias · Aumento · Ventilação/minuto · pO2 arterial · Consumo de O2 · Diminuição · Capacidade residual funcional · pCO2 arterial · Bicarbonato sérico · Dispneia fisiológica (progesterona, hiperventilação) · Alcalose respiratória compensada Cardiovasculares Aumento · Débito cardíaco · FC 10-15 bpm Diminuição · Resistência vascular periférica · PA (10-15 mmhg) · Retorno venoso · Pressão capilar/ coloidosmótica · Síndrome hipercinética · Síndrome de hipotensão supina · Sopros cardíacos · Risco de congestão pulmonar Hematológica · Aumento · Volume eritrocitario · Volume plasmático · Leucocitose isolada · Fibrinogênio · F VII, VII, IX, vW · Diminuição · Viscosidade sanguínea · Hematócrito · Quimiotaxia · Sistema fibrinolítico · Anemia dilucional · Aumento de infecções · Melhora de algumas doenças autoimunes · Aumento do risco de eventos trombóticos Metabólico · Estado diabetogênico · Hormonio contrainsulinico (hPL, cortisol) · Lipólise, aumento dos ácidos graxos livres · Reduz resposta insulínica, uso periférico de glicose · Hiperinsulinismo compensatório · A mulher faz hipoglicemia em jejum e hiperglicemia pós prandial devido a resistência aumentada periférica. Gastrointestinais · Aumento · Fosfatase alcalina · Saturação de colesterol · Vascularização gengival · Diminui · Peristaltismo · Tônus do esfíncter gastroesofágico · Esvaziamento gástrico · Contração da vesícula · Pirose · Constipação intestinal · Aumento de litíase biliar · Varizes hemorroidárias · Sangramento gengival Renais · Aumento · TFG (50%) · Reabsorção de sódio · Diâmetro do ureter e da pelve renal · Diminuição · Reabsorção tubular de glicose · Ureia e creatinina · OBS: Glicosúria é fisiológica · Glicosúria fisiológica · Hidronefrose · Aumento de ITU · Incontinência e aumento da frequência Assistência pré natal · Consultas mínimas · Uma no 1° trimestre · Duas no 2° trimestre · Tres no 3° trimestre · Ideal · Até 28 semanas - mensalmente · 28 a 36 sem - quinzenalmente · 36 a 41 sem - semanalmente · Risco · Exames · Hemograma (1 consulta, 3 trimestre) · Tipagem sanguínea e fator Rh · Coombs indireto (28, 32, 36 e 40 sem) para pacientes Rh negativo · Glicemia de jejum (1 consulta e 3° trimestre · TOTG 75g (24 e 28 sem) · Urocultura e EAS (1 consulta e 3° trimestre) · Testes rápidos de sífilis e/ou VDRL (1°consulta) e no 3 trimestre VDRL · Teste rápido anti HIV na primeira consulta · Anti HIV (1 consulta e 3° trimestre) · Sorologia para toxoplasmose IgM e IgG (a cada 2-3 meses em pacientes suscetíveis) · HbsAg (1 consulta e 3° trimestre) · Exames adicionais · Colpocitologia oncótica - rastreamento oportunista · EPF · Rastreio de colonização pelo estreptococo grupo B · Ultrassonografia · 1°trimestre: 0-14 semanas – Solicito USTV motivo datação de idade gestacional · No primeiro trimestre, o desvio esperado no cálculo da idade gestacional é de três a sete dias (aumentando o intervalo, o número de dias, quanto maior a IG). Se a DUM estiver dentro da variação esperada, considerá-la para cálculo; se a diferença for maior, considerar a USG. Não recalcular durante a gravidez. · 2° trimestre: 15-24 semanas – USTV com translucência nucal 11 semanas até 13 semanas e 6 dias · Entre 18 e 22 semanas, os órgãos fetais já estão formados e são de visualização mais precisa, de modo que este é o momento mais adequado para fazer o rastreamento de malformações, caso se opte por fazê-lo. · É possivel ver o sexo do bebê a partir de 16 semanas. · 3° trimestre: 25-36 semanas · O que não pedir · Sorologia para rubéola · Sorologia para citomegalovírus Sífilis PRIMEIRO TESTE TESTE COMPLEMENTAR POSSÍVEIS INTERPRETAÇÕES Teste treponêmico: reagente Teste não treponêmico: reagente Diagnóstico de Sífilis Teste treponêmico: reagente Teste não treponêmico: não reagente 3° teste treponêmico com metodologia diferente do primeiro. Se reagente: diagnóstico de sífilis ou cicatriz sorológica. Se não reagente: considera-se resultado falso-reagente para o primeiro teste, sendo excluído o diagnóstico de sífilis. Teste não treponêmico: reagente Teste treponêmico: reagente Diagnóstico de Sífilis Teste não treponêmico: reagente Teste treponêmico: não reagente 3° teste treponêmico com metodologia diferente do primeiro. Se reagente: diagnóstico de sífilis ou cicatriz sorológica. Se não reagente: considera-se resultado falso-reagente para o primeiro teste. Teste não treponêmico: não reagente ou Teste treponêmico: não reagent Não realizar teste complementar Ausência de infecção ou período de incubação (janela imunológica) Toxoplasmose · Pouca repercussão materna · Possível repercussão grave fetal - principalmente se no início da gravidez · Quanto maior a idade gestacional, maior o risco de contrair a doença, mas o risco de acometimento fetal é menor · Formas de transmissão: · Manipulação de jardins ou caixa de areia com fezes de gatos · Consumo de comida ou água contaminada · Consumo de carnes cruas · Orientar alimentos bem lavados e cozidos. Usar luvas na manipulação de terra, caso a paciente pratique jardinagem. · Perfis sorológicos IgM e IgG negativos Status: Susceptível Conduta: Prevenção primária Solicitar sorologia a cada 2-3 meses IgG positivo e IgM negativos Status: Imune Conduta: Não preciso solicitar mais sorologias IgM positivo e IgG negativo Status: Infecção aguda ou falso positivo (sabemos se é esse caso pedindo o IgA ou repetir o IgG em 3 semanas -> Se IgG permanecer negativos: suspender espiramicina e estamos diante de falso positivo. Se o IgG positivar, estamos diante de toxoplasmose materna) Conduta inicial: Iniciar tratamento com Espiramicina. Dependendo do valor do IgG, interrompemos o tratamento IgG e IgM positivos Status: Infecção aguda ou crônica Conduta: ≤ 16 sem: teste de avidez (avalia · Baixa avidez (< 30%) = infecção recente -> inciar espiramicina · Alta avidez (> 60%)= infecção ocorreu antes da gravidez > 16 sem: iniciar tratamento · Investigação fetal · PCR no líquido amniótico (16 sem) · Cordocentese · Ultrassonografia mensal · Se identificar infecção fetal, mudamos o tratamento de espiramicina para Sulfadiazina + Pirimetamina + Ác. folínico Espiramicina - trata a mãe e diminui a transmissão fetal Sulfadiazina + Pirimetamina + Ác. folínico - trata o feto Rastreio para GBS · Prevenção de sepse neonatal pelo GBS · Recomendado pelo CDC · Não é recomendado pelo MS · Rastreamento · Swab vaginal e retal entre 35 - 37 semanas · Válido por 5 semanas · Quando não rastrear ? · História de sepse neonatal pelo GBS em gestação anterior · Bacteriúria por GBS nesta gestação · Profilaxia · Uso: Ampicilina ou Penicilina (5 milhões de unidades por via intravenosa na dose inicial, depois 2,5 a 3 milhões de unidades por via intravenosa a cada quatro horas até o parto) Situação Conduta Pacientes com Swab positivo ou Gestação anterior com cultura positiva ou Bacteriúria por GBS (qualquer contagem de colônias) durante a gravidez atual · Trabalho de parto · Amniorrexe Conduta: A profilaxia antibiótica intraparto é recomendada com ampicilina ou penicilina cristalina IV Paciente sem Swab · Trabalho de parto prematuro, · Amniorrexe há mais de 18 horas , · Febre intraparto (> 38°C), · Parto < 37 sem Conduta: A profilaxia antibiótica intraparto é recomendada com ampicilina ou penicilina cristalina IV Não precisa de profilaxia · Cesariana eletiva (sem RPMO) · Swab negativo há menos de 5 semanas Ferro · Hb> 11 g/dl · 200 mg de sulfato ferroso/ dia a partir da 20 semana (40 mg de Fe elementar) · Hem entre 8- 11g/dl · 120 a 240 mg de fe elementar/ dia · Nova dosagem de Hb em 30-60 dias · Hb < 8 g/dl - Encaminho para pré natal de alto risco e trato anemia Ácido fólico · Deficiência associada a defeitos de fechamento do tubo neural · Previne: Espinha bífida, anencefalia, encefalocele · Baixo risco: 2-3 meses antes de engravidar até 2-3 meses. · Alto risco: 4 mg/ dia três meses antes da concepção Vacinas recomendadas pelo MS Vacina Esquema Tétano (dT) Completar esquema Reforço quando > 5 anos da última dose Toda vez que a mulher engravidar, devemos fazer, mesmo que o esquema esteja completo Hepatite B Prevenção da transmissão vertical Após o 1° trimestre Influenza/ H1N1 Sazonal Coqueluche (dTpa) Reduzir doença nos RN A partir de 20 semanas e no puerpério caso não tenha sido vacinada Administração a cada gestação dT completo, duas doses ou reforço: 1 doses de dTpa Uma dose de dT: uma dose de dT, uma dose de dTpa Gestantes não vacinadas: duas doses de dT, uma dose de dTpa Vacinas não permitidas: · Sarampo, caxumba, rubéola · Varicela · Febre amarela (exceto em casos de paciente que reside ou vai para áreas endêmicas) · BCG · Sabin Medicações contraindicadas na gestação] · Categoria A: sem risco · Categoria B: sem estudos satisfatórios · Categoria C: efeitos adversos no feto · Categoria D: evidência de risco fetal · Categoria X: risco fetal comprovado · Aticonvulsivantes: · Lamotrigina é o anticonvulsivante de escolha na gestação. · O ácido valproico ou valproato é o que apresenta mais efeitos teratogênicos. · Drogas Droga Consequencia Álcool Síndrome alcoólica fetal, com malformações faciais, cardíacas e em membros, e retardo do desenvolvimento Cigarro Restrição de crescimento intrauterino (RCIU), abortamento e prematuridade Cocaina RCIU; pode ocorrer ruptura prematura de membranas e as repercussões aparentemente são dose-dependentes Maconha Apresenta risco materno de intoxicação, alterações no comportamento do recém-nascido e atravessa a barreira placentária. Diagnóstico de gestação Infecções na gestação Sífilis na gestação Transmissão · Sexual · Vertical: Momento do parto | Durante a gestação (maioria) Rastreamento · Primeira consulta de pré-natal · Início do terceiro trimestre · Admissão na maternidade Classificação Sífilis recente: < 1 ano · Reinfecção caso haja tratamento adequado da sífilis · Sífilis primária · Cancro duro - única, indolor, endurecida, regular, fundo limpo · Linfonodos regionais · Sífilis secundária · Lesões cutâneo-mucosas · Linfadenopatia generalizada · Sintomas constitucionais · Alterações neurológicas, oculares e hepáticas agudas · Sífilis latente recente · Assintomática · Duração < 1 ano Sífilis tardia: Duração > 1 ano Obs: se fazemos o diagnóstico em uma gestante assintomática, que não tem ideia de quando adquiriu a infecção, é classificada como tardia. · Sífilis latente tardia · Assintomática · Duração > 1 ano · É o caso das gestantes assintomáticas com tempo de infecção desconhecido! · Sífilis terciária · Lesões tegumentares - Gomas sifilíticas · Lesões ósseas · Lesões cardiovasculares · Lesões neurológicas · Tabes dorsalis · Atrofia de nervos cranianos · Manifestações psiquiátricas e até mesmo demência ⚠ Diagnóstico Exames diretos · Buscam o próprio T. pallidum Testes imunológicos · Testes treponêmicos · Detectam anticorpos específicos contra o T. pallidum · São os primeiros a se tornarem positivos · Podem permanecer positivos mesmo após o tratamento, para sempre · Limitação: são qualitativos · Quais são? · Teste rápido · TPHA · FTA-Abs: IgM e IgG · ELISA · Testes não treponêmicos · Detectam anticorpos anticardiolipina não específicos para os antígenos do T. pallidum · Risco de falso-positivo · Permitem análise quantitativa · Monitoramento da resposta e controle de cura → Por isso temos que solicitar ele!! · Quais são? · VDRL · RPR · USR Combinações · Teste treponêmico: reagente + Teste não treponêmico: reagente · Diagnóstico de sífilis → Classificar estágio clínico · Cicatriz sorológica → Se tratamento anterior documentado com queda da titulação em pelo menos duas diluições → A paciente tem que ter o registro do tratamento · Teste treponêmico: reagente + Teste não treponêmico: não reagente → Realizar um terceiro teste treponêmico com método diferente · Teste treponêmico: reagente · Diagnóstico de sífilis · Cicatriz sorológica se a paciente tiver a história prévia · Teste treponêmico: não reagente = Falso-positivo · Teste não treponêmico: não reagente ou Teste treponêmico: não reagente · Ausência de infecção · Janela imunológica →Se suspeita elevada, repetir em 30 dias ⚠ Tratamento da sífilis na gestante · Quando?Já no primeiro exame reagente! O tratamento deve ser iniciado até 30 dias antes do parto · Com penicilina benzatina, sempre! Se paciente com alergia, temos que dessensibilizar · Notificação compulsória · Na dose adequada para o estágio clínico da doença · A sífilis não dá imunidade. Em uma gestação, a paciente pode ter várias infecções Sífilis recente - · Benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, dose única (1,2 milhão UI em cada glúteo) O tratamento para parceiro de gestante com sífilis, que tenha teste negativo é penicilina benzatina 2,4 milhões de UI IM dose única. Sífilis tardia - · Benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, 1 vez por semana (1,2 milhão UI em cada glúteo), por 3 semanas (TEM QUE TER 7 DIAS DE DIFERENÇA, SENÃO TEM QUE RECOMEÇAR O TRATAMENTO). · Dose total: 7,2 milhões UI · Se o intervalo entre as doses for superior a 7 dias, o esquema deve ser reiniciado Monitoramento com teste não treponêmico mensal · Dois critérios de resposta imunológica adequada podem ser usados · Queda da titulação do teste não treponêmico em duas diluições (ex.: 1:64 para 1:16) em até três meses ou Queda da titulação do teste não treponêmico em quatro diluições (ex.: 1:64 para 1:4) em até seis meses, com evolução até a sororeversão (teste não treponêmico não reagente) · Doses até 1:4 podem ser consideradas cicatrizes sorológicas Critérios de retratamento · Ausência de queda da titulação do teste não treponêmico · Aumento da titulação do teste não treponêmico em duas diluições ou mais · Persistência ou recorrência dos sintomas clínicos Gestante adequadamentetratada · Uso de penicilina benzatina · Esquema terapêutico de acordo com o estágio clínico · Início do tratamento até 30 dias antes do parto · Respeito ao intervalo de 7 dias entre as doses · Documentação da queda de título em pelo menos 2 diluições em 3 meses ou 4 diluições em 6 meses · Se não tratada adequadamente → Repetir esquema terapêutico adequado · Apesar de ser importante tratar o parceiro, esse não é mais um critério para avaliar se o tratamento foi adequado ou não Toxoplasmose na gestação Agente etiológico: Toxoplasma gondii Transmissão · Ingestão de alimentos ou água contaminados · Ingestão de cistos teciduais através da ingesta de carne mal cozida · Transfusão de sangue ou transplante de órgãos · Transmissão vertical · Só ocorrem em: Primoinfecção | Reativação de infecção latente em imunocomprometidos Infecção materna · Na maioria das vezes é assintomática · Quando há sintomas, geralmente são inespecíficos · Quanto maior a idade gestacional, maior a taxa de transmissão vertical · Quando mais precoce a idade gestacional, maior a taxa de dano embrionário/fetal Rastreamento Anticorpos IgM e IgG já na primeira consulta de pré-natal · IgM · Primeira imunoglobulina a se tornar positiva diante de uma infecção aguda · Pode permanecer positiva por alguns meses nos casos de toxoplasmose · IgG - Torna-se positiva mais ou menos duas semanas após IgM se tornar positiva · Cicatriz sorológica Interpretação sorológica ⚠ IgM negativo e IgG negativo = Gestante suscetível · Orientar medidas de prevenção · Repetir sorologia durante o pré-natal mensalmente ou a cada 2 meses IgM negativo e IgG positivo = Infecção antiga · A gestante é imune · Não há indicação de repetição de sorologia para toxoplasmose durante o pré-natal IgM positivo e IgG negativo = Conduzir como infecção aguda, pois IgM positivo · Iniciar o tratamento da infecção materna! Com Espiramicina 1g 8/8h VO · Repetir a sorologia em 2-3 semanas · IgM negativo e IgG negativo = Falso-positivo de IgM → Suspende espiramicina e conduz gestante como suscetível · IgM positivo e IgG positivo (soroconversão) = Toxoplasmose materna aguda IgM positivo e IgG positivo = Conduzir como infecção aguda, pois IgM positivo · Iniciar o tratamento imediatamente! · Se IG ≤ 16 semanas · Espiramicina 1 g 8/8h VO → Reduz o risco de transmissão vertical! Na suspeita (enquanto repetimos a sorologia ou aguardamos o teste de avidez) · Solicita teste de avidez de IgG: Avidez alta Avidez baixa ou intermediária Infecção antiga · Suspende espiramicina · Pré-natal de risco habitual Toxoplasmose materna aguda · Se IG > 16 semanas = Toxoplasmose materna aguda · Resultado da avidez não modifica a conduta Após a confirmação do diagnóstico · Encaminhar ao pré-natal de alto risco · Tratamento medicamentoso · < 16 semanas de IG -> Espiramicina 1g 8/8h VO (Não posso fazer esquema tríplice) · Ao completar 16 semanas de IG ou > 16 semanas · Suspender espiramicina · Iniciar sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico · Investigação de infecção fetal quando IG ≥ 18 semanas · US fetal seriado · Amniocentese e PCR do líquido amniótico · Se infecção fetal confirmada (PCR positivo e/ou US alterado): Sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico até o parto · Se infecção fetal descartada (PCR negativo e US normal): Espiramicina até o parto pois a mãe tem uma infecção ativa HIV na gestação Risco de transmissão vertical · Com medidas adequadas: < 2% · Sem medidas adequadas: 15% a 45% · O momento de maior risco é o intraparto Testagem para HIV · Pré-natal: 1.ª consulta (1.º trimestre) e 3.º trimestre (28 semanas) · Maternidade: parto/aborto · Sempre que houver exposição de risco ou violência sexual Testes - Teste rápido (TR) · Preferencial para o diagnóstico · Ideal para gestantes ou puérperas que não foram testadas durante o pré-natal ou quando não há conhecimento do resultado no parto · 2 testes rápidos positivos = HIV · 2.º TR com antígeno diferente · Solicitar carga viral e linfócitos T CD4 · Solicitar genotipagem viral · Iniciar TARV Pré-natal da PVHIV A carga viral é um dos parâmetros mais importantes · Risco de transmissão vertical · Definição e seguimento da TARV · Definição da via de parto Dosagem da carga viral · 1.ª consulta de pré-natal · 2 a 4 semanas após o início da TARV · Após a 34.ª semana para definir a via de parto Contagem de linfócitos T CD4 · Início de tratamento: 1.ª consulta e 3/3 meses · Seguimento com CV indetectável: 1.ª consulta e na 34.ª semana O teste de genotipagem pré-tratamento está indicado para todas as gestantes, pois sinaliza casos de resistência TARV Indicada para toda gestante, independentemente de critérios clínicos e imunológicos Uso prévio de TARV Não deverá ser suspensa após o parto Início na gestação · Iniciar o mais rápido possível com TDF + 3TC + DTG (tenofovir, dolutegravir, lamivudina) · Independentemente da idade gestacional Uso prévio de TARV · CV indetectável · Assintomática · Boa adesão ⚠ Via de parto · Definida pela Carga Viral-HIV após a 34.ª semana Cuidados no parto vaginal · Evitar amniotomia, episiotomia e uso de fórceps · Evitar bolsa rota > 4 horas Cuidados na cesariana · Tentar parto empelicado · Hemostasia vigorosa para evitar contato de sangue materno e fetal Cuidados no puerpério · Manter TARV · Amamentação contraindicada · Inibição da lactação → Mais comum: cabergolina 1 mg VO A profilaxia no recém-nascido é feita da seguinte forma RN de baixo risco (uso de TARV na gestação e com Carga Viral (CV) do HIV indetectável a partir da 28ª semana, sem falha na adesão à TARV): · AZT via oral (4 mg/kg/dose de 12-12h) nas primeiras 4 horas até 4 semanas. RN de alto risco: os esquemas profiláticos do grupo de alto risco de exposição passa a ser composto de três antirretrovirais: · Zidovudina (AZT), Lamivudina (3TC) e Raltegravir (RAL) por 28 dias. · Nevirapina via oral (12 mg/dose, 1ª dose nas primeiras 48h de vida, 2ª dose 48h após a 1ª dose e 3ª dose 96h após a 2ª dose) se: · mãe não sou TARV ou má adesão; · CV>1000 ou desconhecida no 3º trimestre; · mãe com outras ISTs (como sífilis); · teste rápido positivo no momento do parto. · Sulfametoxazol+trimetoprima: até a 4ª semana (até excluir infecção do RN). Infecções do trato urinário durante a gravidez Complicações · Principal causa de sepse na gravidez! · Trabalho de parto prematuro ou prematuridade. · Septicemia ou sepse. · Insuficiência renal ou anemia ou insuficiência respiratória. · Abscesso renal. · Rotura prematura de membranas. · Corioamnionite. · Baixo peso ao nascer. Alterações urinárias na gestação favorecem infecções · Útero gravídico Hidronefrose, principalmente à direita (dextrorrotação uterina) · Redução do tônus pela ação da progesterona Dilatação das vias e estase urinária · Refluxo vesicoureteral Quem causa? As mesmas bactérias das pacientes não gestantes: Escherichia coli (75% a 95%) Tipos de infecção ⚠ Bacteriúria assintomática · Urocultura com > 100.000 UFC/ml na ausência de sintomas clínicos · Antibioticoterapia via oral · Urocultura de controle após o tratamento · Pode evoluir para cistite ou pielonefrite Cistite · Presença de sintomas clínicos de infecção de trato urinário baixo · Já tem indicação de tratar · Urocultura é recomendada antes de iniciar o tratamento · Antibioticoterapia via oral · Urocultura de controle após o tratamento Não usamos bactrim ou quinolonas!!! Nitrofurantoína é excelente, mas evitamos no primeiro trimestre e após 36-37 semanas pelo risco de hemólise no RN. ⚠ Pielonefrite · Gestantes têm risco maior de evolução para pielonefrite e sepse de foco urinário · O tratamento sempre deve ser realizado com a paciente internada · Antibioticoterapia endovenosa · Preferencialmente cefalosporinas de segunda e terceira geração - Ex.: ceftriaxona · Geralmente 10 a 14 dias de tratamento · Monitorização e atenção para evolução para sepse Profilaxia da recorrência de infecções urinárias na gravidez · Como? · Após um episódio de pielonefrite · Após dois episódiosde bacteriúria assintomática e/ou cistite · Quando? Nitrofurantoína ou cefalexina até o parto Parto Fases clínicas estática fetal Partograma Índice de bishop Indução do parto Trajeto⚠ · Trajeto mole · Segmento inferior,, colo do útero, vagina · Trajeto duro · Dois ossos ilíacos · Sacro · Cóccix · Pube · Estreito superior - vai da borda superior sínfise púbica até o promontório · Saliência do promontório, borda anterior da asa do sacro, articulação sacroilíaca, linha inominada, eminência iliopectínea e borda superior do corpo do púbis e da sínfise púbica · Conjugatas · Conjugata vera anatômica (11cm) - Promontório à borda superior da sínfise púbica · Conjugata vera obstétrica (10.5cm) - Promontório à face posterior da sínfise púbica. · Conjugata diagonalis (12cm) - Promontório à borda inferior da sínfise púbica. É a medida indireta da vera obstétrica · Estreito médio - Local mais comum de distorcia (bebe entala) · Ápice do sacro, espinhas isquiáticas e face posterior do púbis · Diâmetro transversal (espinhas ciáticas): 10,5 cm → Menor diâmetro da pelve · Diâmetro ântero-posterior: 12 cm · Estreito inferior - pela retropulsão do coccix ele aumenta de 9,5 para 11cm · Porta de saída · Borda inferior do púbis, tuberosidades isquiáticas e extremidade do cóccix · Diâmetro ântero-posterior: conjugata exitus · Repouso: 9,5 cm · Retropulsão do cóccix durante expulsão fetal: 11 cm · Diâmetro transversal (tuberosidades isquiáticas): 11 cm Tipos de pelve · Ginecóide · Melhor padrão para o parto · Estreito superior arredondado · Porção posterior espaçosa · Paredes pélvicas paralelas · Espinha ciática não proeminente · Androide · Estreito superior triangular · Paredes pélvicas convergentes · Espinha ciática saliente · Ângulo subpúbico estreito · Complexo ter um feto passando por ela · Antropoide · Prognóstico intermediário · Estreito superior elíptico · Maior diâmetro anteroposterior · Espinhas ciáticas não proeminentes · Platipelóide · Distocias ocorrem mais na insinuação · Estreito superior ovalado · Maior diâmetro transverso · Estreito inferior semelhante a ginecóide Estática fetal Situação - Relação entre o maior eixo fetal e o maior eixo do útero · Transverso · Longitudinal (mais comum) · Oblíquo Apresentação Polo que está sendo apresentado para a pelve · Cefálica · Pélvica · Córmica Atitude · Fletida (mais comum) · Deflexão de 1 grau · Deflexão de 2 grau · Deflexão de 3 grau · Assinclitismo posterior (Litzmann) · Assinclitismo anterior (Nagele) · Pelvipodálica ou pélvica completa - pode inicialmente · Pélvica simples ou incompleta - pior para parto vaginal Altura · plano de De Lee · Plano de Hodge (não é utilizado na prática) Posição Relação do dorso fetal com o corpo materno ⚠ Estática fetal · Pontos de referência fetais · Sinclitismo e assinclitismo · Variedade de posição Pontos de referência fetais Obs: Deflexão de 1° e 2° o bebe apresenta mais dificuldade para nascer Tudo é proporcionalidade, as deflexão de 1° e 2° são maiores que o estreio da tuberosidade isquiática do estreito médio que mede 12.5 cm Variedade de posição Sinclitismo e assinclitismo · Assinclitismo anterior: osso parietal anterior ocupa maior parte do canal do parto; sutura sagital mais próxima do sacro · Desvio no sentido látero-latera · Assinclitismo posterior: osso parietal posterior ocupa maior parte do canal do parto; sutura sagital mais próxima do púbis Apresentação pélvica Altura da apresentação · Relação entre o ponto fetal mais baixo e os planos da bacia materna · Planos de De Lee · Plano 0: altura das espinhas isquiáticas · Planos negativos: acima das espinhas isquiáticas · Planos positivos: abaixo das espinhas isquiáticas · Insinuação fetal é quando o vértice da apresentação atinge o plano 0 de De Lee · Obs: O bebe insinua quando o vértice atinge o ponto 0 do plano de delee - o maior diâmetro está passando no estreito superior ⚠ Mecanismo de parto · Insinuação · Passagem do maior diâmetro da apresentação pelo estreito superior · Vértice da apresentação atinge o plano 0 de De Lee · Dois movimentos · Orientação: acomoda a cabeça na pelve · Flexão: firma a posição fletida da cabeça · Descida: O trânsito da apresentação ao longo do canal · Rotação interna da cabeça - o bebe está dentro da vulva · 45 graus se estiver em anterior · 90 graus se estiver em transverso · 135 se estiver em posterior · Desprendimento da cabeça · O bebe vai restituir · Rotação externa da cabeça - Retorno da cabeça à posição que possuía antes da rotação interna · Desprendimento das espáduas · Ele roda para occipito esquerda anterior · Fazemos uma leve pressão para desprender o ombro anterior e para o ombro posterior ⚠ Distocia de ombros Definição · Quando ocorre o desprendimento cefálico sem progressão para desprendimento do diâmetro biacromial após 60 segundos · Sinal da tartaruga Medidas básicas · Informar a gestante acerca do quadro e da necessidade de aplicar manobras · Solicitar ajuda · Condutas a serem evitadas · Evitar tracionar demasiadamente o feto para liberação dos ombros · Não realizar pressão no fundo uterino (manobra de Kristeller está proscrita) · Não seccionar o cordão antes da passagem das espáduas · A episiotomia não é feita de rotina (estamos falando de uma impactação óssea) Manobras · Manobra de McRoberts - Busca aumentar o diâmetro ântero-posterior da pelve materna · Manobra de Rubin I · Auxiliar realiza pressão suprapúbica · Ajuda a reduzir o diâmetro biacromial fetal · Empurra o ombro anterior em direção ao tórax · Manobra de Jacquemier · Manobra de Rubin II · Manobra de Woods (manobra do parafuso) · Manobra de Gaskin - Alternativa: posição de largada · Mnemônico ALEERTA Manobras de última instância · Fratura intencional da clavícula anterior · Sinfisiotomia · Manobra de zavanelli - coloca o bebe novamente no útero e faz a cesariana ⚠ Parto pélvico Fatores de risco · Menor idade gestacional · Gemelaridade · Alterações de líquido amniótico · CIUR (crescimento intrauterino restrito) · Parto pélvico anterior · Anomalias uterinas · Tumores pélvicos Versão cefálica externa (VCE) Escolha da via de parto · A maioria será levada para cesariana · Principais critérios para parto vaginal · Idade gestacional ≥ 36 semanas · Ausência de anomalia fetal que possa causar distocia · Profissional habilitado no parto pélvico e disponibilidade imediata de instalações para parto cesariano de emergência · Ausência de alterações da bacia materna · Trabalho de parto espontâneo - Boa atividade uterina · Tentar manter a bolsa íntegra Assistência ao parto vaginal pélvico · Manobra de Thiessen · Evitar laceração do colo · Sela a vulva da gestante com compressas, promovendo uma pressão com a palma da mão por duas ou três contrações · Desprendimento da cabeça derradeira · Manobra de Liverpool · Deixar o feto pendente por cerca de 20 segundos para que o polo desça · Manobra de McRoberts pode ser associada · · · Manobra de desprendimento in situ · Posicionar os dedos indicador e médio no úmero e o polegar na axila fetal para apreender o antebraço posterior · Tracionar cuidadosamente em direção à vulva · Manobra de Bracht · Rebater o feto em direção ao abdome materno · Facilitar o desprendimento do polo cefálico Assistência ao parto cefálico Periodos clinicos · Fase ativa · 3 a 5 contrações em 10 minutos · Período premonitório · Percepção de contrações · Perda de tampão mucoso · Ausência de dilatação progressiva e rápida do colo · 1° período - período de dilatação · É dividido em: · Fase latente · Dilatação até 5cm · Nulíparas: até 20 horas · Multíparas: até 14 horas · Fase ativa · Definida por uma velocidade de dilatação maior do colo do útero · Dilatação ultrapassa 3-5 cm e chega a até 10 cm · De 5 cm até a dilatação completa · Contrações uterinas regulares (2-3 a cada 10 min) · Dilatação cervical 4 cm · Duração 10-12 horas em nulípara, 6-8h em multíparas · O quefazer? · Na fase latente: Estimular espera da fase ativa do trabalho de parto em casa | Orientar sobre métodos não farmacológicos de alívio da dor · Na fase ativa: Ausculta intermitente do BCF | Toque vaginal a cada 4 horas | Estimular a ingestão de líquidos e dieta leve | · Estimular deambulação · Presença de acompanhante · Ingestão de líquidos claros · Ausculta fetal (intermitente - sonar x contínua - cardiotocografia) · O que NÃO fazer? · Tricotomia · Enteróclise - limpar o reto · Toques vaginais desnecessários · Amniotomia de rotina (somente quando há discinesia uterina) · Realizar enema de rotina · Acesso venoso para todas · Toques sucessivos · 2° período - período expulsivo · Dilatação total até a expulsão total do feto · Contração uterina máxima 3 a 5 contrações em 10 min · Duração (MS) · Primíparas: 2.5h (3h com analgesia) · Multíparas: até 1h (2h com analgesia) · O que fazer? · Ocitocina 10 UI intramuscular · Tração controlada do cordão umbilical · Manobra de Ritgen modificada · Clampeamento tardio do cordão entre 1-3 min · Episiotomia seletiva - mais utilizada: médio lateral · O que NÃO fazer? · Manobra de Kristeller · Episiotomia de rotina · 3° período - Secundamento · Deslocamento e expulsão da placenta · Prolongado se duração maior que 30 min -> após 30 min podemos pensar em uma conduta mais intervencionista · O que fazer? · Tração controlada do cordão · Ocitocina profilática de 10 UI IM · Massagem uterina após secundamento · Revisão do canal de parto (lacerações de trajeto) · O que NÃO fazer? · Tração interpretativa de cordão · 4° período - período de Greenberg · Final de secundamento até 1h após o parto · Hemostasia do sítio de inserção placentário · Mecanismo de hemostasia · Miotamponagem (ligadura viva) · Trombotamponagem · Indiferença mio uterina · Contração uterina fixa · O que fazer? · Observar sangramentos Partograma · Legenda · Cada coluna representa 1 hora na avaliação da parturiente · Triângulos = Dilatação cervical · Círculos = Apresentação fetal e variedade de posição (cefálica) · Quadrados pintados = Contrações uterinas · Só deve ser aberto na fase ativa da dilatação · Linha de alerta e linha de ação · Fase ativa prolongada · Dilatação cervical menor que 1cm/hora · Principal causa: contração uterina ineficaz · Conduta: · Posições verticais · Analgesia · Rotura artificial das membranas · Ocitocina · Parada secundária da dilatação ⚠ · Dilatação mantida a por dois toques sucessivos com intervalo de 2 horas entre eles · Contrai, mas o colo não dilata · Desproporção cefalopélvica relativa → Posicionamentos anômalos do feto (assinclitismos ou deflexão da cabeça fetal) · Alteração de posição materna · Rotura artificial das membranas · Spinning babies · Desproporção cefalopélvica absoluta → Desproporção real entre o tamanho do feto e a anatomia materna →Cesariana · Hipocontratilidade uterina -> fazer: · Posições verticais · Rotura artificial das membranas · Ocitocina · Analgesia · Período pélvico prolongado · Descida lenta da apresentação no período expulsivo > 2 horas em nulípara ou > 1 hora em multípara · Se a paciente tiver recebido analgesia farmacológica · Principal causa: contração uterina ineficaz · CD: Posições verticais Rotura artificial das membranas Ocitocina · Parada secundária da altura · Altura que permanece após 1h no período expulsivo · Parto taquitócico · Menos de 4 horas entre o início da fase ativa e a expulsão completa do feto · Principal causa: Uso inadequado de ocitocina · Complicações: Hemorragia puerperal | Sofrimento fetal | Lacerações de parto Indução do parto Definição · Utilização de métodos que promovam elevação da força ou da frequência das contrações uterinas para deflagrar o trabalho de parto Indicações - Quando manter a gestação é um risco para mãe e feto · Doenças maternas descompensadas (cardiopatias, por exemplo) Ruptura prematura de membranas > 34 semanas Pós-datismo (≥ 41 semanas) Corioamnionite · Óbito fetal · CIUR na maturidade Comprometimento fetal (malformações, por exemplo) Contraindicações Índice de Bishop · Avaliação do grau de amadurecimento do colo uterino · Contraindicações ao uso de misoprostol · Cesariana prévia, cirurgia uterina anterior, uso em conjunto com ocitocina e placenta prévia · Alternativa O fórceps Indicações · Parada da progressão (mais comum) · Sofrimento fetal · Gestante cardiopata ou com doenças neurológicas ou pulmonares · Período pélvico prolongado sem resposta às outras medidas · Morte súbita materna · Cabeça derradeira sem resposta às manobras Critério de aplicabilidade · Paciente orientada e concordante com o procedimento Apresentação fetal em > +2 / +3 de De Lee Conhecimento da variedade de posição fetal Feto vivo As membranas devem estar rotas A bexiga materna deve estar vazia (sondagem, se necessário) Dilatação total Ausência de desproporção cefalopélvica · Garantia de analgesia Modelos · Fórceps de Simpson · Fórceps de alívio · Fórceps de alívio · Fórceps de Kielland Faz rotações em maiores graus · Fórceps de Piper Usado para cabeça derradeira no parto pélvico Vácuo extrator · Possui as mesmas indicações e critérios de aplicabilidade que o fórceps Prematuridade · Parto entre 20-22 semanas, antes de 37 semanas · Principal causa de morbidade e mortalidade neonatal · Obs: antes de 22 semanas = abortamento · Principais causas · RPMO · Prematuridade terapêutica (devido a infecções) · Trabalho de parto prematuro espontâneo · Principais fatores de risco · História de parto prematuro anterior · RPMO - Rotura prematura de membranas ovulares · Infecções · Infecção do trato genital · Infecção urinária · Doença periodontal · Gestação múltipla · Polidramnia · Pré-eclâmpsia · Alterações do colo do útero · Cirurgias de colo de útero (ex.: dilatação pré-curetagem e conização) · Doenças do colágeno (ex.: síndrome de Ehlers-Danlos) · Malformações Incompetência istmo cervical - Diagnóstico clínico retrospectivo · Partos prematuros recorrentes, geralmente antes das 28 semanas de idade gestacional e frequentemente antes das 24 semanas · Os partos prematuros ocorrem sucessivamente e em idades gestacionais cada vez mais precoces · Dilatação cervical indolor · Conduta: cerclagem uterina entre 12 - 16 semanas · Complicações neonatais mais comuns incluem: · Síndrome do desconforto respiratório · Hemorragia intracraniana · Enterocolite necrosante · Sepse · Fatores de predição · Ultrassonografia do colo uterino curto (primeira foto) -> < que 2 cm · Para quem? Rastreamento universal (FEBRASGO) · Quando? Junto com o US morfológico de 2.º trimestre (Entre 19 e 24 semanas) · Síndrome do colo curto ⇨ Conduta: Progesterona via vaginal · Fibronectina fetal · Liberada pela matriz extracelular quando há ruptura na interface uteroplacentária · Marcador do trabalho de parto prematuro · Prevenção · Repouso e abstinência (pois ela pode estimular contrações esporádicas) · Tratamento de vaginose bacteriana · Circlagem uterina · Entre 12 e 16 semanas · Sutura em bolsa com fio inabsorvível · Progesterona (via vaginal) · Usar em colo curto ou história de parto prematuro quando a mulher completar 16 semanas de gestação · Cerclagem + progesterona · Colo curto + história de parto prematuro · Trabalho de parto · A partir de 34 semanas ⇨ Assistência ao parto · Abaixo de 34 semana · Tocólise · Corticoterapia · Contrações uterinas regulares antes de 37 semanas + Dilatação e/ou apagamento cervical + fibronectina fetal positiva -> fazemos a tocólise com: : · Salbutamol, terbutalina · Efeitos colaterais: taquicardia, tremores e náuseas · Indometacina · Risco de fechamento do canal arterial · Nifedipina · Primeira escolha por alguns autores · É hipotensor · Antagonistas da ocitocina · Mais caro, menos efeitos colaterais · Indicação da tocólise · Membranas íntegras · Até 4 a 5 cm de dilatação · IG entre 24 e 34 semanas · Contraindicação da tocólise · Morte fetal intrauterina · Anomalia fetal incompatível com a vida · Vitalidadefetal alterada · Quadros hipertensivos graves maternos · Hemorragia materna · Rotura de membranas ovulares · Corioamnionite · Objetivos da tocólise: postergar o parto por tempo suficiente (48-72 horas) para praticar a corticoterapia antenatal. · Neuroproteção: Sulfato de magnésio · Quando? < 32 semanas · Objetivo: Usado para neuroproteção do feto · Como? Zuspan: Dose de ataque de 4 g + 1 a 2 g/h de manutenção Idealmente 4h antes do nascimento Obs: Ações complementares · Internação e repouso no leito · Monitorização regular contrações e batimentos cardíacos fetais · Avaliar vitalidade fetal: Cardiotocografia fetal · US (apresentação fetal, volume de líquido amniótico, estimar peso fetal/IG e pesquisar malformações fetais). · Exame bacteriológico + culturas (conteúdo vaginal e anal) · Acesso venoso · Coleta de Hemograma completo + EAS + Urocultura · Uso limitado às primeiras 48h Obs: O objetivo da tocolise é ganhar tempo para a antibioticoterapia profilática para S. grupo B + corticoterapia. · Antibioticoprofilaxia para Streptococcus do Grupo B · Penicilina G ou Ampicilina -> Pelo menos 2 doses com intervalo de 4 horas antes do nascimento. · Corticoterapia · Estimula a produção de surfactante · Entre 24 e 34 semanas (MS) · Entre 24 - 36 + 6 (ACOG) · Feito com betametasona e dexametasona · Betametasona 12 mg/dia IM. Total de 2 aplicações com intervalo de 24h. · Dexametasona 6 mg, IM, a cada 12 horas por dois dias · Redução: · Doença da membrana hialina · Hemorragia intraventricular · Enterocolite necrotizante · Mortalidade neonatal Rotura prematura das membranas · Conceito: ocorre após 20 semanas e antes do início do trabalho de parto · Principais fatores de risco: · Hiperdistensão uterina · Gemelaridade · Polidrâmnio · Feto GIG · Enfraquecimento das membranas · Carências nutricionais · Síndrome de Ehlers-Danlos (defeito do colágeno) · Inflamação ou infecção · Produção de proteases e colagenases ou aumento da apoptose · Relação com infecções na gestação (especialmente do trato geniturinário) · Diagnóstico: anamnese + exame físico · ph vaginal > 6-6,5 · Teste da cristalização folha de samambaia · Ultrassonografia - não é exame de certeza/ não nos baseamos nela · Amnisure detecta PAMG-1/ IGBP - swabs que veem proteínas que são do líquido amniótico · Conduta · < 24 semanas · Prognóstico reservado (viabilidade fetal) · Duas opções · Expectante · Interrupção · Orientar e esclarecer os pais · De 24 a 34 semanas · Internação · Repouso relativo · Monitoramento de sinais vitais · Monitorar a presença de contrações · Avaliação da vitalidade fetal · Vigilância infecciosa rigorosa · Hidratação · Corticóide · Antibiótico para aumentar o período de latência e prevenir corioamnionite: · Ampicilina 2 g, EV, a cada seis horas, por 48 horas + Amoxicilina 500 mg, VO, a cada oito horas, por mais cinco dias + Azitromicina 1 g, VO, dose única · Resolução da gestação · Alteração de vitalidade fetal · Evolução para trabalho de parto espontâneo (presença de contrações) · Sinais de infecção (corioamnionite) · Antibioticoterapia Clindamicina + Gentamicina OU Ampicilina + Gentamicina + Metronidazol · ≥ 34 semanas ⇨ Interromper a gestação ⇨ Indução para parto vaginal (preferencial) Cesariana · Indicações mais comuns · Falha na progressão durante o trabalho de parto · Histerectomia prévia · Apresentação fetal anômala · Sofrimento fetal · Indicações absolutas · Placenta prévia total · Desproporção cefalopélvica · Herpes genital ativo · Condilomatose extensa · Prolapso de cordão · Morte materna (feto vivo) · Indicações relativas · Gestante HIV + · Apresentação pélvica · Gemelar · Cesarianas anteriores · Pré eclâmpsia · Classificação de robson Fórcipe Obstétrico Sofrimento Fetal Agudo Definição · O sofrimento fetal agudo acontece principalmente durante o trabalho de parto · Insuficiência uteroplacentária aguda - hiperatividade uterina, hipotensão materna, DPP · Insuficiencia feto placentaria aguda · Nó de cordão, prolapso, compressão · Dificuldade de trocas gasosas - Feto entra em hipoxemia, hipóxia e acidose Etiologias: Hiperatividade uterina Hipotensão materna Patologias funiculares Hiperatividade uterina · Aumento da força e/ou frequência das contrações uterinas · Ocorre uma diminuição do fluxo sanguíneo para o feto · O uso inadequado de ocitocina é a principal causa Hipotensão materna · A PA materna é insuficiente para manter o fluxo fetal · Menos oxigênio para o feto · Causas Anestesia, hemorragias, compressão aorto-cava, PCR, entre outras Patologias funiculares · Prolapso de cordão umbilical · O cordão umbilical é projetado para fora da cavidade antes do feto · Geralmente acontece após a rotura das membranas · Emergência obstétrica ⇨ Compressão do cordão e hipóxia iminente · Nó de cordão umbilical: · Circulares de cordão umbilical · Nó verdadeiro de cordão · Na maioria dos casos, não causa repercussão ao feto Monitorização fetal · Ausculta fetal intermitente · Sonar ou estetoscópio de Pinard · A cada 15 a 30 minutos no primeiro período, e a cada cinco a 15 minutos no segundo · Por 1-2 minutos antes, durante e após a contração · ⚠ Cardiotocografia Cardiotocografia É um exame que avalia o BCF e as contrações uterinas Avalia indiretamente a vitalidade fetal Indicação: Todas podem ser submetidas, mas a indicação é predominante para gestantes de alto risco e de baixo risco após 40 semanas de idade gestacional · CTG anteparto · CTG intraparto Como é feita · Dois transdutores · Fundo uterino: registra as contrações uterinas · Dorso fetal: registra a frequência cardíaca fetal · Botão para a gestante - Registrar movimentação fetal ⚠ Interpretação · Linha de base: · Variabilidade: Norma: 5 a 25 · Acelerações: · transitórias (15 bpm/min em 15s) · Desacelerações: · Precoces · Tardias - indica SFA · Variáveis - indica SFA · Episódios de aumento na frequência cardíaca fetal que ocorrem em resposta à atividade motora do feto ou às contrações uterinas Padrão sinusoidal · Formato de sino, amplitude de 5 a 15 bpm, monótono, regular e fixo · Traçado preocupante · Relacionado com anemia grave e hipóxia fetal · Padrão terminal ⚠ Desacelerações intraparto (DIP) · São quedas temporárias durante o trabalho de parto · Desaceleração precoce (DIP I) · A paciente está em trabalho de parto ⇨ Contração uterina comprime o polo cefálico fetal ⇨ Aumento da pressão intracraniana gera resposta vagal e queda da FCF · Nadir da desaceleração coincide com pico de contração (Linha vermelha) · Não indica sofrimento fetal · Desaceleração tardia (DIP II) · A paciente está em trabalho de parto ⇨ Contração uterina comprime vasos placentários ⇨ Fetos com baixa reserva de oxigênio entram em sofrimento, com queda da FCF · Nadir da desaceleração acontece depois do pico de contração · Pode indicar sofrimento fetal · Desaceleração variável (DIP III) · Contração uterina ou movimento fetal comprime o cordão umbilical - Resposta parassimpática fetal e queda da FCF · Nadir de desaceleração sem relação com o pico de contração uterina · Pode indicar sofrimento fetal Classificação da cardiotocografia ⚠ Conduta: · Prevenir o sofrimento fetal agudo · Categoria I · Categoria II · Categoria III Prevenir o sofrimento fetal agudo · Não devemos acelerar o parto que progride normalmente · Só utilizar ocitocina quando for indicado, pois a ocitocina pode causar hipercontratilidade · Utilizar a menor dose possível de ocitocina na indução do parto Categoria I · Feto nos padrões esperados · Sem necessidade de intervenção · Seguimento da assistência ao trabalho de parto Categoria II · Categoria duvidosa Sem certeza se o feto está totalmente bem ou não · Medidas de reanimação intra uterina · Gestante em decúbito lateral esquerdo ⇨ Evita a compressão aorto-cava · Suspender ocitocina ⇨ Reduz a atividade contrátil do útero · Ofertar oxigênio à gestante ⇨ Aumenta oxigenação do feto · Hidratação venosa ⇨ Caso haja suspeita de hipovolemia · Amnioinfusão(NÃO É FEITA NA PRÁTICA) · Infundir líquido na cavidade uterina por punção abdominal ⇨ Aumenta o espaço e evita a compressão do cordão · Pouco realizado na prática · Repetir a CTG após a reanimação · Foi para categoria I Interromper medidas e observar · Manteve categoria II ou evoluiu para III ⇨ Preparar para interromper gestação Categoria III · Alta possibilidade de hipóxia · Preparar a paciente para o parto (cesária ou fórceps) ⇨ Reanimação uterina enquanto aguarda Sofrimento fetal Crônico Definição ⚠ Crescimento intrauterino restrito (CIUR) Rastreio Diagnóstico · Ultrassonografia ⇨ Biometria para estimar o PFE (peso fetal estimado) · Circunferência abdominal fetal (CA) ⇨ parâmetro mais sensível para saber se o bebe está crescendo · Comprimento do fêmur (CF) · Circunferência cefálica (CC) · CIUR · OMS ⇨ PFE < p3 · ACOG ⇨ PFE < p10 · Obs: Adequado: p50 Classificação antiga Crescimento simétrico (tipo I) · De 10% a 20% dos casos · Hipóxia precoce (fase de hiperplasia do embrião) ⇨ Principalmente no 1° trimestre · Todas as três medidas abaixo do p10 para a idade gestacional (IG) Crescimento assimétrico (tipo II) · 75% dos casos · Hipóxia mais tardia (fase de hipertrofia fetal) Ocorre mais no 3° trimestre · Circunferência abdominal mais prejudicada (< p10) · Outras duas medidas ficam em valores normais Crescimento intermediário ou misto · Acontece tanto a hiperplasia quanto a hipertrofia fetal ⇨ Especialmente no 2° trimestre · Os ossos longos e o polo cefálico são menos impactados quando comparamos com o tipo I Classificação atual · CIUR precoce · Início < 32 semanas · Mais associado com a implantação placentária deficiente · Maior frequência de associação com as síndromes hipertensivas maternas · CIUR tardio · Início ≥ 32 semanas · Mais associado com as alterações de difusão placentária · Menor frequência de associação com as síndromes hipertensivas maternas Perfil biofísico fetal (PBF) Parâmetros (avaliado pela cardiotocografia e pela ultrassonografia) · Agudos: · Tônus · Movimentos fetais · Movimentos respiratórios fetais · Frequência cardíaca fetal · Crônicos: Volume de líquido amniótico (vLA) ⇨ MBV ≥ 2 cm Alterações durante a hipóxia · BCF é o primeiro parâmetro a se alterar · Tônus é o último dos parâmetros agudos a se alterar Pontuação Cada parâmetro, quando presente, pontua 2 em um total de 10 pontos · PBF 6 em 10 ⇨ Considerar a interrupção da gestação · PBF 0/2/4 em 10 ⇨ Interromper a gestação ⚠ Dopplervelocimetria · Avalia o fluxo de sangue através dos vasos maternos e fetais · Artérias uterinas ⇨ Baixa resistência · Pouca utilidade · Artéria umbilical ⇨ Baixa resistência · Artéria cerebral média ⇨ Alta resistência (indica perfusão fetal) · Ducto venoso (DV) · Centralização fetal ⇨ Hipóxia fetal severa ⇨ Prioriza órgãos nobres (cérebro, adrenais e miocárdio) · Vasodilatação central Vasoconstrição periférica Puerpério · Conceitos · 6- 8 semanas após o parto · Retorno dos órgãos reprodutivos e readaptação do organismos femino · Momento de surgimento de diversos distúrbios · Puerperio fisiologico · Útero · Intrapélvico em 10-14 dias · Colo fechado em uma semana · O exame preventivo pode ser realizado após 90 dias do parto · Ovários · em 6-8 semanas há ovulação (sem amamentação) · Mamas · Na gravidez: Estrogênios, progesterona, glicocorticoides, hormônio do crescimento e fator de crescimento epitelial · No puerpério: Prolactina, glicocorticoides e insulina · Colostro nos primeiros dias → Água, vitaminas, proteínas, carboidratos e imunoglobulinas · Apojadura até 3 dia · Pode ter febre baixa até uns 38 graus · Lóquios · 3-4 dias: vermelho → Lochia rubra · Até segunda semana: róseo → Lochia fusca · Após segunda semana: seroso e branco → Lochia alba · Hemorragia pós parto · Sangramento > 0,5L no parto vaginal, > 1 L na cesariana ou que torna paciente sintomática/ sinais de hipovolemia · Principal causa de morte materna no mundo · OPA! No Brasil, é a HIPERTENSÃO · Causas · Hipotonia; atonia uterina · Laceração de trajeto · Retenção placentária · Distúrbios de coagulação 4 Ts: Tônus Trauma Tecido Trombina · Fatores predisponentes · Multiparidade - Útero maior com parede delgada · Placentário anómala - acretismo e placenta prévia · Parto prolongado ou rápido · Anestesia geral · útero de Couvelaire · Sobredistensão uterina · Cesariana prévia e atual · Atonia uterina prévia · Atonia uterina · Quadro clínico: · Hemorragia precoce · útero subinvolução, amolecido · Medidas gerais: · Acesso venoso, hemoderivados · Massagem uterina bimanual · Manobra de Hamilton · Tratamento medicamentoso · Ocitocina IV (10 unidades IM no parto profilática na hora do parto apos a expulsão fetal), meta govina (se paciente não hipertensa), misoprostol (Terceira linha) · Ácido tranexâmico · Técnicas de tamponamento · Balão de Bakri - compressão dos vasos que pode fazer ganhar tempo até que outras medidas surjam efeito · Sondas de Foley improvisadas · Técnicas cirúrgicas · Sutura de B Lynch - diminui a perfusão uterina · Ligadura de aa, uterina, hipogástricas (ilíaca interna) · Embolização de aa. uterina (quando há serviços de embolização) · Histerectomia subtotal (para reduzir o tempo) · Laceração de trajeto · Quando há · Feto macrossômico · Manobra de Kristeller · Parto operatório/ rápido · Conduta · Revisão do canal de parto · Rafia do trajeto · Retenção placentária · Útero aumentado · Outras causas excluídas · Condita · ocitócitos · Remoção da placenta Curagem · Infecção puerperal · Febre (> 38 °C) por mais de 48h nos primeiros 10 dias, exceto primeiras 24h) · Endometrite · Forma mais frequente que pode evoluir para salpingite, peritonite e abscesso · Geralmente polimicrobiana · Fatores de risco · Cesariana · RPMO prolongada · Infecções (ex vaginose) · Diabetes · Baixo nível socioeconômico · Trauma no canal de parto · Clínica · Útero subinoluind amolecido · Febre · Colo aberto · Lóquios fétidos · Tratamento · Clindamicina e Gentamicina · Complicação · Parametrite · Salpingite · Abscesso pélvico · Peritonite · Tromboflebite pélvica séptica prova terapêutica com heparina diante de febre persistente e TC negativa para abscesso ! · Endometrite · Fatores de risco: cesariana e resto placentário · Suspeita de endometrite = Tratamento = Internação · Geralmente é polimicrobiana · Clínica clássica · Tríade de Bumm?Útero: amolecido, dolorido, subinvoluído. · Febre entre o 4.° e 5.° dia · Dor abdominal e pélvica · Lóquios fétidos e purulentos · Útero amolecido e pouco involuído · Colo uterino pérvio · Propedêutica básica: Hemograma, hemocultura, PCR, EAS, urocultura, bioquímica e USG · Tratamento · Gentamicina 240 mg/dia, EV (dose única) + Clindamicina 900 mg, EV, 8/8 horas · Mantido até 48 horas sem febre e assintomática · Alterações mamárias · Fissura → ingurgitamento → mastite → abscesso mamário · Fissura mamária: erosões em torno dos mamilos. Associado a pega inadequada. Porta de entrada -> melhora da pega auxilia a melhora!! · Ingurgitamento mamário estase láctea repentina. Bom estado geral. Desconforto mamário, hipertermia local. Tratamento: · Uso de sutiãs adequados para elevação · Melhora na pega · Massagem suave nas mamas · Ordenha manual do excesso após amamentação · Manutenção e aumento da frequência de mamadas · Mastite: infecção das glândula por S. aureus · Sinais flogísticos da mama · Clínica: Dor local intensa, rubor da mama, calor local e febre · Conduta: · Analgesicos, antitérmicos · Cefalosporina de 1 geração: Cefalexina 500 mg, VO, 6/6 horas, 7 a 10 dias OU Clindamicina 600 mg, VO, 6/6 horas, 7 a 10 dias · Manutenção da amamentação (importante o esvaziamento da mama) · Medidas feitas no ingurgitamento · Abscesso · Drenagem cirúrgica + ATB · Manter · Obs: Só contra indicamos o aleitamento na mama afetada se o pus estiver saindo pelo mamilo ⚠ Anticoncepção no puerpério Método amenorreialactação · Prolactina inibe FSH e LH: Lactaçãoinibe fertilidade · Condições para aplicação do método · Estar em amenorreia · Aleitamento materno exclusivo, inclusive à noite · Nos primeiro seis meses pós-parto · Pode haver ciclo ovulatório nesse período: Necessidade de associar métodos mais eficazes Dispositivo intra-uterino (DIU): Até 48 horas pós-parto OU Após 4 semanas pós-parto Métodos combinados · A paciente está amamentando? · Quanto tempo de pós-parto? Puérperas >48 horas e <6 semanas pós parto em aleitamento materno podem utilizar pílulas isoladas de progesterona e implante de etonogestrel Sangramentos na gravidez · Sangramentos da primeira metade da gestação · Abortamento · Gravidez ectópica · Doença trofoblástica gestacional · Sangramentos da segunda metade da gestação · Descolamento prematuro de placenta · Placenta prévia e acretismo placentário · Rotura uterina · Rotura de vasa prévia Sangramentos da primeira metade da gestação < 20 semanas Exame físico focado · Examine qualquer tecido que tenha sido expelido · Examine o abdômen · Exame especular · A vagina contém tecido ou coágulo de sangue? · A origem do sangramento pode ser vista? · O orifício cervical interno está dilatado? · USG TV Exames laboratoriais · Testes laboratoriais · Hematócrito/hemoglobina basal · Gonadotrofina coriônica humana (hCG) · TS + Rh Abortamento · Interrupção da gestação com feto com menos de 20-22 semanas ou 500g/ 25cm (quando não sabemos a idade gestacional) Etiologias · Anormalidades cromossômicas - principal causa. Mais frequente : trissomia, monossomias · Desordens anatômicas: IIC, malformações uterinas, sinéquias · Desordens endócrinas: DM, doenças da tireoide · Infecções: rubéola, CMV, parvovirose, HIV, sífilis · Trombofilias hereditárias: questionável! Maioria não recomenda rastrear · Doenças imunológicas: Síndrome antifosfolipídeo: · Trombofilia autoimune · Abortamento de repetição · óbito fetal, pré eclâmpsia · Trombose arterial e venosa · Associação com lúpus · Diagnóstico: 1 critério clínico + 1 critério laboratorial Clínico: Trombose arterial ou venosa OU Óbito fetal após 10 semanas Parto prematuro por PE < 34 semanas Três ou mais abortamentos < 10 semanas Critérios laboratoriais Lúpus anticoagulante Anticardiolipina IgM ou IgG Anti- beta 2 glicoproteina IgG ou IgM · Tratamento · SAF apenas com critérios obstétricos: AAS + heparina profilática · SAF + heparina terapêutica: AAS + heparina terapêutica -> ajuda na prevenção da pré eclâmpsia Classificação · Precoce: até 12 semanas · Tardio: entre 12 e 20 semanas · Habitual: 3 ou mais episódios consecutivos Diagnóstico · Colo uterino (aberto ou fechado) · Ultrassonografia Tipos Responder as 3 perguntas: · O colo do útero está aberto ou fechado? · Há sinais de infecção? · Como é o exame ultrassonográfico? Ameaça de abortamento ⇨ Conduta: acompanhar e sintomático, orientar repouso relativo, não internamos e não fazemos progesterona.Tranquilizar a paciente. · Sangramento e dor discretos · Beta hCG positivo · Útero compatível com IG · Colo uterino fechado · USG: BCE presente Abortamento inevitável ⇨ Conduta: aguardar (8 sem), esvaziamento uterino, imunoglobulina anti-rh · Sangramento intenso, cólicas · Beta - hCG: positivo · útero compatível com IG · Colo uterino: aberto · USG: BCE presente/ ausente Abortamento completo ⇨ Conduta: imunoglobulina anti-rh · Sangramento discreto, dor ausente · Beta hCG negativo ou em queda · Útero menor que IG · Colo uterino fechado · USG útero vazio| Endometrio menor que 15mm (nesse caso, não precisa de curetagem, pois não ficou resto) Abortamento incompleto ⇨ Conduta: esvaziamento uterino e imunoglobulina anti-Rh · Sangramento variável, cólicas · Beta hcg: negativo ou em queda · Beta hcG: menor que IG · Colo uterino: aberto ou fechado · USG restos ovulares Abortamento infectado ⇨ Conduta: Clinda + gentamicina, esvaziamento uterino e imunoglobulina anti rh · Sangramento fétido, dor abdominal, febre, leucocitose · Beta hCG: negativo · Útero:amolecido e doloroso · Colo uterino: aberto · USG: restos ovulares + febre Abortamento retido ⇨ Conduta: repetir USG (confirmatório), esvaziamento uterino, imunoglobulina anti Rh · Sangramento e dor ausentes · Beta hCG: negativo ou em queda · Útero: menor em IG · Colo uterino fechado · USG: embrião > 7 mm se BCE | Saco gestacional com diâmetro > 25mm e sem vesícula vitelina ou embrião Ovo anembrionado ⇨ Conduta: esvaziamento uterino e imunoglobulina anti Rh · Ausência de embrião em SG íntegro · USG apresenta SG > 25 mm de diâmetro sem embrião Diagnóstico diferencial Tratamento IG menor de 12 semanas, podemos fazer a curetagem ou o AMIU. Se for mais de 12 semanas, é preciso eliminar o feto, pois ele já tem parte óssea. Esvaziamento cirúrgico · AMIU : Método de escolha até 12 semanas · Menor risco de perfuração · Menor risco de síndrome de asherman (amenorreia secundária) · Curetagem uterina · IG maior que 12 semanas · Maior risco de perfuração - se tiver embrião, retirar ele primeiro para fazer a curetagem · Outros: vácuo aspiração ou microcesariana Esvaziamento clínico · Ocitocina: expulsão do feto. paralelamente ao tratamento cirúrgico · Misoprostol: método de escolha para expulsão do feto. Podemos usar para amolecer o colo para entrar com o AMIU Conduta expectante: 6-8 sem, estáveis, sangramento discreto Incompetência istmocervical · Características: · Falha do orifício interno em manter a gestação · Abortamento tardio · Perda gestacional indolores · Amniorrexe precoce · Feto morfologicamente normal · Fatores predisponentes · Amputações do colo · Dilatação do colo · Fatores congênitos · Partos arrastados que danificam o útero · Diagnóstico · Histerossalpingografia · Histeroscopia · Passagem da vela de Hegar 8 · História de: dilatação do colo indolor, USG com encurtamento do colo*, dilatação cervical · Tratamento ⇨ circlagem uterina: entre 12 e 16 semanas Gestação ectópica · Conceito: implantação do blastocisto fora da cavidade uterina · Fatores de risco: · DIU · Cirurgia tubária prévia · Gestação ectópica prévia · Doença inflamatória pélvica · Endometriose · Tabagismo · Idade Gestação tubária: 95-98% das gestações ectópicas · Sintomas clássicos: · Atraso menstrual ou beta-hCG positivo · Dor abdominal · Amenorreia · Sangramento vaginal discreto ou ausente · Subagudo: · Dor abdominal · Amenorreia · Sangramento vaginal · 70% dos casos, região ampular · Sem instabilidade hemodinâmica · Aguda: · 30% dos casos, região ístmica · Sinal de Laffon · Sinal de Cullen · Sinal de blumberg · Sinal de Proust - dor ao toque do fundo de saco · Instabilidade hemodinâmica · Diagnóstico · Hcg - deve ser feito antes da USG · Ultrassonografia - antes de visualizar o saco, temos que esperar o bHcg de 1.000- 1.500 · Achados ultrassonografia · Saco gestacional em anexo · Anel tubário · Dopplerfluxometria · Pseudosaco gestacional · Outros · < 10 ng/ml de progesterona · Laparoscopia (variáveis): · Tratamento · Variáveis · estabilidade hemodinâmica · integridade da trompa · desejo de nova gravidez · características do SG · acesso a diferentes terapias · Instabilidade hemodinâmica · Laparotomia com salpingectomia · Estabilidade hemodinâmica · Laparoscopia/ laparotomia · Salpingectomia: · Sangramento incontrolável · Ectópica recorrente · Trompa uterina muito lesada · Salpingostomia · Trompa contralateral doente · Manutenção do desejo reprodutivo · Tubária de pequenas dimensões · Medicamentoso · Metotrexate · Antagonista do ácido fólico · Para não ter falha, é feito com saco gestacional < 3.5 | bHcg < 5.000 | embrião sem batimento · Seguimento: Dosagem de beta-hCG no D4 e D7 · Queda > 15% = Beta-hCG semanal até negativar · Queda < 15% = Repetir Metotrexato · Repetir se beta hcg não cair 15% · Expectante - feito somente quando o beta resolver espontaneamente · Gestação ectópica íntegra e estabilidade hemodinâmica · Declínio dos títulos de beta-hCG no intervalode 24 a 48 horas · Beta-hCG inicial < 2.000 mUI/mL · US com ausência de embrião vivo e massa tubária inferior a 5 cm Doença trofoblástica (DTG) ⚠ · Proliferação anormal do trofoblasto Benigna: Mola hidatiforme Mola completa Mola incompleta Maligna: Neoplasia trofoblástica gestacional Mola invasora Coriocarcinoma Tumor trofoblástico do sítio placentário · Fatores de risco · Idade > 40 anos · Mola hidatiforme anterior · Inseminação artificial · Tabagismo · Abortamento prévio · Clínica · Sangramento vaginal · Nausea e vomitos · Útero amolecido, maior que IG · Pré eclâmpsia precoce · Cistos tecaluteínicos · Hipertireoidismo · USG com imagem em flocos de neve · Cistos tecaluteínicos · Útero maior que o esperado para IG · Pré-eclâmpsia antes das 20 semanas de idade gestacional · Conduta · Vácuo Aspiração · Procedimento de escolha · Menor risco de perfuração · AMIU e Curetagem - alternativas · Histerectomia total profilática - manter os ovários · Controle pós molar · B hcg - repetido de forma semanal até zerar (3 negativas) · Mensalmente até 6m do 1° · Resultado negativo · Acompanhamento clínico e USG · Anticoncepção · Raio X de tórax · Quando pensar em malignização? · BHCG · Elevação por duas semanas · Estabilização dos níveis de beta hcg por 3 semanas consecutivas (quatro valores) · Ausência de negativação em 6m · Neoplasia trofoblástica: · Mola invasora · 70-90% dos casos · Sequela da mola hidatiforme · Coriocarcinoma · 10-30% dos casos · Pós mola, aborto, gestação a termo ou ectópica · Tumor trofoblástico do sítio placentário · Trofoblasto intermediário · Raro Sangramento na segunda metade da gestação DPP · Separação da placenta normoinserida com mais de 20 semanas e antes do feto · Acarreta em risco para o feto e para a gestante Classificação Grau O (assintomático) Diagnóstico histopatológico Grau I (leve) Sangramento discreto, sem hipertonia Grau II (intermediário) Sangramento moderado, hipertonia Grau III (grave) Sangramento importante, óbito fetal IIIA sem coagulopatias IIIB coagulopatias Fisiopatologia · Hemorragia decidual ou Hematoma retroplacentário > que gera hipertonia uterina, contrações e hipotonia uterina pós parto > consumo de fatores de coagulação e entrada de tromboplastina > coagulação intravascular disseminada Acima útero de couvelaire Fatores de risco · versão fetal externa · retração uterina intensa · miomatose uterina · traumatismo abdominal · síndromes hipertensivas · tabagismo, cocaína · RPMO, corioamnionite · Idade > 35 anos Clínica · Sangramento vaginal escuro · Dor abdominal · Hemoâmnio - sangue na cavidade amniótica · Coagulopatia Exame físico · Hipertensão (50%) · Hipertonia uterina · Sofrimento ou óbito fetal Diagnóstico · NÃO precisa de exame de imagem · Exame laboratorial: hemograma, plaquetometria · Tipagem sanguínea · Coagulograma · Rotina para doença hipertensiva Conduta · Amniotomia (não é obrigatório) · Reduz a compressão da cava inferior · Dificulta ampliação do descolamento · Melhora hipertonia, coordena contrações · Identifica hemoâmnio · Diminui a pressão intrauterina · Diminui risco de coagulopatias · Induz ou acelera o trabalho de parto · Depende da vitalidade fetal · Feto vivo > cesariana · Feto vivo e parto iminente > vaginal · Feto morto > vaginal · Feto morto, mas não iminente > cesariana Complicação · Choque hipovolêmico · Insuficiência renal dagda · Necrose hipofisária · Coagulação intravascular disseminada · Útero de couvelaire, atonia Placenta prévia Ocorre quando as placenta não migra para o fundo do útero. Classificação Obs: placenta prévia = parcial ou total Fatores de risco · Multiparidade · Endometrite · Abortamento provocado · Tabagismo · Cicatrizes uterinas prévias · Grande volume placentário · Idade > 35 anos Quando clinico · Sangramento vaginal vermelho vivo · Indolor · Espontâneo · Parada espontânea Exame físico · Tônus normal · BCF sem alterações · Exame especular identifica fonte · Toque vaginal -> PROIBIDO Exames de imagem · Ultrassonografia TV · Dopplerfluxometria · Avaliação de acretismo placentário · RM · Alta acurácia, similar à ultrassonografia · Avaliação de acretismo placentário Manejo · Hemorragia importante ou Gestação a termo → Parto · Hemorragia leve, gestação pré termo → Expectante Via de parto · Total → cesariana · Parcial → cesariana se o bebe não estiver saindo pelo canal · Placenta prévia marginal ou baixa → parto vaginal é permitido. Amniotomia Complicações · Acretismo placentario · Atonia uterina · Infecção puerperal · Parto prematuro · Apresentações anômalas · Discinesias uterinas Acretismo placentario · Penetração mais acentuada da placenta Classificação · Placenta acreta · Até a camada esponjosa · Tem um plano de clivagem que é defeituoso · Placenta increta · Até o miométrio · Placenta percreta · Até a serosa Fatores de risco · Placenta prévia · Cesariana anterior Quadro clínico · Hemorragia na tentativa do secundamento · Hematúria · Rotura uterina Diagnóstico · USG · Dopplerfluxometria - fluxo turbilhonado Manejo · Cuidados pré operatórios · Programar interrupção eletiva · Reserva de sangue · Unidade de terapia intensiva · Equipe preparada · Ideal - histerectomia total abdominal · Placenta acreta, prole incompleta - remoção manual Complicação · CIVD · SARA · Insuficiência renal · Iatrogênica cirúrgica · Morte Diagnóstico diferencial Rotura uterina · Rompimento parcial ou total do miométrio Classificação · Parcial ou incompleta · Preserva a serosa uterina · Associada à deiscência da cicatriz uterina · Total ou completa · Incluindo a serosa · espontânea ou traumática Fatores de risco · Cirurgia miometrial · Trauma uterino · Malformações congênitas · Parto obstruído · Sobredistensão uterina · Ocitócitos prostaglandinas · Manobra de Kristeller Clínica · Abdome agudo · Hemorragia abdominal · Irritação peritoneal Durante o parto · Dor súbita, lancinante · Parada do trabalho de parto · Hemorragia abdominal ou vaginal · Sinal de Clark · Sinal de Reasens · Sofrimento e óbito fetal Manejo · Iminência de rotura = cesariana · Rotura consumada · Rafia uterina, histerectomia Rotura de vasa prévia · Trauma de vasos prévios, geralmente inseridos na placenta de forma anômala Fatores de risco · Inserção velamentosa do cordão umbilical · Placenta bilobada · Placenta sucenturiado · Clínica · Hemorragia no momento da amniorrexe e anteriormente o trabalho de parto estava fluindo · Sofrimento/óbito fetal Exame de imagem · USG Prognóstico · melhor - artéria umbilical Conduta · Cesariana eletiva (se possível, pois como o sangue é de origem fetal, o bebe pode chocar) · Cesariana de urgência Rotura de seio marginal Trauma da periferia do espaço interviloso Clínica · Pequeno sangramento vaginal, vermelho vivo · Periparto · Indolor · Sem hipertonia ou sofrimento fetal · Placenta normo posicionada Doença hemolítica perinatal Anemia fetal decorrente da produção de anticorpos maternos contra hemácias fetais Sistema ABO · Forma mais comum (25-30% das gestações) · Anti A ou Anti B · Sem necessidade de contato prévio · Hemólise branda · Protege o feto contra incompatibilidade Rh Sistema Rh · Antígenos D,E,C · Formas graves de DHPN · Formação de Ac necessita de contato prévio Variante DU · Expressão fraca do antígeno D · Rh negativo que funciona como Rh positivo Antígenos atípicos · Não Rh ou ABO · 2% dos casos · Associado a hemotransfusão · Maioria não produz DHPN grave · Não tem profilaxia Fisiopatologia Quadro clínico · Anemia fetal · Eritropoiese extramedular · Diminuição da viscosidade sanguínea · Hipercinesia · Hidropsia · Óbito fetal Diagnóstico · Coombs indireto no primeiro trimestre · Solicitado para gestante Rh negativo, parceiro Rh positivo · Negativo: repetir exame com 28, 32, 36, 40 sem, repetir no pós parto,profilaxia · Positivo ≤ 1:8 repetir mensalmente · Positivo > 1:8 avaliação anamia fetal Profilaxia · Imunoglobulina anti D · 300 mcg em gestante não sensibilizadas · Com 28 semanas de gestação · Feito após o parto (72h), hemorragia na gestação, procedimento invasivo (ex amniocentese), > 28 semanas (se negativo, mas não é obrigatório e é pouco feito). · Quando dou a imunoglobulina depois o coombs indireto fica positivo. Avaliação da anemia fetal · Dopplervelocimetria da ACM · Rastreamento de escolha · Circulação hiperdinâmica de resposta · Avaliação da velocidade de pico sistólico da artéria cerebral média · Cordocentese · Padrão ouro · Casos graves · Indicados quando há hidropsia fetal ou doppler alterado Tratamento · Transfusão intrauterina - cordocentese -> até 34 semanas · Exsanguineotransfusão - após 34 semanas Distúrbios hipertensivos da gravidez · Pré-eclâmpsia ⇨ Surgimento de hipertensão e proteinúria após 20 semanas · Eclâmpsia ⇨ Convulsões tônico clônica generalizadas em gestantes com pré eclâmpsia · Hipertensão crônica de qualquer etiologia ⇨ Hipertensão presente antes da gestação ou antes de 20 semanas, sem ou com proteinúria (dano renal prévio) · Hipertensão Crônica - PA ≥ 140/90 mmHg antes da gravidez ou diagnosticada antes das 20 semanas de gestação (não atribuível à doença trofoblástica gestacional); · Hipertensão diagnosticada pela primeira vez após 20 semanas de gestação e persistente após 12 semanas pós-parto · Hipertensão crônica agravada (pré-eclâmpsia sobreposta) ⇨ Hipertensão crônica (diagnóstico antes de 20 semanas) agravada por pré eclâmpsia · Agravo de hipertensão essencial crônica preexistente, caracteristicamente após 20 semanas de gestação · Hipertensão gestacional ou transitória ⇨ Surgimento de hipertensão sem proteinúria após 20 semanas · PA ≥ 140/90 mmHg pela primeira vez durante a gravidez · Ausência de proteinúria · PA retorna ao normal < 12 semanas após o parto · Diagnóstico final realizado apenas no pós-parto · Recorre em 80% dos casos nas gestações subsequentes · Possibilidade de evolução para pré-eclâmpsia (15 a 25% dos casos) · Proteinuria < 300 mg/24h Pré eclâmpsia Fatores de risco · Primiparidade · Gestação múltipla · HAS, DM, doença renal · Lupus, SAF · PE em gestação anterior · História familiar · Gestação molar Prevenção da pré eclâmpsia Aspirina · Dose: 100 mg por dia · Iniciado antes de 16 semanas e interrompido entre 34 e 36 semanas Cálcio · Dose: 1,5g a 2,5g diariamente, divididos em 3 doses, no horário das refeições. · Ferro e Cálcio não devem ser administrados ao mesmo tempo. Fisiopatologia Fisiopatologia: falha na 2ª onda de invasão trofoblástica normal: trofoblasto invadir a camada muscular das artérias espiraladas - aumenta calibre, reduz resistência e aumenta o fluxo sanguíneo Pré-eclâmpsia: mantém resistência vascular alta, aumentando a pressão e gerando lesão endotelial = agregação plaquetária (plaquetopenia) liberação de radicais livres, com desequilíbrio entre tromboxano (↑) e prostaciclina (↓) = vasoconstrição sistêmica, ↑ RVP e ↑ PA Lesão endotelial glomerular (a disfunção endotelial é generalizada) = proteinúria patológica Repercussões sistêmicas · Cardiovascular · Vasoconstrição · Aumento de permeabilidade vascular · Redução do volume plasmático -> perda para o terceiro espaço · Hemoconcentração = hematócrito elevado · Hematológicas · Plaquetopenia · Hemólise microangiopatia · Renais · Endoteliose capilar glomerular · Redução da TFG · Elevação do ácido úrico -> chama atenção para mau prognóstico · Proteinúria -> redução da pressão coloidosmótica · Cerebrais · Formação de trombos plaquetários · Vasoespasmo · Convulsões tônico clônicas · Hemorragia cerebral · Uteroplascentarias · Aumento da resistência vascular no leito placentário · Infartos placentarios · Crescimento intrauterino restrito · Mortalidade perinatal Predição Diagnóstico Classificação · Pré eclâmpsia leve -> PA entre 140 x 90 e 160x110 mmhg e Sem lesão de órgão alvo · Pré eclâmpsia grave -> Presença de um sintoma de gravidade: Critérios de gravidade (prova) - EI PSIU Eclâmpsia Iminência de eclâmpsia Pico hipertensivo (PAS ≥ 160 e/ou PAD ≥ 110 mmHg) Síndrome HELLP Insuficiência renal (creatinina ≥ 1,2 mg/dL) Umidade pulmonar (edema agudo de pulmão) Critérios de gravidade PA > 160 x 110 mmhg Creatina ≥ 1,2 mg/dl Edema agudo de pulmão, cianose Síndrome HELLP Oligúria < 25 ml h Iminência de eclampsia Iminência de eclâmpsia = · Distúrbios cerebrais (cefaléia, torpor, obnubilação) · Distúrbios visuais (escotomas, turvação visual, diplopia) · Dor epigástrica · Reflexos tendinosos exaltados Tratamento · Pré eclâmpsia leve/ hipertensão gestacional -> não fazer antihipertensivo · Aferir a PA e acompanhar · Reduzir de 15% a 25% da PA na primeira hora · Pré eclâmpsia grave: · Sulfato de magnésio · Prevenção e tratamento das convulsões -> 4g IV (ataque) / 1-2g/h IV (manutenção) · Intoxicação (+ raro): Acompanhar a diurese, pois quando ela reduz, há o risco maior de intoxicar. Há a redução dos reflexos profundos · Antídoto: gluconato de cálcio · Anti-hipertensivo agudo · Hidralazina IV · Nifedipina oral · Labetalol · Anti- hipertensivo crônico · Metildopa · Hidralazina oral · Nifedipino · Parto: tratamento definitivo (preferencialmente vaginal) e após a estabilização clínica da paciente · Pré eclâmpsia leve: manter até 37 semanas. Não ultrapassar 40s semanas · Pré eclâmpsia grave: · IG < 24 semanas = resolução da gestação · IG IG > 24 e < 34 sem tentar prolongar a gestação até 34 semanas, mantendo: · IG > 24 e < 34 sem = Resolução da gestação em caso de · Síndrome Hellp · DPP · Eclampsia · Edema agudo de pulmão · Trabalho de parto prematuro · Rotura prematura de membranas · Via de parto · Cesárea: pré-eclâmpsia com sinais de gravidade e pré-termo, com colo uterino desfavorável · Vaginal: pré-eclâmpsia sem sinais de gravidade e de termo, mesmo com colo uterino desfavorável (é possível preparar colo com misoprostol e indução com ocitocina) · Eclâmpsia · Via de parto · Cesárea: pré-eclâmpsia com sinais de gravidade e pré-termo, com colo uterino desfavorável · Vaginal: pré-eclâmpsia sem sinais de gravidade e de termo, mesmo com colo uterino desfavorável (é possível preparar colo com misoprotol e indução com ocitocina) Síndrome HELLP · Pode ocorrer na pré eclampsia ou eclampsia · Sinais clínicos: · cefaléia, epigastralgia, dor hipocôndrio D, inapetência, náusea e/ou vômitos, escotomas · A paciente pode ser normotensa ou sem proteinúria podem ter HELLP · Hemolise (H): esquistocitos, bilirrubina ≥ 1,2, LDH > 600 ui/l · Elevação das enzimas hepáticas (EL): AST (TGO) ≥ 70 · Trombocitopenia (LP): Plaquetas < 100. 000/ mm3 · Tratamento: · Estabilização · Controle da PA → PAS < 150 e PAD < 100 mmHg (MS · Interrupção da gravidez · Vaginal: plaquetas 20.000/mm³ · Cesárea: 50.000/mm³ · Tratamento conservador: NUNCA!!! Diabetes mellitus gestacional Fisiopatologia Produção de hormônios contrainsulinicos hPL, E,P, cortisol > Resistência periférica à insulina > Energia a partir de lipídios (jejum) e Conversão de glicose em triglicerídeos > Passagem de glicose pela placenta > Se pâncreas incapaz de aumentar a produção de insulina > Diabetes gestacional Complicações gestacionais · Abortamento · Morte fetal tardia · Polidramnia · Pré eclâmpsia Complicações fetais · Anomalias congênitas · Macrossomia · CIUR · Sofrimento fetal · Prematuridade Neonatais · Síndrome da angústia respiratória · Hipoglicemia neonatal · Hipocalcemia · Policitemia · Hiperbilirrubinemia Distócias de espáduas - o bebe entala e somente a cabeça passa · Manobra de McRoberts · Manobra de pressão suprapúbica/ Robin I · Manobra de Woods/ Rubin II Diagnóstico · Quando investigar? Início (primeira consulta de pré-natal até 20 semanas) e na metade (entre 24 e 28 semanas). · Se pré natal começar entre 20 e 28 semanas: TOTG 75g entre24 e 28 semanas · Se pré natal começar após 28 semanas: TOTG 75g imediatamente · Se não estiver disponível o TOTG 75g, fazer a glicemia de jejum Tratamento · Metas glicêmicas (importante automonitorização): · Jejum < 95 mg/dL · Uma hora pós-prandial < 140 mg/dL · Duas horas pós-prandial < 120 mg/dL · Frequência do monitoramento · Em tratamento não farmacológico - Quatro vezes ao dia (jejum, pós-café, pós-almoço e pós-jantar) · Em tratamento farmacológico - Seis vezes ao dia (antes e após cada refeição principal) · Não farmacológico · Feito por 15 dias · OBS: Glicemia ≥ 180 mg/dL após 1h de sobrecarga com dextrosol = DM gestacional, fazer restrição calórica com curva glicêmica por 15 dias · Adequação nutricional e prática de exercício físico · Alimentos in natura · Recomenda-se caminhada orientada de intensidade moderada de 30 a 40 minutos, 5 ou mais vezes por semana se não houver contraindicação · Dieta para controle de IMC · Farmacológico > insulina NPH e regular · 30% ou mais dos valores glicêmicos alterados avaliados de 7 a 14 dias indica uso de intervenção. · 0,5 UI/kg/dia = dose total inicial de insulina NPH · ⅔ pela manhã · ⅓ pela noite · Metformina · Não é a principal medicação anti-hiperglicemiante na gestação · Principais indicações: · Difícil acesso à insulina · Incapacidade de aplicação correta · Altas doses de insulina sem resposta adequada (> 100 UI/dia) · Parto · Sem controle: 37 semanas · Controle com dieta: até 39-40 semanas · Controle com insulina · Antecipação com 39-39sem e 6d · Sofrimento fetal Em terapia não farmacológica · Monitoração da glicemia a cada duas a quatro horas Glicemia > 120 mg/dL: aplicar insulina regular Glicemia < 70 mg/dL: soro glicosado (SG) 5% em bomba Apenas 14% de infusão contínua (BIC) a 60 mL/h das gestantes precisam de correção Meta: entre 70 e 120 mg/dL Em terapia farmacológica · Monitorização glicêmica · Parto espontâneo - SG 5% se tiver usado NPH pela manhã · Cesárea eletiva · Jejum pelo menos oito horas antes · NPH (1/3 da manhã ou 1/2 total do dia) · SG 5% em BIC · Indução · NPH (1/3 da manhã ou 1/2 total do dia) · SG 5% em BIC · Se usa regularmente: devemos administrar caso tenha feito desjejum A saída da placenta reduz a resistência à insulina · TOTG 75g seis semanas após o parto · Descontinuar o controle glicêmico e a insulinoterapia · Outras fontes: manter o controle por 24 a 72 horas Doenças da tireoide hCG semelhante ao TSH ⇨ Estimula a tireoide ⇨ Feedback negativo no TSH Estrogênio ⇨ Aumenta produção hepática de TBG Valores mais altos de T3 e T4 Filtração glomerular maior ⇨ O iodeto reduz ⇨ A tireoide tende a reter mais iodo e sofre uma leve hipertrofia Hipertireoidismo CCQ: Gestante com hipertireoidismo em uso de PTU deve manter o T4L no limite superior de normalidade para evitar hipotireoidismo congênito Hipotireoidismo ⚠ Tipos de gemelaridade Quanto a corioamniocidade · Monocoriônica · Os dois fetos compartilham uma placenta única. · Monocoriônica e diamniótica Dois fetos, uma placenta única, mas duas cavidades amnióticas · Monocoriônica e monoamniótica Dois fetos, uma placenta única e uma cavidade amniótica única · Dicoriônica · Cada um dos dois fetos possui a sua própria placenta (dois fetos e duas placentas) · Sempre será diamniótica Quanto a zigotia · Dizigóticos · Dois óvulos fecundados por espermatozoides diferentes · Podem ter sexos iguais ou diferentes · Sempre serão dicoriônicos e diamnióticos · Monozigóticos · Um óvulo é fecundado por um único espermatozoide e se divide após a fecundação · Separação até 72 horas → Dicoriônica e diamniótica · Separação entre 3–8 dias → Monocoriônica e diamniótica · Separação entre 8–13 dias → Monocoriônica e monoamniótica · Separação > 13 dias → Gemelaridade imperfeita · Sempre terão o mesmo sexo ⚠ Definição da corioamniocidade · Intimamente associada às complicações da gemelaridade · Avaliação do número de sacos gestacionais · US antes de 10 semanas de IG · Cada saco gestacional dá origem a uma placenta · Dois sinais ultrassonográficos importantes ⚠ · Sinal do lambda ou sinal do Y ou sinal twin peak · US entre 11 e 14 semanas de IG · Projeção do tecido corial placentário em direção ao septo intergemelar · Gestação dicoriônica e diamniótica · Sinal T · US entre 11 e 14 semanas de IG · O septo entre as placentas possui espessura < 1,5 mm · Gestação monocoriônica ⚠Complicações · Síndrome de transfusão feto-fetal (STFF) · Exclusiva de gestações monocoriônicas · Fisiopatologia · Classificação de Quintero · Estágio I: diferença significativa no volume de líquido amniótico de cada feto, sendo o doador com oligoidrâmnio (< 2,0 cm) e o receptor com polidrâmnio (> 8,0 cm) · Estágio II: achados anteriores + não visualização da bexiga do feto doador (bexiga vazia). Estudo Doppler normal · Estágio III: achados anteriores + alteração no Doppler de artéria umbilical ou ducto venoso em qualquer um dos fetos · Estágio IV: hidropsia fetal Estágio V: morte de um ou ambos os gêmeos · Conduta - Fotocoagulação com laser das anastomoses vasculares · Sequência anemia-policitemia (TAPS - twin anemia-polycytemia sequence) · Exclusiva de gestações monocoriônicas · Fisiopatologia - Presença de pequenas anastomoses patológicas na placenta · Diagnóstico - Avaliação do pico sistólico da artéria cerebral média (VPS-ACM) · Entrelaçamento de cordões · Exclusivo de gestações monocoriônicas e monoamnióticas · O parto sempre será cesárea · Gêmeo acárdico (Sequência TRAP) · Exclusivo de gestações monocoriônicas · Fisiopatologia · Conduta - Fotocoagulação com laser das anastomoses vasculares, interrompendo a comunicação entre ambos os fetos image89.png image197.png image44.png image163.png image179.png image189.png image96.png image119.png image182.png image164.png image142.png image162.png image70.png image59.png image148.png image6.png image15.png image150.png image34.png image199.png image45.png image157.png image171.png image145.png image110.png image139.png image108.png image177.png image2.png image158.png image127.png image14.png image202.png image95.png image58.png image5.png image22.png image38.png image126.png image94.png image154.png image122.png image41.png image80.png image21.png image191.png image49.png image68.png image23.png image87.png image168.png image25.png image170.png image140.png image129.png image65.png image51.png image60.png image1.png image100.png image76.png image93.png image120.png image67.png image200.png image46.png image57.png image7.png image113.png image66.png image71.png image178.png image32.png image138.png image28.png image106.png image3.png image198.png image165.png image90.png image8.png image53.png image124.png image112.png image54.png image192.png image39.png image13.png image196.png image174.png image85.png image63.png image99.png image147.png image84.png image79.png image16.png image128.png image10.png image109.png image37.png image143.png image92.png image117.png image43.png image186.png image116.png image201.png image55.png image73.png image102.png image181.png image144.png image82.png image48.png image17.png image167.png image12.png image31.png image20.png image26.png image62.png image172.png image101.png image166.png image24.png image47.png image173.png image114.png image33.png image98.png image69.png image4.png image152.png image9.png image132.png image18.png image97.png image188.png image77.png image50.png image156.png image155.png image75.png image141.png image52.png image35.png image81.png image86.png image136.png image91.png image159.png image27.png image123.png image183.png image130.png image169.png image107.png image153.png image103.png image30.png image19.png image190.png image105.png image180.png image193.png image83.png image11.png image151.png image64.png image121.png image187.png image146.png image125.png image185.pngimage111.png image175.png image149.png image72.png image78.png image74.png image137.png image88.png image161.png image61.png image160.png image36.png image56.png image135.png image131.png image184.png image134.png image104.png image40.png image195.png image42.png image194.png image133.png image176.png image115.png image29.png image118.png