Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sigmund Freud (1856-1939) foi um médico neurologista e importante psicanalista foi considerado o pai da psicanálise, que influiu consideravelmente sobre a Psicologia Social contemporânea. Nasceu em Freiberg, na Morávia, então pertencente ao Império Austríaco, no dia 6 de maio de 1856. Filho de Jacob Freud, pequeno comerciante e de Amalie Nathanson, de origem judaica, foi o primogênito de sete irmãos. Aos quatro anos de idade, sua família muda-se para Viena, onde os judeus tinham melhor aceitação social e melhores perspectivas econômicas. Desde pequeno mostrou-se brilhante aluno. Aos 17 anos, ingressou na Universidade de Viena, no curso de Medicina. Durante os anos de faculdade, deixou-se fascinar pelas pesquisas realizadas no laboratório de filosofia dirigido pelo Dr. E. W. von Brucke. De 1876 a 1882, trabalhou com esse especialista e concentrou-se em pesquisas sobre a histologia do sistema nervoso. Já revelava grande interesse pelo estudo das enfermidades mentais, bem como pelos métodos utilizados em seu tratamento. Trabalhou também no Instituto de Anatomia sob a orientação de H. Maynert. Concluiu o curso em 1881 e resolveu tornar-se um clínico especializado em neurologia. Durante alguns anos, Freud trabalhou em uma clínica neurológica para crianças, onde se destacou por ter descoberto um tipo de paralisia cerebral que mais tarde passou a ser conhecida pelo seu nome. Em 1884 entrou em contato com o médico Josef Breuer que havia curado sintomas graves de histeria através do sono hipnótico, onde o paciente conseguia se recordar das circunstâncias que deram origem à sua moléstia. Chamado de “método catártico” constituiu o ponto de partida da psicanálise. Em 1885, Freud obteve o mestrado em neuropatologia. Nesse mesmo ano ganhou uma bolsa para um período de especialização em Paris, com o neurologista francês J. M. Charcot. De volta a Viena, continuou suas experiências com Breuer. Publicou, junto com Breuer, Estudos sobre a Histeria (1895), que marcou o início de suas investigações psicanalíticas. Em 1897, Freud passou a estudar a natureza sexual dos traumas infantis causadores das neuroses e começou a delinear a teoria do “Complexo de Édipo”, segundo o qual seria parte da estrutura mental dos homens o amor físico pela mãe. Nesse mesmo ano, já observava a importância dos sonhos na psicanálise. Em 1900 publica A Interpretação dos Sonhos, a primeira obra psicanalítica propriamente dita. Durante dez anos, Freud trabalhou sozinho no desenvolvimento da psicanálise. Em 1906, a ele juntou-se Adler, Jung, Jones e Stekel, que em 1908 se reuniram no primeiro Congresso Internacional de Psicanálise, em Salzburg. O primeiro sinal de aceitação da Psicanálise no meio acadêmico surgiu em 1909, quando foi convidado a dar conferências nos EUA, na Clark University, em Worcester. Em 1910, por ocasião do segundo congresso internacional de psicanálise, realizado em Nuremberg, o grupo fundou a Associação Psicanalítica Internacional, que consagrou os psicanalistas em vários países. Entre 1911 e 1913, Freud foi vítima de hostilidades, principalmente dos próprios cientistas, que, indignados com as novas ideias, tudo fizeram para desmoralizá-lo. Adler, Jung e toda a chamada escola de Zurique separaram-se de Freud. Em 1923, já doente, Freud passou pela primeira cirurgia para retirar um tumor no palato. Passou a ter dificuldades para falar, sentia dores e desconforto. Seus últimos anos de vida coincidiram com a expansão do nazismo na Europa. Em 1938, quando os nazistas tomaram Viena, Freud, de origem judia, teve seus bens confiscados e sua biblioteca queimada. Foi obrigado a se refugiar em Londres, após um pagamento de resgate, onde passou os últimos dias de sua vida. Sigmund Freud morreu em Londres, Inglaterra, no dia 23 de setembro de 1939. É a regra fundamental que rege o método psicanalítico e que consiste em expressar sem discriminação os pensamentos que vêm à mente. A psicanálise descobre que essa associação, embora livre dos bloqueios em nível consciente, está determinada pelo inconsciente e responde a uma lógica. Em miúdos: Na primeira sessão de psicanálise, o analista apresenta uma regra ao analisando, que deverá guiar o processo terapêutico, como Freud anunciava aos seus próprios pacientes: “Diga, pois, tudo que lhe passa pela mente. Comporte-se como faria, por exemplo, um passageiro sentado no trem ao lado da janela que descreve para seu vizinho de passeio como cambia a paisagem em sua vista. Por último, nunca se esqueça que prometeu sinceridade absoluta, e nunca omita algo alegando que, por algum motivo, você ache desagradável comunicá-lo” (Freud, “Sobre o Início do Tratamento”, 1913, p.136). FREUD Deve o analisando relaxar e falar de modo livre, sem censuras e obstáculos, tudo o que lhe ocorre na mente. Escutar o analisando importa porque Freud considerava que ♡ A simples mecânica do falar já era parte do alívio da tensão psíquica; e, ♡ Em termos de conteúdo, aquilo que está associado conscientemente dá indícios do que está oculto, ao que o “desejo” manifesta no inconsciente. Essas representações se apresentam para o analista e cabe a ele interpretá-las e propô-las ao analisando, apontando que um conteúdo manifesto (o que o analisando falou) tem na base um conteúdo latente (os desejos e sinais não ditos que o analista interpretou). Ideias inicialmente desconexas vão ganhando linearidade no seu discurso, com a intervenção do analista, como se fisgasse algo incoerente e mostrasse que, na verdade, tem importância na causa do mal-estar e tem conexão com a forma de ser, pensar e agir do analisando. Aquilo que é trazido superficialmente pelo analisando seria, na verdade, um “deslocamento” de um conteúdo inconsciente. O analista entende no que é falado um disfarce ou substituto do que é realmente patogênico. “Quando peço a um paciente que disponha toda reflexão e me conte tudo o que lhe passa pela cabeça, (…) me considero fundamentado para inferir que isso que ele me conta, de aparência mais inofensiva e arbitrária que seja, tem relação com seu estado patológico”. (Freud, “A interpretação dos sonhos”, 1900, p.525). 1ª Tópica Modelo de aparelho psíquico (consciente / pré-consciente / inconsciente). Que são separados por uma barreira que exerce uma força (repressão) para barrar certas representações do consciente que podem trazer angústia e dor. Na primeira parte da obra de Freud, chamada de Primeira Tópica ou Teoria Topográfica, o Aparelho Psíquico é visto como dividido em três instâncias (classes), sendo elas: 1. o inconsciente (Ics) 2. o pré consciente (Pcs) 3. consciente (Cs) ➪ Os 3 são formadores da personalidade. A expressão “tópica” vem de “topos”, que em grego significa “lugar”, daí a ideia de que esses sistemas ocupariam lugar (topos) virtual e funções específicas. Portanto, cada um com função específica dentro do aparelho. Modelo de aparelho psíquico (consciente / pré-consciente / inconsciente). Que são separados por uma barreira que exerce uma força (repressão) para barrar certas representações do consciente que podem trazer angústia e dor. PRÉ CONSCIENTE (Pcs) Essa instância, considerada por Freud uma “barreira de contato”, serve como uma espécie de filtro para que determinados conteúdos possam (ou não) chegar a nível consciente. Entendemos que os conteúdos presentes no Pcs estão disponíveis ao Consciente. É nessa instância que a linguagem se estrutura e, dessa forma, é capaz de conter a ‘representações da palavra”, que consiste num conjunto de lembranças de palavras oriundas e de como foram significadas pela criança. ➪ Memórias não instantâneas, mas que são possíveis recuperar da memória. ➪ Porções da memória que são acessíveis. ➪ Os seus conteúdos, ao contrário do Inconsciente, podem ser recuperadospor meio de um voluntário ato de esforço. Podem incluir lembranças de tudo o que você fez ontem, seu segundo nome, todas as ruas nas quais você morou, a data da conquista da Normandia, seus alimentos prediletos, o cheiro de folhas de outono queimando, o bolo de aniversário de formato estranho que você teve quando fez dez anos, e uma grande quantidade de outras experiências passadas Portanto, o pré-consciente é a parte que se encontra no meio do caminho entre o inconsciente e o consciente. Ou seja, é a parte da mente que junta informação em busca de alcançar a parte consciente. CONSCIENTE (Cs) O consciente se diferencia do inconsciente pela forma com o qual é operado através de seus códigos e leis. Ao Cs é atribuída tudo aquilo que está disponível de forma imediata à mente. ➪ Ao qual temos acesso a todo o momento, o momento presente Dessa forma, podemos pensar que a formação do consciente se daria pela junção “da representação da coisa” e da “representação da palavra”. Ou seja, há um investimento de energia em determinado objeto e, então, seu escoamento adequado para a satisfação. Assim sendo: O sistema consciente tem a função de receber informações provenientes das excitações provenientes do exterior e do interior, que ficam registradas qualitativamente de acordo com o prazer e/ ou, desprazer que elas causam, porém ele não retém esses registros e representações como depósito ou arquivo deles. INCONSCIENTE (Ics) Essa instância é o ponto de entrada do aparelho psíquico. Ela possui uma forma de funcionamento regida por leis próprias, ou seja, que fogem aos entendimentos da razão do consciente. Além disso, é considerado a parte mais arcaica da psique construídas também de traços mnêmicos (lembranças primitivas). Para ficar claro, é no inconsciente (Ics), de natureza misteriosa, obscura, que podem brotar as paixões, o medo, a criatividade e a própria vida e morte. Nele também é regido o princípio do prazer. ➪ Não temos consciência, não lembramos, por exemplo o Nascimento Memórias muito antigas quando liberadas à consciência, não perderam nada de sua força emocional. "Aprendemos pela experiência que os processos mentais inconscientes são em si mesmos 'intemporais'. Isto significa em primeiro lugar que não são ordenados temporalmente, que o tempo de modo algum os altera, e que a ideia de tempo não lhes pode ser aplicada" (1920, livro 13, pp. 4M2 na ed. bras.). A maior parte da consciência é inconsciente. Ali estão os principais determinantes da personalidade, as fontes da energia psíquica, e pulsões ou instintos. Na prática clínica é que ela contém as “representações de coisa”, as quais consistem em uma sucessão de inscrições de primitivas experiências e sensações provindas de todos os órgãos dos sentidos, como o da visão, audição, tato, etc., e que ficaram impressas na mente da criança numa época em que ainda não haviam palavras para nomeá-las. Funcionalmente, o Inconsciente opera segundo as leis do “processo primário” e, além das pulsões do id, esse sistema também opera muitas funções do ego, bem como do superego. Para finalizar, o Isc não apresenta uma “lógica racional”. Nele não existem modo tempo, espaço, incertezas ou dúvidas. 2ª Tópica Compreendendo que seu modelo antigo possuía limitações que impediam um entendimento mais expressivo dos achados psicanalíticos, Freud propôs uma novo modelo para o aparelho psíquico. Nesse novo modelo, Freud amplia seu entendimento sobre a dinâmica das instâncias psíquicas e diz uma nova forma de compreensão, chamado de: O Modelo estrutural do aparelho psíquico. Nele, Freud vai sugerir a formulação de um modelo não mais voltado a um entendimento virtual, mas sim de estruturas ou classes psíquicas. Essas estruturas interagem de forma constante para que ocorra o funcionamento da psique, que são: 1. ID; 2. EGO; 3. SUPEREGO. Ou seja, diferentemente da 1ª Tópica, que sugere uma passividade, a 2ª Tópica é eminentemente ativa, dinâmica. Essa concepção estruturalista ficou cristalizada em O ego e o id (1923) e consiste em uma divisão tripartite da mente em três instâncias. ID Dentre as estruturas apresentadas por Freud, o ID é a mais arcaica, sendo considerado uma espécie de reservatórios de impulsos caóticos e irracionais, construtivos e destrutivos e não harmonizados entre si ou com a realidade exterior. Ou seja, é um aglomerado de impulsos (ou pulsões) sem organização e sem direção. ♡ Polo psicobiológico da personalidade Sob o ponto de vista econômico, o id é a um só tempo um reservatório e uma fonte de energia psíquica. Do ponto de vista funcional, ele é regido pelo princípio do prazer; logo, pelo processo primário. Do ponto de vista da dinâmica psíquica, ele abriga e interage com as funções do ego e com os objetos, tanto os da realidade exterior, como aqueles que, introjetados, estão habitando o superego, com os quais quase sempre entra em conflito, porém, não raramente, o id estabelece alguma forma de aliança e conluio com o superego ♡ O Id contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição ♡ Junto com a memória filoontogenética (memória da espécie) ♡ Instinto, ex: vida e morte ♡ Desde o nascimento É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. ♡ O id é o reservatório de energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tomaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Freud acentuou o fato de que materiais esquecidos conservam o poder de agir com a mesma intensidade, mas sem controle consciente. Não faz planos e não espera; Busca uma solução imediata para as tensões; https://www.psicanaliseclinica.com/id-ego-e-superego/ Não aceita frustrações e não conhece inibição; Não tem contato com a realidade; Busca prazer satisfação na fantasia; Pode ter o mesmo efeito de uma ação concreta para atingir um objetivo. Princípio Do Prazer É a busca instintiva de prazer e evitando dor e o sofrimento, de forma a satisfazer as necessidades biológicas e psicológicas. De modo específico, o princípio do prazer é a força motriz que guia a personalidade e possivelmente o impulso guia mais forte na vida de um indivíduo. Redução de tensão Faz parte do amadurecimento normal do indivíduo aprender a suportar a dor e adiar a gratificação. Ao fazer isso, o indivíduo passa a reger-se menos pelo princípio de prazer e mais pelo princípio de realidade. O id não tolera aumentos de energia, que são experienciados como estados de tensão desconfortáveis. Consequentemente, quando o nível de tensão do organismo aumenta, como resultado ou de estimulação externa ou de excitações internamente produzidas, o id funciona de maneira a descarregar a tensão imediatamente e a fazer voltar a um nível de energia confortavelmente constante e baixo. Para atingir seu objetivo de evitar dor e obter prazer, o id tem sob seu comando dois processos: as ações reflexas e o processo primário. Ações Reflexas Reações inatas e automáticas que reduzem a tensão imediatamente. Exemplo: fumar um cigarro. Processo Primário ♡ De ordem primitiva e mais mental Tentativa de descarregar a tensão, formando uma imagem de um objeto que vai remover a tensão por meio da realização de um desejo inconsciente. Pode surgir na forma de um sonho, de uma alucinação (psicose)ou uma simples imagem residual que compõe a memória (imagem mental de um alimento, por exemplo) ♡ Fácil deslocamento e descarga da libido O processo primário sozinho não é capaz de reduzir a tensão. A pessoa faminta não pode comer as imagens mentais de comida. Consequentemente, desenvolve-se um processo psicológico secundário. Quando isso ocorre, a estrutura do segundo sistema da personalidade, o ego, começa a tomar forma. EGO Para Freud, o nascimento do Ego vem da primeira infância, onde os laços afetivos e emocionais com os “pais” costumam ser intensos. Essas experiências, que se figuram na forma de orientações, sanções, ordens e proibições vão fazer com que a criança registre no inconsciente essas emoções subjetivas. Emoções essas que vão dar” corpo” à sua estrutura psíquica e egóica. Toma decisões Mediador do id e do superego Vai se construindo Consciente Constituído de traços mnêmicos antigos (lembranças afetivas da infância), o Ego possui sua maior parte consciente, mas também ocupa um espaço no inconsciente. Ele é, portanto, a principal instância psíquica e que tem por função de mediar, integrar e harmonizar: a) As constantes pulsões do ID; b) As exigências e ameaças do SUPEREGO; c) Além das demandas vindas do mundo externo. O ego é a parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa. Desenvolve-se a partir do id, à medida que o bebé toma- se cônscio de sua própria identidade, para atender e aplacar as constantes exigências do id. No entanto, desde M. Klein até os autores modernos, predomina amplamente a convicção de que o ego não se forma desde o id, mas sim que ele é inato, tem energia própria e, ainda que de forma rudimentar, desde recém-nascido o ego do bebê já está interagindo com a mãe Como a casca de uma árvore, ele protege o id, mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. ♡ Ele tem a tarefa de autopreservação. Com referência aos acontecimentos externos desempenha essa missão dando-se conta dos estímulos externos, armazenando experiências sobre eles (na memória), evitando estímulos excessivamente internos (mediante a fuga), lidando com estímulos moderados (através da adaptação) e, finalmente, aprendendo a produzir modificações convenientes no mundo externo, em seu próprio benefício (através da atividade). Com referência aos acontecimentos internos, em relação ao id, ele desempenha essa missão obtendo controle sobre as exigências dos instintos, decidindo se elas devem ou não ser satisfeitas, adiando essa satisfação para ocasiões e circunstâncias favoráveis no mundo externo ou suprimindo inteiramente as suas excitações. ♡ O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. Reduzir a tensão e aumentar o prazer. Um exemplo pode ser o de um encontro heterossexual. O id sente uma tensão que surge da excitação sexual insatisfeita e poderia reduzir esta tensão através da atividade sexual direta https://pt.wikipedia.org/wiki/Prazer https://www.psicanaliseclinica.com/o-que-e-ego/ e imediata. O ego tem que determinar quanto da expressão sexual é possível e como criar situações em que o contato sexual seja o mais satisfatório possível. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades Cabe considerar o ego como uma conjunção de três pontos de vista: 1) Como um aparelho psíquico, com funções essenciais, na sua maior parte conscientes, para relacionar-se adaptativamente com a realidade do mundo exterior, como são, entre outras, as de percepção, pensamento, memória, atenção, antecipação, discriminação, juízo crítico e ação motora. 2) Como sede e fonte de um conjunto de funções mais complexas, na sua maior parte inconsciente, como é o caso da produção de angústias, mecanismos de defesa, fenômenos de identificações e formação de símbolos. 3) Como sede de representações que determinam a imagem que o sujeito tem de si mesmo e que estruturam o seu sentimento de identidade e de autoestima. Princípio Da Realidade Caracteriza-se pelo adiamento da gratificação. Faz parte do amadurecimento normal do indivíduo aprender a suportar a dor e adiar a gratificação. Ao fazer isso, o indivíduo passa a reger-se menos pelo princípio de prazer e mais pelo princípio de realidade Evita descarga de tensão até ser descoberto um objeto apropriado para a satisfação da necessidade. Suspende temporariamente o princípio de prazer, mas o princípio do prazer é eventualmente atendido quando o objeto necessário é encontrado e quando a tensão é reduzida. Pergunta se uma experiência é verdadeira ou falsa. Seu papel é o de mediador entre as exigências instintuais do organismo e as condições do ambiente circundante; Seus objetivos são manter a vida do indivíduo e assegurar que a espécie se reproduza. Processo Secundário ♡ É o pensamento realista. Por meio deste processo, o ego formula um plano para a satisfação da necessidade e depois testa-o, normalmente com algum tipo de ação, para ver se ele vai funcionar ou não. Exemplo: Pensamos sobre onde encontrar comida e depois seguimos para o lugar adequado. Isso é chamado teste de realidade. ♡ A energia psíquica está presa e circula de forma mais compacta, sempre ligada a alguma representação psíquica Para desempenhar seu papel eficientemente, o ego tem controle sobre todas as funções cognitivas e intelectuais; esses processos mentais superiores são colocados a serviço do processo secundário. SUPEREGO Instância psíquica que através EGO busca controlar o ID, Ou seja, o SUPEREGO é uma modificação do EGO que ainda não se encontra desenvolvido o suficiente para atender às exigências do ID. Ele é responsável por imposição de sanções, normas e padrões, e constituído pelo precipitado de introjeções e identificações que a criança faz com aspectos parciais dos pais, com suas proibições, exigências, ameaças, mandamentos, padrões de conduta e o tipo de relacionamento desses pais entre si. Além disso, é imprescindível levar em conta o aspecto da transgeracionalidade, ou seja, o fato de que o superego dos pais do paciente, por sua vez, está identificado com a de seus próprios pais, e assim por diante numa escalada de muitas gerações, sendo que isso inclui na formação do superego os valores morais, éticos, ideais, preconceitos e crenças ditadas pela cultura na qual o sujeito está inserido. O SUPEREGO busca a perfeição moral reguladora e tende a reprimir toda e qualquer infração que possa causar prejuízo a mente. O superego tem três objetivos: 1) Inibir (através de punição ou sentimento de culpa) qualquer impulso contrário às regras e ideais por ele ditados (consciência moral); 2) Forçar o ego a se comportar de maneira moral (mesmo que irracional); 3) Conduzir o indivíduo à perfeição, seja em gestos ou pensamentos. Além dos aspectos descritos, o superego também se caracteriza por ser quase totalmente de origem inconsciente, é composto e ditado pelos objetos internos; o seu maior efeito é o de ser um gerador de culpas, com as consequentes angústias e medos, e a sua pressão excessiva no psiquismo é a maior responsável pelos quadros melancólicos e obsessivos graves Esta última parte da estrutura se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos construtos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: 1) Consciência: Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. "Aquele que sofre (dehttps://www.psicanaliseclinica.com/o-que-e-superego-conceito-e-funcionamento/ compulsões e proibições) comporta-se como se estivesse dominado por um sentimento de culpa, do qual, entretanto, nada sabe" (l 907, livro 31, p. 17 na ed. bras.). 2) Auto-observação: A tarefa de auto-observação surge da capacidade do superego de avaliar atividades independentemente das pulsões do id para tensão- redução e independentemente do ego, que também está envolvido na satisfação das necessidades 3) Formação De Ideais: A formação de ideais está ligada ao desenvolvimento do próprio superego. Ele não é, como se supõe às vezes, uma identificação com um dos pais ou mesmo com seus comportamentos: "O superego de uma criança é com efeito construído segundo o modelo não de seus pais, mas do superego de seus pais; os conteúdos que ele encerra são os mesmos e toma-se veículo da tradição e de todos os duradouros julgamentos de valores que dessa forma se transmitiram de geração em geração" (1933, livro 28, p. 87 na ed. bras.) A palavra libido significa, em latim, “desejo”, “inveja”. Para Freud, faz referência à manifestação da pulsão sexual na vida psíquica e ao substrato de todas as suas transformações De acordo com a teoria psicanalista, a libido pode ser vista como uma energia. Uma energia aproveitável para os instintos de vida. Segundo Freud, ela não é algo apenas interno, algo que está ligado a desejos sexuais. Em sua teoria, ela está estritamente ligada aos fenômenos psicossociais. Também as alterações, as características ou as modificações libidinais estão ligadas a fenômenos psicossociais. Isto é, o seu aumento ou a sua diminuição, a sua produção, a sua distribuição, o seu deslocamento, etc. Tudo estaria ligado a esses fenômenos, Explica a densidade das fixações neuróticas, o apego a certas pessoas ou coisas, a determinados pensamentos, ao corpo em si, ao ego, e também explica a razão dos possíveis deslocamentos. ♡ Energia sexual, de vida, procriação, manter a espécie, para se defender ♡ Energia psicossexual contida na psique ♡ Desejo ou vontade ♡ Canalizado nas fases da vida do ser humano ♡ Energia originada nas pulsões e que direciona nosso comportamento. Uma das principais características da libido está ligada ao seu deslocamento ou mobilidade. Conforme visto acima e de acordo com as fases do desenvolvimento psicossocial. O deslocamento da libido está diretamente ligado a esse desenvolvimento, que se passa durante a infância do indivíduo. Essa mobilidade está ligada à alternação do desejo sexual de uma área para outra do próprio corpo humano ou corpo do indivíduo. Sua atenção se volta para essa área, conforme a criança se desenvolve, como se ela estivesse se descobrindo. E, aos poucos, descobrindo as diferenças entre o masculino e o feminino. Para a psicanálise, os primeiros anos de vida são cruciais para o desenvolvimento saudável do sujeito, já que é nesse período que ele entra em contato com o mundo e, a partir das experiências sensoriais, constrói sua identidade. As vivências da infância são determinantes para a formação do psiquismo, da personalidade e dos padrões de comportamento de cada pessoa. A libido está presente em todas as experiências sensoriais da infância, resultando em sensações de prazer e desprazer. Ou seja, a sexualidade atua como um instrumento de contato entre o indivíduo e o mundo. Todos os eventos vividos e, principalmente, os sentimentos produzidos nos primeiros anos de vida são internalizados e transformados em elementos do psiquismo. Ou seja, a libido é originada numa pulsão de vida e funciona como uma força propulsora que não se restringe aos aspectos fisiológicos, estendendo-se ao campo psíquico e emocional. Tal força estaria presente em todo o aparato mental do sujeito, passando pelo Id, o Ego e o Superego. Catexia Catexia é o processo pelo qual a energia libidinal disponível na psique é vinculada a ou investida na representação mental de uma pessoa, ideia ou coisa. A libido que foi catexizada perde sua mobilidade original e não pode mais mover-se em direção a novos objetos. Está enraizada em qualquer parte da psique que a atraiu e segurou. Uma vez que uma porção foi investida ou catexizada, permanece aí, deixando você com essa porção a menos para investir em outro lugar. Estudos psicanalíticos sobre luto, por exemplo, interpretam o desinteresse das ocupações normais e a preocupação com o recente finado como uma retirada de libido dos relacionamentos habituais e uma "extrema" ou "hiper" catexia da pessoa perdida. À medida que um bebé se transforma numa criança, uma criança em adolescente e um adolescente em adulto, ocorrem mudanças marcantes no que é desejado e em como estes desejos são satisfeitos. As modificações nas formas de gratificação e as áreas físicas de gratificação são os elementos básicos na descrição de Freud das fases de desenvolvimento. Cada estágio de desenvolvimento durante os primeiros cinco anos é definido em termos dos modos de reação de uma zona específica do corpo. O importante, principalmente para a prática clínica, é que os diferentes momentos evolutivos deixam impressos no psiquismo aquilo que Freud denominou de pontos de fixação, https://www.psicanaliseclinica.com/conceitos-basicos-da-psicanalise/#Libido https://super-plain-flood.blogs.rockstage.io/psicanalise-e-sua-invencao/ em direção aos quais eventualmente qualquer sujeito pode fazer um movimento de regressão. Os “pontos de fixação” formariam-se a partir de uma exagerada gratificação ou frustração de uma determinada “zona erógena”. No primeiro caso, o sujeito, diante de angústias insuportáveis, tenta regredir para um tempo e um espaço que lhe foi tão protetor e gratificante; no caso de uma excessiva frustração que foi a determinante do ponto de fixação, a regressão dá-se, muitas vezes, sabemos hoje, como uma tentativa de resgatar alguns “buracos negros “existenciais. Assim, é bem conhecido o fato de que todos os afetos primitivos sofrem sucessivas “transformações” psíquicas, que ficam presentes ou representados no inconsciente, constituindo “pontos de fixação”, os quais funcionam como um polo imantado e, tal como faz um eletroímã, atraem para si a representação de novas repressões de fantasias e de experiências emocionais. ♡ As idades nessas fases podem variar, não são idades definidas ♡ Freud estudou ser humano do Nascimento à fase da adolescência ♡ De acordo com ele, a fase adulta reflexo das outras fases ♡ Ele busca conteúdos não explorados antes ♡ Há uma revolução na forma de entender a personalidade humana ♡ A criança é sexualizada de maneira polimórfica (muitas formas) Os locais de prazer corporal mudam conforme a maturação física que leva a uma sequência normativa de zonas erógenas, cada uma com um conjunto diferente de opções e objetos característicos. ♡ O organismo busca interesses diferentes. FASE ORAL ♡ 0 a 2 anos ♡ Experimenta o mundo pela boca ♡ Energia da libido focalizado na boca Exemplo: riso, morde, coloca tudo na boca, aprende a falar Desde o nascimento, necessidade e gratificação estão ambas concentradas predominantemente em volta dos lábios, língua e, um pouco mais tarde, dos dentes. A pulsão básica do bebé não é social ou interpessoal, é apenas receber alimento para atenuar as tensões de fome e sede. Enquanto é alimentada, a criança é também confortada, aninhada, acalentada e acariciada. No início, ela associa prazer e redução da tensão ao processo de alimentação. Comer, chupar, mascar, fumar, morder e lamber ou beijar com estalo, são expressões físicas destes interesses. Pessoas que mordicam constantemente, fumantes e os que costumam comer demais podem ser pessoas parcialmente fixadas na fase oral, pessoas cuja maturação psicológica pode não ter se completado. Afinalidade da libido oral, além da gratificação pulsional, também visa à “incorporação”, a qual, por sua vez, está a serviço da “identificação”. A fase oral do desenvolvimento, de um modo geral, alude ao primeiro ano de vida. Abraham (1924) trouxe uma importante contribuição à compreensão dessa fase evolutiva ao distinguir duas subetapas dentro da fase oral: a fase oral passivo receptiva (dura até que o bebê tenha condições de agarrar espontaneamente os objetos) e a fase oral ativo- incorporativa. A importância desta última reside no fato de que Abraham intuiu o conceito de que essa incorporação ativa possa estar carregada de pulsões agressivas e hostis, geralmente dirigidas à mãe. É útil acrescentar que ao longo da obra de Freud aparecem postulações fundamentais, hoje clássicas, e que acontecem no curso da fase oral, como são: uma especial valorização do corpo (“o ego, antes de tudo, é corporal”); a identificação primária com a mãe; a concepção de uma bissexualidade como uma qualidade primordial da herança biológica; a vigência do princípio do prazer-desprazer; o predomínio do processo primário do pensamento; a primitiva formação das representações-coisa; as incipientes formas de linguagem e comunicação; dentre outros conceitos mais FASE ANAL ♡ 2 aos 4 anos ♡ Controle de esfíncter (urina e fezes) ♡ Zona erógena é o ânus Exemplo: treinamento para o banheiro, aprende a usar o penico À medida que a criança cresce, novas áreas de tensão e gratificação são trazidas à consciência. Entre dois e quatro anos, as crianças geralmente aprendem a controlar os esfíncteres anais e a bexiga. A criança presta uma atenção especial à micção e à evacuação. O treinamento da toalete desperta um interesse natural pela autodescoberta. A obtenção do controle fisiológico é ligada à percepção de que esse controle é uma nova fonte de prazer. Além disso, as crianças aprendem com rapidez que o crescente nível de controle lhes traz atenção e elogios por parte de seus pais. O inverso também é verdadeiro; o interesse dos pais no treinamento da higiene permite à criança exigir atenção tanto pelo controle bem sucedido quanto pelos "erros". Da mesma maneira como foi referido em relação ao fato de que a fase “oral” não se refere exclusivamente à importância da boca, também a expressão “fase anal” não alude unicamente à libidinização das mucosas excretórias encarregadas da evacuação e micção, com as respectivas fantasias (agressão contra os pais ou uma forma de presenteá-los; controle onipotente; gratificação; vergonha; culpa; humilhação ou uma crescente autoestima; sensação de que é uma “obra” sua; valor simbólico das fezes e urina; etc.) que sempre as acompanham. Assim, também o controle esfincteriano deve, sobretudo, ser considerado como um modelo de como processa-se o controle motor em geral; as sensações de domínio ou de sujeição; o prazer na expulsão ou retenção; a intermediação entre aquilo que é uma produção e uma posse do bebê, em confronto com as exigências do mundo exterior, as implicações emocionais nos atos de receber, reter, eliminar, tomar e dar, etc. Abraham descreveu duas subetapas: fase anal expulsiva e fase anal retentiva. Na primeira, a criança tanto pode proporcionar um prazer, ao mesmo tempo “autoerótico” e de um presente para os pais, quanto também pode representar uma manifestação “sádico-anal”. A fase retentiva decorre do fato de que a criança aos poucos descobre que a mucosa anal pode ser prazerosamente estimulada não unicamente pela expulsão, mas também pela retenção das fezes. Em resumo, é na fase anal que a criança desenvolve sentimentos sádicos e masoquistas, a ambivalência, as noções de “poder” e de “propriedade privada”, a rivalidade e competição com os demais, bem como o surgimento das “dicotomias”, tipo grande x pequeno; bonito x feio; dentro x fora; ativo x passivo; bom x mau; masculino x feminino, etc. FASE FÁLICA ♡ 4 aos 6 anos ♡ Falo, órgão sexual ♡ Distinção entre menino e menina; consciência das diferenças sexuais ♡ Masturbação no infantil → para se conhecer e não para o prazer Síndrome de édipo (apego pelos cuidadores do sexo oposto) é comum e natural nesta fase Nesta etapa do desenvolvimento a atenção da criança volta-se para a região genital, sendo comum à sua manipulação. Inicialmente a criança imagina que tanto os meninos quanto as meninas possuem um pênis. Ao serem defrontadas com as diferenças anatômicas entre os sexos, as crianças criam as chamadas “teorias sexuais infantis”, imaginando que as meninas não têm pênis porque este órgão lhe foi arrancado (complexo de castração). Tem comportamentos exibicionistas e gostam de espionar. Neste período surge também o complexo de Édipo, no qual o menino passa a apresentar uma atração pela mãe e se rivalizar com o pai; e o complexo de Electra, no qual ocorre o inverso com a menina. Masturbação Na fase fálica, o prazer organiza-se predominantemente pela excitação das mucosas genitais do pênis, nos meninos, e mais indiretamente do clitóris, nas meninas, podendo este ser vivido como sendo um pênis pequeno. Como uma continuidade da fase evolutiva anterior, este prazer masturbatório fica bastante associado ao prazer uretral no ato de urinar e à retenção vesical. Curiosidade Sexual Curiosidade das crianças que se manifesta nos “por quês?”, permitirá verificar que a maioria delas se refere às origens das diferenças entre pares opostos, como masculino- feminino; seio-pênis; grande-pequeno, etc., e que a constatação progressiva dessas diferenças provoca um acréscimo de angústia, que encontra alívio numa explicação adequada por parte do educador; caso contrário, obrigará a criança a construir as mais estapafúrdias teorias. Essas teorias são tecidas principalmente em torno dos seguintes aspectos: a diferença anatômica dos sexos; o enigma do nascimento e, por conseguinte, tudo que cerca as fantasias de concepção, como são as subsequentes teorias da “sedução”, da “cena primária”, do “incesto” e do “complexo de castração”. Cena Primária Tanto por uma intuição como por estímulos externos (barulhos noturnos, insinuações dos pais ou cenas que vê na televisão), a criança imagina o que se passa no quarto fechado dos pais, fica muito excitada e usa o recurso das repressões. Por vezes, estas últimas não são suficientes e a criança aumenta o seu mundo de imaginação, que fica girando em torno das anteriores fantasias pré-edípicas (entredevoramento; coito sádico; fusão paradisíaca; amputações; coito e parto anal; etc.). PERÍODO DE LATÊNCIA ♡ 6 Aos 12 Anos ♡ Energia Sexual Latente, escondida ♡ Energia Sexual Voltada Para O Estudo, Memória E Aprendizagem. Depois dos seis anos de idade, a criança entra no período de latência, que apresenta duas características principais: a primeira é que vai acontecer uma repressão da sexualidade infantil, com uma amnésia relativa às experiências anteriores, e a segunda característica consiste no fato de que se estrutura um reforço das aquisições do ego. A combinação de ambas propicia a “sublimação” das pulsões, comumente na escolarização e em atividades esportivas, assim como, também, na formação de aspirações morais, estéticas e sociais, de modo tal que este período é comumente considerado como sendo aquele que consolida a formação do caráter ➪ A criança passa a gastar a sua energia em atividades sociais e escolares. Fase de relativa tranquilidade ou inatividade do impulso sexual, durante o período que se estende da resolução do complexo de Édipo até a puberdade (dos 5/6 anos até cerca de 11/13 anos), o que permite o desenvolvimento dos aparelhos do ego e o domínio de habilidades. "A partir desse ponto, até a puberdade, estende-se o que se conhece por período de latência. Durante ele a sexualidade normalmentenão avança mais, pelo contrário, os anseios sexuais diminuem de vigor e são abandonadas e esquecidas muitas coisas que a criança fazia e conhecia. Nesse período da vida, depois que a primeira eflorescência da sexualidade feneceu, surgem atitudes do ego como vergonha, repulsa e moralidade, que estão destinadas a fazer frente à tempestade ulterior da puberdade e a alicerçar o caminho dos desejos sexuais que se vão despertando" (1926, livro 25, p. 128 na ed. bras.) FASE GENITAL ♡ 12 Aos 18-20 Anos ♡ Libido Volta Para Os Órgãos Genitais ♡ Puberdade ♡ Menstruação ♡ Escolhas ♡ Visualização A fase final do desenvolvimento biológico e psicológico ocorre com o início da puberdade e o consequente retorno da energia libidinal aos órgãos sexuais. Neste momento, meninos e meninas estão ambos conscientes de suas identidades sexuais distintas e começam a buscar formas de satisfazer suas necessidades eróticas e interpessoais. É hora de buscar a realização no mundo exterior (caso do Neuróticos). É hora de buscar relações saudáveis, de própria escolha, fora da dinâmica familiar. É tempo de começar a tentar ser, ao menos um pouco, sujeito de sua própria história. Aqui se estabelecem os grupos de amigos, os grupos profissionais e escolares, os pares amorosos as escolhas futuras. E vale dizer que a passagem pelas outras Fases do Desenvolvimento seja vista, aqui, como grande influenciadora da maneira que utilizaremos para lidar com os nossos conflitos, afetos e até do nosso modo de obtenção de prazer na vida. A puberdade traz novas pulsões sexuais genitais e o mundo relacional do adolescente é alargado a pessoas exteriores à família. O adolescente passa a buscar, em pessoas fora do seu grupo familiar, um objeto de amor. A adolescência é um período de mudanças no qual o jovem tem que aceitar a perda da identidade infantil e dos pais, da infância, para que, pouco a pouco, possa assumir a sua identidade, agora adulta. Representação psicológica inata de uma fonte somática interna de excitação. Exemplo: amamentação 1º. Necessidade ⭢ Excitação corporal 2º. Desejo ⭢ Representação Psicológica São considerados os fatores propulsores da personalidade. ⭢ nos leva a criar a nossa personalidade por meio do instinto ♡ O instinto é inato ♡ Autopreservação ♡ Quem tem a representação psicológica são os adultos, bebes não o possuem O instinto exerce um controle seletivo sobre a conduta ao aumentar a sensibilidade da pessoa a tipos específicos de estimulação. Exemplo: uma pessoa faminta é mais sensível aos estímulos alimentares e uma pessoa sexualmente excitada tende mais a responder a estímulos eróticos. Todos os instintos tomados juntos constituem a soma total de energia psíquica disponível para a personalidade. Quatro aspectos do Instinto FONTE Necessidade em si. META Remoção da excitação corporal saciando a necessidade. OBJETO São todas as atividades que intervém entre o aparecimento do desejo e sua realização. Se refere não só à coisa ou à condição específica que vai satisfazer a necessidade, mas inclui também todos os comportamentos que acontecem para assegurar a condição necessária. Exemplo: a fome é a fonte, a meta é comer e o objeto é a comida e o ímpeto seria o que faz a pessoa chegar ao limite e por exemplo comer coisas não comestíveis ÍMPETO É a força de um instinto, determinada pela intensidade da necessidade. Impulso. A quantidade de energia ou força que é usada para satisfazer ou gratificar o instinto Exemplo: À medida que aumenta a deficiência nutricional, até o ponto em que se instala a fraqueza física, a força do instinto aumenta correspondentemente. Caráteres do Instinto CARÁTER REGRESSIVO DO INSTINTO O nosso comportamento é ativado por irritantes internos (inquietação) e cessa quando uma ação apropriada remove ou diminui a irritação. Isso significa que a meta de um instinto tem um caráter essencialmente regressivo, uma vez que faz a pessoa retornar a um estado anterior, um estado que existia antes de o instinto (tensão) aparecer. Exemplo: necessidade de sair de casa, mas por conta do lockdown não pode, ocorre uma inquietação e se esse desejo for satisfeito ele tende a regredir CARÁTER CONSERVADOR DO INSTINTO A meta do instinto aqui é conservar um equilíbrio do organismo, abolindo as excitações perturbadoras. Assim, podemos descrever um instinto como um processo que repete, tão frequentemente quanto aparece, um ciclo de eventos que se inicia com a excitações e termina com o repouso. Freud chamou esse aspecto do instinto de compulsão à repetição. ♡ Conserva o instinto por meio da compulsão a repetição ♡ Pode gerar comportamentos compulsivos. Exemplo: corredores são “gratificados” fisicamente e tendem a repetir o exercício para continuar recebendo gratificações CARÁTER DE DESLOCAMENTO DO INSTINTO Ao contrário do caráter constante da fonte e da meta, o objeto ou os meios pelos quais tentamos satisfazer nossas necessidades podem variar consideravelmente durante o tempo de nossas vidas. Tal variação na escolha do objeto torna-se possível porque a energia psíquica é deslocável: ela pode ser gasta de várias maneiras. Exemplo: a pessoa apaixonada entra no caráter regressivo do instinto que precisa encontrar um amor, então após se apaixonar, o instinto pode se deslocar se voltando para outras coisas como estudos e não mais para o amor. ♡ Aquilo que satisfazia não satisfaz mais. O deslocamento de energia de um objeto para outro é o aspecto mais importante na dinâmica da personalidade. Ele explica a aparente plasticidade da natureza humana e a notável versatilidade do comportamento humano. Praticamente todos os interesses, preferências, gostos, hábitos e atitudes adultas representam os deslocamentos de energia das escolhas de objeto instintuais originais. Eles são quase todos derivados instintuais. Exemplo: religião ⭢ a pessoa pode ter uma religião e depois ter outra ou não ter nenhum mais Segundo ele, as pulsões é que nos movem e podem ser divididas em pulsão de vida e de morte. A primeira corresponde às emoções e aos sentimentos que nos motivam a viver, enquanto a segunda estaria relacionada às energias opositoras, aquelas que determinam padrões de autossabotagem e desgaste emocional. Conceito situado na fronteira entre o psíquico e o somático. A pulsão é a representante psíquica dos estímulos que se originam no organismo e alcançam a mente. É diferente do instinto, pois não apresenta uma finalidade biologicamente predeterminada, não nos leva necessariamente à sobrevivência e é insaciável, pois tem relação com um desejo, e não com uma necessidade Tipos de Pulsão Eros e o instinto de Vida Tânatos e o Instinto de Morte PULSÃO DE VIDA A pulsão de vida dentro da Psicanálise fala a respeito da conservação de unidades e dessa tendência. Basicamente, se trata de preservar a vida e existência de um organismo vivo. Assim, se cria movimentos e mecanismos que ajudem a mover alguém em escolhas que priorizem sua segurança. Servem ao propósito da sobrevivência individual e da manutenção coletiva. A fome, a sede e o sexo se enquadram nessa categoria. A forma de energia pela qual os instintos de vida realizam sua tarefa é chamada de libido. ♡ Preservação da vida ♡ Sobrevivência básica, prazer (sexo) e reprodução Existem várias necessidades corporais separadas que originam os desejos eróticos. Cada um desses desejos tem sua fonte em uma região corporal diferente, referidas coletivamente como zonas erógenas. Exemplo Trabalhar para ganhar dinheiro ou malhar para ter saúde. Em suma, a pulsão de vida almeja estabelecer e manusear formas de organização que ajudem a proteger a vida. Trata- Figura 1 Eros- deus do amor do erotismo Figura 2 Tânatos - deus da morte se de ser constante positivamente,de modo que um ser vivo se direcione à preservação. PULSÃO DE MORTE A pulsão por morte é uma vontade dúbia de ter prazer e seu oposto. Ao mesmo tempo em que queremos algo bom, buscamos involuntariamente sua sombra, sofrendo no processo. Como a saudade por lembrar de alguém que pode ser boa, mas magoa pela ausência física. “A meta de toda a vida é a morte” (Freud, 1920, p. 38). Exemplo: Suicídio, má alimentação, saudade (ficar remoendo o passado) Suposição: todos os processos vivos tendem a retornar à estabilidade do mundo inorgânico – processo de constância. Pulsão agressiva: a agressividade é a autodestruição voltada para fora, contra objetos substitutos. ➯ instinto de morte As pessoas têm um desejo inconsciente de morrer, mas que este desejo é amplamente temperado pelos instintos de vida. “Quem não sabe o que é a vida, como poderá saber o que é a morte?” (Confúcio) Exemplo: Comer demais, beber bebidas alcoólicas, jogar lixo na rua ou falar ao celular enquanto dirige ⭢ coisas feitas de maneira inconsciente e automatizada. Alimentação, suicídio e saudade. ♡ Atos autodestrutivos, contra a vida, prejudiciais ♡ Satisfaz o Id ♡ Inconsciente A pulsão de morte indica a redução por completo das atividades de um ser vivo. É como se a tensão se reduzisse ao ponto de que uma criatura viva atinja o estado de inanimamento e inorgânico. A meta é fazer o caminho inverso ao crescimento, nos levando à nossa forma mais primitiva de existência. A pulsão por morte mostra caminhos para que um ser vivo caminhe em direção ao seu fim sem interferência externa. Dessa maneira, retorna ao seu estágio inorgânico do seu próprio modo. De forma poeticamente fúnebre, o que sobra é o desejo de cada um morrer ao seu próprio modo. Os instintos de vida e de morte e seus derivados podem se fundir, neutralizar um ao outro, ou substituir um ao outro. Neurose Não se manifesta por meio de uma ruptura com a realidade. Estados neuróticos incluem fobias, obsessões e compulsões, alguma depressão e amnésia. Para um grupo importante de psicanalistas, a neurose pode ser identificada como: a) um conflito interno entre os impulsos do Id e medos gerais do superego; b) a presença de impulsos sexuais; c) a incapacidade do ego através da influência racional e lógico para ajudar a pessoa a superar o conflito e d) a manifestação da ansiedade neurótica. Alfred Adler, por exemplo, defendeu que as neuroses surgem a partir de sentimentos de inferioridade. Tais sentimentos surgiriam na infância, quando as crianças apresentam baixa estatura ou incapacidade de se defender. Também é comum que médicos encontrem explicações bioquímicas para a ocorrência das neuroses. Pesquisas recentes demonstram que os medicamentos barbitúricos possam estar associados à produção de substâncias inibidoras das atividades do cérebro. Atualmente, o termo neurose não é mais utilizado para designar este tipo de psicopatologia. Para a identificação destes transtornos, são utilizados por exemplo termos como Transtornos de ansiedade. Estre grupo de doenças, define os estados de apreensão, o temor da incerteza com relação a uma situação real ou não. Dentre os sintomas mais comuns, destacam-se a falta de ar, palpitações, batimentos cardíacos acelerado, sudorese e tremores. No início de sua obra, Freud dividiu os transtornos emocionais, que então ele denominava psiconeuroses, em três categorias psicopatológicas: 1) As neuroses atuais (que estavam em desuso na psicanálise, mas que recentemente voltam a ocupar, com esse mesmo nome, um lugar de destaque, principalmente a partir dos estudos com pacientes somatizadores). 2) As neuroses transferenciais, também conhecidas como psiconeuroses de defesa (que eram as histerias, as fobias e as obsessivas). 3) As neuroses narcisistas (que constituem os atuais quadros psicóticos). Os pacientes portadores de estruturas neuróticas caracterizam-se pelo fato de apresentarem algum grau de sofrimento e de desadaptação em alguma, ou mais de uma, área importante de sua vida: sexual, familiar, profissional ou social, incluída, também, é evidente, o seu particular e https://mdemulher.abril.com.br/estilo-de-vida/a-saudade-e-sinal-de-que-vivemos-algo-bom-que-vale-a-pena-ser-lembrado/ permanentemente predominante estado mental de bem ou mal estar consigo próprio. No entanto, apesar de que o sofrimento e prejuízo, em alguns casos, possa alcançar níveis de gravidade, os indivíduos neuróticos sempre conservam uma razoável integração do self, além de uma boa capacidade de juízo crítico e de adaptação à realidade. Outra característica dos estados neuróticos é a de que os mecanismos defensivos utilizados pelo ego não são tão primitivos como, por exemplo, aqueles presentes nos estados psicóticos. De um viés psicanalítico, pode-se discriminar, de forma genérica, cinco tipos de estruturas neuróticas: a de angústia, histeria, obsessiva-compulsiva, fobia e depressão. Psicose A perda do controle voluntário dos pensamentos, emoções e impulsos é a principal característica da psicose. O comportamento psicótico apresenta dificuldades de traçar diferenciação entre a realidade e a experiência subjetiva. Neste caso, fantasias e realidade se confundem, podendo a realidade ser substituída por delírios e alucinações. Neste tipo de psicopatologia, ocorre uma aceitação do estado psicótico por parte do paciente. Embora possa não entender que exista algo de errado com ele. A capacidade de relacionamento emocional e social do indivíduo é afetada, ocorrendo uma marcante desorganização da personalidade. PSICOSES Implicam um processo deteriorativo das funções do ego, a tal ponto que haja, em graus variáveis, algum sério prejuízo do contato com a realidade. É o caso, por exemplo, das diferentes formas de esquizofrenias crônicas. ESTADOS PSICÓTICOS Abarcam um largo espectro, mas sempre pressupõem a preservação de áreas do ego que atendam a duas condições: uma, é a de que esses “estados psicóticos” permitem uma relativa adaptação ao mundo exterior, como é o caso dos pacientes borderline; personalidades excessivamente paranoides ou narcisistas; algumas formas de perversão, psicopatia e neuroses graves. A segunda condição consiste no fato de que esses quadros clínicos possibilitam uma recuperação, sem sequelas, após a irrupção de surtos francamente psicóticos (reações esquizofrênicas agudas ou episódios de psicose maníaco-depressiva, por exemplo). Complexo de Édipo O nome vem da tragédia grega onde Édipo mata seu pai (desconhecendo sua verdadeira identidade) e, mais tarde, casa-se com a mãe. Quando finalmente toma conhecimento de quem havia matado e com quem se casara, o próprio Édipo desfigura-se arrancando os dois olhos. ♡ Presente na fase fálica do desenvolvimento, por volta dos 3 anos ♡ Na infância, todo o complexo é reprimido. Esta expressão designa o conjunto de desejos amorosos e hostis que a criança experimenta com relação aos seus pais. Para Freud, o complexo de Édipo comporta duas formas: uma positiva, que genericamente consiste num desejo sexual pelo genitor do sexo oposto, bem como de um desejo de morte pelo do mesmo sexo, e uma forma negativa, na qual há um desejo amoroso pelo genitor do mesmo sexo e um ciúme ou desejo de desaparecimento do outro. Predomina, entre os psicanalistas, a consensualidade de que o complexo de Édipo representa ter um papel organizador essencial para a organização da personalidade, no mínimo por quatro razões fundamentais: 1) Ele abre caminho para a triangulação, ou seja, permite a inclusão de um terceiro (pai) que, ao interpor-se na díade mãe-filho, possibilitará à criança o indispensável processo de renunciar à possessividade onipotente e aceitar as diferenças de sexo, geração e potência, em comparação com os pais, assim como,também, reconhecer que estes são relativamente autônomos e têm os seus próprios espaços. 2) A segunda razão da importância da resolução edípica é porque ela determina a formação das identificações, aspecto absolutamente essencial na formação da personalidade e do sentimento de identidade. 3) A exclusão da criança da cena primária pode gerar uma série de sentimentos de forte intensidade, com a predominância de uma sensação de abandono e traição e, por conseguinte, uma avalanche de ódio e planos de vingança contra os pais. 4) É unicamente por meio de uma exitosa resolução da conflitiva edípica que se torna possível o ingresso em uma genitalidade adulta; caso contrário, as fixações parciais nas fases pré-edípicas ou uma má resolução do complexo de Édipo, resultarão em distintas formas de “pseudogenitalidade” Segundo Freud: "A descoberta de que é castrada representa um marco decisivo no crescimento da menina. Daí partem três linhas de desenvolvimento possíveis: uma conduz à inibição sexual ou à neurose, outra à modificação do caráter no sentido de um complexo de masculinidade e a terceira, finalmente, à feminilidade normal" (1933, livro 29, p. 31 na ed. bras.). Esta fase caracteriza-se pelo desejo da criança de ir para a cama de seus pais e pelo ciúme da atenção que seus pais dão um ao outro, ao invés de dá-la à criança. Complexo de Castração O complexo de castração diz respeito a uma experiência inconsciente na qual a criança rompe a ideia de onipotência da existência fálica através da diferenciação dos sexos. Ele se dá de forma diferente na constituição psíquica do menino e da menina. Em ambos os casos, o primeiro tempo do complexo de castração diz respeito à crença de que todos possuem um pênis, ou seja, a crença da Universalidade do pênis. A diferença é que, para a menina, ela compreende nesse momento o clitóris como um pênis. Ainda aí, o menino se depara com a ausência do pênis na menina, abrindo caminho para a angústia de um dia ele mesmo ficar assim. Temor da castração dos órgãos genitais ♡ São inconscientes ♡ Usados para lidar com os problemas da vida Sob pressão de excessiva ansiedade, o ego às vezes é forçado a tomar medidas extremas para aliviar a pressão. Essas medidas são chamadas de mecanismos de defesa. As principais defesas são a repressão, a projeção, a formação reativa, a fixação e a regressão (Anna Freud, 1946). ♡ Todos os mecanismos de defesa têm duas características em comum: ♡ Eles negam, falsificam ou distorcem a realidade ♡ Eles operam inconscientemente, de modo que a pessoa não tem consciência do que está acontecendo. ♡ Último recurso para a pessoa não surtar e sair da realidade A identificação e o deslocamento são dois métodos pelos quais o indivíduo aprende a resolver as frustrações, os conflitos e as ansiedades Identificação É o mecanismo responsável por aumentar o valor do ego através da aquisição de características de um sujeito referência (admirado), mas ocorre o exagero desta aproximação, a pessoa pode estar provavelmente fazendo uma identificação com intuito de se defender da pessoa. ♡ Base para a formação do ego e do superego. Crianças se identificam com os pais (fantasia de onipotência). ⭢ se não houver o pai, busca-se em outras figuras masculinas próximas a figura de onipotência. ♡ Cada período tende a ter suas figuras de identificação. Exemplo: a adolescente se identifica com o grupo São selecionadas apenas algumas características. Não se identifica totalmente. Para que ocorra a identificação, ela deve ajudar no alívio de tensão que vem do Id Deslocamento Consiste na transferência de um impulso para outro alvo considerado menos ameaçador ou quando a pessoa substitui a finalidade inicial de uma pulsão por outra diferente e socialmente aceita; Exemplo 1: Durante uma discussão, a pessoa tem um forte impulso em socar o outro, entretanto, acaba deslocando tal impulso para um copo, o qual atira no chão. ♡ Objeto original de um instinto torna-se inacessível. A finalidade é reduzir tensão, então “escolhe-se” outro objeto substituto. ♡ Relação estreita com o desenvolvimento da civilização. O deslocamento possibilita o desenvolvimento da personalidade. Exemplo 2: a criança se desloca para a figura do super- herói momentaneamente, ativando o herói interno, fortalecendo o psíquico Repressão - Recalque Movimento que o Ego realiza para rebaixar conteúdos dolorosos (sejam ideias, afetos ou desejos) da consciência para o nível inconsciente; Ocorre quando uma escolha de objeto que por ventura provoque um alarme indevido é empurrada para fora da consciência por uma anticatexia. ♡ Algumas memórias e traumas são reprimidos Por exemplo, o ego poderá impedir que uma memória perturbadora se torne consciente, ou que uma pessoa não enxergue algo que está bem à vista porque a percepção daquilo está reprimida. Outro exemplo é quando um acontecimento envergonha a pessoa de tal maneira que o fato é complemente esquecido e passível mais de evocamento. Relação também com o corpo: Impotência sexual ⭢ medo do impulso sexual Artrite ⭢ sentimentos de hostilidade reprimidos Projeção O sujeito vai atribuir a objetos externos aspectos psíquicos que lhe são próprios, mas não são reconhecidos como seus, que são indesejados ou inaceitáveis. Mecanismo pelo qual a ansiedade neurótica ou moral é convertida em um medo objetivo (mundo externo). Projetamos aquilo que não está consciente em nós em outras pessoas ou objetos ♡ Falar mal das pessoas e julgá-las é projeção também ♡ Projetamos nos outros nossas frustações Tal conversão é feita facilmente, porque a fonte original tanto da ansiedade neurótica quanto da moral é o medo de ser castigado por um agente externo. ➪ “Ela me odeia” em vez de “Eu a odeio” ➪ “Ele está me perseguindo”, em vez de “Minha consciência está me perturbando” Formação Reativa Formação reativa é um mecanismo de defesa ocorre quando uma pessoa sente um desejo de fazer ou dizer algo mas diz o oposto Exemplo: A pessoa “prega” amoralidade extremamente puritana, mas é totalmente entregue às perversões sexuais; Envolve substituir, na consciência, um impulso ou sentimento ansiogênico pelo seu oposto. Por exemplo, o ódio é substituído pelo amor. O impulso original ainda existe, mas é encoberto ou mascarado por outro que não causa ansiedade. Como diferenciar? Normalmente, é marcada por uma manifestação extravagante – a pessoa faz protestos exagerados – e pela compulsividade ♡ Exagera para encobrir algo ♡ Inconscientemente Exemplo: mãe superprotetoras, quando o filho sai para festas e a mãe fica acordada a noite toda pensando coisas ruins – reativo, em alguns casos ela quis abortar o filho ou por outros motivos ela reage dessa maneira Formação reativa aparece como uma defesa contra uma punição social temidas. Se eu temo que serei criticado por alguma coisa, eu muito visivelmente ajo de uma forma que mostra que eu estou pessoalmente longe do caminho da posição temida. Um padrão comum na formação reativa é o lugar onde a pessoa usa “comportamento excessivo”, por exemplo, utilizando simpatia exagerada quando a pessoa está realmente se sentindo hostil. Uma pessoa que está brava com um colega, na verdade, acaba sendo particularmente simpática e cortês para com ele. Um homem que é gay tem uma série de assuntos heterossexuais conspícuos e abertamente critica os gays. Uma mãe que tem um filho que ela não quer se torna muito protetora da criança. Um alcoólatra exalta as virtudes da abstinência. Fixação Ocorre quando uma pessoa, em seu desenvolvimento, não progride de maneira normal, parando parcialmente em uma fase do desenvolvimento; Na fixação, a pessoa pode ficar fixada nos estágios iniciais do desenvolvimento, porque dar o passoseguinte desperta muita ansiedade. ♡ A pessoa fica presa em certos comportamentos. Exemplo 1: infantil, pois tem medo de seguir em frente Exemplo 2: A criança pode continuar a falar como um bebe e a conservar sua dependência com a mãe do período em que estas características deveriam ter sido superadas. Regressão Na regressão, uma pessoa que encontra experiências traumáticas, presente angustiante, recua para um estágio anterior de desenvolvimento. ♡ O caminho da regressão normalmente é determinado pelas fixações anteriores da pessoa. ♡ Quando devaneios e memorias se tornam recorrentes e repetitivas. Ex: Uma abordagem infantil e imatura do mundo que pode ter permanecido latente por muitos anos pode ser despertada por uma experiencia ou situação frustrante numa fase posterior. Adulto dando birra, fazendo pirraça. ♡ A personalidade pode ser moldada com terapia. Sob pressão de excessiva ansiedade, o ego às vezes é forçado a tomar medidas extremas para aliviar a pressão. Essas medidas são chamadas de mecanismos de defesa. Negação: O indivíduo se recusa a aceitar a realidade: na repressão, a pessoa tenta esquecer algo desagradável, jogando a sujeira para debaixo do tapete. Ou melhor, para um lugar inacessível do inconsciente. Exemplo: gerente rebaixado de cargo e tendo de prestar serviços anteriores a promoção Intelectualização: Os momentos embaraçosos são mais fáceis de serem neutralizados quando a pessoa acha que pensar naquele problema uma hora levará a uma solução. Sem medidas efetivas, a mudança poderá nunca ocorrer. http://psicoativo.com/2016/01/mecanismos-de-defesa-o-guia-essencial.html O indivíduo acredita que só o pensamento poderá livrá-lo de uma ansiedade. Racionalização: A pessoa tenta disfarçar suas inseguranças buscando razões para justificar suas atitudes e fracassos, apenas para satisfação do ego. Assim, essas razões podem ser encontradas, por exemplo, em interpretações parciais sobre fatos da vida, dogmas religiosos, teorias científicas etc. Sublimação: A pessoa consegue transformar seus conflitos em processos produtivos, os mecanismos de defesa ajudam na convivência com as reações de ansiedade e insegurança. Um exemplo de risco é quando a pessoa sublima demais: ela trabalha excessivamente para, assim, ocultar seus reais desejos e suas reais angústias Anulação Mecanismo no qual invalida uma ação ou um desejo anteriormente válido. Frequentemente usado por quem tem transtornos obsessivos. O pensamento geralmente é onipotente e não está relacionado com a realidade. Ex: pessoa que bate três vezes na madeira para evitar algo, para se livrar do pensamento Isolamento Mecanismo no qual o indivíduo separa a ideia do afeto pelo qual ela estaria unida, assim, a ideia torna-se inócuo, neutro. O afeto pode acabar aparecendo sem a ideia – o sujeito experimenta crises de angústia sem saber por que – e vice e versa. É um mecanismo comum em pacientes terminais onde a pessoa sabe que vai morrer, mas narra sua doença como se não ocorresse com ela. Idealização Mecanismo pelo qual o indivíduo exagera os aspectos positivos do objeto, visando se proteger de uma angústia. Ex: pessoa que tem santo forte. Compensação A personalidade em suas inadequações e imperfeições apresenta um mecanismo de compensações a fim de tentar assegurar o reconhecimento de que necessita. Ex: AS pessoas cujas reações em relação à realidade em geral e aos estímulos sociais em partícula são bem integradas, a existência de uma inferioridade física pode provocar atividades construtivas que resultam em qualidades de notável utilidade social. Introjeção Intimamente relacionada com a identificação, visa resolver alguma dificuldade emocional do indivíduo ao tomar para a própria personalidade certas características de outras pessoas. É o mecanismo onde o objeto externo se torna efetivo internamente. Uma ordem externa passa a fazer parte do próprio indivíduo como um valor seu. A introjeção e a projeção estão intimamente ligadas com a identificação, formando assim dois outros mecanismos, a identificação projetiva onde se projeta uma característica própria no outro e se identifica com ela – ex; locutor de futebol – e a identificação introjetava em que se introjeta características do outro e se identifica – ex: um sujeito fã da F1 e que tem um piloto como ídolo e, ao vê-lo ganhar, sai do carro dirigindo como o piloto – É mais típico em pessoas que se sentem inferiorizadas e precisam de ídolos. Cisão ou dissociação: Mecanismo pelo qual um grupo de sentimentos/pensamento é separado de outro grupo de pensamentos/sentimentos. Ocorre quando um grupo é tido com bom e outro como ruim. É uma forma de defesa que evita a angústia de pensar mal de quem se pensa bem. Assim, a dissociação faz o indivíduo não sentir culpa por ter pensamentos mal de algo bom. Reparação: Consiste na reestruturação do objeto que foi danificado. Por exemplo, um indivíduo que fala mal de uma entidade religiosa, sente-se culpado e passa a rezar para restaurar o que fez e não mais sentir culpa. Volta contra o eu: Mecanismo que consiste num redirecionamento do impulso onde o objeto é o próprio indivíduo. Utilizado no caso do sadismo. Por exemplo, a alguém que faz algo agressivo a outro, sente-se culpado e passa a se autoagredir. O narcisismo utiliza-se desse mecanismo, mas de forma não defensiva. Fixação: Detenção de uma forma incompleta na evolução da personalidade pela persistência resultante de certos elementos incompletamente amadurecido. Assim a personalidade apresenta uma carência de integração harmoniosa. Sua organização emocional encontra-se em permanente estágio imaturo e há um intervalo entre o estado biológico e a independência emocional. Cessação do processo de desenvolvimento da personalidade em um estágio anterior à completa e uniforme independência. Ex: A criança pode continuar a falar como um bebê e a conservar sua dependência com a mãe do período em que estas características deveriam ter sido superadas. https://www.psicanaliseclinica.com/sublimacao/ Freud já trabalhava com análise de sonhos quando começou a perceber que o desejo inconsciente poderia neles se manifestar. Ele percebeu isso com cada vez maior frequência em seus pacientes e também viu isso na autoanálise que realizou entre 1896 e 1899. Assim, Freud viu que o inconsciente se manifestava nos sonhos por meio das memórias da infância. Por meio dessa análise, Freud começou a compreender a importância do sonho para a psicanálise, ciência essa que ainda estava começando a surgir. Ele, aos poucos, concluiu que o inconsciente do adulto era formado pela criança ainda presente dentro de cada indivíduo e viu que isso ocorria independente de sua idade. Essa criança, segundo a sua teoria, poderia se relevar de várias formas: pelo amor pela mãe; pela rivalidade com o pai; devido ao medo de castração; dentre outras formas. O sonho para a psicanálise Após um longo dia de trabalho, nada como um boa noite de sonho para descansar e para desligar-se do dia a dia. Para muitos de nós os sonhos podem não ter significado algum. Mas o sonho para a psicanálise, pode revelar desejos e traumas ou outros elementos presentes em nosso inconsciente. Para a psicanálise, o sonho é uma das formas de acessar o inconsciente, parte da mente a qual não temos acesso de forma fácil. No livro “A Interpretação dos Sonhos dos Sonhos” Freud afirma que os sonhos são a realização de um desejo. Trata-se de desejos escondidos, desejos que, muitas vezes, não realizamos devido às imposições sociais. Imposições como: os costumes; a cultura; ou educação de onde vivemos; a religião; os tabus; as morais sociais. Esses desejos ficam, então, recalcados ou reprimidose vêm à tona quando sonhamos. Isso porque quando dormimos nossa mente relaxa e o inconsciente tem maior autonomia em relação ao nosso consciente. O sonho para a psicanálise é uma válvula de escape aos nossos desejos mais recônditos, mais secretos. Desejos que a nossa consciência julga como proibidos de serem realizados. Isso devido ao que a sociedade nos impõe, de acordo com a nossa cultura. Para Freud, os sonhos são o principal caminho para conhecermos os aspectos e características de nossa vida psíquica. O sonho e seus mecanismos O sonho para psicanálise possui um conteúdo manifesto e latente. O que Freud chamou de trabalho do sono, para ele, havia quatro tipos de mecanismos do sonho: a condensação, o deslocamento, a dramatização e a simbolização. Assim, por meio desses mecanismos é que os sonhos se transformavam em manifestos. Os quais deveriam ser interpretados. A CONDENSAÇÃO É o laconismo do sonho com relação aos pensamentos oníricos que estão nele. Isto é, os sonhos, muitas vezes, são resumos ou pistas de desejos e acontecimentos. E por isso precisam ser desvendados, ser decifrados. DESLOCAMENTO O deslocamento é quando o indivíduo, no sonho, se afasta de seu objeto de valor real, desviando-o para outro objeto a sua carga afetiva. Assim, o objeto secundário é, aparentemente, insignificante. A DRAMATIZAÇÃO É a imaginação de nossa mente. Ou seja, ao sonhar, deixamos a razão de lado, razão presente quando estamos acordados. Assim, podemos imaginar tudo o que durante o dia racionalizamos. SIMBOLIZAÇÃO A simbolização é quando as imagens presentes no sonho possuem relação com outras imagens. Isto é, quando o indivíduo sonha com algum objeto que no sonho aparece mascarado, o qual diz respeito a algo que essa pessoa viveu ou desejou. Narciso é um personagem bastante conhecido na mitologia grega De acordo com o poeta romano Ovídio (obra “Metamorfoses”), Narciso era um rapaz muito belo. Certo dia, seus pais procuraram o oráculo Tirésias para descobrirem o futuro de seu filho. Souberam que ele teria uma vida longa caso não visse o seu próprio rosto. Uma das características do jovem Narciso era a sua arrogância. Além disso, ele despertava o amor de muitas pessoas, inclusive de ninfas como Eco. Ela, no entanto, foi desprezada pelo rapaz e recorreu ao auxílio da deusa Némeses para se vingar. A divindade, em resposta, fez com que o jovem se visse sua própria imagem refletida em um rio. O resultado desse encantamento, foi a autodestruição de Narciso. Narciso, no mito grego, apaixona-se por si mesmo. Apaixona-se pelo reflexo de sua imagem nas águas de um rio. Narciso vai se curvando na direção da água. Não é um processo ingênuo, porque ele cobra um preço alto: Narciso morre afogado, como consequência do amor desmedido por si mesmo. Esta morte pode ser vista também como uma morte metafórica, para definir o conceito de narcisismo: quando nos fixamos apenas em nossa verdade, “morremos para o mundo” e para novas descobertas. Freud escreveu: “A neurose é a incapacidade de suportar a ambiguidade “. Uma forma possível de compreender esta frase é pensar que uma psique rígida (inflexível) sofrerá por querer impor sua realidade psíquica aos fatores externos, não os compreendendo em sua complexidade. Esta rigidez pode ser reflexo de situações como o narcisismo. Definição A psicanálise vê o narcisismo como: O resultado de um ego fragilizado, pois o ego precisa se defender e se autoafirmar como supremo (e isso não é sinal de força!). Este ego fragilizado (para se defender de sua fraqueza) cria uma autoimagem de força; Poderíamos pensar que, no extremo, o que se entende por narcisismo seja não tolerar a ambiguidade, não tolerar a diversidade, não tolerar a complexidade. Porque a pessoa narcisista simplifica o mundo a si mesmo, à sua autoverdade, fechando-se à alteridade (ao outro), fechando-se a descobertas. Seria um exemplo de “não tolerar a ambiguidade”. Não significa que a pessoa narcisista necessariamente vá se isolar do mundo. Mesmo em constante conflito com os outros, é recorrente o narcisista precisar dos outros, exatamente para ter uma referência sobre a qual se sobressair. Todos nós somos um pouco narcísicos. Isso é importante porque o ego precisa criar defesas ao organismo e à vida psíquica do ser. É uma forma de defesa e uma forma de delimitarmo-nos frente ao mundo externo e aos outros. A palavra “narcisismo” foi utilizada pela primeira vez na área da psicanálise pelo alemão Paul Nacke em 1899. Em seu estudo sobre perversões sexuais, ele fez uso desse termo para nomear o estado de amor de uma pessoa por si mesmo. O narcisismo para Freud Para Sigmund Freud, o narcisismo é uma fase do desenvolvimento das pessoas. É um estágio em que se verifica a passagem do autoerotismo, ou seja, do prazer que é concentrado no próprio corpo, para eleição de outro ser como objeto de amor. Essa transição é importante porque o indivíduo adquire a habilidade de conviver com aquilo que é diferente. Essa passagem é denominada por Freud como narcisismo primário. É o momento em que o ego é eleito como objeto de amor. Ele se diferencia do autoerotismo, que é uma fase em que o ego ainda não existe. O narcisismo secundário, por sua vez, consiste no retorno da afeição ao ego depois que ela foi destinada a objetos externos. De acordo com o pai da psicanálise, todas as pessoas são narcisistas em certo ponto, já que elas contêm em si um ímpeto pela autoconservação. O narcisismo enquanto patologia As teorias entendem o narcisismo não como uma patologia, mas como parte do desenvolvimento e diferenciação do ego. Algumas dessas teorias irão pensar que em determinados graus e formas de manifestação, o narcisismo pode caracterizar-se como patológico. É importante então apontar o que é o transtorno de personalidade narcisista. Esse é um distúrbio em que uma pessoa tem uma ideia exagerada de sua própria importância. Características: As pessoas que sofrem com esse problema geralmente acabam tendo dificuldades de se relacionar já que elas mostram irritação quando são contrariadas ou questionadas, além de também supervalorizarem as suas opiniões. Pessoas narcisistas também demonstram incapacidade de se colocar no lugar de outra pessoa, isto é, uma dificuldade de demonstrar empatia. Muitos teóricos afirmam haver tendência à depressão, além de que pessoas narcisistas poderem desenvolver dependência de álcool ou drogas. Causas Acredita-se que as causas desse distúrbio sejam tanto genéticas quanto ambientais. Assim, entende-se que esse é problema pode ser passado de uma geração para a outra. No entanto, também é possível afirmar que pais que não sejam suficientemente bons (superprotegendo ou abandonando) os seus filhos podem contribuir para que os traços narcisistas se desenvolvam neles. Tratamento A psicoterapia é a forma de tratamento mais recomendável para esse tipo de distúrbio. Pode-se afirmar que o tratamento é benéfico pois ele ajuda a pessoa que tem o distúrbio a entender como se relacionar melhor, além de auxiliá-la a entender os seus próprios sentimentos. A transferência e a contratransferência são uma forma de projeção típica da relação terapêutica entre paciente e terapeuta e pode-se caracterizar de forma positiva, com sentimentos de afeto e admiração, ou negativa, com sentimentos de agressividade e resistência, dependendo dos laços inconscientes e emocionais que emergem nesta relação. Transferência – importância crucial do vínculo afetivo entre paciente-psicanalista como cenário e ingrediente decisivo para o desenrolar do tratamento analítico ➪ Transfere para a figura do médico coisas que aconteceram no passado inconsciente. ➪ As projeções relacionadas a reações emocionais do paciente, dirigidas ao analista. https://literalmente-literalmente.blogspot.com/2015/06/o-narcisismo-e-as-pequenas-diferencas.html
Compartilhar