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ESCLARECIMENTOS INICIAIS Esse eBook é mais uma iniciativa dos profissionais da FisioCTI, com o objetivo de facilitar o acesso à informação para os profissionais que estão na linha de frente no combate à pandemia relacionada a COVID-19. As informações aqui contidas são fruto da tradução livre do material desenvolvido e divulgado pela American Heart Association (AHA) e tratam sobre a oxigenação e ventilação do paciente hospitalizado suspeito ou confirmado para COVID-19. Como o fluxo de informações é muito dinâmico, lembramos de verificar sempre a versão do documento e a fonte original, bem como as novas publicações que surgem a todo momento. Acesse o documento original da American Heart Association Clicando na imagem ao lado https://cpr.heart.org/en/resources/coronavirus-covid19-resources-for-cpr-training/oxygenation-and-ventilation-of-covid-19-patients https://cpr.heart.org/en/resources/coronavirus-covid19-resources-for-cpr-training/oxygenation-and-ventilation-of-covid-19-patients EQUIPE TÉCNICA TRADUÇÃO Elizabeth Cunha Picinini REVISÃO TÉCNICA Maria Luiza Sales Rangel DESIGN GRÁFICO Ester Cunha REVISÃO GERAL Aline Araujo ABRIL/2020 ÍNDICE Módulo 1 4 Módulo 2 13 Módulo 3 21 Módulo 4 29 Módulo 1 Ventilação Não Invasiva e Cânula de Alto Fluxo OBJETIVOS • Proporcionar treinamento para profissionais de unidades de terapia não intensiva para pacientes que necessitem de assistência ventilatória e estão sob investigação ou confirmados para COVID-19 • Minimizar riscos frequentemente associados com dispositivos de assistência ventilatória, tais como ventilação não invasiva (VNI) e cânula nasal de alto fluxo (CNAF) na pandemia de COVID-19 • Realizar uma breve revisão dos benefícios e aplicações da VNI e CNAF. VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA E CÂNULA DE ALTO FLUXO 5 6 VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA E CÂNULA DE ALTO FLUXO REDUÇÃO DE RISCOS • Tentar usar equipamentos e métodos de ventilação com mínima produção de aerossol • VNI e CNAF possuem um maior risco de produção de aerossol que a ventilação mecânica invasiva e, por isso, não são rotineiramente recomendados em casos confirmados de COVID-19 Requisitos para VNI e CNAF • Quarto: precauções de vias respiratórias • Dispositivos: Máscara facial total (full face) e circuitos com filtros • VNI – Para iniciar a VNI (BIPAP / CPAP) é necessária aprovação do profissional assistente, lembrando que é fortemente recomendado evitar VNI em pacientes em investigação ou confirmados para COVID-19 7 VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA E CÂNULA DE ALTO FLUXO REDUÇÃO DE RISCOS Raras exceções são: • Intubação não viável para aqueles com indicação aguda para VNI e CNAF • Pacientes que usem cronicamente a VNI ou estão atualmente estáveis ou apresentando melhora com a VNI ou CNAF • Exacerbações onde se espera uma rápida reversão, tais como insuficiência cardíaca congestiva • Falha na extubação ou alto risco de reintubação • Cenários com escassez de equipamentos, onde quadros mais leves poderiam ser gerenciados para poupar dispositivos de ventilação. 8 VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA E CÂNULA DE ALTO FLUXO RÁPIDA REVISÃO SOBRE CÂNULA NASAL DE ALTO FLUXO (CNAF) • CNAF é mais recomendado que VNI • Usar fluxo mínimo para manter a SpO2 maior que 88% a 94%, fluxos mais baixos que 30 l/min geram menor aerossolização • Para minimizar o fluxo, titular a fração de oxigênio inspirado (FiO2) para o máximo suportado antes de aumentar o fluxo além de 30l/min • Garantir o tamanho e ajuste adequados da cânula nasal • Avaliar, uma vez iniciada a CNAF, o paciente depois de 1 hora e depois de 3 horas para verificar se o paciente precisa ser intubado • Durante a utilização da CNAF, o paciente deve usar máscara cirúrgica ou tenda facial • Não retardar a intubação na falta de melhora do quadro 9 VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA E CÂNULA DE ALTO FLUXO REVISÃO DE CONFIGURAÇÃO DO DISPOSITIVO Requisitos • Fonte de gás e blender • Fluxometro: 40 a 60 l/min • Medidor de FiO2 • Umidificador • Máscara cirúrgica para redução do aerossol 10 VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA E CÂNULA DE ALTO FLUXO RÁPIDA REVISÃO SOBRE VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) • VNI proporciona assistência Ventilatória com pressão positiva em 2 fatores: • Relaxamento dos músculos respiratórios, reduzindo a sobrecarga • Aumento dos volumes pulmonares • Tentativa bem-sucedida de VNI requerem que o paciente: • Possa manter a via aérea pérvia • Esteja alerta e orientado com drive respiratório preservado • Não possua anormalidades faciais que prejudiquem a vedação da máscara • Ajustes típicos • Modo espontâneo • Pressão de pico de vias aéreas de 8 a 20 cmH2O • CPAP ou PEEP entre 5-15 cmH2O 11 VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA E CÂNULA DE ALTO FLUXO RÁPIDA REVISÃO SOBRE VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) • Orientações gerais • Se for necessário mais ventilação (maior remoção de CO2), ajuste a pressão de pico • Se for necessário melhorar a oxigenação, ajuste os níveis de CPAP/PEEP CONFIGURAÇÕES INICIAIS DA VNI • Padrão de pressões iniciais • Pressão inspiratória (PIP / IPAP) de 10 cmH2O • Pressão expiratória (CPAP / PEEP) 5 cmH2O • FiO2 1 (100%) • Titular o efeito • Se FiO2 > 0,6 (60%) para manter a SpO2 maior que 92%, considerar aumentar o nível de pressão expiratória • Se a frequência respiratória continuar aumentada, considerar aumentar o nível de pressão inspiratória 12 VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA E CÂNULA DE ALTO FLUXO ALGUNS DISPOSITIVOS COMUNS • Várias marcas e dispositivos estão disponíveis no mercado • Alguns ventiladores pulmonares possuem o modo de VNI • Requisitos para COVID-19 • FiO2 0,21 a 1,0 (21% a 100%) • CPAP/BiPAP ou Bi-level • Filtração dos gases exalados • Máscara facial total (full face) LIMITAÇÕES DA VNI NA COVID-19 • Potencial geração de aerossol • Limitação dos dispositivos • Alguns dispositivos não promovem altos níveis de oxigenação • Configuração do circuito Módulo 2 Manejo de Vias Aéreas 14 MANEJO DE VIAS AÉREAS OBJETIVOS • Revisar os critérios para intubação • Revisar o registro de itens necessários para o sucesso no procedimento de intubação dos casos suspeitos e confirmados de COVID-19 • Discutir as técnicas para redução de riscos usadas especificamente para COVID-19 na proteção de profissionais de saúde • Revisar os dispositivos de ventilação manual e colocação de filtros 15 MANEJO DE VIAS AÉREAS INDICAÇÃO PARA VENTILAÇÃO INVASIVA • Há várias razões para considerar a intubação em pacientes com COVID-19 • Se em uso de CNFA com fluxo de 40 ou superior, usar o Índice Rox para avaliar a necessidade de intubação. • Índice ROX = (SpO2/FiO2)/FR 2 horas < 2,85 6 horas < 3,47 12 horas < 3,85 • Se em uso de VNI e FiO2 > 0,6 (60%) não conseguir manter SpO2 > 90% • Geral para qualquer modalidade em ventilação não invasiva • Choque séptico • Piora da oxigenação PaO2/FiO2 ou SpO2/FiO2 < 150 • Hipercapnia / Acidose com pH < 7,3 • Alto trabalho respiratório • Alteração do estado mental atribuída a insuficiência respiratória 16 MANEJO DE VIAS AÉREAS AMOSTRA DE LISTA DE INSUMOS Estes insumos devem ser adicionados e não substituídos do kit de intubação de pacientes suspeitos ou confirmados para COVID-19 - Filtro de alta eficiência para particulados (HEPA) - Máscaras N95 – 4 unidades (2 pequenas e 2 médias) - Escudo facial ou escudo facial cirúrgico - 2 unidades - Vídeo laringoscópio, lâmina 3 - 2 unidades, lâmina 4 -2 unidades (se não houver no kit de intubação padrão) - Capote – 2 unidades (amarelo, não é impermeável) - Capote impermeável (azul) – 2 unidades - Capote estéril – 1 unidade, se disponível - Touca – 2 unidades - Touca para barba longa – 1 unidade (Nota: a barba interfere na eficácia na N95) - Luvas estéreis – 6.0 / 6.5 / 7.0 / 7.5 17 MANEJO DE VIAS AÉREAS AMOSTRA DE LISTA DE INSUMOS • Não levar os itens do kit para intubações de pacientes não-COVID-19 • Não levar o kit de intubação COVID para locais com pacientes suspeitos/confirmados para COVID-19 • Levar apenas coisas queprecisará no local • Preparar as medicações e equipamentos para intubação fora do quarto do paciente • Manter um profissional a disposição, fora do quarto, para entregar medicações e equipamentos adicionais para evitar contaminação do kit • Se o kit for contaminado, descarte todos os itens descartáveis e higienize os itens não descartáveis de acordo com o protocolo da instituição. • Não esquecer de repor os itens utilizados ao final do procedimento. 18 MANEJO DE VIAS AÉREAS COISAS QUE PODEM SER DIFERENTES • Máscara N95 (EPI) + proteção ocular • Barbas diminuem a efetividade da masca N95, assim como se a mesma não estiver bem ajustada • Sequência rápida de intubação com videolaringoscópio realizada pelo profissional mais experiente • Filtro trocador de calor e umidade • Ventilação prolongada na máscara e intubação sequencial • Filtro HEPA nos dispositivos de ventilação manual e ventiladores • Rolo de fita / suporte por paciente • Outros itens para reduzir a geração de aerossol • Depois da intubação, use de aspiração fechada • Desconecte o tubo endotraqueal o menor número de vezes possível 19 MANEJO DE VIAS AÉREAS PCR NA COVID-19 • Garantir a higiene das mãos e EPI para a equipe de ressuscitação antes da entrada na sala • Objetivo é a intubação precoce • Minimize a ventilação bolsa-mascara, mas se necessário • Deve ser realizada a vedação firme da máscara, com as duas mãos, pelo profissional mais experiente e um segundo profissional realizar a compressão da bolsa • Filtro HEPA entre a máscara e bolsa • Se a intubação por via traqueal não for possível, considerar a utilização de máscara laríngea para ventilação • Aguardar para realizar as compressões torácicas após a intubação para minimizar a aerossolização do vírus e o risco de infecção da equipe • Alertar claramente o líder e os membros da equipe que promovem a compressão torácica 20 MANEJO DE VIAS AÉREAS REDUÇÃO DE RISCO CONTINUADA: LIMPEZA • Dispositivos descartáveis devem ser descartados dentro do quarto e processados pelos serviços de limpeza de acordo com o protocolo da instituição • Itens que podem ser reutilizados devem ser processados de acordo com a política • Isto usualmente requer um processo de no mínimo 2 etapas de limpeza e desinfecção. • A desinfecção requer usualmente de 2 a 5 minutos de tempo de secagem • Se o fornecimento de filtros HEPA for uma preocupação, é possível que um único filtro HEPA seja utilizado por 2 vezes. Módulo 3 Categorias de Ventiladores 22 CATEGORIA DOS VENTILADORES 3 CATEGORIAS DE VENTILADORES • Pneumáticos – acionados por uma fonte de gás para pressurizar o circuito • Elétricos – Utiliza eletricidade para mover um pistão ou turbina para ventilar • Elétricos/pneumáticos – utiliza válvulas elétricas ou solenoides, mas usa fonte de ar comprimido para ventilar 23 CATEGORIA DOS VENTILADORES TERMINOLOGIA Volume corrente (VC / VT): Volume por respiração • Ajuste – 5-8 ml/Kg de peso corporal predito • Diferença entre inspirado exalado – Usualmente até de 50 ml Frequência respiratória • Mandatória –Ajuste • Espontânea – Frequência medida espontaneamente com ou sem assistência ventilatória • Total –Mensurar mandatória + Espontânea Volume minuto – Quantidade de volume que o paciente recebeu em um minuto • Volume corrente x frequência respiratória = Volume minuto (l/min) • 70 – 120 ml/kg/min de peso predito 24 CATEGORIA DOS VENTILADORES TERMINOLOGIA Tempo inspiratório (Tinsp) • Adulto – 0.7 – 1.2 segundos • Pediátrico – 0.5 a 0.8 segundos • Neonatal 0.3 – 0.5 segundos Pressão de vias aéreas • Pressão de pico (PIP ou pressão média controlada de vias aéreas – Paw): maior pressão medida durante a inspiração <30 cmH20 • Pressão de platô – pressão mensurada na inspiração máxima e zero fluxo - < 25 cmH2O • PEEP – pressão mensurada no final da fase expiratória • CPAP – Pressão positiva nas vias aéreas, que é constante tanto na inspiração quando na expiração FiO2 • Fração inspirada de oxigênio =< 40% 25 CATEGORIA DOS VENTILADORES MODOS VENTILATÓRIOS Modos Ventilatórios primários: • Modo assisto/Controlado (A/C) – o ventilador fornece um número mínimo ajustado de ciclos ventilatórios mandatórios a cada minuto. O modo A/C pode ser usado tanto com pressão controlada como com volume controlado. • Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada (SIMV) - o ventilador fornece um número mínimo de ciclos ventilatórios ajustados mandatórios a cada minuto, mas também permite que o paciente respire espontaneamente entre os ciclos mandatórios. O modo SIMV pode ser usado tanto com pressão controlada como com volume controlado. 26 CATEGORIA DOS VENTILADORES MODOS VENTILATÓRIOS Modos ventilatórios secundários: • Ventilação com liberação de pressão nas vias aéreas (APRV) – APRV é uma aplicação da pressão positiva continua de vias aéreas que, em um intervalo definido, libera a pressão ajustada. Ocasionalmente usado na SDRA grave. • Volume controlado com pressão regulada (PRVC) – este é um modo controlado a pressão adicionado a um volume corrente alvo, desta forma, a pressão inspiratória muda ciclo a ciclo para alcançar o volume corrente alvo. 27 CATEGORIA DOS VENTILADORES FUNÇÕES BÁSICAS: AJUSTE • Conecte o ventilador na eletricidade usando a tomada adequada (ligada ao gerador backup) e as saídas de gás apropriadas • Conecte o circuito ventilatório ao ventilador • Realize o teste pré-uso seguindo as orientações da tela • Ajuste a configuração inicial dos parâmetros • Para ajuste na maioria dos ventiladores • Selecione e pressione o parâmetro que deseja ajustar • Ajuste a nova configuração • Confirme/aceite a mudança • Se não houver a confirmação, o ventilador voltará ao parâmetro antigo 28 CATEGORIA DOS VENTILADORES FUNÇÕES BÁSICAS: SEGURANÇA • Alarmes são importantes e devem ser utilizados • Ajustes usuais • Pressão baixa – muitas vezes pré- determinado de fábrica (não é um ajuste usual) • PEEP baixa: 2-4 cmH2O abaixo da PEEP ajustada • Volume minuto • Alarme superior: 2 vezes acima o volume minuto atual • Alarme inferior: metade do volume corrente atual • Frequência respiratória alta: 30-40 • Alarme de Pico de Pressão: 5-10 acima da pressão de pico atual • Volume corrente: raramente ajustado FILTRAGEM DE GASES EXPIRADOS • Configurações de vídeo • Demonstração de filtro HEPA • Discussão de riscos Módulo 4 Manejo Ventilatório 30 CATEGORIA DOS VENTILADORES GAP: AVALIANDO A VENTILAÇÃO INVASIVA G: Anormalidade na troca gasosa • Na COVID-19 a insuficiência respiratória é comumente hipoxêmica e não hipercápnica • Piora da oxigenação: PaO2/FiO2 ou SpO2/FiO2 < 150 • VNI com FiO2 > 0,6 e sem conseguir manter a SpO2 > 90% • Não responsivo a oxigenoterapia por CNAF • Hipercapnia com acidose, pH < 7,30 • Aumento do trabalho respiratório, sugerindo deterioração da função respiratória A: Proteção de vias aéreas • Estado mental alterado atribuído a insuficiência respiratória • Disfunção neurológica P: Toilet pulmonar • Aumento das secreções de vias aéreas 31 CATEGORIA DOS VENTILADORES AJUSTES INICIAIS Ajustes ventilatórios: Ventilação pulmonar protetora • Modo ventilatório inicial: Assisto-controlado, PRVC • Volume corrente: 6 ml/kg de peso predito (calculado pela altura e idade) • Homem (Adap. para altura em cm) 50 + [0,91 x (Altura - 152,4 cm)] • Mulher (Adap. para altura em cm) 45,5 + [0,91 x (Altura - 152,4 cm) • PEEP 10 cmH2O – Monitorização hemodinâmica do aumento da PEEP • Frequência Respiratória: 20-25 • Considerar a frequência respiratória pré- intubação do paciente OBJETIVO: Limitar a hiperdistensão alveolar e garantir adequada oxigenação e ventilação. Hiperdistensão causa inflamação, disfunção de órgãos, diminuição do retorno venoso, e piora da SDRA 32 CATEGORIA DOS VENTILADORES MANUTENÇÃO –OBJETIVOS DA TERAPIA • Oxigenação • PaO2 > 60% / SpO2 88-98% • FiO2 para manter a SpO2 de 88-98% • FiO2 < 0.6 • Tentar evitar 100% de oxigênio, que favorecem a atelectasia deabsorção • FiO2 de 0.7 a 0.9 pode não alterar significativamente a oxigenação devido aos elevados níveis de shunt • Ventilação • Volume corrente de 4-8 ml/kg de peso corporal predito • pH 7,25-7,42 • PaCO2 40-65 / CO2 exalado (ETCO2) 35-60 mmHg • Mecânica Pulmonar • Pressão de platô ≤ 30 cmH2O (reflete a complacência do sistema respiratório) • Pressão de pico inspiratório < 35 cmH2O 33 CATEGORIA DOS VENTILADORES ANALGESIA E SEDAÇÃO • Abordagem A1 – Analgesia primeiro, depois adicionar a sedação • Analgesia (fentanil, hidromorfina, morfina): titular pela frequência respiratória, Escala RASS ou score de dor • Sedação (propofol, benzodiazepínico, dexmedetomidina): titulado pelo RASS • Medicação pode precisar de ajuste para sincronia ventilatória • Todos os pacientes que receberem bloqueadores neuromusculares devem também receber propofol ou benzodiazepínico para amnésia. 34 CATEGORIA DOS VENTILADORES QUANDO SOLUCIONAR PROBLEMAS Pressão de pico maior que 35 cmH2O • Avaliar a necessidade de aspiração • Checar a pressão de platô • Checar posicionamento do tubo (profundo?) e pressão do cuff (você ouve um vazamento?) • Avaliar pneumotórax: Raio-X, ultrassom Pressão de platô > 30 cmH2O • Requer uma manobra de pausa inspiratória • Reduzir o volume corrente 1ml/kg (mín. de 4 ml/kg) • Considerar diurese • Considerar paralisia • Ajustar frequência respiratória menor (usualmente 2-6/min por mudança) para aumentar CO2 FiO2 > 0.6 com SpO2 < 88% • Aumentar a PEEP ao nível indicado no gráfico: monitore a pressão sanguínea a cada aumento de PEEP • Considerar posicionamento do paciente (prona, por exemplo) • Considerar diurese 35 CATEGORIA DOS VENTILADORES QUANDO SOLUCIONAR PROBLEMAS pH < 7,25 • Avaliar se a acidose é respiratória ou metabólica • Ajustar aumento da frequência respiratória (usualmente 2-6/min por mudança) para diminuir CO2 (max 35/min) • Para o aumentar a frequência respiratória acima de 30, é necessário reduzir o a tempo inspiratório para 0.8 para evitar a inversão da relação inspiração:expiração • Monitorar auto-peep • Avaliar e tratar de anormalidades metabólicas (checar anion gap e lactato) pH > 7,42 • Ajustar frequência respiratória menor (usualmente 2-6/min por mudança) para aumentar a CO2 36 CATEGORIA DOS VENTILADORES HIPOXEMIA REFRATÁRIA • Pedir ajuda precocemente • Considerar posicionamento em prona para melhorar a incompatibilidade da relação V/Q • Avaliar a função cardíaca (miocardite e cardiomiopatia são relatadas) • Considerar Óxido Nítrico para melhorar a incompatibilidade da relação V/Q • Considerar bloqueio neuromuscular • Pacientes devem ser sedados com a benzodiazepínicos ou propofol; analgésicos não promovem amnésia na paralisia • Considerar ECMO (oxigenação por membrana extracorpórea) 37 CATEGORIA DOS VENTILADORES PEDIR AJUDA • SpO2 menor que 88% com uma FiO2 de 1.0 (100%) por mais de 15 minutos apesar da solução dos problemas • pH menor que 7,25 por mais de 2 gasometrias • pH menor que 7,1 • PaO2 menor que 40 • SpO2/FiO2 ou PaO2/FiO2 menor que 150 por 2 horas • SpO2/FiO2 ou PaO2/FiO2 menor que 80 • Alarmes de alta prioridade não resolvidos por mais de 2 minutos • Ventilar manualmente até que a ajuda chegue • Alarmes de baixa prioridade não resolvidos por mais de 15 minutos Cadastre-se gratuitamente no Hub COVID-19 Uma vasta e atualizada biblioteca sobre a pandemia ACESSE WWW.FISIOCTI.COM http://www.fisiocti.com/site/ http://www.fisiocti.com/site/ https://forms.gle/MYDDWXARGRLhCayF7
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