AP1 PATRÍSTICA

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FACULDADE CATÓLICA DE FORTALEZA
ALUNO: RUAN ALIF MENDES DE LIMA
PROFº. DR. PE. EVARISTO MARCOS
DISCIPLINA: PATRÍSTICA
1. Qual a importância da filosofia antiga nos estudos da patrística?
A filosofia antiga trás essa necessidade de filosofar radicada na natureza da pessoa humana com algumas perguntas chaves para a compreensão: Por que existe o todo? De onde surgiu? Qual a razão do ser? E a partir disso de desdobra para uma pergunta fundamental, por que existe o ser e não o nada? Boa parte da Patrística está relacionada à filosofia grega de Platão e em menor escala Plotino e Aristóteles. 
No inicio do cristianismo a igreja passou por vários ataques internos e externos, a igreja sempre se organizava os concílios para as discussões e nessas discussões os padres que conheciam o método grego de argumentação lógica baseavam seus discursos nesse principio e também nos princípios metafísicos. Os padres dedicaram sua vida a desenvolver uma filosofia que se aproximasse do pensamento cristão e do conhecimento religioso. Portanto, pensar na Patrística sem pensar na filosofia grega é pensar numa casa sem alicerces firmes, pois a Patrística se desenvolve dentro da filosofia antiga, nasce da fé dos padres, mas também do conhecimento racional empregados pelos filósofos gregos e muitos dos padres também eram filósofos mesmo que não se reconhecessem como tal. O delicado processo de inserção do cristianismo da cultura antiga e a necessidade de determinar os conteúdos do mistério cristão no encontro da cultura pagã, principalmente a grega, e as heresias, estimularam os Padres a aprofundarem e a ilustrarem racionalmente a fé com a ajuda do pensamento mais elaborado pela filosofia de seu tempo, particularmente pela filosofia helenista.
2. Qual a importância dos padres da Igreja no estudo da teologia?
Uma das principais tarefas dos Padres da igreja e de importância foi a criação da ciência teológica e de colocar a seu serviço algumas coordenadas e normas de procedimento que se revelam válidas e frutuosas também ao longo da história. Essa teologia elaborada pelos primeiros Pais Apostólicos da Igreja consiste na elaboração doutrinal das verdades da fé do cristianismo e na sua defesa contra os ataques pagãos e dos hereges. Podemos destacar trabalhos no sentido de oferecer argumentação ontológica e lógica para a defesa da existência de um Deus uno e onipotente, de acordo com a teologia cristã, mas também de buscar compreender o formato e justificação da fé cristã, o que auxiliou no desenvolvimento da teologia como disciplina independente.
Foram os padres os responsáveis por confirmar e defender a fé católica, a liturgia, a disciplina, criar os costumes, ou seja, o inicio da tradição, decidir os rumos da igreja cristã. Somando essas atividades pode-se perceber que os padres tem algumas atitudes particulares bem característico; o recurso continuo à Sagrada Escritura e ao sentido da Tradição; a consciência da originalidade cristã embora reconhecendo as verdades contidas na cultura pagã; a defesa da fé como bem supremo e o aprofundamento contínuo do conteúdo da revelação e o sentido do mistério e a experiência do divino.
Esses princípios metodológicos, que antes de serem expressamente enunciados foram seguidos e vividos na prática, foram também objeto de explicitas reflexões dos padres. Deste modo é possível dizer que a reflexão teológica dos padres é ainda atual para nós, pois eles ainda são mestres na doutrina sagrada.