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TEMA 3 EQUIP E VIDRARIAS

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DESCRIÇÃO
Apresentação dos principais equipamentos e das vidrarias presentes em laboratórios clínicos: suas características gerais, funções e a forma correta de utilização.
PROPÓSITO
Conhecer os equipamentos e as vidrarias laboratoriais para compreensão de sua aplicação nas atividades cotidianas de um laboratório clínico.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar para que servem, como funcionam e como devem ser utilizados os principais equipamentos presentes em laboratório clínico
MÓDULO 2
Distinguir as vidrarias laboratoriais, suas características e funções
INTRODUÇÃO
Os equipamentos e as vidrarias são extremamente úteis na rotina laboratorial, pois, sem eles, um laboratório não consegue realizar o processamento e a análise das amostras de forma correta e com resultados fidedignos. Por exemplo, o preparo de uma solução de maneira errada, utilizando-se equipamentos não calibrados, pode estragar anos de pesquisa e gerar elevados custos ou até mesmo oferecer um diagnóstico equivocado a um paciente.
No dia a dia no laboratório, você encontrará uma variedade de equipamentos e vidrarias, e é importante conhecer suas funções, suas peculiaridades e como operá-los. Vamos juntos explorar mais este assunto?
MÓDULO 1
Identificar para que servem, como funcionam e como devem ser utilizados os principais equipamentos presentes em laboratório clínico
Ao entrarmos em um laboratório clínico, vários equipamentos podem ser visualizados; entretanto, de nada adianta possuir diversos equipamentos se não há pessoal treinado para manuseá-los. A falta de conhecimento das características, da função e utilização do maquinário pode provocar acidentes, causar danos ao próprio equipamento e ao laboratório, além de gerar análises não confiáveis.
Nesse contexto, cada laboratório deve possuir profissionais treinados e capacitados para operar os diferentes instrumentos de trabalho. Além disso, é essencial a confecção dos chamados POPs (Procedimento Operacional Padrão), que descrevem detalhadamente como proceder no manuseio de cada equipamento. Esses documentos devem ficar em local visível e de fácil acesso a todos os trabalhadores.
Mesmo conhecendo e operando corretamente os equipamentos, estes necessitam de manutenção preventiva, cuja periodicidade depende do tipo de equipamento, do volume de uso e da orientação do fabricante. No caso de apresentar mau funcionamento, o equipamento não deve ser utilizado até que esteja devidamente consertado.
Fonte: Gorodenkoff/Shutterstock
A qualidade das análises, a segurança do usuário e a conservação dos equipamentos são garantidos quando o laboratório clínico respeita rigorosamente as recomendações descritas anteriormente.
ATENÇÃO
É importante ressaltar que a atenção com os equipamentos deve existir desde a montagem do laboratório, considerando as características de cada um.
Por exemplo:
· A balança e a centrífuga devem permanecer em uma bancada firme.
· A centrífuga deve ser usada com tubos balanceados, e a balança não deve ser instalada próxima desta, pois pode haver vibração durante a centrifugação, o que afeta a pesagem.
· A autoclave gera vapor úmido e quente, e não deve ficar próxima de balanças ou de qualquer outro equipamento que seja afetado pelo calor e pela umidade.
· A autoclave e o banho-maria devem ter o seu volume de água preenchidos adequadamente, para seu funcionamento correto.
· A estufa, geralmente, é espaçosa; logo, o local em que ela ficará deve ser bem pensado. Além disso, não deve ser aberta constantemente, pois isso afetará a manutenção da temperatura.
Estes são alguns exemplos que mostram a importância e necessidade de conhecer as características, funções e a forma correta de uso de cada um dos equipamentos, desde os mais simples até os mais sofisticados.
AUTOCLAVE
Autoclaves são essenciais em qualquer laboratório clínico, pois permitem a esterilização de diversos materiais com eficácia e custo relativamente baixo, além de serem de fácil operação.
A esterilização é o processo físico ou químico no qual há a eliminação de todas as formas de vida microbianas. Para tal, podem ser aplicados agentes físicos ou químicos, que atuam de forma distinta na inativação dos microrganismos, normalmente afetando algum componente essencial à célula. Dentre os agentes físicos, destacam-se a aplicação de calor (úmido ou seco), irradiação por luz ultravioleta (UV) e radiação ionizante. Já os agentes químicos se baseiam em germicidas químicos, como formaldeído, glutaraldeído e peróxido de hidrogênio.
 SAIBA MAIS
A esterilização consiste na total eliminação de todos os microrganismos, enquanto a desinfecção se caracteriza por eliminar boa parte dos microrganismos, mas não todos. Como exemplo de desinfecção, podemos citar o uso de álcool 70%.
COMO OCORRE A ESTERILIZAÇÃO NA AUTOCLAVE?
O PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO EM UMA AUTOCLAVE OCORRE ATRAVÉS DE CALOR ÚMIDO (VAPOR) COMBINADO COM A PRESSÃO, QUE TRANSFERE ENERGIA TÉRMICA PARA OS MATERIAIS. A MORTE MICROBIANA SE DÁ PELA TEMPERATURA, PRESSÃO E PELO TEMPO DE EXPOSIÇÃO, QUE, JUNTOS, LEVAM À DESORGANIZAÇÃO DA ESTRUTURA CELULAR, COMO DESNATURAÇÃO DE PROTEÍNAS E DISSOLUÇÃO DE LIPÍDEOS.
EM CONDIÇÕES NORMAIS DE PRESSÃO (1 ATM – NÍVEL DO MAR) E COM UMA TEMPERATURA DE 100 °C, A ÁGUA ENTRA EM EBULIÇÃO, TRANSFORMANDO-SE EM VAPOR. EM UMA AUTOCLAVE, O AUMENTO DE PRESSÃO PERMITE QUE O VAPOR D’ÁGUA SE FORME EM TEMPERATURA SUPERIOR A 100 °C.
O PRINCÍPIO DA AUTOCLAVE É MUITO PARECIDO COM UMA PANELA DE PRESSÃO. VOCÊ, PROVAVELMENTE, JÁ UTILIZOU ESSE UTENSÍLIO DOMÉSTICO! SABE COMO ELE FUNCIONA?
A panela de pressão permite o cozimento mais rápido dos alimentos devido ao aumento de temperatura (120 °C) que ocorre dentro do recipiente. Em uma panela normal, a temperatura máxima alcançada durante o cozimento é de 100 °C.
É importante ressaltar que nem todos os tipos de materiais suportam alta umidade e calor, não sendo, portanto, autoclaváveis. O poliestireno (copo descartável, pote de iogurte, isopor etc.), por exemplo, nunca deve ser autoclavado, pois derrete quando submetido a temperatura elevada.
Há diversos tipos de autoclave no mercado, entretanto, de acordo com a técnica empregada para remoção do ar, dois grupos podem ser formados. São eles:
GRAVITACIONAL
Nesse tipo de autoclave, a saída do ar ocorre pela injeção de vapor, que empurra o ar para baixo da câmara, até ser totalmente removido através de uma válvula presente a base do equipamento.
PRÉ-VÁCUO
A autoclave mais simples desse tipo possui uma bomba de vácuo para a retirada do ar da câmara. Há diferentes modelos cuja remoção do ar e injeção do vapor ocorrem de maneiras distintas, mas sempre empregando vácuo para auxiliar o processo.
Fonte: Yuri Tabolin/ShutterstockAutoclave horizontal.
As autoclaves podem ter abertura horizontal ou vertical. Em laboratório, as autoclaves mais comuns são as verticais, possuindo abertura superior. Nesse tipo de autoclave, o ar é retirado junto ao vapor através de uma válvula localizada na tampa do equipamento. A remoção do ar será completa quando o vapor for constante e intenso.
Em geral, as autoclaves verticais são fabricadas em aço inoxidável e possuem tampa de bronze fundido. Além disso, apresentam válvula de segurança; manômetro para controle de pressão; saída de ar; cesto (no qual os materiais são colocados) e torneira para retirada da água após a autoclavagem.
Fonte: Autora/Autoclave verticalAutoclave vertical.
É de extrema importância que todo o ar seja expulso da autoclave antes que haja elevação da temperatura, pois ele dificultará a esterilização de todo o conteúdo presente na autoclave. Além disso, uma esterilização é bem-sucedida quando todo o ar presente na autoclave é retirado, o calor úmido (vapor) atinge os microrganismos e a temperatura alcançada é mantida por um tempo mínimo.
Com relação ao tempo e à temperatura, estes dependem principalmente do tipo e da quantidade de material que se quer autoclavar. Porém, é comum utilizar a temperatura de 121 °C por 15-20 minutos para materiais “limpos”, isto é, que serão usados para algum procedimento/experimento, e por, nomínimo, 30 minutos para materiais que já foram usados e estão contaminados.
Para manter a qualidade e eficiência no processo de esterilização, o equipamento precisa passar por calibração de 6 em 6 meses e por manutenção preventiva, normalmente, uma vez ao ano. No dia a dia, podem ser usados indicadores físicos, químicos ou biológicos durante a autoclavagem, para verificar a qualidade da esterilização.
INDICADORES FÍSICOS
São os mais simples, pois consistem na observação da temperatura e pressão durante todo o período de autoclavagem. A partir do momento em que a pressão desejada é alcançada, é necessário que esta seja mantida estável ao longo do período determinado. Oscilações na pressão verificadas no manômetro indicam necessidade de calibração do equipamento.
INDICADORES QUÍMICOS
Há vários tipos de indicadores químicos. Vão desde os mais simples – como os indicadores de processo, que só verificam se a temperatura de esterilização foi atingida – aos mais sofisticados, como os indicadores integrador e emulador, que permitem a análise de todos os parâmetros da autoclavação (temperatura, vapor e pressão), sendo, portanto, mais eficazes na identificação da qualidade da esterilização. Porém, por ser simples, barata e de fácil uso, a fita de autoclave, que é um exemplo de indicador químico, é largamente utilizada em laboratórios. Ao passar pela esterilização, ela muda de cor, indicando que a temperatura ideal foi alcançada.
Fonte: Sean Alfred/ShutterstockIndicador químico: fita de autoclave. Antes do uso.
Fonte: Sean Alfred/ShutterstockIndicador químico: após a autoclavação.
Note a mudança de cor nos traços da fita.
INDICADORES BIOLÓGICOS
Os indicadores biológicos consistem na utilização de microrganismos resistentes à esterilização, como as bactérias termofílicas esporuladas e bactérias do gênero Bacillus (ex.: Bacillus stearothermophilus). Estes são submetidos à autoclavação, e é esperado que não cresçam após a inoculação em meio de cultivo apropriado. Caso os microrganismos consigam crescer, a esterilização não está ocorrendo, e a autoclave necessita urgentemente de manutenção.
A operação de uma autoclave é simples. Vamos entender como acontece?
1
Inicialmente, a água deve ser adicionada até o ponto marcado na autoclave. Como a esterilização ocorre por calor úmido, é necessário utilizar água para que esta seja aquecida e se transforme em vapor.
2
Em seguida, devemos adicionar os materiais embalados em jornal, papel pardo ou plástico próprio no cesto da autoclave.
3
O equipamento deve ser ligado no máximo, e devemos aguardar a liberação do ar, o que significa que o vapor estará presente em toda a autoclave.
4
Para saber se não há mais ar, é só observar a válvula de descarga; se estiver saindo vapor intenso por ela, o ar já foi removido.
5
Assim, podemos fechar a válvula de descarga e aguardar até a temperatura e pressão subirem.
6
Quando a temperatura e a pressão estiverem nos níveis desejados, é preciso mudar o termostato para a potência média ou mínima, dependendo da autoclave. Isso é realizado para que temperatura e a pressão sejam mantidas estáveis durante o tempo determinado. Após o período estipulado, a autoclave é desligada.
ATENÇÃO
A autoclave só pode ser aberta após a completa despressurização (manômetro marcar zero), que deve ocorrer naturalmente.
Neste vídeo, você conhecerá um pouco sobre a prática de utilização de uma autoclave.
CENTRÍFUGA
A centrífuga é um equipamento que separa os sólidos suspensos em um líquido por sedimentação ou líquidos com diferentes densidades. A separação ocorre devido à força centrífuga, que ocorre quando o material é submetido à rotação em alta velocidade.
Centrífuga vem do latim centrum (centro) e fugere (escapar). Esse movimento de “escapar do centro” é facilmente visto durante o funcionamento de uma máquina de lavar roupa, na qual, durante a etapa de centrifugação, as roupas ficam presas à parede do tambor.
No laboratório clínico, a centrífuga é amplamente utilizada para preparação de amostras biológicas, como, por exemplo, na separação dos componentes do sangue. A taxa de sedimentação das partículas dependerá do tamanho, da forma e densidade destas e da densidade do líquido em que se encontram. Além disso, quanto maior a força centrífuga relativa (RCF ou G), menor será o tempo de sedimentação.
FORÇA CENTRÍFUGA RELATIVA (RCF OU G)
RCF ou G corresponde à força centrífuga relativa. É calculada de acordo com o RPM (rotação por minuto, que indica a velocidade de agitação) e a distância entre o sedimento e o eixo de rotação da centrífuga. Atualmente, trabalhos científicos informam o valor de RCF aplicado durante a centrifugação em vez de RPM, pois o RCF permite a comparação de rotores de diferentes especificações.
Toda centrífuga é composta por um motor elétrico, responsável pelo movimento giratório, e um rotor, onde os tubos ficam alocados para serem centrifugados. Existem alguns tipos de rotor. São eles:
ÂNGULO FIXO
Mantém os tubos fixos em determinado ângulo (normalmente entre 20-45 graus). Muito usado para partículas celulares.
Fonte: vectorfusionart/ShutterstockCentrífuga de alta velocidade com rotor de ângulo fixo.
Fonte: Anucha Cheechang/ShutterstockUltracentrífuga com rotor de ângulo fixo.
OSCILANTE
Durante a centrifugação, os tubos ficam na posição horizontal; quando parados, encontram-se na vertical. É usado para separação por densidade ou por coeficiente de sedimentação.
Fonte: guruXOX/ShutterstockCentrífuga de baixa velocidade com rotor oscilante.
TUBO VERTICAL
Mantém os tubos constantemente na vertical. Ideal para separação por densidade, com formação de bandas horizontais no tubo.
Fonte: Iconshow/ShutterstockCentrífuga com rotor do tipo vertical.
TUBO QUASE VERTICAL
Tubos mantidos em pequena angulação. A centrifugação demora mais com esse tipo de rotor.
Fonte: vectorwin/ShutterstockCentrífuga com rotor do tipo quase vertical.
Outros componentes podem ser encontrados em algumas centrífugas, como um sistema de refrigeração (controla a temperatura) e um sistema a vácuo. O sistema a vácuo só é encontrado em um tipo específico de centrífuga, a ultracentrífuga. A função desse sistema é diminuir a fricção gerada pela rotação em altíssimas velocidades, característica da ultracentrífuga.
O modelo de baixa velocidade é o tipo mais comum, presente na maioria dos laboratórios clínicos. Já o de alta velocidade é empregado em análises mais sofisticadas e, diferentemente do modelo anterior, exige um sistema de refrigeração para diminuir o calor gerado pelo aumento da velocidade de centrifugação, item também indispensável para as ultracentrífugas.
Os tipos de centrífuga, assim como suas principais características, estão apresentados no quadro a seguir.
Quadro 1: Tipos de centrífugas e principais características.
	
	Tipos de centrífuga
	Características
	Baixa velocidade
	Alta velocidade
	Ultracentrífuga
	Faixa de velocidade (rpm)
	1 – 6000
	1000 – 25.000
	20 – 80.000
	Máxima RCF (g)
	6.000
	50.000
	600.000
	Tipo de rotor
	Ângulo fixo e oscilante
	Ângulo fixo, oscilante e tubo vertical
	Ângulo fixo
	Refrigeração
	Alguns modelos
	Sim
	Sim
	Aplicação sedimentação de
	
	
	
	Células
	Sim
	Sim
	Sim
	Núcleos
	Sim
	Sim
	Sim
	Organelas
	Não
	Sim
	Sim
	Ribossomos
	Não
	Não
	Sim
	Macromoléculas
	Não
	Não
	Sim
Fonte: Adaptado de BOYER, 2000
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
A operação de uma centrífuga requer prévio treinamento técnico ou leitura cuidadosa do manual de instruções.
Vamos aprender?
1
A centrífuga deve ser instalada em bancada resistente e rígida e em local livre de altas temperaturas.
2
Em seguida, devemos ligá-la na tomada (verificar a voltagem correta), abrir a tampa do equipamento e colocar os tubos dentro da centrífuga.
3
Esta é uma parte delicada, pois, para cada tubo, deve existir um segundo tubo de mesmo peso, colocado transversalmente oposto na centrífuga. Muitas vezes, é necessário pesar os tubos para que fiquem devidamente equilibrados.
4
Devemos escolher os parâmetros de centrifugação,determinando a velocidade de agitação (RPM), o tempo (min) e a temperatura (°C), se for uma centrífuga refrigerada.
5
Após o término da centrifugação, o equipamento é desligado automaticamente.
6
Devemos esperar a centrífuga parar totalmente para depois abri-la.
7
Diversos modelos só permitem a abertura quando a centrífuga está parada. No caso de as partículas serem de fácil suspensão, os tubos devem ser retirados com cuidado, para não haver ressuspensão do material sedimentado.
8
Lembre-se de sempre limpar a centrífuga após o uso.
ATENÇÃO
Em rotores do tipo oscilante, é importante dispor os suportes na posição correta recomendada pelo fabricante. Normalmente, os suportes vêm com alguma marcação, a fim de facilitar na hora de colocá-los dentro da centrífuga.
ESTUFA E BANHO-MARIA
ESTUFA
A estufa consiste numa câmara de aço com isolamento interno feita especialmente para o controle de temperatura, tornando-se um ambiente favorável para o crescimento microbiano. Alguns modelos também controlam a umidade, atmosfera da câmara, e podem apresentar um sistema de refrigeração. É amplamente usada em laboratório clínico para incubação de fungos, bactérias, vírus e cultivo de células.
ATENÇÃO
Em um laboratório, é preconizado que os microrganismos e as células sejam cultivados em estufas diferentes!
 SAIBA MAIS
As estufas podem ser divididas em: estufa de cultivo biológico e estufa de secagem e esterilização, também conhecida como forno ou forno Pasteur. A primeira é a estufa descrita neste módulo, que é usada para cultivos biológicos e alcança aproximadamente 75 °C. Já o forno Pasteur é usado tanto para a secagem de vidrarias como para esterilização por calor seco. A temperatura pode chegar a 330 °C, dependendo do modelo.
Fonte: Anamaria Mejia/Shutterstock
A estufa apresenta uma porta interna, geralmente fabricada em vidro especial, que permite a visualização do conteúdo presente na estufa. Uma variedade de modelos e tamanhos pode ser encontrada no mercado. A escolha da estufa ideal depende do objetivo do laboratório e do espaço disponível para alocá-la.
Estufas maiores são mais recomendadas, pois permitem a incubação de maior quantidade de cultivo e sofre pouca mudança de temperatura quando a porta é aberta. Entretanto, se a demanda do laboratório for robusta, sendo necessário incubar os cultivos em diferentes temperaturas simultaneamente, o ideal é a aquisição de estufas menores, para que haja espaço suficiente para mais de um equipamento.
A transferência de calor e o controle das condições ambientais de uma estufa dependem do seu modelo. Geralmente, o calor é transferido por condução ou convecção (natural ou forçada), e o controle é feito com termostatos, termopares (sensores de temperatura) e termistores (semicondutores sensíveis à temperatura).
CONDUÇÃO
O calor é originado na parede da estufa, graças à presença de resistores elétricos, e transferido para o interior do equipamento.
NATURAL
O calor é transferido por circulação de ar, que é aquecido ao entrar na estufa.
FORÇADA
Ventiladores promovem a circulação de ar aquecido na estufa.
Agora, conheceremos um pouco mais sobre os tipos de estufa que podemos encontrar durante nosso dia a dia no laboratório:
ESTUFA REFRIGERADA
Esse modelo de estufa é o único que mantém a temperatura tanto acima da temperatura ambiente quanto abaixo (-10 °C – 75 °C). Portanto, a menos que se trabalhe com uma estufa refrigerada, a temperatura da estufa nunca será menor que a do ambiente. Uma solução para a falta de estufa refrigerada em laboratórios que ficam em cidades muito quentes é deixar o ar-condicionado do laboratório ligado durante o período de incubação, caso a temperatura requerida seja menor que a do ambiente. De qualquer forma, a eficiência não será a mesma da estufa refrigerada, e ainda haverá aumento do gasto de energia.
ESTUFA DE CO2
Essa estufa é usada para o cultivo de microrganismos e de células que requerem um ambiente com 5-8% de CO2 e 50-100% de umidade. Uma desvantagem desse tipo de estufa é que, se a incubação ocorrer em um longo período, a água usada para manter a umidade pode ficar contaminada.
ESTUFA COM CONTROLE AUTOMÁTICO DE TEMPERATURA
Permite a mudança automática de temperatura. Ideal para incubações em que a temperatura da estufa precisa ser modificada em determinados períodos.
ESTUFA PORTÁTIL
Usada principalmente para coleta de amostras que necessitam de imediata incubação.
A operação de uma estufa é bastante simples: devemos sempre ligá-la e configurá-la, no painel de controle, para a temperatura de incubação desejada. A temperatura requerida é alcançada rapidamente, e devemos abrir a estufa e colocar o material a ser incubado. Todo material deve ser devidamente identificado com nome do responsável, data e nome do microrganismo ou cultivo de célula incubado. Não se deve deixar a estufa aberta ou abri-la com frequência, pois isso afeta a temperatura. Além disso, é preciso retirar o material da estufa ao fim do período de incubação e limpá-la após o uso. Uma limpeza mais intensa deve ser realizada a cada dois meses ou de acordo com a necessidade.
Banho-maria
Fonte: Anamaria Mejia/Shutterstock
O banho-maria é um equipamento bastante utilizado em laboratório, cuja função é aquecer soluções de forma gradual, uma vez que o aquecimento ocorre por transmissão do calor, através da água que é aquecida pelo aparelho. Em alguns equipamentos, é usado óleo como transmissor do calor, em vez de água. O banho-maria também pode ser utilizado para descongelamento ou incubação de amostras biológicas. É importante destacar que o uso da água faz com que o material seja aquecido mais rapidamente do que na estufa.
Por ser um equipamento simples, não requer cuidados excessivos com o manuseio e a manutenção. A atenção no uso diário, como adição de água filtrada até a marca indicada pelo fabricante, o aquecimento de materiais não corrosivos e não inflamáveis e a limpeza regular são alguns dos cuidados necessários para o bom funcionamento e a durabilidade do equipamento.
Basicamente, o banho-maria é composto por um recipiente de aço inoxidável, com resistores que permitem o aquecimento da água da temperatura ambiente até 60 °C - 100 °C. Há dois tipos de resistores, os de imersão e os externos. Como o próprio nome sugere, os resistores de imersão se encontram no fundo (internamente) da cuba e entram em contato direto com o líquido, porém estão protegidos por tubos. Já os resistores externos estão no fundo do banho-maria, mas sem contato direto com a água, em compartimento separado da cuba, e apresentam proteção para que não ocorra perda de calor.
Além dos resistores, que são os responsáveis pelo aquecimento da água, o banho-maria possui:
CUBA
TAMPA
PAINEL DE CONTROLE
VÁLVULA DE DRENAGEM
Parte interna do equipamento, onde a água é despejada.
Usada para tampar o equipamento, inclusive durante o uso, para que a temperatura da água seja mantida.
Usado para ligar o equipamento, ajustar a temperatura do banho, além de mostrar a temperatura real da água e a desejada. Pode ter outras funcionalidades de acordo com o modelo e fabricante do banho.
Dispositivo para retirada da água.
Alguns equipamentos possuem acessórios extras de acordo com o modelo, como, por exemplo, sistema de circulação ou agitação, que auxilia na uniformidade da temperatura da água, refrigeração, termômetro, alarme, temporizadores, entre outros. A capacidade do banho-maria pode variar de 2 a 30 litros.
Fonte: Anucha Cheechang/Shutterstock
O banho-maria, assim como a estufa, possui funcionamento bem simples e de fácil manuseio. Para sua operação, deve-se:
1
Adicionar água filtrada ou destilada até a marca indicada pelo fabricante ou metade do volume total do equipamento.
2
Lembre-se de considerar a quantidade de material a ser colocado no banho para que a água não ultrapasse o volume recomendado.
3
Ligar o equipamento na voltagem adequada (127V ou 220V) e definir a temperatura desejada no painel de controle.
4
O tempo para o aquecimento pode variar, mas a temperatura é alcançada em torno de 15-20 minutos.5
Por garantia, você pode verificar a temperatura da água com um termômetro, mesmo que o banho já venha com um acoplado.
6
Depois disso, deve-se colocar o material a ser aquecido e tampar o equipamento. Neste caso, é importante prestar atenção para que a altura do material não ultrapasse a do equipamento.
 SAIBA MAIS
Como o banho-maria deve ficar tampado durante o uso, é necessário usar tubos e vidrarias com tampa, para que a água que condensa na tampa do banho não caia no material. Entretanto, se não tiver como deixar o material incubado tampado, é melhor que o banho fique sem a tampa.
Com o tempo, a água evaporará, por isso é imprescindível observar o volume de líquido no banho-maria, a fim de que não fique abaixo do indicado. A limpeza do equipamento deve ser feita mensalmente ou sempre que necessário.
BALANÇA ELETRÔNICA DE PRECISÃO
Balança tem seu nome derivado do latim – bis e lanx, que significa dois e prato. Isso porque as balanças bem antigas são compostas por dois pratos, um de cada lado do equipamento, cujo funcionamento é semelhante a uma gangorra.
Fonte: tersetki/ShutterstockBalança de dois pratos.
VOCÊ, PROVAVELMENTE, JÁ FOI À FEIRA E VIU O FEIRANTE PESAR OS ALIMENTOS EM UMA BALANÇA DESSE TIPO, MAS VAMOS ENTENDER COMO ELA FUNCIONA?
Essa balança funciona mecanicamente, e a massa de um objeto ou de alguma substância é quantificada a partir de massas conhecidas depositadas em um prato da balança, enquanto o prato oposto recebe o material a ser pesado. O equilíbrio dos pratos indica que a massa do material corresponde à massa conhecida. A precisão para esse tipo de balança é baixa e, atualmente, pouco utilizada.
 SAIBA MAIS
Massa é uma propriedade de um corpo e não varia, independentemente do local em que se encontre. De acordo com o Sistema Internacional de Unidades (SI), sua unidade é o quilograma (Kg). O peso varia de acordo com a massa do corpo, a massa do planeta em que se encontra e a distância entre o corpo e o centro do planeta. O peso é uma força, e sua unidade SI é o newton (N).
A balança eletrônica de precisão é usada em laboratórios para pesar a massa de diversas substâncias, sólidas ou líquidas. Seu funcionamento é eletrônico e possui alta precisão. A balança eletrônica identifica a massa a partir da força exercida sobre o prato. Em termos gerais, a força no prato faz pressão sobre uma célula de carga, que mede essa força e a transforma em sinal elétrico. O sinal, então, é enviado a um processador, que o codifica e envia o dado para a tela, exibindo a massa do material.
De acordo com a precisão de uma balança eletrônica, ela é classificada em ultramicronalítica (0,1 µg), microanalítica (1 µg), semi-microanalítica (0,01 mg), macroanalítica (0,1 mg) e de precisão (≥ 1 mg). As características podem variar de acordo com a precisão de cada uma delas, mas, no geral (com exceção de alguns modelos de balança de precisão), possuem uma cabine de vidro em torno do prato de pesagem. Essa cabine é extremamente importante para balanças analíticas, pois evita que correntes de ar influenciem na pesagem.
Fonte: Stella_E/ShutterstockBalança de precisão (esquerda) e balança analítica (direita).
ONDE A BALANÇA DEVE SER INSTALADA E COMO DEVE SER O LOCAL DE INSTALAÇÃO?
A balança deve ser instalada em locais de fácil acesso, que não sofram a ação direta de ventiladores e/ou de aparelhos de ar-condicionado ou qualquer equipamento ou lugar que tenha corrente de ar, como perto da porta, por exemplo. A bancada precisa ser fixa e rígida, a fim de diminuir ou evitar vibrações, e longe de fontes de calor e incidência direta da luz solar. É contraindicada a mudança da balança de local. Caso ocorra, é necessário calibrar o equipamento antes de iniciar uma nova pesagem.
O uso da balança requer alguns cuidados iniciais:
NIVELAMENTO
Os pés são fabricados para permitir o nivelamento da balança. Há um nivelador que indica quando o equipamento já está ajustado.
AQUECIMENTO
A balança deve ser mantida sempre ligada à tomada. É necessário ligá-la com antecedência, para que os componentes eletrônicos sejam aquecidos. Para evitar a necessidade de um novo aquecimento, a balança deve permanecer no modo stand by (espera) após ser ligada.
Pronto! Agora a balança está pronta para ser usada.
Acompanhe mais alguns detalhes de utilização:
1
Devemos abrir a porta de vidro e colocar o frasco no centro do prato de pesagem. Este deve estar na temperatura ambiente, para que não ocorra formação de correntes de ar devido à diferença de temperatura entre o frasco e a câmara de pesagem.
2
Além disso, deve-se manusear o frasco com pinça ou luvas. Afinal, a nossa mão contém gordura, que é transferida facilmente para o recipiente, influenciando a pesagem.
Fonte: Ropisme/ShutterstockPesagem de substância.
3
Se você deseja pesar alguma substância, é necessário descontar o peso do frasco apertando o botão “tara” do equipamento.
4
Com a balança zerada, a substância pode ser pesada.
5
É importante ir colocando a substância aos poucos, para que você não ultrapasse a quantidade desejada e tenha de voltar com alguma substância para o frasco original.
6
A porta da câmara deve ser fechada, a fim de que a leitura seja correta, pois, como dito anteriormente, correntes de ar influenciam a pesagem.
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O resultado deve ser anotado logo após a balança se estabilizar.
8
Ao finalizar a pesagem, a balança deve ser limpa.
ATENÇÃO
Os frascos e as espátulas usados para a pesagem também precisam estar sempre limpos, para evitar contaminação entre as substâncias.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
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1. A AUTOCLAVE É UM EQUIPAMENTO MUITO USADO EM LABORATÓRIO PARA A ESTERILIZAÇÃO DEVIDO A SUA EFICIÊNCIA E FÁCIL OPERAÇÃO. COMO ACONTECE O PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO NA AUTOCLAVE?
A esterilização ocorre através da temperatura, umidade e pressão. O calor úmido (vapor) formado dentro da autoclave penetra no material, esterilizando-o.
A água, temperatura e pressão geram o calor úmido (vapor), o único que, ao se misturar com o ar presente na autoclave, promove a esterilização.
A pressão elevada dentro da autoclave é a responsável pela esterilização.
A esterilização acontece devido unicamente à alta temperatura (120 °C), que, ao aquecer o material, esteriliza-o.
A diferença entra a pressão atmosférica e a pressão na autoclave é o que promove a esterilização. A pressão da autoclave sempre deve ser menor do que a atmosférica.
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2. ESTUFA E BANHO-MARIA SÃO EQUIPAMENTOS USADOS EM LABORATÓRIO CLÍNICO PARA MANTER DETERMINADA TEMPERATURA CONTROLADA. QUAL A PRINCIPAL DIFERENÇA ENTRE ESSES EQUIPAMENTOS?
Não há diferença. Ambos aquecem diferentes materiais e são fáceis de manusear.
A estufa atinge a temperatura máxima de 50 °C, enquanto o banho pode chegar a 75 °C.
Na estufa, a transferência de calor pode ocorrer por circulação de ar quente; já o banho-maria tem a água como um transmissor de calor.
A estufa pode refrigerar o material incubado, enquanto o banho-maria só é capaz de aquecê-lo.
A principal diferença é que o banho-maria pode ter a água como transmissor de calor ou o ar. Já na estufa, a água é a única responsável pela transferência de calor.
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GABARITO
1. A autoclave é um equipamento muito usado em laboratório para a esterilização devido a sua eficiência e fácil operação. Como acontece o processo de esterilização na autoclave?
A alternativa "A " está correta.
Em total ausência de ar, o vapor saturado (obtido com alta temperatura e pressão) é eficientemente transmitido para o material presente na autoclave. Se houver permanência de 50% de ar na autoclave, a temperatura do vapor não passa de 112 °C, reduzindo a eficiência da esterilização.
2. Estufa e banho-maria são equipamentos usados em laboratório clínico para manter determinada temperatura controlada. Qual a principal diferença entre esses equipamentos?
A alternativa "C " está correta.
Estufa e banho-maria têm função de aquecimento, mas somente o banho-maria tem a água como condutor de calor. O uso da águafaz com que o material seja aquecido mais rapidamente do que na estufa. Por esse motivo, ensaios enzimáticos são realizados incubando as amostras em banho-maria, e não em estufa.
MÓDULO 2
Distinguir as vidrarias laboratoriais, suas características e funções
Os diversos tipos de vidraria encontrados em laboratórios possuem variadas formas e tamanhos, fabricados de acordo com a função de cada um. Apesar de haver algumas vidrarias feitas de outros materiais, como polipropileno e polietileno, a maior parte é de vidro.
O vidro é largamente usado na fabricação de uma gama de aparatos, pois são transparentes, permitindo a visualização das reações; barato; relativamente inerte, não reagindo com grande parte das substâncias usadas em laboratório, e facilmente moldável e customizável.
Diferentes propriedades são atribuídas ao vidro, dependendo da sua estrutura e composição. Podemos encontrar vidrarias feitas de diferentes tipos de vidros. São eles: vidro comum, o tipo mais barato, porém não suporta elevadas temperaturas devido a sua ampla capacidade de expansão térmica; vidro borosilicato, o qual tem baixa expansão térmica, permitindo sua utilização em condições de altas temperaturas, como em autoclaves, por exemplo. É amplamente utilizado na fabricação de vidrarias laboratoriais; quartzo fundido, que possui propriedade distinta de transmissão de luz UV (ultravioleta), com potencial de transmitir amplo espectro de luz, diferente dos outros tipos de vidros. Além do mais, suporta temperatura de 1200 °C, o que já não ocorre com o restante. Vale ressaltar que cada um desses vidros possui variações nas suas qualidades, podendo ser mais ou menos resistentes.
Vimos como é importante conhecer os equipamentos e a forma correta de usá-los, e o mesmo vale para as vidrarias. Apesar de serem de uso simples, é de extrema importância estar familiarizado com as vidrarias, a fim de evitar acidentes e obter análises confiáveis.
BALÃO
O balão apresenta um corpo semelhante a um balão de festa e, em comparação ao corpo, um gargalo bem mais fino. Essa característica permite a agitação de soluções com facilidade e menor chance de o líquido ser derramado. Em um laboratório, três tipos de balões são encontrados.
FUNDO CHATO
Apresenta um fundo achatado, e isso permite sua estabilidade sob a bancada. É usado para o preparo de soluções e realização de reações com desprendimento de gases. Pode ser aquecido em banho-maria. Alguns modelos apresentam a boca esmerilhada, o que facilita a conexão de alguma vidraria, caso necessário.
Fonte: Hi-Point/ShutterstockBalão de fundo chato.
FUNDO REDONDO
Possui o seu fundo arredondado, não sendo possível colocá-lo sob uma bancada sem que haja algum tipo de suporte. Muito usado em processos de destilação e rota-evaporação a vácuo.
Fonte: chakapong/ShutterstockBalão de fundo redondo.
No caso da rotaevaporação, é importante que o balão tenha boca esmerilhada, para melhor conexão ao equipamento, e que a mistura não ultrapasse 50% da capacidade total do balão.
VOLUMÉTRICO
Diferente dos outros balões, o volumétrico é usado para medir volumes e possui uma única graduação, e seu gargalo é bem mais comprido e estreito.
Fonte: Rabbitmindphoto/ShutterstockBalão volumétrico.
Utilizado para preparação de soluções que necessitam de um volume preciso; esse tipo de vidraria vem calibrado de fábrica, exatamente para garantir a sua precisão, que ocorre em determinada temperatura, geralmente 20 °C.
DESTILAÇÃO
É um processo térmico no qual há separação de misturas. A partir do ponto de ebulição, a substância evapora, e esse vapor se condensa no condensador, havendo a separação.
ROTA-EVAPORAÇÃO A VÁCUO
No caso de rota-evaporador, o vácuo permite a diminuição do ponto de ebulição, o que torna mais eficaz o processo de destilação.
COMO UTILIZAMOS UM BALÃO VOLUMÉTRICO?
Após preparar a solução desejada, esta deve ser avolumada até a marca da graduação, cuja leitura é feita na altura dos olhos. Porém, no balão volumétrico, assim como em outras vidrarias que serão estudadas adiante, há a formação do chamado menisco. Trata-se de uma curvatura que se forma na superfície do líquido devido a forças de interações entre o frasco e o líquido. O menor ponto da curva formada precisa estar em cima da graduação. Caso o líquido seja opaco, a parte superior do menisco deve ficar na linha da graduação.
Fonte: AutoraMenisco formado em balão volumétrico.
Fonte: WikipediaLeitura de vidrarias de precisão a partir do menisco:
A) menisco côncavo (líquido transparente e translúcido).
B) menisco convexo (líquido turvo).
ATENÇÃO
Vidrarias de precisão, como balão volumétrico e pipeta volumétrica, jamais devem ser aquecidos. O aquecimento faz com que percam a precisão.
Fonte: Wikimedia CommonsQuímico Richard August Carl Emil Erlenmeyer.
ERLENMEYER
Assim como os balões, o erlenmeyer apresenta gargalo mais fino que sua base, o que facilita a agitação de substâncias. Seu nome é uma homenagem ao seu criador, o químico alemão Richard August Carl Emil Erlenmeyer, que o desenhou em 1850, mas sua invenção só foi publicada em um artigo científico dez anos depois. Possui graduações, mas sua precisão é baixa, logo não é recomendado para medição de volumes.
São recipientes muito usados para preparar, aquecer e armazenar soluções. Em geral, a esterilização de meios de cultura na autoclave é realizada em erlenmeyers. O volume do meio não deve ultrapassar 50% da capacidade do frasco, sob o risco de extravasar quando for na autoclave.
Fonte: Valentyn Volkov/ShutterstockErlenmeyer.
Fonte: totojang1977/ShutterstockBecker.
BECKER
O becker é uma vidraria usada com múltiplos propósitos em um laboratório. Bem semelhante a um copo, possui graduações e um bico dosador, para facilitar a transferência de líquidos. Apesar de ter graduações, a precisão é baixa, não sendo recomendado medir volumes por essa vidraria. Utilizado para pesar substâncias, preparar e aquecer soluções e transferir líquidos ou soluções.
TUBOS DE ENSAIO
Tubos de vidro são usados para preparação de reações em pequena escala. É muito utilizado em microbiologia no preparo de meios de cultivo em ágar inclinado. Há uma variedade de tipos de tampas para os tubos, como rolha de algodão e tampa de rosca e de encaixe. Os tubos são de fácil manuseio e ocupam pouco espaço na estufa, geladeira e nos armários, o que é uma vantagem para laboratórios pequenos.
Fonte: Shutter_M/ShutterstockTubos de ensaio.
PIPETAS
As pipetas são largamente empregadas em laboratórios com o objetivo de medir e transferir pequenos volumes de líquidos. Apresentam diferente aplicação e precisão de acordo com a finalidade que você deseja.
As pipetas graduadas consistem em um tubo de vidro graduado, com duas saídas, sendo uma mais afunilada, por onde o líquido é despejado, e a outra arredondada, onde se encaixa o pipetador ou pera de sucção. As pipetas apresentam diferentes capacidades volumétricas, que são indicadas no corpo da vidraria.
Fonte: KuLouKu/ShutterstockPipeta graduada.
VOCÊ SABIA
As pipetas apresentam uma numeração superior que indica o volume total e sua escala. Exemplo: 5 in 1/10 indica que o volume da pipeta total é de 5 mL e que sua escala é 0,1 mL.
É importante prestar atenção, pois há dois tipos de pipeta graduada. São elas:
TIPO 1 (MOHR – ESCOAMENTO PARCIAL)
Disponível em diversos tamanhos (0,1 – 10,0 mL), não apresenta graduação na extremidade inferior da pipeta e possui duas linhas coloridas no topo. O volume é medido a partir da marca “zero” até a última graduação, que fica antes da ponta. Ao despejar a solução da pipeta, esta não deve passar da última marca, antes da ponta.
Fonte: biomedicinapadraoPipeta graduada de Mohr.
TIPO 2 (SOROLÓGICA – ESCOAMENTO TOTAL)
Semelhante à pipeta de Mohr, mas apresenta graduação até a extremidade inferior e uma linha colorida no topo. Como, nessa pipeta, o volume é medido a partir da marca “zero” até a ponta, é necessário despejar toda a solução que está na pipeta, inclusive o que estiver na ponta.
Fonte: biomedicinapadraoPipeta graduada sorológica.
Embora não seja indicadoo aquecimento de pipetas graduadas, é comum em laboratórios haver o uso dessas pipetas em procedimentos estéreis, sendo necessário autoclavá-las. Porém, no mercado, há pipetas de poliestireno ou polipropileno que já vêm estéreis de fábrica e são, portanto, ideais quando há necessidade de esterilidade. Estas pipetas são descartáveis, enquanto as de vidro podem ser utilizadas novamente após devida limpeza.
Fonte: Rabbitmindphoto/ShutterstockPipeta volumétrica.
A pipeta volumétrica, assim como o balão volumétrico, é usada para pipetar um volume fixo, pois é muito precisa. Consiste num tubo longo e fino de vidro, o qual possui uma região mais larga no centro. A única graduação se encontra na extremidade superior do tubo. Não deve ser aquecida.
ATENÇÃO
Nunca se deve pipetar usando a boca! Acidentes podem ocorrer, como contaminação por material biológico, queimaduras, envenenamento, entre outros. Existem bulbos de borracha, conhecidos como peras, e pipetadores, que são baratos e facilmente encontrados em loja de produtos para laboratórios.
As micropipetas são utilizadas na pipetagem precisa de pequenas quantidades de líquido (0,1 – 5000 µL), podendo ter somente um canal (monocanal) ou vários canais (multicanal). São compostas por materiais diferentes do vidro, como, por exemplo, plástico polibutileno tereftalato (PBT), e possuem um sistema mecânico de pipetagem.
Fonte: Maliutina Anna/ShutterstockMicropipeta monocanal (esquerda) e multicanal (direita).
O funcionamento se baseia na transmissão de uma força que ocorre ao apertarmos o botão de pipetagem presente na parte de cima da pipeta. Um pistão é acionado, o que permite que determinada quantidade de líquido preencha a ponteira. Há micropipetas de volume único (fixo) e de volume variado, onde se faz necessário configurar a pipeta para o volume desejado antes de iniciar a pipetagem. As ponteiras, que se encaixam nas micropipetas, são feitas de polipropileno e, convencionalmente, alguns de seus fabricantes estabeleceram determinadas cores de acordo com a capacidade volumétrica de cada uma delas. Por exemplo, as ponteiras de capacidade 10 – 100 µL são amarelas, enquanto as de 100 – 1000 µL são azuis.
Por serem de precisão, as micropipetas necessitam de certos cuidados, tais como:
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Manter a pipeta sempre em posição vertical – guardar micropipeta na posição horizontal faz com que o seu lubrificante acumule em determinada região, prejudicando o funcionamento do pistão e interferindo na pipetagem.
Sempre guardar a pipeta configurada no seu volume máximo.
Limpar a pipeta após o uso com álcool 70%.
Calibrar a pipeta trimestralmente, para que não perca a sua precisão.
 SAIBA MAIS
No laboratório, também podemos encontrar as chamadas pipetas Pasteur, que podem ser de vidro ou de plástico. As de plástico podem ter graduação, mas não possuem boa precisão e já vêm acopladas com um bulbo. Já as de vidro não têm graduação e, para utilizá-las, é necessário acoplar um bulbo (pera) na pipeta a fim de realizar a sucção. Possuem pontas bastante finas, que são bem frágeis. As pipetas Pasteur são usadas na transferência de líquidos, especialmente quando é necessário o gotejamento.
Fonte: Marco Taliani de Marchio/Shutterstock
Pipeta Pasteur de plástico.
Fonte: Wikipedia
Pipeta Pasteur de vidro.
Neste vídeo, você conhecerá um pouco sobre os procedimentos para uma pipetagem de forma correta.
ATENÇÃO
Vídeo meramente ilustrativo. Quando você estiver na prática laboratorial, lembre-se de utilizar os equipamentos de proteção individual.
BURETA
Considerada uma forma especializada da pipeta, a bureta consiste num tubo de vidro longo e graduado com uma torneira na ponta, que pode ser aberta ou fechada. Essa torneira permite o controle do fluxo de líquido, sendo usada para medir volumes de líquidos e soluções por escoamento. Para usá-la, é necessário que esteja presa a um suporte, e, com a ajuda de um funil, a bureta é facilmente preenchida com o líquido a ser medido. A abertura da torneira permite a saída do líquido, e ela deve ser fechada quando o volume desejado for alcançado. Vale lembrar que é a parte de baixo do menisco que deve estar sobre a marca da graduação. A bureta não deve ser aquecida, pois é uma vidraria de precisão; ela é mais utilizada para prática de titulações em laboratório de química e indústria farmacêutica para controle de qualidade.
Fonte: MeKaDesign/ShutterstockBureta.
TITULAÇÕES
Técnicas de laboratório utilizadas para determinar a concentração de uma solução, por meio de uma reação entre essa solução e outra de concentração conhecida.
Fonte: goh seok thuan/ShutterstockProveta.
PROVETA
Tubo cilíndrico, graduado, com bico dosador, e uma base que a sustente, normalmente de polipropileno ou vidro; é usada para medição e transferência de volumes de líquidos e soluções. A proveta é mais precisa que o becker e o erlenmeyer, porém menos precisa que a bureta, pipeta e o balão volumétrico. A leitura do volume também deve ser feita pela parte inferior do menisco, que deve estar sobre a marca da graduação desejada. Vale lembrar que o menisco precisa estar na altura dos olhos.
CONDENSADOR
Como o próprio nome diz, o condensador é uma vidraria utilizada para a condensação de vapores gerados a partir do aquecimento de um líquido ou uma solução durante os processos de destilação. Os condensadores mais comuns são o de Liebig e o de serpentina; eles compreendem um cilindro de vidro, composto por um encaixe superior e outro inferior, e possuem duas entradas para mangueiras, que conduzem a água que refrigera o condensador, para que haja a condensação do vapor.
Fonte: Zern Liew/ShutterstockFoto ilustrando a destilação.
A diferença entre eles é o seu interior: o de Liebig é composto por um tubo reto, e o de serpentina tem um tubo em forma de serpentina.
Fonte: Q15/Shutterstock
Condensador de Liebig.
Fonte: Q15/Shutterstock
Condensador de serpentina.
FUNIL
O funil utilizado em laboratório é muito semelhante ao que temos em casa para encher uma garrafa, por exemplo, mas com algumas peculiaridades. Eles são de três tipos: o de separação, analítico e de Büchner.
Fonte: Rabbitmindphoto/ShutterstockFunil analítico.
O FUNIL ANALÍTICO
É semelhante ao funil que usamos em casa, porém é feito de vidro e costuma apresentar haste mais longa; precisa de argola e suporte para ser usado ou pode ser apoiado em erlenmeyer. Sua principal utilização consiste na filtração e retenção de partículas sólidas através de papel de filtro. A filtração ocorre por ação da gravidade.
O FUNIL DE SEPARAÇÃO
Também conhecido como funil de decantação, é uma vidraria usada para separação de líquidos imiscíveis, isto é, que não se misturam, e na extração de líquidos/líquidos. Embora também possua uma torneira na parte inferior do equipamento, o funil de separação é diferente da bureta, não possuindo graduação; tem o corpo arredondado. É necessário ser usado com suporte e argola, acessórios que serão vistos mais adiante.
Fonte: chakapong/ShutterstockFunil de separação.
Fonte: fosgen/ShutterstockFunil de Büchner.
O FUNIL DE BÜCHNER
Tem geometria semelhante a um funil analítico, mas geralmente é feito de porcelana, possui uma borda alta e pequenos orifícios em sua base. É utilizado em filtrações a vácuo, com o kitassato, que será visto a seguir. Na base, é colocado papel de filtro, onde fica retida a parte sólida do conteúdo filtrado. O nome Büchner é uma homenagem ao químico industrial alemão Ernst Büchner, que patenteou o filtro em 1888.
KITASSATO
Frasco bem semelhante a um erlenmeyer, mas apresenta uma saída logo abaixo do gargalo.
Fonte: Wikimedia CommonsKitassato.
Essa saída, na forma de um pequeno braço, serve para acoplar uma mangueira, que, por sua vez, é conectada a uma bomba de vácuo. O funil de Büchner é colocado na boca do kitassato com uma rolha de borracha, para garantir a vedação.
A filtração ocorrerá de maneira mais rápida que a filtração por gravidade, pois o vácuo reduz a pressão; com isso, a pressão externa (atmosférica) empurra o conteúdo do filtro para dentro do kitassato. Devidoaos pequenos orifícios e à adição de filtro de papel, somente partículas com diâmetro menor passarão pelo filtro, e o restante ficará retido. O nome kitassato foi uma homenagem a um prestigiado cientista japonês, chamado Shibasaburo Kitasato.
Fonte: AgriTech/ShutterstockImagem ilustrando a filtração a vácuo com
funil de Büchner e Kitassato.
Fonte: PNOIARSA/ShutterstockDessecador.
DESSECADOR
Vidraria composta por duas peças: um recipiente arredondado, cujo fundo contém um agente desidratante (dessecante) separado por uma placa de porcelana, e uma tampa que se encaixa hermeticamente no recipiente, isto é, não permite a passagem de ar. O dessecador é utilizado para o resfriamento de vidrarias ou secagem de qualquer substância que necessite de um ambiente seco, livre do vapor de água presente na atmosfera. O dessecante, que absorve a umidade presente no dessecador, pode ser de diversos tipos, sendo a sílica bastante utilizada. De acordo com a necessidade, o dessecante pode ser aquecido em forno (ver módulo 1, tópico estufa, Saiba mais), a fim de que perca a umidade e volte a ser usado no dessecador. Se a sílica usada como dessecante tiver indicador de umidade, com o aumento da absorção de umidade, ela clareia, tornando mais fácil identificar quando é necessário secá-la.
VOCÊ SABIA
Em casa, utilizamos dessecante em armários para absorver a umidade e evitar a formação de mofo. Esses produtos são encontrados nos setores de limpeza dos supermercados. Nos medicamentos e em produtos novos, como bolsa e carteira, também verificamos a presença de dessecantes, geralmente embalados em pequenos sacos.
Fonte: petrroudny43/ShutterstockSílica gel (dessecante).
BASTÃO DE VIDRO
Objeto cilíndrico, de vidro, muito utilizado em laboratório. Serve para agitação e homogeneização de soluções em geral ou qualquer líquido. Além disso, o bastão de vidro permite a transferência de líquido de um frasco para outro.
Fonte: HUANSHENG XU/ShutterstockBastão de vidro.
ATENÇÃO
Quando preparamos mais de uma solução, sempre devemos colocar o bastão usado na pia ou em outro local adequado, para que ele não seja confundido com o bastão limpo, podendo contaminar a nova solução.
Fonte: MexChriss/ShutterstockVidro de relógio.
VIDRO DE RELÓGIO
A vidraria tem esse nome devido à sua semelhança com os vidros que costumavam ser usados em relógios de bolso antigos. É uma peça de vidro, em formato côncavo, usada para pesagem de substâncias sólidas, evaporação de pequeno volume de líquido e para tampar frascos, como o becker. Não suporta o aquecimento por calor direto.
GRAL E PISTILO
Geralmente fabricado em porcelana, o gral e o pistilo são semelhantes a um pilão e seu socador. Isso porque suas funções também são parecidas. O gral e pistilo são usados para triturar e pulverizar sólidos em pequena escala. O gral também é conhecido como almofariz.
Fonte: FOTOGRIN/ShutterstockGral e pistilo.
CADINHO E CÁPSULA DE PORCELANA
CADINHO
O cadinho é usado em laboratório para aquecimento de sólidos em alta temperatura, podendo, inclusive, ser colocado diretamente sobre o bico de Bunsen. Fabricado principalmente em porcelana, é uma vidraria pequena, com tampa, semelhante a um pote.
Fonte: Sittikorn_O/ShutterstockCadinho de porcelana.
CÁPSULA
A cápsula é um recipiente de porcelana pequeno e com um bico dosador. É utilizada para a secagem e evaporação de líquidos. É amplamente usada para a verificação da massa celular de bactérias e leveduras. Para isso, a massa de células suspensa em pequena quantidade de água destilada é depositada em cápsulas (previamente pesadas) e submetidas a secagem em forno Pasteur. Após resfriamento em dessecador, a cápsula é novamente pesada. A diferença entre o peso obtido com a cápsula + as células e o peso inicial da cápsula correspondem à massa celular.
Fonte: Rabbitmindphoto/ShutterstockCápsula de porcelana.
OUTROS ACESSÓRIOS
Fonte: Mehmet Cetin/ShutterstockArgola ou anel.
ANEL OU ARGOLA
Acessório em metal, com um aro redondo e um prendedor que é acoplado ao suporte universal. Usado para sustentar o funil de separação e o funil analítico durante a filtração.
ESPÁTULAS
Fabricadas em inox ou polipropileno, as espátulas podem ter formas variadas, mas sempre terá uma ou duas pontas mais largas e o centro afinado. Serve para transferir substâncias de um frasco para outro e agitar soluções. Durante a pesagem de determinado sólido, as espátulas estão sempre presentes.
Fonte: Anak Surasarang/ShutterstockDiferentes espátulas usadas em laboratório.
Fonte: Walliga/ShutterstockEstante para tubo de ensaio.
ESTANTES
As estantes são usadas para o suporte de tubos de ensaio. Há diferentes modelos e tamanhos, sendo fabricadas principalmente em metal.
PINÇAS
A pinça metálica possui abertura para colocação dos dedos, como em uma tesoura, e sua ponta tem o formato de uma garra. Usada para segurar vidrarias quando quentes, como cadinhos, cápsulas de porcelana e tubos de ensaio.
A pinça de madeira é parecida com um pregador de roupa e contém uma haste longa, para que possamos segurá-la com segurança. Isso porque são utilizadas na fixação de esfregaço em lâminas, que é feita na chama do bico de Bunsen, e para segurar tubos de ensaio durante seu aquecimento.
Fonte: Trigub/ShutterstockPinça metálica.
Fonte: Anucha Cheechang/ShutterstockPinça de madeira.
Fonte: Anak Surasarang/ShutterstockSuporte universal e argola.
SUPORTE UNIVERSAL
Fabricado em ferro, consiste em uma haste longa sustentada por uma base. Como já mencionado, o anel, ou a argola, é fixado junto ao suporte, servindo para sustentar funis analíticos e de separação e outras peças.
TRIPÉ
Uma peça feita em ferro, com três pés compridos unidos por um aro. Usado em experimentos que são necessários a utilização do bico de Bunsen. O tripé fica ao redor do bico de Bunsen e, no seu aro, é colocada uma tela de amianto. O material a ser aquecido é mantido sobre essa tela.
Fonte: Rabbitmindphoto/ShutterstockTripé.
Fonte: Rabbitmindphoto/ShutterstockGarra dupla presa ao suporte universal.
GARRA DUPLA
Geralmente feita de metal, essa peça apresenta uma garra em cada ponta. Após ser conectada ao suporte universal, é utilizada para sustentar buretas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
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1. AS PIPETAS SÃO INSTRUMENTOS MUITO UTILIZADOS EM LABORATÓRIO CLÍNICO PARA MEDIR E TRANSFERIR LÍQUIDOS. APESAR DE TER UM FUNCIONAMENTO SIMPLES, ERROS DE OPERAÇÃO SÃO COMUNS DEVIDO À FALTA DE CONHECIMENTO DESTA VIDRARIA. AS PIPETAS PODEM SER GRADUADAS, VOLUMÉTRICAS E MICROPIPETAS. COM RELAÇÃO À PIPETA VOLUMÉTRICA, MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA.
A pipeta volumétrica é bem versátil, pois diferentes volumes de líquido podem ser medidos com ela, devido às suas várias graduações.
É uma vidraria de alta precisão; por esse motivo, deve estar sempre limpa e seca antes de ser utilizada. Para acelerar o processo de secagem, recomenda-se o aquecimento em estufa a 40 °C.
A medição de líquidos deve ser feita com a pipeta na posição vertical, e a leitura deve ser baseada no menisco, cuja parte inferior deve estar na marca da pipeta.
Apesar de ser bastante utilizada, a pipeta volumétrica apresenta precisão menor do que a pipeta graduada. Por esse motivo, para análises que necessitam de uma precisão analítica, a pipeta volumétrica não deve ser usada.
A pipeta volumétrica é uma ótima alternativa na falta do balão volumétrico. Ambos possuem graduação única, são precisos e podem ser autoclavados.
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2. OS FUNIS DE SEPARAÇÃO, ANALÍTICO E DE BÜCHNER, SÃO APLICADOS EM CONDIÇÕES DISTINTAS, PORÉM TODOS ELES SÃO UTILIZADOS NO PROCESSO DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS. É CORRETO AFIRMAR QUE O FUNIL DE BÜCHNER É MENOS UTILIZADO DO QUE O FUNIL ANALÍTICO, POIS LEVA UM TEMPO MAIOR PARA FILTRAR UMA MISTURA?
Sim. O funil analítico tem um funcionamento simples, sendo necessários apenas um papel de filtro e um sistema de vácuo para filtrar uma mistura.
Não. O funil de Büchner é bastante utilizado, pois, acoplado a um kitassato, a mistura é rapidamente separada pela ação da gravidade.Não. Ambos têm o mesmo desempenho, pois utilizam a ação gravitacional para a separação da mistura.
Não. A filtração é mais rápida com o funil de Büchner, pois este é acoplado a um kitassato e a um sistema de vácuo.
Sim. A filtração obtida com funil analítico e papel de filtro permite uma filtração mais rápida, pois, devido aos microfuros presentes no funil de Büchner, o processo neste tipo de filtro leva mais tempo.
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GABARITO
1. As pipetas são instrumentos muito utilizados em laboratório clínico para medir e transferir líquidos. Apesar de ter um funcionamento simples, erros de operação são comuns devido à falta de conhecimento desta vidraria. As pipetas podem ser graduadas, volumétricas e micropipetas. Com relação à pipeta volumétrica, marque a alternativa correta.
A alternativa "C " está correta.
A pipeta volumétrica possui alta precisão, não pode ser aquecida e mede volumes fixos. A leitura é um dos erros que ocorrem no uso de pipetas. Tanto a graduada quanto a volumétrica devem ter seus volumes lidos na altura dos olhos, sempre considerando a parte de baixo do menisco formado. Qualquer leitura que ocorra de forma diferente estará errada, o que pode afetar o resultado da análise.
2. Os funis de separação, analítico e de Büchner, são aplicados em condições distintas, porém todos eles são utilizados no processo de separação de misturas. É correto afirmar que o funil de Büchner é menos utilizado do que o funil analítico, pois leva um tempo maior para filtrar uma mistura?
A alternativa "D " está correta.
Realizar filtração somente com a ação da gravidade pode levar horas, dependendo da mistura a ser separada. Quando a filtração é a vácuo, o líquido da mistura é empurrado rapidamente pela pressão atmosférica para dentro do kitassato, facilitando a separação.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aprendemos sobre os principais equipamentos e as vidrarias presentes em laboratório clínico, suas características, funções e como utilizá-los. O aprendizado adquirido a partir deste tema é de grande relevância para o profissional que atuará em laboratórios, pois os equipamentos e as vidrarias fazem parte da rotina laboratorial, e o conhecimento e o uso adequado são fundamentais para o sucesso de suas análises.

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