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Yoruba_ Vobabulario Tematico do - Marcio de Jagun

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Prévia do material em texto

M����� �� J����
 
YORÙBÁ
Vocabulário Temático do Candomblé
PORTUGUÊS-YORÙBÁ / YORÙBÁ-PORTUGUÊS
 
Organizado por assuntos, com explicações rituais e
teológicas
do culto aos deuses africanos da etnia yorùbá no
Brasil
 
 
 
 
 
Realização: INSTITUTO ORI 
 
Rua Inimutaba, nº. 6 – Pedra de Guaratiba – Rio de
Janeiro
E-mail: ori@ori.net.br
 
Esta obra encontra-se devidamente registrada no
Escritório de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional
e não poderá ser reproduzida, parcial ou totalmente,
por quaisquer meios sem prévia autorização do
autor, com base na Lei nº. 5.998/73.
A�������������
Agradeço aos meus ancestrais que me ajudaram, me deram forças
e me inspiraram na realização deste trabalho.
Agradeço aos meus familiares e à minha comunidade religiosa
pela compreensão durante o período em que me dediquei
intensamente a esta obra.
Agradeço à minha querida amiga, Professora Telma Gama
(Coordenadora Executiva do PROEPER/UERJ), pela generosidade
no fornecimento de vasto material para pesquisas e reflexões, todas
cruciais para a construção deste livro.
Agradeço ao Ọ̀gá Carlos Negreiros, pelo incentivo e talento
gráfico.
Agradeço pela paciência, experiência e apoio constante da querida
amiga, Professora Denise Pini Fonseca.
Agradeço ao meu Mestre José Beniste e ao meu assistente
Marcus Vinicius pelo suporte incessante.
Agradeço à colaboração de irmãos e amigos queridos, sempre
atenciosos, que contribuíram com esclarecimentos em suas áreas
de especialização: Ìyá Regina de Ọ̀ṣọ́ọ̀sì, Ọ̀gá Jaçanã, Prof.
Fernandez Portugal, Bàbá Walter de Nkosi e Bàbá Paulo de Òṣàlà.
Agradeço, agradeço e agradeço!
Adúpẹ́ gbogbo àwọn Òrìṣà! (Agradeço a todos os Orixás!)
A�����������
A cultura yorùbá precisa ser compreendida de forma ampla.
Jamais conseguiremos alcançar toda a extensão da religião, se não
compreendermos sua filosofia; assim como jamais assimilaremos
seu alcance filosófico, se não compreendermos o idioma e suas
singularidades. Estas questões estão fortemente entrelaçadas.
Portanto, objetivamos aqui fazer uma sucinta demonstração de
que através do conhecimento idiomático, somos capazes de
entender melhor a vastidão desta cultura. Assim, em cada verbete,
além da tradução semântica, nos permitimos descortinar um pouco
da visão teológica e ritualística sobre o assunto.
Esta valiosa cultura nos ensina, sobretudo, que ninguém constrói
nada sozinho. Todos somos herdeiros de esforços daqueles que
trabalharam antes de nós; assim como seremos continuados por
outros, que se dedicarão às mesmas causas, cada qual acrescendo
um pouco, como elos de uma corrente ancestral infinita. Por conta
deste conceito, sou convicto de que este trabalho só foi possível
graças aos pioneiros no estudo do yorùbá, aos quais registro aqui
meus sinceros respeitos e agradecimentos. Em especial ao meu
Mestre Prof. José Beniste, a quem tenho a felicidade de chamar de
amigo.
Este trabalho se destina a contribuir para que o idioma yorùbá seja
cada vez mais utilizado, conhecido, preservado e divulgado. Logo,
este livro acaba se integrando às excelentes obras preexistentes e
espero que estimule outras vindouras.
Àṣẹ!
P������� 1
O presente e a atualidade desse mundo ritual afro-brasileiro, vem
exigindo constantes buscas e aprofundamentos para um
entendimento necessário e uma participação consciente.
O Candomblé viveu uma época de habituais desculpas para
justificar a negativa de explicações mais simples como forma da
guarda de poder. Uma religião herdada, rica de beleza, arte e
cuidados diversos, não teria condições de se manter de maneira
estática, indiferente a evolução dos acontecimentos.
Essa mudança ocorreu, a partir do momento em que titulares de
núcleos religiosos propuseram a transmitir por escrito o resultado de
suas observações, a fim de que, os que chegam, entendam o que
se diz e o que se faz. Hoje as pessoas estão conscientes da
importância de sua participação. É a geração do cobhecimento.
Eu estive conversando com o autor, logo após o lançamento de
seu livro “Ori – A Cabeça como Divindade”, e fazendo algumas
observações sobre a importância das atividades da função de
babalorixá na busca de explicações calcadas em sua experiência.
O Candomblé agita nossa imaginação e é objeto de desejo.
Somos atraídos por pessoas, lugares, coisas que vibram conosco e,
na maioria das vezes nos conduzem, a grandeza religiosa, É
justamente isto que o autor pretendeu nesta obra de peso.
A participação induz ao raciocínio e incentiva. Como exemplo, a
utilização dos sómbolos na prática religiosa afro, aqui devidamente
transcritos e explicados sob diversas expressões. Possuem
significados próprios através de pedras, plantas, animais, a água, o
fogo, ou peças fabricadas pela arte humana. Riscos, pontos,
pinturas, números, tudo se transforma em mensagens para
determinadas práticas, conferindo-lhes enorme importância. Tanto
na religião como nas artes visuais, a ancestralidade afro brasileira
soube preservar sua historia através deste procedimento, exaltado
em cânticos e expressões diversas. É o registro que foi deixado a
esta geração e motivou a necessidade de constantes buscas.
Candomblé é religião e arte. As mãos que conduzem a arte do
criar, do vestir, do se ajustar. A oralidade exigiu este procedimento.
Os símbolos falam, ordenam e determinam o que deve ser feito. É a
forma de linguagem dos símbolos. A oralidade foi inteligente na
manutenção de sua história e tradição, agora revelada nessa obra.
Marcio analisa expressões devidamente separadas por assuntos,
costumes e práticas, o que motiva um entendimento organizado de
forma simples e de fácil entendimento. Com a ajuda de explicações
detalhadas, revela, dessa forma o seu repetido interesse em
detalhes ocultos e esquecidos nas práticas habituais.
Sempre apostamos na importância do estudo do idioma falado nos
Candomblés. Um recurso que admite participação, mas sem
interferências.
Este Vocabulário Temático do Candomblé de Márcio de Jagun, é
uma contribuição indispensável à fase atual dos estudos afros.
José Beniste
P������� 2
Esta obra representa para todos nós uma importante ferramenta
para a utilização e compreensão do idioma iorubá, que nos foi
trazido junto com a cultura de nossos ancestres africanos.
Existe um provérbio iorubá que nos ensina a reconhecermos a
importância daqueles que vieram antes de nós: “Ọmọ ènìà rìn wa
odù, pẹ̀lù gbàwà ésà” (O Homem pisa no seu destino, com a
herança dos seus ancestrais).
Durante séculos nossos antepassados têm mantido o idioma
iorubá vivo nos Terreiros de Candomblé de Nação Kétu, geração
após geração. Assim, nos ensinaram a rezar, a cantar, a saudar e a
perpetuar o culto aos Orixás. Aprendemos, na prática, com estes
heróis da resistência e devemos muito a eles todo nosso legado
sócio, linguístico e religioso.
Neste vasto trabalho de pesquisa apresentado no Vocabulário
Yorùbá, reconhecemos termos usados nos quase dois séculos de
existência da Casa de Oxumarê. Inúmeros cargos, rituais,
expressões, saudações, são aqui descritos, explicados e grafados
adequadamente, preservando e enaltecendo o idioma iorubá, base
da nossa liturgia.
Como sacerdote da Casa de Oxumarê, sempre considerei
fundamental reconhecermos nossos saberes ancestrais, assim
como avançarmos em pesquisas que possam valorizar nossa
cultura. Desta forma, o Bàbálórìṣà Márcio de Jagun nos trás um livro
em que podemos alcançar estes propósitos.
Além dos termos litúrgicos, o autor discorre sobre a teologia e a
filosofia que estão contidas em cada verbete, tornando a obra
bastante abrangente e completa.
Este Vocabulário temático nos permite manejar o iorubá com
facilidade, consultando as palavras por assuntos, resgatando termos
que estavam em desuso e também trazendo luzes sobre diversas
palavras usadas na prática dos Terreiros. Maior ainda nosso
contentamento, por ser o autor um filho desta Casa, alinhado com
nossos princípios e metas.
Minhas bênçãos ao autor e a todos aqueles que se debruçarem na
leitura deste trabalho. Gbogbo àwọn Òrìṣà súre! (Quetodos os
Orixás semeiem sorte!).
Salvador, 13 de maio de 2016.
Silvanilton Encarnação da Mata
Bàbálórìṣà Olórí Ẹgbẹ́ da Casa De Oxumarê
P������� 3: A������ P�������
A todos nós é permitido participar da “esperança”; principalmente
aquela que a dignifica.
Todos nós que temos memória sabemos e recordamos a história
do Homem negro no Brasil. da necessidade de reconhecimento
desta história, e por todas as causas pelas quais lutaram e ainda
lutam. Suas “vozes” ecoam por todos os seguimentos da sociedade,
como nuvem ao sopro do vento.
Este livro pertence, principalmente, àqueles que ousam não
permanecer no silêncio.
Devemos levantar a voz e convidar a todos para participar deste
empreendimento. Dizermos que esta é a hora de acordar! Nossa
religião está exposta a perigos do consequente desconhecimento.
Queremos estimular o zelo pela religião, contra a vergonhosa lida
que tem empobrecido e prejudicado o reconhecimento das nossas
raízes... Nossas memórias... Nossa ancestralidade...
Santo Agostinho já colocava, no passado, sua mensagem dizendo:
“o ramo separado da videira conserva sua forma; mas de que isso
lhe serve se já não vive da raíz?” E para que isso não cresça e se
distancie do passado é que revivemos nossas “esperanças”, nossas
palavras, nosso enredo, nossa linguagem.
Estamos unidos, entre outros elementos, à religião: a nossa língua
de origem, nossas palavras. A verdadeira essência do
reconhecimento da linguagem que deseje defender, em sua
integridade a inviolabilidade de sua natureza que nos uniu.As
vicissitudes históricas nos revelam o caminho e indicam esperanças.
Esta original obra de Márcio de Jagun tem o mérito de pôr a língua
iorubá ao alcance de todos; não só pelo reconhecimento das
palavras, mas, também, pelos comentários cabíveis sobre os itãns,
os mitos, as lendas, exemplos calorosos da historicidade desse
“Homem valoroso do passado” que resistiu às “tempestades da
História”.
Esta coletânea revela notáveis marcas do legado espiritual
deixado para nós. Obra benéfica que pretende extirpar todas as
dúvidas, resgatar, de forma brilhante e oportuna, a realidade
necessária a nossa visão de mundo. O mundo da origem e da ótica
negra que nos chega por novos caminhos. O caminho da literatura,
das letras.
À medida que adequamos nosso modo de compreender o
passado, o presente se modifica: perspectivas, visualizações,
desejos, pensamentos, dinamismo e atividades também tornam-se
diferentes.
O conhecimento proporciona a uma pessoa coragem para que ela
carregue grandes afazeres que serão, com certeza, livres e
conscientes. O conhecimento transforma.
É, portanto, essa direção do caminho que se faz presente nesta
literatura.
Parabéns Márcio. Continue.
Rio de Janeiro, 22 de abril de 2016.
Telma Rosina Simoni da Gama
Coordenadora Executiva do Programa de Estudos e Pesquisas
das Religiões da Universidade do Estado do Rio de Janeiro –
PROEPER/UERJ.
N����:
1- A ordem alfabética do idioma iorubá é diferente do português,
considerando que as letras “Ẹ”, “Ọ”, “Ṣ”, são distintas de “E”, “O” e
“S”, respectivamente. Por isso, as palavras iniciadas por estes
caracteres compõem sequências próprias. Ver ordem alfabética;
2- “GB” é considerada em iorubá uma letra única, razão pela qual as
palavras iniciadas por este caractere estão separadas em um
capítulo específico e posterior à letra “G”;
3- No idioma iorubá não existem as letras “C”, “Q”, “V”, “X” e “Z”. Em
razão disto, as palavras conhecidas, cujos sons lembrem tais
caracteres serão sempre estrangeirismos oriundos de outras
línguas (devidamente apontados como tal), ou estarão dispostas
nos capítulos dedicados às letras corretas de acordo com a
fonética daquele idioma. Ver capítulo sobre fonética.
4- O idioma central deste estudo é grafado em português como
“ioruba”. Contudo na gramática original, escreve-se “yorùbá”. Logo,
conforme o contexto, utilizaremos livremente nesta obra ambas as
grafias.
SUMÁRIO
Agradecimentos
Apresentação
Prefácio 1
Prefácio 2
Prefácio 3: Algumas Palavras
Notas
PRIMEIRA PARTE: NOÇÕES SOBRE O IDIOMA
YORÙBÁ
Abreviaturas
Estrangerismos e neologismos
Fonética
O alfabeto e o som das Letras
Denominação das Letras
As vogais puras e as vogais nasais
As vogais alongadas
Caracteres e acentos
Gramática
Verbos
Elisão
Conjugação
Formas de comando
Negativa dos verbos
Substantivos
Adjetivos
Advérbios
Pronomes pessoais
Pronomes possessivos
Pronomes oblíquos
Pronomes demonstrativos
Pronomes indefinidos
Pronomes interrogativos
Pronomes relativos
Artigos
Preposições de lugar
Preposições de posse
Preposições de procedência
Preposições de intenção
Preposições de propósito
Preposições de direção
Preposições de endereço
Preposições de companhia
Preposições de exclusão
Preposições de referência
Preposições de exceção
Preposições de valor
Preposições de oposição
Preposições de conformidade
Preposições diversas
Conjunções
Plural
Gênero
Numerais
SEGUNDA PARTE: VOCABULÁRIO PORTUGUÊS-
YORÙBÁ
Administração e Comércio
Alimentos e Bebidas
Animais
Apetrechos Rituais
Cargos e Funções Rituais
Cidades, Locais Míticos e Habitações
Cinco Sentidos
Comidas Liturgicas
Cores
Dias da Semana
Divindades e Espíritos Ancestrais
Elemenos da Natureza
Ervas Rituais
Escola e Elementos de Ensino
Estações do Ano
Expressões e Saudações
Família de Santo
Fases da Lua
Identificação Pessoal
Meios de Transporte
Meses do Ano
Minerais
Noções de Lugar e Direção
Noções de Peso
Noções de Tamanho
Noções de Temperatura
Noções de Tempo
Números
Odus
Parametros de Orixás e Ancestrais
Partes do corpo humano e situações físicas
Partes do Terreiro de Candomblé
Pontos Cardeais
Profissões e Atividades
Qualidades e Títulos dos Orixás
Refeições
Reinos da Natureza
Relações Familiares
Ritmos Litúrgicos
Rituais
Roupas, Enxoval e Adornos
Saudações às Divindades
Sensações Térmicas
Sentimentos, Emoções e Comportamentos
Símbolos Cristãos
Utensílios Domésticos
Verbos
Xingamentos
TERCEIRA PARTE: VOCABULÁRIO YORÙBÁ-
PORTUHUÊS
Administração e Comércio
Alimentos e Bebidas
Animais
Apetrechos Rituais
Cargos e Funções Rituais
Cidades, Locais Míticos e Habitações
Cinco Sentidos
Comidas Litúrgicas
Cores
Dias da Semana
Divindades e Espíritos Ancestrais
Elementos da Natureza
Ervas Rituais
Escolas e Elementos de Ensino
Estações do Ano
Expressões e Saudações
Família de Santo
Fases da Lua
Identificação Pessoal
Meios de Transporte
Meses do Ano
Minerais
Noções de Lugar e Direção
Noções de Peso
Noções de Tamanho
Noções de Temperatura
Noções de Tempo
Números
Odù
Paramentos de Òrìsà e Ancestrais
Partes do corpo humano e situações físicas
Partes do Terreiro de Candomblé
Pontos Cardeais
Profissões e Atividades
Qualidades e Títulos dos Òrìsà
Refeições
Reinos da Natureza
Relações Familiares
Ritmos Litúrgicos
Rituais
Roupas, Enxoval e Adornos
Saudações às Divindades
Sensações Térmicas
Sentimentos, Emoções e Comportamentos
Símbolos Cristãos
Utensílios Domésticos
Verbos
Xingamentos
QUARTA PARTE: VOCABULÁRIO GERAL
YORÙBÁ-PORTUGUÊS
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
O
P
R
S
T
U
V
W
Y
Z
Bibliografia
Sobre o autor
1ª �����
 
 
Noções sobre o idioma Yorùbá
A�����������
Os verbetes são acompanhados de abreviaturas e, às vezes, de
sinais, os quais servem para facilitar a compreensão acerca dos
vocábulos, ou para fazer remissões de interesse do leitor. Passamos
a descrevê-los:
adj.: adjetivo
adv.: advérbio
art.: artigo
conj.: conjunção
Ex.: exemplo
exp.: expressão
Lit.: literalmente
num.: numeral
num.adv.: numeral adverbial
num.card.: numeral cardinal
num.ord.: numeral ordinal
part.: partícula
pref.: prefixo
prep..: preposição
prep. pré-v: preposição pré verbal
pron.: pronome
pron. dem.: pronome demonstrativo
pron. indef.: pronome indefinido
pron. interrog.: pronome interrogativo
pron. pess.: pronome pessoal
pron. poss.: pronome possessivo
pron. obl.: pronome oblíquo
resp.: resposta
s.: substantivo
saud.: saudação
v.: verbo
V.: ver
v. aux.: verbo auxiliar
v. lig.: verbo de ligação
= : o mesmo que, igual a
+ : indica o somatório de vocábulos para a formação de determinada
palavra
- : tal comoE������������� � �����������:
O idioma ioruba, assim como o português e tantos outros, é vivo e
acabou sofrendo processos de neologismo e de estrangeirismo.
Enquanto o neologismo (ọ̀rọ̀ titun) pode ser classificado como o
fenômeno de criação de novas palavras, ou de ressignificação de
palavras; o chamado estrangeirismo (ọ̀rọ̀ titun àjòjì) é a utilização
de palavras, ou expressões oriundas de outro idioma que tenham,
ou não correspondência na língua local.
O processo de estrangeirismo foi intenso no iorubá, sobretudo
após o período de colonização da África. Diversas palavras foram
adquiridas do árabe, hauça, fon e inglês, e agregadas ao idioma
falado na iorubolândia. Por exemplo: àlàáfíà - paz, do árabe: lafiya;
tákàdá - papel, do hauça: tákàrdá; kọfí – café, do inglês: coffe;
ajuntọ - segunda divindade guardiã, do fongbè: jòtò
Outros neologismos e estrangeirismos surgiram já em solo
brasileiro, devido ao processo da diáspora. O contato intenso entre
diferentes etnias africanas no Brasil, no longo período da
escravatura, favoreceu a interface desses variados idiomas falados
pelos escravos que advinham de regiões distintas.
Posteriormente, com a criação dos Candomblés, reuniram-se e
sincretizaram-se deuses, rituais e elementos litúrgicos. Estes, eram
oriundos de variados locais da África. Diferentes idiomas e práticas
de diversas localidades, interagiram em solo brasileiro,
proporcionando uma nova integração das línguas africanas, já no
contexto sócio-religioso nacional.
Devido ao contato entre religiosos de origem Jêje (etnia ewe-fon),
Kétu (etnia yorùbá) e Congo-Angola (etnia bantu), nos respectivos
Terreiros passaram a ser utilizados indistintamente vocábulos
desses correspondentes idiomas, criando estrangeirismos que se
entrecruzavam e tornaram-se uma espécie de linguagem própria do
Candomblé brasileiro. Exemplos: mona – mulher, filho(a), do idioma
kimbundu; becen – uma das qualidades de Òṣùmàrè, do idioma
fongbè; aboró – homem, masculino, sem definição de idioma
originário.
Outros tantos vocábulos, ora de origem yorùbá, ora kimbundu, ora
fongbè, foram de tal forma aportuguesados e utilizados nos
Candomblés, que seus nomes corretos na língua nativa foram
praticamente descartados, sendo hoje quase desconhecidos.
Exemplo: débúrú = pipoca, comida litúrgica feita à base de milho
alho - cujo vocábulo yorùbá correto é gúgúrú; kizila = interdito, tabu,
conflito – cujo vocábulo kimbundu correto é kijila; akidavi = vareta
para percussão – cujo vocábulo fon correto agdavi.
Há ainda neologismos híbridos que foram criados a partir da união
de palavras de idiomas africanos diferentes e que passaram a ter
um novo significado próprio, vastamente utilizado nos Candomblés
do Brasil, como mona ọkọ = lésbica. Que resulta da mistura das
palavras mona (do idioma kimbundu) = mulher + ọkọ (do idioma
ioruba) = marido.
Por termos considerado que esses e outros tantos estrangeirismos
e neologismos se incorporaram de forma definitiva ao idioma ioruba
falado nos Candomblés do Brasil, incluímos os mesmos em nosso
vocabulário fazendo a devida distinção de suas línguas de origem,
bem como a remissão à palavra correta, conforme o caso.
F�������
A fonética é o estudo dos sons da fala. Ela nos indica como as
letras e as palavras formadas são pronunciadas, conforme o idioma.
A fonética nos ajuda a compreender e a falar melhor a língua que
estamos estudando.
Como o ioruba é um idioma essencialmente tonal, no qual as
diferentes entonações de cada letra e palavra diferenciam o próprio
significado das mesmas, é fundamental entendermos os sons para
podermos compreender o sentido do que está sendo expressado
em cada reza (àdúra), cântico (orin), conto (ìtàn), etc.
As regras básicas da fonética iorubá são as seguintes:
1- não existem letras mudas. Logo, todas devem ser
adequadamente pronunciadas;
2- cada letra tem o seu próprio som. Assim, não há sons
diferentes, ou duplos de uma mesma letra;
3- todas as palavras são oxítonas. Portanto, sempre a última
sílaba será tônica, seja em tom alto, baixo, ou médio, agudo
ou grave;
4- todas as palavras terminam sempre por vogais, sejam elas
puras, ou vogais nasais.
O �������� � � ��� ��� ������
Vamos então entender como o alfabeto e as letras em ioruba
devem ser pronunciados.
A = A (como em areia). Ex.: adé (coroa)
B = B (como em bife e nunca como Robson). Ex.: ìgbàlè – cemitério
D = D (como em dígrafo). Ex.: dan (cobra)
E = Ê (como em ele). Ex.: èkuru (comida ritual)
Ẹ = É (como em ela). Ex.: ọ̀bẹ (faca)
F = F (como em faca). Ex.: fìlà (gorro)
G = G (som gutural como em galo; nunca como em gente). Ex.:
gèlè (pano de cabeça)
GB = GB (o “g” não é mudo devendo ser levemente pronunciado).
Ex.: ìgbálẹ̀ (qualidade de Ọya)
H = RR (como em rito). Ex.: ehín (dente)
I = I (como em igreja). Ex.: ilé (casa)
J = DJ (como em Djanira). Ex.: jẹ (comer)
K = QU (como em quibe). Ex.: karé (qualidade de Ọdẹ e Ọ̀ṣùn)
L = L (como em líder). Ex.: láròyé (saudação a Èṣù)
M = M (como em milho). Ex.: mi (pron. poss. meu, minha)
N = N (como em Nilton. Quando seguido de consoante, passa a ter
som anasalado = UN). Ex.: nupe (cidade de Ọmọlu, no Norte da
Nigéria)
O = Ô (como em ovo). Ex.: oníré (qualidade de Ògún)
Ọ = Ó (como em cola). Ex.: ọba (rei)
P = KP (o “k” não é mudo devendo ser levemente pronunciado
exemplo?). Ex.: pẹ́pẹ́iyẹ (pato)
R = R (som leve como em vareta). Ex.: rárá (não)
S = S (como em santo). Ex.: sàsányìn (ritual a Ọ̀sànyìn)
Ṣ = X (como em xisto). Ex.: Òrìṣà (divindade)
T = T (como em tábua). Ex.: titun (novo)
U = U (como em urso). Ex.: ọ̀tún (direita)
W = U (como em Wilson). Ex.: èwọ̀ (proibição)
Y = Í (como em irmã). Ex.: yèyé (mãezinha)
Observemos que no idioma ioruba não existem as letras C, Q, V,
X, Z. Portanto, sempre que estas letras forem notadas em palavras
utilizadas no cotidiano dos Terreiros de Candomblé, certamente
derivam de outro idioma, como o bantu, kimbundo, fongbè, etc.
D���������� ��� L�����
Para denominar as consoantes, acrescenta-se a letra “i” à sua
própria pronúncia. Já as vogais, são denominadas como em sua
fonética normal. Vejamos:
A a M mi
B bi N ni
D di O ô
E ê Ọ ó
Ẹ é P pi
F fi R ri
G gi S si
GB gbi Ṣ xi
H hi T ti
I i U u
J ji W wi
K ki Y yi
L li
A� ������ ����� � �� ������ ������
As vogais puras são: A, E, Ẹ, I, O, Ọ, U
Quando as vogais são unidas à letra “N” formam as chamadas
vogais nasais e mudam a pronúncia:
AN = ÓN
ẸN = ÉIN
IN = IN
ỌN = ÓN
UN = UM
As vogais nasais AN e ỌN produzem o mesmo som (ÔN). Por isso,
existe uma regra para utilização das mesmas.
ỌN – é usada após as consoantes B, F, GB, M, P, W
Ex.: yànpọnlá (compulsão); gbọnṣẹ̀ (defecar); fọ̀n (começar)
AN – é usada após as demais consoantes
Ex.: takántakán (enorme)
As vogais nasais AN, IN, ỌN, UN quando antecedidas por M ou N,
perdem o símbolo nasal constituído pela letra N. Contudo, sua
pronúncia permanece.
Ex.: Yemọja (divindade dos mares): lê-se Yemọnja
omi (água): lê-se omin
ọ̀nà (caminho): lê-se ọ̀nan
ọmọ (filho): lê-se ọmọn
Nàná (divindade da vida e da morte): lê-se Nànán
Ìjìmú (uma das qualidades de Ọ̀ṣùn): lê-se Ìjìmún
Iná (fogo): lê-se inán
A� ������ ���������
Quando vogais idênticas forem escritas juntas, devem ser lidas
com o som alongado (e não separado).
Ex.: ààrin (meio), oore (bondade), ààlà (fronteira).
Contudo, quando duas vogais se juntarem, mas tiverem grafias, ou
acentuações diferentes, cada qual deve ser pronunciada
respeitando os respectivos tons.
Ex.: aláàfin (soberano de Ọ̀yọ́), àlàáfíà (paz), ẹlẹ́ẹ̀rí (testemunha)
C��������� � �������
As vogais “ẹ”, “ọ”, assim como a consoante “ṣ”, são distinguidas
com pontos em baixo (marcas oxímoras, ou “aboarin” – em ioruba).
As vogais podem receber acentos graves e agudos (acentos
diacríticos), variando seus sons e até o significado das palavras.
As possibilidades são muitas, contudo a presença dos caracteres e
acentos nos dão a noção exata de como devem ser pronunciadas
as letras e palavras.
O Ò Ó Ọ Ọ́ Ọ̀
E È É Ẹ Ẹ́ Ẹ̀
No idioma português, por comparação, embora não tenhamos
tantas possibilidadesde acentuação, às vezes uma única letra pode
produzir sons diferentes sem nenhum indicativo, confundindo
bastante o leigo.
Exemplos em português:
Cola Cesta Sopa Casa Ele Teto Bola Coisa Goma Ginga Bolo
Robson
Mas ao entendermos a fonética ioruba, fica mais fácil. É simples:
basta compreender que existem apenas os tons aberto, fechado e
médio.
Exemplos em português:
Ẹ (aberto) = cego
E (fechado) = ele
Os acentos grave (`) e agudo (´), servem apenas para dar um tom
baixo, ou alto na pronúncia das letras abertas e fechadas. As letras
sem acento, possuem um tom médio. Portanto:
Ẹ́ = som aberto, com tom alto (como a nota musical “mi”) -
ẹlẹ́mọ̀ṣọ́ (cargo)
Ẹ̀ = som aberto, com tom baixo (como a nota musical “dó”) - ẹ̀rọ̀
(calma)
E = som fechado, com tom médio (como a nota musical “ré”) –
ewé (folha)
Importante observar que o ponto abaixo da letra, nada tem a ver
com o acento de cima. Eles têm funções independentes.
O ponto em baixo serve para abrir o som da vogal. Portanto, o
ponto embaixo dá o som grave ou agudo à letra.
O acento de cima, tem a finalidade de indicar se a pronúncia será
aberta ou fechada. Portanto, o acento indicará tom alto, ou tom
baixo àquela vogal.
G�������� (G�����)
Esta obra está calcada em exemplos e transcrições do idioma
ioruba. Por esta razão torna-se oportuno trazer algumas explicações
básicas sobre a gramática deste idioma, que nos favorecerão na
compreensão, tradução e interpretação de textos mencionados
neste livro.
Vamos a um breve estudo acerca das CLASSES GRAMATICAIS.
V�����
Os verbos iorubas costumam ser polissêmicos (com muitas
semânticas, significados) e são sempre monossilábicos. Portanto,
todo verbo com mais de uma sílaba será sempre composto (verbos
compostos). Esta composição poderá ser de preposição + verbo,
ou substantivo + verbo. A separação é possível:
Ba (v. esconder) + ara (corpo) = Bara (= Èṣù interior)
Fọ (v. lavar) + ọwọ́ ( ubst... mão) = Fọwọ́ (lavar as mãos)
Há casos em que a composição não pode ser mais desfeita,
gerando os chamados verbos complexos:
Jẹ́rí = testemunhar
Pàdé = reunião
Bùkún = abençoar
Os verbos combinados são constituídos por dois verbos em
tempos gramaticais diferentes, podendo expressar a mesma ideia.
Eles podem ser separados pelo objeto.
Ex.: Èmi (pron. Eu) fa (v. puxar) aṣọ (subst.. roupa) ya (v.
rasgar) - Eu rasguei a roupa.
Os verbos em ioruba sempre iniciam por consoante e terminam
por vogal, seja ela simples ou nasal.
Os verbos não flexionam nas conjugações, por isso são sempre
apresentados na forma infinitiva.
Todas as palavras no idioma ioruba, são sempre oxítonas.
Portanto, têm a última sílaba tônica, seja em tom grave, ou agudo.
A princípio, os verbos de ação são lidos sempre no tempo
passado.
Os verbos neutros, são lidos no tempo presente e passado.
Os verbos sem indicação do tempo, devem ser entendidos
sempre no passado.
E�����
Embora não seja obrigatório como regra, este fenômeno
gramatical é muito utilizado no idioma ioruba. Ocorre sempre que
uma palavra terminar por uma vogal simples ou nasal e a palavra
seguinte também iniciar por uma vogal. A elisão é a assimilação de
duas palavras que se unem.
No caso de verbos seguidos de substantivos:
Exemplo:
Bọ Orí (Oferenda à Cabeça) = Bọrí
Ba Ara (Esconder no corpo) = Bara
Rà Obí (Comprar Obì) = Rorì
kú ọ̀sán (Boa tarde) = Káàsán
No caso dos verbos ser (ni), ter (ní), ou preposições em, no, na
(ní), quando seguidos de palavras iniciadas qualquer vogal à
exceção da letra “i”, se transforma em “l”.
Exemplo:
Ní (prep.. “no”) + ọ̀wẹ̀ (subst..trabalho) = lọ̀wẹ̀ (no trabalho)
Ní (v. ter) + owó (subst.. dinheiro) = lówó (ter dinheiro)
Ni (v. ser) + òòfà (subst.. atraente) = lòòfà (ser atraente)
Ni (v. ser) + ìbọ (v. adorar) = níbọ (ser adorado)
A elisão poderá ou não ser indicada por apóstrofe.
Exemplo:
Òrìṣà´kùnrin (Òrìṣà + ọkùnrin) = divindade masculina
Òrìṣà´bìnrin (Òrìṣà + obìnrin) = divindade feminina
Na elisão, o acento agudo é sempre “vencedor”.
Exemplo:
ojúbọ (local de culto) = ojú (s.olho, face) + ìbọ (s.adoração)
dópin (chegar ao fim) = dé (v. chegar) + òpin (s. fim)
C���������
Os verbos não flexionam nas conjugações, por isso são sempre
apresentados na forma infinitiva. Assim, eles não sofrem
modificação para indicar os tempos presente, passado ou futuro.
São utilizadas partículas para indicar a conjugação.
T���� ������� (���������)
A partícula “TI” indica ação realizada no passado.
Ex.: Obìnrin náà ti rà oyin (A mulher já comprou mel)
T���� ��������
A letra “N” antes do verbo, funciona como partícula indicativa de
uma ação que está sendo realizada no momento presente. É o
tempo gerúndio.
A partícula “N” é pronunciada com o som de “UN”.
Ex.: Ọkọ nṣiṣẹ́ (O marido está trabalhando)
Èmi nsọ (Eu estou falando)
Àwa ṣe (Estamos fazendo)
O tempo presente ainda pode ser formado pela utilização da
partícula “MÁA” antes do verbo. Neste caso, dá-se à ação uma ideia
de habitualidade.
Ex.: Ó máa obì lójojúmọ (Ele consulta obì diariamante)
Èmi máa lò (Eu uso)
Bàbá ti máa wí bò (Papai costumava vir)
T���� ������
O tempo futuro é composto pela colocação da partícula “YÍÒ”
antes do verbo.
Ex.: Èmi yíò ṣe (Eu farei)
Àwa yíò (Nós iremos)
Ẹ̀yin yíò lọ (Vocês irão)
F����� �� ������� (����������)
Independentemente do tempo verbal, a voz de comando é feita
pelo verbo no infinitivo. Não são adicionados pronomes, advérbios,
conjunções, etc. usa-se o verbo puro, com a inflexão de voz
correspondente ao que se deseja.
Ex.: Wá ! (Venha!)
Mú ! (Pegue!)
Lọ́ ! (Vá!)
N������� ��� ������
A forma negativa dos verbos é feita através da colocação dos
advérbios de negação “KÒ”, “Ò”, “KI”, “MÁ” antes do verbo.
Èmi kò mu (Eu não fumo)
Èmi ò yá (Eu não empresto)
A forma negativa no tempo futuro é feita exclusivamente com o
advérbio de negação “KI”.
Èmi ki yió rí (Eu não verei)
No imperativo, se usa as partículas “MÁ” e “KÒ”
Kò mu! (Não fume!)
Má gé! (Não corte!)
S�����������
Geralmente os substantivos começam por vogais e possuem duas
ou mais sílabas.
Ìnáwó (ná + owó) = despesa
Ojúlé (ojú + ilé) = portal
Káalẹ́ (kú + alẹ́) = boa noite
A��������
São colocados após os substantivos, com a finalidade de dar-lhes
qualidade, ou de conferir ênfase ao sentido pretendido na frase.
Èmi ti rà aṣọ funfun (Eu comprei uma roupa branca)
Òun ntà ẹ̀fọ́ tútù ni ọjà. (Ela está vendendo verdura fresca)
Bàbá ní dáradára (O pai é bom)
Os adjetivos não sofrem variação de gênero, nem de quantidade.
Eles acompanham o substantivo.
A�������� ������������ �� ���������
Como – Bí
Exatamente – Gẹ́gẹ́bí
A�������� ������������ �� �������������
Mais do que – Jù........lọ
Melhor – dárajù
Mais do que - bísí
A�������� ������������ �� �������������
Menos que – Kò .......tó
Menor – kéré jù
Muito menor – kéré jùlọ
A������� ����������� �� �������������
Mais do que todos – Jù gbogbo lọ
A������� ����������� �� �������������
Menos do que todos – Kò ......Jùlọ
A�������� �����������
Muito, Muitos – Púpọ̀
Vários – Onírùúrú
Poucos, Poucas – Mélókan
Todos – Gbogbo
A��������
Os advérbios servem para emprestar aos verbos e adjetivos
qualidades e especificidades, como cor, sabor, tempo, local,
preferência, intensidade, etc. Em geral, todos os adjetivos e todos
os verbos possuem seus próprios advérbios. Por isso, os advérbios
só podem ser usados com seus respectivos verbos e adjetivos.
Os advérbios derivam de palavras duplicadas, podendo ser
separados por um traço de união (hífen).
Os advérbios são posicionados, geralmente, ao final da frase.
Exemplo:
Ó ṣú biribiri – Está imensamente escuro.
Ó kún bámú-bámú – Está muito cheio.
Os advérbios posicionados antes dos verbos, são denominados
advérbios pré verbais.
Exemplo:
Ó tèté dé – Ela chegou rapidamente.
Bàbá tilẹ̀ rí wa – O pai nos viu com certeza.
A����� ���������
Pelo – Nípa
Pelos – Nípasẹ̀ àwọn
Sobre, Acerca de – Nípa, Nípasẹ̀
Sobre, Em cima de – Ní òkè
Secretamente – Nípamọ́
Somente - Nìkan
Muito - Níní (V. adj púpọ̀)
Imediatamente – Níkété
Pelo Menos – Níkẹ́hìn
Também – Pẹ̀lú
Os advérbios de tempo e de espaço, sãocompostos pela elisão
com a palavra NÍ. Nestes casos, as letras iniciais acentuadas com
crase (`), passem a levar acento agudo (´), fazendo referência à
elisão com NÍ.
Exemplo:
Ní àná = láná (ontem)
Ní òkè = lókè (em cima, sobre)
P������� ��������
ENFÁTICO REGULAR
Eu – Èmi Mo, N, Ng
Você – Ìwọ O
Ele, Ela – Òun Ó
Nós – Àwa A
Vocês - Ẹ̀yin Ẹ
Eles, Elas – Àwọn Wọ́n
O pronome “O” é utilizado para dirigir-se diretamente a uma
pessoa ou mais.
O pronome “Ẹ” é usado para dirigir-se a alguém de nível maior,
mais importante que o seu.
Em ioruba não se usa os pronomes “Tu” e nem “Vós”, que são
substituídos por “Você” e por “Vocês”, respectivamente.
P������� �����������
ENFÁTICO REGULAR
Meu, Minha – Tèmi Mi
Seu, sua, De Você – Tirẹ Rẹ
Dele, Dela – Tirẹ̀ Rẹ̀
Nosso, Nossa – Tiwa Wa
De Vocês – Tiyín Yín
Deles, Delas – Tiwọn Wọn
As formas enfáticas, servem para dar intensidade à frase. São
mais raras. Quase sempre é a forma contrata ou regular que será
vista. Normalmente quando utilizados os pronomes enfáticos,
formarão o negativo das frases, ou as formas futura e condicional.
Èmi lọ gùn (Eu mesmo subi)
Wọ wà ṣe (Você mesmo fez)
Os pronomes pessoais são sempre posicionados depois do
substantivo, provocando o alongamento da sua última vogal apenas
na fala e não na escrita.
Meu (mi), Bàbá (pai)
Bàbáà mi
P������� ��������
Me, Mim, Comigo – Mi
Você, Lhe, Lha – Ọ, Ẹ
A Ele, A Ela – O, A – repete-se a última vogal do verbo
Nós, Conosco – Wa
Vocês, Lhes – Yín
Os, As, Deles, Delas – Wọn
P������� ��������������
Este, Esta, Isto – Èyí, Yìí
Aquele, Aquela, Aquilo – Ìyẹn, Yẹn, Náà
Estes, Estas – Wọ̀nyí
Aqueles, Aquelas – Wọ̀n, Yien
P������� �����������
Alguém – Ẹnikan
Ninguém – Kò si ẹnikan, ẹnìkánkán
Vários, Alguns, Algumas – Òmíràn
Algo, Alguma Coisa – Nkan, Ohun Kan
Tudo, Todo, Toda – Gbogbo
Outro, Outra - Ẹlòmi
Qualquer Coisa – Ohunkóhun
P������� ��������������
O que? Que? Cujo? – Kí ni?
Qual? – Wo?
Quem? – Ta ni?
De Quem é? – Tita ni?
Onde? Aonde? – Íbo? Níbo?
Quando? – Nígbàwó?
Quanto? Quantos? – Méló? Mélòó?
Como? – Báwo ni?
P������� ���������
Usados para representar nomes.
Que, Qual, Cujo, A coisa que – Ohun tí, Nkan, Èyìtí
Aquele que, a pessoa que - Ẹnití
Quando, Enquanto, No tempo que – Nígbà tí
Doravante – Nígbàtímbọ̀
Naquele tempo – Nígbàyẹn
Oportunamente - Nígbàyíyẹ
A������
O, A, Os, As – Náà
Raramente são utilizados os artigos na formação das frases.
Lembremos que o ioruba é um idioma dinâmico, portanto as frases
em geral são curtas e objetivas.
P����������
DE LUGAR
Em, No, Na – Ní
Sobre, Acima, No Alto, em cima – Lórí, Lérí
Abaixo de, embaixo de, sob – Lábẹ́
Para cima de – Sórí
Junto a, Em, Com – Lẹ́dọ̀
Atrás de, Após – Lẹ́hìn
Antes de, Ante, na Frente, em diante, Diante – Níwájú
Entre, No meio de – Làárín, Láààrin
Para dentro, Entre – Sínú
Dentro, No interior de - Nínú
De longe, longe – Jìnnà
DE POSSE
De, Da, Do – Ti (Não se usa entre substantivos)
Ex.: Ilé Àṣẹ Ògún (Casa de Axé de Ògún)
DE PROCEDÊNCIA
Para, De, Desde – Láti
DE INTENÇÃO:
Até, Constantemente, Continuadamente – títí (referindo-se a tempo)
Ex.: Mo ṣiṣẹ́ títí di agogô méjì. (Eu trabalhei até às duas horas)
Até – títí de (referindo-se a espaço)
Ex.: Mo rìn títí de ilé rẹ (Eu andarei até sua casa)
DE PROPÓSITO:
Para – Láti (usado antes de verbos no infinitivo, que não indiquem
movimento, nem direção)
Ex.: Láti pè (para chamar)
Láti jẹ (para comer)
Por – Nítorí
Ex.: Máa singbà nítorí àwa (Trabalho por nós).
DE DIREÇÃO:
Para – Sí (usado depois de verbos que indicam movimento, direção)
Ex.: Sí wẹ̀ (para dançar)
Sí rìn (para andar)
DE ENDEREÇO:
Para – Fún (usado antes de pronome oblíquo e substantivo)
Ex.: Fún òun (para ele)
DE COMPANHIA:
Com, Junto com, Em companhia de – Bá, Pẹ̀lú
DE EXCLUSÃO:
Sem – Láìsí
DE REFERÊNCIA:
Acerca de, Sobre – Nípa, Nípasẹ̀
DE EXCEÇÃO:
Exceto, Salvo, A Não Ser, A Menos Que – Bíkòṣe, Bíkòṣebí,
Bíkòṣepé
Desde que, ainda que – Tí ì
DE VALOR:
Cerca de – Níwọ̀n
DE OPOSIÇÃO:
Contra, Contrário – lòdì
DE CONFORMIDADE:
Conforme, De Acordo com, Assim, Exatamente, Desta forma –
Gẹ́gẹ́bí
DIVERSAS:
Como, Da mesma forma – Bí
Para isso, Para aquilo, com isso – Fi
Enfim, Finalmente - Níparí
C���������:
E – àti (usado para ligar advérbios, ou substantivos, mas nunca
verbos). Pode ser abreviado: “ti”
Ex.: Ó mu àga àti àpótí (Ele pegou cadeira e banco)
E – Sì (usado para ligar sentenças; é posicionado após o sujeito
da segunda oração)
Ex.: Ó mù sì sùn (Ele bebeu e dormiu)
Ou – Tàbí
Que – Kí
Portanto, Em virtude de, Conquanto – Níwọ̀ngbàtí
Porque – Nítorí
Por causa - Nítórí èyí
Nem, Nem aqui, Nem ali, Nem isto, Nem aquilo - Ọ̀ṣáká-nṣoko
Mas, Porém, Contudo, Todavia, Entretanto - Ṣùgbọ́n, Àmọ̀
Entretanto, Embora, De fato, Até mesmo – Tilẹ̀
Somente, Exceto, A menos que, A não ser que – Àfí, Àyàfi, Àfibí
Se - Tí
P�����:
Para indicar o plural, as palavras não são modificadas como no
idioma português, quando se usa, via de regra, o “s”.
Ex.: 1 cadeira; 2 cadeiras.
O que indica o plural no idioma ioruba é a colocação do pronome,
do advérbio ou de números antes das palavras.
Exemplos:
Èyí pẹ́pẹ́iye (Este pato); Wọ̀nyí pẹ́pẹ́iye (Estes patos)
Ọ̀bẹ (Faca); Àwọn (3ª pessoa do plural) ọ̀bẹ (As facas)
Ohun (coisa); Ohun púpọ̀ (muita coisa)
Kan igi (Uma árvore); Éjì igi (Duas árvores)
A utilização pura e simples do artigo da palavra não é segura para
indicar o plural, pois um único vocábulo ioruba (náà) significa “o”,
“a”, “os”, “as”. Portanto, o sentido das frases é também determinante
para a compreensão do plural.
Considerando-se que o ioruba é uma língua ágrafa, conclui-se que
a interação entre os interlocutores favorecerá diretamente a
compreensão das mensagens.
G�����:
Não há flexão das palavras para indicar o gênero, como no
português, quando se acrescenta “o”, ou “a” ao final do vocábulo.
Ex.: lobo/loba; Cláudio/Cláudia; aluno/aluna).
O gênero é apontado pela utilização dos vocábulos “masculino”
(ọkùnrin) e “feminino” (obìnrin) antes do substantivo.
Òrìṣà ọkùnrin (Divindade masculina)
Òrìṣà obìnrin (Divindade feminina)
O gênero às vezes se incorpora ao substantivo, formando uma
única palavra.
Ọmọdékọ̀rin – menino
Ọmọdébìnrin - menina
No caso de plantas e animais, usa-se “abo” para fêmeas e “akọ”
para machos.
Akọ ọ̀bọ (macaca)
Abo ọ̀bo (macaco)
Àtópákun akọ (arruda macho)
Àtópákun abo (arruda fêmea)
Como em português, algumas palavras já são essencialmente
masculinas e outras femininas (Ex.: porta; cabelo; mesa). Portanto,
nestes casos, não há necessidade de mudar, ou indicar o gênero.
ìyá – mãe
bàbá – pai
ọkọ – marido
aya – esposa
N������� (�����)
Os números em ioruba (nọ́mbà) podem ser CARDINAIS,
ORDINAIS, TOTAIS, MULTIPLICATIVOS e FRACIONÁRIOS. Há
ainda os chamados ADVERBIAIS.
CARDINAIS/TOTAIS: ORDINAIS/TOTAIS:
0- Òdo ---------------
1-Ení/Kan 1º-Èkíní/Kíní
2-Èjì/Méjì 2º-Èkéjì/Kéjì
3-Ẹ̀ta/Mẹ́ta 3º-Ẹ̀kẹ́ta/Kẹ́ta
4-Ẹ̀rin/Mẹ́rin 4º-Ẹ̀kẹ́rin/Kẹ́rin
5-Àrún/Márún 5º-Ẹ̀kárún/Kárún
6-Ẹ̀fà/Mẹ́fà 6º-Ẹ̀kẹ́fà/Kẹ́fà
7-Èje/Méje 7º-Èkéje/Kéje
8-Ẹ̀jọ/Mẹ́jọ 8º-Ẹ̀kẹ́jọ̀/Kẹ́jọ̀
9-Ẹ̀sàán/Mẹ́sàán 9º-Ẹ̀kẹ́sàán/Kẹ́sàán
10-Ẹ̀wàá/Mẹ́wàá 10º-Ẹ̀kẹ́wàá/Kẹ́wàá
D������ � ��������:
10 - ẹ́wàá 20 – ogún 30 - ọgbọ̀n 40 – ogójì
50 – àádọ́ọ̀ta 60 - ọgọ́ọ̀ta 70 – àádọ́ọ̀rin 80 - ọgọ́ọ̀rin
90 – àádọ́ọ̀rún 100-ọgọ́ọ̀rùn 110-àádọ́fà 120-ọgọ́fà
130-àádóòje 140-ogóòje 150-àádọ́òjọ 160-ọgọ́ọ̀jọ
170-àádọ́ọ̀sàn 180-ọgọ́ọ̀sàn 190-àádọ́wàá 200-igba
300-ọ̀ọ́dúnrún 400-irínwó 500-ẹ̀ẹ́dẹ́gbẹ̀ta 600-ẹgbẹ̀ta
700-ẹ̀ẹ́dẹ́gbẹ̀rin 800-ẹgbẹ̀rin 900-ẹ̀ẹ́dẹ́gbẹ̀rún 1000-ẹgbẹ̀rún
M�������:
1.000 - ẹgbẹ̀rún
2.000 - ẹgbàá
3.000 - ẹgbẹ̀ẹ́dógún
4.000 - ẹgbàajì
5.000 - ẹ̀ẹ́dẹ́gbàata
6.000 - ẹgbàata
7.000 - ẹ̀ẹ́dẹ́gbàarin
8.000 - ẹgbàarin
9.000 - ẹ̀ẹ́dẹ́gbàarún
10.000 - ẹgbàarún
Os numerais CARDINAIS indicam uma quantidade, sem contudo
especificar de que.
Exemplo:
Òun rá kan (Ela comprou um)
Òun ṣe ẹ̀ta (Ela fez três)
Òun ní mẹ́rìnlá (Ela tem quatorze)
Já os numerais ORDINAIS, indicam uma posição em relação a
determinada ordem, ou sequência. O prefixo “Ẹ̀K”, ou simplesmente
a letra “K”, são usadosantes dos números cardinais para indicar
ordem, comando, formando os chamados números ORDINAIS.
Exemplo:
ẹ̀jọ (oito) / ẹ̀kẹ́jọ (oitavo)
Observar que o assento da vogal inicial da palavra oito (ẹ̀) mudou
de posição após sua junção ao prefixo “ẹ̀k”, justamente para indicar
a presença deste.
O prefixo “Ẹ̀K” antes de substantivo, perde a vogal inicial.
Exemplo:
ẹ̀kẹ́ta (terceiro) – Èyí ni kẹ́ta orò (Esta é a terceira Obrigação
Ritual)
Exemplo:
èkíní (primeiro); ẹ̀kẹ́ta (terceiro); kọ́kànlá (décimo primeiro)
Os números TOTAIS além de indicarem a quantidade, especificam
também alguém, ou alguma coisa. Portanto, podem ser TOTAIS
CARDINAIS, ou TOTAIS ORDINAIS.
Exemplo:
àkẹtẹ̀ méji (dois chapéus); àjàpá mẹ́ta (três tartarugas); ọmọ
kẹ́ta (terceiro filho); ọdẹ kíní (primeiro caçador)
A letra “M” utilizada na formação dos números TOTAIS
CARDINAIS, é uma abreviatura do prefixo “MÁ”.
Observe que “MÁ” possui um acento agudo no “Á”. Por este
motivo, sempre que o “M” for aplicado na formação dos TOTAIS e o
número iniciar com acento grave (`), este será substituído pelo
acento agudo (´), mostrando a presença do prefixo.
Exemplo:
ẹ̀ta (cardinal seis) – mẹ́ta (cardinal total seis); àrún (cardinal cinco)
– márún (cardinal total cinco)
Os numerais MULTIPLICATIVOS, expressam que um número é
múltiplo de outro criando uma comparação. A palavra “ÌLỌ́PO”
Indicará os MULTIPLICATIVOS.
Exemplo:
ìlọ́po méjì (o dobro); ìlọ́po mẹ́ta (o triplo); ìlọ́po mẹ́rin (o
quádruplo)
Os números FRACIONÁRIOS indicam uma fração ou proporção. É
o prefixo “ÌDÁ”, que compõe os FRACIONÁRIOS.
Exemplo:
ìdáméjì (metade); ìdámẹ́ta (terça parte); ìdámẹ́rin (a quarta
parte); ìdámárún (quinta parte)
Os numerais ADVERBIAIS servem para expressar quantidade
relativa ao tempo, ou a comparação. Os prefixos “LẸ́Ẹ̀”, “Ì”, “NÍ”, “L”,
de acordo com a situação, formam os ADVERBIAIS.
Exemplo:
NO SENTIDO DE VEZ (CARDINAL):
Lẹ́ẹ̀kan – uma vez (lẹ́ẹ̀ + kan)
Lẹ́ẹ̀méjì – duas vezes (lẹ́ẹ̀ + méjì)
Lẹ́ẹ̀mẹ́ta – três vezes (lẹ́ẹ̀ + ẹ̀ta)
Lọ́kọ̀ọ̀kan – uma de cada vez, um a um < Lit.: l (pref. = forma
modificada da palavra ní quando a palavra iniciar por vogal
diferente de i) + ọ̀kọ̀ọ̀kan (adj. um de cada vez)
Ní méjèèjì – ambos (todos os dois)
Ní méjìméjì – dois de cada vez
Ní mẹ́tẹ̀ẹ̀ta – todos os três
Para os números inteiros, usa-se:
Ogoogún – de vinte em vinte
Ọgbọgbọ̀n – de trinta em trinta < Lit.: gbogbo (todos, todas) +
ọgbọ̀n (trinta).
Como regra geral, utiliza-se a palavra GBOGBO (todos, todas)
antes de todos os números de 20 em diante.
NO SENTIDO DE VEZ (ORDEM):
Lẹ́ẹ̀kíní – a primeira vez (lẹ́ẹ̀ + kíní)
Lẹ́ẹ̀kéjì – a segunda vez (lẹ́ẹ̀ + kéjì)
Lẹ́ẹ̀kẹ́ta - a terceira vez
NO SENTIDO DE TEMPOS ATRÁS:
Ìdúnta – três anos atrás < Lit.: í (pref.) + ọdún (ano) + ẹ̀ta (três)
Ìjẹta – três dias atrás < Lit.: í (pref.) + ijọ́ (dia) + ẹ̀ta (três)
NO SENTIDO REGULAR (ORDINAL):
Lọ́jó kẹ́ta-kẹ́ta – todos os terceiros dias < Lit.: l (pref. = forma
modificada da palavra ní quando a palavra iniciar por vogal
diferente de i) + ijọ́ (dia) +
kẹ́ta-kẹ́ta (adv. todo terceiro – o número repetido dá sentido
de regularidade conforme seu significado) >
Lọ́mọ kíní-kíní – todo o primeiro filho < Lit.: l (pref. = forma
modificada da palavra ní quando a palavra iniciar por vogal
diferente de i) + ọmọ (filho) +
kíní-kíní (adv. todo primeiro – o número repetido dá sentido de
regularidade conforme seu significado) >
Kíní-kíní – todo primeiro
Kéjì-kéjì – todo segundo
Kẹ́ta-kẹ́ta – todo terceiro
A partir do número 10, os numerais são estruturados mediante a
composição de somas e subtrações dos números básicos com a
dezena posterior.
Nesta composição das dezenas, as palavras “DÍ” ou “DÍN”
(menos), indicam a subtração. A palavra “LÉ” (mais), a adição. E o
prefixo “L”, refere-se à preposição “NÍ” (no).
Os números básicos para a formação de numerais compostos são:
1 – ọ̀kan
2 – èjì
3 – ẹ̀ta
4 – ẹ̀rin
5 – àrún
Portanto, a formação das dezenas e centenas se dá da seguinte
forma:
NÚMERO BASE + DÍ ou LÉ + L + NÚMERO INTEIRO
Exemplo:
ẹ́rìnlélọ́gọ́ọ̀run = 104 (Lit. quatro mais cem) < ẹ̀rin + lé + l +
ọgọ́ọ̀rún
Ao compor as dezenas e centenas, inicia-se sempre do número
menor para o maior (seja somando, ou subtraindo).
Na formação destes números compostos, indica-se a soma
quando se adiciona de 1 a 4. E indica-se a subtração quando se
diminui se de 5 a 9.
Exemplo:
11 = 1+10 (ọ̀kànlá) = ọ̀kan (um) + lé (mais) + ẹ̀wàá (dez)
35 = 5-30 (àrùndílọ́gbọ̀n) <àrún (cinco) + dí (menos) + L (part.
de ligação) + ọgbọ̀n (trinta)>
OBS.: notar que a letra “o” ganha acento agudo na contração
com a partícula L.
73 = 3 + 70 (ẹ̀taládọ́rin) <ẹ̀ta (três) + lé (mais) + àádọ́ọ̀rin
(setenta)>
OBS.: notar que na contração entre as palavras “lé” (mais) e
“àádọ́ọ̀rin” (setenta), a letra “a” troca o acento grave original,
pelo acento agudo, indicando a contração vocálica. Nestes
casos, o acento agudo sempre prevalecerá.
Exemplo:
17 = 3-20 (ẹ̀tadílógún) <ẹ̀ta (três) + dí (menos) + L (partícula de
ligação) + ogún (vinte)>
19 = 1-20 (ọ̀kandílógún) <ọ̀kan (um) + dí (menos) + L (partícula
de ligação) + ogún (vinte)>
OBS.: notar que nos exemplos acima a letra “o” (da palavra
ogún/vinte) ganhou acento agudo para indicar que houve
contração entre esta e a partícula “L”.
Exemplo:
15 = 5-20 (ẹ̀ẹ́dógún ou àrùndílógún) <àrún (cinco) + dí (menos)
+ L (part. ligação) + ogún (vinte)>
A partir do número 20, não se usa o prefixo “M” na formação dos
cardinais; nem se usa o “K” para formar os ordinais.
Tanto cardinais, como ordinais, a partir do número 20, passam a
ser posicionados antes dos substantivos nas frases (o que é uma
exceção à regra geral).
Exemplo:
Ọgbọ́n àbẹ́là (Trinta velas)
Ọgọ́rùn obì (Cem obis)
Igba ẹlẹ́dẹ̀ (Duzentos porcos)
Ilé mẹ́wàá (Dez casas)
Ogún ilé (Vinte casas)
Ọmọ kéjì (Segundo filho)
Ogún ọmọ (Vigésimo filho)
Entre 400 e 4.000 usa-se o prefixo “Ẹ̀Ẹ́DẸ̀” ou “Ọ̀Ọ́DẸ̀” para
indicar “menos 100”.
Exemplo:
ẹgbẹ̀ta = 600
ẹ̀ẹ́dẹ́gbẹ̀ta = 500
Usando o mesmo prefixo “Ẹ̀Ẹ́DẸ̀” ou “Ọ̀Ọ́DẸ̀” em números acima
de 4.000, este passa a significar “menos 1.000”.
Exemplo:
ẹ́gàarin = 8.000
ẹ̀ẹ́dẹ́gbàarin = 7.000
Em regra, todos os numerais são sempre posicionados após o
substantivo.
No texto, os numerais podem ser escritos em algarismos, ao invés
de por extenso. Mas, ao serem lidos, devem ser pronunciados no
idioma ioruba.
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Vocabulário Português-Yorùbá
 
ADMINISTRAÇÃO E COMÉRCIO
OBS.: Ver Capítulo “Profissões e Atividades”.
acordo – s. ìpíhùn, àdéhún: acordo, pacto; s. ìfinúṣọ̀kan:
unanimidade, acordo.
açougue – s. ìṣọ́ ẹran.
administração central – s. ìṣàkóso: governo, administração central.
advertência – ìlọ̀ kìlọ̀: 1. s. advertência, repreensão, aviso; 2. s.
forma de designar a pena de advertência, aplicada como punição
em clãs, ou Terreiros. V. punição.
ajudante – s. ìránṣẹ́: ajudante, estafeta. V. ajudante de serviços.
ajudante de serviços – s. ìríjú: camareiro, ajudante de serviços. V.
ajudante.
aluguel – s. owó ilé.
apoio – àbáṣe, ìbáṣe: 1. relação sexual; 2. s. apoio; cooperação;
ajuda.
aprendiz – V. estagiário.
armazém – àró: 1. s. armazém, depósito, celeiro, paiol. Mesmo que
ìkò ọjà pamọ́ (armazém); 2. s. local reservado dentro do quarto de
Ọdẹ, onde são guardados paramentos e elementos desta
divindade. V. galpão.
artigos – V. estoque.
assembleia – s. ìjọ, ou àjọ. V. reunião.
auditor – s. olùgbọ́.
autoridade - V. diretor.
avalista – V. fiador.
aviário – s. ìṣọ́ adìẹ.
aviso – V. advertência.
banco – s. ilé owó: banco; instituição financeira. Lit.: ilé (s. casa) +
owó (s. dinheiro).
bar – s. ìbùmu: bar, local onde se bebe.
barato – adj. wọ́pọ̀: barato, vulgar.
barbearia – s. ilé gbàjámọ̀.
barganha – s. pànpá.
bomboniere – s. ìṣọ́ bẹbẹ.
cabeleireiro – s. ilé iṣerun.
cadeia – s. ilé túbú. V. prisão.
calculadora – s. ẹ̀rọ ìsírò.
cálculo – s. ìsírò. Ìsírò owó: cálculo financeiro. V. contabilidade.
câmbio – s. ìrọwó: câmbio, troca de moeda.
cancelamento – s. yíyẹ̀sílẹ̀: vacância, cancelamento.
caneta – s. pẹ́ẹ̀nì. Do inglês: pen. Usa-se ainda:kálámù: pena,
instrumento de escrita, caneta. V. lápis.
capital – s. owó-ìlélẹ̀.
carga – V. carregamento.
cargo – s. ipò: cargo, função, posto. V. oyè.
carimbo – s. èdìdì: carimbo, selo.
caro – adj. wọ́n. V. wọ́n.
carregamento – s. ẹrù: carregamento, bagagem. V. frete.
carta – s. lẹ́tà: carta; missiva (do inglês: letter).
cartão – s. káàdì.
cartão de crédito – s. káàdì kírẹdítì.
cartão de débito – s. káàdì dẹbítì.
cartão de visita – s. káàdì ìkésí.
celeiro – V. armazém.
chefe – s. olórí: chefe de uma comunidade; líder; chefe. V. líder.
cheque – s. ìwé owó. Lit.: ìwé (s. comprovante) + owó (s. dinheiro).
chiqueiro – s. ilé ẹlẹ́dẹ̀.
cinema – s. ilé-ìran.
civil – s. olúmẹ̀yẹ: aquele que é civil: civil.
cliente – s. oníbárà, ou eléyiun: cliente, freguês.
cofre – s. àpótí-iṣúra.
coleção – s. ìkójọ.
colega – ẹlẹ́gbẹ́: 1. s. colega, companheiro. Mesmo que ògbóni; 2.
s. designação dos espíritos que compõem a sociedade àbíkú, os
quais fazem um pacto de retorno. Assim, quando um espírito àbíkú
nasce, deve morrer cedo para retornar ao encontro de seus
companheiros, honrando a promessa firmada entre eles. V. emèrè;
àbíkú.
comércio – s. ìṣòwò. Mesmo que òwò. V. negócio.
comitê – V. conselho.
companhia – s. ọlọ́wọ́.
comprador – s. olùrajà.
compra – s. rírà.
comprovante – s. ìwé ẹ̀rí: diploma, certificado, comprovante.
concílio – s. ìgbìmọ̀: concílio, reunião. V. reunião; conclave.
conclave – s. pòbìrìkòtò: reunião para deliberar planos religiosos e
políticos; espécie de “conclave”. V. reunião; concílio.
contabilidade – s. ìṣírò: contabilidade, aritmética, contagem
numérica ou financeira. V. cálculo.
conselho – s. ẹ̀yà: grupo; parte; categoria; conselho; comitê. V.
deliberação. V. núcleo.
conspiração – s. òṣìrì. Mesmo que rìkíṣí e ọ̀tẹ̀ (rebelião,
conspiração, traição). V. rebelião.
contratação – s. ìrọyè: ato de ser escolhido para cargo, ou função.
contribuição – s. ìdáwó: contribuição, contribuição financeira.
Mesmo que owó-dídá. V. dá èésú; imposto.
convite – s. ìpè, pípè: 1. s. convite; 2. s. pronúncia, fonética.
coordenador – V. supervisor.
cópia – ẹ̀dà: 1. s. corrimento vaginal; 2. s. cópia, reprodução; 3. v.
cunhar.
correspondência – s. ìkọ̀wé: escrita, correspondência.
corrupção – s. ìbàjẹ́, ou ìdíbàjẹ́: podridão; corrupção. V. fraude.
corte – s. ilé ẹjọ́: corte, tribunal, fórum.
crédito – s. àwìn.
crise – s. rògbòdìyàn: crise, tensão.
débito – s. owó-jíjáde: gasto, débito.
decisão – s. àbárò: deliberação; decisão; conselho. Mesmo que
pípinnu – s. resolução, deliberação.
decoração – V. enfeite.
delegacia – s. àgọ́ ọlọ́pa; ilé ọlọ́pá.
delegado – s. adélè: delegado, representante do poder. V.
procurador.
demissão – s. ìrọ̀lóyè: demissão, destituição.
depósito – V. armazém.
desembarque – s. ìgúnlẹ̀.
desemprego – s. àìníṣẹ́.
despesa – s. ìnáwó: despesa, gasto.
devedor – s. onígbèsè.
dinheiro – s. owó, ajé. O dinheiro não deve ser a única finalidade
dos ritos, nem por parte do sacerdote, nem por parte do
consulente. Mas a energia que este elemento possui é de extrema
importância. O dinheiro é visto como uma ferramenta, a qual deve
ser positivamente utilizada para construir, realizar, e não subsidiar
caprichos, desmandos. Mau utilizado, o dinheiro escraviza, corrói e
destrói. “Na relação entre consulente e sacerdote, o dinheiro pode
existir. Ele significa o sacrifício, a oferenda, a contribuição, a
manutenção e a valorização. Enquanto intermediário das
mensagens oraculares entre os demais Òrìṣà e os Humanos, Èṣù
apoia ou pune aqueles que atendem às predições do Oráculo. Daí
o provérbio: “Ẹni ó rúbọ l´Èṣù gbè” (Èṣù apoia somente aqueles
que ofereceram o sacrifício). A consulta aos Oráculos e a
realização de ẹbọ, é geralmente cobrada pelo sacerdote. Esta
prática já existia na África. O provérbio “A kì ndífá kámá yan ẹbọ”
(Ninguém consulta Ifá sem ter de fazer uma oferenda), é utilizado
para tal justificativa. Contudo, este ditado tem sentido bem mais
amplo. Ou seja, sua intenção é mostrar aos consulentes que o
Oráculo não deve ser provocado por mera curiosidade, ou
leviandade. Quem recorrer ao Oráculo, deve estar disposto a se
sacrificar. Neste aspecto, o sacrifício tem sentido latu. Sacrificar-se
significa abrir mão de certas atitudes, esforçar-se em prol de
alguém ou de algo, respeitar algum tabu, etc. Não necessariamente
retribuir com pagamento em dinheiro. Embora tal atitude, muitas
vezes, seja mais prática e descomprometida, tanto para o
consultor, quanto para o consulente.” (Márcio de Jagun, “Odù: Os
Yorùbá e o Destino”, Instituto Ori, 2014, RJ). A moeda nigeriana
atualmente é cahamada de kọ́bọ̀. V. ẹbọ; ifá; èṣù; òrìṣà; moeda
corrente.
dinheiro público – s. owó-òde: dinheiro público; tributos.
diretor – s. aláṣẹ: diretor, elevada autoridade administrativa.
discurso – s. wíwí: preleção, discurso, explicação, fala.
distribuir – V. entregar.
dívida – s. gbèsè.
divisão – V. partilha.
dólar – s. dọ̀là. Do inglês: dollar.
domicílio – s. ọjọ̀.
eleição – s. ìdìbò: eleição, escolha, sufrágio; ìyànfẹ́: eleição,
escolha.
emancipação – s. ìdàndè.
embrulhar – v. fidì.
empregado doméstico – V. serviçal.
empréstimo – s. owó ti a yá.
endereço – s. àkọlé: endereço; logradouro. V. residência.
enfeite – s. ìṣọ̀ṣọ́: decoração, adorno, enfeite. V. ọ̀ṣọ́.
entregar – v. fàlé: entregar, distribuir.
envelope – s. àpò-ìwé.
escritório – s. ibiṣẹ́, ilé iṣẹ́: escritório, gabinete, local de trabalho.
Lit.: ilé (s. casa) + iṣẹ́ (s. serviço).
escola – s. ilé ẹ̀kọ́: escola, curso. V. ilé-ìkọ́wé.
escolha – s. ìdìbò: eleição, escolha, sufrágio.
espiral – s. ìlà òṣùká: linha espiral; espiral.
estábulo – s. ilé ẹṣin.
estagiário – s. ọmọ ẹ̀hìn: discípulo, aprendiz, estagiário.
estatuto – s. ìlànà: regulamento, estatuto. V. lei.
estoque – s. àwọn nkan títà: artigos, estoque. Mesmo que ìṣọ́:
estoque, depósito, local de guardar.
etiqueta – s. tíkẹ́ẹ́tì: etiqueta, passagem. Do inglês: ticket.
expulsão – ìléjáde: 1. s. expulsão, banimento; 2. s. forma de
designar a pena de expulsão, aplicada como castigo a membros de
um clã, ou Terreiro. V. punição.
fábrica – s. ilé-iṣọ̀pọ̀.
faculdade – s. ilé ẹ̀kọ́ gíga: faculdade, universidade. Lit.: ilé (s.
casa) + ẹ̀kọ́ (s. aula) + gíga (adj. alto). V. kọ́lẹ́ẹ̀jì; yunifásítì.
falência – s. ìbàjẹ́ owó.
farmácia – s. ilé oògùn.
feira – s. ọjà: feira, mercado. Mesmo que ọ̀bùn.
férias – s. ìsimi, ou ìsinmi. Mesmo que ọlidé (modo atualmente
usado). Do inglês holiday.
fiador – s. onígbọ̀wọ́: avalista, fiador.
fiança – s. ọfà: fiança, penhor.
fila – s. títò: fila, formação em fila.
formulário – s. fọ́ọ̀mù.
fórum – s. ilé ẹjọ́: corte, tribunal, fórum.
fraude – s. ayédèrú: fraude, falcatrua. V. corrupção.
freguês – V. cliente.
frete – s. ẹrù ọkọ̀. Ọkọ̀ ẹrù: caminhão. V. carregamento.
função – s. ipò: cargo, função, posto. V. oyè.
fundação – s. ìpilẹ̀: fundação de algo, começo, origem.
fundo de reserva – s. owó-ìsingbẹ.
galpão – s. búkà – s. galpão, silo, local de venda de gêneros
alimentícios. Mesmo que sọ̀ọ́bù. V. armazém.
garagem – s. ilé ọkọ̀.
gerente – s. alábojútó: gerente, inspetor.
governo – V. administração central.
grátis – s. ọ̀fẹ̀: grátis, gratuito.
greve – s. dá iṣẹ́ dúró. Lit.: dá (v. abandonar) + iṣẹ́ (s. serviço) +
dúró (v. ficar de pé).
honorário – s. owóṣẹ́: honorário; dinheiro pago por trabalho
realizado. V. salário; ordenado mensal.
hotel – s. ilé èrò. Lit.: ilé (s. casa) + èrò (s. peregrino, viajante). V.
quarto.
igreja – s. ilé ọlọ́run.
imóvel – adj. e s. láìlèyí.
impeachment – V. impedimento.
impedimento – s. ìdíwọ́: impedimento, contra tempo,
impossibilidade, impeachment.
imposto – s. àbulé: taxa; tributo; imposto; multa. V. owó-ọdún; owó-
dídá; dá èésú; ìṣákọ́lẹ̀.
imposto anual – s. owó-ọdún. V. taxa anual; imposto.
imposto de pessoa física – s. owó-orí: imposto de pessoa física;
imposto pessoal.
inadimplência – s. àìsan: falta de pagamento: inadimplência.
indenização – s. ìdáwó padà. Mesmo que ètùtù: reparação,
indenização.
informação – s. ìwífún.
inspetor – V. gerente.
júri – s. onígbẹ́jọ́: júri, comitê julgador. V. tribunal.
juros – s. èlé: juros, usura,mora.
ladrão – s. akólé, kólékólé: ladrão, larápio, assaltante. V. criminoso.
lápis – s. pẹ́nsùlù. Do inglês pencil. V. caneta.
lei – s. ìlànà-òfin: lei, ordenação. Mesmo que òfin: estatuto,
regulamento, regra, lei. V. estatuto.
líder – s. olórí àjọ: líder, o que comanda uma reunião, ou tarefa. V.
chefe.
litro – s. lítà.
livraria – s. ilétàwé.
livro – V. papel.
local de trabalho – V. escritório.
logomarca – V. marca.
loja – s. ilé-itàjà. Mesmo que ṣọ́bù (do inglês: shop).
loja de presentes – s. ilé ẹ̀bùn.
loja de roupas – ilé aṣọ: 1. s. quarto de costura; 2. s. loja de roupas
e tecidos.
lucro – s. èrè: lucro, dividendo.
mapa – s. awòran.
máquina – s. ẹ̀rọ. Máquina, mecanismo, arte, habilidade.
marca – àmì, ìbú: sinal, símbolo, insígnia, marca. V. àmì.
mediador – s. onílàjà: mediador, intercessor.
mercado – V. feira; super mercado.
mercado financeiro – s. ọjà àtowó.
mercadoria – s. ọjà títà.
mentira – s. ìbúra èké: mentira; inverdade; falso testemunho;
perjúrio. V. séhùn.
miséria – s. àre: miséria, infortúnio.
moeda corrente – s. owó-ìná. V. dinheiro.
multa – s. owó èlé: multa, mora. V. imposto.
museu – s. ilé-ọnà. Mesmo que mùsíọ̀mù: do inglês: museum.
negociante – s. oníṣowó: negociante; comerciante.
negociar – v. dákọ: negociar algo, comprar ou vender.
negócio – s. ìnájà: negócio, venda, transação comercial. V.
comércio.
notícias – s. làbárì.
notificação – s. ìfilọ̀: notificação, publicação.
núcleo – s. ìkóríjọsí. V. conselho.
operário – s. òṣìṣẹ́.
oportunidade – s. rójú: chance, oportunidade.
ordenado mensal – s. owó-oṣù. V. salário; honorário.
padaria – s. ilé bùrédì.
pagamento – s. isan.
pagamento à vista – s. owó-lọ́wọ́: pagamento em espécie;
pagamento à vista.
palácio do governo – s. ilé gómìnà.
papel – s. ìwé: papel, livro, carta, publicação. Usa-se também
tákàdá (do hauçá: tákàrdá).
partilha – s. ìpín: partilha; divisão; dosagem; lote; gleba; porção.
passagem – s. tíkẹ́ẹ́tì: etiqueta, passagem. Do inglês: ticket.
pedido – s. ẹ̀bẹ̀: pedido, súplica, petição.
peixaria – s. ìṣọ́ ẹjá.
penhor – V. fiança.
perjúrio – V. serrun.
pessoa poderosa – s. alágbára.
petição – V. pedido.
pioneiro – s. àkọ́wá, ìkọ́wá: pioneiro, o primeiro a chegar.
placa – s. pákó; s. pátákó: placa, quadro, aviso.
pobre – s. olóṣì.
pobreza – s. òṣì.
política – s. ìṣèlú.
porta voz – V. procurador.
posto de gasolina – s. ilé epo.
poupança – s. owó-ìṣúra.
prateleira – pẹpẹ: 1. s. prateleira, estante, suporte para objetos; 2.
s. altar. V. pẹpẹlé.
prazo - s. àsìkò.
prejuízo – s. ìbàjẹ́ ọjà. Lit.: negócio ruím = ìbàjẹ́ (s. podridão) + (s.
negócio). Mesmo que òfò.
preleção – V. discurso.
preposto – V. procurador.
presente – s. ẹ̀bùn: presente, brinde.
prestação – s. san díẹ̀díẹ̀.
prisão – s. ilé ẹ̀wọ̀n. V. cadeia.
processo – s. ètò: processo, ação judicial.
procurador – s. alágbàṣo: porta voz; representante; procurador de
interesses de outrem. Mesmo que aṣójú: representante, preposto.
Procuração: ilédè. V. aṣójú.
produtivo – V. rico.
produto – s. ẹ̀sún.
profissão – s. ìjẹ́wọ.
projeto – s. ìgbèrò.
promessa – s. ẹ̀jẹ́: promessa; comprometimento.
promoção – V. contratação.
pronunciamento – s. sísọ: pronunciamento, fala.
protesto comercial – s. ìkìlọ.
publicação – s. ìfilọ̀: notificação, publicação. V. papel.
público – adj. tìlú: público, o que pertence à comunidade.
punição – s. ìjẹníyà: castigo; punição, correção. Numa religião
extremamente hierarquizada e disciplinadora como o Candomblé,
existem vários tipos de correções e castigos às infrações rituais,
bem como àquelas de comportamento social. Os próprios deuses
(enquanto energias primordiais), por vezes, realizam adequações
que reequilibrem a harmonia social e natural. Outros castigos são
aplicados por autoridades do Terreiro, por conta do
descumprimento de protocolos. Punições aplicadas por autoridades
do Terreiro, ora assumem papéis lúdicos, tomando forma de
brincadeiras, ora assumem caráter mais severo, como advertência
(ìlọ̀ kìlọ̀), suspensão (yẹ̀sílẹ̀) e até expulsão (ìléjáde). Porém, em
qualquer caso, são sempre didáticos em relação aos valores
culturais e religiosos para toda a comunidade. Não há ritos
específicos para a aplicação de castigos. São costumes, práticas e
regras consolidadas em tradições de cada Casa de Candomblé. V.
hun; ìlọ̀ kìlọ̀; yẹ̀sílẹ̀; ìléjáde; jẹníyà.
quantia – s. ojúwó: quantia, valor em dinheiro.
quarto – s. ilé ìbùsùn, ilé-ìsùn: dormitório, quarto. V. hotel.
queixa – ìgbò: 1. s. colisão; choque; 2. s. queixa; reclamação.
rebelião – s. tẹ̀mbẹlẹkún: rebelião, intriga, conspiração. V.
conspiração.
recibo – s. ìwé ẹ̀ri owó: recibo de pagamento.
reclamação – V. queixa.
recompensa – s. ìsanpadà: recompensa, retribuição.
regente – s. adélè-ọba: regente, interino. V. substituto.
regulamento – V. estatuto.
relatório – s. ìgbúró.
renda – s. owó-wíwọlé.
representante – V. procurador.
residência – s. bùjókó: residência, pouso. V. endereço.
restaurante – s. ilé onjẹ.
reunião – s. àwọ́jọ. V. ìpàdé; concílio; conclave, assembleia.
rico – s. olówó: rico, pessoa com dinheiro. Lẹ́tù: adj. rico, produtivo,
fértil. Riqueza: ọlà.
salário – s. owó-iṣẹ́. V. ordenado mensal; honorário.
sapataria – s. ilé bàtà.
selo – V. carimbo.
separação – s. ìyapa: dissidência, cisma, divisão por
incompatibilidade de ideias.
serviçal – s. wúsìn. Usa-se ainda: ọmọ̀dọ̀: doméstico(a), criado(a),
serviçal. Lit.: ọmọ (s. filho) + ọ̀dọ̀ (adv. junto a).
serrun – v. séhùn: perjurar, quebrar juramento. Lit.: sé (v. errar) +
ohùn (s. voz). O perjúrio era considerado crime entre os yorùbá. O
empenho da palavra tinha grande valor, sobretudo porque em uma
cultura oral, o contrato firmado, era a própria palavra. Descumprir
normas sociais e religiosas, tinham o mesmo impacto, sendo
igualmente considerados atos criminosos. V. ìbúra (s. juramento);
V. ìbúra èké (s. falso juramento); kárò.
símbolo – V. marca.
sociedade – ẹgbẹ́: 1. s. comunidade; sociedade; associação. V.
sócio; 2. s. forma de se referir à comunidade religiosa que pertence
a um Terreiro. V. ìdílé òrìṣà; ará ilé òrìṣà.
sócio – ẹnìkéjì: 1. s. sócio, amigo, assistente. V. sociedade; 2. s.
duplo etéreo. V. ẹnìkéjì.
sonegar – v. fidù: negar; sonegar algo; não compartilhar.
suborno – s. rìbá.
subsídio – s. owó-ìranlọ́wọ́.
substituto – s. agbipò, ou agbapò. Mesmo que arọ́pò. V. regente;
sucessor.
sucessão – s. rírọ̀pò: sucessão, ato de suceder alguém.
sucessor – s. arọ́pò. Mesmo que agbipó. V. substituto, regente.
superintendente – s. olùbójútó.
super mercado – s. ọjà gígun. V. mercado.
supervisor – s. olùtọ́, olùtọ́jú: responsável por algo; coordenador;
supervisor.
suspensão – yẹ̀sílẹ̀: 1. v. afastar, desapontar, discriminar; 2. s.
forma de designar a pena de suspensão, aplicada como castigo a
membros de um clã, ou Terreiro. V. punição.
taxa – V. imposto.
taxa anual – s. ìṣákọ́lẹ̀: taxa anual paga ao soberano da cidade,
pelo direito de usar uma gleba de terra. V. imposto; imposto anual.
tesoureiro – akápò: 1. s. tesoureiro. Lit.: a (pref. aquele que) + kọ́
(v. pendurar) + àpò (s. bolsa). Mesmo que afowópamọ́ e àpòwómọ́;
2. s. denominação da bolsa levada nos ombros pelos sacerdotes
de Ifá. V. ifá.
tesouro – s. ìfiṣúra.
trabalho – s. iṣẹ́: trabalho, ofício, ocupação. Mesmo que ojúṣẹ́.
transação comercial – V. negócio.
tribunal – s. ilé ẹjọ́: corte, tribunal, fórum; s. kóòtù: côrte, tribunal.
do inglês: court. V. júri.
tributo – V. imposto.
trôco – èsì: 1. s. réplica, contestação; 2. s. trôco.
união – s. ìsomọ́ra: união, ajuntamento.
unanimidade – s. ìfinúṣọ̀kan: unanimidade, acordo.
universidade – V. faculdade.
vacância – V. cancelamento.
valor – s. rírì: importância em dinheiro, valor.
vencimento – s. ìparí.
vendedor – s. olùtà; s. alágbàtà: vendedor ambulante; mascate.
venda – V. negócio.
vender – V. negociar.
viajante – s. aràjò. V. viajante.
viagem – s. ìrìn-àjò: viagem, jornada. V. viajante.
voto – ìbò: 1. s. voto; 2. s. tipo de árvore; 3. s. largura. 
 
ALIMENTOS E BEBIDAS
abacate – s. èso pià.
abacaxi – s. ọ̀pẹ òyìnbó. Designa também ananás.
abóbora – s. apàla. A mesma palavra também designapepino.
Mesmo que elégédé.
adin – s. óleo extraído do caroço do dendezeiro. V. azeite de dendê.
acarajé – s. àkàràjẹ̀. Bolinho frito. Comida litúrgica feita à base de
feijão fradinho. Comida votiva predileta do Òrìṣà Ọya. mesmo que
àkàrà; derivado da expressão: àkàrà n´jẹ = “comendo àkàrà”,
utilizada pelas chamadas escravas de ganho, ao venderem este
quitute nas ruas; comida litúrgica do Candomblé feita à base de
feijão fradinho descascado e moído batido com água, temperado
com camarão seco socado, cebola ralada e sal até formar uma
pasta que, após descansar, é frita em formato de bolas no azeite de
dendê. O “acarajé” transformou-se em prato típico da culinária
brasileira e foi tombado desde 2004 pelo IPHAN como patrimônio
nacional imaterial, assim como o ofício das baianas que preparam
e vendem este quitute. O “acarajé” concerne em si a força do
alimento ritual da divindade guerreira Ọya, bem como a força
aguerrida das mulheres negras que fizeram desta iguaria um
elemento de resistência secular, através do qual juntaram recursos
para comprar a alforria dos seus familiares e amigos e, através dos
tempos para sustentar suas famílias e formar seus filhos.
acidez – s. ìpẹ̀kan.
açúcar – s. iyọ̀ ìrèkè. Designa também doce. Mesmo que ṣúgà (do
inglês: sugar). Usa-se também a expressão iyọ̀ òyìnbó. Lit.: iyọ̀ (s.
sal) + òyìnbó (s. abacaxi). açúcar mascavo – s. iyọ̀ ìrèkè dudu.
água – s. omi. Elemento feminino que representa a vida e a
fecundidade. A água, embora sutil, demonstra perseverança e
poder, através dos rios e mares. A placidez dos lagos e lagoas,
proporciona serenidade e abastece os Seres Vivos do essencial. A
água está presente em todos os ritos do Candomblé, dos
iniciáticos, aos fúnebres. Quando um adepto morre, o primeiro ato
é derramar a água contida nas quartinhas de seus elementos de
culto, demonstrando que a vida se foi. Os Òrìṣà ligados ao
elemento água, são: Yemọja, Yẹwà, Ọ̀ṣùn, Ọbà, Lógun (terra e
água), Òṣùmàrè (terra e água) e Òṣàlá (água e ar).
água doce – s. omi dídùn.
água fria – s. omi tútù. Designa “água fresca”, no sentido de novos
caminhos, boas novas. Ex.: Omi tútù! (Um novo e positivo ciclo!).
água gelada – s. omi dídì.
água quente – s. omi gbígbóná, ou omi nhó.
aipim – s. ẹ̀gẹ́, pákí. Mesmo que gbágùda (mandioca).
alimento – s. onjẹ, ounjẹ. Designa também comida, refeição.
alho – s. aayù.
almoço – s. onjẹ-ọ̀sán.
alua, arua – s. aluá, aruá. Bebida alcoólica feita à base de milho
(ou pão) fermentado em água, com açúcar mascavo, gengibre e
cravo, servida em rituais de Candomblé.
ameixa – s. èso igi iyeyè.
amendoim – s. ẹ̀pà. Denomina também soja. Ẹ̀pà, é o nome dado a
uma comida votiva utilizada no Candomblé para ofertar ao Òrìṣà
Ọdẹ que consiste em amendoim descascado servido cru.
arroz – s. ìrẹ́sì.
arroz doce – s. ìrẹ́sì-dídùn. Denomina também uma comida litúrgica
do Candomblé oferecida ao Òrìṣà Nàná, feita à base de arroz
branco cozido apenas na água, mexendo bem até ficar empapado
e depois de pronto, adicionar mel.
arua, alua – s. aluá, aruá. Bebida alcoólica feita à base de milho
(ou pão) fermentado em água, com açúcar mascavo, gengibre e
cravo, servida em rituais de Candomblé.
assado – adj. sísun.
azedo – adj. òṣónú. Designa também pessoa malcriada.
azeite – s. epo. Também designa óleo. V. óleo de soja.
azeite de dendê – s. epo pupa ou yánkò. V. epo pupa; ẹ̀jẹ̀ pupa;
adin.
azeite doce (de oliva) - epo dídùn, ou òróró.
bacalhau – s. ẹja gbígbẹ́. Designa também peixe seco. Mesmo que
pangíla.
banha – s. ọ̀rá. Designa também gordura, sebo. Mesmo que sìnkìn.
batata – s. pòtétò. Do inglês: potato. Purê de batata: pòtétò lílọ̀.
batata doce – s. ànàmọ́. Mesmo que kúkúndùnkún, òdùkún e
ànàmọ́.
batata doce branca – s. òdùkún funfun. O termo denomina também
uma comida litúrgica do Candomblé oferecida ao Òrìṣà Òṣùmàrè,
constituída por batada doce branca cozida e posteriormente pilada
e moldada em formato de cobra.
bebida – s. mímu.
bebida alcoólica – s. ọtí (bebida alcoólica, aguardente), ou mímu
ọtí. Lit.: mímu (s. bebida) + ọtí (bebida, bebida alcoólica).
bebida fermentada – s. fúrá. Trata-se de uma bebida de teor
alcoólico produzida a partir da fermentação do milho branco, ou do
arroz, adocicada com mel. Mesmo que ọtí ògidì.
berinjela – s. ìgbá òìbó. Mesmo que ikàn.
bertalha – s. ẹ̀fọ́ òyìnbó.
bolo (torta) – s. keeki.
cacau – s. kòkó.
café – s. kọfí (do inglês coffe) – forma moderna. Mesmo que omi
dúdú (forma tradicional) e ọwọ́ idẹ. V. ọwọ́ idẹ.
café da manhã – s. onjẹ-àárọ̀.
caju – s. ẹ̀kajú. Denomina também castanha de caju. Cajueiro:
ẹ̀jọjú.
caldo – s. àsèmu. Caldo ralo, sopa rala. Este termo também
designa chá. Mesmo que àgbọ́nmu (sopa rala). Sopa grossa: àsèki.
Sopa: ọbẹ̀.
caldo de carne – s. omi ẹran.
camarão – s. edé, ou idé. Designa também lagosta (edé nlá =
camarão grande; ou alákàṣà), lagostinha, caranguejo e siri.
canjica – s. ègbo, ou yangan. A canjica é uma comida litúrgica do
Candomblé oferecida a várias divindades Feita de milho branco
cozido em água e sem tempero, constitui-se no prato predileto do
Òrìṣà Oṣàlúfọ́n. Mesmo que yangan. A palavra ègbo, ainda pode
significar ferida, úlcera. V. oṣàlúfọ́n; milho.
caranguejo – s. edé, ou idé.
carne – s. ẹran, ẹranko. Significa também animal.
carne assada – s. ẹran sísùn. Usa-se também para denominar
guisado.
carne de caça – s. ẹran ìdẹ̀gbẹ́.
carne crua – s. ẹran láìsè.
carne defumada – s. ẹran ẹ̀gbẹ. Mesmo que ẹran gbígbe (carne
seca) e ẹ̀gbẹ (comida cozida, ou defumada).
carne no espeto – s. sèré.
carne fresca – s. ẹran tútù. Ou carne crua.
carne frita – s. ẹran díndín. Designa também bife de carne ou de
carré.
carne moída – s. ẹran lílọ̀.
carne de peito – s. ẹran àiya.
carne de peixe – s. ẹran ẹja.
carne do pescoço – s. ẹran ọ̀rùn.
carne seca – s. ẹran gbígbẹ́. Mesmo que ẹran ẹ̀gbẹ (carne
defumada) e ẹ̀gbẹ (comida cozida, ou defumada).
casca – s. ìyangbẹ.
cebola – s. àlùbọ́sà.
cenoura – s. karọti.
cerveja – s. ọtí bíà.
cerveja de milho – s. ṣẹ̀kẹ̀tẹ́.
chá – s. àsèmu. Esta palavra também designa caldo ralo, ou sopa
rala (àgbọ́nmu). Mesmo que tíì (do inglês: tea) – expressão
moderna.
chiclete – s. gọ́mù: goma de mascar: chiclete.
coalhada – s. wàràkàṣì.
coca cola – s. kóòkì.
côco – s. àgbọn. Comida litúrgica do Candomblé oferecida aos
Òrìṣà Ọdẹ e Ibéjì, que consiste em fatias de côco cru servidas
puras, ou como enfeite do prato principal.
comida – s. onjẹ, ounjẹ. Designa também alimento, refeição.
comida crua - s. àìsè.
comida seca – s. onjẹ bílẹ̀. Designação genérica das comidas
litúrgicas (cruas ou cozidas) feitas sem a realização de sacrifícios
animais, utilizadas em rituais de Candomblé oferecidas a diversas
divindades. Resume todo alimento que provém da terra: grãos,
frutas, legumes. V. àìsè.
comida defumada – s. ẹ̀gbẹ́. Denomina também comida que foi
salgada para não estragar. Ẹran ẹ̀gbẹ (carne defumada) = ẹran
gbígbe (carne seca).
cozido – adj. sísè.
creme – s. ìréjúwàrà: creme, nata.
cru – s. àìsè.
doce – s. onjẹ-dídùn. Lit.: onjẹ (s. comida) + dídùn (adj. adocicado).
espiga de milho – s. odidi àgbàdo, eríkà, ou erín ìgbado. Milho:
àgbàdo; Sabugo de milho: pòpórò àgbàdo; Cabelo de milho: háríhá;
Milho Torrado: àgbàdo súnsun; Milho Verde: àgbàdo tútù. As
palavras àgbàdo, eríkà, erín ìgbado, são usadas também para
designar uma comida litúrgica do Candomblé oferecida aos Òrìṣà
Ọdẹ e Ọ̀sányìn constituída por espigas de milho cruas ou cozidas.
espinafre – s. ẹ̀fọ́ tẹ̀tẹ̀.
farinha de mandioca – s. láfún.
farinha de trigo – s. fulowa.
farinha de mandioca (cozida) – s. gàrí.
farofa – s. pàdé: farofa de dendê. Comida litúrgica do Candomblé
oferecida ao Òrìṣà Èṣù, feita à base de farinha de mesa crua
misturada com dendê, ou com mel, ou com água, ou com cachaça.
Mesmo que amia(n). A palavra pàdé, também significa o verbo
reunir; encontrar.
favo de mel – s. afárá oyin.
feijão – s. erèé, ou ẹ̀wà. A palavra erèé, também significa rins.
feijão branco – s. ẹ̀wà awujẹ, ou ẹ̀wà funfun.
feijão fradinho – s. erèé tìróò, ẹ̀wà àkàrà.
feijão mulatinho – s. ẹwẹ, erèé. Designação genérica dosfeijões
castanhos (popularmente conhecido como feijão de mel, na
Nigéria).
feijão preto – s. ẹ̀wà dúdú. Designa também uma comida litúrgica
do Candomblé oferecida aos Òrìṣà Èṣù e Ògún, feita à base de
feijão preto cozido e refogado com dendê, cebola ralada e pimenta
da costa.
figo – s. àbà.
fubá – s. àgbàdo lílọ̀. Mesmo que ìgbàdo.
frango (a) – s. adìẹ.
frito – adj. dídín.
fritar (tostar) – v. dín. O mesmo verbo significa também “diminuir”.
V. dí.
fruta – s. èso. Cacho de fruta: gbangba. Designa também molho ou
ramo de planta.
frutos do mar – s. ẹran omi.
galinha (adulta), ou que já botou ovo – s. àgbébọ̀. V. frango(a).
galinha assada – s. adìẹ sísun. V. galinha; frango.
gengibre – s. atalẹ̀. 1. s. Zingiber officinale. Largamente utilizado na
farmacologia yorùbá no combate a: gripe, resfriado, tosse, gota,
artrite, dores de cabeça e coluna, congestão nasal, cólicas
menstruais, males da garganta, má digestão de alimentos
gordurosos. A tradução do nome desta planta em yorùbá significa
“planta que tem o poder de iluminar”. A referência se dá tanto à
iluminação do corpo, quanto do espírito. A iluminação física, está
associada ao sabor picante de seu rizoma, o qual remete ao
elemento fogo (que iumina e aquece). A iluminação espiritual está
ligada à capacidade que esta espécie tem de fazer suas folhas
encontrarem a luz, saindo de dentro da terra; 2. s. corretor de
imóveis, vendedor de terrenos.
gergelim – s. yànmọ̀tí.
goiaba – s. gọ́ba. Goiabeira = gúrọ́bà.
gordura – s. sìnkìn. A mesma palavra pode designar gorduroso
(adjetivo). Mesmo que ọ̀rá.
grão – s. ehóro, ewóro.
ingredientes – V. molho.
inhame – s. iṣu. Dioscorea rotundata. Folha do inhame: ewé ọdọ́.
Base da alimentação dos yorùbá. Seu plantio e colheita são
repletos de ritos e liturgias a diversas divindades, conforme
reproduzido na Cerimônia Anual das Águas de Òṣàlá, realizada nos
Terreiros da Nação Kétu. O inhame fez o Homem inventar o pilão.
Por isso, o uso da sua folha é ligado ao potencial criativo e
realizador. Também é usado com o propósito de unir famílias, pois
os clãns se juntavam para degustar o inhame. Há uma espécie de
ihame denominada como ọdọ́. V. inhame pilado; inhame doce;
àwọn omi òṣàlá; òṣàgiyán.
inhame doce - s. àbàjẹ (espécie de inhame adocicado). Mesmo que
iṣu. V. inhame pilado.
inhame frito – s. ìdùndùú. Mesmo que iṣu dídín. Iṣu dídín também
designa uma comida litúrgica do Candomblé oferecida ao Òrìṣà
Lógunède que consiste em inhame partido em rodelas e frito,
servido sobre uma vasilha contendo metade àṣòṣò e metade
òmòlòkún. O prato é enfeitado com fatias de ovos cozidos e lascas
de coco maduro.
inhame pilado – s. iyán.
jantar – s. onjẹ-alẹ́.
jiló – s. ìgbá.
lagosta – s. alákàṣà, edé, ou edé nlá (= camarão grande).
lanche – s. onjẹ àárọ. Designa refeição vespertina (da tarde).
laranja – s. oronbó. Mesmo que ọsàn (designa laranja e laranjeira).
legume – s. ewébẹ̀. A mesma palavra designa também vegetal
(ẹ̀fọ́).
leite – s. wàrà.
leite materno – s. wàrà ọmú.
limão – s. oronbó-wẹ́ẹ́, ou ọsàn-wẹ́wẹ́ (lima; limão).
litro – s. lítà.
maçã – s. ápùùlù, ou èso kan bí orò òyìnbó. Lit.: èso (s. fruta) + kan
(adj. ácido) + bí (v. distribuir) + orò (s. costume) + òyìnbó (s. homem
branco).
mamão – s. ṣígù, ìbẹ́pẹ.
mandioca – s. gbágùda. Mesmo que ẹ̀gẹ́, pákí (aipim).
manga – s. mángòrò, mọ́gòrò, òró òyìnbó, séri. Designa também
mangueira.
manteiga – s. bọ́ta. Mesmo que òrí-àmọ́ (manteiga feita a base de
leite).
manteiga de carité – s. ọ̀ra orí. Chamada também de banha de orí.
Elemento utilizado nos rituais à cabaça (Orí). V. òrí.
manteiga vegetal – s. òrí.
mel – s. oyin.
melão – s. ẹ̀gúsí. Designa também comida litúrgica do Candomblé
oferecida ao Òrìṣà Lógun ẹ̀de feita à base de um melão cru, sem o
tampo e sem o miolo, recheado com arroz branco cozido.
mamão – s. ìbẹ́pẹ.
maracujá – s. kankìnse.
milho – àgbàdo: 1. s. milho. Zea mays. Odidi àgbàdo, ou eríkà
(espiga inteira); pòpórò àgbàdo (sabugo de milho); háríhá (cabelo
do milho); àgbàdo súnsun (grãos de milho torrados). O milho
torrado é também usado em banhos para prosperidade. Outra
espécie largamente utilizada no Candomblé, é o milho branco
(àgbàdo funfun). O milho branco é a base para a confecção de
duas das mais importantes comidas votivas do Candomblé: o
àkàsà e o ègbo, as quais agradam a todos os Òrìṣà. Segundo um
ìtàn, o milho branco foi protegido pelo Odù Éjì Ọlọ́gbọn Méjì, que o
resguardou da ação dos Homens e dos pássaros, reservando-o
para as divindades. As folhas do milho (de qualquer espécie),
servem para banhos de prosperidade, fartura e fertilidade; 2. s.
comida litúrgica do Candomblé oferecida aos Òrìṣà Ọdẹ e Ọ̀sányìn
feita a base de milho vermelho cru ou cozido. V. yangan; kùùkú;
ọdẹ; ọ̀sányìn; àkàsà; ègbo.
milho branco – V. milho.
milho cozido – s. lángbé.
milho em grão (debulhado) – s. kùùkú.
milho torrado – s. àgbàdo súnsun.
milho verde – s. àgbàdo tútù.
mingau – s. ìbẹ̀tẹ̀. Designa mingau feito de aveia, ou papa. Mesmo
que ògì.
miúdos – s. ìfun. Designa também intestino, vísceras, entranhas.
Estômago: agbẹ̀dù.
moído (amassado) – adj. lílọ̀. Ex.: tòmátì lílọ̀: molho de tomate.
molho – s. èlò ọbẹ̀: molho, ingredientes, especiarias.
molho de tomate – s. tòmátì lílọ̀. Lit.: tòmátì (s. tomate) + lílọ̀ (adj.
moído). Tomate: tòmátò, tòmátì, tùmáatì.
mostarda – s. ewé látípa. Lit.: ewé (s. folha) + lá (v. lamber) + tìpa
(adv. com esforço).
nata – s. ọ̀rá wàra; ou ìréjúwàrà: creme, nata.
óleo – s. epo, òróró. Também designa azeite. V. azeite.
óleo de soja – s. òróró ẹ̀pà.
omelete – s. omulẹti. Do francês: omelette.
ostra – s. ìsán.
ovo – s. ẹyin. O ovo é uma célula reprodutora feminina dos animais,
denominada macro-gameta. É o rudimento de um novo ser
organizado, significando o primeiro produto do encontro dos dois
sexos, através do qual desenvolve a possibilidade de existência de
um terceiro Ser. É o principal símbolo de fertilidade, utilizado em
vários ritos do Candomblé, sejam ẹbọ de limpeza, comidas
litúrgicas e ritos iniciáticos. Serve para retirar energias negativas,
assim como para reativar as positivas, valendo-se para atrair
prosperidade. O ovo pode ser de três tipos, conforme a cor de sua
casca: casca azul (ẹyin dúdú: representando o sangue preto,
relacionado à escuridão, às profundezas da terra e dos mares);
casca vermelha (ẹyin pupa: representando o sangue vermelho,
associado ao fogo, ao poder criador); casca branca (ẹyin funfun,
representando o sangue branco, relacionado à renovação, à
explosão de luz). Ẹyin, é compreendido em 4 partes: a casca (que
representa o útero); 
a membrana interna (que representa a placenta); a clara (o cordão
umbilical); a gema amarela (que representa o novo ser). A força
germinal contida no ovo, está associada à energia das Ìyámi. Nas
oferendas a estas, o ovo jamais deve ser quebrado, ou cozido. Tal
fato constitui afronta às Senhoras dos Pássaros, provocando sua
revolta. Os ovos de diferentes aves, possuem também distintas
funções e energias: ovo da pata (ẹyin pẹ́pẹ́iyẹ): é um símbolo de
grande vitalidade e força, afastando assim Ikú – a morte, àrùn – a
doença e quaisquer outras perdas. É um dos interditos de Ikú.
Pode ser utilizado cru em ẹbọ para saúde e contra a morte. É
usado cozido, para ser posteriormente esfarinhado juntamente com
èkuru, para atrair vitalidade. A casca dos ovos de pata, seca ao sol
e transformada em pó, é utilizada nos igbá orí e nos ìdí òrìṣà (que
tenham relação com a morte); ovo de galinha (ẹyin adìẹ): tem o
poder de limpar energias negativas (da pessoa, ou do ambiente) e
de atrair o poder da transformação, renovação e abundância; ovo
de codorna (ẹyin àparò): neutraliza feitiços. Pode ser utilizado cru:
para passar no corpo, ou para ser depositada em vasilhas com
água, para limpar ambientes; ovo de galinha d´angola (ẹyin ẹtù):
atrai sorte, sucesso e prosperidade; ovo de pomba (ẹyin ẹiyẹlé):
atrai paz, harmonia e tranquilidade. V. ẹ́jẹ́; ìyámi; aworo; ikú.
pão – s. búrẹ́dì. Do inglês bread. V. àìwúkàrà. V. pão ázimo; pão
branco.
pão ázimo - àìwúkàrà . Espécie de pão feita

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