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Bárbara Lorena | Medicina T4 - Funepe Questões para estudo PARASITOLOGIA I 1. Caracterize a relação parasito-hospedeiro. Consiste em associação entre ambos podendo ela ser benéfica ou não. Dentre elas tem-se o parasitismo, essa que, consiste em uma associação desarmônica entre duas espécies diferentes de organismos, a qual é benéfica para uma e prejudicial para outra. E em outras relações a associação é benéfica para ambos como no mutualismo e outras que não possuem prejuízos para o hospedeiro e é benéfica para a outra espécie como a forésia e o comensalismo. Além disso, existe a relação patogênica onde o parasita demonstra capacidade de causar a doença gerando um impacto negativo ao hospedeiro. 2. Para o aparecimento de uma doença parasitária é necessário que ocorra uma interação entre o homem e o parasito. Dessa forma, cite quais são os fatores inerentes ao parasito e ao hospedeiro que possibilitam as doenças. Inerentes ao parasito Inerentes ao hospedeiro Carga parasitária; Virulência da cepa; Localização do parasito. Idade; Genética; Nutrição; Sistema imunológico; Tipo de resposta imune desenvolvida. 3. O ambiente é um fator primordial para o desenvolvimento de parasitos e consequentemente para o aparecimento de doenças. Cite alguns dos fatores inerentes ao meio ambiente. Falta de saneamento básico, - abastecimento de água, esgoto, limpeza urbana, manejo de resíduos e sólidos, etc., má higiene dos alimentos e ingestão de alimentos contaminados, ambientes fechados – presídios, etc. 4. Porque a associação entre o parasita e o hospedeiro tende ao equilíbrio? Para o parasito é necessário que o sistema imunológico do hospedeiro não seja completamente eficiente – impactando na sua destruição, e também não seja tão imunossuprimido causando a morte do indivíduo pois, o parasito depende do mesmo para garantir a sua sobrevivência – desenvolvimento e nutrição. Dessa forma, a relação tende ao equilíbrio – a coadaptação a partir de adaptações fisiológica, morfológicas e biológicas. 5. A associação entre o parasita e o hospedeiro pode ser dividida em três fases até finalmente se concretizar o equilíbrio entre ambos garantindo assim, a sobrevivência do parasito dentro do hospedeiro visto que, a morte do mesmo não é benéfica para si. Quais são essas fases? Bárbara Lorena | Medicina T4 - Funepe Pré-adaptação; Adaptação aos fatores: ecológicos, fisiológicos e comportamentais; Coacomodação ou Coadaptação. 6. O aparecimento de doenças parasitárias requer controle e eliminação não apenas do parasito. Quais outros fatores requerem atenção? É necessário conter a invasão do corpo do organismo através do controle da infecção e/ou infestação além de, impedir o desenvolvimento da doença e o agravamento a partir do manejo de sinais e sintomas clínicos. Pode ser necessário também o controle do ambiente – medidas de saúde pública, e o fortalecimento do sistema imunológico dos indivíduos. 7. Como é classificado os seres vivos a partir da taxonomia? Classifica-se como: ReFiCOFaGE – reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie. Podendo existir sub classificações, como por exemplo: subgêneros e subespécies. 8. As doenças podem ser classificadas de acordo com o tipo de hospedeiro. Cite e caracterize. Antroponose Doença exclusivamente humana Enzoose Doença exclusivamente animal Antropozoonose Doença primária de animais podendo ser transmitidas para humanos Zooantroponose Doença primária de humanos podendo ser transmitida para animais Zoonose Doença que circulam em animais e podem ser transmitidas ao homem Antropo = Homem; Zoon = Animal; Nosos = Doença. 9. Cite e caracterize a classificação dos parasitos. Parasita estenoxênico Parasito específicos de uma determinada espécie. Apenas um hospedeiro. Parasita eurixeno Parasito que acometem uma grande variedade de espécies; Vários hospedeiros Parasito obrigatório Incapaz de viver fora do hospedeiro Parasito facultativo Capacidade de vida livre Parasito periódico Parasita intervaladamente Parasito monogenético Sem alternância de gerações – reprodução sexuada OU assexuada. Apenas um hospedeiro. Parasito Heterogenético Com alternância de gerações – produção sexuada E assexuada; Dois hospedeiros - definitivo e intermediário OU vertebrado e invertebrado Bárbara Lorena | Medicina T4 - Funepe Endoparasito Vivem dentro do hospedeiro Ectoparasito Vivem sobre a pele do hospedeiro Parasito acidental Hospedeiro acidental Parasito errático Fora do habitat normal Parasito monoxênico Ciclo biológico direto Parasito heteroxênico Ciclo biológico indireto Parasito estenotrófico Se alimenta (nutre) de apenas um tecido Parasito euritróficos Se alimenta (nutre) de vários tipos de tecido 10. Cite e caracterize os tipos de hospedeiro Hospedeiro acidental ou incidental Diferente do normal, aloja um parasito Hospedeiro definitivo Ocorre a fase de desenvolvimento adulta ou sexual do parasito Hospedeiro intermediário Ocorre a fase de desenvolvimento larvária ou assexuada do parasito Hospedeiro reservatório Hospedeiro alojando parasitos que infectam seres humanos e dos quais os seres humanos podem se infectar Hospedeiro transporte Responsável por transportar um parasito de um local para o outro Portador Hospedeiro que alberga um parasito e não exibe nenhum sintoma clínico, mas pode infectar outros 11. O ciclo biológico (vital) é responsável pela sobrevivência do parasito e possui duas rotas – a do parasita no corpo e a do parasita independente. Qual a sua importância? Cite aspectos de ambas as rotas. Essas rotas contribuem para o direcionamento de possíveis ações para o combate ao parasito e a disseminação de doenças. Rota do parasita no corpo Rota do parasita independente Sintomatologia, patologia, métodos diagnósticos e medicações Epidemiologia, prevenção e controle Função da equipe de saúde – Histórico do paciente, exame clínico, exame físico, condições de vida, exames complementares, etc. Ênfase na atenção primária Questões de saúde pública – Condições ambientais e sanitárias 12. Considere o estabelecimento de uma doença parasitária. Discorra brevemente os fatores inerentes ao parasito e ao hospedeiro? Para o estabelecimento de uma doença parasitária é necessário que haja fatores inerentes ao parasito (condições favoráveis para a infectação – virulência, localização, tamanho, etc., e para a sua sobrevivência) e fatores inerentes ao hospedeiro (imunidade baixa, imunossupressão, Bárbara Lorena | Medicina T4 - Funepe baixa condição de moradia, falta de saneamento básico, alimentação contaminada e/ou falta de alimentação, baixa higiene, idade, fatores genéticos, etc.). Dessa forma, é possível romper os mecanismos biológicos de resistência e/ou proteção do hospedeiro, por exemplo: as barreiras para o parasito (pele e mucosas) e o sistema imune (capacidade de conter o parasito pelas células de defesa do organismo do hospedeiro). Além disso, observa-se ao longo da evolução das espécies, adaptações dos parasitos, que permitem o desenvolvimento do seu ciclo de vida. Dentre elas tem-se: a morfológica (adaptações na sua estrutura permitindo a sua fixação e desenvolvimento dentro do hospedeiro), biológica (desenvolvimento de características próprias que permitem a sua sobrevivência e reprodução) e fisiológicas (permite a integração dos fatores genéticos do parasito com o do hospedeiro) sendo estes fatores de suma importância para desencadear alterações no organismo do hospedeiro e consequentemente, o estabelecimento de doenças. 13. O que são vetores? Diferencie vetor biológico, vetor mecânico e fômites. Os vetores são responsáveis por levar o parasito de um local para o outro ou seja, são “veiculadores” que facilitam a transmissão. No vetor biológico ocorrem mudanças complexas dentro do seu organismo permitindo a multiplicação do agenteetiológico ou seja, atuam como uma “incubadora”, diferente do vetor mecânico onde o agente causador não tem o mesmo impacto, dessa forma, não ocorre a multiplicação do agente e o vetor realiza apenas o transporte. E os fômites, consistem em objetos inanimados ou substâncias capazes de absorver, reter e transportar agentes infeciosos de um indivíduo para outro. 14. Diferencie resistência e susceptibilidade do hospedeiro e defina patogenicidade do parasito. A resistência consiste na capacidade de defesa do hospedeiro ou seja, a eficiência das barreiras e do sistema imunológico do indivíduo em impedir a difusão e multiplicação dos agentes infecciosos, a proliferação de toxinas e efeitos nocivos. A partir disso, existem fatores que impactam na sua efetividade, como: condições de moradia, saneamento básico, hábitos alimentares, hábitos de higiene, condições genéticas, idade, funcionamento e resposta do sistema imunológico, etc. E a susceptibilidade, consiste em um indivíduo suscetível por não possuir resistência e que por essa razão pode ser infectado se posto em contato com o mesmo, sendo ainda potencializado por agravantes. A patogenicidade corresponde ao poder de infectação do parasito (virulência, etc.) e é inversamente proporcional a resistência do hospedeiro ou seja, quanto menor a resistência maior será a patogenicidade e consequentemente o impacto negativo e nocivo, sendo ainda potencializada pela susceptibilidade do hospedeiro. É importante destacar que essa relação não pode ser agressiva ao ponto de levar a morte do hospedeiro visto que, o parasito depende do mesmo para a sua sobrevivência e desenvolvimento devendo existir, por tanto, uma co- adaptação entre o parasito e o hospedeiro. 15. Sobre as ações dos parasitos, explique: a) Ação Mecânica b) Ação Espoliativa c) Ação Traumática d) Ação Tóxica e) Ação Irritativa f) Ação Inflamatória g) Ação Enzimática h) Ação Anóxia i) Ação Imunogênica. Bárbara Lorena | Medicina T4 - Funepe A ação mecânica consiste na presença do parasito, na maioria diversos, em órgãos, regiões, etc. impedindo o funcionamento normal e impactando em males para o hospedeiro seja por obstrução ou por destruição, por exemplo: obstrução do trato intestinal. A ação espoliativa consiste em uma característica do parasito, na maioria isolado, com capacidade para absorver nutrientes ou até mesmo sangue do hospedeiro. A ação traumática caracteriza-se por lesões em células, tecidos, órgãos, etc. provocada devido a presença do parasito e ocorre, principalmente, por formas larvárias de helmintos embora outros protozoários também possam fazer, por exemplo: o rompimento das hemácias. A ação tóxica consiste em produtos do metabolismo do parasito impactando em toxidade para o hospedeiro e consequentemente o surgimento de lesões gerando assim, reações alérgicas ou teciduais. Diferentemente, a ação irritativa caracteriza-se pela presença constante do parasito causando irritação local, por exemplo: a presença de ventosas do parasito impactando em lesões da mucosa intestinal. Já a ação inflamatória consiste no parasito ou o seu metabolismo mudando o afluxo de células inflamatórias ou seja, a identificação de um “corpo estranho” gera uma resposta inflamatória devido ao impacto para o hospedeiro com isso, o parasito é capaz de alterar a resposta imune do organismo. A ação enzimática consiste na liberação de enzimas pelo parasito como forma de auxiliar a sua penetração/passagem/ação no hospedeiro causando algumas lesões, por exemplo: a penetração na pele lesionando o epitélio. A anóxia, consiste em uma hipóxia aumentada devido a redução de oxigênio em decorrência do consumo de oxigênio das hemácias pelo parasito. E, a ação imunogênica (antigênica) é caracterizada por alterações no sistema imunológico causada pelo parasito podendo assim, inibir alguns pontos da resposta imunológica provocando a disseminação do parasito e lesões no hospedeiro. No caso, de imunodeficiência ocorre a potencialização dessa disseminação pois, evita o gasto energético do parasito não sendo necessário desviar a via de resposta imunológica. 16. Discorra brevemente quais fatores devem ser considerados quando aplicamos o raciocínio epidemiológico voltado ao estudo da parasitologia Para o estudo da parasitologia, o raciocínio epidemiológico consiste no olhar sobre a população, lugar e intervalo de tempo. Dessa forma, é importante entender que as doenças não se distribuem ao acaso por isso. Para o olhar sobre a população é importante analisar: dados demográficos, biológicos, sociais, econômicos, pessoais e genéticos. Sobre lugares, é importante entender que existe frequências diferentes para cada localidade com isso, é necessário analisar as diferenças e as semelhanças que possibilitam o desenvolvimento da doença e/ou parasito. E sobre o intervalo de tempo onde é necessário entender a dinâmica de variação na ocorrência devendo fazer o questionamento sobre o comportamento da doença exemplo: “os casos são esporádicos?”, “o crescimento dos casos tem ocorrido de forma rápida?”, “quais são as condições nesse local que potencializam e/ou facilitam a proliferação do parasito?”. Com isso, é possível obter dados que orienta a identificação, etiologia, forma de transmissão, as etapas de desenvolvimento do parasito, a descrição do estado de saúde da população, as caraterísticas do local, frequência de ocorrência, etc. e dessa, será possível avaliar e direcionar as possíveis intervenções, políticas e/ou programas de saúde. Bárbara Lorena | Medicina T4 - Funepe 17. Diferencie: a) Fatores de Risco Predisponentes b) Fatores de Risco Facilitadores c) Fatores de Risco Precipitantes d) Fatores de Risco Agravantes. Fatores de risco consiste em aspectos que aumentam a chance de desenvolver a doença, com isso, o desenvolvimento de prevenções – primarias e secundários, contribuem para remoção desses fatores culminando para a diminuição da probabilidade de desenvolver determinada doença. É constituído de quatro categorias. Predisponentes: são condições do indivíduo que possibilita a criação de um estado de suscetibilidade ou seja, capaz ou com tendência a desenvolver uma determinada doença, por exemplo: a subnutrição e fatores genéticos. Facilitador: é voltado para o ambiente dessa forma, as condições do meio influencia para o favorecimento, por exemplo: exposição à doença e desenvolvimento do vetor. Precipitantes: consiste em agentes específicos ou nocivos associados ao início da doença ou seja, está associado a presença do agente etiológico. Agravantes: consiste na exacerbação ou seja, tornar ainda pior a doença. 18. Explique o conceito Período de Incubação e como isso pode mascarar dados epidemiológicos de uma doença parasitária. O período de incubação consiste no intervalo entre a exposição ao agente e ao aparecimento da doença não havendo, no entanto, regra específica de períodos para cada doença pois, existem diversos fatores que impactam na expressão dos sintomas. A partir disso, observa- se que, o período de incubação produz indivíduo assintomáticos o que, influencia na subnotificação e conhecimento de doenças – localização, grupo etário afetado, transmissibilidade, modos de transmissão, fonte de contágio, etc. gerando uma ineficiência de ações preventivas e de promoção em saúde podendo ainda, culminar na proliferação de parasitos e/ou vetores contribuindo para a disseminação de doenças em virtude do desconhecimento. 19. Diferencie doença pré-clínica, doença subclínica e doença latente. Pré-clínica: consiste no início do processo patológico não havendo ainda a presença de sintomas, com isso, não é possível diagnosticas e os exames complementares não demonstram nada aparente. Subclínica: consiste no aparecimento dos primeiros sintomas porém, pode haver casos de assintomáticos, nesse período é possível fechar diagnóstico a partir de exames complementares, exemplo: teste sorológico. Latente: consiste na presença permanente do agente dessa forma, ocorre períodos onde o indivíduo apresenta sintomas devido a condições favoráveis para se multiplicar e causar a manifestação da doença e outros períodos não. 20. Explique brevemente: a) Taxa de Incidência b) Taxa de Prevalência c) Taxa de Morbidade d) Taxa de Mortalidade e) Taxa de Letalidade Bárbara Lorena | Medicina T4 - Funepe Taxa de incidência: consiste no risco de adoecer ou probabilidade de adoecer dessa forma, é calculado o número de casos novos em uma população em um período de tempo definido. Taxa de prevalência: consiste na carga da doença, dessa forma, é calculado o número de pessoas afetadas pela doença, na população em tempo específico dividido pelo número total da população geral naquele mesmo lugar. Taxa de morbidade: é a medida de frequência de doenças ou de infectados, consiste no cálculo número de casos da doença dividido pela população geral. Taxa de mortalidade: consiste na morte em si de determinada população, é calculado o número total de mortes dividido pelo total populacional no meio do período Taxa de letalidade: busca analisar o quanto a doença é letal (óbitos) e quanto indivíduos morreram com aquela doença, é considerado apenas os doentes. É calculado a partir do número de morte pela doença dividido pelo número total de doentes. 21. Explique detalhadamente o gráfico abaixo, enfocando principalmente as etapas de prevenção primária, secundária e terciária: DINÂMICA DA DOENÇA O gráfico consiste em uma analisa da evolução da doença. Assim, observa-se o estágio de susceptibilidade, a doença subclínica, a doença clínica até chegar no estágio de cura, incapacidades ou morte do indivíduo. A partir disso, desenvolve-se o olhar para a prevenção primária, secundária e terciaria e consequentemente a complexidade da doença. Na prevenção primária busca-se evitar que a doença se estabeleça, sendo necessário entender os fatores de risco para o direcionamento das ações: educação em saúde (campanhas de prevenção), vacinas, retirada do vetor, etc. ou seja, consiste em ações preventivas que visam diminuir a exposição dos indivíduos para evitar a chance de desenvolver a doença – estágio de susceptibilidade. A prevenção secundária é caracterizado pelo período de incubação da doença ou seja, os pacientes apresentam sintomas e consegue-se diagnosticar a doença, porém, alguns casos a Bárbara Lorena | Medicina T4 - Funepe doença é subclínica ou assintomática acarretando em um grande problema pois, possibilita o estabelecimento da doença e um maior impacto para o organismo. Nessa etapa é primordial o tratamento para evitar contágios e/ou sequelas e incapacitantes. E na prevenção terciária ocorre em decorrência do estabelecimento da doença, nessa etapa é primordial minimizar as sequelas e incapacitações a partir da reabilitação do indivíduo devendo ainda buscar a cura para que não evolua para o óbito. É importante destacar que a secundária e a terciária caminham juntas devido ao estágio de doença clínica. 22. Caracterize a adaptação parasitaria e a sua importância Ao longo dos anos, os parasitas evoluíram através de adaptações morfológicas, fisiológicas e biológicas para fortalecer a sua relação com o hospedeiro. Morfológica: alteração na estrutura. Exemplo: atrofia de órgãos – perda de asas da pulgas; hipertrofia de órgãos reprodutivos, de fixação ou de resistência, exemplo: desenvolvimento de enzimas pelos helmintos para neutralizar o sulco digestivo possibilitando a resistência à ação do organismo - anticorpos ou macrófagos, Biológicas: desenvolvimento de características próprias que permitem o seu desenvolvimento e o aumento da capacidade reprodutiva possibilitando a perpetuação da espécie e facilitando atingir o hospedeiro. Exemplo: grande quantidade de ovos, cistos e outras formas infectantes. Fisiológicos: permite a integração dos fatores genéticos do parasito com o do hospedeiro. 23. Diferencie reservatório de vetor O reservatório é onde o parasita permanece viável, mas sem causar a doença. Enquanto isso, o vetor ou transmissor é qualquer organismo responsável pela transmissão do patógeno. 24. O que consiste um portador? É um indivíduo susceptível a um patógeno, manifestando a parasitíase em um maior ou menor grau. Exemplo: assintomáticos de uma determinada doença. 25. O que são doenças tropicais negligenciadas? A NTD se refere a doenças endêmica de regiões tropicais ou subtropicais que geralmente atingem populações de baixa renda. Exemplo: doença de chagas. 26. Quais são as barreiras da imunidade inata? Física: pele, mucosas, cílios, vibrisas, etc. Química: pH das gls. sebáceas e microbiota local, HCl e enzimas digestivas na mucosa gástrica, muco. Células: leucócitos, fagócitos, células NK e proteínas plasmáticas circulantes – sistema complemento. Bárbara Lorena | Medicina T4 - Funepe 27. Muitos patógenos evoluíram para superar as defesas iniciais do organismo dessa forma, é necessário a presença de mecanismos mais especializados produzido pela resposta adaptativa. Identifique e caracterize aspectos desse tipo de defesa. 28. Analise as proposições abaixo sobre a imunologia parasitária e classifique como VERDADEIRO (V) ou FALSO (F) e justifique as proposições falsas. ( ) 1. O processo de defesa do organismo consiste na imunidade inata e adaptativa. E, em muitos casos existe a coadaptação entre o parasito e o indivíduo. ( ) 2. A relação-parasito hospedeiro tem momentos em que o sistema imunológico do indivíduo ganha e em outros momentos o parasito consegue escapar das vias, o que caracteriza o aparecimento da doença a partir dos sinais e sintomas. ( ) 3. A sobrevivência do parasito depende, exclusivamente, dos mecanismos que ele dispõe para enganar o sistema imunológico do hospedeiro ( ) 4. A resposta imune na atuação contra parasitos, busca manter o equilíbrio da composição macromolecular normal do organismo através do reconhecimento, ataque e eliminação de qualquer tipo de molécula. ( ) 5. O parasita pode desenvolver mecanismos para adaptação ao organismo e é caracterizado por uma doença branda ou subclínica onde o organismo continua vivo e tem-se uma carga parasitária alta. ( ) 6. Sem a completa adaptação do parasito ao hospedeiro, ocorre o desenvolvimento de uma alta carga parasitária pois, os mecanismos de escape do parasito contribui para a patogenicidade e o desenvolvimento de doenças letais agudas. ( ) 7. Em sua maioria, a resposta inata é suficiente para conter a invasão parasitária ( ) 8. Alguns parasitos possuem uma alta capacidade de evasão (escape) e resistência à imunidade adaptativa contribuindo para o estabelecimento de doenças. ( ) 9. A resposta primária é caracterizada pela imunidade adaptativa devido a sua melhor eficiência para eliminação de parasitos ( ) 10. A resposta primária é caracterizada por: penetração do patógeno onde o organismo começa a reagir porém, no primeiro contato não tem memória imunológica e é uma resposta inespecífica, ativa uma grande quantidade de anticorpos e busca estabelecer o complexo antígeno-anticorpo para controlar a eliminação do parasito, sendo ela, completamente eficiente. ( ) 11. A resposta secundária responde a reinfecções e recidivas ( ) 12. A resposta secundária é caracterizada pela memória imunológica ( ) 13. A resposta secundária é caracterizada por: período de latência mais curto, produção mais rápida e intensa de células imunocompetentes – macrófagos e neutrófilos, e tem maior afinidade dos anticorpos. ( ) 14. O parasito pode alterar os antígenos de superfície enganando o organismo e alterando as respostas o que beneficia o seu desenvolvimento. Nesse caso, faz com que doenças subclínicas evoluam para um estado mais agravado devido ao impacto causado no organismos pela ineficiência da resposta. ( ) 15. A imunidadeadaptativa possui uma maior especificidade e diversidade de proteínas, anticorpos e células de memória. Utilizando ainda, de expansão clonal e especialização das células garantindo uma maior eficiência em responder ao ataque seguido de retorno a homeostasia. Bárbara Lorena | Medicina T4 - Funepe ( ) 16. A imunidade adaptativa é dividida em: imunidade celular – linfócitos B; e imunidade humoral – linfócitos T e anticorpos. ( ) 17. A fagocitose corresponde a resposta imunológica mediada por células contribuindo para ativação dos macrófagos seguida pela fagocitose, contribuindo para a eliminação de protozoários. ( ) 18. Os mecanismos de escape constitui de mecanismos de bloqueio ou escape da resposta imunológica pelos parasitos. ( ) 19. Dentre os mecanismos de escape existente, os parasitos, realizam a imunossupressão e a diminuição da capacidade antigênica. ( ) 20. A diminuição da capacidade antigênica faz com que a resposta imune não produza anticorpos de forma momentânea ou duradoura, produzindo uma resposta lenta e demorada para o reconhecimento do parasito. ( ) 21. Os protozoários se proliferam dentro do organismo sem necessidade de adaptações ou mutações, sendo importante apenas o mecanismo de escape eficiente. ( ) 22. Cada período de parasitemia alta corresponde à expansão de uma população de parasitos com uma nova forma por exemplo: nova glicoproteína antigênica de superfície, garantindo o bloqueio ou atraso da resposta imunológica. ( ) 23. O organismo para tentar se defender dos protozoários produzem linfócitos TH2 garantindo a produção de IgE e a ativação de eosinófilos em decorrência de agressões a membrana celular. ( ) 24. Um dos mecanismos de escape dos protozoários é a autotolerância, realizando a supressão imunológica a partir dos linfócitos T reguladores, responsáveis pela sinalização da supressão da resposta imunológica ou seja, não chegará no local as células de defesa necessárias para conter a sua manutenção no organismo. ( ) 25. Um dos mecanismos de escape dos helmintos é o ataque externo na superfície da membrana plasmática fazendo com que o sistema imune não reconheça o corpo estranho, pode ser realizado através de produção de antígenos semelhantes ao do hospedeiro. ( ) 26. Um dos mecanismos de escape dos helmintos é o mimetismo ou seja, imita o que é reconhecido como padrão do organismo evitando o reconhecimento pelos macrófagos sensibilizados ( ) 27. Um dos mecanismos de escape dos helmintos é a produção de várias camadas na membrana plasmática da célula atingida bloqueando mecanismos intracelulares. ( ) 28. Um dos mecanismos de escape dos helmintos é a autotolerância GABARITO – JUSTIFICATIVA DAS PROPOSIÇÕES FALSAS 3. A resistência do hospedeiro também impacta – resposta ou ineficiência do sistema imunológico 4. O organismo não pode sair destruindo qualquer tipo de molécula dessa forma, a resposta imune responde apenas ao que não é próprio do organismo, exceto em doenças autoimunes, o que não é o caso. 5. Na doença branda a carga parasitária é baixa. 7. Geralmente temos uma imunidade inata mais fraca por ser mais generalizada dessa forma, Bárbara Lorena | Medicina T4 - Funepe na grande maioria ela não é suficiente para conter a invasão parasitária. 9. A resposta primária é caracterizada pela imunidade adaptativa e não possui a melhor eficiência para eliminação do parasito por ser inespecífica e geral. 10. Apesar de descrever o mecanismo da resposta primária corretamente, ela não possui completa eficiência, apenas em alguns casos consegue garantir a eliminação do parasito sendo necessária a resposta secundária. 13. Apesar de descrever o mecanismo da resposta primária, as células imunocompetentes dessa resposta são os linfócitos B e T. 16. Linfócitos B e anticorpos – imunidade humoral, e linfócitos T – imunidade celular. 19. Eles não realizam diretamente a imunossupressão apenas se aproveitam de indivíduos imunossuprimidos. 21 A proliferação dentro do organismo dos protozoários é caracterizado por adaptações e/ou mutações com objetivo de criar mecanismos de escape ou bloqueio da resposta imunológica. 23. O mecanismo descrito corresponde a eliminação de helmintos 24. O mecanismos descrito corresponde a eliminação de helmintos 25. A membrana externa do parasita que é proliferada ou seja, ocorre a produção de várias camadas promovendo a renovação e alteração das proteínas fazendo com que seja necessário um novo reconhecimento pelo sistema imune, o que favorece o escape e a eliminação de anticorpo formado para reconhecimento da primeira camada da membrana externa que foi formada. Contribui para uma resposta ineficiente e lenta do sistema imune.
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