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APROVA LEIGOS
L E I S I S T E M A T I Z A D A E M A P E A D A
DIREITO CONSTITUCIONAL
C o n s t i t u i ç ã o F e d e r a l d e 1 9 8 8
Licenciado para - Flávia Giovana Poloni - 38768990871 - Protegido por Eduzz.com
APROVA LEIGOS
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS E PROTEGIDOS
Este material está protegido pela Lei de Direitos Autorais nº 9.610/98, sob o ISBN nº 9786599021848, 
sendo todos os direitos reservados à equipe responsável pelo projeto “Aprova Leigos”. Quaisquer 
reproduções ou gravações, sem autorização escrita, sujeitará os infratores às penas previstas na 
referida lei, que assim dispõe em seu art. 102:
“O titular cuja obra seja fraudulentamente reproduzida, divulgada ou de qualquer forma 
utilizada, poderá requerer a apreensão dos exemplares reproduzidos ou a suspensão da 
divulgação, sem prejuízo da indenização cabível”.
Três forças se unem e aperfeiçoam uma metodologia de estudos que mudará o seu entendimento 
sobre como estudar, de maneira positiva, aquela imensidão de leis que são cobradas no edital do 
TJSP para o cargo de Escrevente Técnico Judiciário. É o chamado ciclo de estudos, método eficaz 
para memorização de conteúdos complexos.
REVISÃO DE BOLSO
Uma plataforma comprometida com a qualidade. A equipe da Revisão de Bolso veio cooperar 
com sua capacidade de gestão empresarial e organização, além de contribuir com um banco 
relevante de questões de provas anteriores.
MYRA EDITORA
Especialista em materiais sistematizados para concursos. Myra Editora contribui com as leis 
sistematizadas, contendo mais de 700 esquemas, mapeadas de acordo com o último edital. 
ALVO NO TJ 
Especialista em formular questões. Alvo no TJ auxilia oferecendo um conjunto de questões 
inéditas, com foco no conteúdo cobrado no último edital.
ESSAS TRÊS FORÇAS, UNIDAS, FORMA O
APROVA LEIGOS 
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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
EQUIPE “APROVA LEIGOS”
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Alvo no TJ
HONESTIDADE E RETIDÃO
Respeite o trabalho daqueles que dedicaram madrugadas seguidas para desenvolver esse 
material que será um divisor de águas para a sua aprovação.
Pirataria é crime, portanto, é expressamente proibido compartilhar ou, de qualquer forma, 
reproduzir esse material sem prévia autorização escrita da equipe responsável pelo projeto 
APROVA LEIGOS.
Sejamos honestos e verdadeiros.
Só assim seremos capazes de aniquilar o ciclo da corrupção que atormenta a nossa 
sociedade e alcançar bençãos de Deus em todas as nossas empreitadas.
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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO 
BRASIL DE 1988
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º TODOS são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País 
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes:
Embora o artigo 5º mencione expressamente os estrangeiros residentes 
no País, de acordo com a doutrina e com o Supremo Tribunal Federal, 
tais direitos e garantias fundamentais também são reconhecidos e 
aplicados aos estrangeiros que estejam transitando pelo território 
nacional. No entanto, vale ressaltar que a sua prova é de cunho literal, 
isto é, não cobra doutrina e tampouco jurisprudências.
Vale frisar que nem todo direito fundamental é absoluto. Por exemplo, 
em caso de guerra declarada poderá haver pena de morte (inciso XLVII) 
e essa ressalva vai de encontro ao que assegura o caput desse artigo: 
a vida é inviolável.
Ademais, as provas cobram basicamente os direitos invioláveis de 
acordo com o caput, quais sejam: vida, liberdade, igualdade, segurança 
e propriedade. Para que você possa memorizá-los, lembre-se do 
mnemônico “VISE em PROL da IGUALDADE”.
Sistematizando:
I - Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta 
constituição;
Atenção!
Perceba que o inciso diz que é nos termos desta Constituição e não da 
lei ou lei complementar.
Esse direito assegura uma igualdade material, permitindo que sejam 
feitas algumas discriminações (positivas) levando-se em consideração 
o princípio da razoabilidade. Assim, podemos concluir que não se trata 
de um direito absoluto. Como exemplo, podemos citar as políticas de 
cotas raciais para ingresso no serviço público e a Lei Maria da Penha 
que dá à mulher tratamento diferenciado.
II - NINGUÉM será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão 
em virtude de LEI;
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Esse inciso refere-se ao princípio da legalidade. Em outras palavras, 
poderemos fazer tudo o que a lei não nos proibir de fazer. Por 
fim, perceba que o inciso diz que é em virtude de lei e não de lei 
complementar.
III - NINGUÉM será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou 
degradante;
IV - É LIVRE a manifestação do pensamento, sendo VEDADO o anonimato;
A Constituição assegura expressamente que a manifestação do 
pensamento é livre, porém, o anonimato é proibido.
O anonimato é vedado, pois deve-se assegurar que o manifestante 
se responsabilize por eventual abuso que cometer diante de sua 
liberdade de expressão.
V - É assegurado o direito de resposta, PROPORCIONAL ao AGRAVO, ALÉM 
da indenização por dano material, moral ou à imagem;
O direito de resposta é assegurado a todo o tipo de ofensa.
Esse direito deve observar o princípio da proporcionalidade, isto é, a 
resposta deverá ser veiculada pelo mesmo meio de comunicação em 
que se deu a ofensa.
Por fim, perceba que o direito de resposta se soma ao direito de 
indenização; são, portanto, cumulativos.
VI - É INVIOLÁVEL a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado 
o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da LEI, a proteção 
aos locais de culto e a suas liturgias1;
Todos têm direito à liberdade de consciência e de crença, isto é, 
podemos escolher qual religião desejamos seguir sem interferência 
estatal. Dessa forma, vivemos em um Estado laico, ou seja, Estado 
e religião não se consubstanciam; o Estado não poderá custear ou 
prejudicar o funcionamento de uma determinada religião. No entanto, 
há uma ressalva em relação à colaboração de interesse público. Nesse 
sentido, dispõe o art. 19, I da Constituição Federal:
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios:
I - Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, 
embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus 
representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na 
forma da lei, a colaboração de interesse público;
Como exemplo de colaboração de interesse público, podemos citar os 
casos em que igrejas abrigam pessoas vítimas de tragédias ambientais.
1 Rituais.
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Vale ressaltar que o dispositivo supracitado não será cobrado em sua 
prova. Trouxemos apenas para enfatizar o que dispõe o inciso em 
análise. 
Por fim, perceba que esse direito é assegurado na forma da Lei e não 
de Lei Complementar ou da própria Constituição. Fique atento aos 
pequenos detalhes!
VII - É assegurada, nos termos da LEI, a prestação de assistência religiosa nas 
entidades civis e militares de internação coletiva;
Primeiramente, é importante destacar que tal direito é assegurado 
nos termos da Lei e não de lei complementar, tampouco nos termos 
da própria Constituição.
Outra informação importante refere-se ao local de exercício do direito 
em análise. Compreenda que a prestação de assistência religiosa 
somente poderá ser consumada em entidades civis e militares de 
internação coletiva. Exemplos dessas entidades incluem:
	Penitenciárias e orfanatos, como entidade civil de internação 
coletiva;
	Academia militar, como entidade militar de internação coletiva.
Assim, com esse direito, o legislador buscou proporcionar algum tipo 
de amparo espiritual a indivíduos em situações menos favorecidas que 
se encontram apartados da sociedade ou do convívio familiar.
VIII - NINGUÉM será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou 
de convicção filosófica ou política, SALVO se as invocar para eximir-se de 
obrigação legal a todos imposta E recusar-se a cumprir prestação alternativa, 
fixada em LEI;
Trata-se de uma prerrogativa constitucional denominada escusa (ou 
imperativo) de consciência. Essa prerrogativa assegura ao indivíduo 
que invoca uma crença religiosa, convicção filosófica ou política com a 
finalidade de não realizar obrigação legal a todos impostas o direito de 
cumprir prestação alternativa fixada em lei.
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Como exemplo de escusa de consciência, podemos citar o serviço 
militar obrigatório, conforme dispõe o art. 143 da Lei Maior:
Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.
§ 1º Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço 
alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados, alegarem 
imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de 
crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem 
de atividades de caráter essencialmente militar.
Ressalto que o art. 143 não foi cobrado nos concursos do TJ, cargo 
de escrevente. Trouxemos aqui apenas para exemplificar o inciso em 
análise.
Indo um pouquinho mais além, de acordo com a doutrina majoritária, 
a dupla recusa (eximir-se de obrigação legal a todos imposta E negar-se 
a cumprir prestação alternativa) implicará perda dos direitos políticos. 
O inciso em estudo diz apenas “privação de direitos”, sem especificar 
o tipo; portanto, fique atento! 
ESCUSA DE CONSCIÊNCIA
REGRA EXCEÇÃO
NINGUÉM será privado de direitos por 
motivo de: 
	Crença religiosa; 
	Convicção filosófica;
	Convicção Política.
SERÁ privado de direitos por motivo de: 
	Crença religiosa; 
	Convicção filosófica;
	Convicção Política.
Quem as invocar para:
>> Eximir-se de obrigação legal a todos 
imposta; E
>> Recusar-se a cumprir prestação 
alternativa, fixada em LEI.
IX - É LIVRE a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de 
comunicação, INDEPENDENTEMENTE de censura ou licença;
Perceba que no direito à liberdade de expressão não há que se falar 
em censura ou requisição de licença. Exigências assim representariam 
violação a esse tipo de direito. Dessa forma, uma alternativa afirmando 
“para que um artista tenha direito de expressar sua atividade deverá 
requisitar ao órgão público correspondente a respectiva licença” 
estaria errada. 
Outrossim, se a manifestação dessas atividades violar de alguma 
maneira a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem de algum 
indivíduo, caberá indenização pelo dano material ou moral decorrente 
de sua violação (inciso X).
Por fim, as provas costumam explorar basicamente as atividades 
que são tuteladas por esse dispositivo constitucional. Para que você 
possa memorizá-las, basta se lembrar da planta “CICA”, que cresce 
livremente... sem censura... sem licença...
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X - São INVIOLÁVEIS a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem 
das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação;
Esse dispositivo, como vimos, está intimamente ligado ao inciso 
anterior, uma vez que esses direitos (liberdade de expressão e 
privacidade) vivem em conflito. Como exemplo, podemos citar a 
permissibilidade concedida pelo STF para publicação de biografias 
não autorizadas. Para o Supremo, a exigência de autorização retrataria 
censura, o que seria incompatível com a Lei Maior, a qual assegura a 
liberdade de expressão em seu inciso IX.
Outro assunto comumente discutido é em relação à vida privada 
dos agentes públicos. Essa privacidade é relativa, pois, em atenção 
ao princípio da transparência, o STF compreendeu que uma lei que 
determine a publicação da remuneração dos servidores públicos em 
sites da internet não é inconstitucional. Esse tipo de difusão não viola a 
vida privada dos servidores, visto que o dever de prestar contas deverá 
ser sobrepujado, uma vez que a remuneração do servidor público 
advém da sociedade por intermédio do pagamento de impostos, entre 
outros tributos. 
XI - A CASA é ASILO INVIOLÁVEL do indivíduo, ninguém nela 
podendo penetrar SEM consentimento do morador, SALVO em caso de 
flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o DIA, por 
determinação judicial;
Antes de mais nada, compreende-se como casa quaisquer repartições 
habitadas ou, ainda, quaisquer aposentos coletivos (quarto de hotel 
ou pensão). Também é considerado casa locais privados onde se 
exerçam profissões ou atividades (consultórios médicos e escritórios).
Nesse sentido:
Para os fins da proteção jurídica a que se refere o art. 5º, XI, da 
Constituição da República, o conceito normativo de “casa” revela-se 
abrangente e, por estender-se a qualquer compartimento privado 
não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade (CP, 
art. 150, § 4º, III), compreende, observada essa específica limitação 
espacial (área interna não acessível ao público), os escritórios 
profissionais, inclusive os de contabilidade, “embora sem conexão 
com a casa de moradia propriamente dita” (Nelson Hungria). [HC 
93.050, rel. min. Celso de Mello, j. 10-6-2008, 2ª T, DJE de 1º-8-2008.]
Via de regra, depende de consentimento do morador da casa para que 
qualquer indivíduo possa nela adentrar. 
Só poderá adentrar na casa sem que haja consentimento do morador 
em caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro. Nesses 
casos, não há restrições em relação ao horário.
Outra exceção à regra geral é quando a entrada na casa do morador se 
tratar de ordem judicial (e não policial), porém, nesse caso específico, 
desde que seja durante o dia.
INVIOLABILIDADE DOMICILIAR
REGRA EXCEÇÃO
A CASA é asilo INVIOLÁVEL do indivíduo 
e, por essa razão, qualquer pessoa 
poderá nela adentrar desde que HAJA 
CONSENTIMENTO do morador.
PODERÁ adentrar na CASA SEM 
CONSENTIMENTO do morador nos 
seguintes casos:
1. Flagrante delito a qualquer hora;
2. Desastre a qualquer hora;
3. Prestar socorro a qualquer hora;
ORDEM JUDICIAL 
DURANTE ODIA.
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XII - É INVIOLÁVEL o sigilo da correspondência e das comunicações 
telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, SALVO, no último 
caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a LEI estabelecer para 
fins de investigação criminal ou instrução processual penal2;
Atenção!
Não se trata de direito absoluto, haja vista que há entendimento 
doutrinário e jurisprudência que estende a ressalva aos demais casos, 
porém, Vunesp costuma cobrar apenas a parte literal nas provas para 
escrevente. 
De acordo com o inciso em análise, a ressalva refere-se somente à 
violabilidade das comunicações telefônicas. Além disso, atente-se 
para os seguintes destaques:
	Deve haver ordem judicial;
	É cabível nas hipóteses em que a LEI estabelecer e para fins 
de investigação criminal ou instrução processual penal. Isso 
significa que não se admite para fins de processo de natureza civil 
ou processo administrativo.
Sistematizando:
INVIOLABILIDADE DO SIGILO DAS COMUNICAÇÕES
REGRA EXCEÇÃO
É INVIOLÁVEL o sigilo da:
• Correspondência;
• Comunicação telegráfica;
• Comunicação de dados;
• Comunicação telefônica.
É VIOLÁVEL o sigilo da comunicação 
telefônica DESDE QUE:
• Haja ordem judicial;
• Hipóteses e formas que a LEI indicar;
• Fins de investigação criminal; ou
• Fins de instrução processual penal.
XIII - É LIVRE o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas 
as qualificações profissionais que a LEI estabelecer;
Esse dispositivo representa o princípio da liberdade profissional.
Trata-se de norma constitucional de eficácia contida, visto que 
uma lei infraconstitucional poderá limitar o alcance desse direito, 
estabelecendo critérios para o irrestrito exercício de certas profissões. 
Como exemplo, podemos citar a profissão de advogado, a qual exige 
aprovação no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil, além da 
inscrição do profissional junto a esse órgão. Assim, o direito à liberdade 
profissional é autoaplicável, entretanto, poderá ser restringido por lei.
Vale ressaltar que a sua prova não cobrará nada sobre a eficácia das 
normas constitucionais, mas foi preciso explicar esse inciso dessa 
forma, pois a Vunesp vem evoluindo em suas questões e ela poderá 
cobrar esse entendimento indiretamente, trazendo alguma situação 
hipotética para que você possa solucionar.
Ademais, perceba que a LEI poderá estabelecer qualificações 
profissionais e não a Constituição ou Lei Complementar.
2 Vide Lei nº 9.296, de 1996.
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XIV - É assegurado a TODOS o acesso à informação e resguardado o sigilo 
da FONTE, quando NECESSÁRIO ao exercício profissional;
Cuidado, pois o acesso à informação é assegurado a todas as pessoas 
e não a todos os cidadãos.
Compreenda que o sigilo da fonte (origem, procedência da 
informação) somente será protegido quando for necessário ao 
exercício profissional. Caso não seja fundamental para o desempenho 
da profissão, o sigilo da origem da informação não será resguardado. 
Como exemplo, podemos citar o jornalista que, no exercício de sua 
profissão, quando de natureza investigativa, detém o direito de não 
revelar a fonte das suas notícias.
Note que é a fonte da informação que poderá ser resguardada e não a 
informação propriamente dita. Assim, afirmações do tipo “o acesso à 
informação será resguardado quando essencial ao exercício profissional 
estaria incorreta”. Repito: o sigilo da fonte será resguardado quando 
for fundamental ao exercício profissional e não por qualquer razão. 
Fique atento!
Perceba que o direito à proteção do sigilo da fonte não conflita com 
a vedação ao anonimato (inciso IV), na medida em que o jornalista, 
no exercício da sua profissão, será responsabilizado por eventual 
abuso na liberdade de imprensa. E é justamente isto que a vedação 
ao anonimato assegura: que o manifestante se responsabilize por 
eventual abuso que cometer diante de sua liberdade de expressão.
 
XV - É LIVRE a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo 
QUALQUER PESSOA, nos termos da LEI, nele entrar, permanecer ou dele 
sair com seus bens;
Você deverá se atentar aos seguintes pontos:
	A liberdade de locomoção no território nacional é somente em 
tempos de paz;
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	Perceba: é a lei que poderá restringir o direito à liberdade de 
locomoção.
E como a lei poderia restringir esse direito? Como exemplo, podemos 
citar a obrigatoriedade de visto para que algum estrangeiro adentre 
no país.
Por fim, para proteger o direito à liberdade de locomoção é cabível o 
remédio constitucional habeas corpus.
XVI - TODOS podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos 
ao público, INDEPENDENTEMENTE de autorização, DESDE QUE não 
frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo 
APENAS exigido PRÉVIO AVISO à autoridade competente;
Apesar de se tratar de um direito individual, o direito de reunião se 
evidencia de maneira coletiva, visto que as pessoas o expressam em 
conjunto.
É um direito cuja legitimação é universal, pois é assegurado a todas as 
pessoas e não apenas a cidadãos.
Perceba que a liberdade de reunião não é um direito absoluto, pois a 
própria Constituição estabelece no inciso em análise alguns requisitos 
que deverão ser observados. São eles:
	A reunião deverá ser pacífica e sem armas;
	A reunião não poderá frustrar outra anteriormente convocada 
para o mesmo local;
	Faz-se necessário avisar antecipadamente a autoridade 
responsável pela preservação do local a ser utilizado, para que ela 
providencie a organização do trânsito, por exemplo, e satisfaça 
outras necessidades para o pleno exercício do direito de reunião.
Além disso, não se exige autorização para o exercício desse direito, 
mas somente o prévio aviso a autoridade competente.
E se esse direito for violado, qual o remédio constitucional cabível 
para assegurá-lo? Nesse caso, caberá mandado de segurança, cuja 
finalidade é a de proteger direito líquido e certo.
Sistematizando:
XVII - É PLENA a liberdade de associação para fins lícitos, VEDADA a de 
caráter paramilitar;
A liberdade de associação é abrangente, mas desde que para fins 
legítimos. Portanto, é vedada a criação de associações que possuam 
em seu estatuto ideais racistas, por exemplo. 
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De acordo com Valdinei Cordeiro Coimbra, colunista do site Conteúdo 
Jurídico:
“Organização paramilitar são associações ou grupo de civis, armados 
e com estrutura semelhante à militar, que tenha como fim ações 
político-partidárias, religiosas ou ideológicas, formado por membros 
armados, que usam táticas e técnicas militares e/ou policiais para a 
consecução de seus objetivos,podendo ser composta por qualquer 
pessoa, incluindo aquelas que façam parte das forças policiais civis, 
militares e das forças armadas3”.
Como exemplo de associação paramilitar, podemos citar as Forças 
Armadas Revolucionárias da Colômbia — Exército do Povo (FARC). 
Aqui no Brasil, um exemplo de organização paramilitar é a Liga da 
Justiça, uma das maiores milícias do Estado do Rio de Janeiro. 
XVIII - A criação de associações e, na forma da LEI, a de cooperativas 
INDEPENDEM de autorização, sendo VEDADA a interferência estatal em 
seu funcionamento;
Você deverá se atentar aos seguintes pontos:
	Associações podem ser criadas independentemente de lei;
	Cooperativas são criadas nos termos da lei4;
	A criação de associações e cooperativas não depende de 
autorização;
	O Estado não poderá interferir no funcionamento das associações 
e das cooperativas.
Vale ressaltar que haverá interferência estatal quando a associação 
promover fins ilícitos. É o que se corrobora no inciso imediatamente 
a seguir.
XIX - As ASSOCIAÇÕES só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou 
ter suas atividades suspensas por DECISÃO JUDICIAL, exigindo-se, no primeiro 
caso, o trânsito em julgado;
Perceba que uma associação somente poderá ser dissolvida depois do 
trânsito em julgado. Assim, subtende-se que um ato normativo editado 
pelo Poder Executivo ou Legislativo rompendo compulsoriamente 
uma associação, por exemplo, será inconstitucional.
Além disso, como vimos no inciso XVII, é plena a liberdade de 
associação para fins lícitos. Isso significa que a Constituição restringiu a 
atuação do Poder Judiciário, permitindo a dissolução somente quando 
a associação possuir finalidade ilícita.
3 Fonte: http://conteudojuridico.com.br/?colunas&colunista=2_&ver=1360.
4 Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971.
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Dessa forma, em quaisquer situações se exige decisão judicial e não 
administrativa. Quando se tratar de suspensão, não se exige decisão 
judicial definitiva; porém, diante de uma dissolução compulsória, a 
decisão judicial deverá ser definitiva, isto é, transitada em julgado.
Por fim, perceba que esse dispositivo menciona apenas as associações 
e não as cooperativas. Cuidado para não cair em pegadinhas!
Sistematizando:
XX - NINGUÉM poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer 
associado;
Em outras palavras: ninguém será obrigado a permanecer associado 
ou impedido de se desassociar, seja qual for o motivo.
XXI - As entidades associativas, quando EXPRESSAMENTE 
AUTORIZADAS, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou 
extrajudicialmente;
Esse dispositivo retrata que as associações não são apenas um 
conglomerado de pessoas, na medida em que possuem legitimidade 
para representar seus filiados em juízo ou extrajudicialmente, porém, 
desde que expressamente autorizadas.
Uma autorização meramente genérica, presente no estatuto da 
associação, não é suficiente para que ela esteja apta a representar 
os seus filiados. Para que seja viável a representação judicial, faz-se 
necessária autorização expressa do filiado a ser representado.
Vale ressaltar que a associação, enquanto representante de seus 
filiados, em regra, não é considerada parte no processo. Assim, 
nos exatos termos desse inciso, uma afirmação do tipo “entidades 
associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade 
para se tornar parte no processo” estaria errada.
Outro erro comum é confundir representação com substituição. 
Via de regra, uma associação não poderá substituir o seu filiado no 
processo. Portanto, nos exatos termos desse inciso, uma afirmativa do 
tipo “entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm 
legitimidade para substituir seus filiados judicial ou extrajudicialmente” 
estaria errada.
Por outro lado, uma associação legalmente constituída e em 
funcionamento há pelo menos 1 ANO poderá atuar em substituição 
processual, sem necessidade de autorização de seus filiados, quando 
for para impetrar mandado de segurança coletivo em defesa dos 
interesses de seus membros ou associados (inciso LXX, b).
LXX - O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
[...]
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b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente 
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa 
dos interesses de seus membros ou associados;
Vejamos tabela contendo resumo dos principais tópicos sobre as 
associações:
PRINCIPAIS TÓPICOS
A
S
S
O
C
IA
Ç
Ã
O
01. Deverá possuir fins lícitos;
02. É vedada a de caráter paramilitar;
03. A sua criação não depende de lei;
04. A sua criação não depende de autorização;
05. O Estado não poderá interferir no seu funcionamento;
06. É suspensa por decisão judicial;
07. É dissolvida compulsoriamente por decisão judicial transitada em 
julgado; 
08. Representa seus associados em juízo mediante autorização;
09. Representa seus associados em juízo SEM autorização quando for para 
impetrar mandado de segurança coletivo.
>> Nesse caso, deve estar em funcionamento há pelo menos 1 ANO.
 
XXII - É garantido o direito de propriedade;
Propriedade é a titularidade de um bem. Isso significa que o direito 
fundamental de propriedade assegura ao proprietário o direito de 
controlar e de se dispor com exclusividade das suas posses.
XXIII - A propriedade atenderá a sua FUNÇÃO SOCIAL;
Para compreender o significado da função social da propriedade, 
observe a seguinte situação hipotética:
Suponha que determinado fazendeiro possui 200 hectares de terra 
improdutivos. A propriedade desse fazendeiro não está atendendo a 
sua função social, pois, para atendê-la, a terra deveria produzir, ou seja, 
gerar alimentos em prol da sociedade, além de possuir a incumbência 
de preservar o meio ambiente.
Assim, o direito de propriedade deve ser exercido em consonância 
com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam 
preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a 
flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio 
histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas5.
Além disso, vale ressaltar que o direito de propriedade não é absoluto, 
visto que há situações em que o Poder Público poderá desapropriar 
por necessidade ou utilidade pública ou, ainda, em caso de iminente 
perigo público, usar-se de propriedade particular. É o que se observa 
dos incisos XXIV e XXV que se seguem.
XXIV - A LEI estabelecerá o procedimento para desapropriação por 
necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e 
prévia indenização em DINHEIRO, RESSALVADOS os casos previstos 
nesta Constituição;
Não faça confusão:
	A Lei estabelecerá os procedimentos para desapropriação.
	A Constituição elenca as ressalvas quanto à indenização em 
dinheiro.
5 Código Civil, Art. 1.228, §1º
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Via de regra, a indenização se faz previamente e em dinheiro, porém, 
há casos em que a indenização poderá ser feita mediante títulos da 
dívidapública. Como exemplo, podemos citar a desapropriação de 
imóvel urbano não edificado que não tenha atendido a sua função 
social.
Além disso, nas desapropriações de cunho confiscatório não há que se 
falar em indenização. Como exemplo, podemos citar a desapropriação 
de imóveis utilizados para plantio ilegal de psicotrópico ou, ainda, de 
imóveis utilizados para exploração de trabalho escravo. Nesse tipo 
de desapropriação, o bem do particular passa a integrar os bens da 
administração pública.
XXV - No caso de IMINENTE perigo público, a autoridade competente 
PODERÁ usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário 
indenização ULTERIOR, SE houver dano;
Esse dispositivo explana o instituto da Requisição Administrativa, 
ato administrativo que independe de ordem judicial. Não se trata, 
portanto, de uma desapropriação e sim de uma cessão temporária do 
imóvel para que o poder público possa utilizá-lo.
O pressuposto que viabiliza o instituto da Requisição Administrativa 
é a ocorrência de iminente perigo público. Como exemplo, podemos 
citar uma provável tragédia ambiental que possa deixar várias pessoas 
desabrigadas. Perceba que basta apenas a proximidade do perigo 
para que o Poder Público possa utilizar a propriedade do particular, a 
fim de se antecipar e garantir a segurança daqueles que poderão ser 
atingidos pela imediata tragédia.
Outrossim, a indenização não é obrigatória, ou seja, está condicionada 
à efetiva ocorrência de dano.
Por fim, a propriedade continua sendo do particular, que apenas a 
“empresta” ao poder público, em caso de iminente perigo público.
Importante confrontar os incisos XXIV e XXV:
INDENIZAÇÃO
PRÉVIA POSTERIOR
Quando houver necessidade de 
DESAPROPRIAÇÃO por:
	UTILIDADE PÚBLICA
	NECESSIDADE PÚBLICA
	INTERESSE SOCIAL
Observações:
>> LEI estabelecerá os procedimentos 
necessários.
>> Indenização PRÉVIA em DINHEIRO, 
porém, a Constituição traz ressalvas.
Quando houver necessidade de 
UTILIZAR a propriedade no caso de:
	IMINENTE PERIGO PÚBLICO
Observações:
>> Requisição administrativa.
>> Independe de ordem judicial.
>> Indenização é ULTERIOR.
>> Somente se houver dano.
A PROPRIEDADE
PASSA A SER DO
PODER PÚBLICO
A PROPRIEDADE
CONTINUA SENDO DO 
PARTICULAR
XXVI - A PEQUENA propriedade rural, assim definida em LEI, DESDE QUE 
trabalhada pela família, NÃO será objeto de penhora para pagamento de 
débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a LEI sobre os meios 
de financiar o seu desenvolvimento;
Você deverá se atentar aos seguintes pontos:
	Esse direito não é assegurado a qualquer tipo de propriedade 
rural;
	Esse direito é assegurado à pequena propriedade rural, mas desde 
que essa propriedade seja trabalhada pela família;
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	Esse tipo de propriedade não poderá ser objeto de penhora para 
pagamento de débitos correspondentes à sua atividade produtiva;
	Por fim, perceba que é a lei que definirá a pequena propriedade 
rural e disporá sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.
XXVII - Aos autores pertence o direito EXCLUSIVO de utilização, publicação 
ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a 
LEI fixar6;
Esse dispositivo explana o direito à propriedade intelectual, 
assegurando ao autor o direito exclusivo de utilização, publicação ou 
reprodução de suas obras durante toda a sua vida. Por outro lado, esse 
direito se estende aos herdeiros do autor apenas pelo tempo que a lei 
determinar.
XXVIII - São assegurados, nos termos da LEI:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução 
da imagem e voz humanas, INCLUSIVE nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que 
criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas 
representações sindicais e associativas;
Esse dispositivo também explana o direito à propriedade intelectual.
Você deverá se atentar aos seguintes tópicos:
	Esses direitos são assegurados nos termos da lei;
	A proteção inclui as atividades desportivas;
	O direito de fiscalização estende-se às respectivas representações 
sindicais e associativas.
XXIX - A LEI assegurará aos autores de inventos industriais privilégio 
TEMPORÁRIO para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, 
à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, 
tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico 
do País;
Esse dispositivo explana o direito à propriedade industrial.
Você deverá se atentar aos seguintes pontos:
	É a lei que assegurará tal direito;
	Não é para quaisquer autores e sim para os de inventos industriais;
	O privilégio é temporário e não permanente, posto que o interesse 
da coletividade se sobrepõe ao interesse privado;
6 A Lei nº 9.610/98 regula os direitos autorais.
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	A lei também assegurará proteção às criações industriais, à 
propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos 
distintivos;
	Deve-se ter em vista não só o interesse social, como também o 
desenvolvimento tecnológico e econômico do País.
Não confunda o direito à propriedade industrial com o direito à 
propriedade intelectual. Veja a tabela a seguir comparando as 
peculiaridades de cada um desses direitos:
DIREITO À PROPRIEDADE
INTELECTUAL INDUSTRIAL
LEI ASSEGURARÁ:
	Proteção às participações em obras 
coletivas;
	Reprodução imagem e voz humanas;
	Reprodução imagem e voz humanas 
nas atividades desportivas;
LEI ASSEGURARÁ
Aos criadores, aos intérpretes e às 
respectivas representações sindicais e 
associativas:
	O direito de fiscalização do 
aproveitamento econômico das obras.
LEI FIXARÁ:
	O tempo que os herdeiros poderão 
utilizar, publicar ou reproduzir as obras 
herdadas. 
A LEI assegurará aos autores de inventos 
industriais:
	Privilégio temporário para utilização;
	Proteção às criações industriais;
	Proteção à propriedade das marcas;
	Proteção aos nomes de empresas;
	Proteção a outros signos distintivos.
Deve-se ter em vista:
	Interesse social;
	Desenvolvimento tecnológico do País;
	Desenvolvimento econômico do País.
AUTOR
DIREITO DEFINITIVO
AUTOR
DIREITO TEMPORÁRIO
XXX - É garantido o direito de herança;
A questão poderá perguntar entre as alternativas se o direito de 
herança é garantido pela Constituição da República Federativa do 
Brasil. Perceba que o dispositivo não menciona “nos termos de lei ou 
lei complementar”. Fique atento às questões de cunho meramente 
literal.
XXXI - A sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada 
pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, SEMPRE 
QUE não lhes seja mais favorável a lei pessoal do “de cujus7”;
Em outras palavras, a lei pessoal do estrangeiro falecido somente será 
aplicada caso seja mais benéfica aos seus herdeiros.
Sistematizando:
DIREITO DE HERANÇA
REGRA EXCEÇÃO
A sucessão de bens de ESTRANGEIROS 
situados no PAÍS será regulada pela LEI 
BRASILEIRA em benefício dos herdeiros.
A sucessão de bens de ESTRANGEIROS 
situados no PAÍS será regulada pela 
LEI DO PAÍS DE ORIGEM se for MAIS 
BENÉFICA aos herdeiros.
7 Falecido.
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XXXII - O ESTADO promoverá, na forma da LEI, a defesa do consumidor8;
Você deverá se atentar aos seguintes pontos:
	É o Estado que promoverá a defesa do consumidor não a 
Constituição Federal;
	Essa promoção se dará na forma da lei e não da Lei Complementar 
ou da própria Constituição.
XXXIII - TODOS têm direito a receber dos órgãos públicos informações de 
seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas 
no prazo da LEI, sob pena de responsabilidade, RESSALVADAS aquelas 
cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado9;
Você deverá se atentar aos seguintes tópicos:
	Via de regra, esse dispositivo objetiva assegurar transparência no 
que tange aos atos do Poder Público;
	O inciso assegura o acesso a informações de interesse particular, 
coletivo ou geral;
	Essas informações deverão ser prestadas no prazo da lei, sob pena 
de responsabilidade;
	Esse direito não é absoluto, pois há ressalvas em relação às 
informações cujo sigilo seja indispensável à segurança da 
sociedade e do Estado;
	Trata-se de um direito cuja legitimação é universal, pois a 
Constituição Federal diz que a todos tal direito é assegurado. 
E qual seria o remédio constitucional cabível caso esse direito fosse 
violado? Para proteger o direito à informação, deve-se impetrar 
mandado de segurança e não habeas data.
Entenda que o habeas data é cabível quando a informação for relativa 
à própria pessoa do impetrante, não bastando apenas que seja de 
interesse particular. O habeas data é, portanto, uma ação constitucional 
personalíssima que assegura o acesso à informação pertencente à 
pessoa do requerente.
XXXIV - São a TODOS assegurados, INDEPENDENTEMENTE do 
pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra 
ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e 
esclarecimento de situações de interesse pessoal;
8 Lei nº 8.078/90 dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências.
9 Vide Lei nº 12.527, de 2011
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Sobre esse dispositivo, atente-se aos seguintes destaques:
	O direito de petição e obtenção de certidões gozam de imunidade 
tributária, pois são direitos que independem de pagamento de 
taxas;
	São considerados instrumentos de exercício da cidadania;
	O direito de petição é para defesa de direitos, contra ilegalidade 
ou abuso de poder;
	O direito à obtenção de certidões, por sua vez, é para defesa de 
direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal (e 
não particular, posto que nem sempre o interesse pessoal será 
inerente a quem estiver pleiteando o direito);
	Trata-se de um direito cuja legitimação é universal, pois a 
Constituição Federal diz que a todos tal direito é assegurado;
	O exercício desse direito independe da presença de advogado;
	Esse direito é assegurado a todas as pessoas, não sendo necessário 
que se comprove hipossuficiência financeira. 
E qual seria o remédio constitucional cabível caso esse direito fosse 
violado?
Tanto para assegurar o direito de petição quanto para assegurar o 
direito à obtenção de certidões, o remédio constitucional cabível é o 
mandado de segurança.
Atenção!
É comum que haja dúvidas em relação ao direito de certidão, pois o 
final do que dispõe a alínea “b” diz “situações de interesse pessoal”, 
fazendo com que muitos acreditem que o remédio constitucional 
cabível seria o habeas data. Esse entendimento está equivocado, pois 
o habeas data, como vimos, é uma ação de natureza personalíssima, 
cuja finalidade é assegurar o acesso à informação relativa a própria 
pessoa de quem estiver pleiteando o direito, ou seja, informação de 
interesse particular.
Vejamos tabela comparando as alíneas “a” e “b” do inciso XXXIV:
DIREITOS
PETIÇÃO CERTIDÃO
Deve solicitar aos Poderes Públicos em:
	Defesa de direitos;
	Contra ilegalidade;
	Contra abuso de poder.
Deve solicitar às Repartições Públicas 
para:
	Defesa de direitos;
	Situações de interesse pessoal.
A legitimação é UNIVERSAL. A legitimação é UNIVERSAL.
É GRATUITO! É GRATUITO!
CABE MANDADO DE SEGURANÇA SE FOR VIOLADO
XXXV - A LEI NÃO excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou 
ameaça a direito;
Esse dispositivo explana o princípio constitucional da inafastabilidade 
do exercício da jurisdição.
A legitimação é universal, ou seja, qualquer pessoa poderá provocar o 
Judiciário diante de lesão ou ameaça a direito.
XXXVI - A LEI NÃO prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e 
a coisa julgada;
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Esse dispositivo explana o princípio da segurança jurídica ou da não 
retroatividade das leis.
A Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, em seu art. 6º, 
assim define:
Direito Adquirido: são os direitos que o seu titular, ou alguém por 
ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha 
termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de 
outrem.
Ato Jurídico Perfeito: o ato já consumado segundo a lei vigente ao 
tempo em que se efetuou.
Coisa Julgada: ou caso julgado é a decisão judicial de que já não 
caiba recurso.
Entenda que o termo “lei” deste inciso possui sentido abrangente, pois 
não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa 
julgada todas as hipóteses que compreendem o processo legislativo, 
previstas no art. 59 da Constituição Federal, a saber:
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - Emendas à Constituição;
II - Leis complementares;
III - Leis ordinárias;
IV - Leis delegadas;
V - Medidas provisórias;
VI - Decretos legislativos;
VII - Resoluções.
A título de curiosidade: esse direito não é absoluto, na medida em 
que a elaboração de uma nova Constituição poderá atingir direitos 
adquiridos pela Constituição pretérita. Além disso, têm-se o exemplo 
da lei penal, a qual poderá retroagir quando for para beneficiar o réu 
(inciso XL).
XXXVII - NÃO haverá juízo ou tribunal de exceção;
Esse dispositivo explana o princípio do juiz natural.
Tribunais de Exceção são aqueles criados para julgar um caso específico. 
Isso não é possível dentro do ordenamento jurídico brasileiro, pois há 
vários órgãos do Poder Judiciário já instituídos a fim de solucionar 
todos os tipos de conflitos possíveis de ocorrer.
XXXVIII - É RECONHECIDA a instituição do JÚRI, com a organização 
que lhe der a LEI10, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes DOLOSOS contra a VIDA;
Basicamente, as questões de concursos cobram as características do 
júri, que são a plenitude de defesa, o sigilo das votações, a soberania 
dos veredictos e a competência para o julgamento dos crimes dolosos 
contra a vida.
Perceba que os crimes de competência do tribunal do júri são apenas 
os dolosos contra a vida. Portanto, não há que se falar em crimes 
culposos contra a vida.
10 Regulamentado pelo Código de Processo Penal.
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Assim define o Código Penal Brasileiro em seu art. 18:
Art. 18. Diz-se o crime:
Crime doloso
I - Doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de 
produzi-lo;
Crime culposo
II - Culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, 
negligência ou imperícia.
Parágrafo único. Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode 
ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica 
dolosamente.
Para que você possa memorizar essas características, pense no 
mnemônico “PLENITUDE dos SOCOS”. 
XXXIX - NÃO HÁ crime sem LEI anterior que o defina, NEM pena sem 
prévia cominação legal;
Esse dispositivo retrata o princípio da legalidade no direito penal, o 
qual se subdivide em outros dois princípios. São eles:
Princípio da Reserva Legal: nenhum indivíduo poderá ser punido por 
ato praticado que não esteja tipificado em lei como crime. Entenda 
o termo lei, aqui, como lei em sentido formal; isso significa que uma 
medida provisória, por exemplo, não poderá tipificar um determinado 
ato como crime.
Princípio da Anterioridade Penal: faz-se necessária a existência 
de uma lei anterior ao fato cometido para que uma pena possa ser 
cominada ao indivíduo que o cometer.
Além disso, vale observar que se um determinado ato cometido hoje, 
considerado lícito, amanhã vier a ser considerado crime, aqueles que 
o cometeram não poderão ser punidos, pois a lei penal não poderá 
retroagir, salvo se for para beneficiar o réu. 
XL - A LEI PENAL NÃO retroagirá, SALVO para beneficiar o réu;
Esse dispositivo explana o princípio da retroatividade da lei penal e 
apenas dela. Portanto, a lei cível não poderá retroagir nem mesmo 
para beneficiar o réu.
Em outras palavras, a lei penal não afetará o pretérito, senão para 
beneficiar o réu. É a chamada retroatividade benigna. Como exemplo, 
podemos citar um determinado crime cuja pena máxima seja reduzida; 
aqueles que foram condenados por esse crime com a pena máxima 
abrandada poderão ter suas penas diminuídas.
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Sistematizando:
XLI - A LEI punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades 
FUNDAMENTAIS;
Perceba que é a LEI que punirá qualquer discriminação atentatória dos 
direitos e liberdades fundamentais e não a Constituição. A Constituição 
apenas determina que a Lei assim o faça.
Além disso, perceba que a discriminação atentatória a esses direitos 
não está classificada como crime inafiançável e imprescritível. Fique 
atento, pois a Vunesp já explorou essa pegadinha em prova!
XLII - A prática do RACISMO constitui crime inafiançável e imprescritível, 
sujeito à pena de RECLUSÃO, nos termos da LEI;
Você deverá se atentar aos seguintes tópicos:
	O racismo é crime inafiançável e imprescritível;
	Aqueles que praticarem o crime de racismo estarão sujeitos à 
pena de reclusão e não de detenção;
	A Constituição Federal determina que a pena de reclusão seja 
aplicada nos termos da LEI.
XLIII - A LEI considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou 
anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, 
o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os 
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
Você deverá se atentar aos seguintes tópicos:
	A tortura, o tráfico ilícito, o terrorismo e os crimes hediondos são 
inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia;
	Eles podem prescrever, pois se fossem imprescritíveis a 
Constituição assim determinaria;
	Perceba que a Constituição nada fala sobre pena de reclusão em 
relação a essas condutas; 
	A Constituição Federal não determina a criminalização desses 
atos, ela apenas aponta que a LEI assim o faça. 
XLIV - Constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, 
civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
Você deverá se atentar aos seguintes tópicos:
	A ação de grupos armados é crime inafiançável e imprescritível;
	Perceba que a Constituição nada fala sobre pena de reclusão em 
relação a essa conduta.
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Compreenda a lógica desta sistematização:
Todos são inafiançáveis.
O “AR” é essencial para a sobrevivência humana e, por essa razão, ele 
não acaba, é definitivo, é imprescritível.
O “3T H” pode prescrever, acaba e, por isso, é um bando de crimes 
sem graça e sem anistia.
Com essa sistemática você não errará mais questões sobre esses 
dispositivos!
XLV - NENHUMA pena passará da pessoa do condenado, PODENDO a 
obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos 
termos da LEI, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, ATÉ o 
limite do valor do patrimônio transferido;
Esse dispositivo retrata o princípio da intranscendência das penas ou 
princípio da responsabilidade pessoal.
Esse princípio assegura que somente o condenado poderá ser 
responsabilizado pelo crime que praticou, não sendo este transmissível 
aos seus sucessores. No entanto, a obrigação de reparar o dano e a 
decretação do perdimento de bens poderá ser estendida a eles, mas 
até o limite do valor do patrimônio transferido.
Vejamos a situação hipotética a seguir:
Pedro, empresário, faleceu e deixou uma dívida de 20 milhões de reais. 
Ao Marcos, seu sucessor, deixou uma herança de 2 milhões de reais. 
A dívida de 20 milhões não passará ao seu sucessor, pois, de acordo 
com o inciso em análise, a obrigação de reparar o dano e a decretação 
do perdimento de bens se dará até o limite do valor do patrimônio 
transferido, qual seja: 2 milhões. Assim, ainda que Marcos possua um 
patrimônio de 30 milhões de reais, somente a herança de 2 milhões 
poderá ser atingida.
Sistematizando:
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XLVI - A LEI regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as 
seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos.
Esse dispositivo retrata o princípio da individualização da pena.
Trata-se de um rol exemplificativo, pois, além das elencadas nas 
alíneas do inciso XLVI, a lei poderá admitir outras. Basta observar o 
termo “entre outras”, o qual esclarece o que se acabou de afirmar.
Por fim, perceba que é a LEI que regula a individualização da pena e 
não a Constituição Federal.
XLVII - NÃO haverá penas:
a) de morte, SALVO em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
XIX - Declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado 
pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no 
intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, 
total ou parcialmente,a mobilização nacional;
Sistematizando os incisos XLVI e XLVII:
PENAS
PERMITIDAS VEDADAS
SUSPENSÃO DE DIREITOS
INTERDIÇÃO DE DIREITOS
MULTA
PRIVAÇÃO OU RESTRIÇÃO DA 
LIBERDADE
PERDA DE BENS
PRESTAÇÃO SOCIAL ALTERNATIVA
PERPÉTUA
MORTE, salvo guerra declarada 
BANIMENTO
TRABALHOS FORÇADOS 
CRUÉIS 
SIM 3P PM BANITRABALHOS CRUÉIS
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XLVIII - A pena SERÁ cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo 
com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
Perceba que a execução da pena deverá respeitar as características 
pessoais do condenado.
XLIX - É assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
Por mais que súmulas vinculantes não sejam cobradas nas provas de 
escrevente, é importante que você conheça a de número 11, pois ela 
demonstra que o direito assegurado no inciso XLIX não é absoluto, 
posto que o uso de algemas poderá ser admitido em determinadas 
situações.
Súmula Vinculante 11
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado 
receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, 
por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade 
por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do 
agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual 
a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
L - Às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer 
com seus filhos durante o PERÍODO de AMAMENTAÇÃO;
Atenção!
O prazo para que as presidiárias possam permanecer com seus filhos 
é o correspondente ao período de amamentação, sem especificar por 
quanto tempo esse período predominará.
LI - NENHUM brasileiro será extraditado, SALVO o naturalizado, em caso 
de crime comum, praticado ANTES da naturalização, ou de comprovado 
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da LEI;
O inciso em análise impõe alguns limites à extradição. Vejamos:
	Brasileiros natos não podem ser extraditados;
	Brasileiros naturalizados podem ser extraditados se cometerem 
crime comum antes da naturalização. Se o crime comum for 
praticado depois da naturalização, não há que se falar em 
extradição.
	Brasileiros naturalizados também podem ser extraditados se 
comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes. 
Nesse caso, não importa se foi antes ou depois da naturalização. 
Perceba que o envolvimento deve ser comprovado, não bastando 
apenas a simples suspeita.
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LII - NÃO será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de 
opinião;
Situação em que o Brasil concede ao estrangeiro asilo político. Trata-se 
de um direito fundamental privativo do estrangeiro.
Asilo político é uma entidade jurídica cuja finalidade é proteger 
um indivíduo estrangeiro perseguido pela sua nação de origem por 
crime político ou de opinião. Como exemplo, podemos citar crimes 
relacionados a convicções religiosas. 
LIII - NINGUÉM será processado nem sentenciado SENÃO pela autoridade 
competente;
Esse dispositivo também se refere ao princípio do juiz natural.
Tal direito assegura que se deve observar as regras que definem 
a competência dos órgãos do Poder Judiciário, as quais estão 
estabelecidas na Constituição Federal, nas Constituições Estaduais e, 
também, nas Leis de Organização Judiciária.
LIV - NINGUÉM será privado da liberdade ou de seus bens SEM o devido 
processo legal;
Esse dispositivo explana o princípio do devido processo legal.
Vale ressaltar que esse princípio se aplica não só aos processos 
judiciais, como também aos processos administrativos.
LV - Aos LITIGANTES, em processo judicial ou administrativo, e aos 
ACUSADOS em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com 
os meios e recursos a ela inerentes;
Trata-se do princípio do contraditório e da ampla defesa, o qual se 
encontra diretamente relacionado ao princípio do devido processo 
legal (inciso LIV). 
LVI - São INADMISSÍVEIS, no processo, as provas obtidas por meios 
ilícitos;
Esse dispositivo deriva do princípio do devido processo legal.
Essa vedação atinge não só os processos judiciais, mas também os 
administrativos.
Vale ressaltar que as provas derivadas daquelas que foram obtidas por 
meios ilícitos também serão consideradas ilícitas. Como exemplo de 
prova ilícita, podemos citar uma determinada interceptação telefônica 
feita sem autorização judicial (inciso XII).
Por fim, as provas obtidas por meio ilícito não invalidam o processo 
inteiro, pois as provas auferidas por meios lícitos não serão afetadas. 
LVII - NINGUÉM será considerado culpado até o trânsito em julgado de 
sentença penal condenatória;
Esse dispositivo retrata o princípio da presunção de inocência.
Quando uma sentença transita em julgado, significa que contra ela 
não caberá mais recurso.
Não se trata de direito absoluto, pois há situações em que o juiz poderá 
decretar prisão preventiva, por exemplo. No entanto, mesmo diante 
de uma prisão preventiva o acusado não será considerado culpado 
antes do trânsito em julgado da sentença penal condenatória. 
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LVIII - O civilmente identificado NÃO será submetido a identificação 
criminal, SALVO nas hipóteses previstas em LEI;
Sobre esse dispositivo, atente-se aos seguintes tópicos:
	O civilmente identificado não será submetido a identificação 
criminal;
	O civilmente identificado será submetido a identificação criminal 
nos casos previstos em lei.
Perceba que é a LEI que poderá definir situações em que o civilmente 
identificado poderá ser obrigado a identificação criminal e não a 
Constituição. Fique atento, pois as provas cobram basicamente a 
literalidade do dispositivo.
LIX - Será ADMITIDA ação privada nos crimes de ação pública, se esta 
NÃO for intentada no prazo legal;
Existem dois tipos de ação penal: a de iniciativa pública e a de iniciativa 
privada.
A ação penal de iniciativa pública se subdivide em dois tipos: 
incondicionada e condicionada à representação.
O titular da ação penal pública é o Ministério Público, contudo, se este 
não a intentar no prazo legal, poderá a vítima promover ação penal 
pública de forma subsidiária, conforme prevê a Constituição Federal 
no inciso em análise.
Nesse sentido, assim dispõe o Código de Processo Penal em seu art. 
29:
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, 
se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério 
Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, 
intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de 
prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do 
querelante, retomar a ação como parte principal.
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo 
caberá intentar a ação privada.
Veja a tabela comparativa a seguir contendo exemplos:
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AÇÃO PENAL
PÚBLICA PRIVADA
Quem Promove:
	Ministério público;
	Privativamente.
Quem Promove:
	É o particular (querelante).
	MP atua como fiscal da lei.
Se dá Mediante:
	Denúncia.
Se dá Mediante:
	Queixa.
Tipos de Ação Penal Pública Tipos de Ação Penal Privada
Incondicionada → Situação em que o 
MP promove a ação penal independente 
do consentimento da vítima.
Condicionada → Situação em que o 
MP somente promoverá a ação se for 
autorizado. Esse tipo de ação poderá ser:
Condicionada à Representação: 
Dependerá de autorização do ofendido 
(vítima).
Exemplo: crime de ameaça.
Condicionada à Requisição:
Dependerá de autorização do Ministro 
da Justiça.
Exemplo: crime contra a honra do 
Presidente da República.
Exclusiva → a ação penal privada será 
exclusiva quando o Código Penal assim 
definir.
Exemplo: crime de calúnia, injúria ou 
difamação.
Subsidiária da Pública → situação em 
que a vítima poderá promover ação 
penal pública de forma subsidiária. 
Exemplo: o MP deveria ter promovido 
uma ação penal em 15 dias, pois o réu 
se encontrava solto. No entanto, perdeu 
o prazo e não entrou com a ação. Nesse 
caso, a vítima poderá promover a ação 
no lugar do MP.
LX - A LEI só poderá restringir a publicidade dos atos processuais QUANDO 
a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
Via de regra, os atos processuais são públicos. No entanto, a lei poderá 
restringir a publicidade desses atos quando a defesa da intimidade 
ou o interesse social assim exigirem. Como exemplo dessa restrição, 
podemos citar a publicidade de atos judiciais relacionados à proteção 
da criança e do adolescente discutidos na Lei nº 8.069/90.
Ademais, as provas cobram basicamente a literalidade desse 
dispositivo. Assim, você deverá se atentar aos seguintes tópicos:
	Via de regra os atos processuais são públicos;
	A lei poderá restringir essa publicidade em duas situações: 
quando a defesa da intimidade ou o interesse social exigirem.
PUBLICIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS
REGRA EXCEÇÃO
ATOS PROCESSUAIS
SÃO PÚBLICOS
Atos processuais NÃO SERÃO públicos 
quando exigirem:
	A Defesa da Intimidade;
	O Interesse Social.
>> Lembre-se de que é a LEI que restringe!
LXI - NINGUÉM será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita 
e fundamentada de autoridade judiciária competente, SALVO nos casos de 
transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em LEI;
Via de regra, para privar um indivíduo de sua liberdade é necessário 
que haja ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária (e 
não policial) competente. 
No entanto, há situações em que essa ordem judicial escrita e 
fundamentada não é necessária. São elas:
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	Flagrante delito;
	Transgressão militar;
	Crime propriamente militar.
Sistematizando:
GARANTIA PENAL
REGRA EXCEÇÃO
NINGUÉM será preso sem que haja uma 
ordem ESCRITA e FUNDAMENTADA de:
AUTORIDADE JUDICIÁRIA 
COMPETENTE
Será preso SEM ORDEM JUDICIAL 
aquele que se enquadrar em alguma das 
seguintes situações:
	Flagrante Delito;
	Transgressão militar;
	Crime propriamente militar.
LXII - A prisão de QUALQUER PESSOA e o local onde se encontre serão 
comunicados IMEDIATAMENTE ao juiz competente E à família do preso ou 
à pessoa por ele indicada;
LXIII - O preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer 
calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV - O preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou 
por seu interrogatório policial;
LXV - A prisão ilegal será IMEDIATAMENTE relaxada pela autoridade 
judiciária;
A prisão ilegal é relaxada pela autoridade judiciária e não policial. 
Fique atento!
LXVI - NINGUÉM será levado à prisão ou nela mantido, quando a LEI admitir 
a liberdade provisória, com ou sem fiança;
Atenção!
Se a lei admitir a liberdade provisória, ninguém será mantido na prisão, 
ainda que não haja pagamento de fiança. 
Tabela contendo resumo sobre os principais tópicos acerca das 
garantias penais:
PRINCIPAIS TÓPICOS
G
A
R
A
N
T
IA
S
 P
E
N
A
IS
01. Via de regra, para privar alguém de sua liberdade faz-se necessária ordem 
escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente;
02. A ordem judicial é dispensada diante de flagrante delito, transgressão 
militar e crime propriamente militar;
03. A prisão e o local devem ser comunicados imediatamente ao juiz 
competente, à família ou pessoa indicada pelo preso;
04. Deve-se informar o preso de seus direitos;
05. O preso tem o direito de permanecer calado; 
06. Deve-se garantir ao preso assistência da família e de advogado;
07. É direito do preso saber quem são os responsáveis pela sua prisão;
08. É direito do preso saber quem é o responsável pelo seu interrogatório 
policial;
09. Se a prisão for ilegal, deverá ser imediatamente relaxada pela autoridade 
judiciária;
10. Se a lei admitir liberdade provisória, ninguém será mantido na prisão, com 
ou sem pagamento de fiança.
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LXVII - NÃO haverá prisão civil por dívida, SALVO a do responsável pelo 
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do 
depositário infiel;
A Constituição Federal assegura que não haverá prisão civil por dívida, 
mas autoriza que essa prisão ocorra em duas situações:
	Inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação 
alimentícia;
	Depositário infiel.
No entanto, na prática não é isso que acontece. Entenda: o Brasil 
faz parte da Convenção Americana de Direitos Humanos, a qual 
proíbe expressamente a prisão do depositário infiel. Essa convenção 
possui status supralegal, ou seja, está acima da lei, mas abaixo da 
Constituição. Assim, a Constituição autoriza a prisão do depositário 
infiel, a lei ordena a prisão, mas a Convenção Americana de Direitos 
Humanos, dada a sua supralegalidade, suspende a eficácia da lei, 
proibindo a prisão do depositário infiel. Vale frisar que essa convenção 
não revogou esse inciso da Constituição Federal, ela apenas produziu 
efeito paralisante à lei que ordenava a prisão do depositário infiel, 
suspendendo, portanto, sua eficácia. 
Nesse sentido, dispõe a Súmula Vinculante 25 do STF:
É ilícita a prisão civil do depositário infiel, qualquer que seja a 
modalidade do depósito.
LXVIII - Conceder-se-á HABEAS CORPUS sempre que alguém sofrer 
ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de 
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
O habeas corpus trata-se de um remédio constitucional cuja finalidade 
é defender a liberdade de locomoção, quando esta ocorrer por 
ilegalidade ou abuso de poder.
Esse instituto defende não só aqueles que estão sofrendo violência ou 
coação em sua liberdade de locomoção, mas também aqueles que se 
acharem ameaçados de sofrer tal restrição. Assim, o habeas corpus 
poderá ser:
Preventivo: defende aquele que está sendo ameaçado de sofrer 
violência ou coação em sua liberdade de locomoção.
Repressivo: defende aquele que está sofrendo violência ou coação em 
sua liberdade de locomoção.
Por fim, vale ressaltar que o habeas corpus é gratuito e qualquer 
pessoa poderá impetrá-lo, sem que haja necessidade de advogado.Até 
mesmo o juiz, de ofício, poderá conceder o habeas corpus, conforme 
assegura o artigo 574 do Código de Processo Penal.
LXIX - Conceder-se-á MANDADO DE SEGURANÇA para proteger 
direito líquido e certo, NÃO amparado por habeas corpus ou habeas 
data, QUANDO o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder FOR 
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do 
Poder Público;
Mandado de segurança é um remédio constitucional residual, pois 
será impetrado quando o direito líquido e certo a ser protegido não 
puder ser resguardado pelo habeas corpus ou habeas data.
O mandado de segurança é cabível contra ato ilegal ou abuso de poder 
de dois tipos de autoridade:
	Pública propriamente dita;
	Agente de pessoa jurídica quando estiver no exercício de 
atribuições do Poder Público.
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Por fim, para impetrar o mandado de segurança é necessária a 
presença de advogado. Além disso, não se trata de uma ação gratuita, 
diferentemente do habeas corpus. 
LXX - O MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO pode ser 
impetrado por:
a) partido político COM representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente 
constituída e em funcionamento há pelo menos 1 ANO, em defesa dos 
interesses de seus membros ou associados;
O mandado de segurança coletivo objetiva proteger direito líquido e 
certo, coletivos ou individuais homogêneos, não amparado por habeas 
corpus ou habeas data. Também tem, portanto, caráter residual. A Lei 
nº 12.016/09 disciplina o mandado de segurança individual e coletivo. 
Veja o que a referida lei dispõe no seu art. 21 e parágrafo único:
Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado 
por partido político com representação no Congresso Nacional, na 
defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou 
à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de 
classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento 
há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos 
da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na 
forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, 
dispensada, para tanto, autorização especial. 
Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado de segurança 
coletivo podem ser: 
I - Coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, 
de natureza indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de 
pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação 
jurídica básica; 
II - Individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, 
os decorrentes de origem comum e da atividade ou situação específica 
da totalidade ou de parte dos associados ou membros do impetrante.
Basicamente, as provas objetivas que não cobram a lei nº 12.016/09 
exploram os legitimados ativos aptos a impetrar o mandado de 
segurança coletivo conforme a Constituição Federal. Vejamos:
01. Partido político, mas desde que esse partido tenha representação 
no Congresso Nacional. Entenda: o partido político terá que ter pelo 
menos um deputado federal ou um senador dentro do Congresso 
Nacional como seu representante;
02. Organização sindical, não importando por quanto tempo se 
encontre em funcionamento;
03. Entidade de classe, não importando por quanto tempo se encontre 
em funcionamento;
04. Associação, desde que legalmente constituída e em funcionamento 
há pelo menos 1 ano.
Lembre-se:
Conforme já estudamos no inciso XXI, uma associação funcionará 
como substituta processual de seus filiados quando for para impetrar 
mandado de segurança coletivo e, nesse caso, não há que se falar em 
autorização para representação.
Nas palavras de Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino11:
11 Direito Constitucional Descomplicado, Método, p.262.
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“No mandado de segurança coletivo, o interesse invocado pertence 
a uma categoria, agindo o impetrante - partido político, organização 
sindical, entidade de classe ou associação - como substituto processual 
na relação jurídica. Com efeito, a legitimação das entidades acima 
enumeradas, para a segurança coletiva, é extraordinária, ocorrendo, 
em tal caso, substituição processual. Por isso, não se exige a 
autorização expressa dos titulares do direito, diferentemente do que 
ocorre no caso do inciso XXI do art. 5º da Carta Política, que contempla 
caso de representação (e não de substituição)”.
Atenção!
Perceba que a organização sindical, a entidade de classe e a associação 
poderão impetrar mandado de segurança coletivo, mas somente 
em defesa dos interesses de seus membros ou associados. Se uma 
associação precisar recorrer ao Judiciário em defesa de seu direito 
particular líquido e certo, por exemplo, deverá impetrar mandado 
de segurança e não mandado de segurança coletivo. Essa restrição 
não se aplica aos partidos políticos com representação no Congresso 
Nacional. Fique atento!
Por fim, vale ressaltar que se trata de uma ação paga, não isenta de 
custas.
LXXI - Conceder-se-á MANDADO DE INJUNÇÃO sempre que a falta 
de NORMA REGULAMENTADORA torne inviável o exercício dos direitos 
e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania;
O mandado de injunção é cabível diante da omissão de norma 
regulamentadora que inviabilize o exercício de um direito e liberdade 
constitucionalmente assegurados e de prerrogativas relativas à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Entenda “falta de norma regulamentadora” como normas totais ou 
parciais. Assim, ainda que exista lei regulamentando o exercício de 
determinado direito, se esta for insuficiente para o exercício, será cabível 
mandado de injunção.
Por fim, qualquer pessoa física ou jurídica que esteja com seu direito 
sendo cerceado pela omissão de norma regulamentadora poderá 
impetrar mandado de injunção. Além disso, tal recurso não é gratuito 
sendo necessária a assistência de advogado.
LXXII - Conceder-se-á HABEAS DATA:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando NÃO se prefira fazê-lo por processo 
sigiloso, judicial ou administrativo.
De acordo com o inciso em análise, o habeas data possui duas 
finalidades:
	Assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante;
	Retificar dados.
O habeas data é uma ação de natureza personalíssima, isto é, não se 
pode impetrar esse recurso com a finalidade de obter informações 
de terceiros, mas apenas relativas à própria pessoa que estiver 
requerendo.
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Perceba que o habeas data, portanto, e como já vimos, não se trata 
de remédio constitucional para assegurar o direito de obter certidões 
(XXXIV, b) ou informações de interesse particular, coletivo ou geral 
(XXXIII). Para estes direitos, o remédio cabível é o mandado de 
segurança. Também não há que se falar em

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