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Cinematografia 
 
 AV1 
 
 
 
Aluna: 
Samily Gnatta: 2021101170 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
RJ 
 
 
“Ela” retrata a simplicidade de maneira subjetiva, causando a aproximação ao público em planos 
fechados com efeitos sonoros ínfimos, mas essencial para analisar a figura principal de maneira 
única na narrativa. Um filme em forma de poesia, uma história escrita baseada em histórias 
contadas pelo personagem. No final das contas, ele mesmo escreveu a sua própria carta. O ator 
acaba vivendo uma eterna ilusão dentro da tecnologia, o amor, sobre tudo, é mostrado de maneira 
diferente do habitual. “Ela”, retrata o reflexo de uma sociedade solitária, marcada pela 
dependência por atenção do que quer que seja. Hoje, a sociedade vive o caos, a pandemia trouxe 
alguns reflexos que podem ser análogos ao filme, até onde a tecnologia pode levar o ser humano 
ao ápice dos seus sentimentos de exílio? 
“Que horas ela volta?”, é um filme não tão diferente quanto ao citado anteriormente, se baseia em 
uma história de drama com interpretações hipérboles sobre uma sociedade em que a hierarquia 
ainda é enraizada no trabalho doméstico. A protagonista, por sua vez, leva uma vida cheia de 
regras dotadas pelo o que ela retrata como respeito e “já nascemos sabendo que será assim”, a 
trama transpõe de mudanças quando a sua filha chega na cidade em que ela mora, e a narrativa 
torna-se ainda mais uma crítica social. 
Para caracterizar essas duas obras, é importante voltar alguns processos artísticos que foram 
essências para a construção das narrativas cinematográficas. Porém, umas principais 
características do pioneirismo do cinema, era o exagero, planos abertos e narrados de maneira 
teatral, figurino expressivo, o visual contava tanto quanto a história, como o expressionismo 
alemão, o cinema surrealista, o impressionismo francês, por exemplo, em que os padrões artísticos 
recriaram a maneira de se fazer arte, usando temas livres da vida moderna, datada de elementos 
visuais em sua carga afetiva, poética e misteriosa. 
“Ela” e “Que horas ela volta?” podem ser determinadas por obras com reflexos do cinema 
neorrealista, que ao contrário do cinema tradicional, em que a ficção tinha sua carga de 
importância, esse movimento retrata uma realidade sólida por meio de críticas sobre a sociedade. 
Não obstante, as narrativas ainda perpassam também por traços do nouvelle vague, por retratar o 
a amor de maneira livre e subjetivo, trazendo à tona um pensamento particular do personagem 
dentro da história. 
Dois filmes importantes que fazem os expectadores terem suas próprias reflexões ao final da 
trama, característica marcante de alguns movimentos citados anteriormente. O Roteiro, por sua 
vez, é extremamente detalhista na maneira como tratar os trejeitos e sentimentos singulares 
dos protagonistas.