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Gabarito_Português_Módulo14_7ano

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Questões resolvidas

O uso do pronome o, nesse contexto, respeita as regras gramaticais porque se empregam pronomes oblíquos na função de objeto.
Explique por que, nessa fala, a escolha do pronome o respeita as regras gramaticais da língua portuguesa. Em seguida, explique por que, nesse contexto, o uso do pronome ele seria inadequado.

A poesia costuma explorar a duplicidade de significados das palavras a ponto de, muitas vezes, produzir ambiguidade. Evidencie os dois sentidos que o vocábulo Luzia assume no último verso. A seguir, indique a classe gramatical de cada uma dessas interpretações.

Aponte o referente do pronome a, que se repete ao longo do poema. Classifique, de forma completa, esse pronome.

Explique por que o uso do pronome em “Molha eu!” desrespeita as regras gramaticais do português. Como fica essa frase quando o falante deseja obedecer à norma-padrão?

Releia: “eu tive que intervir, com medo de que se machucassem!”. O uso do pronome oblíquo se nessa passagem apresenta ambiguidade. Aponte os dois valores que ele manifesta nesse contexto de uso.

Em “Pois Ceci desejou ver uma onça, Peri a foi buscar”, o termo em destaque é um pronome. Em qual das frases a seguir, o termo destacado também é um pronome?
a) “Quando Ceci acha bonita uma flor, Peri não vai buscar? perguntou o índio.” (5º parágrafo)
b) “Quando Ceci ouve cantar o sofrer, Peri não o vai procurar?” (7º parágrafo)
c) “Mas estava resolvida a conservar a sua severidade [...].” (11º parágrafo)
d) “Mas então, exclamou a menina com um assomo de impaciência [...].” (14º parágrafo)

Na frase “Tudo é o mesmo, desde que te causa prazer, senhora” (13º parágrafo), o pronome te classifica-se como:
a) pessoal reto.
b) pessoal oblíquo tônico.
c) pessoal oblíquo átono.
d) pessoal reflexivo.

Com base no contexto, o pronome do trecho “[...] o homem não pode tocá-la [...]” (20º parágrafo) refere-se a:
a) nuvem.
b) terra.
c) Ceci.
d) noite.

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Questões resolvidas

O uso do pronome o, nesse contexto, respeita as regras gramaticais porque se empregam pronomes oblíquos na função de objeto.
Explique por que, nessa fala, a escolha do pronome o respeita as regras gramaticais da língua portuguesa. Em seguida, explique por que, nesse contexto, o uso do pronome ele seria inadequado.

A poesia costuma explorar a duplicidade de significados das palavras a ponto de, muitas vezes, produzir ambiguidade. Evidencie os dois sentidos que o vocábulo Luzia assume no último verso. A seguir, indique a classe gramatical de cada uma dessas interpretações.

Aponte o referente do pronome a, que se repete ao longo do poema. Classifique, de forma completa, esse pronome.

Explique por que o uso do pronome em “Molha eu!” desrespeita as regras gramaticais do português. Como fica essa frase quando o falante deseja obedecer à norma-padrão?

Releia: “eu tive que intervir, com medo de que se machucassem!”. O uso do pronome oblíquo se nessa passagem apresenta ambiguidade. Aponte os dois valores que ele manifesta nesse contexto de uso.

Em “Pois Ceci desejou ver uma onça, Peri a foi buscar”, o termo em destaque é um pronome. Em qual das frases a seguir, o termo destacado também é um pronome?
a) “Quando Ceci acha bonita uma flor, Peri não vai buscar? perguntou o índio.” (5º parágrafo)
b) “Quando Ceci ouve cantar o sofrer, Peri não o vai procurar?” (7º parágrafo)
c) “Mas estava resolvida a conservar a sua severidade [...].” (11º parágrafo)
d) “Mas então, exclamou a menina com um assomo de impaciência [...].” (14º parágrafo)

Na frase “Tudo é o mesmo, desde que te causa prazer, senhora” (13º parágrafo), o pronome te classifica-se como:
a) pessoal reto.
b) pessoal oblíquo tônico.
c) pessoal oblíquo átono.
d) pessoal reflexivo.

Com base no contexto, o pronome do trecho “[...] o homem não pode tocá-la [...]” (20º parágrafo) refere-se a:
a) nuvem.
b) terra.
c) Ceci.
d) noite.

Prévia do material em texto

Yaqub havia esticado alguns palmos. E à medida que se aproximava do cais, o pai comparava o corpo 
do filho recém-chegado com a imagem que construíra durante os anos da separação. Ele carregava um 
farnel de lona cinza, surrado, e debaixo do boné verde os olhos graúdos arregalaram com os vivas e a 
choradeira dos militares da Força Expedicionária Brasileira.
Halim acenou com as duas mãos, mas o filho demorou a reconhecer aquele homem vestido de bran-
co, um pouco mais baixo do que ele. Por pouco não esquecera o rosto do pai, os olhos do pai e o pai por 
inteiro. Apreensivo, ele se aproximou do moço, os dois se entreolharam e ele, o filho, perguntou: “Baba?”. 
E depois os quatro beijos no rosto, o abraço demorado, as saudações em árabe. Saíram da praça Mauá 
abraçados e foram até a Cinelândia. O filho falou da viagem e o pai lamentou a penúria em Manaus, a 
penúria e a fome durante os anos da guerra. […]
HATOUM, Milton. Dois irmãos. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 13-14.
Milton Hatoum nasceu em Manaus, em 1952. É professor 
universitário, romancista, contista e tradutor.
B I O G R A F I A
O primeiro parágrafo do trecho permite-nos identificar a origem libanesa da família, assim como 
o local e o tempo cronológico em que ocorre a cena: o cais na praça Mauá, no Rio de Janeiro, por 
ocasião do retorno dos militares brasileiros enviados à Itália durante a Segunda Guerra Mundial. 
Também conhecemos algumas das características de Yaqub e notamos a comparação entre esse 
filho e o outro, o Caçula. A descrição do recém-chegado é mais detalhada no parágrafo seguinte.
No terceiro parágrafo, ocorre o encontro entre o pai e o filho que volta do Líbano. Então temos 
ideia de que a família vive em Manaus e de que a guerra provocou problemas na região.
A relação entre Yaqub e o Caçula (Omar) é o centro da narrativa, que tem outros personagens 
ligados à família e a Manaus. Ao longo da história, acompanhamos o desenvolvimento do drama 
familiar e as mudanças ocorridas na capital do Amazonas.
SITUAÇÃO-PROBLEMA
Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das questões sinalizadas com asterisco.
Observe esta tirinha do gato Garfield.
DAVIS, Jim. Garfield. Disponível em: <http://4.bp.blogspot.com/-7yc728uELbA/T5ijBIC73_I/AAAAAAAAAg8/
ed3AJCmvf1Y/s640/aranha3.png>. Acesso em: 7 ago. 2017.
 � Identifique o referente do pronome utilizado na fala do gato no segundo quadrinho.
O referente do pronome o é “Seu marido”.
 Explique por que, nessa fala, a escolha do pronome o respeita as regras gramaticais da língua por-
tuguesa. Em seguida, explique por que, nesse contexto, o uso do pronome ele seria inadequado.
O uso do pronome o, nesse contexto, respeita as regras gramaticais porque se empregam pronomes oblíquos na 
função de objeto. Por outro lado, o uso do pronome ele seria inadequado porque os pronomes retos não devem atuar
como objeto, mas como sujeito.
Glossário
Farnel: recipiente 
com comida para 
uma viagem.
Força 
Expedicionária 
Brasileira: 
delegação militar 
organizada em 
1943, durante a 
Segunda Guerra 
Mundial, e enviada 
à Europa para 
integrar as tropas 
dos países Aliados 
(Estados Unidos, 
Reino Unido e 
outros) contra as 
potências do Eixo 
(cujos principais 
países eram 
Alemanha, Itália e 
Japão).
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PRATICANDO O APRENDIZADO
1 Reescreva as frases substituindo os segmentos em destaque 
pelos pronomes retos adequados. Ao fazer a substituição, 
atente para o número e a pessoa do pronome escolhido.
a) Eu e vovó íamos juntos à feira.
Nós íamos juntos à feira.
b) Tu e Laura pretendeis voltar hoje?
Vós pretendeis voltar hoje?
c) Depois do cancelamento do evento, doutor Felipe 
e sua esposa foram jantar.
Depois do cancelamento do evento, eles foram jantar.
d) Com as chuvas fortes, a funcionária ficou presa na 
empresa.
Com as chuvas fortes, ela ficou presa na empresa.
2 Sublinhe os pronomes pessoais que atuem como sujeito 
e circule os que não forem sujeito.
a) Tu sabes que eu faço tudo por ti.
b) Nós contamos para elas a verdade que as incomodava.
c) Ele vem criando intrigas sobre mim.
d) Eu tenho percebido que alguns colegas não falam 
contigo.
3 Reescreva as frases substituindo os segmentos em negrito 
pelos pronomes oblíquos adequados. Ao fazer a substitui-
ção, considere o número e a pessoa do pronome escolhido.
a) Os feirantes cumprimentavam a mim e vovó na feira.
Os feirantes nos cumprimentavam na feira./Os feirantes 
cumprimentavam-nos na feira.
b) Devo encontrar a ti e Laura mais tarde?
Devo encontrar-vos mais tarde?
c) No restaurante, eu vi doutor Felipe e sua esposa.
No restaurante, eu os vi.
d) Por não ter conseguido voltar para casa, a chefe deu 
para a funcionária dois dias de descanso.
Por não ter conseguido voltar para casa, a chefe lhe deu dois dias 
de descanso./Por não ter conseguido voltar para casa, a chefe 
deu-lhe dois dias de descanso.
4 Classifique, nos contextos a seguir, os pronomes n ós, 
vós e ele(s)/ela(s) em reto ou oblíquo tônico.
a) Nós não temos nada a favor dela.
Nós: reto; ela: pronome oblíquo tônico.
b) Nos últimos meses, ele tem feito muito por nós.
Ele: reto; nós: pronome oblíquo tônico.
c) Mesmo com os últimos incidentes, elas ainda con-
fiam muito em vós.
Elas: reto; vós: pronome oblíquo tônico.
d) Vós ainda desejais contar com a confiança delas?
Vós: reto; elas: pronome oblíquo tônico.
5 Preencha as lacunas com os pronomes pessoais eu ou 
mim, de acordo com as regras gramaticais de uso des-
ses pronomes.
a) Está complicado para mim perceber 
os aproveitadores.
b) Meus pais se esforçaram para eu ter 
a chance de estudar.
c) Para eu fazer a prova com segurança, 
fiz todos os exercícios.
d) Trará bastante tranquilidade para mim 
fazer a prova agora.
6 Indique se os pronomes oblíquos destacados assumem 
valor de posse, de reciprocidade ou de reflexividade.
a) Abraçaram-se após o desentendimento.
recíproco
b) Nós nos perguntamos se essa dúvida será resolvida.
reflexivo
c) Os candidatos ofenderam-se durante o debate.
recíproco
d) Pai e filho barbearam-se para comparecer ao casamento.
reflexivo
e) Peguei-lhe o braço e constatei estar com febre.
posse
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Glossário
Órion: nome de uma constelação.
Leia o texto reproduzido a seguir para responder às questões 3 a 6.
[…]
Fiquei reparando... tirar as camisetas foi como que uma libertação para os meninos. Comecei a perceber que até mesmo 
sua movimentação tinha ficado diferente — seria “viagem” minha? Eles, num instante, tinham “virado” moleques de quintal, 
como os dos quintais da minha infância: subiam na amoreira, exibiam os “muques”, se mostravam fortes e pulavam feito cabri-
tos. Organizaram uma brincadeira de luta na qual eu tive que intervir, com medo de que se machucassem! Mas eles tinham se 
transformado em homenzinhos valentes e saíram chutando a terra, reclamando que eu era chata. Morri de rir. Nessa altura, a 
cara deles estava uma meleira e as das meninas não estava muito atrás, não. Foi então que tive a ideia de pedir emprestada ao 
Nilton, da manutenção, a mangueira da escola. Minha intenção era ape-
nas lavar os pés, os rostos e as mãos das crianças antes de entrarmos, 
mas qual o quê!! “Molha eu! Molha eu!” eles gritavam, e acabaram se 
molhando muito mais do que eu queria. Até as meninas entraram 
na brincadeira. Fiz um grande arco com o esguicho d'água que eles 
tinham que atravessar por baixo… fiz cobrinhas de água rente ao 
chão, que eles tinham que pular sem encostar — mas que é claro 
que, de propósito, terminavam pulando bem em cima, espirrandoágua para todos os lados, inclusive nas meninas, que davam puli-
nhos e gritinhos de “Para!”, mas que eu percebia, estavam adoran-
do, pela correria e pelos risinhos.
[...]
CADERNOS da Rede: formação de professores. São Paulo: 
Secretaria Municipal de Educação, 2010. p. 17. 
Disponível em: <http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Portals/1/Files/15088.pdf>. 
Acesso em: 8 ago. 2017.
APLICANDO O CONHECIMENTO
Leia o poema abaixo para responder às questões 1 e 2.
Órion
A primeira namorada, tão alta
que o beijo não a alcançava,
o pescoço não a alcançava, 
nem mesmo a voz a alcançava. 
Eram quilômetros de silêncio.
Luzia na janela do sobradão.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo: menino antigo. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2017. p. 284.
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, em Minas 
Gerais, em 1902. Foi poeta, cronista, contista, tradutor e 
funcionário público. Faleceu no Rio de Janeiro em 1987.
B I O G R A F I A
1 A poesia costuma explorar a duplicidade de significados 
das palavras a ponto de, muitas vezes, produzir ambi-
guidade. Evidencie os dois sentidos que o vocábulo 
Luzia assume no último verso. A seguir, indique a classe 
gramatical de cada uma dessas interpretações.
O vocábulo Luzia pode ser interpretado como um verbo (o ato de 
luzir, ou seja, de brilhar) e também como um substantivo próprio, que
denomina, no contexto, a amada do eu lírico.
2 Aponte o referente do pronome a, que se repete ao 
longo do poema. Classifique, de forma completa, esse 
pronome.
O pronome oblíquo átono a refere-se a “A primeira namorada”.
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Apesar de ser um pronome pessoal, o vocábulo eles 
assume classificações distintas nos trechos citados. Dê 
essas classificações e ofereça um argumento que sirva 
para diferenciá-los.
No primeiro caso, eles é pronome pessoal reto; no segundo, é 
pronome pessoal oblíquo tônico. Isso ocorre porque apenas o 
primeiro ocupa a função sintática de sujeito da oração.
6 A frase “Até as meninas entraram na brincadeira” de-
monstra que o narrador se surpreende com a atitude 
tomada pelas meninas. Explique, com suas palavras, 
em que consiste essa surpresa.
Não era esperado pela narradora que meninas apreciassem a 
brincadeira com água; a narradora supôs que fosse uma diversão 
comum aos meninos, mas não a elas.
 
3 Explique por que o uso do pronome em “Molha eu!” 
desrespeita as regras gramaticais do português. Como 
fica essa frase quando o falante deseja obedecer à nor-
ma-padrão?
A frase está incorreta porque o pronome reto foi usado na função de 
objeto direto. Construção adequada: “Molha-me”.
4 Releia: “eu tive que intervir, com medo de que se ma-
chucassem!”. O uso do pronome oblíquo se nessa pas-
sagem apresenta ambiguidade. Aponte os dois valores 
que ele manifesta nesse contexto de uso.
O se pode ser reflexivo ou recíproco.
5 Releia estes trechos:
[...] eles tinham se transformado em homenzinhos va-
lentes [...].
[...] a cara deles estava uma meleira [...].
A seguir, leia o trecho de um romance e responda às questões sobre ele.
DESENVOLVENDO HABILIDADES
O Guarani
[…]
— Tu, senhora, zangada com Peri! Por quê? 
— Porque Peri é mau e ingrato; em vez de ficar perto de sua 
senhora, vai caçar em risco de morrer! disse a moça ressentida.
— Ceci desejou ver uma onça viva! 
— Então não posso gracejar? Basta que eu deseje uma 
coisa para que tu corras atrás dela como um louco? 
— Quando Ceci acha bonita uma flor, Peri não vai bus-
car? perguntou o índio. 
— Vai, sim. 
— Quando Ceci ouve cantar o sofrer, 
Peri não o vai procurar? 
— Que tem isso? 
— Pois Ceci desejou ver uma onça, 
Peri a foi buscar.
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Ressentido: 
magoado.
Sofrer: pássaro 
de corpo 
avermelhado e 
asas pretas.
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A seguir, leia o trecho de um romance e responda às questões sobre ele.
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1 Em “Pois Ceci desejou ver uma onça, Peri a foi buscar”, o 
termo em destaque é um pronome. Em qual das frases 
a seguir, o termo destacado também é um pronome?
a) “Quando Ceci acha bonita uma flor, Peri não vai bus-
car? perguntou o índio.” (5º parágrafo)
b) “Quando Ceci ouve cantar o sofrer, Peri não o vai 
procurar?” (7º parágrafo)
c) “Mas estava resolvida a conservar a sua severidade 
[...].” (11º parágrafo)
d) “Mas então, exclamou a menina com um assomo de 
impaciência [...].” (14º parágrafo)
2 Releia: “— Quando Ceci acha bonita uma flor, Peri não 
vai buscar? perguntou o índio” (5º parágrafo). O uso 
dos substantivos Ceci e Peri chama a atenção no con-
texto. O estranhamento é decorrente do fato de esses 
substantivos:
a) nomearem seres desnecessariamente, pois já se 
conhecem.
b) serem de 3ª pessoa apesar de marcarem os interlo-
cutores.
c) mostrarem confusão do índio na referência às pes-
soas do discurso.
d) estabelecerem distanciamento de Peri em relação à 
Ceci.
3 Na frase “Tudo é o mesmo, desde que te causa prazer, 
senhora” (13º parágrafo), o pronome te classifica-se 
como:
a) pessoal reto.
b) pessoal oblíquo tônico.
c) pessoal oblíquo átono.
d) pessoal reflexivo.
4 Com base no contexto, o pronome do trecho “[...] o ho-
mem não pode tocá-la [...]” (20º parágrafo) refere-se a:
a) nuvem.
b) terra.
c) Ceci.
d) noite.
José de Alencar nasceu em Messejana, no Ceará, em 1829. 
Foi romancista, contista, político. Trata-se de um dos grandes 
nomes da literatura brasileira. Faleceu no Rio de Janeiro, 
em 1877.
B I O G R A F I A
Cecília não pôde reprimir um sorriso ouvindo esse silo-
gismo rude, a que a linguagem singela e concisa do índio 
dava uma certa poesia e originalidade.
Mas estava resolvida a conservar a sua severidade, e ralhar 
com Peri por causa do susto que lhe havia feito na véspera. 
— Isto não é razão, continuou ela; porventura um animal 
feroz é a mesma coisa que um pássaro, e apanha-se como 
uma flor?
— Tudo é o mesmo, desde que te causa prazer, senhora. 
— Mas então, exclamou a menina com um assomo de 
impaciência, se eu te pedisse aquela nuvem?... 
E apontou para os brancos vapores que passavam ainda 
envolvidos nas sombras pálidas da noite. 
— Peri ia buscar. 
— A nuvem? perguntou a moça admirada. 
— Sim, a nuvem. 
Cecília pensou que o índio tinha perdido a cabeça; ele 
continuou: 
— Somente como a nuvem não é da terra e o homem não 
pode tocá-la, Peri morria e ia pedir ao Senhor do céu a nuvem 
para dar a Ceci.
Estas palavras foram ditas com a 
simplicidade com que fala o coração. 
A menina que um momento duvida-
ra da razão de Peri, compreendeu toda 
a sublime abnegação, toda a delicadeza 
de sentimento dessa alma inculta.
A sua fingida severidade não pôde 
mais resistir; deixou pairar nos seus lá-
bios um sorriso divino.
[…]
ALENCAR, José de. O Guarani. São Paulo: Ática, 1996. Disponível em: 
<www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000135.pdf>. Acesso em: 6 set. 2017.
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Glossário
Silogismo: 
raciocínio.
Singelo: delicado.
Conciso: resumido.
Severidade: rigor.
Ralhar: repreender.
Assomo: ímpeto, 
ação inesperada.
Abnegação: 
superação do 
egoísmo.
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