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Nome: ANDRESSA FERNANDA DAUMAS FARIA DE ALMEIDA Matrícula: 19116080115 Polo: NITERÓI Disciplina: Alfabetização 1 Coordenação: Carla Sass Sampaio Mediadoras pedagógicas: Maria Cristina Corais e Tânia Mara Barreto Alves APX1 – 2021.1 Avaliação Escrita Presencial Valor: 10,0 Caro estudante, esta é a sua primeira avaliação “presencial”, que precisará fazer on-line. É composta por apenas 5 questões. As 5 questões discursivas solicitam a produção de respostas dissertativas não muito longas, mas sim objetivas, coerentes, bem fundamentadas e, claro, escritas de modo legível em linguagem formal e acadêmica, respeitando o limite de linhas. Lembre-se de que um texto acadêmico, como os solicitados nessas questões, deve articular os saberes construídos por você e os textos lidos ao longo do curso. A equipe de Alfabetização 1 lhe deseja um excelente trabalho! Prezado estudante, solicitamos que ateste sua ciência na prova a ser entregue, preenchendo o termo de conduta abaixo com seu nome completo e matrícula. Declaro assumir o compromisso de confidencialidade e de sigilo escrito, fotográfico e verbal sobre as questões do exame ou avaliação pessoal que me serão apresentadas, durante o curso desta disciplina. Comprometo-me a não revelar, reproduzir, utilizar ou dar conhecimento, em hipótese alguma, a terceiros, e a não utilizar tais informações para gerar benefício próprio ou de terceiros. Reitero minha ciência de que não poderei fazer cópia manuscrita, registro fotográfico, filmar ou mesmo gravar os enunciados que me são apresentados. Declaro, ainda, estar ciente de que o não cumprimento de tais normas caracterizará infração ética, podendo acarretar punição de acordo com as regras da minha universidade. Dê seu ciente aqui: Nome completo: ANDRESSA FERNANDA DAUMAS FARIA DE ALMEIDA Matrícula: 19116080115 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO QUESTÃO 1 (Valor: 2,0) Alfabetização é uma questão de cidadania. A aprendizagem da leitura e da escrita está vinculada à capacidade/possibilidade de ler e interpretar o mundo criticamente, de compreender melhor a sociedade em que vive e de participar de forma responsável e crítica na construção de um mundo mais humanizado. PÉREZ, C. L. V.; MELLO, M. B. de. Alfabetização: conteúdo e forma. Rio de Janeiro: Cecierj, 2016. p. 18. No trecho destacado acima, a professora Isabel relaciona a função social da escola com a ética do ato educativo. Com base no trecho destacado, nos textos lidos ao longo do curso, reflita sobre a função social da escola,apresentando as diferenças entre a abordagem economicista e a abordagem educativa. Dê um exemplo de situação de sala de aula ou uma atividade a ser feita em uma turma de alfabetização para cada uma das abordagens. RESPOSTA: A função social da escola é promover o dialogismo, estimular que as potencialidades afetivas, físicas e cognitivas se desenvolvam para a formação de cidadãos críticos e participativos na sociedade, com consciência do seu papel na construção de uma sociedade com oportunidades para todos. Na abordagem economicista, a educação está ligada à produtividade e formação de mão de obra qualificada, e com isso contribuir para aumentar a renda, tendo a formação somente como informação para diminuir a desigualdade social e a pobreza. Exemplo: Exigência por parte do educador, que se decore verbos em determinado tempo para uma prova oral, valorizando assim somente a reprodução de algo já pronto, visando somente o resultado final. Já na abordagem educativa, ler e interpretar o mundo depende da aprendizagem da leitura e escrita para melhor compreensão da sociedade para a formação de cidadãos críticos, melhorando a qualidade da condição humana, transformando valores relacionados à ética e transformação de mundo. Exemplo: Solicitar que os alunos levem brinquedos para a aula e a partir daí, trabalhar letra inicial, histórias, sílabas, quantidade de letras do nome do brinquedo, promovendo a interação, o diálogo, resgatar saberes e vivências, produzindo cidadãos mais criativos e com autonomia. QUESTÃO 2 (Valor: 2,0) O período histórico que vai da Antiguidade até o século XVII busca compreender como o conceito de alfabetização sofreu mudanças a partir dos diferentes modelos sociais e políticos vigentes na Europa, focalizando especificamente a influência dos grupos religiosos na Idade Média e início da Idade Moderna, sendo a Igreja Católica e as igrejas da Reforma Protestante os principais grupos a serem analisados. A partir das leituras realizadas por você das aulas 3 e 4 do Volume 1, Módulo 1, de Alfabetização 1, e do texto complementar 2, retome o material de estudo e escreva, com suas palavras, sobre as concepções de leitura, escrita e alfabetização de cada período. RESPOSTA: Antes do surgimento das escolas de massa, já existia o ato de alfabetizar, porém restrito a poucos. Na antiguidade, o ensino era dialogado, entre o mestre e o aprendiz, porém, era fundamentado com base teórica e coletiva. Os religiosos é que passaram a fazer registros a partir da escrita, pois pertenciam ao clero e tinham acesso às escrituras sagradas, tendo assim o domínio da escrita e leitura. Da idade média até a moderna, a igreja monopolizou o ensino, dando-lhe cunho espiritual e tirando o foco social do ato de alfabetizar. E via também, a escrita como um trabalho intelectual, ficando assim os alunos limitados a uma educação oral. Nos mosteiros, o aprendiz passou a realizar sua leitura de forma silenciosa e com isso, se tornando independente. O advento da imprensa foi importante nesse processo, pois começaram a surgir os livros. A Literatura bíblica surgiu com o objetivo de resgate de almas e com isso, a alfabetização ganhou um olhar humanista, com livros bíblicos traduzidos de acordo com cada língua, melhorando o acesso a eles. Com o capitalismo no século XVII, viu-se a necessidade de mão de obra qualificada e para isso, tiveram que instruir os cidadãos, deixando a educação com uma visão economicista, com o único objetivo de lucrar através do crescimento da economia. QUESTÃO 3 (Valor: 2,0) Leia os trechos abaixo: A escola brasileira atende em sua grande maioria crianças e jovens que são filhos e filhas das classes populares. Que ideias temos sobre eles, sobre seus modos de pensar, fazer, se comportar? A sociedade brasileira, formada sob o signo da colonização europeia, sofre, ainda hoje, os impactos desse desencontro violento. O resultado, muitas vezes, é que narramos nossas crianças como incapazes de aprender e culpadas pelo fracasso que obtêm em sua escolaridade”. PÉREZ, C. L. V.; MELLO, M. B. de. Alfabetização: conteúdo e forma. Rio de Janeiro: Cecierj, 2016. p. 32 A afirmação da dimensão política do fracasso escolar requer uma atuação política no trabalho pedagógico. Os/As professores/as são indispensáveis para que todas as crianças se alfabetizem. O trabalho de formação é igualmente relevante quando nele se desvelam as amarras ideológicas que impedem as ações e se revelam as possibilidades de ruptura com esses obstáculos. ESTEBAN, Maria Teresa. Diálogos sobre formação docente comprometida com uma escola pública popular. SÉRIE-ESTUDOS, v. 20, 2019, p. 177. A partir das leituras da disciplina e suas reflexões sobre os altos índices do fracasso escolar no Brasil, escreva um parágrafo crítico sobre este fenômeno, destacando as formas pelas quais o fracasso é produzido e legitimado dentro do espaço escolar e as relações com a reprovação, a evasão escolar, o sistema de ciclos, a seriação os métodos de ensino e as questões pedagógicas. RESPOSTA: Geralmente atribui-se o fracasso escolar a uma questão social, justificando que famílias pobres não dão conta de experiências culturais satisfatórias para a garantia de um bom trabalho educativo, porém essa questão é complexae envolve muitos aspectos dentro da escolarização. Tanto a avaliação continuada, quanto a organização escolar por ciclos, convergem em suas tentativas de garantir formas contínuas de avaliação de desempenho dos alunos, portanto, o sistema de ciclos apesar de estar em várias possibilidades de promoção dos alunos, faz com que a avaliação não seja a única responsável, mas certamente uma vilã nesse contexto de fracasso escolar além da hipótese de que a seriação desrespeita o desenvolvimento, provoca diversas reprovações, colaborando dessa forma, para a evasão escolar, fatos sempre combatidos pedagogicamente com políticas de promoção automática. As instituições de ensino precisam se comprometer com a sua função social, pois só fracasso escolar não é fruto da alta taxa de evasão muito menos da repetência, mas da concepção de escola que deve ser analisada para perceberem que o ciclo não é a saída para esse problema, mas sim mudanças, que devem ser estruturais. QUESTÃO 4 (Valor: 2,0) A professora Ana, de uma turma de alfabetização, leva todos os dias para a sala de aula um livro de literatura infantil e o lê para os alunos. Ao terminar, pergunta qual foi a parte da história que eles mais gostaram, estimula-os a manifestarem opiniões e comentários sobre a história. Ainda costuma, ao término da contagem da história, fazer o registro na lousa ou numa folha de papel grande, do título da história e uma pequena síntese do texto lido com a participação das crianças, mesmo que estas não estejam com sua base alfabética pronta. Finaliza lendo em voz alta o que escreveu, acompanhando com o dedo cada palavra do texto. Nessa escola onde Ana trabalha, a biblioteca é pequena e com poucos livros, por esse motivo, ela pediu a contribuição das crianças para que trouxessem livros, revistas ou jornais de suas casas. No dia seguinte ao pedido, recebeu um bilhete de Maria, mãe de um aluno, questionando-a sobre o motivo do pedido, já que a maioria das crianças daquela turma ainda não sabia ler. Escreva uma resposta para o questionamento da mãe, explicando os motivos e apresentando duas justificativas pedagógicas que deverão fundamentar a resposta da Professora Ana à mãe do aluno. RESPOSTA: Assim como Paulo Freire, que defende a Educação com a participação dos alunos, a professora quis uma educação co-participante, com envolvimento dos alunos, mesmo que este não saiba ler, mas ao pegar e manusear o livro, ele está trabalhando com o concreto, além de mostrar aos pais o envolvimento da criança com a contação de histórias. QUESTÃO 5 (Valor: 2,0) “Para a professora, a primeira turma de alfabetização é uma responsabilidade que preocupa e assusta. Colegas de trabalho e famílias dos alunos estão atentos aos resultados. Quem tem êxito constrói uma reputação valiosa. Quem fracassa, recebe no ano seguinte uma turma mais fraca, de crianças mais pobres, repetentes, que não têm quem olhe por elas”. CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e letrar: um diálogo entre a teoria e a prática. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015. No trecho destacado do livro “Alfabetizar e letrar: um diálogo entre a teoria e a prática”, a autora Marlene Carvalho discute sobre o tempo de ensinar a ler e as fragilidades de muitos professores alfabetizadores recém-formados no início de suas vidas profissionais. A mesma autora traz uma indagação “Por que muitas professoras consideram difícil ensinar a ler?”. Será sua vez de refletir sobre a temática. Construa um texto com suas reflexões e levantamento de hipóteses para responder a esta pergunta, fazendo relação com o trecho destacado do livro. RESPOSTA: Humanizar o ensino é a chave de todo aprendizado, e por ter todo esse envolvimento afetivo e tanta técnica, a alfabetização acaba sendo desafiadora para professores recém-formados e sem preparo para as dificuldades do caminho.A prática precisa estar comprometida com o ser humano, pois lidamos com realidades diferentes e devemos adaptá-las a cada aluno, de acordo com seus saberes, para que não haja um abismo entre ambos. Assim como dito por Freire, devemos olhar a história de cada aluno e compreender que a educação são todas as suas vivências, não somente em sala de aula, mas as peculiaridades da forma que cada um tem de aprender.
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