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➢ Normalmente ficam localizadas no corpo, principalmente na pele. • Chamadas de microbiota habitual • Geralmente não causam doença ➢ bacilos gram positivos podem causar algumas infecções importantes na veterinária: carbúnculo hemático, infecções enterocócicas, listeriose. ➢ Cocos gram positivos: infecções por Staphylococcus spp., pneumocócicas, estreptocócicas. ➢ Grande importância na resistência aos antibióticos: • Sthaphylococcus aureus é resistente a meticilina – SARM • Resistente à maioria dos antibióticos que estão relacionados à penicilina MORFOLOGIA BACILLUS GÊNERO BACILLUS ➢ Bacilos gram positivos grandes. ➢ Produzem endósporos. ➢ Anaeróbios facultativos ou aeróbios. ➢ Crescem em meio não enriquecido (degradam grande variedade de substratos). ➢ Muitas espécies são imóveis. ➢ A maioria é microrganismo ambiental não patogênico. ➢ Distribuição ampla no meio ambiente. ➢ Produção de endósporos com alto poder de resistência - ´podem permanecer no solo por mais de 50 anos. ➢ Fatores de virulência: cápsula, toxina do edema (Edtx), toxina letal, outros produtos, como AtxA e AcpA, óxido nítrico sintase. ➢ A maioria das espécies é imóvel apresentando flagelo peritríqueo. COLORAÇÃO WIRTZ (VERDE-MALAQUITA) ➢ Um esfregaço é fixado com: • Solução verde-malaquita e aquecido sobre água fervente por 5 minutos. • Lavado com água. • Recoberto com corante contraste Safranina. ➢ Os esporos maduros (livres ou dentro da célula) retem a cor verde, as células vegetativas se coram de vermelho. Bacillus subtilis ➢ Modelo de estudo para genes da esporulação. ➢ Utilizada para transformação genética: transdução, conjugação. ➢ Hospeda genes exógenos: expressão gênica. Bacillus cereus ➢ Intoxicação alimentar em humanos e casos raros de mastite em vacas. ➢ Alimento que é reaquecido com frequência (formação de esporos). ➢ Infecção autolimitante. ➢ Sintomas causados pela toxina (às vezes a bactéria não está presente). ➢ Diagnóstico diferencial: Staphilococcus aureus e Clostridium perfringens. Bacillus anthracis ➢ Carbúnculo ou Antraz. ➢ Forma respiratória grave em humanos. ➢ Em 1880 matou 50% dos carneiros na Europa. ➢ Sintomas causados pela toxina (às vezes a bactéria não está presente). ➢ Bioterrorismo. ➢ Causa necrose dos tecidos em animais. ➢ Doença ocupacional. ➢ Estreptobacilos. ➢ Cutâneo. ➢ Inalação. ➢ Oral. ➢ Diagnóstico: • Carcaças de animais infectados apresentam inchaço, não exibem rigor mortis e apresentam sangue escuro e não coagulado escorrido pela boca, narinas e ânus. • Não se recomenda abrir a carcaça de animais infectados, a fim de evitar contaminação ambiental. • Coleta de sangue periférico em bovinos e fluido peritoneal de suínos. • Cultivo em ágar-sangue e ágar MacConkey (37 graus por 24 a 48 horas). • Identificação: morfologia da colônia, avaliação pela técnica de coloração de Gram, e ausência de crescimento no meio ágar MacConkey. • Testes bioquímicos e teste de Ascoli (para detecção de antígenos de Bacillus anthracis em materiais como couro). Gênero Bacillus ➢ A infecção ocorre pela ingestão de alimentos e água, exposição de feridas e picadas de artrópodes contaminados. ➢ Bacillus anthracis causa antraz – carbúnculo hemático. ➢ Bacillus licheniformis – abortos esporádicos em bovinos e ovinos. ➢ Bacillus cereus – intoxicação alimentar em humanos e casos raros de mastite em vacas. GÊNERO CORYNEBACTERIUM ➢ Bactérias pleomórficas gram positivas, pequenas. ➢ Fastidiosas, requerem meio enriquecido. ➢ A maioria é comensal em membranas mucosas. ➢ Causam infecções piogênicas (purulentas). ➢ Imóveis, anaeróbios facultativos, não formadores de esporos. ➢ Muitas corinebactérias patogênicas são relativamente hospedeiro específicas e produzem síndromes clínicas identificáveis. ➢ A maioria das corinebactérias é patógena oportunista. ➢ Com exceção de C. bovis, são microrganismos piogênicos que causam grande variedade de condições supurativas em animais domésticos. ➢ O C. bovis é encontrado no canal do teto da vaca em mais de 20% das vacas de leite aparentemente sadias. Corynebacterium ulcerans e Corynebacterium pseudotuberculosis ➢ Podem produzir toxina diftérica. ➢ Agente causados da linfadenite caseosa em caprinos e ovinos. ➢ Responsável por significativas perdas econômicas na ovinocaprinocultura mundialmente. Corybacterium renale ➢ Cistite, nefrite e pielonefrite. ➢ Sensível à maioria dos antibióticos. ➢ Presente naturalmente no prepúcio. ➢ Afeta os rins. Diagnóstico ➢ Critérios de identificação incluem morfologia da célula bacteriana, aparência da colônia e reações bioquímicas. ➢ As espécies de animais afetados e os sinais clínicos podem sugerir um diagnóstico específico. ➢ Amostra: pus, exsudato, amostras de tecidos afetados e urina. ➢ Exame microscópico direto de esfregações corados pela técnica de Gram. ➢ Meios de cultura para uso na rotina incluem ágar- sangue coletivo: ausência de hemólise. ➢ Testes bioquímicos convencionais. ➢ Teste de hemólise. GÊNERO CLOSTRIDIUM ➢ Bacilos gram positivos grandes. ➢ Possuem flagelos peritríqueos, são móveis – exceto C. perfringens. ➢ Produzem endósporos (saem através das fezes de animais também). ➢ Anaeróbios. ➢ Meios enriquecidos são requeridos para o crescimento. ➢ Presentes no solo, no trato alimentar de animais e nas fezes. ➢ Cerca de 100 espécies conhecidas – menos de 20 são patogênicas. ➢ Os patógenos podem ser agrupados de acordo com o modo e o local de ação de suas potentes exotoxinas: • Clostrídios neurotóxicos. • Clostrídios histotóxicos. • Clostrídios enteropatogênicos e produtores de enterotoxemia. ➢ Produzem diversas formas da doença em muitas espécies animais. ➢ Endósporos de clostrídios histotóxicos estão amplamente distribuídos no meio ambiente e podem persistir por longos períodos no solo. ➢ Maioria dos endósporos ingeridos é excretado nas fezes, mas alguns podem deixar o intestino e ser distribuído nos tecidos, onde permanecem dormentes. ➢ Os clostrídios neurotóxicos – C. tetani e botulinum – produzem seus efeitos pela elaboração de neurotoxinas potentes. ➢ A neurotoxina de C. tetani é produzida por microrganismos que replicam localmente em tecidos lesados. ➢ A toxina absorvida exerce seus efeitos nas junções sinápticas distantes de seu local de produção (infecção aguda e potencialmente fatal – tétano). ➢ A neurotoxina de C. botulinum é geralmente produzida por microrganismos que replicam em matéria orgânica em decomposição ou sob condições de anaerobiose em conservas contaminadas de carne ou de vegetais. Absorção do trato gastrintestinal para a corrente sanguínea, a toxina afeta o funcionamento das junções neuromusculares (intoxicação grave, potencialmente fatal). Clostrídio tetani ➢ Bacilos grandes anaeróbios. ➢ Solo contaminado, metais, madeira, etc (o tétano pode estar em qualquer lugar propício para a bactéria sobreviver). ➢ As bactérias permanecem no local da ferida, mas as toxinas migram através da corrente sanguínea para o SNC. ➢ Tetanospasmina (inibição do relaxamento muscular). ➢ A toxina não permite que a acetilcolina liberada na fenda sináptica para contração muscular seja reciclada pelo neurônio pré-sináptico, fazendo com que o músculo não relaxe. Clostrídio botulinum ➢ Problemas com alimentos com armazenamento em ambientes anaeróbios, ➢ Palmito → ácido cítrico → pH favorável. ➢ Milho, silagem, feno, ração. ➢ Severa infecção alimentar. ➢ Produção de toxina. ➢ Ao contrário do tétano, essa bactéria não permite que a acetilcolina seja liberada evitando que o músculo se contraia. Clostrídio perfringens ➢ Produção de diversas toxinas – lesões teciduais. ➢ Destruição dos tecidos. ➢ Necrose. ➢ Amputação. Clostrídio dificille ➢ Bactéria oportunista.➢ Severa intoxicação alimentar. ➢ Diarreia aquosa, febre, náuseas, dor abdominal. Diagnóstico ➢ Cromatografia gás-líquido (identificação de ácidos orgânicos), testes bioquímicos e métodos de neutralização das toxinas. ➢ Tétano: coloração de gram, cultivo em anaerobiose de tecido necrótico de feridas e demonstração de neurotoxina circulante. ➢ Botulismo: demonstração da toxina no soro de animais infectados e detecção de genes que codificam a toxina do Clostridium botulinum pelo método de reação em cadeia da polimerase, testes de neutralização de toxinas e identificação de toxinas em restos de alimentos. ➢ Clostrídios histotóxicos: técnicas de anticorpos fluorescentes, cultivo em ágar sangue para Clostridium perfringens (tipo A). ➢ Clostrídios enteropatogênicos: esfregaços diretos da mucosa ou de conteúdo do intestino delgado, teste de neutralização de toxinas (inoculação de camundongos ou cobaias), ELISA para detectar toxinas e glicosúria (rim polposo). GÊNERO MYCOBACTERIUM ➢ Bacilos ácido-resistentes, gram positivos. ➢ O ácido micólico não deixa a bactéria ser corada pelo Gram. ➢ Não apresenta membrana extra da Gram positiva, porém ao remover o ácido ela vai corar gram positiva, ➢ Parede celular rica em lipídeos complexos e ceras contendo ácidos micólicos: não permite a coloração de gram. ➢ São aeróbios, imóveis, não formadores de esporos. ➢ Meios complexos enriquecidos com ovo são requeridos para crescimento das espécies patogênicas. ➢ O gênero inclui patógenos obrigatórios, oportunistas e saprofíticos. ➢ As espécies patogênicas crescem lentamente, as colônias são visíveis somente após várias semanas. ➢ Algumas micobactérias produzem pigmentos carotenóides. ➢ Patógenos obrigatórios: • Mycobacterium tubercolosis: tuberculose humana. • Mycobacterium bovis: tuberculose humana ou bovina. • Mycobacterium leprae: hanseníase (lepra). ➢ Para a diferenciação das espécies bacterianas: características culturais, teste bioquímicos, análises cromatográficas, técnicas moleculares, inoculação em animais e a técnica de coloração de Ziehl- Neelsen. ➢ Tuberculose bovina: isolamento do agente em meios a base de ovo ou de ágar enriquecido com soro ou sangue (mais de 12 semanas podem ser necessárias para o crescimento), critérios de identificação (aparência, técnicas bioquímicas, analíticas e moleculares). ➢ Tuberculose em frangos e outras espécies: amostras para microscopia direta (raspagens, biópsia do reto por punção), cultura (fezes), testes sorológicos (soro), post-mortem (tecidos infectados e linfonodos regionais), esfregaços corados pela técnica de Ziehl- Neelsen e PCR. ➢ Patógenos oportunistas: Mycobacterium marinum: infecções cutâneas profundas. • Mycobacterium ulcerans: úlceras de Buruli. • Mycobacterium kansasil: pneumonia similar a tuberculose. • Mycobacterium avium e intracellulare simultâneos: síndrome de Lady Windermere. • Mycobacterium africanum: pneumonia similar a tuberculose. ➢ São os menores microrganismos de vida livre. ➢ Possuem tripla camada de membranas limitantes, mas falta parede celular. ➢ Não se coram pelo método Gram. ➢ Altamente pleomórficos. ➢ Suscetíveis à dessecação e a desinfetantes. ➢ As microcolônias têm aparência de ovo frito. ➢ A maioria é anaeróbia facultativa. ➢ Não se replicam no meio ambiente. ➢ A maioria é hospedeiro especifica. ➢ As espécies de Mycoplasma causam uma grande variedade de doenças em animais. GÊNERO LISTERIA ➢ Pequenos bacilos gram positivos. ➢ Anaeróbios facultativos e móveis. ➢ Crescem em meios não enriquecidos em temperatura variável d 4 a 45 graus. ➢ Toleram ampla margem de temperatura e pH. ➢ Colônias hemolíticas pequenas em ágar sangue. ➢ Motilidade rotativa característica a 25 graus. ➢ Surtos de listeriose estão frequentemente relacionados à alimentação com silagem. ➢ O gênero é composto de seis espécies, sendo três patogênicas: Listeria monocytogenes, o mais importante desses patógenos, associado a doenças de muitos animais e humanos no mundo todo. ➢ Podem se replicar no meio ambiente. ➢ Amplamente distribuída e podem ser recuperadas de pastagens, fezes de animais saudáveis e efluente de esgoto. ➢ Patogênese: • Ingestão de alimento contaminado. • Penetração através das placas de Peyer do intestino. • Disseminação pela via linfática e sanguínea. • Capacidade de escapar dos fagossomos. • Via alternativa: penetração pelas mucosas oral, nasal, ocular. • ➢ Infecção clínica: • L. monocytogenes: encefalite, aborto, septicemia ou endoftalmite. • L. ivanovii: abortor esporáticos em ovelhas e vacas. • Doença do movimento em círculos nos ruminantes. Diagnóstico ➢ Amostra: líquido espinhal, sangue, tecidos cerebral, baço e fígado. ➢ Exame direto: esfregaço direto do tecido infectado. ➢ Isolamento do microrganismo: utilização de caldo seletivos enriquecidos (técnicas de enriquecimento à frio). ➢ Identificação: colônias brancas, beta hemolíticas. ➢ Kits de testes bioquímicos, fagotipagem, sonda de DNAs. ➢ Diagnóstico molecular – importância alimentar GÊNERO MYCOPLASMA ➢ Os micoplasmas são encontrados em áreas como superfícies mucosas da conjuntiva, cavidade nasal, orofaringe e tratos genital e intestinal de animais e humanos. ➢ Causa doenças de pele em animais. ➢ Algumas espécies apresentam tropismo por sítios anatômicos particulares, enquanto outros são encontrados em muitas localizações. ➢ Em geral, são hospedeiro específicos e sobrevivem por curtos períodos no meio ambiente. ➢ Os micoplasmas aderem nas células do hospedeiro. ➢ Algumas espécies patogênicas possuem estruturas compostas de uma única proteína de adesão que promove a ligação a células de mamíferos. Diagnóstico ➢ Amostras: raspados da mucosa, exsudato traqueal, aspirados, tecido pulmonar, leite de mastite e fluidos das articulações (refrigeradas por um período de 48 horas). ➢ Testes e métodos: reação em cadeia de polimerase, imunológicos, sorológicos (testes de fixação do complemento, testes de aglutinação rápida, testes de inibição da hemaglutinacao), isolamento bacteriano (10% de CO2, atmosfera úmida, 37 graus por 14 dias). ➢ Critérios de identificação: microcolônias no formato de ovo frito, requerimentos de colesterol para crescimento, tamanho das microcolônias, perfil bioquímico. COCOS GRAM POSITIVO ➢ Teste da catalase (H2O2 → H2O+O2): a catalase quebra a água oxigenada em uma molécula de água e uma de oxigênio. ➢ Positivo: staphylococcus. ➢ Negativo: Streptococcus. GÊNERO STAPHYLOCOCCUS ➢ Cocos gram-positivos em arranjos semelhantes a cachos de uva. ➢ Crescem em meios não enriquecidos. ➢ Colônias de tamanho médio, brancas ou douradas. ➢ Colônias de S. aureus e de S. intermedius produzem hemólise dupla. ➢ Anaeróbios facultativos e imóveis. ➢ Comensais de membranas mucosas e da pele. ➢ Estão amplamente distribuídas no mundo todo na pele de animais e na de humanos. ➢ Também são encontradas em membranas mucosas do trato respiratório superior e urogenital inferior e como transitórios no trato digestivo. ➢ Causam infecções piogênicas. ➢ infecções podem ter origem endógena ou exógena. ➢ Infecções oportunisas associads a trauma, imunossupressão, infecções parasitárias ou fúngicas intercorrentes, condições alérgicas ou distúrbios endócrinos e metabólicos. ➢ As doenças esfilocócicas de importância em animais domésticos incluem: mastites, piemia pelo carrapato, epidermite exsudativa, botriomicose e pioderma. ➢ Teste da coagulase: o S. aureus possui a enzima coagulase que reage com um fator plasmático formando a fibrina, se reagir é positivo para S. aureus (a coagulase faz com que o soro coagule). ➢ O ágar manitol salgado é um meio de cultura seletivo e diferencial. ➢ É utilizado para: isolamento seletivo de Staphylococcus e detecção de S. aureus provenientes de amostras clínicas. ➢ É necessário realizaros testes bioquímicos para ter certeza do diagnóstico. ➢ É um meio de cultura seletivo: contém peptonas e extrato de carne bovinos que fornecem nutrientes essenciais, e 7,5% de cloreto de sódio, que resulta na inibição parcial ou completa de outras bactérias que não os estafilococos. ➢ É um meio de cultura diferencial: contém o açúcar manitol, a fermentação dele resulta na alteração do indicador de pH vermelho de fenol. Os estafilococos coagulase-positiva produzem colônias amareladas e um meio amarelo circundante. Os estafilococos coagulase negativa produzem colônias vermelhas e nenhuma alteração na cor do indicador vermelho de fenol. Staphylococcus aureus ➢ Enzimas e fatores de patogenicidade: • Cápsula (muitos isolamentos). • Peptideoglicano (endotoxina → vasodilatação). • Proteína A (liga-se a fração constante da IgG, promove evasão da fagocitose). • Coagulase (atua sobre o fibrinogênio levando a formação de coágulos de fibrina). • Fibrinolisina ou estafiloquinase (atua sobre a fibrina promovendo a dissolução de coágulos). • Hialuronidase ( despolimeriza o ácido hialurônico existente no cimento ao redor das células do tecido conjuntivo). • Lipases. • Endonucleases (Dnases e RNases). • Penicilinases. ➢ Toxina alfa: forma poros na membrana das células (músculos cardíacos, eritrócitos, outras células). ➢ Toxina beta: degrada lipídios (esfinglomielina e esofosfatidilcolina levando a destruição de muitos tipos celulares). ➢ Toxina delta: produzida pela maioria dos estafilococos, surfactante que desestabiliza a membrana celular (eritrócitos e outros tipos de células). ➢ Enterotoxinas: presente em 30 – 50% dos isolados, termoestáveis. Produzem gastroenterites devido a alimentos contaminados. ➢ Toxina leucocidina: até 56 toxinas (promove a degradação de leucócitos). ➢ Toxina esfoliativas: toxina eritrogênica. Produzida por 5-10% dos isolados. Formas ETA e ETB (são próteses que destroem os desmossomos → que unem as células da pele). ➢ Superantígeno: • TSS: quadro clínico é chamado Síndrome do Choque Tóxico. • TSST: é o nome da Toxina da Síndrome do Choque Tóxico. • Inicialmente: associada ao uso de absorventes higiênicos íntimos (sangue e muco na vagina → colonização do S. aureus). • Atualmente: homens e mulheres – infecções pós cirúrgicas. • Enterotoxina termoestável – enterotoxina A. • Quadro clínico: diarreia severa, de curta duração, com vômitos. • Fonte de contaminação: cremes, produtos cárneos, aves, pudins, molhos para salada. • Enterotoxina A – cromossomal. • Enterotoxina B e C – plasmídeos, transposons, bacteriófagos. • Tratamento: antibióticos não são eficazes (não há bactérias, só toxinas) • Problema: desidratação. • Detecção: imunológico – ELISA. Diagnóstico ➢ Amostras: pele, pus, tecidos lesionados. ➢ Isolamento bacteriano em meio ágar sangue, ágar sangue seletivo e ágar MacConkey (37 graus por 24 a 48 horas). ➢ Como critério de identificação: características da colônia, presença ou ausência de hemólise, ausência de crescimento no meio ágar MacConkey, produção de catalase, coagulase e perfil bioquímico. GÊNERO STREPTOCOCCUS ➢ Cocos gram-positivos em cadeias. ➢ Fastidiosos, requerem meios enriquecidos. ➢ Colônias pequenas, translucidas, geralmente hemolíticas. ➢ Catalase-negativos. ➢ Anaeróbios facultativos, geralmente imóveis. ➢ Comensais em membranas mucosas. ➢ Sensíveis à desscação. ➢ Causam infecções piogênicas. ➢ A diferenciação entre as espécies do gênero Streptococcus é baseada no tipo de homólise. ➢ Os estreptococos produtores de alfa-hemólise são menos patogênicos do que aqueles beta-hemolíticos. ➢ Alfa hemólise → parcial (S. pneumoniae, S. mutans): • S. pneumonieae – Optoquina (sensível). • S. viridans (S. mutans, S. salivaris e outros) – Optoquina (resistente). ➢ Beta hemólise → completa (S. pyogenes, S. agalactiae, S. equi): • S. pyogenes (grupo A de Lancefield) – Bacitracina (sensível). • S. agalactiae (grupo B de Lancefield) – Bacitracina (resistente). ➢ Gama hemólise → não hemolítico: • Enterococcus (Grupo D de Lancefield). ➢ Os streptococos tem distribuição mundial. ➢ Muitas espécies vivem como comensais na mucosa do trato respiratório superior e no trato urogenital inferior. ➢ Essas frágeis bactérias são sensíveis à dessecação e sobrevivem somente por curto período fora do hospedeiro. ➢ Streptococcus pyogenes: febre escarlate, infecções na garganta e febre reumática (em humanos). ➢ Fatores de virulência: • Cápsula. • Proteína M: é uma classe de proteína de superfície celular. Há mais de 150 tipos diferentes. Promovem a evasão das bactérias das defesas imunes do hospedeiro humano → explica recidivas de garganta inflamada. • Hilauronidase. • Estreptolisina S (sensível ao oxigênio). • Estreptolisina O (insensível ao oxigênio). • DNases. • Superantígeno: exotoxinas pirogênicas. Diagnóstico ➢ Amostras contendo agentes suspeitos devem ser rapidamente cultivados, pois as espécies são altamente suscetíveis à dessecação. ➢ Isolamento bacteriano em meio de cultura, esfregaço, reação em cadeia de polimerase, testes da catalase, agrupamento Lancefield e testes bioquímicos. ➢ Como critério de identificação: colônias pequenas e translúcidas (algumas mucoides), hemólise em ágar sangue, cadeias de cocos gram positivos, ausência de crescimento em ágar MacConkey e catalase- negativa.
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