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PRÁTICAS SEGURAS NA APLICAÇÃO DE INSULINA Anelize Roveri Arcanjo Farmacêutica-Bioquímica PRINCIPAIS ERROS NA APLICAÇÃO DE INSULINA: Técnica inadequada de rodízio de aplicação de insulina; Retirada da agulha imediatamente após a injeção, o que permite o refluxo da insulina injetada Presença de lipodistrofias; Não realização do rodízio de aplicação de insulina; 81% 9% AVALIAÇÃO GERAL DA TÉCNICA DE APLICAÇÃO DE INSULINA Técnica apenas parcialmente correta Técnica totalmente correta Técnica totalmente incorreta 10% INSULINOTERAPIA: Diabetes Mellitus I Diabetes Mellitus II “A insulina é considerada um medicamento potencialmente perigoso” (Institute for Safe Medications Practices – ISMP). INSULINOTERAPIA: PRINCIPAL VIA: subcutânea LOCAIS DE APLICAÇÃO: abdômen, braços, coxas e nádegas DISPOSITIVOS MAIS UTILIZADOS: seringas e canetas AGULHAS: 4 a 13 mm ÂNGULO DE APLICAÇÃO: 90 ou 45 graus INSULINOTERAPIA: O RODÍZIO nos pontos de aplicação é fator decisivo para o tratamento seguro e eficaz com insulina!!! PREVINE LIPODISTROFIAS E DESCONTROLE GLICÊMICO LIPO-HIPERTROFIAS: A lipo-hipertrofia (LH) é uma deformação do tecido subcutâneo, identificada através do enrijecimento do local e formação de nódulos. PRINCIPAIS FATORES DE RISCO: • Duração do tempo de uso da insulina • Frequência do rodízio nos pontos de aplicação • Reutilização de agulhas Pode ser desagradável e dolorosa Pode alterar o tempo ou a integridade da ação da insulina O RODÍZIO: Para 1 ou 2 aplicações: utilizar uma única região, alternando-se os quadrantes de aplicação. Para múltiplas aplicações: fixar em uma região para cada horário, alternar entre os quadrantes da mesma região e utilizar os lados direito e esquerdo dos locais de aplicação. EVITAR O MESMO PONTO DE APLICAÇÃO DURANTE 14 DIAS!!! APLICAÇÃO DE INSULINA- PASSO A PASSO APLICAÇÃO DE INSULINA- PASSO A PASSO: 1. Lavar e secar as mãos. 2. Reunir a insulina prescrita, a seringa, algodão e álcool 70%. 3. Movimentar 20 vezes (interpalmar ou em forma de pêndulo) lentamente, o frasco de insulina, se suspensão. 4. Proceder à desinfecção da borracha do frasco de insulina com álcool 70%. 5. Puxar o êmbolo até a graduação correspondente à dose de insulina prescrita. 6. Retirar o protetor da agulha e injetar o ar dentro do frasco de insulina. 7. Posicionar o frasco de cabeça para baixo, sem retirar a agulha, e aspirar a insulina até a dose prescrita; 8. Eliminar bolhas de ar, se existentes, realizando movimentos com as pontas dos dedos até que as bolhas atinjam o bico da seringa para serem eliminadas. 9. Virar o frasco para a posição inicial e remover a agulha, protegendo-a até o momento da aplicação. 10. Aplicar a injeção de insulina, mantendo a agulha no subcutâneo por, no mínimo, cinco segundos. INDICAÇÕES E RECOMENDAÇÕES PARA O USO DE AGULHAS NA APLICAÇÃO DE INSULINA PREGA SUBCUTÂNEA:: A prega subcutânea deve ser feita, preferencialmente, com os dedos polegar e indicador, para evidenciar o subcutâneo, favorecendo assim, a aplicação de insulina. Algumas recomendações... Utilização de agulhas curtas; Administração das injeções em tecido subcutâneo saudável, sem cicatrizes, feridas e lipo- hipertrofias; Seringas de uso único (preferência) para seringas sem agulhas acopladas; Anotar a data de abertura do frasco de insulina; ARMAZENAMENTO: As insulinas lacradas devem ser mantidas refrigeradas entre 2 a 8°C; Após aberto, os frascos podem ser mantidos em temperatura ambiente (15 a 30°C), ou também em refrigeração (2 a 8°C); A insulina não deve ser congelada; DESCARTE: Os coletores apropriados para perfurocortantes são os recipientes rígidos, resistentes a ruptura e vazamento, com tampa e devidamente identificados como perfurocortante e com risco de contaminação biológica; Não é recomendado o descarte do material em garrafa PET devido a sua fragilidade. REFERÊNCIAS: Frid AH, Hirsch LJ, Menchior AR, Morel DR, Strauss KW. Worldwide injection technique questionnaire study: population parameters and injection practices. Mayo Clin Proc. 2016 Sep;91 (9):1212-23. Frid AH, Kreugel G, Grassi G, Halimi S, Hicks D, Hirsch LJ, et al. New insulin delivery recommendations. Mayo Clin Proc. 2016 Sep;91(9):1231-55. Milech A, Angelucci AP, Golbert A, Matheus A, Faria Carrilho AJ, Ramalho AC, et al. Sociedade Brasileira de Diabetes. Práticas seguras para o preparo e aplicação de insulinas. In: de Oliveira JEP, Vencio S, organizadores. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016). São Paulo, SP: AC Farmacêutica; 2016. p. 256-66. BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n. 36).
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